domingo, 22 de setembro de 2024

Bodyboarding – Tahiti, Pé de Pato, Anatomia & Autorrealização no Mar.

                 Eu não vejo diferenças entre o bodyboard e o surf – é tudo surf”. Tom More

        Bodyboarding é um esporte praticado na superfície das ondas do mar em que o surfista utiliza/emprega sua prancha bodyboard para deslizar pela crista, face ou curva de uma onda em direção à areia. A atividade também foi durante muito tempo reconhecida como “morey boogie”, referência ao inventor da prancha, o norte-americano Tom Morey. Uma prancha padrão de bodyboarding consiste numa peça curta e retangular de material sintético hidrodinâmico, contendo uma tira ligada ao centro chamada leash ou stringer. Os praticantes do bodyboarding (bodyboarders) geralmente usam pés de pato para proporcionar uma propulsão adicional e controle da prancha. O bodyboard é um desporto praticado no mar e o uso de trajes de Neoprene, um tecido encorpado, com gramatura mais pesada, excelente elasticidade e caimento, e finalmente, com uma espessura suficientemente grossa, para o praticante não sentir frio. Os mais experientes passam na prancha, antes de cada utilização, um tipo específico de cera (em inglês wax), semelhante a plasticina quando em repouso está seca. Isto serve para criar atrito ou fricção entre a prancha e o traje encarnado no ser humano, de modo em que equipado totalmente não escorregue do bodyboarder. Um dos equipamentos com utilidade de uso precisamente para a atividade de autorrealização marítima e que auxiliam a prática do bodyboard é fora de dúvida o “pé de pato”. Ele é um equipamento versátil que lhe ajuda em esportes aquáticos, sendo que para cada utilidade de uso do sufista existem características mais ou menos específicas.

É realizado de um material resistente, mas flexível. E cada detalhe do modelo tem um motivo, como a hidrodinâmica, refere-se às variáveis que atuam sob os líquidos em movimento, tais quais velocidade, aceleração e força, flutuabilidade, com maior densidade, contém mais massa e, portanto, mais peso no mesmo volume. A força de empuxo, que é igual ao peso do fluido deslocado, é, maior que o peso do objeto. Da mesma forma, um objeto mais denso que o fluido afundará, além disso, conforto. No caso no bodyboard, além de ser um item importante de segurança para a atividade, o pé de pato vai auxiliar na propulsão para entrar na onda e impulsão do usuário. O uso do pé de pato transforma o bodyboard em uma atividade per se prazerosa. Quer dizer, o formato do pé de pato influencia na performance. Os pés de patos assimétricos podem sobrecarregar as articulações, enquanto os simétricos distribuem o fluxo de água por igual, evitando a sobrecarga. É uma característica importante que deve ser observada pelo usuário na hora da utilização do pé de pato, para evitar desconfortos na prática do esporte. Além disso, o tamanho das abas também influencia diretamente na propulsão e agilidade do usuário. Um pé de pato com abas mais largas e compridas proporciona maior propulsão, mas reduz a agilidade das pernas na hora das manobras radicais.

            Outro aspecto socialmente que faz a diferença na hora de escolher o pé de pato para bodyboard é a rigidez do material utilizado na aba. Quanto mais rígido, maior será o impulso, mas, em contrapartida, maior é o esforço muscular nas batidas de perna. O ideal, nesse sentido, é encontrar um pé de pato que proporcione ao atleta a propulsão desejada, sem deixar o conforto de lado. O conforto é um ponto fundamental do ponto de vista ergonômico (cf. Iida; Buarque, 2021). Um pé de pato desconfortável pode gerar no usuário machucados, como ferimentos, bolhas e calos nos pés, além de dores articulares, e isso pode ser um fator realmente negativo e desanimador para qualquer praticante, principalmente, os iniciantes. O idealizado é encontrar um pé de pato com borracha super elástica e macia na região do foot pocket, isto é, a cavidade onde se aloja o pé, que garanta uma boa aderência, sem machucá-lo, “vestindo como uma luva”. O pé de pato não pode estar grande demasiadamente, pois, além de correr o risco de sair do pé, ele atrapalha na propulsão. Em contrapartida, o pé de pato pequeno ou apertado pode causar machucados, interferindo no conforto. Os pés tem que estar bem encaixado. Na prática do bodyboard é comum a entrada de areia no pé de pato. Fora o fluxo de água que ocorre por dentro durante a prática do surf. Melhor dizendo, um sistema eficiente de escoamento de água e detritos no pé de pato é importante para superior performance e conforto do corpo humano. É algo que deve ser cuidadosamente observado na escolha do dispositivo esportivo. É uma ideia que consiste em aplicar a lógica do esporte em outros domínios, como uma forma de gerenciamento para a vida. 

O Tahiti é a maior ilha da Polinésia francesa, localizada no conjunto Barlavento do arquipélago das Ilhas da Sociedade. Na costa Noroeste da ilha está Papeete, capital do Tahiti, e única cidade com aeroporto internacional, o que a torna par excellence porta e meio de trabalho e comuncação social de entrada da Polinésia. Com uma distância de 45 km entre seus pontos mais extremos e cobrindo uma área de aproximadamente 1 045 km², o Tahiti divide-se em duas porções quase circulares. A maior situa-se na metade Noroeste da ilha e é reconhecida como Tahiti Nui (Grande Taiti), enquanto a metade Sudeste, muito menor, é denominada Tahiti Iti (Pequeno Taiti). A ilha foi formada por atividade vulcânica, sendo circundada por recifes de coral. Seu interior é montanhoso. Seu pico mais elevado, o Monte Orohena, culmina a 2 241 metros de altitude. O clima tropical simultaneamente é quente e úmido. De acordo com o censo demográfico de 2012, o Tahiti apresenta população estimada em torno de 186,9 mil habitantes, sendo a comuna de Faa`a a mais populosa, com cerca de 30 mil habitantes. Tais números fazem do Tahiti a ilha mais populosa da histórica e sociológica imperialista Polinésia Francesa, representando estatisticamente 68,5% de sua população total. A ilha era parte do Reino do Tahiti até a anexação pela França, na década de 1880, quando foi proclamada colônia francesa. O idioma oficial é o francês, apesar do tahitiano ser falado pelos nativos.

