“A fama não é uma planta que cresça em solo mortal”. John Milton
John Milton foi um poeta, polemista, intelectual e funcionário público inglês, servindo como Secretário de Línguas Estrangeiras da Comunidade da Inglaterra sob Oliver Cromwell. Escreveu em um momento de fluxo religioso e agitação política, e é reconhecido por seu épico Paraíso Perdido (1667), escrito em verso branco. Nascido em Londres em 1608, frequentou a Christ’s College da Universidade de Cambridge, onde graduou-se em 1629 e obteve um título acadêmico de mestrado em 1632. Leu obras antigas e modernas de teologia, filosofia, história, política, literatura e ciência, e em maio de 1638, viajou per se para França e Itália em uma digressão, onde se encontrou com o astrônomo Galileu Galilei (1564-1642) e visitou a Accademia della Crusca, considerada a mais prestigiosa instituição linguística da Itália. Ao voltar à Inglaterra, escreveu prosas contra o episcopado na Guerra Civil Inglesa, e William Laud, arcebispo de Cantuária. Em março de 1649 foi feito Secretário de Línguas Estrangeiras pelo Conselho de Estado. Publicou textos em defesa dos princípios republicanos, e em 1654 ficou cego e consequentemente pobre. Após a Restauração Inglesa continuou a defender a República e criticar a monarquia. Se escondeu e teve um mandado de prisão, sendo perdoado. Ele morreu em 1674, tendo na vida se casado por três vezes.
Escrevendo em inglês, latim e italiano, alcançou fama internacional, e seu célebre Areopagítica, está entre as defesas mais influentes da história da liberdade de expressão e liberdade de imprensa. Foi publicado em 23 de novembro de 1644, no auge da Guerra Civil Inglesa. Leva o título em parte do Areopagitikos, um discurso escrito pelo orador ateniense Isócrates no século 4 a. C. O Areópago é geograficamente uma colina em Atenas, local de tribunais reais e lendários, e nome de um conselho cujo poder Isócrates esperava restaurar. Alguns argumentam que é também uma referência à defesa que São Paulo fez perante o Areópago em Atenas contra as acusações de promulgar deuses estrangeiros e ensinamentos estranhos, conforme registrado em Atos 17:18-34. Como Isócrates, Milton que não era parlamentar, não pretendia que seu trabalho fosse um discurso oral na assembleia. Foi distribuído panfleto, desafiando censura de publicação contra a qual ele argumentou e como radical, Milton apoiou os presbiterianos no Parlamento inglês, e mais tarde trabalharia como funcionário público da nova República. Mas neste trabalho ele argumentou vigorosamente contra a Portaria de 1643 do Parlamento para a Regulamentação da Impressão, também reconhecida como Ordenação de Licença de 1643, na qual o Parlamento propugna censura prévia, pois exigia que “os autores tivessem uma licença aprovada pelo governo antes que seu trabalho pudesse ser publicado”. Sua prosa e poesia refletiam profundas convicções, a paixão pela liberdade e autodeterminação, e as questões urgentes e turbulência política. Vale lembrar que a questão era pessoal para John Milton, pois havia sofrido censura para publicar diversos tratados em defesa do divórcio, uma postura radical que não teve o apoio dos censores.
Em particular, The Doctrine and Discipline of Divorce (1643), que ele publicou anonimamente e sem licença, foi condenado pelo clero puritano como sendo herético e com a intenção de promover a libertinagem sexual, e foi citado em petições ao parlamento como evidência da necessidade de reinstalar um sistema de licenciamento de pré-publicação. Areopagítica está repleta de referências bíblicas e clássicas que Milton usa para fortalecer seu argumento. Isso é particularmente adequado porque o panfleto estava sendo dirigido aos presbiterianos calvinistas que compunham o Parlamento. A biografia de William Hayley (1745-1820), publicada em 1796, o chamou de “o maior autor inglês”, e ele geralmente permanece sendo considerado como “um dos escritores mais proeminentes da língua inglesa”, embora a recepção crítica tenha oscilado nos séculos desde sua morte e muitas vezes por conta de seu republicanismo. Samuel Johnson elogiou Paraíso Perdido como “um poema que, em relação ao design pode reivindicar o primeiro lugar, e no que diz respeito ao desempenho, o segundo, entre as produções da mente humana”, embora ele tenha sido um conservador e destinatário do patrocínio real que interpretou e descreveu a política de Milton como as de um “amargo e ranzinza republicano”. Seu republicanismo, tem sido objeto de partidarismo britânico, representando a consideração hostil de Anthony Wood, em 1691, a biografia “não-conformista”, em 1698, de John Willard Toland (1912-2004) e outros. Seus tratados políticos foram consultados na elaboração da Constituição dos Estados Unidos. Desnecessário dizer que Oliver Cromwell (1599-1658), foi militar e líder político e Lorde Protetor, título nobiliárquico que tem sido utilizado pela lei da Grã-Bretanha, para os chefes de Estado, como um título particular em respeito de eles conduzirem “a Igreja Anglicana e serem responsáveis da proteção”.
