“O infortúnio é um degrau para o gênio, uma piscina para o cristão”. Honoré de Balzac
Em 2020, a cidade-estado de Berlim
tinha uma população de 3 664 088 habitantes registrados em uma área de 891,85
km². A densidade populacional da cidade era de 4 048 hab/km². Berlim é a
segunda cidade mais populosa na União Europeia (UE). A área urbana de
Berlim compreendia cerca de 4,1 milhões de pessoas em 2014, em uma área de 1
347 km², tornando-se a sétima área urbana mais populosa na UE. A aglomeração
urbana da metrópole era o lar de cerca de 4,5 milhões em uma área de 5 370 km².
Toda a região Berlim-Brandemburgo tem uma população de mais de 6 milhões em uma
área de 30 370 km². A migração nacional e internacional para a cidade tem uma
longa história. Em 1685, na sequência da revogação do Édito de Nantes, na
França, a cidade respondeu com o Édito de Potsdam, que garantiu a liberdade
religiosa e isenção de impostos aos refugiados huguenotes franceses por dez
anos. A Lei Maior de Berlim, de 1920, incorporou muitos subúrbios e cidades
circunvizinhas da capital alemã. Ela formou a maioria do território que
compreende a moderna Berlim e aumentou a população de 1,9 milhão para 4 milhões.
Berlim tem como capital e um dos dezesseis estados e territórios geográficos da Alemanha. Com uma população de 3,5 milhões dentro de limites da cidade, é a maior cidade do país, e a sétima área urbana mais povoada da União Europeia. Situada no Nordeste da Alemanha, é o centro da área metropolitana de Berlim-Brandemburgo, que inclui 5 milhões de pessoas de mais de 190 nações. Localizada na grande planície europeia, Berlim é influenciada por um clima temperado sazonal, com a distinção entre as quatro estações do ano: verão, outono, inverno e primavera. Quer dizer, cerca de um terço da área da cidade é composta por florestas, parques, jardins, rios e lagos. Berlim é uma cidade global e um dos mais influentes centros mundiais de cultura, política, mídia e ciência. Sua economia é baseada principalmente no setor de serviços, abrangendo uma variada gama de indústrias criativas, as corporações de mídia e locais de convenções. Berlim também serve como um hub continental com serviços pioneiros para a mobilidade sustentável e conectada de pessoas e seus bens para o transporte aéreo e ferroviário com um destino turístico popular. As indústrias significativas incluem Tecnologia da Informação (TI), farmacêutica, engenharia biomédica, biotecnologia, eletrônica, engenharia de tráfego e comunicação social e energia renovável. A cidade serve como um importante centro do transporte continental e é sede de algumas das mais importantes universidades, eventos esportivos, orquestras e museus. O rápido desenvolvimento econômico e social da metrópole, para não dizer culturalmente, atraiu uma reputação internacional aos seus festivais, arquitetura contemporânea e vida com utilidade de uso noturna, sendo um grande centro turístico e moradia para pessoas de 180 nações diferentes.
A imigração ativa e políticas de asilos em Berlim Ocidental desencadearam ondas de imigração nos anos 1960 e 1970. Atualmente, Berlim é o lar de cerca de 200 000 turcos, tornando-se a maior comunidade turca fora do Estado da Turquia. Na década de 1990, o Aussiedlergesetze habilitou a imigração para a Alemanha de alguns moradores da antiga União Soviética. Hoje, alemães étnicos de países da antiga URSS constituem a maior parte da comunidade de língua russa. A última década experimentou um influxo de vários países ocidentais e algumas regiões da África. Jovens alemães, do restante da Europa e israelenses também se instalaram na cidade. Mais de 60% dos moradores de Berlim não têm nenhuma afiliação religiosa registrada. A maior denominação em 2010 era o corpo das igrejas protestantes regionais, a Igreja Evangélica de Berlim-Brandemburgo-Silesiana Alta Lusácia (EKBO), responsável por 18,7% da população local. A Igreja tem 9,1% dos residentes registrados como seus membros. Cerca de 2,7% da população se identifica com outras denominações cristãs principalmente Ortodoxa Oriental, mas também vários protestantes. Estima-se que 200 mil a 350 000 mil muçulmanos residem em Berlim, entre 6 e 10% da população. Cerca de 0,9% dos berlinenses pertencem a outras religiões. Uma população estimada entre 30 000 e 45 000 residentes são judeus, e aproximadamente 12 mil são registrados em organizações religiosas.