          A população nativa é de polinésios e estima-se que eles tenham se estabelecido na ilha entre 300 e 800 a.C., embora existam alguns estudos que dizem que podem ter sido ainda anteriores a esta data. O solo fértil da ilha e a pesca são fontes amplas de alimento para a população. A natureza aparentemente calma da população local e a caracterização da ilha como paradisíaca impressionaram os primeiros visitantes europeus e geraram um fascínio que dura atualmente. Embora as ilhas tenham sido “descobertas” por um navio espanhol em 1606, a Espanha não teve nenhuma intenção de colonização ou comércio com a ilha. Samuel Wallis (1729-1795), um oficial da marinha britânica e explorador do Oceano Pacífico que fez a primeira visita registrada de um navegador europeu, avistou o Tahiti em 18 de junho de 1767 e é considerado o europeu que descobriu a ilha. Wallis foi seguido pelo explorador francês Louis-Antoine de Bougainville (1729-1811), que completou a primeira navegação ao redor da ilha em abril de 1768. Bougainville tornou o Tahiti famoso na Europa quando ele publicou as impressões de sua viagem no Voyage Autour du Monde, é um livro escrito pelo explorador francês Louis Antoine de Bougainville, que tornou o Taiti famoso na Europa. Nesta publicação, ele descreve a ilha como “um paraíso na terra onde homens e mulheres viviam felizes em inocência, distantes da corrupção da civilização”. Sua descrição da ilha influenciou pensamentos utópicos de filósofos como Jean-Jacques Rousseau antes da Revolução Francesa.

Em 1774 o capitão James Cook (1728-1779) visitou a ilha e estimou a população em torno de 200 mil habitantes. Provavelmente ele tenha exagerado, outras estimativas do mesmo período dizem que a população era de aproximadamente 122 mil habitantes. Depois da visita interessada de Cook, navios europeus visitaram a ilha com maior frequência. O mais reconhecido destes foi o HMS Bounty, comandado por William Bligh (1754-1817) cuja tripulação se amotinou logo após deixarem o Taiti em 1789, conforme o livro O Motim no Bounty, de Caroline Alexander, ou O Garoto no Convés, de John Boyne. Os nativos chamavam-na de Otaheite. A influência europeia rompeu com a tradição da sociedade, trazendo prostituição, doenças venéreas e álcool para a ilha. Doenças como o tifo e varíola mataram tantos taitianos que em 1797 a população era drasticamente reduzida de apenas 16 mil habitantes. Mais tarde, caiu ainda mais, para 6 mil habitantes, ou seja 37,5% de habitantes. Em 1842 o reino do Tahiti foi declarado uma província francesa. Em 1880, o rei Pomare V (1839-1891) foi forçado a reconhecer a soberania do Tahiti e suas dependências para a França em 29 de junho. Foi “honrado” Oficial da Ordem da Legião da Honra e Ministro e o Mérito de Agricultura da França. Em 1946, o Tahiti e praticamente toda a Polinésia Francesa tornaram-se um Territoire d`Outre-Mer e em 2004 sua institucionalização mudou para Pays d`Outre-Mer. 

O mito do Tahiti como ideário de um paraíso tropical começou com os primeiros exploradores europeus. Cook, Bougainville, os amotinados do The Bounty e até os primeiros missionários perpetuaram esta imagem idílica. Quando regressaram a casa descreveram uma terra idílica com alimentos em abundância, habitada por nativos amigáveis ​​que viviam em paz e harmonia. E, claro, havia as vahine, as jovens bonitas, parcialmente vestidas e muito sensuais das ilhas. Poetas, artistas, comerciantes, caçadores de baleias, hoteleiros, desertores, marinheiros, viajantes e exploradores, cineastas e estrelas de cinema contribuíram para a reputação das Ilhas de Tahiti. A lenda do paraíso supremo alimentou os sonhos de milhares de pessoas por mais de 200 anos. Os Māʻohi, os ancestrais dos polinésios de hoje, estabeleceram-se no que hoje é a Polinésia Francesa. Em Ua Huka, nas Ilhas Marquesas, existe um sítio arqueológico que data de 300 anos e pesquisas traçaram a chegada dos primeiros polinésios a Huahine há 850 anos. Os historiadores acreditam que os polinésios se originaram na Indonésia e migraram para o leste em duas ondas sucessivas devido à pressão demográfica. As origens do povo polinésio ainda podem ser objeto de algum debate, mas eles se consideram descendentes diretos dos Céus (pai) e da Terra (mãe). A tradição oral taitiana conta que Ta’aroa, um deus bondoso, criou uma cadeia de outros deuses e semideuses para estarem em constante processo de comunicação socialmente com o homem. 

A importância espiritualmente desta ligação com os deuses pode ser constatada em locais culturais como o marae, e nos vários vestígios arqueológicos nos vales. É também o tema central de vários eventos culturais realizados nas Ilhas de Tahiti. Um guia cultural poderá ajudá-lo a descobrir esses segredos ancestrais e observar o ambiente naturalmente inspirados através domínio dos olhos dos antigos remanescentes polinésios. Natação representa a capacidade do ser humano e de outros seres vivos de se deslocarem através de movimentos efetuados no meio líquido, geralmente sem ajuda artificial. A natação é uma atividade física que pode ser, de maneira simultânea, útil e recreativa. As suas principais utilizações são recreativas, balneares, pesca, exercício e desporto. A referência mais antiga reconhecida são pinturas rupestres da Gruta dos Nadadores, uma caverna antiga no planalto montanhoso de Gilf Kebir da secção do Deserto Líbio do Sara. Estima-se que tenham sido criadas há cerca de 10 000 anos, com o início do Período Húmido Africano, quando o Sara era significativamente mais verde e húmido. As referências escritas remontam a 2000 a. C. Algumas das primeiras referências estão incluídas em obras históricas como a Epopeia de Gilgamesh, narra os feitos de Gilgamesh, rei de Uruk, em sua procura pela imortalidade. Ela é considerada a obra de literatura mais antiga da humanidade, a Ilíada, a Odisseia, a Bíblia, Beowulf, e outras sagas last but not least. No ano de 1538, Nikolaus Wynmann (1510-1550), um professor de linguística, escreveu o primeiro livro sobre natação: “O Nadador ou o Diálogo sobre a Arte de Nadar” (Der Schwimmer oder Ein Zwiegespräch über die Schwimmkunst). A natação de competição mundializada na Europa por volta do ano de 1800, na sua maioria utilizando o estilo popular utilizado de bruços. Posteriormente, em 1873, John Arthur Trudgen, apresentou o estilo Trudgen, após ter copiado o estilo crawl usado pelos Índios Nativos Norte-americanos, criando uma ligeira variante do mesmo. 