Este foi dado a Oliver Cromwell como chefe dos protestantes que se opunham aos católicos britânicos, na guerra civil e durante a sua governação d “O Protectorado”, e algumas vezes foi utilizado para nomear postos de regência temporária, atuando na ausência do monarca. O monarca britânico detém os poderes do chamado Lorde-protetor, sendo o Lorde-protetor da Inglaterra com a Graça de Deus. Nascido no centro da nobreza rural, os quarenta anos da sua vida são pouco conhecidos. Após passar por uma conversão religiosa durante a década de 1630, Cromwell tornou-se um “puritano independente”, assumindo uma posição, no geral, tolerante, face aos protestantes do seu tempo. Um homem intensamente religioso, autodenominado de “Moisés puritano”, ele acreditava profundamente que Deus era o seu guia nas suas vitórias. Cromwell foi eleito membro do parlamento pelo círculo eleitoral de Huntingdon em 1628, e por Cambridge, no Pequeno Parlamento (1640) e Longo Parlamento entre 1640 e 1649. Participou na Guerra civil inglesa, ao lado dos Parlamentaristas. A Revolução Puritana foi uma guerra civil que teve início na Inglaterra em 1642, quando o exército do rei Carlos I entrou em confronto com o exército do Parlamento inglês, e terminou em 1649 com a derrota do monarca e o fim do absolutismo em território inglês. Chamado de “Old Ironsides”, foi já promovido de uma tropa de cavalaria para um dos comandantes principais do New Model Army, onde desempenhou um papel de destaque na derrota das forças realistas.
Neste
aspecto USS Constitution, também reconhecido como Old Ironsides,
é uma fragata pesada de três mastros com casco de madeira da Marinha dos
Estados Unidos da América. Em primeiro lugar, ele é o navio de guerra
comissionado mais antigo do mundo ainda em funcionamento. Ela foi lançada em
1797, uma das seis fragatas originais autorizadas para construção pela Lei
Naval de 1794 e a terceira construída. O nome “Constituição” estava entre os
dez nomes apresentados ao presidente George Washington pelo secretário da
Guerra, Timothy Pickering, em março de 1795, para as fragatas que seriam
construídas. Joshua Humphreys projetou
as fragatas para serem os navios capitais da jovem Marinha e, portanto, o
Constitution e seus navios irmãos eram maiores, mais fortemente armados e
construídos do que as fragatas padrão. Ela foi construída no estaleiro Edmund
Hartt no North End de Boston, cidade de Massachusetts, em solo norte-americano.
Suas primeiras funções foram fornecer proteção à navegação mercante americana
durante a chamada Quase Guerra com a França e derrotar os piratas da Barbária
na Primeira Guerra da Barbária. Constitution é mais reconhecida por suas ações
durante a Guerra de 1812 contra o Reino Unido, quando capturou vários navios
mercantes e derrotou cinco navios de guerra britânicos: HMS Guerriere, Java,
Pictou, Cyane e Levant. A batalha com Guerriere rendeu-lhe afetivamente o
apelido de “Velho Ironsides” e a adoração pública que a salvou do
fim trágico de desmantelamento e morte da memória socialmente determinada. Ela
continuou a servir como Nau Capitânia nas esquadras do Mediterrâneo e da África
e circulou pelo mundo na década de 1840.
Durante
a Guerra Civil Americana, serviu como navio de treinamento da Academia Naval
dos Estados Unidos. Ela levou obras de arte e exposições industriais americanas
para a Exposição de Paris de 1878. O Constitution foi “aposentado” do
serviço ativo em 1881 e serviu como navio receptor até ser designado
Navio-museu em 1907. Em 1934, ele completou uma viagem de três anos por 90
portos pelo país. Ela navegou por conta própria para comemorar seu 200º
aniversário em 1997 e novamente em agosto de 2012 para comemorar o 200º
aniversário de sua vitória sobre Guerriere. A missão declarada da Constituição
é promover a compreensão do papel social e político da Marinha na Guerra e na
paz “por meio de divulgação educacional, demonstração histórica e participação
ativa em eventos públicos como parte do Comando de História e Patrimônio
Naval”. Por ser um navio da Marinha totalmente comissionado, sua tripulação de
75 oficiais e marinheiros participa de cerimônias, programas educacionais e
eventos especiais, mantendo-o aberto a visitantes durante todo o ano e
oferecendo passeios gratuitos. Os oficiais e tripulantes são todos funcionários
da Marinha em serviço ativo e a missão é considerada serviço especial. Ela em geral fica atracada no Píer 1 do Charlestown Navy Yard, em uma extremidade da
Freedom Trail de Boston.
Foi
um dos signatários da sentença de morte do rei Carlos I em 1649, e, como membro
do Rump Parliament (1649–53), dominou a Comunidade da Inglaterra. Foi
escolhido para assumir o comando da campanha inglesa na Irlanda durante
1649–50. As suas forças derrotaram a coligação entre os Confederados e os
Realistas, e ocuparam o país - terminando, assim, com as Guerras confederadas
irlandesas. Durante este período, foram redigidas uma série de Leis Penais
contra os católicos romanos (uma minoria significativa na Inglaterra e na
Escócia, mas uma grande maioria na Irlanda), e grande parte das suas terras
foram confiscadas. Cromwell também liderou uma campanha contra o exército
escocês entre 1650 e 1651, liderando os “Roundheads” contra os “Cavaliers”,
saindo vitorioso principalmente pelo fato do seu exército ter um modelo chamado
New Model Army que tinha uma hierarquia baseada na meritocracia, ou
seja, as altas patentes só eram alcançadas por merecimento. A 20 de abril de
1653, dissolveu o Rump Parliament pela força, instituindo uma
assembleia, embora de curta duração, conhecida como Parlamento Barebone, antes
de ser convidado pelos seus pares para liderar como “Lorde Protetor” da
Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda, a partir de 16 de dezembro de
1653. Como governante, esteve à frente de uma política exterior autoritária muito
agressiva e eficaz. Depois da morte infecciosa por malária em 1658, foi
sepultado na Abadia de Westminster, mas, após a tomada do poder pelos monarquistas,
em 1660, o seu corpo “foi retirado da sepultura, pendurado por correntes e
decapitado”.
