“Vocês vão ter que me engolir”. Mário Jorge Lobo Zagallo
Todas as religiões, sem exceção, empregam utensílios culinários para os ritos sacrificiais, geralmente nas cerimônias de refeições sagradas ou de comunhão. Taça do Culto de Cibele, caldeirões hindus e chineses, caldeirão de prata dos celtas, “caldeirão da regeneração” do Museu Nacional de Copenhague, antepassado provável do Graal, antepassado certo do cálice cristão, “vasilha triunfal” a que assimilado o mandala nas cerimônias tântricas, caldeirões que, no Edda, que foi recompilada e escrita por eruditos que preservaram uma parte dessas histórias contêm os alimentos para os guerreiros bem-aventurados, todos tornam inesgotável a lista dos vasos sagrados. Um simbolismo completo será assim apanágio de um utensílio tão universalmente utilizado e tão universalmente valorizado. As imagens da casca de noz, tão frequentes nos nossos contos e nas fantasias liliputianas, correspondem mais ou menos às do geme fechado, do ovo. A retorta química, o atanor, são marcas indispensáveis à fantasia do vaso estomacal ou uterino. O vaso situa-se a meio caminho entre as imagens do ventre digestivo ou sexual e as do líquido nutritivo, do elixir da vida e de juventude. Pouco importa o que o recipiente seja de cavidade profunda, caldeirão, tacho ou tigela, ou de cavidade pequena, cuveta, gamela, taça ou colher. Pelo jogo confuso do sentido passivo e do sentido ativo o interesse arquetípico desliza pouco a pouco passando do continente para o conteúdo.
A noção de continente é solidária de conteúdo. Compreende Gilbert Durand (1993: 257) que este último, é geralmente um fluido, o que junta os simbolismos aquáticos, os da intimidade, ao esquema do trajeto alimentar, do engolimento. É que o gesto alimentar e o mito da comunhão alimentar são os protótipos naturais do processo de dupla negação que estudamos a propósito do engolimento: a manducação é negação agressiva do alimento vegetal ou animal, em vista não de uma destruição, mas de uma transubstanciação. A alquimia compreendeu-o muito bem, tal como as religiões que utilizam a comunhão alimentar e os seus símbolos. Toda alimentação é transubstanciação. É por essa razão que Gaston Bachelard pode muito profundamente afirmar que “o real é antes de tudo um alimento”. E que além disso, que o ato alimentar confirma a realidade das substâncias. Porque a “interiorização ajuda a postular uma interioridade”. A afirmação da substância, da sua indestrutível intimidade subsistindo para além dos acidentes, só pode ser feita por esta tomada de consciência da assimilação digestiva. O “suco”, o “sal”, encontra-se no trajeto metafísico da essência, e os processos de gulliverização não passam de representações por imagens do íntimo, do princípio ativo que subsiste na intimidade das coisas. O atomismo – essa gulliverização com pretensões objetivas – reaparece sempre, mais cedo ou mais tarde, no panorama substancialista, ou melhor, enquanto produção de uma teoria dos “fluidos”, das “ondas” escondidas e constitutivas da própria eficácia das substâncias.
A gulodice representa uma aplicação do princípio de identidade. Melhor: o princípio de identidade, de perpetuação das virtudes substanciais, recebe o seu primeiro impulso da meditação da assimilação sobredeterminada pelo caráter secreto, íntimo de uma operação que se efetua integralmente nas trevas viscerais. Porque é a interioridade “superlativa” que constitui a noção de substância. Esta é uma consequência do esquema psíquico da inversão: a intimidade é inversora. Todo invólucro, todo continente, aparece com efeito menos como menos preciso, menos substancial que a matéria envolvida. A qualidade profunda, o termo substancial não é o que contém, mas o que é contido. Bem vistas as coisas, não é a casca que conta, mas a amêndoa. Não é o frasco que importa, mas sim a embriaguez. É esse voltar do avesso do continente que quer a alquimia de Boerhave quer a de Jacob Polemann revelam, tal como o antigo Zimmermann da Grande Encyclopédie consagrado á “pedra”. O alimento primordial, o arquétipo alimentar é, de fato, socialmente a produção do leite, isto é: “toda bebida feliz é um leite materno”. E quando esta euforia alimentar é desastrosamente interrompida pela analista social, a paciente é submersa por uma catastrófica crise esquizofrênica. A doente recupera, à beira da cura, a linguagem erótica dos místicos.
A primeira estrutura que a imaginação
dos símbolos da inversão e da intimidade evidencia é a que os psicólogos
denominam redobramento e perseverança. A intimidade não é no fundo mais que uma
conclusão normal das fantasias encaixadoras do Jonas. Há na profundidade da fantasia
noturna uma espécie de fidelidade fundamental, uma recusa de sair das imagens familiares
e aconchegantes. É esta estrutura que Strömgren mostrara já no tipo caracterial
ixomítico ao ver na perseverança um dos seus traços típicos fundamentais. Para
Rorschach, a perseveração das partes apreendidas é um sintoma central da ixotimia.