Uma
nação é constituída por um Estado nacional composto por um povo que partilha a
mesma origem, história, língua e tradições. Através da nacionalidade, os
cidadãos nacionais se distinguem dos estrangeiros. É
uma língua germânica ocidental que deriva a maior parte de seu vocabulário do
ramo germânico da família de línguas indo-europeias. O alemão é uma das 24
línguas da União Europeia e uma das três línguas de trabalho da Comissão
Europeia. O Berlinerisch ou Berlinisch é um dialeto do Berlin Brandenburgish
alemão falado em Berlim e na sua área metropolitana. Origina-se de uma variante
Mark Brandenburgish. Uma marca de Brandemburgo incluindo Altmark (Leste de
Elba),o Mittelmark (entre o Elba e o Oder ), que era considerada uma área
central, o Neumark (a Leste do Oder), partes da Baixa Lusácia e territórios
dispersos. O dialeto é agora visto mais como um socioleto, em grande parte
devido ao aumento da imigração e tendências entre a população educada de falar
o alemão padrão na vida cotidiana. As línguas estrangeiras mais comumente
faladas na capital alemã são o turco, inglês, russo, árabe, polonês, curda,
vietnamita, sérvio, croata e francês. O turco, árabe, curdo, servo-croata são
ouvidos mais na parte ocidental da cidade, devido às grandes
comunidades do Oriente Médio e ex-iugoslavos. O inglês, vietnamita, russo e
polaco têm mais falantes nativos no Leste de Berlim.
A
estratégia do passado que visava organizar novos espaços urbanos transformou-se
meramente em artifícios políticos e muito pouco em torno de reabilitação de
patrimônios. Depois de haver inconscientemente projetado a cidade futura,
torna-se uma cidade frequentada por sua estranheza, muito mais elevada aos
excessos que reduzem o presente, a nada mais que simples escombros como caixas
d`água que deixam escapar seu domínio do tempo. Mas os processos técnicos se
denunciam já no quadriculamento que atrapalhavam os planejadores funcionalistas
que deviam fazer tábula rasa das opacidades contidas nos projetos de cidades
transparentes. Afinal qual o urbanismo que não descontroem mais do que uma
guerra a questão da memória e da história aldeã, operária, com casas desfiguradas,
fábricas desativadas, universidades sem vida, cacos de histórias naufragadas
que atualmente formam as ruínas da cidade fantasma ou fantasmas da cidade,
antes modernista, cidade de massa, homogênea, como os lapsos de uma linguagem
que se desconhece, quem sabe inconsciente. Mas elas surpreendem. O imaginário
individual e coletivo, em primeiro lugar, são as formas de representação e as coisas
que o soletram. Eles têm uma função social que consiste em abrir uma
profundidade no presente, mas não têm mais o conteúdo que provê de sentido a
estranheza do passado. Suas histórias políticas deixam de ser pedagógicas para
inferir um final claramente trágico.
O Estado se constitui em relação à forma de governo um duplo contexto: de um lado, efeitos de poder político em relação a outros Estados, atuais ou potenciais, isto é, os princípios concorrentes – portanto, precisa concentrar “capital de força física” para travar a guerra pela terra, pelos territórios; de outro lado, em relação a um contexto interno, a contrapoderes, isto é, príncipes concorrentes ou classes dominadas que resistem à arrecadação do imposto ou ao recrutamento de soldados. Esses dois fatores favorecem a criação de exércitos poderosos dentro dos quais se distinguem progressivamente forças propriamente militares e forças propriamente policiais destinadas à manutenção da ordem interna. Essa distinção exército/polícia, evidente hoje, tem uma genealogia extremamente lenta, as duas forças têm sido por muito tempo confundido. O desenvolvimento do imposto está ligado às despesas de guerra. O nascimento do imposto é simultâneo a uma acumulação extraordinária de capital detido pelos profissionais da gestão burocrática e à cumulação de um imenso capital informacional. É o vínculo institucional entre Estado e a utilidade de uso estatística: o Estado está associado a um conhecimento racional do mundo social e governamental. A estatística tem como representação o campo da matemática que relaciona fatos sociais e números em que há um conjunto de métodos que nos possibilita coletar dados e analisá-los, assim sendo possível realizar alguma interpretação deles.
O conceito útil de figuração distingue-se de conceitos teóricos da sociologia por incluir expressamente os seres humanos em sua formação social. Contrasta, portanto, decididamente com um tipo amplamente dominante de formação de conceitos que se desenvolve sobretudo na investigação de objetos sem vida, portanto no campo da física e da filosofia para ela orientada. Há figurações de estrelas, assim como de plantas e de animais. Mas apenas os seres humanos formam figurações uns com os outros. O modo de sua vida conjunta em grupos grandes e pequenos é, de certa maneira, singular e sempre co-determinado pela transmissão de conhecimento de uma geração a outra, por tanto por meio do ingresso singular do mundo simbólico específico de uma figuração já existente de seres humanos. Às quatro dimensões espaço-temporais indissoluvelmente ligadas se soma, no caso dos seres humanos, uma quinta, a dos símbolos socialmente apreendidos. Sem sua apropriação, sem, por exemplo, o aprendizado de uma determinada língua especificamente social, os seres humanos não seriam capazes de se orientar no seu mundo nem de se comunicar uns com os outros. Um ser humano adulto, que não teve acesso aos símbolos da língua e do conhecimento de determinado grupo permanece fora de todas as figurações humanas, pois não é um ser humano. As definições de controle social são demasiado amplas e vagas, e, portanto, seria legítimo indagar, escolhendo-as mais ou menos ao acaso, para inferir que resultam em termos de um controle, isto é, qualquer estímulo ou complexo de estímulos que provoca uma determinada reação.
