sexta-feira, 29 de março de 2024

Clyde Tombaugh – Astrônomo & Descobridor do Planeta Anão Plutão.

          Se não existe vida fora da Terra, então o universo é um grande desperdício de espaço”. Carl Edward Sagan

         Exploração espacial representa o conjunto de esforços do homem que visam a exploração do espaço e de seus corpos celestes. Enquanto o estudo do espaço, estrelas, e outros astros, é realizada principalmente por astrônomos com instrumentos materiais, a exploração física do espaço é realizada tanto por sondas robóticas não tripuladas, quanto por voos espaciais tripulados. Os corpos celestes e astros sempre foram motivo de grande fascinação na humanidade. Há registros de gregos, mesopotâmicos e astecas de várias notícias celestes. Na Era contemporânea, vários cientistas deram grandes contribuições para que o sonho de explorar o espaço pudesse se tornar realidade, como o russo Konstantin Tsiolkovsky, o alemão Hermann Oberth e o norte-americano Robert Goddard. Antes da 2ª guerra mundial (1939-1945) não havia um esforço conjunto que tivesse por objetivo a exploração física do espaço, mas foi durante a chamada Guerra Fria, com o início da Corrida Espacial, que os Estados Unidos da América e a União Soviética começaram a demonstrar superioridade na inédita exploração do espaço. No ano de 1687, Isaac Newton publicou sua obra Princípios Matemáticos da Filosofia Natural, dando início à compreensão da realidade física através de leis físicas e matemáticas. Nela, estão descritas praticamente todos os conhecimentos que Newton tinha sobre física, mecânica, astronomia etc. Com a publicação deste livro, surgiu a possibilidade da exploração espacial. Em 1865, o escritor Júlio Verne publicou o livro Da Terra à Lua, descrevendo uma missão espacial no satélite natural da Terra, cujo transporte seria realizado pelo canhão Columbia.  

Essa obra, extraordinária, mesmo sendo uma ficção científica, possui muitos detalhes técnicos que, inclusive, revelam semelhanças com a missão Apollo 11. No ano de 1889, Vincent van Gogh pintou uma de suas mais aclamadas obras, A Noite Estrelada, em que se pode perceber a admiração do artista por astros, estrelas e corpos celestes. Na França, no ano de 1902, Georges Méliès (1861-1938) criou um dos primeiros filmes de ficção científica, em que descrevia abstratamente uma incrível viagem à Lua, chamado Le Voyage dans la Lune. Em 1903, o físico russo Konstantin Tsiolkovsky publicou teorias possíveis de serem aplicadas para colocar foguetes em órbita, além de realizar cálculos das velocidades necessárias para colocar satélites em órbita. Alguns anos depois, em 1914, o inventor americano Robert Goddard patenteou o primeiro projeto de um foguete de combustão. Ainda no século XVI, a observação dos astros era frequentemente realizada a olho nu, e quando era manipulada com algum instrumento, ocorria por meio de instrumentos relativamente pouco eficientes. No século XVII, Hans Lippershey, fabricante de lentes dos Países Baixos, inventou a luneta. Na época da criação a Holanda estava em guerra com a Espanha. O príncipe Holandês achou aquela invenção muito interessante, pois permitia “observar a movimentação dos países inimigos”. Tempos depois, Galileo Galilei construiu sua luneta astronômica que revolucionou a astronomia.

A palavra planeta em grego quer dizer “astro errante”. Depois da invenção do telescópio, outros dois planetas do Sistema Solar foram descobertos: Urano em 1781 por William Herschel (1738-1822), e Netuno em 1846 por previsão de Urbain Jean Joseph Le Verrier (1811-1877) e John Couch Adams (1819-1892). Plutão foi descoberto em 1930 por Clyde William Tombaugh (1906-1997), e classificado astronomicamente até agosto de 2006 como sendo “o nono planeta do sistema solar”. Desde então a União Astronômica Internacional (UAI) reclassificou Plutão como “planeta anão”, quer dizer, constituindo uma nova categoria cosmológica de corpos do sistema solar, na qual também foram encaixados Ceres, o maior objeto do cinturão de asteroides entre as órbitas de Marte e Júpiter, e Éris o maior asteroide do cinturão de Kuiper. Informações sobre asteroides são dadas em Corpos Menores do Sistema SolarO sistema solar contém, além dos planetas e dos planetas anões, um grande número de corpos menores, entre os quais estão incluídos os satélites e anéis dos planetas, os asteroides, os meteoroides e os cometas. Os nomes dos planetas representam uma homenagem à beleza dos deuses romanos: Júpiter, deus dos deuses; Marte, deus da guerra; Mercúrio, mensageiro dos deuses; Vênus, deusa do amor e da beleza; Saturno, pai de Júpiter, deus da agricultura; Urano, deus do céu e das estrelas, Netuno, deus do Mar e Plutão, deus do inferno.

            Clyde Tombaugh nasceu em Streator, Illinois, Estados Unidos da América, a 4 de  fevereiro de 1906. Ainda criança, mudou-se com sua família para uma fazenda no Kansas, mas não tinha vocação para os trabalhos do campo. Queria olhar o céu. Então, passou a construir seus próprios equipamentos, começando por um telescópio refletor de 9 polegadas à base de sucatas, o qual lhe permitiu fazer imagens dos planetas Marte e Júpiter, que foram enviadas para o Observatório Lowell. O diretor deste Observatório, Vesto Melvin Slipher (1875-1969), gostando da qualidade dos desenhos de Tombaugh, convidou-o, em 1929, a trabalhar numa série de fotografias usando um telescópio refrator de 32,5 cm. Foram feitas várias chapas, sendo que aquelas compreendidas no período de 23 a 29 de janeiro de 1930 revelaram um tênue ponto, de magnitude 17, deslocando-se entre as estrelas da constelação de Gêmeos. Era o planeta Plutão. Esta descoberta foi anunciada no dia 13 de março de 1930. Como a massa deste planeta não era suficiente para explicar as perturbações sofridas por Netuno, Tombaugh continuou seu trabalho na busca de um possível décimo planeta. Isto acabou lhe permitindo vasculhar o céu por muitos anos e fazer várias descobertas de aglomerados estelares, estrelas variáveis, novas, nebulosas e alguns planetoides. Recebeu homenagens de diversas universidades norte-americanas, dentre elas a distinção como Professor Emérito da Universidade do Novo México, em 1973. Clyde Tombaugh, próximo aos 91 anos, faleceu no dia 19 de janeiro de 1997 em casa em Las Cruces, Novo México.

            Entre as suas investigações Vesto Melvin Slipher destaca-se por ter medido pela primeira vez a velocidade radial de uma galáxia e por ter descoberto a existência de gás e poeiras no meio interestelar. Seu irmão, Earl Charles Slipher (1883-1894), também foi astrônomo. Earl Slipher nasceu em Mulberry, Indiana, e estudou na Universidade de Indiana. Trabalhou no Observatório Lowell, em Flagstaff, Arizona, onde chegou a ser diretor entre 1916 e 1952. Utilizou o espectroscópio para investigar os períodos de rotação dos planetas e a composição das atmosferas planetárias. Em 1912 observou notadamente pela primeira vez o deslocamento das linhas espectrais numa galáxia, neste caso, a galáxia de Andrómeda, podendo obter assim a primeira determinação da velocidade radial de uma galáxia. Também descobriria que as galáxias espirais sofrem rotação. Em 1909 obteve dados que confirmavam a existência de grandes quantidades de gás interestelar, ideia postulada um ano antes por Jacobus Kapteyn (1851-1922). Em 1912 descobriu a poeira interestelar depois de descobrir que uma nebulosa do aglomerado aberto das Pleiades refletia a luz da estrela próxima, Mérope. Dita nebulosa representava ao mesmo tempo um novo tipo de nebulosas, as “nebulosas de reflexão”. Em 1927 começou a busca de um possível planeta que explicasse as perturbações observadas nas órbitas de Urano e Netuno. Em 1930 Clyde Tombaugh, que fazia parte do engajamento científico pessoal, descobre Plutão, ainda que seu tamanho não explicasse as tantas irregularidades observadas. Retirou-se da Astronomia em 1954 e morreu em 1969, em Flagstaff, Arizona nos Estados Unidos da América.