Uma parte do cartão do teste é retomada três ou quatro vezes e interpretada
apesar da mudança de posição do cartão. Frequentemente, o ixotímico é do tipo
repetidor. Esta simetria já não é a simetria na antítese, mas sim a simetria na
semelhança: passa-se imperceptivelmente do “do mesmo modo que... tal como” ao “não...
não”. Nas ixoidias mais caracterizadas encontra-se uma estereotipia muito
desenvolvida de certos elementos do teste: quer, por exemplo, estereotipias de
respostas anatômicas, quer a estereotipia das respostas forma-cor, quer
ainda, nos casos francamente epileptóides, a perseveração dos grandes detalhes.
Há neste fenômeno perseveração perceptiva e infidelidade expressiva. Pode-se
igualmente encontrar nos epilépticos casos de perseveração
simultaneamente na percepção e na interpretação.
A segunda estrutura, que é corolário
da primeira, é a viscosidade, a adesividade do estilo de
representação noturna. Foi, aliás, esta característica que chamou em primeiro lugar
a atenção dos psicólogos quando designaram certos tipos psicológicos com nomes
tirados das raízes que significam viscosidade, suco glutinoso, cola. Essa
viscosidade manifesta-se em múltiplos domínios: social, afetivo, perceptivo, representativo.
Durand (1997) admite como a viscosidade do tema era importante, dado que ela
dita um pensamento que deixa de ser feito de distinção e passa a sê-lo de variações
confusas sobre um único tema. O isotímico dá sempre mostras de “muito poucas
dissociações”. Essa viscosidade isotímica manifestar-se-ia igualmente no plano
social. Kretschmer pode falar, a esse propósito, de uma “síndrome hiper social”
do isotímico, e no teste de Rorschach a grande quantidade de respostas “forma-cor”
seria o indício de viscosidade afetiva. Em Van Gogh encontramos essa
preocupação constante me fazer amizades, de construir uma comunidade quase
religiosa na “casa dos amigos”, de construir uma “cooperativa de pintores”. Mas
é na estrutura da expressão que a
viscosidade aparece.
A terceira estrutura mítica
parece-nos residir no realismo sensorial das representações ou ainda na
vivacidade das imagens. É essa característica que muitas vezes mergulhou os
caracterologistas e os tipologistas em consideráveis dificuldades. Com efeito,
segundo a terminologia junguiana, tudo leva a considerar à primeira vista as
duas primeiras estruturas como tendo traços introversivos marcados. Em particular
a viscosidade e a religiosidade que lhe está ligada pode levar a pensar que a
mística é, de fato, introversão. Mas então esta terceira estrutura que parece
aparentar a imaginação mística ao thoug-minded de James ou à Einfühblung
do estético Worringer contradiz as definições junguianas da introversão. Não é
intenção proporcionada pela análise insistir nas dificuldades e nas querelas da
tipologia, mas podemos ver que em arquetipologia as estruturas míticas constelam
sem dificuldade com as características da Einfühblung, com o aspecto de
vivacidade concreta, tanto sensorial como imaginária, da fantasia mística. O
Rorschach confirma esta estrutura mostrando em todas as consciências
gliscromorfas um tipo de ressonância íntimo “extratensivo e ambiequal”, quer
dizer, oferecendo um protocolo com uma relação de respostas quinésicas e de respostas
cor muito elevadas.
Em síntese, a quarta estrutura, estreitamente ligada às três precedentes, parece-nos consistir nessa propensão para a “miniaturização”, para a gulliverização da representação do Regime Noturno. Os psicólogos insistiram todos na “minúcia”, na “meticulosidade” dos caracteres ixotímico. Os atrasos intelectuais deste tipo agarram-se ao detalhe, perdem de vista o conjunto, mostram uma pedanteria muito característica que insiste no detalhe, mostra-o e comenta-o com mesquinhez. Nas respostas ao teste de Rorschach, o escrúpulo e a rotina do ixotímico manifestam-se de muitas maneiras: antes de mais, pelo número de respostas superior à média corrente. O ixotímico parece que receia sempre deixar escapar um detalhe. A minúcia descritiva da ixoidia manifestar-se-á igualmente na frequência das respostas anatômicas, e neste caso a minúcia da descrição anatômica alia-se à estereotipia da perseveração. Por fim, e sobretudo, o que chama a atenção no protocolo gliscróide é o número considerável de respostas “globais” ou “grande detalhe” induzidas a partir de um detalhe menor, de um elemento minúsculo da figura. Guirdham nota mesmo que a perseveração do conteúdo global de uma resposta é confabulada a partir de um ínfimo detalhe de uma resposta dada, e geralmente a partir de um detalhe anatômico. Ela completa a cosmização inerente à viscosidade da representação por uma verdadeira “microcosmização”. É a dinâmica do detalhe que se torna representativo e produtivo do conjunto, ou seja, há uma reviravolta completa dos valores: o que é inferior toma o lugar do superior, os primeiros tornam-se os últimos, o poderio do polegar vem escarnecer a força expressiva do gigante e do ogro.