Os ancestrais dos povos indígenas da América se separaram dos povos da Ásia Oriental entre 35 mil e 25 mil anos atrás e migraram em direção ao norte, alcançando o leste da Sibéria, aonde se miscigenaram com os Antigos Eurasiáticos do Norte - uma população antiga da Sibéria e Ásia Central - em algum momento entre 20 e 25 mil anos atrás. Dessa mistura surgiram os ancestrais diretos das populações do extremo nordeste da Sibéria e dos povos indígenas da América (paleoíndios). A migração dos paleoíndios da Sibéria para a América do Norte ocorreu há cerca de 20 mil anos, provavelmente por meio da travessia da Beríngia, mas também é proposta uma rota alternativa por navegação próxima à costa. Rapidamente, ao longo dos milênios seguintes, os descendentes desses asiáticos seguiram ao sul, povoando o continente americano. A tese da origem siberiana dos ancestrais dos ameríndios já foi comprovada por diversos estudos genéticos. Os povos falantes de línguas na-dene e esquimó-aleutinas possuem uma parte de sua ancestralidade oriunda de migrações posteriores do Nordeste da Ásia refere-se à sub-região Nordeste da Ásia centrado na Península Coreana e Japão. Em geopolítica, o Conselho de Relações Exteriores define o Nordeste da Ásia como o Japão, Coreia do Norte e Coreia do Sul, uma parte do Norte Ásia Oriental. China e Rússia muitas vezes são incluídos na discussão geopolítica da região, na medida dos seus interesses e políticas interagem com os do Japão e Coreias. O Mar do Japão, o Mar Amarelo, e às vezes o Mar de Okhotsk e Mar da China Oriental estão incluídas nas discussões sobre a região. Em biogeografia, em geral, refere-se a aproximadamente a mesma área, mas inclui Nordeste da gigantesca geografica e politicamente China e o Extremo Oriente Russo entre Lago Baikal na Sibéria Central, e o Oceano Pacífico.

Diversos crânios de paleoíndios, como o de Luzia e do Homem de Kennewick, e os de algumas populações indígenas encontradas pelos europeus, como os fueguinos da região argentina da Terra do Fogo e os pericúes do estado mexicano da Baixa Califórnia Sul, apresentam uma morfologia atípica para os ameríndios e, com isso, foram elaboradas teorias históricas, arqueológicas e antropológicas de que os indivíduos de tais crânios tinham uma ascendência diferente, comparativamente aos dos indígenas contemporâneos, possivelmente relacionada a australo-melanésios, polinésios, europeus ou ainus. Estudos genéticos descartaram qualquer origem alternativa dos povos indígenas da América ou de seus ancestrais e um desses artigos afirma que as morfologias cranianas diferenciadas podem ser explicadas historicamente pelo fluxo genético dos Antigos Eurasiáticos do Norte. Os habitantes da América no Paleolítico Superior não tinham tecnologia de confecção de artefatos líticos muito evoluída, pois há indícios de que seus instrumentos de caça eram pedras aos e cachorros domesticados para este fim. Os povos caçadores e coletores, tiveram um rápido avanço da penetração humana em direção ao Sul, e tinham instrumentos de caça mais evoluídos, como por exemplo projéteis pontiagudos.

Estilo de nado de bruços ou de peito é o mais antigo dos estilos de natação. Nesse estilo, o nadador está em seu peito e o torso não gira. É o estilo de recreação mais popularmente desenvolvido devido à cabeça do nadador estar fora da água durante uma grande parte do tempo útil ou de socialidade e que pode nadar confortavelmente em baixa velocidade. Na maioria das lições de aulas de natação, os iniciantes aprendem primeiro o movimento de bruço ou o rastreamento da frente. No entanto, no nível competitivo, nadar especificamente sob a forma nado peito em velocidade requer resistência corporal e força comparáveis a outros estilos. Algumas pessoas referem-se ao peito como o “sapo”, como os braços e as pernas se movem um pouco como “um sapo nadando na água”. Se você colocar um sapo na água para ele viver, o sapo poderá nadar e se movimentar na água. Isso ocorre porque os sapos são animais anfíbios, ou seja, possuem adaptações para viver tanto em ambientes aquáticos quanto terrestres. Entretanto, o traço em si é o mais lento dos golpes competitivos e é considerado o mais antigo de todos os traços de natação. Historicamente no século XVI, havia uma maneira de nadar com os movimentos dos braços parecidos com o estilo atualmente. Naquele período, no entanto, os pés ainda eram batidos alternadamente sendo semelhante a um pontapé. Desse método de fisiognomia humana é que originou a perfeição do nado de peito. Em 1798, o nado de peito é reconhecido o estilo mais praticado na Europa.   

A saída do nado de peito é feita do bloco de partida. Em comparação com os nados crawl e borboleta, o mergulho da saída do nado peito é um pouco mais profundo, para que o nadador aplique a braçada e a pernada ainda durante o mergulho, o que é chamado de filipina e garante melhor desenvoltura do nado. O nadador deve observar com atenção o posicionamento dos joelhos. Eles não podem estar muito à frente na preparação da pernada. Isso gera uma falha: o quadril sobe, o que produz atrito e enfraquece a potência da pernada. Para os iniciantes, recomenda-se, em primeiro lugar, a aprendizagem correta da batida de pernas. Esse movimento é de grande importância para a sustentação do corpo, o equilíbrio e a impulsão do nadador. Ipso facto, inicialmente, as pernas devem ser estendidas fortemente para trás. No momento em que as pernas são esticadas, o corpo tende a ficar na horizontal. No início da primeira braçada após a saída e a cada volta, o nadador deve estar arqueado sobre o peito. Ocasionalmente, o nadador pode ter um braço ligeiramente mais alto que o outro, mas se os movimentos dos braços são simultâneos e no mesmo plano horizontal, o estilo está correto. Todos os movimentos das pernas devem ser simultâneos e no mesmo plano horizontal, sem movimentos alternados. Os pés devem estar virados para fora durante a parte propulsiva da pernada. Para virar, o nadador precisa tocar a borda com as duas mãos, ao mesmo tempo e na mesma altura. No momento em que o nadador estende as pernas, o corpo sobe, o que possibilita a elevação dos quadris.