         O Sistema Solar, de acordo com a teoria “mais aceita”, teve origem a partir de uma nuvem molecular que, por alguma perturbação gravitacional, entrou em colapso e formou a estrela central, enquanto seus remanescentes geraram os demais corpos. Em sua configuração atual, todos os componentes descrevem órbitas praticamente elípticas ao redor do Sol, constituindo um sistema dinâmico no qual os corpos estão em mútua interação mediada sobretudo pela força gravitacional. A sua estrutura tem sido objeto de estudos desde a antiguidade, mas somente há cinco séculos a humanidade reconheceu o fato de que o Sol, e não a Terra, constitui o centro do movimento planetário. Desde então, a evolução dos equipamentos de pesquisa, como telescópios, possibilitou uma maior compreensão do sistema. Entretanto, detalhes sem precedentes foram obtidos somente após o envio de sondas espaciais a todos os planetas, que retornam imagens e dados com uma precisão nunca antes alcançada. O Sistema Solar compreende o conjunto constituído pelo Sol e todos aqueles corpos celestes que estão sob seu domínio gravitacional. A estrela central, maior do sistema, respondendo por mais de 99,85% da massa total, gera sua energia “através da fusão de hidrogênio em hélio, dois de seus principais constituintes”.

            A UAI foi fundada em 1919, com o aparecimento de vários projetos incluindo a Carte Du Ciel, carta celeste ou mapa celeste é um mapa do céu. Os astrônomos costumam dividi-las em grades para usá-las mais facilmente. São usadas para identificar e localizar objetos astronômicos como estrelas, constelações e galáxias, e têm sido usadas para a navegação humana desde tempos antigos. Uma carta celeste difere-se de um catálogo astronômico, que é uma lista ou uma tabulação de objetos astronômicos para um propósito particular, o Solar Union, ou União Internacional para Cooperação em Pesquisa Solar foi uma organização internacional dedicada à pesquisa solar entre 1905 e 1913. É uma das organizações precursoras da União Astronômica Internacional e o International Time Bureau. Sediado no Observatório de Paris, era o escritório internacional responsável por combinar diferentes aspectos de medidas do Tempo Universal. O Departamento também desempenhou um papel importante na pesquisa de manutenção do tempo e campos correlacionados como sobre a rotação da Terra, referenciais e tempo atômico. Em 1987, as responsabilidades burocráticas e científicas do Bureau foram assumidas pelo Bureau Internacional de Pesos e Medidas e pelo Serviço Internacional de Rotação da Terra e Sistemas de Referência.

      O Tempo Universal Coordenado um meio-termo estratégico entre o idioma inglês Coordinated Universal Time e o idioma francês Temps Universel Coordonné, também reconhecido como “tempo civil, tem como representação o fuso horário de referência a partir do qual se calculam todas as outras zonas horárias do mundo. Corresponde à hora de inverno de Portugal Continental e Arquipélago da Madeira e à hora de verão do Arquipélago dos Açores. O Parlamento Europeu decidiu que para todos os países da União Europeia seria uniformemente estabelecido que a hora de verão Daylight Savings Time (DST) se inicia às 02h00 UTC do último domingo do mês de março, sendo acrescida de uma hora, e termina às 02h00 UTC do último domingo do mês de outubro. Em relação ao horário de Brasília, o Tempo Universal Coordenado está três horas adiantado. Isto é: 23:38 em Brasília → 02h38min no padrão UTC. É o sucessor do Tempo Médio de Greenwich (Greenwich Mean Time), cuja sigla é GMT. A nova denominação foi cunhada para eliminar a inclusão de uma localização específica num padrão internacional, assim como para basear a medida do tempo nos padrões atômicos, mais do que nos celestes. Ao contrário do GMT, o UTC não se define pelo Sol ou as Estrelas, mas é sim uma medida derivada do Tempo Atômico Internacional (TAI).

           Devido ao fato social sideral de o tempo de rotação da Terra oscilar em relação ao tempo atômico, o UTC sincroniza-se com o dia e a noite de UT1, ao que se soma ou subtrai “segundos de salto” (leap seconds) quando necessário. Os segundos de salto são definidos, por acordos internacionais, para o final de junho ou de dezembro como primeira opção e para os finais de março ou setembro como segunda opção. Até hoje, somente junho e dezembro foram escolhidos como meses para ocorrer um segundo de salto. A entrada em circulação dos segundos de salto é determinada pelo Serviço Internacional de Sistemas de Referência e Rotação da Terra (IERS), com base nas suas medições da rotação da Terra. No uso informal, quando frações de segundo não são importantes, o GMT pode ser considerado equivalente ao UTC. Em contextos mais técnicos é geralmente evitado o uso de “GMT”. UTC é uma variante do tempo universal (universal time, UT) e o seu modificador C (para coordenado) foi incluído para enfatizar que é uma variante de UT. Pode-se considerar como uma solução conciliatória entre a abreviatura inglesa CUT e a francesa TUC. Os tempos UTC de alta precisão só pode ser determinados uma vez, sendo conhecido o tempo atômico, que se estabelece mediante a reconciliação das diferenças observadas entre um conjunto de relógios atômicos mantidos por um determinado número de oficinas do tempo nacionais. Isto é feito sob coordenação do Escritório Internacional de Pesos e Medidas. Não obstante, os relógios atômicos são tão exatos que só os mais precisos computadores necessitam usar estas correções; e a maioria dos utilizadores de serviços de tempo utilizam os relógios atômicos que tenham sido previamente configurados como UTC, para estimar a hora.

            A Terra interage com outros objetos em movimento no espaço, em particular com o Sol e a Lua. A Terra orbita o Sol uma vez por cada 366,26 rotações sobre o seu próprio eixo, o que equivale a 365,26 dias solares ou representa um (01) ano sideral. O eixo de rotação da Terra possui uma inclinação de 23,4° em relação à perpendicular ao seu plano orbital, reproduzindo variações sazonais na superfície do planeta, com período igual a um ano tropical, ou, 365,24 dias solares. A Lua é o único satélite natural reconhecido da Terra. O atual modelo consensual para a formação da Lua é representado pela hipótese do grande impacto. É uma hipótese astronômica que postula a formação da Lua através do impacto de um planeta com aproximadamente o tamanho da massa de Marte, reconhecido como Theia, com a Terra. Ela é responsável pela formação das marés, estabiliza a inclinação axial da Terra e abranda gradualmente a rotação do planeta. A Lua pode ter afetado dramaticamente o desenvolvimento da vida social e psíquica ao moderar o clima do planeta. Evidências paleontológicas e simulações de computador demonstram que a inclinação axial do planeta é estabilizada pelas interações cíclicas de maré com a Lua.   