Bola
de futebol é usada para a prática do futebol nas suas diversas variações, fabricada
em couro sintético, e consiste de várias camadas que são revestidas com
uma cobertura à prova d’água. É um dos principais ícones do esporte, sendo
universalmente reconhecida como seu símbolo. Estima-se que sejam produzidas
anualmente 40 milhões de bolas de futebol no mundo, número que sobe para 60
milhões em anos de Copa do Mundo de futebol. Em 1863, as primeiras
especificações para a bola de futebol foram estabelecidas pela The Football
Association. Antes disso, as bolas eram feitas de couro inflado, com
revestimentos de couro inseridos mais tarde para ajudar a manter as suas
formas. Em 1872, as especificações técnicas foram revistas, e essas regras
permaneceram praticamente inalteradas, tal como definidos pela International
Football Association Board. As diferenças das bolas criadas desde que esta
regra social entrou em vigor têm sido a de fazê-la “com materiais diferentes,
bem como das estampas impressas em sua superfície”. As bolas passaram por uma
mudança dramática ao longo do tempo e do espaço geográfico. Durante a longa época
medieval, com a sensibilidade, as bolas eram feitas normalmente de um
invólucro exterior de couro cheia de aparas de cortiça.
Outro método de produção com utilidade de uso era usar bexigas de animais para a parte interior da bola tornando-a inflável. No entanto, estes dois estilos deixavam as bolas mais fáceis de furar, além de não serem muito adequadas para chutar, permanecendo assim até o decorrer do século XIX, momento onde as bolas foram aprimoradas com o processo da mass production tornando-se mais parecidas hoje com as bolas de futebol. Em 1838, Charles Goodyear (1800-1860), um inventor norte-americano, reconhecido por ter descoberto a vulcanização da borracha, introduziu a utilidade de uso de borracha em suas descobertas sobre a vulcanização. A aplicação desta inovação às bolas melhorou consideravelmente as mesmas. É o tratamento de vulcanização da borracha que confere à bola certas qualidades como resistência, elasticidade e resistência aos solventes, além de ajudar a resistir ao denso calor e frio moderados. A vulcanização ajudou a criar bexigas infláveis que pressionavam o painel externo de couro das bolas. A inovação técnica de Charles Goodyear aumentou as possibilidades de uso ao facilitar o ato de chutar a bola.
O
casamento de Zagallo ocorreu em 13 de janeiro de 1955, quando o jogador passou a adotar o
número de vez. Ao longo da carreira e também na vida pessoal, Zagallo usou o
número nas camisas como um símbolo da sorte. Ele também tentava encontrar o valor
em palavras, como a frase “Brasil campeão”, que tem 13 letras. A superstição
de Mário Jorge Lobo Zagallo com o número 13 começou com sua esposa, Alcina de
Castro Zagallo, com quem foi casado durante 57 anos e o Botafogo Futebol e Regatas.
Ela era devota de Santo Antônio e gostava do número 13. Ele foi campeão em 1958:
5 + 8 = 13 e começou em 1967 no Botafogo como treinador e foi campeão: 6 + 7 =
13. Depois foi campeão como auxiliar em 1994: 9 + 4 = 13, que revelou mais um
motivo para que ele acreditasse no número, já que o jogador Roberto Baggio
errou o pênalti em 1994. Na época em que Zagallo e Parreira trabalharam juntos
os patrocinadores da seleção brasileira eram Umbro e Coca-Cola, as duas juntas
têm 13 letras. O número de Copas do Mundo vencidas foram: Tetracampeões
tem 13 letras também. Em entrevista concedida na final da Copa América, no
Maracanã, o técnico da seleção Brasileira, Adenor Leonardo Bachi, mais reconhecido
como Tite, citou Zagallo, para chegar iluminado à decisão da
competição.
O
treinador lembrou a superstição de Mário Jorge Lobo Zagallo: - “Oito mais cinco
dá 13, 58 anos que tenho, tomara que eu tenha luz do Zagallo. Um mestre, cara
iluminado, exemplo”. -, disse o técnico Zagallo, na ocasião. O problema é que
no caso de Tite, a superstição não deu resultados já que a seleção brasileira
perdeu a decisão da Copa América deste ano para a Argentina por 1 a 0, em pleno
estádio Maracanã. A Copa América, reconhecida até 1975 como Campeonato
Sul-Americano de Futebol, é a principal competição entre as seleções de futebol
das nações da Confederação Sul-Americana de Futebol. Este torneio tornou-se o
mais antigo do mundo, entre seleções, após a ocorrência dos Jogos Olímpicos de
Londres de 1948, já que após esta edição as Olimpíadas começaram a ser
disputadas por seleções que não são consideradas as principais competitivamente,
e também quando em 1984 o British Home Championship foi abolido. A
competição determina o campeão continental da América do Sul. Desde a edição de
1993, equipes da América do Norte e da Ásia foram convidadas a participar.