Topless
é prática entre famosas como Rihanna, Iza e Deborah Secco e outras mulheres
famosas. Topless é um termo originário da língua inglesa que significa “sem
o top”, isto é, “sem a peça de roupa que cobre o tronco”. O termo designa uma
situação em que uma mulher está nua da cintura para cima, com os seios à
mostra. É bastante comum falar em
topless quando uma mulher está na praia ou à beira de uma piscina, geralmente
com o objetivo de fazer bronzeamento nas partes comumente cobertas pelo
biquíni. Algumas culturas tradicionais, tais como os índios da América Central
e do Sul, e também alguns povos da África e da Oceania, não estigmatizam o
topless entre as mulheres, sendo visto como uma prática normal. Em praias da
Europa, o topless é muito comum; porém, no Brasil, a prática muitas vezes
provoca estranhamento, contrariando o clichê que apresenta o país como terra da
liberdade de comportamento. Embora a lei brasileira proíba o chamado ultraje
público ao pudor, não especifica quais condutas poderiam ser interpretadas como
obscenas, não distinguindo, por exemplo, o topless e o uso de biquínis curtos,
tão frequentes em praias brasileiras. Todavia, a prática de topless pode vir a
ser punida legalmente, dependendo do caso, por ofender a convenção social já
estabelecida, fazendo com que a conduta seja interpretada como obscena,
portanto, enquadrando-se no tipo penal previsto na legislação e sendo passível
de proibição. Não se emprega a expressão para os homens, já que na língua
inglesa o termo top não costuma ser utilizado para o vestuário
masculino. A eles é destinado o termo sem camisa, normalmente para a proibição
da entrada de pessoas nessa situação em bares, lojas e outros estabelecimentos.
Assim,
pois, todos os estímulos são controles, pois representam a direção do
comportamento por influências grupais, estimulando ou inibindo a ação
individual ou grupal. O controle social pode ser definido como a soma total ou,
antes, o conjunto de padrões culturais, símbolos sociais, signos coletivos,
valores culturais, ideias e idealidades, tanto quanto processos diretamente
ligados a eles, pelo qual a sociedade inclusiva, cada grupo particular, e cada
membro individual participante superam as tensões e os conflitos entre si,
através do equilíbrio temporário, e se dispõem a novos esforços criativos. Ipso
facto, em toda a dimensão da vida associativa deverá haver algum
ajustamento de relações sociais tendentes a prevenir a interferência de
direitos e privilégios entre os indivíduos. De maneira mais específica, são
três as funções do estabelecidas pelo controle social: a obtenção e a
manutenção da ordem social, da proteção social e da eficiência social. O seu
emprego hic et nunc na investigação sociológica contribuiu
consideravelmente para produzir uma simplificação ou redução na análise dos
problemas sociais, conseguida proporcionalmente, graças à compreensão positiva
da integração das contradições correspondentes no sistema de organização das
sociedades e da importância relativa de cada um deles, como e enquanto
expressão do jogo social. Embora obscuro
e equívoco, em seu significado corrente, o conceito de controle é necessário à questão
sociológica na modernidade, encontraram um sistema de referências propício à
sua crítica científica, seleção lógica e coordenação metódica.
O crescimento de um jovem convivendo e habitando comum em figurações humanas, como processo social e experiência, assim como o aprendizado de um determinado esquema de autorregulação na relação com os seres humanos, é condição indispensável ao desenvolvimento rumo à humanidade. Socialização e individualização de um ser humano, são nomes diferentes para o processo. Cada ser humano assemelha-se aos outros, e é, ao mesmo tempo, diferente de todos os outros. O mais das vezes, as teorias sociológicas deixam sem resolver o problema da relação entre indivíduo e sociedade. Quando se fala que uma criança se torna um indivíduo humano por meio da integração em determinadas figurações, como, por exemplo, em famílias, em classes escolares, em comunidades aldeãs ou em Estados, assim como mediante a apropriação e reelaboração de um patrimônio simbólico social, conduz-se o pensamento por entre dois grandes perigos da teoria e das ciências humanas: o perigo de partir de um indivíduo a-social, portanto como que de um agente que existe por si mesmo; e o perigo de postular um “sistema”, um “todo”, em suma, uma sociedade humana que existiria para além do ser humano singular, para além dos indivíduos. Embora não possuam um começo absoluto, não tendo nenhuma outra substância a não ser seres humanos gerados familiarmente por pais e mães, as sociedades humanas não são simplesmente um aglomerado cumulativo dessas pessoas. O convívio em sociedades tem sempre, mesmo no caos, na desintegração, na maior desordem social, uma forma absoluta determinada.