            Representação artística que demonstra o Sol e os oito planetas do Sistema Solar: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Nessa imagem o tamanho dos planetas está em escala; as distâncias entre eles, não. A chamada corrida espacial envolveu esforços pioneiros no lançamento de satélites artificiais, voo espacial tripulado suborbital e orbital em torno da Terra e viagens tripuladas à Lua. A competição efetivamente começou com o lançamento do satélite artificial soviético Sputnik 1 em 4 de outubro de 1957 e concluiu-se com o projeto cooperativo Apollo-Soyuz em julho de 1975. O Projeto de Teste Apollo-Soyuz passou então a simbolizar uma flexibilização parcial das relações tensas entre a União das Repúblicas Socialistas Soviética e os Estados Unidos da América. A corrida espacial teve suas origens na corrida armamentista que ocorreu logo após o fim da 2ª guerra mundial, quando tanto a União Soviética quanto os Estados Unidos capturaram a tecnologia e especialistas de foguetes avançados alemães. As consequências realizaram aumento sem precedentes nos gastos com educação e pesquisa, acelerando avanços científicos sobre tecnologias benéficas para a civilização. Algumas sondas e missões incluem os projetos Sputnik 1, Explorer 1, Vostok 1, Mariner 2, Ranger 7, Luna 9, Apollo 8 e Apollo 11. Wernher von Braun foi um dos próceres no pensamento e desenvolvimento de tecnologias aplicadas de foguetes para a Alemanha.

Embora alegasse neutralidade de seu envolvimento com a política alemã fosse apenas visando não interromper a questão axiológica das pesquisas espaciais e proteger-se de caçadas anticomunistas. Pioneiro e visionário das viagens espaciais, é reconhecido por ter liderado o projeto aeroespacial norte-americano durante a chamada Corrida Espacial, tendo trabalhado como projetista chefe do primeiro foguete de grande porte movido a combustível líquido, e além disso, produzido em série, o Aggregat 4, e por liderar o desenvolvimento do foguete Saturno V, que levou os astronautas dos Estados Unidos da América à Lua, em julho de 1969. Sua contraparte e rival, político do lado soviético, foi o engenheiro Sergei Korolev (1906-1966), um notável ucraniano e o principal projetista de foguetes e de aeronaves soviético durante a corrida espacial entre a União Soviética versus Estados Unidos durante os anos 1950 e 1960. Korolev é considerado do ponto de vista do valor-trabalho “o pai da astronáutica soviética”. Antes de sua súbita morte em 1966, a União Soviética liderava a “corrida espacial”, e os planos para colocar o primeiro homem na lua haviam começado a serem implementados. Sergei Korolev foi, ao contrário do que é propagado, o verdadeiro criador do desafio científico de levar homens à lua, embora a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas não tenha admitido o que pretendia.

Os Estados Unidos da América, em contrapartida, o fizeram através de um desafio ideológico do presidente John F. Kennedy. Segundo o professor James Onnig, em 1961, no afã da conquista, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a internacionalização do espaço, e em 1967, foi assinado o Tratado de Uso do Espaço Cósmico. O documento foi importante já que todos os países aceitaram a ideia de que nenhum país ou empresa poderia se declarar de determinada parte dessa nova fronteira. O problema é que o espaço cósmico está em certo sentido congestionado. Estima-se que sejam mais de 30 mil objetos lançados, 6. 800 toneladas de lixo espacial, 19 mil fragmentos que já caíram na Terra e uma infinidade de eventos preocupantes. Mas do ponto de vista da Física é quase nada. O princípio que norteou essa tragédia foi o da extraordinária Big Sky Theory. O espaço cósmico é tão grande que caberiam todos os experimentos concomitantemente: satélites, objetos e qualquer parafernália tecnológica. Em 2009 e de pouco noticiada ocorreu um acidente espacial.

          A realidade social nos ensina que o real é processual. O que existe deixa de existir; o que não existe passa a existir.  Se falta a consciência dessa processualidade, o sujeito isola o que está percebendo, desliga a parte do todo, perde de vista a conexão que integra o “micro” ao “macro”, a interdependência entre o imediato e a mediação complexa, ente o singular e o universal. Enquanto não enxergarmos a dimensão histórica de um ser, de um objeto, de um fenômeno, de um acontecimento, não podemos aprofundar de fato, a compreensão social que que dele temos. É o movimento histórico que passa por todas as coisas e permanentemente as modifica que as torna concretas. Nesse sentido, tinha razão Friedrich Hegel em sua última jornada, quando escreveu nos volumes Ciência da Lógica que o conceito fundamental da ontologia dialética, aquele que nos permite apreender a dinâmica do ser e do não-ser, é o conceito do devir, do vir-a-ser, do tornar-se. O real é dinâmico e nesta esteira da vida, se o sujeito se abstrai do fluxo em que existe o objeto, e neste sentido a arte, em que se verifica o fenômeno, em que se dá o acontecimento, ele afinal se incapacita para conhecer aquilo com que se defronta. Falta-lhe a possibilidade de pensar a ligação entre o ser particular que está percebendo e o seu não-ser, isto é, aquilo que ele já foi (e não é mais) ou aquilo que ele ainda não é (mas vai se tornar). Sua percepção não se aprofunda, sua representação se cristaliza, fica engessada, coagulada.

      Sabemos que o mito não é uma realidade independente, mas evolui com as condições históricas, étnicas e sociais relacionadas a determinada cultura. Destarte, procura sobreviver e demonstrar por meio do modo de ser, a ação das personagens e as origens das coisas. A realidade é “tudo o que existe”. Em sentido mais livre, o termo inclui tudo o que é, seja ou não perceptível, acessível ou entendido pela filosofia, ciência, arte ou qualquer outro sistema de análise. O real é tido como aquilo que existe fora ou dentro da mente. A ilusão quando existente é real e verdadeira em si mesma. Ela não nega sua natureza. Ela diz sim a si mesma. A realidade interna ao ser, seu mundo das ideias, imaginário, idealizado no sentido de tornar-se ideia, e ser ideia, pode - ou não - ser existente e real também no mundo externo. O que não nega a realidade da sua existência enquanto ente imaginário, idealizado. Quanto ao externo - o fato de poder ser percebido só pela mente - torna-se sinônimo de interpretação da realidade, de uma aproximação com a verdade. A relação íntima entre realidade e verdade, o modo em como a mente apreende a realidade, está no cerne da questão da imagem como representação sensível do objeto e da ideia do objeto como interpretação ideal, mental. Ter uma mente aparentemente tranquila em meio à agitação meramente social e aos estímulos que estamos expostos na modernidade contemporânea não é uma atividade pública que pode parecer um luxo.

Ipso facto, a interpretação é o produto de uma atividade social que consiste em estabelecer, simultânea ou consecutivamente, comunicação verbal ou não verbal entre duas entidades que podem estar em contradição, mas sobretudo em oposição assimétrica ou em nível de complementaridade. Conhecer a verdade é vê-la com os “olhos da alma”, ou, com os “olhos da inteligência”. Assim como o Sol dá sua luz aos olhos e às coisas para que haja “mundo visível”, assim também a ideia suprema, a ideia de todas as ideias, o Bem, isto é, a perfeição em si mesma dá à alma e às ideias sua bondade, a sua perfeição, para que haja um “mundo inteligível”. Assim como os olhos e as coisas participam da luz, assim também a alma e as ideias participam da bondade, ou mesmo da perfeição, e é por isso que a alma pode conhecer as ideias. E assim como a visão é passividade e atividade do olho, assim também o conhecimento é passividade e atividade da alma: passividade, porque a alma precisa receber a ação das ideias para poder contemplá-las; atividade, porque essa recepção e contemplação constituem a própria natureza da alma. Como na treva não há visibilidade, também na ignorância não há verdade, pois são para a alma o que a cegueira é para os olhos e a escuridão é para as privações da visão e privação de conhecimento e liberdade. A realidade significa o ajuste entre a imagem e a ideia da coisa, entre verdade e sentido da verossimilhança.