Devido ao repúdio dos britânicos pelos salpicos, John Trudgen empregou a “pernada de bruços” no lugar do batimento de pernas convencionalmente do estilo crawl. A natação fez parte dos primeiros Jogos Olímpicos da Era moderna em 1896, em Atenas. Finalmente em 1902 Richard Cavill introduziu o estilo crawl, e em 1908, foi fundada a World Aquatics, anteriormente Federação Internacional de Natação (FINA). O mais novo do famoso clã Cavill, Richmond, ou Dick como era mais comumente reconhecido, foi provavelmente o melhor nadador de todos. Os primeiros juízes conservadores de natação o classificaram como um dos três melhores nadadores australianos, junto com Freddie Lane e Boy Charlton. Ele conquistou 18 títulos australianos, dois ingleses e 22 de Nova Gales do Sul de 1900 a 1904. Em seu auge, ele não tinha igual no mundo em todas as distâncias de 50 jardas a uma milha. Mais do que qualquer outro indivíduo, Cavill é responsável pelo estilo independente de braçada e pernada do estilo crawl, e foi creditado por introduzi-lo na Inglaterra. Ele foi a primeira pessoa a utilizá-lo em competição mundial quando em 1899 ganhou o campeonato de 100 jardas de NSW. O estilo mariposa foi desenvolvido na década de 1930, que no início surgiu como uma variante do estilo de bruços, até que foi aceita como um estilo distinto, em 1952. Bodyboarding representa um esporte praticado na movimentação da superfície das ondas do mar em que o surfista usa a prancha bodyboard para deslizar pela crista, face ou curva da onda em direção à areia.

Historicamente o primeiro país a dar à natação cunho de competições esportivas, foi o Japão. Um Edito imperial de 1603 ordenou o início de competições dessa natureza entre as escolas japonesas, como parte integrante de seus currículos. Mas nessa época o Japão ainda era uma nação fechada às relações internacionais. Decorre daí oportunamente nações anglo-saxônicas arrebatarem primazia da organização mundial da natação em bases competitivas. A primeira entidade para o controle e a regulamentação da natação como esporte foi criada na Inglaterra em 1837. Contudo, a elevação da natação a um alto grau de importância internacional é devida a uma medida regulamentar de longo alcance das autoridades desportivas australianas: no dia 14 de fevereiro de 1846 em Sydney, Austrália, teve lugar o primeiro moderno campeonato de natação, com a disputa de uma prova de 4.400 jardas. Seu vencedor foi o nadador W. Redmond, que cobriu a distância em 8 minutos e 43 segundos. Doze anos mais tarde o chamado Campeonato Mundial das 100 Jardas foi disputado também nesse país, na cidade de Melbourne, a capital costeira do estado de Victoria, no Sudeste da Austrália. vencido pelo australiano Jo Bennett. Em 1874 a Inglaterra organizou sua federação nacionalmente para o esporte, a Swimming Association of Great Britain, entidade que muito ajudou na difusão das competições entre as demais nações continentais da Europa. Em 1889, com o começo dos campeonatos europeus disputados em Viena, Áustria, pode-se dizer que a natação tinha firmado chão em nível internacionalmente. Mas sua consagração definitivamente ocorreu em 1896, quando todo o mundo globalizado esportivo saudou o retorno dos extraordinários Jogos Olímpicos. Três provas de natação foram incluídas no programa das Olimpíadas, sendo um jovem húngaro de 18 anos - Alfred Guttman - vencedor de duas: 100 metros (1:22.2) e os 1.500 metros (18:22.2); a terceira prova, 500 metros, foi vencida pelo austríaco Paul Newman (8:12.6).  

Em 1908 foi criada a Fédération lnternationale de Natation Amateur (FINA) para regulamentar e controlar o esporte em nível internacional. Quatro anos após essa data o bronzeado e ágil havaiano Duke Kahanamoku dava início à hegemonia norte-americana nas disputas internacionais. Kahanamoku venceu a prova dos 100 metros nas Olimpíadas de Estocolmo, e por mais de uma década foi insuperável nas provas de velocidade. Outros grandes campeões norte-americanos o seguiram: Johnny Weis­smuller e Suster Crabbe ambos se popularizaram desempenhando o papel ideológico de Tarzan, Eleanor Holm, Esther Williams, e nomes como Don Schollande`r, Mark Spitz, Rick De-Mont, Debbie Meyer e Sue Pederson. De modo geral os Estados Unidos da América mantêm-se uma grande força esportiva da natação mundial, seguidos das nações Austrália, Inglaterra, Japão, Hungria e Alemanha e a FINA que estabelece todas as normas para as provas de natação. Em 1968 esta entidade estabeleceu as distâncias para várias provas masculinas e femininas. São as seguintes: Nado Livre - 100, 200, 400, 800, 1.500 metros e revezamento 4 x 100 para mulheres e 4x 200 para homens; Nado de Peito - 100 e 200 metros; Nado Borboleta - 100 e 200 metros; Nado de Costas - 100 e 200 metros; Medley - 200 e 400 metros (individual) e 4 x 100 metros com revezamento. Medley tem como representação uma modalidade de natação que consiste na junção dos quatro estilos de nado: crawl, costas, peito e borboleta. As provas podem ser disputadas individualmente ou em revezamento, nas categorias sociais masculino, feminino ou misto. Em 1975 esta mesma entidade baixou norma padronizada, no sentido de que só serão reconhecidos os recordes mundiais batidos em piscinas de 50 metros construídas segundo os padrões de consagração internacionais. Até então, em distâncias abaixo de 800 metros, se reconheciam recordes batidos em piscinas de no mínimo 25 jardas (22, 86 metros).

A atividade foi algum tempo reconhecida como “morey boogie”, referência ao inventor social da prancha, o norte-americano Tom Morey. Uma prancha padrão de bodyboarding consiste numa peça curta e retangular de material sintético hidrodinâmico, por vezes contendo uma tira ligada ao centro da prancha chamada leash ou stringer. Tom Morey, porém, não é responsável pela invenção da arte ou estilo de descer ondas deitado sobre uma pequena prancha. Existem relatos etnográficos datados do século XV demostrando polinésios surfando deitados e de “proto-dropknee”. Essas pequenas tábuas rudimentares “alaias”, em polinésio eram consideradas “pranchas do povo”, já que apenas à realeza era permitido surfar em pé, isto é, sobre pranchas maiores, chamada de “olhos” - o que se conferia ao surfe em pé o status de “esporte dos reis, por outro comprovaria que há mais de quinhentos anos o bodyboarding é a maneira “mais comum de correr a onda”. De volta ao século XX, mais ainda antes de Morey, diversos tipos desportivos de “belly boards” (pranchas de barriga, literalmente) foram utilizados: as planondas de madeira, reconhecidas no Hawaii por “paipo boards”, pranchas de isopor e colchões plásticos infláveis. Todavia, coube a Tom Morey o mérito de transformar uma brincadeira de praia em esporte ultrarradical (bodyboarding) com centenas de milhares de praticantes por todo o mundo e uma indústria cultural (cf. Adorno, 2021) que movimenta milhares de dólares em equipamentos, campeonatos e massmídia. Tom Morey nascido em Detroit, Michigan, em 15 de agosto de 1935, é um engenheiro, músico e surfista norte-americano.