É isso que o conceito de figuração exprime. O processo de concentração física de força pública acompanhada de uma desmobilização da violência ordinária. A violência física só pode ser aplicada por um agrupamento especializado, especialmente mandatado para esse fim, claramente identificado no seio da sociedade pelo uniforme, portanto um agrupamento simbólico, centralizado e disciplinado. A noção de disciplina, sobre a qual Max Weber escreveu páginas magníficas, é capital: não se pode concentrar a força física sem, ao mesmo tempo, controla-la, do contrário é o desvio da violência física, e o desvio da violência física está para a violência física assim como o desvio de capitais está para a dimensão econômica: é o equivalente da concussão. A violência física pode ser concentrada num corpo formado para esse fim, claramente identificado em nome da sociedade pelo uniforme simbólico, especializado e disciplinado, isto é, capaz de obedecer como um só homem a uma ordem central que, em si mesma, não é geradora de nenhuma ordem. O conjunto das instituições mandatadas para garantir a ordem, a saber, as forças públicas e de justiça, são separadas pouco a pouco do mundo social corrente. Essa concentração do capital físico se realiza num duplo contexto. Para uns, o desenvolvimento do exército profissional ligado à guerra, assim, o imposto; também a guerra interior, a guerra civil, a arrecadação do imposto como espécie de guerra civil.
Do
ponto de vista analítico a questão real do corpo percorre a história da ciência
e da filosofia. De Platão a Henri Bergson, passando por René Descartes, Baruch
de Espinosa, Maurice Merleau-Ponty, Sigmund Freud, Karl Marx, Friedrich
Nietzsche, Max Weber (cf. Fanta, 2014) e principalmente no âmbito da analítica
do poder de Michel Foucault, onde a definição de corpo demonstra um puzzle
caracterizado na relação entre vigilância e punição. Quase todos reconhecem a
profusão da visão dualista de Descartes, que define o corpo como uma substância
extensa em oposição à substância pensante. Podemos perceber que seguindo este
modo de compreensão, sobretudo com o advento da modernidade, o corpo foi
facilmente associado a uma máquina. Pensado como um mecanismo elaborado por
determinados princípios que alimentam as engrenagens desta máquina promovendo o
seu aparentemente “bom funcionamento”. Isto quer dizer que através dos
exercícios de abstinência e domínio que constituem a ascese necessária, o lugar
atribuído ao conhecimento de si torna-se mais importante: a tarefa de se pôr à
prova, de se examinar, de controlar-se numa série de exercícios bem definidos,
coloca a questão da verdade – da verdade do que se é, do que se faz e do que é
capaz de fazer – no cerne da constituição do sujeito moral. E, finalmente, o
ponto de chegada dessa elaboração é ainda e sempre definido pela soberania do
indivíduo sobre si mesmo. Neste aspecto Foucault (2014) nos adverte sobre a
questão da analítica do poder que se constitui o marco histórico e
pontual através da “docilidade dos corpos”.
Para
ele o soldado é, antes de tudo, alguém que se reconhece de longe; que leva os
sinais naturais de seu vigor e coragem, as marcas também de seu orgulho: seu
corpo é o brasão de sua força e de sua valentia: e se é verdade que deve
aprender aos poucos o ofício das armas – essencialmente lutando – as manobras
como a marcha, as atitudes como o porte da cabeça se originam, em boa parte, de
uma retórica corporal de honra. Eis como ainda no início do século XVIII se
descrevia a figura ideal do soldado. Mas na segunda metade deste século, o
soldado se tornou algo que se fabrica; de uma massa informe, de um corpo
inapto, fez-se a máquina de que se precisa; corrigiram-se aos poucos as
posturas: lentamente uma coação calculada percorrer cada parte do corpo, assenhoreia-se
dele, dobra o conjunto, torna-o perpetuamente disponível, e se prolonga, em
silêncio, no automatismo dos hábitos; em resumo, foi “expulso o camponês” e lhe
foi dada a “fisionomia de soldado”. Ipso facto, houve, durante a época
clássica, uma descoberta do corpo como objeto e alvo de poder. Encontraríamos
facilmente sinais dessa grande atenção dedicada então ao corpo que se manipula,
modela-se, treina-se, que obedece, responde, torna-se hábil ou cujas forças
multiplicam o “homem-máquina”.