A cosmologia muitas vezes é confundida no âmbito da literatura científica com a astrofísica, que é o ramo da astronomia que estuda a estrutura e as propriedades dos objetos celestes e o universo como um todo através da interpretação da física teórica. A confusão ocorre porque ambas seguem caminhos paralelos sob alguns aspectos, muitas vezes considerados redundantes, embora não o sejam. Os ultraleves, apesar de poderem voar em espaço aéreo controlado, utilizam principalmente o que é designado como G (não controlado), onde se aplicam as regras de voo visual. Existem também espaços aéreos condicionados, divididos per se em três grupos: Áreas proibidas - onde o voo não é permitido. Exemplo: refinarias, fábricas de explosivos, áreas de segurança nacional. Áreas consideradas perigosas onde o voo é permitido, mas existem riscos potenciais para a navegação aérea, quando ocorre em área reservada para utilidade de treinamento de aeronaves civis, voo de planadores. Áreas restritas onde o voo só será permitido com prévia autorização do órgão de controle do espaço aéreo, pois essas áreas podem ser temporariamente “fechadas”, como ocorre com os casos de lançamento de paraquedistas, treinamento de acrobacias, lançamentos de foguetes e assim por diante. O espaço aéreo é internacionalmente dividido em sete classes, correspondentes de A à G.

Cada classe tem diferentes regras e métodos quanto a separação/divisão técnica do trabalho entre aeronaves, controle exercido pelo órgão de tráfego aéreo, exigência de autorização para navegar, condições meteorológicas para voos visuais, limites de velocidade e de contato por rádio com controladores de tráfego. A teoria do Big Bang, por exemplo, depende de duas suposições principais: a universalidade das leis da física e o princípio cosmológico, que afirma que, em grandes escalas, “o universo é homogêneo e isotrópico”. Essas ideias foram inicialmente tomadas como postulados, mas há esforços para testar cada uma delas. Por exemplo, a primeira hipótese foi testada por observações que mostram que o maior desvio possível da constante de estrutura fina em grande parte da idade do universo é de ordem 10-5. Além disso, a relatividade geral passou por testes rigorosos na escala do Sistema Solar e das estrelas binárias. Se o universo em grande escala parece isotrópico visto da Terra, o princípio cosmológico pode ser derivado do princípio copernicano mais simples, que afirma que não há nenhum observador específico ou ponto algum de vantagem. Para este fim, o princípio cosmológico foi confirmado a nível de 10-5 através de observações da radiação cósmica de fundo. O universo foi medido como sendo homogêneo nas maiores escalas no nível de 10%. Wagner Corradi e Fábio Santos: portas abertas para integrar pesquisa de ponta.

Em trabalho recém-publicado pela revista Nature, que revela descobertas sobre o  planeta-anão Eris e confirma o enquadramento de Plutão nessa nova classe de astros, teve participação de três pesquisadores do Departamento de Física da Universidade Federal de Minas Gerais. O professor Wagner Corradi, o recém-doutor Wilson Reis e o doutorando Fabio Santos integram grupo de 14 brasileiros vinculados a oito instituições que analisaram dados do estudo liderado pelo astrônomo Bruno Sicardy, do Observatório de Paris. A definição de características como raio, densidade e tipo de atmosfera de Eris – descoberto em 2005 por Mike Brown e colaboradores –, confirma semelhanças com Plutão e reforça a tese de que este planeta, que foi “rebaixado” em 2006, deve ser considerado parte de uma classe diferente da que reúne Terra, Marte, Júpiter e os outros planetas que compõem o sistema solar. - “A importância dessa descoberta está em que ela coloca Plutão definitivamente na nova classe de planetas-anões”, afirma Wagner Corradi. Para a Universidade Federal de Minas Gerais, a participação no estudo significa passo inédito na direção do reconhecimento internacional e abre portas para novos convites relacionados a pesquisas de ponta e obtenção de financiamentos. - “Esse trabalho põe em evidência a qualidade da pesquisa dos corpos docente e discente do Departamento de Física”, completa Corradi, que tem expertise em fotometria (medida das propriedades físicas a partir da luz emitida pelos objetos) e polarimetria (medida da polarização da luz que permite inferir o campo magnético e propriedades dos grãos de poeira interestelar).

O estudo publicado em outubro teve origem na previsão, feita por Marcelo Assafin, do Observatório do Valongo (UFRJ), de que, no dia 6 de novembro de 2010, Eris ocultaria uma estrela, fazendo-a desaparecer por alguns minutos. Situações do gênero, que lembram os eclipses da Lua e do Sol, são oportunidades de medições fundamentais para que se conheçam as características de um objeto. O grupo de Corradi, que tinha horário reservado no Observatório do Pico dos Dias – do Laboratório Nacional de Astrofísica, em Brasópolis, Sul de Minas –, foi um dos convidados a participar da observação do fenômeno, que durou de um a dois minutos, dependendo do telescópio, e mobilizou equipes em 26 países. A expectativa era de que, em função da localização, os grupos do Brasil, Chile e Argentina fizessem observação direta. Os centros europeus, por exemplo, mesmo não visualizando o fenômeno, ajudariam na confirmação das previsões. A definição de características como raio, densidade e tipo de atmosfera de Eris – descoberto em 2005 por Mike Brown e colaboradores –, confirma semelhanças com Plutão e reforça a tese de que este planeta (Plutão), que foi “rebaixado” em 2006, deve ser considerado parte de uma classe diferente da que reúne Terra, Marte, Júpiter e os outros planetas que compõem o sistema solar. - “A importância dessa descoberta está em que ela coloca Plutão definitivamente na nova classe de planetas-anões”, afirma Wagner Corradi. Para a UFMG, a participação no estudo significa passo inédito na direção do reconhecimento internacional e abre portas para novos convites relacionados a pesquisas de ponta e obtenção de financiamentos. - “Esse trabalho põe em evidência a qualidade da pesquisa dos corpos docente e discente do Departamento de Física”, completa Corradi, que tem expertise em fotometria, medida das propriedades físicas a partir da luz emitida pelos objetos e polarimetria, medida da polarização da luz que permite inferir o campo magnético e propriedades dos grãos de poeira interestelar.

A relatividade geral descreve a relação do espaço-tempo e métrica, que determina as distâncias que separam aparentes pontos próximos. Os pontos, que podem ser galáxias, estrelas ou outros objetos celestes, são especificados usando um gráfico ou “grade” que é estabelecido em todo o espaço-tempo visível. O princípio cosmológico implica que a métrica deve ser homogênea e isotrópica em grandes escalas, o que singularmente destaca a métrica de Friedmann-Lemaître-Robertson-Walker ou métrica FLRW. A métrica contém um fator de escala, que descreve como o tamanho do universo muda com o tempo. Isto permite uma escolha conveniente de um sistema de coordenadas a ser feito, chamado coordenadas comóveis. Neste sistema de coordenadas a grade se expande junto com o universo e os objetos que estão se movendo apenas por causa da expansão do universo permanecem em pontos fixos na grade. Enquanto a distância coordenada (distância comóvel) deles permanece constante, a distância física entre dois pontos semelhantes cresce proporcionalmente com o fator de escala do universo. Quer dizewr, o Big Bang não é uma explosão de matéria se movendo para fora para preencher um universo vazio. Em vez disso, o espaço em si se expande com o tempo nos lugares e aumenta a distância entre dois pontos comóveis. Com Isaac Newton (1643-1727), descobridor e formulador da lei da gravitação universal no século XVII, foi criada uma sólida base científica para a cosmologia, que passou do campo puramente filosófico para o experimental. A partir do início do século XX, com a criação da Teoria da Relatividade surgiu também a Cosmologia Moderna, cujo artigo foi escrito pelo físico alemão Albert Einstein, em 1917, com o título: Considerações Cosmológicas sobre a Teoria da Relatividade Geral.