Sociologicamente
produção em massa é o termo que designa a produção em larga escala de
produtos padronizados através de linhas de montagem. Este modo de produção
foi popularizado por Henry Ford (1863-1947) no início do século XX,
particularmente na produção do modelo Ford T. A produção em massa se tornou um
modo de produção muito difundido, pois permite altas taxas de produção por
trabalhador, e ao mesmo tempo disponibiliza produtos a preços baixos. A
produção em massa faz uso intensivo de capital, ou utiliza uma alta proporção
de máquinas em relação ao número de trabalhadores. Com o custo do trabalho mais
baixo e alta taxa de produção, a proporção de capital aumenta enquanto as
despesas correntes diminuem, com outros modos de produção. Porém, o montante
capital necessário para montar o parque de máquinas de uma fábrica é tão alto,
que é necessário um certo grau de segurança, melhor dizendo, é preciso que o
retorno do investimento seja garantido, para que o risco seja assumido pelo
capitalista. A produção em massa prosperou principalmente nos Estados Unidos da
América, porque havia abundância de recursos e um mercado pouco competitivo e certamente
ainda inexplorado.
A
arte de jogar está irremediavelmente vinculada, em cada instante do
jogo, as regras e métodos constituindo princípios básicos do desporto, cabendo
ao árbitro em sua esfera de competência a sua preservação. Toda vez que a ordem
é (des) afiada compete a ele, somente a ele, restabelecê-la. Os elementos mais
representativos do sistema esportivo são inúmeros, mas destacam-se mormente os comentaristas
de carreira ou jornalistas especialistas esportivos, os dirigentes, os atletas,
e torcedores que se tornam instrumentos geridos por influências valorativas que
decorrem do poder político, econômico, midiático e outros. Para estes quesitos
desportivos, o árbitro, em geral, só é julgado pelos erros que comete ou julgam
que ele próprio os cometeu. Dentre esses elementos de poder, o aspecto
econômico é condicionante em que o árbitro tem que administrar, pois,
analogamente, o teto salarial de árbitro permanece extremamente inferior ao reconhecimento
do jogador, mesmo que se torne um árbitro internacional. Para um jogador de
destaque, a valorização financeira pode chegar a cifras altas no mercado
europeu. O investimento de entidades patrocinadoras visa simultaneamente para o
clube e o jogador, e em somas cada vez mais elevadas de acordo com o êxito da
equipe ou do atleta. Uma contradição interessante no meio desportivo, e,
portanto, liberal, é que o jogador é profissional e o árbitro é amador.
Nas últimas cinco ou seis décadas do século XX, os intelectuais estabelecidos profissionais se intimidaram em admitir a essência de classe em suas teorias e posturas ideológicas. Na verdade, a ideologia não é ilusão, nem superstição religiosa de indivíduos mal-orientados, mas uma forma específica de consciência social, ancorada e bem sustentada. Como tal, a ideologia em termos persuasivos não pode ser superada exclusivamente nas sociedades de classes. Sua persistência decorre dela ser constituída objetivamente e reconstituída como consciência inevitável das sociedades de classe, relacionada com a articulação de conjuntos de valores e estratégias rivais que tentam controlar o “metabolismo social”, lembrava Marx, em seus principais aspectos. Mas que se entrelaçam conflituosamente e se manifestam no plano da consciência tardia, conquanto seja na diversidade de discursos ideológicos relativamente autônomos, que exercem influência nítida sobre os processos materiais mais tangíveis. O metabolismo social é um dado utilizado para a compreensão dos processos sociais e se nesse determinado momento pode haver a existência de sustentabilidade. Do ponto de vista analítico a longa e boa maré de prosperidade que caracterizou as economias capitalistas desenvolvidas, após a 2ª guerra mundial (1939-1945), somente foi perturbada por algumas recessões menores como as de 1949-1950 e de 1957-1958.
Aparentemente,
a lição de depressão da década de 1930, a maior participação e intervenção do
Estado na economia e o aperfeiçoamento da política neokeynesiana davam seus
frutos. Em consequência, houve demasiado otimismo quanto à capacidade do Estado
para controlar os ciclos da economia capitalista. Nesse ínterim, o primeiro
golpe sério foi-lhes desfechado pela crise do dólar, no fim da década de 1960,
que forçou o governo dos Estados Unidos da América a desvalorizá-lo duas vezes
seguidas no breve período de 14 meses. Os principais países capitalistas da
Europa e Japão, embora obviamente não por motivos desinteressantes, puseram-se
de acordo, segundo Michelena (1977: 104) para tomar medidas extraordinárias que
mantivesse o dólar à tona. Assim, em 1971, Alemanha Federal, Suíça, Japão e
países de moedas fortes decidiram-se revalorizá-las. A queda do dólar prosseguia, contribuindo
para aprofundar os conflitos entre os países capitalistas, a tal ponto que uma
revista tão conservadora como a Time se viu na necessidade de tecer o
comentário: - Se o ressentimento em
relação aos Estados Unidos se disfarçar as políticas monetárias e comerciais
europeias, é provável que o dólar caia ainda mais. Tanto para a Europa quanto
para os Estados Unidos isso seria sinal do início de uma guerra econômica na
qual nenhum dos dois lados pode esperar mais do que uma vitória de Pirro”, como
esta, e estamos acabados. Em outras
palavras, tratava-se de uma crise de acumulação de capital que, como todas as
crises, tem suas peculiaridades, mas é análoga as anteriores.