É responsável por muitas inovações tecnológicas de design de forte impacto social e econômico no desenvolvimento de equipamentos de surfe moderno. Sua contribuição mais importante para o esporte foi a invenção da prancha moderna de bodyboarding. E usam os chamados “pés de pato” para proporcionar uma propulsão adicional e controle da prancha. Como o bodyboard é um desporto praticado exclusivamente no mar é comum a utilidade de uso de trajes de Neoprene com uma espessura suficientemente grossa, para o praticante não sentir frio. Praticantes mais experientes passam na prancha, antes de cada utilização, um tipo de cera, semelhante a plasticina quando está seca. Isto serve para criar atrito entre a prancha e o traje, de modo em que não escorregue do corpo do bodyboarder. Inegavelmente que o bodyboard tem como representação a prancha de entrada dos que se tornam surfistas no chamado surf em pé. Do ponto de vista técnico-metodológico existem diversas manobras que se pode executar em uma prancha de bodyboard: - Cutback: O praticante sobe ao lip da onda e faz uma curva, voltando para a espuma da onda. - 360º: O praticante executa um giro de 360 graus na direção ao lado natural da onda. - 360º invertido: O praticante executa um giro de 360º para o outro lado. - El Rollo: O praticante surfista vai em direção a crista da onda (lip) e executa com habilidade um giro lateralmente em direção a onda.

Essa é a manobra mais característica do bodyboard. - Invert: O praticante vai em direção a crista da onda (lip) e inverte a prancha no ar. - Air roll spin (ARS): O praticante vai em direção a crista da onda (lip) e executa uma mistura de El Rollo com um 360º no ar atmosferico, essa é uma manobra bem plástica. - BackFilp: O praticante vai em direção a crista da onda (lip) e executa um “mortal” para trás. - Air reverse: O praticante vai em direção a crista da onda (lip) e executa um 360º invertido no ar. - 360º Aéreo: O praticante vai em direção a crista da onda (lip) e executa um 360º no ar. Os inventores do conceito do “pé de pato” são Giovanni Alfonso Borelli (1608-1679) e Leonardo da Vinci (1452-1519). Entretanto, durante a juventude, Benjamin Franklin (1706-1790) fez um par de pés de pato e começou a nadar com eles no Rio Charles, no estado de Massachusetts, que corre na direção Nordeste, nascendo em Hopkinton e desaguando na abra denominada Boston Harbor, no golfo do Maine, oceano Atlântico, e perto de Boston, a capital e a maior cidade de Massachusetts. Fundada em 1630, é uma das mais antigas cidades dos Estados Unidos da América, onde ele morava; tendo feito a armação de forma inovadora tecnologicamente sobre pedaços finos de madeira, adquirindo uma impulsão maior sobre a água. Louis de Corlieu (1888-1967) na França, e Owen Churchill (1895-1985) na América do Norte, trabalhando independente do outro, foram os dois primeiros inventores a fazer pés de pato práticos.

O pintor francês Paul Gauguin (1848-1903) viveu no Tahiti no período de 1890 e pintou muitos temas tahitiano. A cidade de Papeari tem um pequeno museu da obra o pintor. O pintor parte para o Tahiti em busca de novos temas e para se libertar dos condicionamentos sociais da Europa. Suas telas surgem carregadas da iconografia exótica do lugar, e não faltam cenas que demonstram um erotismo natural, fruto, segundo reconhecidos do pintor, de sua paixão pelas nativas. A cor adquire mais preponderância, sendo representada pelos tons irradiados vermelhos intensos, amarelos, verdes e violetas. Morou durante um tempo socialmente em Pont-Aven, na Bretanha, onde sua arte amadureceu. Posteriormente, morou no Sul da França, onde conviveu com Vincent Van Gogh (1853-1890). Numa viagem à Martinica, em 1887, Gauguin passou a renegar o impressionismo e a empreender o “retorno ao princípio”, ou seja, à arte primitivista. Tinha ideia de voltar ao Tahiti, porém não dispunha de recursos financeiros. Então, com o auxílio solidariamente de amigos, também artistas, organizou um grande leilão de suas obras. Colocou-as, à venda, a partir de um lote com cerca de 40 peças. 

Eugène-Henri-Paul Gauguin (1848-1903) foi um pintor francês do pós-impressionismo. O autorretrato com auréola, de 1889 é segundo o pintor, o seu melhor trabalho. Gauguin nasceu em Paris, viveu até sete anos em Lima, no Peru, para onde os seus pais, um jornalista francês e uma escritora peruana, mudaram-se após a chegada de Napoleão III ao poder. O seu pai pretendia trabalhar em um jornal da capital peruana, porém, durante uma terrível viagem de navio, teve complicações de saúde e faleceu. Assim, o futuro pintor desembarcou em Lima apenas com a sua mãe e com a sua irmã. Quando voltou para o seu país natal, em 1855, Gauguin estudou em Orléans e, aos 17 anos, ingressou na marinha mercante e correu o mundo. Trabalhou em seguida numa corretora de valores parisiense e, em 1873, casou-se com a dinamarquesa Mette Sophie Gad (1850-1920), com quem teve cinco filhos.  Aos 35 anos, após a quebra da Bolsa de Paris, tomou a decisão mais importante de sua vida: dedicar-se totalmente à pintura. Começou, assim, uma vida de viagens e boêmia que resultou numa produção artística singularmente e determinante das vanguardas do século XX. Ao contrário de muitos pintores, não se incorporou ao movimento impressionista. Expôs pela primeira vez em 1876. Mas não seria uma vida fácil e nada ocorre ao acaso, tendo atravessado dificuldades econômicas, problemas conjugais, privações e doenças. Foi para Copenhagen, onde ocorreu o rompimento de seu casamento. Sua obra, longe de poder ser enquadrada em movimento, foi singular como Van Gogh ou Paul Cézanne.