Nesse trabalho, Albert Einstein analisava, sob a luz da teoria da relatividade, o universo como um todo, introduzindo o conceito de constante cosmológica. Essa constante cosmológica faria o papel de uma “força antigravidade”, que impediria o universo de colapsar sob a ação da gravidade, permitindo assim a existência de soluções ou modelos cosmológicos estáticos. No entanto, o que Albert Einstein não percebeu ou não quis perceber e preferir ignorar de imediato é que, mesmo com a presença da constante cosmológica era possível obter “soluções matemáticas” que previam um universo dinâmico, em contração ou expansão. Tais famílias de soluções são reconhecidas de fato como “soluções de Friedmann”, em homenagem ao matemático russo Alexander Friedmann (1888-1925), que as obteve em 1922. Com os novos telescópios, ainda no início do século XX, foi possível estudar o universo em escalas então inexploradas. Um pioneiro no estudo sistemático das galáxias além da nossa Via Láctea foi o norte-americano Edwin Hubble (1889-1053), que notou que a maioria das galáxias parecia estar se afastando, e que a velocidade de afastamento aumentava com a distância da galáxia em relação à nossa. Tal observação, confirmada posteriormente, tornou-se uma lei empírica, reconhecida hoje como Lei de Hubble, e era uma “prova” experimental da expansão do universo: as galáxias se afastam umas das outras devido à expansão do espaço entre elas. Além da questão da expansão do universo, começaram a surgir, a partir de 1933, observações astronômicas que indicavam que a quantidade de matéria visível em galáxias era bem menor que a quantidade de matéria necessária para gerar os efeitos gravitacionais observados. O telescópio Hubble não só verificou que a maioria das galáxias tinha ou apresentavam um desvio para o vermelho, mas que este sinal era proporcionalmente tanto maior quanto maior a distância entre as galáxias.

Em 1978, por exemplo, Sandra Moore Faber publicou um trabalho no qual demonstra que a velocidade de rotação de galáxias espirais corresponde a uma concentração de massa maior do que a inferida por observações da luz emitida pela galáxia. Esse problema ficou conhecido como problema da massa faltante. O acúmulo de observações empíricas de naturezas variadas que indicavam a existência dessa matéria invisível, afastou a possibilidade de teorias de gravitação estarem erradas e reforçou a possibilidade de existência de um tipo de matéria desconhecido que não participa das interações fortes nem das eletromagnéticas. A essa matéria foi dada o nome de matéria escura. Observações atuais indicam que, de toda a matéria existente no universo, cerca de 90% deve ser matéria escura. A matéria reconhecida pela física compõe cerca de 10% da matéria do universo. Em outras palavras, o Big Bang não é a singularidade de uma explosão no espaço, mas sim uma complexa operação de expansão do próprio espaço. Como a métrica FLRW assume uma distribuição uniforme de massa e energia, ela se aplica ao nosso universo somente em grandes escalas - concentrações locais de matéria, como a nossa galáxia, estão ligadas gravitacionalmente e, como tal, não experimentam a expansão em grande escala do espaço. O Big Bang ou “grande expansão” representa a teoria cosmológica contemporânea hegemônica e dominante sobre o desenvolvimento inicial do universo. Os cosmólogos usam o termo para se referir à ideia de que o universo estava originalmente muito quente e denso em algum tempo finito no passado. Desde então tem se resfriado gradativamente pela expansão ao estado diluído atual e continua em seu processo de expansão no espaço sideral. A teoria é sustentada por explicações mais completas e precisas a partir de evidências disponíveis e da observação. Medições detalhadas da taxa de expansão do universo colocam o Big Bang no debate em cerca de 13,8 bilhões de anos atrás, que é considerada a idade do universo.

O satélite ativo dos Estados Unidos da América, Iridium 33 se chocou com o satélite desativado russo, Kosmos 2251. O Iridium 33, foi um satélite de comunicação norte-americano, que no dia 10 de fevereiro de 2009, às 19h56 de Moscou (14h56 de Brasília) chocou-se com outro satélite, o Kosmos 2251 a cerca de 800 km de altitude, no zênite da Sibéria, provocando um lançamento de milhares de destroços na órbita baixa da Terra. A “trombada” gerou mais de 2.000 pedacinhos que estão sobre nossas cabeças na atmosfera. Já se pensou em tudo para solucionar o problema. Todas as propostas esbarram na questão dos custos financeiros. Os chineses destruíram seu satélite meteorológico Fengyun 1C com o lançamento de um míssil, fato que ainda gera controvérsia, e mais uma demonstração de força do que de habilidade técnica dos chineses. Cientistas norte-americanos tinham alertado para essa possibilidade nos anos de 1970. Colisões e riscos de acidentes seriam cada vez mais comuns. A situação é real no sentido darwinista, se pensarmos que as evoluções das telecomunicações estão ocorrendo rapidamente. Em 14 de fevereiro de 2009 começa a Era de Aquário – que rege, além do amor e da paz, a liberdade e as mudanças. Acerca dos efeitos visíveis na humanidade, é relatado que estamos sentindo as influências de Aquarius, designado como Orbe de influência no desenvolvimento acelerado a nível individual, social, cultural, científico e tecnológico e, sobretudo, na globalização historicamente ocorrida por todo o decorre do século XX.

A Era Aquarianamutatis mutandis - tende a ser uma era de fraternidade. Baseada na razão onde será possível solucionar os problemas sociais para todos. Com grandiosas oportunidades para o desenvolvimento intelectual e espiritual, dado que Aquarius é um signo aéreo, científico, intelectual e o seu planeta regente, Urano, é associado com a representação da intuição e percepções diretas do coração e, a nível mundano, este planeta rege a eletricidade e tecnologia. Na visão de algumas correntes articuladas de pensamento filosófico perene, em torno do cristianismo, surgiria para substituir a chamada Era de Peixes, sendo que neste caso teria o sentido de representar o símbolo religioso do cristianismo, como teria sido usado pelos primeiros cristãos. As divisões mais básicas no cristianismo contemporâneo ocorrem entre a Igreja Católica Romana, a Igreja Católica Ortodoxa e as várias denominações formadas durante e depois da grandiloquente Reforma Protestante. As maiores diferenças entre Ortodoxia e Catolicismo pode-se afirmar sem temor a erro que são culturais e hierárquicas, enquanto as denominações Protestantes apresentam diferenças teológicas acentuadas para com as duas primeiras, bem como diversificação doutrinária entre suas vertentes. As análises comparativas entre grupos denominacionais devem ser feitas com alguma cautela. Comparações numéricas também podem ser consideradas problemáticas, pois alguns grupos contam como membros, tanto os adultos batizados quanto os filhos batizados dos fiéis, enquanto outros grupos somente contabilizam lisura entre os fiéis adultos.