Quer
dizer, isso implica numa operação para que o sistema capitalista possa
efetivamente superá-la, com a necessidade de introduzirem-se inovações
tecnológicas significativas, transformações das formas de acumulação e a
implantação de mudanças substanciais na divisão internacional do trabalho. O
que poderia ser conseguido mediante o desenvolvimento de novas fontes de
energia em torno de fusão nuclear, solar etc., a exploração dos solos
oceânicos, tanto para obter produtos minerais quanto agrícolas, e o
desenvolvimento bioquímico e genético ou, em outros campos sui generis,
em que a pesquisa científica esteja bastante avançada. Segundo este ponto de
vista, fenômenos como a crise monetária internacional, a chamada “estagflação”,
a crescente concorrência internacional, o acirramento da luta de classes nos
Estados Unidos da América e na Europa, os realinhamentos políticos mundiais e
as importantes mudanças sociais que estão ocorrendo nas relações internacionais
são considerados manifestações da crise geral da acumulação. Para
melhor especificar a interconexão de todos esses fenômenos e deles deduzir
algumas de suas consequências políticas internacionais é necessário examinar
cuidadosamente, embora de modo breve, a natureza da crise.
A
palavra tem origem durante a crise econômica que assolou o mundo globalizado durante
a década de 1970, de um lado pelo superaquecimento das economias dos chamados “países
desenvolvidos”, a partir da excessiva expansão de procura agregada, o que levou
a pressões inflacionistas; do outro lado, pela redução da oferta agregada, a
partir das restrições impostas pelos países produtores de petróleo, perdas de
safras e redução das atividades em sectores que dependem do petróleo como
matéria-prima, ou complemento, levando ao desemprego, ou ainda, provocando a
depreciação das moedas fortes pelos “desinvestimentos” e “deseconomias de
escala”, patrocinada pelos grupos econômicos, a Organização dos Países
Exportadores de Petróleo (OPEP) que estavam acima dos domínios operacionais dos
Estados nacionais contemporâneos. Em economia, estagflação define-se
como uma situação simultânea de estagnação econômica, ou até mesmo
recessão econômica, e altas taxas de inflação. Tal fenômeno é uma situação
atípica do funcionamento regular da economia, o baixo nível de atividade
econômica costuma vir acompanhado de uma queda na inflação devido a diminuição
da demanda agregada. Obviamente, os ciclos econômicos não derivam apenas de uma
só causa.
São,
antes, a representação do resultado do processo contraditório e peculiar modo
de desenvolvimento do sistema capitalista, cuja expressão é resultado “o
movimento cíclico da taxa de lucros que, afinal, resume o desenvolvimento
contraditório de todos os momentos do processo de produção e reprodução”.
Porém, quais são essas contradições?
Alguns autores marxistas assinalam duas como principais. A primeira é de
caráter geral – no sentido de que é aplicável a todos os modos de produção: é a
contradição entre o nível de desenvolvimento das forças produtivas e as
finalidades limitadas da produção, que se origina na natureza das relações de
produção. A revolução técnico científica avançou de tal modo a automatização
dos processos que não apenas afetou consideravelmente todos os aspectos da
produção como está chegando ao ponto em que os aspectos subjetivos do processo
de trabalho começaram a ter mais importância claramente do que os objetivos.
Ela também está modificando a significação das matérias-primas, não só na
medida em que estas são cada vez mais produto do homem, e não da natureza, mas
porque elas desempenham um papel ativo na automatização, como objetos de
trabalho. Obviamente os processos produtivos e de consumo das sociedades
capitalistas globalizadas e, portanto, mais desenvolvidas em economia, ainda
estão longe do ponto em que se possa dizer que uma tal evolução das forças
produtivas seja uma característica geral do sistema.