Um carro de transporte por aplicativo foi “engolido” por uma cratera após o asfalto ceder na Avenida Recife, no bairro de Areias, na Zona Oeste da capital pernambucana. Segundo testemunhas, não havia buracos na via, e sim um vazamento de água há dias. Não houve feridos. O acidente aconteceu por volta das 9h15 na segunda-feira (03/09/2023), e somente depois das 12 horas o veículo foi retirado do buraco. Imagens enviadas para o WhatsApp da TV Globo mostram um dos passageiros sendo retirado por pessoas que passavam pelo local enquanto o veículo estava caído dentro do buraco. O motorista de aplicativo Alberto de Oliveira Silva contou que o piso cedeu assim que estacionou o veículo. – “Eu só parei o carro e o piso cedeu. Vou ter prejuízo. Quero ver quais medidas a prefeitura vai tomar para mim. Dependo do carro para trabalhar todo dia”. unto com ele, estava a dentista Petrúcia Prado, que relatou que o momento em que o carro caiu na cratera foi desesperador. Uma equipe da Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb) foi ao local para “averiguar o problema e sinalizar a área”; do ponto de vista do poder público a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano foi a avenida para orientar sobre um desvio: “quem vem no sentido Aeroporto segue pelas ruas Capitão Estevão Fernandes e General Francisco Figueira”.
Mais antiga entre as capitais estaduais brasileiras, Recife surgiu como “Ribeira de Mar dos Arrecifes dos Navios” no ano de 1537, na principal área portuária da Capitania de Pernambuco, a mais rica capitania do Brasil Colônia, conhecida em todo o mundo comercial da época graças à cultura da cana-de-açúcar e ao pau-brasil (ou pau-de-pernambuco). No século XVII, a cidade foi por vinte e quatro anos a sede da colônia de Nova Holanda, que teve como um dos administradores o conde Maurício de Nassau. Após a expulsão dos neerlandeses, feita na Insurreição Pernambucana, o Recife emerge como a cidade mais importante de Pernambuco, tendo uma grande vocação comercial influenciada principalmente pelos comerciantes portugueses, os chamados “mascates”. A atual área metropolitana do Recife foi palco de muitos dos primeiros fatos históricos do Novo Mundo: no Cabo de Santo Agostinho ocorreu o descobrimento do Brasil pelo navegador espanhol Vicente Yáñez Pinzón no dia 26 de janeiro de 1500; na Ilha de Itamaracá estabeleceu-se, em 1516, o primeiro “Governador das Partes do Brasil”, Pero Capico, que ali construiu o primeiro engenho de açúcar de que se tem notícia na América portuguesa. Dentre as suas muitas alcunhas atribuídas, “Veneza Brasileira” é a mais reconhecida. O romancista argelino Albert Camus esteve no Recife em 1949 e comparou a capital pernambucana a outra cidade italiana ao descrevê-la, em seu livro Diário de Viagem, como a “Florença dos Trópicos”. O Centro Histórico do Recife, com demolições e descaracterizações, é um conjunto com “os sítios históricos de Olinda, Igarassu e dos Guararapes um dos mais valiosos patrimônios barrocos do Brasil”.
Os levantamentos de solos dos Estados do Nordeste apresentam escalas variando de 1:400.000 a 1:1.000.000. Portanto, alerta-se aos usuários que, devido ao nível generalizado dos mapeamentos, é de se esperar obter dos mesmos apenas uma visão global generalizante dos diversos solos existentes no Estado, elemento básico essencial para planejamentos regionais, escolha de áreas prioritárias que justifiquem levantamentos de solos mais detalhados e seleção de áreas para experimentação agrícola. Não se prestam, deste modo, para solucionar problemas de glebas específicas (pequenas propriedades). No estado do Ceará o estudo da Geografia Física destaca-se através de amplo predomínio espacial das superfícies aplainadas da depressão sertaneja, posicionada em cotas modestas, resultante de uma prolongada atuação dos processos erosivos e denudacionais que promoveu o arrasamento do relevo sustentado pelo embasamento ígneo-metamórfico pré-cambriano. A despeito da existência de registros neotectônicos no estado do Ceará, sua influência parece ser pequena na configuração do atual cenário geomorfológico. O predomínio de vastas superfícies aplainadas denota um longo período de notável estabilidade tectônica, sem grandes variações de nível de base. Estas condições devem ter prevalecido ao longo do Cenozoico, como devem ter vigorado paleoclimas quentes e semiáridos, com poucas variações em relação ao clima.
Todavia,
estas superfícies aplainadas encontram-se pontilhadas de montes rochosos
isolados (inselbergs) que se configuram em mediações de relevos
residuais elaborados em rochas mais resistentes ao intemperismo e erosão, e
que, portanto, resistiram aos processos de aplainamento generalizado, gerando
solos rasos e pouco profundos e pedregosos, porém de boa fertilidade natural
devido à grande influência presente do material originário, que caracterizam
grande parte do cenário geomorfológico do Estado. Os eventos geológicos, que
configuram-se na evolução geomorfológica do estado do Ceará, está fortemente
associada ao processo de abertura do Atlântico Equatorial durante o Cretáceo
sendo datado do período Aptiano, entre 125 e 110 milhões de anos, num sistema
de falhamentos transcorrentes e instalação de bacias sedimentares em pequenos
ou grandes rifts abortados (pull-apart basins), tais como as
bacias do Araripe, Potiguar, Iguatu e Icó, implantados sobre o Escudo
Pré-Cambriano das Faixas de Dobramento Nordestinas. Este embasamento
ígneo-metamórfico destas Faixas de Dobramento Nordestinas corresponde a um
conjunto de orógenos amalgamados que exibe, ao longo do percurso da Depressão
Sertaneja, núcleos metamórficos mais antigos do embasamento, de idade
arqueano-paleoproterozoica; e largas faixas remobilizadas que sofreram a
orogênese Brasiliana, de idade neoproterozoica. Nestes orógenos brasilianos,
verifica-se um conjunto de rochas metamórficas intrudidas por vastos plútons
e batólitos graníticos de antigos arcos magmáticos do período neoproterozoico.