O
grande livro do homem-máquina foi descrito simultaneamente em dois
registros: no anátomo-metafísico, cujas primeiras páginas haviam sido escritas
por René Descartes e que os médicos, os filósofos continuaram; o outro,
técnico-político, constituído por um conjunto de regulamentos militares,
escolares, hospitalares e por processo empíricos e refletidos para controlar ou
corrigir as operações do corpo. Dois registros bem distintos, pois se tratava
ora de submissão e utilização, ora de funcionamento e de explicação: corpo
útil, corpo inteligível. E, entretanto, de um ao outro, pontos de cruzamento.
“O homem-máquina” de Julien Offray La Metrie (1709-1751) é ao mesmo tempo uma
redução materialista da alma e uma teoria geral do adestramento, no centro dos
quais reina a noção de “docilidade” que une ao corpo analisável o corpo
manipulável. Em sua significação específica é dócil um corpo que pode ser
submetido, que pode ser utilizado, que pode ser transformado e aperfeiçoado. Os
famosos autômatos, por seu lado, não eram apenas uma maneira de ilustrar o
organismo; eram também bonecos políticos, modelos reduzidos de poder: obsessão
de Frederico II, rei das pequenas máquinas, dos regimentos bem treinados e dos
longos exercícios.
Para
Foucault metodologicamente a questão a responder é a seguinte: Nesses esquemas
de docilidade, em que o século XVIII teve tanto interesse, o que há de tão
novo? Não é a primeira vez, certamente, que o corpo é objeto de investimentos
tão imperiosos e urgentes; em qualquer sociedade, o corpo está preso no
interior de poderes mito apertados, que lhe impõem limitações, proibições ou
obrigações. Muitas coisas, entretanto, são novas nessas técnicas. A escala, em
primeiro lugar, do controle; não se trata de cuidar do corpo, massa, grosso
modo, como se fosse uma unidade indissociável, mas de trabalha-lo
detalhadamente; de exercer sobre ele uma coerção sem folga, de mantê-lo ao
mesmo nível prático da mecânica – movimentos, gestos, atitudes, rapidez: poder
infinitesimal sobre o corpo ativo. O objeto, em seguida, do controle: não, ou
mais, os elementos significativos do comportamento ou a linguagem do corpo, mas
a economia, a eficácia dos movimentos, sua organização interna; a coação se faz
mais sobre as forças que sobre os sinais; a única cerimônia que realmente
importa é a do exercício. A modalidade, enfim, implica uma coerção
ininterrupta, constante, que vela sobre os processos da atividade mais que
sobre seu resultado e se exerce de acordo com uma codificação que esquadrinha
ao máximo o tempo, o espaço, os movimentos.
Esses
métodos que permitem o controle minucioso das operações do corpo, que
realizam a sujeição constante de suas forças e lhes impõem uma relação de
docilidade-utilidade, são o que podemos chamar segundo Foucault disciplinas.
Muitos processos disciplinares existiam há muito tempo: nos conventos, nos
exércitos, nas oficinas também. Mas as disciplinas se tornaram no decorrer dos
séculos XVII e XVIII fórmulas gerais de dominação. Diferentes da escravidão,
pois não se fundamentam numa relação de apropriação dos corpos; é até a
elegância da disciplina dispensar essa relação custosa e violenta obtendo
efeitos de utilidade pelo menos igualmente grandes. Mas também ocorre que são
diferentes também da domesticidade, que é uma relação social de dominação
constante, global, maciça, não analítica, ilimitada e estabelecida sob a forma
de vontade de poder singular do patrão, sendo quase seu “capricho”. Diferentes
da vassalidade que é uma relação de submissão altamente codificada, mas
longínqua e que se realiza menos sobre as operações do corpo que sobre os
produtos do trabalho e as marcas rituais de obediência. Diferentes do ascetismo
e das “disciplinas” de tipo monástico, que têm por função realizar renúncias
mais do que aumentos de utilidade e obediência, têm como fim um aumento do
domínio de cada um sobre seu próprio corpo.
Essa
divisão do trabalho social segundo os sexos, indicada no nível da linguagem, é
praticada desde o nascimento, pontuada por ritos de passagem e marcada por
inumeráveis símbolos. Com efeito, a aceitação e a interiorização da divisão
sexual do trabalho tanto entre trabalho doméstico e trabalho assalariado quanto
no interior mesmo do trabalho assalariado são o objetivo da socialização
inicial das crianças. Essa educação é condição prévia da aceitação e
interiorização mesmas da autoridade mediante aprendizado, na escola, das formas
de linguagem diferenciadas de acordo com o estatuto social do emissor e do
receptor. Assim, desde o nascimento, comparativamente, a menina será educada
dentro do respeito pelos homens, que serão os primeiros, contrariamente ao Ladies
first da etiqueta ocidental, a ser servidos à mesa e a ter os melhores
pedaços; os primeiros a entrar no banho; o que consagra e reproduza o preceito
feudal das mulheres dentro e dos homens fora (“oto wa sotomawari, tsuma wa
utimawari”) e a regra social de obediência em ordem: quando jovem, ao pai;
casada, ao marido, e idosa, ao primogênito.