A chamada Era de Aquário seria a era definida na Bíblia de domínio do anticristo, no sentido nietzschiano, em que a Terra estaria fora de uma influência cristã e por isso representaria “uma era de enganos onde o mal seria encarnado e dominaria por certo tempo”. Segundo o Cristianismo esotérico, a cada vez maior proximidade e posterior entrada na chamada Era de Aquarius - a sucedendo a atual Era de Peixes, ou era regida pela “Espada” - proporcionará à maioria dos seres humanos a descoberta. A verdadeira vivência e o real conhecimento dos ensinamentos Cristãos mais profundos e interiores que Cristo menciona em Mateus (13:11) e Lucas (8:10). Esta era é vista segundo este ponto de vista como uma preparação intermédia para a Nova Jerusalém: os “novos céus e uma nova terra” que virá num tempo não identificado. Naquela que se aproxima é esperada a vinda de um Instrutor espiritual através da escola que funciona como arauto desta era, de um esforço “para dar à Religião Cristã um impulso numa nova direção”. Em termos simplificados, significa que a Era de Peixes se iniciou cerca de 500 d. C., dado que foi a última vez que astronomicamente o equinócio vernal ocorreu no primeiro ponto da constelação Aries, deixando-a e entrando na constelação de Pisces, altura em que os zodíacos intelectual e natural concordaram. Hoje em dia, o equinócio vernal ocorre, astronomicamente, a cerca de nove graus da constelação Peixes e será apenas por volta de 2600 d. C. que realmente finalizará o movimento em retrocesso por Pisces e entrará na constelação de Aquarius.  Vale lembrar que Carl Jung referiu em sua análise, que em meados do século XX, que as Eras astrológicas são baseadas nas constelações reais e não propugnadas de 30 graus do Zodíaco. Como Peixes é uma constelação maior a transição para Aquarius só terá lugar espacialmente por volta de 2600 d. C.

Em 1929, vale lembrar que a União Astronômica Internacional definiu as bordas das 88 constelações benditas oficiais. A borda estabelecida entre Peixes e Aquário localiza assim o início da Era de Aquário por volta de 2600 d. C. De acordo com a astróloga Vanessa Tuleski a Era de Aquário não é, portanto, uma Era que automaticamente vai nos conduzir a fraternidade, a um entendimento extraordinário de quem é e do que o mundo é, a uma nova forma de organização, a uma descoberta sem precedentes de nosso poder mental e a um uso adequado dele. E por que não? Porque Aquário não é um signo melhor do que Peixes, assim como Peixes não é melhor do que Áries, assim como nenhum signo é melhor do que outro. Em cada Era, nós temos escolhas a fazer. A tecnologia, principal promessa da Era de Aquário, tanto pode nos levar a separação de nosso lado instintivo, tornando tudo excessivamente lógico e frio, como pode ser tão aperfeiçoada para que nos leve a sanar os problemas que criamos com sua má utilização. A mente aquariana tanto pode nos levar ao rompimento com antigos comportamentos sociais danosos quanto nos trazer agitação, alienação e rebelião, sintomas já presentes. Mas sem dúvida, caracterizada por uma grande mudança, porque faz parte do símbolo de Aquário.       

O primeiro presidente indicado foi astrônomo francês Édouard Benjamin Baillaud nascido em Chalon-sur-Saône, em 14 de fevereiro de 1848 e morto em Toulouse, 8 de julho de 1934. Entre os cargos que ocupou destacam-se o de diretor do Observatório de Paris, presidente fundador do Escritório Internacional da Hora e da União Astronômica Internacional. Pieter Johannes van Rhijn foi presidente de 1932 até 1958. No Boletim Informativo do UAI n° 100, doze dos catorze últimos Secretários gerais desde 1964, cada um em seu cargo por três anos entre as Assembleias Gerais, recordam as histórias da UAI com suas dificuldades, por exemplo, com oficiais do antigo bloco Soviético, com a junta militar grega, e a razão por trás da decisão não muito popular para esperar uma Assembleia Extraordinária Geral na Polônia, por ocasião do aniversário de 500 anos de Nicolau Copérnico, em Fevereiro de 1973, logo após a Assembleia Geral ordinária na Austrália. A UAI possui 10 145 membros “individuais”, todos são profissionais astrônomos e a maioria são PhD. Existem também 64 membros “nacionais” que representam países afiliados com a UAI. 87% são homens, enquanto somente 13% são mulheres, entre elas a ex-presidente, astrônoma Catherine Jeanne Césarsky nascida em Ambazac, em 1943 é uma astrônoma francesa. O corpo soberano e deliberativo da UAI é sua “Assembleia Geral”, reunindo todos os membros afiliados.

A Assembleia determina as políticas da UAI, aprovando estatutos e regulamentos da União e elegendo diversas comissões. O direito a voto nas questões submetidas à Assembleia varia de acordo com o assunto em discussão. Os estatutos consideram cada assunto dividido em duas categorias: Assuntos de ‘’natureza primordialmente cientifica’’ (determinado pelo Comitê Executivo), seu voto é restrito a membros individuais; e outros assuntos, (como a revisão do estatuto e questões de procedimento), com voto restrito aos representantes dos membros nacionais. Em matéria orçamental que são categorizados como “outros assuntos”, os votos são ponderados de acordo com os níveis de subscrição relativa dos membros nacionais. Um voto de segunda categoria exige uma participação de pelo menos dois terços dos membros nacionais, a fim de ser válido. A maioria absoluta é suficiente para aprovação em qualquer votação, exceto para a revisão do Estatuto que exige dois terços da maioria. Uma igualdade de votos é resolvida pelo voto do presidente da União. Desde 1922, as Assembleias Gerais da UAI são realizadas a cada três anos, com a exceção do período entre 1938 a 1948, devido à Segunda Guerra Mundial. Já foram realizadas 31 assembleias gerais ordinárias e uma extraordinária. As próximas reuniões da assembleia geral serão realizadas na Cidade do Cabo (2024) e em Roma (2027).

Os quatro planetas “mais próximos” do Sol: Mercúrio, Vênus, Terra e Marte, possuem em comum uma crosta sólida e rochosa, razão pela qual se classificam no grupo dos planetas telúricos ou rochosos. Mais afastados, os quatro gigantes gasosos, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, são os componentes de maior massa do sistema logo após o próprio Sol. Dos cinco planetas anões, Ceres é o que se localiza “mais próximo” do centro do Sistema Solar, enquanto Plutão, Haumea, Makemake e Éris, encontram-se além da órbita de Netuno. Permeando praticamente toda a extensão do Sistema Solar, existem incontáveis objetos que constituem a classe técnica dos corpos menores. Os asteroides, essencialmente rochosos, concentram-se numa faixa entre as órbitas de Marte e Júpiter que se assemelha a um cinturão. Além da órbita do “último planeta”, a temperatura é suficientemente baixa para permitir a existência de fragmentos de gelo, que se aglomeram sobretudo nas regiões do Cinturão de Kuiper, teorizado na década de 1950 e teve sua comprovação final somente nos anos 1990, como disco disperso e na nuvem de Oort; esporadicamente são desviados para o interior do sistema onde, pela ação do calor do Sol, transformam-se em cometas. Muitos corpos, por sua vez, possuem força gravitacional suficiente para manter orbitando em torno de si objetos menores, os satélites naturais, com as mais variadas formas e dimensões. Os planetas gigantes apresentam sistemas de anéis planetários, uma faixa composta por minúsculas partículas de gelo e poeira.