Apesar disso, teve seguidores e pode ser considerado o fundador do grupo Les Nabis, que, mais do que um conceito artístico, representava “uma forma de pensar a pintura como filosofia de vida”. Les Nabis, ou simplesmente Nabis, foi um grupo de jovens artistas pós-impressionistas vanguardistas da última década do século XIX. Paul Sérusier impulsionou Les Nabis, arranjou o nome e a grande influência, Paul Gauguin. A palavra Nabi deriva do hebraico, da palavra profeta. Pierre Bonnard e Edouard Vuillard tornaram-se os mais conhecidos do grupo, mas na altura estavam um pouco afastados dos restantes membros. Conheceram-se na Académie Julian, e depois em casa de Paul Ranson, e chegaram à conclusão que uma obra de arte é o produto final da expressão visual e sentimental do artista. Receberam muitas influências simbolistas. Abriram caminho às obras abstratas prematuras e à arte não figurativa. Entre o grupo estava Maurice Denis, cujos trabalhos jornalísticos fizeram publicidade a Les Nabis. Tinha uma definição para arte produzida pelo grupo, que se aproximava bastante da realidade — “uma superfície lisa coberta de cores organizadas”. As suas Théories (1920; 1922) levaram a arte Nabis muito para além da sua extinção devido ao Fauvismo e Cubismo.

Suas primeiras obras tentavam captar a simplicidade da vida no campo, algo que ele consegue com a aplicação arbitrária das cores, em oposição a qualquer naturalismo, como demonstra o seu famoso Cristo Amarelo (1889). As cores se estendem planas e puras sobre a superfície, quase decorativamente. O pintor parte para o Tahiti em busca de novos temas e para se libertar dos condicionamentos da Europa. Suas telas surgem carregadas da iconografia exótica do lugar, e não faltam cenas que mostram um erotismo natural, fruto, segundo conhecidos do pintor, de sua paixão pelas nativas. A cor adquire mais preponderância, sendo representada pelos vermelhos intensos, amarelos, verdes e violetas. Morou durante algum tempo em Pont-Aven, na Bretanha, onde sua arte amadureceu. Posteriormente, morou no Sul da França, onde conviveu com Vincent Van Gogh. Numa viagem à Martinica, em 1887, Gauguin passou a renegar o impressionismo e a empreender o “retorno ao princípio”, ou seja, à arte primitivista. Tinha ideia de voltar ao Tahiti, porém não dispunha de recursos financeiros. Então, com o auxílio de amigos, também artistas, organizou um grande leilão de suas obras. Colocou, à venda, cerca de 40 peças. A maioria foi comprada pelos próprios amigos de Gauguin, como Theo van Gogh, irmão de Vincent van Gogh, que trabalhava para a Casa Goupil que trabalhava com obras de arte. Autorretrato com auréola, segundo o pintor, o seu melhor trabalho. A maioria foi comprada pelos amigos, como por exemplo Theo van Gogh, irmão de Vincent van Gogh, que trabalhava para La Maison Goupil, um estabelecimento merceológico que trabalhava com representação obras de arte. Tendo conseguindo arrecadar 7 350 francos franceses, em meados de 1891, depois de se despedir da esposa e da família em Copenhagen, regressou ao Tahiti, onde pintou cerca de uma centena de quadros sobre arquétipos indígenas, como são exemplares “Vahiné no te tiare” (1891) e “Mulheres de Taiti” (1891), inúmeras esculturas e escrever um livro, Noa Noa.

O projeto Noa Noa, que tem como significado “muito perfumado”, foi criado por Paul Gauguin no outono de 1893 tendo como representação social como uma homenagem ao Tahiti, suas luzes e fragrâncias. Quando voltou a Paris, realizou uma exposição individualmente na galeria de Durand-Ruel e voltou ao Tahiti, mas fixou-se na ilha Dominique, a mais setentrional das Ilhas de Barlavento, embora às vezes tenha sido considerada a mais meridional das Ilhas de Sotavento. Nessa fase, criou algumas de suas obras mais importantes, como ocorre com a expressiva tela “De onde viemos? O que somos? Para onde vamos?”, realizada entre 1897 e 1898 no Tahiti. A obra é considerada uma das mais importantes de Gauguin e encontra-se atualmente no Museu de Belas Artes de Boston, Estados Unidos da América. É uma tela enorme que sintetiza, por assim dizer a sua exegese na arte (cf. Braga, 2015), realizada antes da frustrada tentativa de suicídio utilizando arsênio. Em setembro de 1901, transferiu-se para a ilha Hiva Oa, uma das Ilhas Marquesas, onde veio a falecer devido à contaminação de sífilis, uma infecção sexualmente transmissível que neste período de populações migratórias se tornara causada pela infecção da bactéria Treponema pallidum. O musicista consagrado Zé Ramalho utiliza a expressão. Descansa o “corpo” no cemitério de Atuona, no Arquipélago das Marquesas, na Polinésia Francesa.

A arte de autorrrealização do surfe, reconhecida como he’e ‘ana na língua havaiana, foi pela primeira vez registrada por exploradores europeus em 1767 no Taiti. O surfe era uma parte central da antiga cultura polinésia e antecede o contato social europeu. O chefe (Ali’i) era tradicionalmente o surfista mais habilidoso da comunidade e com a melhor prancha feita da melhor madeira. A classe dominante tinha as melhores praias e as melhores pranchas; aos súditos não eram permitidas as mesmas praias, mas poderiam ganhar reconhecimento por sua capacidade em surfar nas suas próprias pranchas mais simples. No Taiti e Samoa, o surfe era passatempo popular e também era usado como treinamento de guerreiros. No Havaí, o surfe tornou-se um passatempo espiritual enraizando-se na própria religião e cultura dos havaianos. Os samoanos referiam-se a surfar como fa’ase’e ou se’egalu. Em Tonga, um país da Oceania, integrante da Polinésia e formado pela união de 177 ilhas de mesmo nome, também conhecidas como Ilhas Amigáveis, o surfe também é reconhecido como uma antiga prática, dada sua presença na tradição oral. As extraordinárias tábuas de surfe foram inventadas num processo de trabalho e método de interversão do homem no Havaí, onde eram reconhecidas como a simbólica papa he`e nalu na língua havaiana. 