Esse duplo movimento impulsionou em vários países a abordagem da divisão sexual do trabalho para repensar a questão tópica do trabalho e suas categorias. Essas reflexões levaram a mudança de simbólica da sociologia da família e do paradigma funcionalista que lhe servia de base. No que se referem à sociologia do trabalho, elas permitiram retomar noções e conceitos como de qualificação, produtividade, mobilidade social e abriram novos campos de pesquisa: relação de serviço, trabalhos de cuidado pessoal, mixidade no trabalho, ingresso das mulheres às profissões de nível superior, temporalidades sexuadas, vínculos entre políticas de emprego e políticas para família etc. Tal literatura tinha como escopo aspectos sociais comparativos como o crescimento das taxas de desempenho de atividade no trabalho, o perfil etário da mulher na composição da força de trabalho e as transformações sociais no padrão de mixidade em setores e ocupações enquanto tendências que também se verificavam em outros países.
A
divisão sexual do trabalho é a forma de divisão do trabalho social decorrente
das relações sociais entre os sexos; mais do que isso, é um fator prioritário
para a sobrevivência da relação social entre os sexos. Essa forma é modulada
histórica e socialmente. Tem como características a designação prioritária dos
homens à esfera produtiva e das mulheres à esfera reprodutiva e,
simultaneamente, a apropriação pelos homens das funções com maior valor social
adicionado (políticos, religiosos, militares etc.). Sobre essa definição, todo
mundo, ou quase, está de acordo. Contudo, do nosso ponto de vista, sociologicamente
falando, era necessário ir mais longe ao plano conceitual. Por isso, propusemos
distinguir claramente os princípios da divisão sexual do trabalho e suas
modalidades. Essa forma particular da divisão social do trabalho tem dois
princípios organizadores: o de separação existente entre trabalhos de homens e
trabalhos de mulheres e o princípio hierárquico, segundo o qual, um trabalho de
homem “vale” mais que um trabalho de mulher. Esses princípios são válidos tanto
no plano teórico quanto no plano empírico para todas as sociedades humanas no
tempo e no espaço.
A
Prefeitura de Berlim anunciou que as mulheres poderão frequentar as piscinas
públicas da capital da Alemanha sem a parte de cima do biquíni. A decisão é
consequência de um processo na Justiça iniciado por uma mulher que, no ano
passado, foi expulsa de uma piscina ao ar livre por tomar banho de sol sem
cobrir os seios. Outra mulher afirmou
ter sido obrigada a se cobrir em dezembro último, ao frequentar uma piscina
coberta. As autoridades da capital alemã concluíram que ambas foram vítimas de
discriminação e afirmaram que todos os frequentadores das piscinas de Berlim
agora podem dispensar a parte de cima dos seus trajes de banho. Portanto, pode
ser aplicada mediante um processo específico de legitimação, a chamada
ideologia naturalista. Esta rebaixa o gênero ao sexo biológico, reduz as
práticas sociais a “papéis sociais” sexuados que remetem ao destino natural da
espécie. Com essa perspectiva naturalista e manipuladora da realidade, a
ideologia naturalista dificulta a consciência de que a desigualdade entre os
sexos é determinada por interesses socialmente construídos. Se os dois
princípios (de separação e hierárquico) encontram-se em todas as sociedades
conhecidas e são legitimados pela ideologia naturalista, isto não significa, no
entanto, que a divisão sexual do trabalho seja um dado imutável. Ao contrário,
ela tem inclusive uma incrível plasticidade: suas modalidades concretas variam
grandemente no tempo e no espaço, como demonstraram fartamente antropólogos e
historiadores (as). O que é estável não são as situações (que evoluem sempre),
e sim a distância entre os grupos de sexo. Portanto, esta análise deve tratar
dessa distância, assim como das “condições”, pois, se é inegável que a condição
feminina melhorou, pelo menos na sociedade francesa, a distância continua
insuperável.