Este complexo e diversificado conjunto de litologias do escudo Pré-Cambriano foi denominado de “Província Borborema” e reflete-se na paisagem atual, através do grande número de relevos residuais isolados (maciços montanhosos e inselbergs) originados a partir da resistência diferencial ao intemperismo e à erosão, apresentada por esse vasto conjunto de litologias, além de um complexo arranjo tectono-estrutural, no qual se salientam extensas zonas de cisalhamento que cortam o estado do Ceará. Estudos sobre evolução geomorfológica do Nordeste brasileiro, como os desenvolvidos, propõem, em linhas gerais, um prolongado evento epirogenético que se estende pelo Cretáceo e Cenozoico, destacando-se, neste contexto, o Planalto da Borborema, com consequente geração de dois a quatro níveis de aplainamento escalonados, tendo sido avaliados com base em datações relativas. Os estudos especializados neste âmbito sugerem a geração de, pelo menos, duas superfícies de aplainamento para o estado do Ceará, isto é, uma superfície de idade paleógena, que corresponderia aos topos das chapadas da Ibiapaba e Araripe, em cotas variáveis entre 750 metros e 900 metros, o que corresponde à superfície sul-americana; e outra superfície de idade neógena, uma superfície interplanáltica que corresponderia ao piso da Depressão Sertaneja, embutidas em cotas inferiores a 500 metros, o que corresponderia à superfície Velhas. A despeito dos sólidos argumentos científicos apresentados pelos especialistas e considerando a tese de que a Depressão Sertaneja (ou parte dela) tenha sido originada no Cretáceo Médio ou Superior, não se pode desconsiderar que, durante todo o período Cenozoico, os processos geológicos de erosão e aplainamento tenham sido constantes e promoveram ou acentuaram uma notável planura da chamada Depressão Sertaneja, sendo apenas interrompida por esparsos inselbergs e portanto, dentre os maciços residuais.
A paisagem física atual denuncia uma incipiente dissecação quaternária das superfícies aplainadas, marcadas pela ligeira incisão fluvial e pela topografia muito suavemente ondulada das vastas áreas pediplanadas, comparativamente bem como o pequeno desenvolvimento pedogenético dos solos, sendo dominantemente rasos a pouco profundos, comprovada pela elevada relação silte/argila e sílica (SiO2) /alumina (Al2O3). Entretanto, o entendimento do funcionamento e dinâmica deste conjunto de “paisagens sertanejas” envolve, forçosamente, a compreensão de sua dinâmica climática e sua importância para caracterizar um conjunto de terrenos, o qual se convencionou denominar de Sertão. O estado do Ceará incluindo sua zona costeira está inserido no denominado “polígono das secas” com regime climático quente e semiárido, com temperaturas sempre elevadas, típico de uma zona subequatorial, onde a maior parte de seu território registra uma precipitação média anual inferior a 700 mm/ano, sendo que essas chuvas estão concentradas em dois ou mais meses do ano. O trimestre chuvoso restringe-se aos meses de fevereiro a abril. Nas áreas mais úmidas do estado (faixa costeira e os “brejos de altitude”) o período úmido se estende de janeiro a julho. Nas áreas mais áridas, dominadas por “caatingas hiperxerófilas”, prevalece o clima tipo BSh de Köeppen, com predomínio de precipitações pluviométricas médias anuais entre 400 e 450 mm/ano. As taxas de evaporação são altas, a insolação é forte e a umidade relativa é baixa. Neste sentido, deve-se levar em consideração que o regime hídrico de semiaridez do Sertão Nordestino está diretamente associado ao fato de que todos os sistemas produtores de chuvas que atingem a região atuam por poucos meses promovendo, portanto, estiagens muito prolongadas que podem variar de sete a dez meses, condição hídrica característica do Bioma da Caatinga.
Destacam-se, no estado do Ceará, dois sistemas produtores de chuvas que atingem, marginalmente, o chamado território semiárido: 1) A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que promove intensa pluviosidade no Amapá e no Norte do Pará e Maranhão, e atinge o sertão do Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte apenas durante o máximo de sua oscilação no hemisfério Sul entre os meses de fevereiro a abril. Os outros meses do ano tendem a ser secos. 2) A Massa Equatorial Atlântica (mEa), portadora dos ventos alíseos úmidos (ventos do quadrante leste), promove intensa precipitação no litoral oriental do Nordeste durante o inverno, porém, poucas chuvas nas áreas a sotavento do Planalto da Borborema. Portanto, o semiárido do Rio Grande do Norte e Ceará tende também a apresentar longas estiagens com curtos períodos chuvosos durante o inverno. A situação sinótica exposta (cf. Brandão, 2014) explica o regime climático de semiaridez que graça sobre a região, porém a característica climática mais penosa para a população sertaneja é a sua irregularidade pluviométrica. Neste caso, existe uma diferença fundamental entre estiagem e o histórico fenômeno da seca. A prolongada estiagem de 7 a 10 meses é um fato climático já esperado pelo sertanejo. Todavia, nos anos em que a ZCIT atua de forma atenuada no hemisfério Sul, não ocorrem chuvas no Ceará durante seu período úmido (fevereiro-abril). Isto implica em mais de ano sem chuvas ou chuvas inexpressivas. Assim, se caracteriza o fenômeno da “seca” que tanto aplica-se a população sertaneja. Os anos atípicos de 2009 e 2010 ilustram, de forma exemplar, esta situação: em 2009, quando o Nordeste Setentrional estava submetido à influência do fenômeno El Niño, a ZCIT oscilou de forma acentuada no hemisfério Sul e promoveu chuvas torrenciais, muito “acima” da normalidade estatisticamente falando de chuvas mensais nos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, entre os meses de fevereiro e junho.