Entretanto,
há certos setores e ramos da produção em que a aplicação da ciência e da
tecnologia atingiu o ponto dinâmico e estável em que se pode afirmar que o
processo de produção deixa de ser, de modo significativo, uma interrelação que
ocorre no processo de cooperação entre trabalho vivo e trabalho acumulado; isto
é, um estágio em que se alcançou a automatização “quase total”, no sentido em
que as máquinas produtoras são controladas por outras máquinas,
reduzindo-se o papel do trabalho sem cair, entretanto, na mera supervisão
humana produtivista. No âmbito da guerra
fria o bloco político-ideológico “comunismo” versus “capitalismo” mantém a
circuncisão nevrálgica postergando a queda do Muro de Berlim havia 28 anos, um
panóptico para designar uma penitenciária ideal, que permite a um único
vigilante observar todos os prisioneiros. Uma geração inteira não conhecia o
mundo sem ele. Havia quase três décadas, ele mantinha separados famílias e
amigos. A Alemanha eram duas, ocidental (capitalista) e oriental (comunista). A
cortina de ferro deixou de ser figurativa para ganhar uma metáfora
visível e palpável quando o Muro de Berlim foi erguido, do dia para a noite, em
13 de agosto de 1961. Eram 3,5 metros de altura, mais de 100 km de placas de
concreto, cabos de aço, cercas elétricas, torres de observação, que cercavam
inteiramente Berlim Ocidental para impedir a fuga dos alemães orientais, pois, estatisticamente
sabemos que centenas entre homens e mulheres morreram tentando, e a circulação
de espiões ocidentais.
A
abertura política da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas reconhecida
como Glasnost gerou uma onda de liberdade e mudanças no bloco comunista
da Europa. Protestos abalaram o governo da Alemanha Oriental, que foi obrigado
a anunciar a permissão de viagens para o lado ocidental. Esse anúncio levou
milhares de pessoas à fronteira dos dois lados da cidade. Os guardas não
atiraram. As pessoas começaram a atravessar para o outro lado. E a população
começou a destruir, com as próprias mãos, o Muro de Berlim. Segundo Renato
Félix, do Jornal Correio (2019) lembra a data com uma seleção de filmes
sobre o muro e a Alemanha Oriental. E lembra que este muro caiu, mas há outros
que se ergueram: na Palestina, na Hungria, na fronteira dos Estados Unidos da
América com o México. O Muro de Berlim, oficialmente reconhecido como “Muro de
Proteção Antifascista” (Antifaschistischer Schuzwal), representou uma
barreira física construída pela Alemanha Oriental durante a chamada Guerra
Fria, que circundava toda a Berlim Ocidental. Sociologicamente representou um
período de tensão geopolítica entre a União Soviética e EUA e seus respetivos aliados. Considera-se geralmente que o período
abrange a Doutrina Truman de 1947 até a dissolução da União Soviética em 1991.
Era parte na realidade existente da fronteira interna alemã.
Além
de dividir a cidade de Berlim, simbolizava a divisão do mundo em dois blocos ou
partes: República Federal da Alemanha (RFA), que era constituído pelos países
imperialistas encabeçados pelos Estados Unidos; e a República Democrática Alemã
(RDA), constituído pelos países socialistas favoráveis ao regime soviético.
Construído na madrugada de 13 de agosto de 1961, dele faziam parte 66,5 km de
gradeamento metálico, 302 torres de observação, 127 redes metálicas
eletrificadas com alarme e 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda.
Este muro era patrulhado por militares da Alemanha Oriental Socialista com
ordens de atirar para matar: a célebre Schießbefehl, ou “Ordem 101” os
que tentassem escapar, o que provocou a separação de dezenas de milhares de
famílias berlinenses. A distinta e muito mais longa fronteira interna alemã
demarcava a fronteira entre a Alemanha Oriental e a Alemanha Ocidental. Ambas
as fronteiras passaram a simbolizar a chamada “cortina de ferro” entre a Europa
Ocidental e o Bloco de Leste. Antes da construção do Muro, 3,5 milhões de
alemães orientais tinham evitado as restrições de emigração do Leste socialista
e fugiram para a Alemanha Ocidental, muitos ao longo da fronteira entre Berlim
Oriental e Ocidental. A existência, entre 1961 e 1989, o Muro quase
parou todos os movimentos de emigração e separou a Alemanha Oriental de Berlim
Ocidental por mais de um quarto de século.
Durante
uma onda revolucionária de libertação ao comando de Moscou que varreu o Bloco
de Leste, o governo da Alemanha Oriental anunciou em 9 de novembro de 1989,
após várias semanas de distúrbios civis, que todos os cidadãos da RDA poderiam
visitar a Alemanha Ocidental capitalista e Berlim Ocidental. Ocorrera uma
mobilidade social de alemães orientais que subiram e atravessaram o muro
juntando-se aos alemães ocidentais do outro lado, em uma atmosfera social de
celebração de consanguinidade. Ao longo das semanas seguintes, partes do
Muro foram destruídas por um público quase eufórico e por caçadores de
souvenirs. Mais tarde, equipamentos industriais foram usados para remover quase
o todo da estrutura. A queda do Muro de Berlim abriu o caminho para a
reunificação alemã que foi formalmente celebrada em 3 de outubro de 1990.
Muitos apontam este momento como fim da chamada Guerra Fria. Berlim incentiva a
visita do muro derrubado, tendo preparado a reconstrução de trechos do muro. A
reconstrução de trechos, está marcado no chão o percurso ideográfico que o muro
fazia quando ainda estava erguido.