As teorias que buscam explicar como ocorreu a formação do Sistema Solar começaram a surgir no século XVI, a partir da observação mais acurada do movimento dos corpos. Ao longo do tempo, algumas dessas hipóteses foram ganhando importância. Descartes, por exemplo, sugeriu que o Sol e os planetas surgiram a partir de um vórtice existente no universo primordial. A teoria da captura dos protoplanetas, por seu lado, sugere que estes corpos coalesceram de uma nuvem molecular e, posteriormente, foram capturados pela gravidade do recém-formado Sol, juntaram-se e formaram os planetas. Uma variante deste conceito propõe que os protoplanetas foram capturados pelo Sol a uma estrela de baixa densidade que passou nas proximidades. Laplace foi o responsável por desenvolver a hipótese de que o Sol teria se formado a partir de uma nuvem que girava e se contraía e, ao seu redor, os restantes materiais se condensaram nos demais corpos. Essa teoria, comumente referida como hipótese nebular, passou por algumas adaptações e se tornou a mais aceita no meio científico, especialmente após observações recentes da composição de meteoritos, que conservam características do período em que se formaram, nos primórdios do Sistema Solar, de acordo com a teoria moderna mais aceita, teve origem a partir de uma nuvem molecular que, por alguma perturbação gravitacional, entrou em colapso e formou a estrela central, enquanto seus remanescentes geraram os demais corpos. Em sua configuração atual, todos os componentes descrevem órbitas praticamente elípticas ao redor do Sol, constituindo um sistema dinâmico no qual os corpos estão em mútua interação mediada sobretudo pela força gravitacional.

A hipótese moderna para a origem do sistema solar é baseada na hipótese nebular, sugerida em 1755 pelo filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804), e desenvolvida em 1796 pelo matemático francês Pierre-Simon de Laplace (1749-1827), em seu livro Exposition du Système du Monde. Laplace, que desenvolveu a teoria das probabilidades, calculou que como todos os planetas descobertos estão no mesmo plano, giram em torno do Sol na mesma direção, e também giram em torno de si mesmo na mesma direção, com exceção de Vênus, mas que só poderiam ter se formado de uma mesma grande nuvem discoidal de partículas em rotação, a nebulosa solar. A versão moderna da teoria nebular propõe que uma grande nuvem rotante de gás interestelar colapsou para dar origem ao Sol e aos planetas. Uma vez que a contração iniciou, a força gravitacional da nuvem atuando em si mesma acelerou o colapso. À medida que a nuvem colapsava, a rotação da nuvem aumentava por conservação do momentum angular e, com o passar do tempo, a massa de gás rotante assumiria uma forma discoidal, com uma concentração central que deu origem ao Sol. Os planetas teriam se formado a partir do material no disco.

As observações modernas indicam que muitas nuvens de gás interestelar estão no processo de colapsar em estrelas, e os argumentos físicos que predizem o achatamento e o aumento da taxa de spin estão corretos. A contribuição moderna à hipótese nebular diz respeito principalmente a como os planetas se formaram a partir do gás no disco, e foi desenvolvida nos anos 1940 pelo físico alemão Carl Friedrich Freiherr von Weizsäcker (1912-2007). Após o colapso da nuvem, ela começou a esfriar; apenas o Proto-sol, no centro, manteve sua temperatura. O resfriamento acarretou a condensação rápida do material, o que deu origem aos planetesimais, agregados de material com tamanhos da ordem de quilômetros de diâmetro, cuja composição dependia da distância ao Sol: regiões mais externas tinham temperaturas mais baixa, e mesmo os materiais voláteis tinham condições de se condensar, ao passo que nas regiões mais internas e quentes, as substâncias voláteis foram perdidas. Os planetesimais a seguir cresceram por acreção de material para dar origem a objetos maiores, os núcleos planetários. Na parte externa do sistema solar, onde o material condensado da nebulosa continha silicatos e gelos, esses núcleos cresceram até atingiram massas da ordem de 10 vezes a massa da Terra, ficando tão grandes a ponto de poderem atrair o gás a seu redor, e então cresceram mais ainda por acreção de grande quantidade de hidrogênio e hélio da nebulosa solar. É neste sentido que os cientista deram origem assim aos planetas jovianos. Na parte interna, onde apenas os silicatos estavam presentes, os núcleos planetários não puderam crescer muito, dando origem aos planetas terrestres.

A sua estrutura tem sido objeto de estudos desde a antiguidade, mas somente há cinco séculos a humanidade reconheceu o fato de que o Sol, e não a Terra, constitui o centro do movimento planetário. Desde então, a evolução dos equipamentos de pesquisa, como telescópios, possibilitou uma maior compreensão do sistema. Entretanto, detalhes sem precedentes foram obtidos somente após o envio de sondas espaciais a todos os planetas, que retornam imagens e dados com uma precisão nunca antes alcançada. Há cerca de 4,66 bilhões de anos, toda a matéria que hoje forma o Sistema Solar se encontrava sob a forma de gás e poeira pertencentes a uma grande nebulosa com extensão estimada entre cinquenta e cem anos-luz, composta sobretudo por hidrogênio e uma considerável fração de hélio, além de traços de elementos mais pesados como carbono e oxigênio e alguns compostos silicados que formavam a “poeira interestelar”. Em algum momento, por conta de uma provável influência externa, como uma onda de choque provocada pela explosão de uma supernova nas proximidades, uma região em seu interior começou a se tornar mais densa e, por causa da gravidade, progressivamente passou a atrair mais gás em sua direção, dando origem a um núcleo que se aquecia conforme ganhava massa.

Os quatro planetas “mais próximos” do Sol: Mercúrio, Vênus, Terra e Marte, possuem em comum uma crosta sólida e rochosa, razão pela qual se classificam no grupo dos planetas telúricos ou rochosos. Mais afastados, os quatro gigantes gasosos, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, são os componentes de maior massa do sistema logo após o próprio Sol. Dos cinco planetas anões, Ceres é o que se localiza “mais próximo” do centro do Sistema Solar, enquanto Plutão, Haumea, Makemake e Éris, encontram-se além da órbita de Netuno. Permeando praticamente toda a extensão do Sistema Solar, existem incontáveis objetos que constituem a classe técnica dos corpos menores. Os asteroides, essencialmente rochosos, concentram-se numa faixa entre as órbitas de Marte e Júpiter que se assemelha a um cinturão. Além da órbita do “último planeta”, a temperatura é suficientemente baixa para permitir a existência de fragmentos de gelo, que se aglomeram sobretudo nas regiões do Cinturão de Kuiper, teorizado na década de 1950 e teve sua comprovação final somente nos anos 1990, como disco disperso e na nuvem de Oort; esporadicamente são desviados para o interior do sistema onde, pela ação do calor do Sol, transformam-se em cometas. Muitos corpos, por sua vez, possuem força gravitacional suficiente para manter orbitando em torno de si objetos menores, os satélites naturais, com as mais variadas formas e dimensões. Os planetas gigantes apresentam sistemas de anéis planetários, uma faixa composta por minúsculas partículas de gelo e poeira.

As teorias que pretendem explicar como ocorreu a formação do Sistema Solar começaram a surgir no século XVI, a partir da observação mais acurada do movimento dos corpos. Ao longo do tempo, algumas dessas hipóteses foram ganhando importância. Descartes, por exemplo, sugeriu que o Sol e os planetas surgiram a partir de um vórtice existente no universo primordial. A teoria da captura dos protoplanetas, por seu lado, sugere que estes corpos coalesceram de uma nuvem molecular e, posteriormente, foram capturados pela gravidade do recém-formado Sol, juntaram-se e formaram os planetas. Uma variante deste conceito propõe que os protoplanetas foram capturados pelo Sol a uma estrela de baixa densidade que passou nas proximidades. Laplace foi o responsável por desenvolver a hipótese de que o Sol teria se formado a partir de uma nuvem que girava e se contraía e, ao seu redor, os restantes materiais se condensaram nos demais corpos. Essa teoria, comumente referida como hipótese nebular, passou por algumas adaptações e se tornou a mais aceita no meio científico, especialmente após observações recentes da composição de meteoritos, que conservam características do período em que se formaram, nos primórdios do Sistema Solar, de acordo com a teoria moderna mais aceita, teve origem a partir de uma nuvem molecular que, por alguma perturbação gravitacional, entrou em colapso e formou a estrela central, enquanto seus remanescentes geraram os demais corpos. Em sua configuração atual, todos os componentes descrevem órbitas praticamente elípticas ao redor do Sol, constituindo um dinamismo no qual os corpos interação mediada sobretudo pela força gravitacional. 