Tal
evento climático acarretou inundações, perdas de colheita, danos em obras de
infraestrutura como construções, pontes, açudes, estradas etc. Em
contraposição, no ano de 2010, quando o Nordeste Setentrional estava submetido
à influência do fenômeno El Niño, a ZCIT oscilou de forma muito atenuada
no hemisfério Sul e verificou-se o fenômeno da “seca” com precipitações muito
abaixo das normais de chuvas mensais no período úmido nos mesmos estados referidos.
Tal evento acarretou do modo semelhante perdas de colheita com severa quebra da
safra agrícola e morte de animais. Do ponto de vista geomorfológico, as
chuvas concentradas e torrenciais, como as registradas no período úmido de 2009
que ocorrem em curtos períodos de tempo geram, inclusive, fluxos de
enxurradas com alto potencial erosivo foi caracterizado por intensos fluxos
laminares de escoamento superficial. Após o período da seca, ainda com a caatinga
desfolhada, essas chuvas intensas praticamente não encontram nenhuma
barreira ao chegar ao solo. As folhas ou restos vegetais estão destruídos pela insolação
e altas temperaturas. Isso se intensifica à medida que os terrenos são
degradados historicamente pelo desmatamento climático da caatinga, gerando um
cenário de solos intensamente castigados pari passu por erosão laminar e
linear acelerada, onde os materiais finos são transportados pela erosão
aflorando e mais intensos os aspectos de pedregosidade e rochosidade,
numa pré-condição à implantação de processos de desertificação.
Pedologia representa o estudo dos solos no seu ambiente natural. Geografia física ou fisiografia é o estudo das características naturais existentes na superfície terrestre, ou seja, o estudo das condições da natureza ou paisagem natural da Terra. A superfície da Terra é irregular e varia de um lugar para outro em função da inter-relação dinâmica entre os fatores entre si e geográfica em conjunto com outros fatores. A manifestação local deste produto dinâmica é conhecida como paisagem, que é em Geografia um fenômeno de interesse particular, mesmo considera por muitos a ser o objeto de estudo da geografia: Otto Schlüter, Siegfried Passarge, Leo Waibel, Jean Brunes, Carl Sauer, entre outros. Uma das teorias clássicas para explicação da evolução da paisagem como produto da dinâmica da superfície terrestre, é denominada teoria do ciclo geográfico. Este ciclo começa com o soerguimento do relevo, de proporções continentais, através de processos geológicos tais como epirogênese, também de “movimento epirogenético” ou epirogenia, sendo que a epirogênese é um tipo de “movimento tectônico” que consiste no deslocamento vertical da crosta terrestre e acontece em ambos os sentidos: para cima ou para baixo, vulcanismo, representa um fenômeno geológico natural determinado pelas atividades vulcânicas.
A
palavra vulcão deriva do nome do “deus do fogo” na mitologia romana Vulcano.
A ciência que estuda os vulcões é chamada de vulcanologia, e o profissional que
atua na área vulcanólogo, que deve ter conhecimento em geofísica, a
outros ramos da geologia tais como a petrologia e a geoquímica. Vulcão é uma
estrutura geológica criada quando o magma, gases e partículas quentes como
cinza vulcânica “escapam” para a superfície. Eles ejetam altas quantidades de
poeira, gases e aerossóis na atmosfera, interferindo no clima. São
frequentemente considerados causadores de poluição natural. Tipicamente, os
vulcões apresentam formato cónico e montanhoso. A erupção de um vulcão pode
resultar num grave e extraordinário “desastre natural”, por vezes de
consequências planetárias. Tal como outros eventos naturais, as erupções embora
monitoradas por sistema tecnológico e conhecimento humano, são quase que
imprevisíveis e causam danos indiscriminados. Entre outros, tendem a
desvalorizar os imóveis em suas vizinhanças, prejudicam o turismo, interrompem
o tráfego aéreo e consomem a renda pública e privada em reconstruções. Na
Terra, os vulcões tendem formar-se junto das margens das placas tectónicas.
Existem exceções quando os vulcões ocorrem em zonas chamadas de hot spots,
locais onde o “manto superior” atinge altas temperaturas. Os solos nos
arredores de vulcões formados de “lava arrefecida”, tendem a ser bastante
férteis para a agricultura.
O processo de vulcanismo (cf. Riggio, 2013) ocorre por meio da alta pressão e temperatura presente no interior da Terra, onde há expulsão do magma (lava), cinzas, gases, poeira, vapor d'água e de outros materiais (piroclastos) para a superfície, orogênese, também chamada de movimento orogenético e orogenia, a orogênese é um tipo de movimento tectônico que acontece nas zonas de convergência entre diferentes placas tectônicas, que consistem nas regiões de maior instabilidade da crosta terrestre etc. A partir disso, os rios e o escoamento superficial começam a criar vales com a forma de V entre as montanhas, a fase chamada “juventude”. Durante esta primeira etapa, o terreno é mais íngreme e mais irregular. Ao longo do tempo histórico, as correntes podem “esculpir” vales mais amplos, considerados “maturidade”. Por fim, tudo se tornaria uma planície (senilidade) nivelada à menor altitude possível e per se chamada de “nível do base”. Esta planície final foi chamada peneplanície por William Morris Davis, que significa “quase plana”. O reconhecimento da tectónica de placas na década de 1950, e da neotectônica em áreas com formação de plataformas, subsidiou novas interpretações da evolução das “paisagens”, como uma fração do espaço, como o princípio do equilíbrio dinâmico das formas de relevo. Neste princípio, a superfície pode ser modelada sem que haja “arrasamento do relevo” e “formação de peneplanícies”.