Neste aspecto social o trivial não é
mais o Outro, é a experiência que constata uma diferença aparentemente fraca e,
no entanto, fundamental que distingue seu resultado das trivialidades
distribuídas pelos especialistas da cultura do futebol, não mais
designando o objeto do discurso, mas lugar praticado. Este é o
ponto de chegada de uma trajetória. Não é um estado, tara ou graça inicial, mas
algo que veio a ser efeito de poder do processo de afastamento em relação a
práticas reguladas e falsificáveis, uma ultrapassagem do comum numa posição
particular. Bem longe de se dar arbitrariamente o privilégio de falar em nome
do ordinário (ele é indizível), ou de pretender estar neste lugar geral, ou, de oferecer à edificação uma cotidianidade hagiográfica, trata-se
de atribuir à sua historicidade o movimento que reconduz os procedimentos de
análise para suas fronteiras, até o ponto em que se mudam, ou mesmo se
perturbam, pela irônica e louca banalidade que falava, mas que
desenha o ordinário em um corpo de técnicas de análise, para indicar os
deslocamentos que levam a interpretação para o lugar-comum.
Além da própria historiografia, o
conhecimento a história tem sido uma tarefa ímpar de todas as ciências sociais.
A sociologia, a economia política, a ciência política, a antropologia, a
psicologia, trabalham com questões políticas, econômicas, sociais, culturais,
religiosas, militares, demográficas e outras, que correspondem a ações,
relações, processo e estruturas tomados em algum nível da historicidade. Mesmo
as correntes de pensamento orientadas no sentido de formalizar as
interpretações, em temos de indução quantitativa ou construção de modelos,
mesmo nesses casos onde a pesquisa produz alguma explicação nova, reavalia ou
reafirma explicações vigentes, sobre os modos e os tempos da história. Também
há aqueles que formalizam e fetichizam as categorias dialéticas de pensamento,
perdendo de vista o fluxo real das ações, relações, processos e estruturas que
expressam movimentos e as modificações das gentes, grupos, classes e nações.
Uns e outros constroem mitos. Em todos os casos, a história aparece
de alguma forma, como história real ou invenção, drama ou epopeia, elegia ou
profecia. A multiplicidade de ciências e teorias relativas ao nível social, tem
dado origem a distintas interpretações como se escreve ou produz a história.
São distintas e heterogêneas a histórias do capitalismo que aparecem nas
análises de David Ricardo, Karl Marx, Florestan Fernandes, Alexis de
Tocqueville, Gilberto Freyre, Émile Durkheim, Max Weber, John Maynard Keynes, Talcott
Parsons, Eric Hobsbawm e outros.
Não só na sociologia, mas no
conjunto das ciências socais, encontram-se as mais diversas explicações sobre
como e por que se dá a mudança social, a evolução, o progresso, o
desenvolvimento, a modernização, a crise, a recessão, o golpe de classe, a
reforma, a revolução. Para explicar as transformações sociais, em sentido
amplo, o sociólogo, antropólogo, economista, politólogo, psicólogo, historiador
e outros têm buscado causas, condições, tendências, fatores, indicadores,
variáveis, e assim por diante. Ao analisar as condições sociais de formação,
funcionamento, reprodução, generalização, mudança e crise cíclica do
capitalismo globalizado, os cientistas sociais têm proposto explicações que nem
sempre se excluem. Em certos casos, umas implicam outras, ou as englobam. Em
primeiro lugar, uma interpretação que se generalizou bastante, desde os
arquétipos comparados da Revolução Industrial, estabelece que o progresso
econômico é muito mais que o resultado da “criatividade empresarial”. Isto é,
toda mudança, inovação ou modernização econômica substantiva tende a consumar a
capacidade de criação e liderança de empresários imaginosos, inventivos
ou mesmo lúdicos, capazes de articular e dinamizar os fatores da produção
preexistentes e novos. Essa interpretação tem os seus principais enunciados nos
escritos de economistas clássicos, seus pródigos discípulos e continuadores no
século XIX e XX. Os valores relacionados aos self-made man ao tycoon,
ao capitão de indústria, ao pioneiro, à identidade entre propriedade privada,
livre empresa e sociedade aberta, ligam-se à tese de que a criatividade
é a base do progresso social e humano capitalista.
O
caminho técnico a percorrer consiste em reconduzir as práticas e as línguas
científicas para seu país de origem, a “everyday life”, a vida cotidiana. Este
retorno, a cada dia mais insistente, tem o caráter paradoxal de ser também um
exílio em relação às disciplinas cujo rigor se mede pela estrita definição de
seus limites, pois seus modos de proceder, os seus objetos formais e as
condições de sua falsificação, desde que ela se fundou como uma pluralidade de
campos limitados e distintos, em suma, desde que não é mais do tipo teológico,
a ciência constituiu o todo como o seu resto, e este resto se tornou o que
agora denominamos cultura. Esta clivagem organiza a modernidade. Esta
linha divisória, aliás, mutável, continua sendo estratégica nos combates para
confirmar ou contestar os poderes das técnicas sobre as práticas sociais. Historicamente
ela separa as línguas artificiais que articulam os procedimentos do saber
e as línguas naturais que organizam a atividade significante comum. Alguns
destes debates mais profícuos que dizem precisamente respeito à relação social de
institucionalização da ciência com a cultura, precisados, e é possível indicar
suas possíveis saídas, através de duas personagens que aí se defrontam,
curiosamente próximas e antinômicas: o perito e o filósofo.