         Tonga, oficialmente Reino de Tonga, é um país da Oceania, integrante da Polinésia e formado pela união de 177 ilhas de mesmo nome, também reconhecidas como Ilhas Amigáveis, das quais 36 são habitadas. Através de seu território marítimo, faz fronteira ao Norte com o território ultramarino francês de Wallis e Futuna e com Samoa; a Nordeste com a Samoa Americana; a Leste com os territórios de Niue e das Ilhas Cook, pertencentes à Nova Zelândia; e a Oeste com Fiji. Ao Sul, as ilhas mais próximas são as Kermadec, também sob domínio da Nova Zelândia. A sua capital é Nucualofa, que também é o principal centro urbano. Com área de 747 km², Tonga é o 172º maior país do mundo em área territorial. Sua população é ligeiramente superior aos 100 mil habitantes, colocando o reino na 178ª posição entre os países mais populosos e resultando numa densidade demográfica de 153 hab./km². O arquipélago de Tonga foi visitado e explorado pelos neerlandeses Willem Schouten e Jacob Le Maire, em 1616. Em 1900 tornou-se um protetorado britânico. Em 1970, a Independência à ilha, que se tornou membro da Organização das Nações Unidas (ONU), do Secretariado da Comunidade do Pacífico, antes Comissão do Pacífico Sul e Fórum das Ilhas do Pacífico. É uma monarquia constitucional, chefiada pelo rei Tupou VI, no poder desde 2012. 

     Em muitas línguas polinésias a palavra Tonga significa Sul. Provavelmente, o arquipélago recebeu este nome devido à sua localização geográfica ao Sul das ilhas de Samoa. Mas, para os tonganeses a representação do nome significa “jardim”. Evidências arqueológicas demonstram que os primeiros colonos de Tonga chegaram navegando das Ilhas Santa Cruz que politicamente são parte das ilhas Salomão, mas seu ecossistema de florestas úmidas é o mesmo de Vanuatu que nas primeiras migrações do povo ancestral reconhecido como Lápita, os descendentes diretos atualmente do povo são os melanésios para o crescente Fiji-Tonga-Samoa, berço da cultura polinésia, em 1 500 a.C. Chegaram em Tonga em alguma data entre o ano 1 500 a.C. e o ano 1 000 a.C.  Os Lápitas eram um povo avançado, que vivia da pesca e da horticultura, navegava e produzia cerâmica. Esse povo viveu e se reproduziu durante mil anos nas ilhas de Tonga, Samoa, e Fiji, antes de colonizadores descobrirem o Arquipélago das Marquesas, o Taiti e o restante das ilhas do Pacífico Sul, isto é: Australásia, área que inclui a Austrália, Nova Zelândia, Nova Guiné e outras ilhas no Leste da Indonésia, e, Oceania, região geográfica e geopolítica de muitos territórios insulares no oceano Pacífico Sul. Por esses motivos, as ilhas de Tonga, Samoa e Fiji são reconhecidas como o “berço da cultura e civilização da Polinésia”.

Eram normalmente feitas de madeira de árvores locais, como as koa, e tinham frequentemente mais de 15 pés (5 metros) de comprimento e bastante pesadas frente às atuais. O desenho foi avançando ao longo do decorrer dos anos e incorporando-se uma ou mais alhetas (quilhas) na parte traseira inferior para melhorar a estabilidade direcional e muitas outras melhorias na sua forma e materiais. Dessa maneira, as tábuas modernas estão feitas de espuma de poliuretano ou poliestireno coberto com capas de fibra de vidro e de resina de poliéster ou epóxi, um piso monolítico, isto é, sem emendas, sem rejunte, porém com pouco brilho, mas por outro lado sendo muito resistente e, quando aplicado corretamente na superfície, não desplaca, não racha e não trinca. Muito se confunde o piso epóxi, um revestimento de piso feito a partir de uma mistura de resina epóxi e catalisador com o chamado porcelanato líquido. Em 11 de agosto de 1911, Duke Kahanamoku foi cronometrado em 55,4 segundos nas 100 jardas (91 metros) de estilo livre, batendo o recorde mundial existente por 4,6 segundos, na água salgada do porto de Honolulu. Ele também quebrou o recorde nas 220 jardas (200 metros) e igualou nas 50 jardas (46 metros). A Associação Atlética Amadora (AAU), incrédula, diante da atividade cognitiva e praticamente criadora, não reconheceria esses feitos até muitos anos depois. A AAU alegou que os juízes deviam usar “despertadores”, em vez de cronômetros, e, per se alegou que as correntes oceânicas ajudaram Kahanamoku.

Duke Kahanamoku nasceu em Oahu, em 24 de agosto de 1890 e faleceu em Honolulu, em 22 de janeiro de 1968. Foi um nadador, ator e surfista havaiano. Ele foi um dos idealizadores do surf moderno. Foi nos Jogos Olímpicos de Verão de 1912 em Estocolmo, como nadador, que começou a conquistar suas glórias olímpicas, que continuaram durante a Primeira Guerra Mundial (1814-1918) e foram testadas mais uma vez nos Jogos Olímpicos de Verão de 1920 em Antuérpia e 1924 em Paris. No total, foram 5 medalhas conquistadas, sendo três de ouro e duas de prata. Duke largou a carreira de desportista depois dos Jogos Olímpicos de 1924, mas no Havaí continuou muito famoso. É um arquipélago vulcânico isolado no Pacífico Central. Suas ilhas são reconhecidas pelas paisagens acidentadas compostas de penhascos, cachoeiras, florestas tropicais e praias com areia dourada, vermelha, preta e até mesmo verde. Das seis ilhas principais, Oahu tem a maior cidade e capital do Havaí, Honolulu, que abriga a praia de Waikiki, em formato de lua crescente, e os memoriais da 2ª guerra mundial (1939-1945), em Pearl Harbor. Ele transformou o arquipélago, até o momento pouco reconhecido, no lar mundialmente famoso do surf. Antes de morrer, em 1968, ainda foi estrela de cinema e lançou uma grife de surfistas. Por sua causa, o surf espalhou-se pelo mundo e tornou-se um desporto muito praticado e famoso. Nos Jogos Olímpicos da Antuérpia de 1920, Kahanamoku, então com 30 anos de idade, tornou-se o nadador “mais velho a ganhar uma medalha de ouro olímpica em provas individuais da natação”. Este recorde etário só é superado 96 anos depois, por Michael Phelps, que conquistou um ouro com 31 anos.