Isto
se daria em função da compensação isostática, sendo as formas de relevo resultantes
da interação entre os tipos de rocha e os climas atuantes. Esses processos
permitem o trânsito alívio por diferentes fases. Os fatores de estos (movimentos,
ruídos) processos podem ser classificados em quatro grupos: fatores geográficos:
a paisagem é afetada tanto pela fatores bióticos e abióticos, que são
considerados geográficos só fatores abióticos de origem exógena, tais como
relevo, solo, clima e corpos d'água. O clima, com elementos como pressão,
temperatura, ventos. Água de superfície com a ação do escoamento, o rio e a
ação do mar. O gelo glacial com modelagem, entre outros. Esses são fatores que
ajudam a modelo favorecendo processos de erosão. Fatores bióticos: o efeito de
fatores bióticos no alívio geral, se opõem ao processo de modelagem,
especialmente considerando a vegetação, no entanto, existem poucos animais que
não trabalham com o processo erosivo, como cabras. Fatores geológicos: como
placas tectônicas, o diastrofismo, a orogenia e vulcanismo são processos
construtivos e de origem endógena que se opõem e interromper a modelagem do
ciclo geográfico. Fatores humanos: As atividades humanas sobre o relevo são
muito variáveis, dependendo da atividade desenvolvida neste contexto e como
muitas vezes acontece com os homens é muito difícil generalizar e podem
influenciar a favor ou contra a erosão. Embora os vários fatores que
influenciam a superfície da Terra estão incluídos na dinâmica do chamado “ciclo
geográfico”, fatores geográficos só contribuem para o “ciclo de desenvolvimento”
e seu objetivo final, o peneplano. Enquanto o resto dos fatores
biológicos, geológicos e sociais puder interromper ou perturbar o ciclo de
desenvolvimento normal.
Embora
as mudanças climáticas façam parte da história do planeta desde os primórdios,
seus efeitos foram acelerados nos últimos anos pela atividade humana. É o que
alerta José Antonio Marengo, climatologista peruano, coordenador geral de
pesquisa e desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de
Desastres Naturais, órgão brasileiro que estuda o tema. O especialista
explica que algumas das consequências dessas mudanças já podem ser percebidas;
apesar disso, no entanto, ainda é possível implementar medidas que ajudem a
reduzir o impacto que as alterações climáticas geram. Mas o que é exatamente a
mudança climática? E quais são as causas e consequências desse fenômeno? De
acordo com a Organização das Nações Unidas, a mudança climática refere-se a
mudanças de longo prazo nas temperaturas e padrões climáticos. Portanto, diz respeito a todas as alterações
que o clima sofreu em diferentes escalas de tempo, diz o climatologista peruano,
confirma o climatologista peruano. A ONU explica que estas alterações podem ser
naturais (tais como as variações no ciclo solar, por exemplo, mas que “desde o
século 19, as atividades humanas têm sido o principal motor da mudança
climática”. O que causa a mudança climática? O especialista do Cemaden
considera que existem causas naturais e humanas para a mudança climática. Entre
as primeiras, ele menciona a distância entre o Sol e a Terra, que é um processo
astronômico natural, e as erupções vulcânicas, que liberam aerossóis capazes de
bloquear a energia solar. Entre os fatores antropogênicos envolvidos na mudança
climática, Marengo lista a queima de combustíveis fósseis por veículos ou
indústria; o metano liberado por aterros sanitários, pela agricultura e pela
pecuária; e a queima de vegetação ou biomassa como os principais. A Organização
das Nações Unidas, por sua vez, deixa claro que a geração de energia a partir
de combustíveis fósseis é um motivo de grande preocupação. – “A maior parte da
eletricidade ainda é gerada pela queima de carvão ou gás, que produz
dióxido de carbono e óxido nitroso, potentes gases de efeito estufa que cobrem
o planeta e retêm o calor do Sol”, informa ciosa a entidade. A organização
também adverte sobre as emissões da indústria e das fábricas, principalmente da
queima de combustíveis fósseis para gerar energia para produzir cimento,
componentes eletrônicos ou roupas, por exemplo, todas ações que colaboram com a
mudança climática.
Os climas do planeta são determinados de acordo com a localização geográfica do lugar e a intensidade de luz solar que o mesmo recebe em certos períodos do ano. A Terra possui forma geoide, por isso a luz solar que incide na superfície do planeta não atinge com a mesma intensidade todos os pontos do mesmo. A quantidade de luz que atinge a superfície em áreas próximas à Linha do Equador é diferente das recebidas em regiões adjacentes ao Círculo Polar Ártico. Astronomicamente denominam-se “círculos polares” as linhas definidas pelos pontos de interseção entre a superfície da esfera planetária, em questão a terrestre, e uma reta imaginária (abstrata) que passe pelo centro do planeta de forma a posicionar-se sempre perpendicular ao plano eclíptico, provida no mínimo uma rotação completa do planeta, isto é, um dia sideral. Em minutos o dia na Terra dura 1440 minutos, em segundos dura 86 400. O dia sideral (rotação) utiliza as estrelas como referência para a determinação do tempo. Devido ao movimento de translação da Terra ao redor do Sol, a duração do dia sideral não coincide com a do dia solar. Entre uma noite e outra o planeta Terra percorre a orbita em torno do Sol. O dia sideral é consequência do movimento de translação. Se, em um ano corresponde, um dia solar se deve ao movimento de rotação, contido em um dia sideral, 0.274% dele se deverá ao movimento de translação.