Trata-se antes de tudo da aparição e do desenvolvimento, com a precarização e a flexibilização do emprego, de “nomadismos sexuados”, segundo Kergoat (1998): nomadismo no tempo, para as mulheres é a explosão do trabalho em tempo parcial, geralmente associado a períodos de trabalho dispersos no dia e na semana; nomadismo no espaço, para homens com provisórios canteiros do Banque du Bâtiment et Travaux Publics (BBTP) e do setor nuclear para os operários, banalização e aumento dos deslocamentos profissionais na Europa e em todo o mundo para executivos. Constata-se que a divisão sexual do trabalho molda as formas do trabalho e de emprego e, que a bendita “flexibilização” reforça as formas mais estereotipadas das relações sociais de sexo. O segundo exemplo é o da priorização do emprego feminino, que ilustra bem o cruzamento das relações sociais. Desde a década de 1980, o número de mulheres contabilizadas pelo Institut National de la Statistique et des Études Économiques (INSEE) como “funcionários e profissões executivas de nível superior” mais do que dobrou; eles destacam que cerca de 10% das mulheres ativas são classificadas nessa categoria. Simultaneamente à precarização e à pobreza de um número crescente de mulheres, observa-se, portanto, o aumento dos capitais econômicos, culturais e sociais de uma proporção não desprezível de mulheres ativas no trabalho. Assiste-se também ao aparecimento, pela primeira vez na história social do capitalismo, de uma camada de mulheres cujos interesses diretos, isto é, não mediados como antes pelos homens: pai, esposo, amante, opõem-se frontalmente aos interesses daquelas que foram atingidas pela generalização do tempo parcial, pelos empregos em serviços muito mal remunerados e não reconhecidos socialmente e, de maneira mais geral, pela precariedade.
Em breve, as mulheres poderão nadar
sem a parte de cima do biquíni nas piscinas públicas de Berlim, após uma
deliberação das autoridades da cidade. A decisão aconteceu após um processo
iniciado por uma mulher que foi expulsa de uma piscina pública por tomar sol topless,
ou seja, sem sutiã. Uma outra mulher disse que foi instruída a se cobrir em uma
piscina coberta em dezembro. As autoridades concordaram que as duas foram
vítimas de discriminação e disseram que todos os visitantes das piscinas de
Berlim agora podem usar apenas a parte de baixo do traje de banho como os
homens. A decisão será bem recebida por aqueles que defendem o que é reconhecido
na Alemanha como Freikörperkultur — palavra que designa o “naturismo” ou
“nudismo”, mas que em uma tradução literal significaria “cultura do corpo
livre” em alemão. Visitantes estrangeiros que visitam a Alemanha costumam ficar
surpresos e, às vezes, totalmente desconcertados ao ver alemães nus brincando
em lagos, descansando nos parques ou suando nas saunas. Mas este é um país que
considera a nudez pública em alguns ambientes tanto apropriada quanto saudável.
Autoridades locais, porém, têm lidado com a questão de saber até que ponto isso
é permitido em termos de utilidade de uso socialmente ocorrendo em piscinas municipais. No verão passado, “as cidades de Göttingen
e Siegen já haviam permitido que as mulheres nadassem sem o sutiã”.
A operadora de piscinas de Berlim, a Berliner Bäderbetriebe, na verdade não mudou suas regras, que exigem que “a roupa de banho cubra os órgãos genitais”. O Berliner Bäderbetriebe apenas esclareceu que isso se aplica a todos os visitantes, independentemente do gênero. Enfim, as mulheres das sociedades do Norte trabalham cada vez mais e, com uma frequência cada vez maior, são funcionárias e investem em suas carreiras. Como o trabalho doméstico nem sempre é levado em conta nas sociedades mercantis, e o envolvimento pessoal é cada vez mais solicitado, quando não exigido pelas novas formas de organização e gestão de empresas, essas mulheres realizam seu trabalho profissional precisam externalizar o trabalho doméstico. Para isso, podem recorrer à enorme reserva de mulheres em situação precária, sejam francesas ou imigrantes. Essa demanda, maciça no âmbito europeu, criou um imenso alento para as mulheres migrantes que chegam aos países do Norte com a esperança de conseguir um emprego de serviço, neste caso, particularmente no cuidado de crianças e idosos, no em prego doméstico e assim por diante. Essas mulheres, muitas vezes diplomadas, entram em concorrência com as dos países de origem, que têm situação precária e pouco estudo.
Duas
relações sociais entre mulheres, inéditas historicamente, estabelecem-se dessa
maneira: uma relação de classe entre as mulheres do Norte, empregadoras, e essa
nova classe servil; uma relação de concorrência entre mulheres, todas
precárias, mas precárias de maneira diferente, dos países do Norte e dos países
do Sul e, logo também, de etnias diferentes com a chegada e a esse mercado
globalizado em movimento de mulheres dos países do Leste. As relações étnicas
começam assim a ser remodeladas através das migrações femininas e da explosão
dos serviços a particulares. As relações de gênero também se apresentam de uma
forma inédita: a externalização do trabalho doméstico tem uma função de
apaziguamento das tensões nos casais burgueses dos países do Norte e em
inúmeros países urbanos do Sul, mas, nesse caso, trata-se de movimentos
migratórios internos no país em questão e permite igualmente maior
flexibilidade das mulheres em relação à demanda de envolvimento das empresas. A
reorganização simultânea do método e processo de trabalho no campo assalariado
da oficina, da fábrica, e no campo doméstico da casa. O que remete, no que diz
respeito a este último, à externalização do trabalho doméstico, mas também à
nova divisão do trabalho doméstico, o maior envolvimento de certos pais é
acompanhado de um envolvimento quase exclusivo no trabalho parental; duplo
movimento de mascaramento, de atenuação das tensões nos casais, de um lado, e a
acentuação das clivagens objetivas entre mulheres, de outro: ao mesmo tempo em
que aumenta o número de mulheres em profissões de nível superior, e contraditoriamente,
cresce o de mulheres que podem ser classificadas de
desemprego, flexibilidade, feminização das correntes migratórias.