Ele foi iniciado na maçonaria, aprovado e elevado ao grau sublime de Mestre Maçom na Loja Maçônica Havaiana e também era um nobre (membro) da organização fraterna Shriners. É a reunião dos maçons, independente se estão no templo nos trabalhos maçônicos. É o conjunto de maçons que formam um quadro de obreiros. Os iniciados e filiados que estão ligados e criam uma comunidade com encontros regulares, cargos e projetos. A Loja independe do Templo, mas é no espaço físico do Templo que a Loja pratica as ritualísticas que compõem o método maçônico para estudar e praticar a filosofia e o que lhe é o próprio simbolismo. Mas ainda há divergências conceituais entre os teóricos maçônicos. Os Jogos Olímpicos de Verão de 1912 realizaram-se em Estocolmo, capital da Suécia, entre 5 de maio e 27 de julho com 2407 atletas de 28 nações, com a participação de apenas 48 mulheres. Abertos oficialmente pelo Rei Gustavo V, os já bastante concorridos, prestigiados e famosos Jogos foram um modelo da eficiência sueca e o primeiro a que compareceram atletas de todos os cinco continentes representados na bandeira olímpica. Gustavo V foi rei da Suécia de 1907 até sua morte em 1950. Era o filho mais velho do rei Óscar II da Suécia e Noruega e da princesa Sofia de Nassau. Dotados de estrutura nunca antes vista, estes foram os primeiros Jogos que utilizaram um moderno sistema de som com alto-falantes espalhados pelo Complexo Olímpico e pela cidade, para informar a todos sobre os resultados individualizado de cada esporte.

Estocolmo usou pela primeira vez um sistema de fotografias e cronometragem semi-eletrônica, para marcação simultânea da relação estabelecida entre os sucessivos tempos e movimentos de sincronização na natação e atletismo. Foram os primeiros a enfatizar a cerimônia coreografada de Abertura do evento, antecipando a entrada das delegações nacionais, realizada por 200 jovens vestidos de branco na área central do gramado do Estádio Olímpico. Esta foi a última edição em que as formas das medalhas douradas foram inteiramente confeccionadas de ouro. Portugal fez nesta edição a sua estreia nos Jogos Olímpicos de 1912, onde um atleta de sua delegação teve a fatalidade de proporcionar a mais triste nota da competição: o jovem fundista Francisco Lázaro (1889-1912), carpinteiro de apenas 21 anos, morreu de desidratação, seguida de ataque cardíaco após correr 30 km da Maratona e abandonar a prova. A primeira representação portuguesa nos Jogos Olímpicos era constituída por Armando Cortesão, Antônio Stromp e Francisco Lázaro, no atletismo, os lutadores Joaquim Vital e Antônio Pereira e o esgrimista Fernando Correia, chefe da delegação portuguesa. Lázaro foi o porta-estandarte na Abertura dos jogos a 5 de maio de 1912. Outros pioneiros portugueses participaram no atletismo, luta e esgrima, sem obter o pleno sucesso almejado. 

Se olharmos o oceano de cima para baixo, de um ponto mais elevado numa costa qualquer, vemos o padrão horizontal de cristas de onda que se aproximam dela. E podemos então notar que, seja lá de que direção as ondas venham, elas acabam por se ir encurvando ao chegar mais perto da costa de modo a chegarem à praia numa direção quase perpendicular a ela, mas raramente exatamente perpendicular. O que se passa no tempo é que, quando uma onda se aproxima da costa numa direção que faz um determinado ângulo com a perpendicular à costa, as partes mais próximas da costa “sentem” o fundo mais cedo e, nessas partes, a velocidade de propagação das ondas diminui. À medida que cada parte da crista da onda vai sentindo o fundo, as partes que o sentiram antes vão diminuindo cada vez mais a sua velocidade. Deste modo e de forma contínua a linha da onda vai sendo encurvada: um fenômeno a que se chama “refração das ondas”, por ser similar ao que se passa com os raios de luz na refração óptica. E é isto que faz com que as ondas acabem por chegar à praia numa direção quase perpendicular a ela e rebentem de um modo quase paralelo à costa. Na refração, passa-se algo de parecido com “uma fila de soldados” que vira uma esquina em formação, com os soldados que estão mais perto da esquina a andarem mais devagar e os que estão longe dela a andarem mais depressa.

Se uma onda encontra uma parte da costa mais saliente, como um promontório, a parte que a “sente” primeiro diminui mais depressa de velocidade e as outras partes, de ambos os lados, seguem em frente, mas vão sendo encurvadas e vão acabar por rebentar de cada um dos lados dessa saliência quando os soldados em frente ao promontório param e os outros atacam-no rodeando-o de ambos os lados. As ondas convergem nessas partes mais salientes e ao rebentar gastam nelas a maior parte da sua energia, causando mais erosão do que nas outras partes da costa. Nas baías, a refração faz com que as ondas divirjam e a energia aí despendida seja mínima, tornando as baías mais calmas. As partes salientes das costas “chamam as ondas”. E a energia das ondas é assim distribuída de forma ir tornando a linha de costa cada vez mais retilínea. As ondas provocadas pelos ventos das tempestades podem ser na maioria dos casos extremamente destrutivas.  Chegam por vezes a conseguir levantar estruturas de mais de 2000 toneladas. Mas as ondas mais destrutivas estão as associadas aos maremotos, tsunami e ondas marítimas, com a propagação de ondas em elevado grau de velocidade no ambiente marinho, em função da ocorrência de algum sismo ou atividade tectônica sob o relevo submarino.

Um tsunâmi pode ser gerado quando os limites de placas tectônicas convergentes ou destrutivas se movem abruptamente e deslocam verticalmente a água sobrejacente. É muito improvável que esses movimentos possam formar-se em limites divergentes (construtivo) ou conservativos das placas tectônicas. Isso ocorre porque esses limites em geral não perturbam o deslocamento verticalmente da coluna de água. Sismos relacionados à zona de subducção geram a maioria dos tsunâmis. Pesquisadores em 2017 descobriram que o movimento horizontal do fundo do mar inclinado durante um terremoto subaquático pode dar a tsunâmis um impulso crítico. Os cientistas assumiam anteriormente que o movimento vertical contribuía com a maior parte da energia de um tsunâmi. Entetanto, têm uma pequena amplitude (altura da onda) em alto mar e um comprimento de onda muito longo, considerando muitas vezes centenas de quilômetros de comprimento, e por isso geralmente passam despercebidos no mar, formando apenas uma ligeira ondulação de normalmente cerca de 300 milímetros ou 12 polegadas, acima da superfície normal do mar. Eles crescem em altura quando atingem águas mais rasas, em um processo de empolamento da onda. Enquanto fenômeno um tsunâmi pode ocorrer em um estado de maré e mesmo na maré baixa pode inundar áreas costeiras.

Bibliografia Geral Consultada.

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