Considerando-se um dia solar de 24 horas, ou 1440 minutos, 3,94 minutos seriam consequência do movimento de translação e 23 horas, 56 minutos e 4 segundos consequência do movimento de rotação. A rotação (dia sideral) tem duração menor que a duração de um dia solar. Uma estrela observada numa linha perpendicular ao eixo de rotação da Terra às 00:00 de uma noite será observada, na mesma linha perpendicular às 23:56:04 na noite seguinte, após uma nova rotação. Durante esta rotação a Terra terá deslocado um pouco na sua órbita ao redor do Sol, esta é a diferença entre o que se explica sobre o dia solar e o dia sideral. O dia sideral médio, considerando as variações elípticas da órbita da Terra, é de 23 horas, 56 minutos e 4 segundos. O dia sideral médio pondera diferenças que ocorrem durante o afélio da Terra, é o ponto da órbita em que um planeta, ou um corpo menor do sistema solar está mais afastado do Sol, onde o dia sideral é maior, a velocidade angular de translação da Terra é menor, e vice-versa, quando um corpo se encontra no periélio, ele tem a maior velocidade de translação de toda a sua órbita. Quando o corpo em questão estiver orbitando outro objeto celeste que não o Sol, utiliza-se o periastro para identificar esse ponto. Quando a Terra está mais próxima do Sol, e a velocidade angular de translação é maior. Moléculas de água congelada foram descobertas à sombra de uma cratera na Lua. Isto é importante como veremos adiante.
A
Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA), norte-americana,
anunciou o Observatório Estratosférico de Astronomia Infravermelha que detectou
moléculas de água congelada na Cratera Clavius, uma enorme e antiga cratera
existente nas terras altas perto do polo Sul lunar, numa região acidentada e
montanhosa, crivada de antigas crateras de impacto, situada no hemisfério Sul
da Lua, segundo o astrônomo Cássio Barbosa, do Centro Universitário da Fundação
Educacional Inaciana Padre Sabóia de Medeiros, uma instituição de ensino
superior católica jesuíta. Foi uma das fundadoras da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo em 1946. Sally Ride (1951-2012) uma das 8 mil mulheres
que se inscreveram para concorrerem num programa da NASA para ser a primeira
astronauta do programa espacial norte-americano em 1978. Por simetria tais
linhas justapõem-se a dois dos paralelos geográficos do planeta. Ao paralelo
assim selecionado no hemisfério Norte dá-se o nome de Círculo Polar Ártico, e
ao paralelo assim selecionado no hemisfério Sul dá-se o nome de Círculo Polar
Antártico. Nas regiões entre os dois círculos verifica-se sempre um nascer e um
ocaso da estrela central (o Sol no caso da Terra) a cada dia. Sobre cada
um dos círculos polares, em uma data do ano não se verifica o nascer, e em
outra não se verifica o poente da estrela, havendo, um dia sem iluminação e
outro sem umbra ao ano. Para regiões entre cada um dos círculos polares e seu
respectivo polo, quer dizer, quanto mais junta ao polo, maior o número de dias consecutivos
sob aparente iluminação contínua (sem ocaso) e ocorrência de maior o número de dias sob umbra
contínua (sem o amanhecer), verificando-se o extremo para tais períodos
justamente nos polos.
Historicamente,
as estrelas são importantes para as civilizações em todo o mundo, como parte de
práticas religiosas, auxílio da navegação e orientação astronômica. Muitos
astrônomos antigos pensavam que elas estavam permanentemente fixadas a
uma esfera celestial e eram imutáveis. Por convenção, os astrônomos agruparam
estrelas em constelações e as usaram para acompanhar os movimentos dos
planetas e a posição inferida do Sol. O movimento solar em relação ao fundo de
estrelas e ao horizonte foi usado para criar calendários que podiam ser usados
para regular as práticas agrícolas. O calendário gregoriano, atualmente
usado em quase todo o mundo, é um calendário solar e baseado no ângulo do eixo
de rotação da Terra em relação a sua estrela, o Sol. Estrela é um astro (objeto
astronômico) de plasma que possui luz própria, esférico e grande, mantido
íntegro pela gravidade e pressão de radiação, que ao fim de sua vida pode
conter uma proporção de matéria degenerada. Sua formação foi possivelmente iniciada
em torno de 180 milhões a 250 milhões de anos após o Big Bang. O Sol é a
estrela mais próxima da Terra e sua maior fonte de energia. Outras são visíveis
da Terra durante a noite, quando não são ofuscadas pela luz solar ou bloqueadas
por fenômenos atmosféricos. As estrelas mais importantes da esfera celeste
foram agrupadas em constelações e asterismos, com as mais brilhantes ganhando
nomes próprios monográficos. Extensos catálogos estelares foram
compostos pelos astrônomos, o que permite designações padronizadas.
A
Lua é o único corpo celeste para além da Terra no qual os seres humanos já
pisaram. O Programa Luna, da União Soviética comunista (URSS), foi o primeiro a
atingir a Lua com sondas não tripuladas em 1959. O Programa Apollo, do governo
imperialista dos Estados Unidos da América, permitiu a realização das únicas
missões tripuladas até hoje ao satélite, desde a primeira viagem tripulada em
1968 pela Apollo 8, até seis alunagens tripuladas entre 1969 e 1972, a primeira
das quais a Apollo 11. Estas missões recolheram mais de 380 kg de rochas
lunares que têm sido usadas no estudo sobre a origem, história geológica e
estrutura interna da Lua. Após a missão Apollo 17, em 1972, a Lua foi visitada
por naves espaciais não tripuladas, pela última sonda do programa soviético
Lunokhod. Mas desde 2004, Japão, China, Índia, Estados Unidos da América e a Agence Apatiale Européenne enviaram sondas espaciais ao satélite.
Estas naves espaciais têm contribuído para confirmar a descoberta de água
gelada em crateras lunares escuras nos polos e vinculada ao regolito lunar.