O
momento histórico das disciplinas é o momento em que nasce uma arte do corpo
humano, que visa não unicamente o aumento de suas habilidades sociais, nem
tampouco aprofundar sua sujeição, mas a formação de uma relação que no mesmo
mecanismo o torna tanto uma política das coerções que são um trabalho sobre o
corpo, uma manipulação calculada de seus elementos, de seus gestos, de seus
comportamentos. O corpo humano entra numa maquinaria de poder que o
esquadrinha, o desarticula e o recompõe. Uma “anatomia política”, que é também
igualmente uma “mecânica do poder”, está nascendo; ela define como se pode ter
o domínio sobre o corpo dos outros, não simplesmente para que façam o que se
quer, mas ara que operem como se quer, com as técnicas segundo a rapidez e a
eficácia que se determina. A disciplina fabrica assim corpos submissos e
exercitados, corpos dóceis. A disciplina
aumenta as forças do corpo (em termos econômicos de utilidade) e diminui essas
mesmas forças (em termos políticos de obediência). Em uma palavra: ela associa
o poder do corpo; faz dele por um lado uma “aptidão”, uma “capacidade” que ela
procura aumentar; e inverte por outro lado a energia, a potência que poderia
resultar, e faz dela uma relação de sujeição estrita.
Se
a exploração econômica separa a força e o produto do trabalho, a coerção
disciplinar estabelece no corpo o elo coercitivo entre uma aptidão aumentada e
uma dominação acentuada. Entendida como consumo cultural, a prática do culto ao
corpo situa-se como preocupação geral de mobilidade social, que perpassa a
estratificação de classes sociais e faixas etárias, apoiada num discurso
clínico difuso que se refere tanto a questão estética, quanto a preocupação
alimentar com a saúde. Nas sociedades contemporâneas há uma crescente
apropriação do corpo, com a dieta alimentar e o consumo excessivo de
cosméticos, impulsionados pelo processo de massificação da propaganda/consumo a
desde o desenvolvimento econômico dos anos 1980, onde o corpo ganha mais
espaço, principalmente nos meios midiáticos. Nesse sentido, as fábricas de
imagens estéticas do vencedor como o cinema, televisão, publicidade, revistas
etc., têm contribuído para isso. Nos leva a pensar que a imagem da fonte de
juventude, associada ao corpo perfeito e ideal, ao sucesso na educação, no
trabalho e na vida amorosa atravessa as etnias e classes sociais, compondo de
maneiras diferentes diversos estilos de vida.
Esses
movimentos desenvolvem-se em um nível material, a externalização, mas,
evidentemente, estendem-se às representações ad hoc (os “novos pais”, o casal
visto como lugar de negociação entre dois indivíduos iguais de direito e de
fato). Contudo, é preciso rever agora a outra modalidade de teorização, a da
divisão sexual do trabalho como vínculo social, pois é ela que fundamenta a
tese, que hoje adquiriu o estatuto de política – e de política europeia a
partir da cúpula de Luxemburgo em 1997 -, da conciliação vida familiar/vida
profissional – política fortemente sexuada, visto que define implicitamente um
único ator dessa conciliação: as mulheres, e consagra o statu quo segundo o
qual homens e mulheres não são iguais perante o trabalho profissional. A ideia
de uma complementaridade entre os sexos está inserida na tradição funcionalista
da complementaridade de papéis. Remete a uma conceptualização em termos de
vínculo social pelos conteúdos de sentido de suas noções como solidariedade
orgânica, conciliação, coordenação, parceria, especialização e divisão de
tarefas etc. A abordagem em termos de complementaridade é coerente com a ideia
de uma divisão entre mulheres e homens do trabalho profissional e doméstico e,
dentro do trabalho profissional, a divisão entre tipos e modalidades de
empregos que possibilitam a reprodução dos papéis sexuados. É essa expansão dos
empregos em serviços nos países capitalistas ocidentais, tanto desenvolvidos
como em vias de desenvolvimento, como o Brasil, que oferecem novas “soluções”
para o antagonismo entre responsabilidades familiares e profissionais.
Bibliografia
Geral Consultada.
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