A hipótese moderna para a origem do sistema solar é baseada na hipótese nebular, sugerida em 1755 pelo filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804), e desenvolvida em 1796 pelo matemático francês Pierre-Simon de Laplace (1749-1827), em seu livro Exposition du Système du Monde. Laplace, que desenvolveu a teoria das probabilidades, calculou que como todos os planetas descobertos estão no mesmo plano, giram em torno do Sol na mesma direção, e também giram em torno de si mesmo na mesma direção, com exceção de Vênus, mas que só poderiam ter se formado de uma mesma grande nuvem discoidal de partículas em rotação, a nebulosa solar. A versão moderna da teoria nebular propõe que uma grande nuvem rotante de gás interestelar colapsou para dar origem ao Sol e aos planetas. Uma vez que a contração iniciou, a força gravitacional da nuvem atuando em si mesma acelerou o colapso. À medida que a nuvem colapsava, a rotação da nuvem aumentava por conservação do momentum angular e, com o passar do tempo, a massa de gás rotante assumiria uma forma discoidal, com uma concentração central que deu origem ao Sol. Os planetas teriam se formado a partir do material no disco.

As observações modernas indicam que muitas nuvens de gás interestelar estão no processo de colapsar em estrelas, e os argumentos físicos que predizem o achatamento e o aumento da taxa de spin estão corretos. A contribuição moderna à hipótese nebular diz respeito principalmente a como os planetas se formaram a partir do gás no disco, e foi desenvolvida nos anos 1940 pelo físico alemão Carl Friedrich Freiherr von Weizsäcker (1912-2007). Após o colapso da nuvem, ela começou a esfriar; apenas o Proto-sol, no centro, manteve sua temperatura. O resfriamento acarretou a condensação rápida do material, o que deu origem aos planetesimais, agregados de material com tamanhos da ordem de quilômetros de diâmetro, cuja composição dependia da distância ao Sol: regiões mais externas tinham temperaturas mais baixa, e mesmo os materiais voláteis tinham condições de se condensar, ao passo que nas regiões mais internas e quentes, as substâncias voláteis foram perdidas. Os planetesimais a seguir cresceram por acreção de material para dar origem a objetos maiores, os núcleos planetários. Na parte externa do sistema solar, onde o material condensado da nebulosa continha silicatos e gelos, esses núcleos cresceram até atingiram massas da ordem de 10 vezes a massa da Terra, ficando tão grandes a ponto de poderem atrair o gás a seu redor, e então cresceram mais ainda por acreção de grande quantidade de hidrogênio e hélio da nebulosa solar. Deram origem assim aos planetas jovianos. Na parte interna, onde apenas os silicatos estavam presentes, os núcleos planetários não puderam crescer muito, dando origem aos planetas terrestres.

A sua estrutura tem sido objeto de estudos desde a antiguidade, mas somente há cinco séculos a humanidade reconheceu o fato de que o Sol, e não a Terra, constitui o centro do movimento planetário. Desde então, a evolução dos equipamentos de pesquisa, como telescópios, possibilitou uma maior compreensão do sistema. Entretanto, detalhes sem precedentes foram obtidos somente após o envio de sondas espaciais a todos os planetas, que retornam imagens e dados com uma precisão nunca antes alcançada. Há cerca de 4,66 bilhões de anos, toda a matéria que hoje forma o Sistema Solar se encontrava sob a forma de gás e poeira pertencentes a uma grande nebulosa com extensão estimada entre cinquenta e cem anos-luz, composta sobretudo por hidrogênio e uma considerável fração de hélio, além de traços de elementos mais pesados como carbono e oxigênio e alguns compostos silicados que formavam a “poeira interestelar”. Em algum momento, por conta de uma provável influência externa, como uma onda de choque provocada pela explosão de uma supernova nas proximidades, uma região em seu interior começou a se tornar mais densa e, por causa da gravidade, progressivamente passou a atrair mais gás em sua direção, dando origem a um núcleo que se aquecia conforme ganhava massa.

Aparentemente esse fragmento da nebulosa apresentava um lento movimento de rotação que, enquanto se condensava, gradualmente aumentava a sua velocidade angular. Contudo, se essa velocidade se tornasse excessiva, não permitiria a formação da estrela. Por isso, de acordo com a teoria mais aceita, o gás cuja velocidade era muito elevada para incorporar-se ao núcleo era ejetado por ação da formação de um campo magnético que permeava a nuvem, dispersando assim boa parte do momento angular do sistema. Com o núcleo da nuvem cada vez mais denso, formou-se uma esfera achatada de gás com temperatura agora atingindo alguns milhares de graus Celsius, uma protoestrela, cujo diâmetro era equivalente ao da órbita atual de Mercúrio.  A escala Celsius (unidade °C), também reconhecida como a escala centígrada, é uma escala termométrica do sistema métrico usada na maioria dos países do mundo contemporâneo. Teve origem a partir do modelo proposto pelo astrônomo sueco Anders Celsius (1701-1744). Ao seu redor, a nuvem de gás adquiriu um formato achatado devido ao movimento de rotação, formando um disco denominado “nebulosa solar”, que se estendia entre cem e duzentas unidades astronômicas. Ao redor do núcleo a temperatura era relativamente alta, alguns milhares de graus Celsius, ao passar as áreas mais afastadas registravam temperaturas negativas.

Em 1742, o astrônomo sueco Anders Celsius (1701-1744) publicou nos Anais da Academia Real das Ciências da Suécia seu trabalho intitulado: Observações sobre Dois Graus Persistentes de um Termômetro. Neste trabalho, Celsius considerou que uma substância pura muda de estado físico à temperatura constante e baseado nisso, propôs uma nova escala termométrica, a escala de graus centígrados, segundo a qual definiu a temperatura 0 (zero) como sendo a temperatura medida no termômetro equivalente à temperatura em que a água entra em ebulição e 100 sendo a temperatura equivalente ao ponto em que o gelo derrete. Desta forma, diferentemente da convenção moderna, um menor valor representaria uma temperatura mais alta e um maior valor, uma temperatura mais baixa neste modelo. Embora existiram alguns trabalhos paralelos nos anos seguintes, apresentando o valor 0 (zero) para o ponto de derretimento do gelo e 100 para o ponto de ebulição da água, como o “Termômetro de Lyon”, os créditos pela inversão da escala de graus centígrados foram dados ao botânico sueco Carolus Linnaeus (1707-1778) e ao fabricante sueco de instrumentos científicos Daniel Ekström (1711-1755), que juntos produziram o “Termômetro de Linnaeus”. Anteriormente ao modelo proposto por Celsius, já existiam outras escalas baseadas nos estados físicos da água, como a escala Réaumur. Mas devido à sua simplicidade, a escala centígrada tornou-se mundialmente reconhecida, inclusive servindo de base para a criação de outros modelos, como é o caso da escala Kelvin. Em 1948, durante a 9ª Conferência Geral de Pesos e Medidas, o nome da escala centígrada foi alterado para escala Celsius, para resolver as confusões com o prefixo centi do SI e como forma de homenagear o astrônomo sueco.

Bibliografia Geral Consultada.

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