Missões tripuladas para a Lua foram planejadas, através de esforços de governos
e financiamento privado. A Lua permanece, conforme acordado no Tratado do
Espaço Exterior, livre para todas as nações democráticas que queiram explorar o
satélite para fins pacíficos.
Equador
é a linha abstrata ao redor do meio de um planeta ou outro corpo celeste. Está
a meio caminho entre o Polo Norte e o Polo Sul, a 0 graus de latitude. Um
equador divide o planeta em hemisfério norte e hemisfério sul. A Terra é
esférica mais larga no seu equador, com uma circunferência de 40. 075
quilômetros. Seu diâmetro equatorial, de cerca de 12. 756 quilômetros, também é
mais largo ali, criando o fenômeno chamado de “protuberância equatorial”. O
empuxo gravitacional da Terra é ligeiramente mais fraco no equador devido a sua
protuberância equatorial. Por sua atração gravitacional ser levemente mais
fraca, o equador é ideal para lançamentos de foguetes espaciais, pois os mesmos
consomem menos energia ao serem lançados em baixa gravidade. Duas vezes ao ano,
nos equinócios da primavera e outono, o sol passa diretamente sobre o equador.
Mesmo no resto do ano, as regiões equatoriais geralmente experimentam um clima
quente e úmido com pouca variação sazonal. A estação úmida ou chuvosa
geralmente dura mais tempo seguindo a variação da climatologia, a maior parte
do ano. A longa e quente estação chuvosa cria florestas tropicais. Seu clima
úmido faz com que as regiões equatoriais não sejam as mais quentes do mundo, e
algumas regiões, como o monte Quilimanjaro na Tanzânia e os Andes na América do
Sul, que não são quentes e úmidas.
Pelo
menos durante parte de sua vida, uma estrela brilha devido à fusão nuclear do
hidrogênio em seu núcleo, liberando energia que atravessa seu interior e
irradia para o espaço sideral. Quase todos os elementos da natureza mais
pesados que o hélio foi criado por estrelas, seja pelo nucleossíntese estelar
durante as suas vidas ou pelo nucleossíntese de supernova, quando
explodem. Os astrônomos podem determinar a massa, idade, composição química e
muitas outras propriedades de uma estrela observando o seu espectro,
luminosidade e movimento no espaço. Sua massa total é o principal determinante
de sua evolução e possível destino. Outras características são delimitadas pela
história da sua evolução, inclusive o diâmetro, rotação, movimento e
temperatura. O Diagrama de Hertzsprung-Russell de
distribuição mostra a relação entre a magnitude absoluta ou luminosidade
versus o tipo espectral ou classificação estelar e sua temperatura efetiva,
permite determinar sua idade e seu estado evolucionário.
Uma
estrela se forma através do colapso de uma nuvem de material, composta
principalmente de hidrogênio e traços de elementos dispersos no espaço sideral mais pesados. Uma vez que o
núcleo estelar seja suficientemente denso, parte do hidrogênio é gradativamente
convertido em hélio pelo processo analisado por Albert Einstein (1879-1955) de fusão nuclear. O restante do interior da
estrela transporta a energia a partir do núcleo por uma combinação de processos
radiantes e convectivos. A pressão interna impede que ela colapse devido a sua
própria gravidade. Quando o combustível do núcleo (hidrogênio) se exaure, as
estrelas que possuem pelo menos 40% da massa do Sol se expandem para se
tornarem gigantes vermelhas, em alguns casos fundindo elementos mais pesados no
núcleo ou em camadas em torno do núcleo. A estrela então evolui para uma forma
degenerada, reciclando parte do material para o ambiente interestelar, onde
será formada uma nova geração de estrelas com uma maior proporção de elementos
pesados. Sistemas binários e multiestelares consistem de duas ou mais estrelas
que estão gravitacionalmente ligadas, movendo-se umas em torno das outras em
órbitas estáveis. Quando duas delas estão em órbitas relativamente próximas,
sua interação gravitacional pode causar um impacto significativo na sua
evolução. As estrelas podem ser parte de uma estrutura gravitacional muito
maior, como um aglomerado ou uma galáxia.
Isso
acontece porque os raios que atingem os pontos próximos ao Paralelo do Equador
incidem de forma perpendicular, isto é, de maneira mais intensa. Na medida em
que se afasta do mesmo, os raios atingem a superfície de forma mais inclinada
e, automaticamente, com menor intensidade. Em suma, o direcionamento dos raios
solares influencia na formação de áreas mais quentes ou mais frias de nosso
planeta. É bom lembrar que existem outros fatores determinantes na composição
dos climas, como o relevo, vegetação, entre outros. Para facilitar a
classificação dos climas e a sua localização no globo terrestre, o homem
estabeleceu as zonas térmicas, que são cinco: zonas polares (Norte e Sul), zonas
temperadas (Norte e Sul) e zona intertropical. Zonas polares: essas se
localizam entre os círculos polares (Norte e Sul) e os polos (Norte e Sul).
Tais áreas recebem luz solar de forma muito inclinada, por isso apresenta as
menores temperaturas do planeta, quase sempre abaixo de 0°C. Zonas temperadas:
áreas climáticas localizadas entre o Círculo Polar Ártico e o Trópico de
Câncer, indicam a zona temperada Norte. A zona temperada Sul se localiza entre
o Trópico de Capricórnio e o Círculo Polar Antártico. A intensidade de luz que
atinge essas regiões é superior as das zonas polares e inferior da zona
intertropical, que tem como representação a faixa climática a qual se
estabelece, em termos abstratos, entre o Trópico de Câncer e o Trópico de Capricórnio, tendo em vista
que essa parte do planeta recebe uma intensa quantidade de luz solar e per se apresenta elevadas temperaturas.
Bibliografia
Geral Consultada.
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