Abre
a ambos a tarefa de mediadores entre um saber e a sociedade, o primeiro
enquanto introduz a sua especialidade técnica de trabalho na área mais vasta e
complexa de decisões sociopolíticas, o segundo enquanto reinstaura,
relativamente a uma técnica particular a pertinência de interrogações gerais.
No perito, uma competência se transmuta em autoridade social; no filósofo, as
questões banais se tornam um princípio de suspeita, para lembramos de
Michel Foucault, num terreno técnico. É verdade que o perito prolifera na
sociedade contemporânea, mais do que outras, comparativamente, para se tornar a
sua figura generalizada, tensionada entre a exigência de uma crescente
especialização e a de um processo de eficácia comunicativo tanto mais
necessário, mas que pode mudar de forma e per se de conteúdo de sentido.
Mas o seu sucesso não é assim tão espetacular. A lei produtivista de uma
atribuição que é condição de eficácia simbólica e a lei social de uma
circulação que reside sob a forma do intercâmbio se contradizem dentro dele.
Mário
Jorge Lobo Zagallo é sinônimo de Copa do Mundo. Como jogador ponta-esquerda,
foi titular nas campanhas dos títulos da Seleção em 1958 e 1962. Como
treinador, guiou com distinção a conquista do tricampeonato em 1970. Em 1994,
foi coordenador técnico e conquistou o tetracampeonato com Carlos Alberto Gomes
Parreira, um talentoso treinador que participou de Copas do Mundo FIFA por
cinco Seleções diferentes, sendo também o técnico brasileiro que mais dirigiu
Seleções de outros países: seis ao todo, em dez passagens. Nascido em Atalaia,
Alagoas, Zagallo se mudou com a família para o Rio de Janeiro antes mesmo de
completar um ano de idade. Na tradicional Tijuca, bairro da Zona Norte, iniciou
sua démarche gloriosa nos campos de futebol. Engenhoso com a bola nos
pés, garantiu vaga na peneira do time infantil do América F. C. e, também na
equipe juvenil. Aos 19 anos quando ainda era soldado da Polícia do Exército,
Zagallo iniciava com um gosto amargo da derrota, a relação duradoura que teria
com a Seleção Brasileira no Maracanazo da Copa do Mundo de 1950, o Velho
Lobo era responsável pela segurança do estádio carioca. E, aos 34 da etapa
final, viu o jogador Gigghia coroar a seleção do Uruguai campeão do mundo sobre
o fabuloso Brasil.
Único treinador tetracampeão
mundial, Zagallo disputou sete Copas do Mundo. Chegou à final em cinco,
sendo vice-campeão diante da França, no fatídico 12 de julho de 1998. - Há uma
dificuldade natural para dimensionar o nível de craque que o Zagallo se tornou.
O fato de jogar ao lado de Pelé e Garrincha ofuscaria o brilho de qualquer
outro que não tivesse a estatura dos gênios. Não seria diferente com Zagallo,
relatou Vanderlei Borges, autor da obra Um Vencedor, em parceria com
Luiz Augusto Erthal. A FIFA também lançou um documentário em homenagem aos 90
anos de Zagallo. Contando com a presença de Pelé, Parreira, Jairzinho,
Rivellino, Dunga, Bebeto, Ronaldo e do técnico português José Mourinho, o
primeiro episódio ocorreu no canal da entidade no Youtube. Zagallo
possui uma relação íntima com outros dois clubes do Rio de Janeiro, além do
América. No Clube de Regatas Flamengo, recebeu sua primeira oportunidade em
1950. Apelidado de “Formiguinha” na passagem pela Gávea,
conquistou um tricampeonato carioca nos oito anos que jogou no clube rubro-negro.
Foram
250 jogos e 29 gols marcados. Naquela conjuntura, diferente de nossa
contemporaneidade, jogador de futebol era sinônimo de vagabundagem.
Talvez por isso Zagallo tenha escondido de Alcina “como realmente ganhava a
vida”. Mal sabia que ela seria sua futura mulher e companheira em longa duração
dos 57 anos de casamento. São cinco filhos do casal, que comemoram o matrimônio
em 13 de janeiro de 1955. O número é uma das marcas de Zagallo em sua
passagem no futebol. Alcina morreu aos 80 anos, em 2012, de complicações
respiratórias. Três anos após o casamento, Zagallo conheceu seu segundo amor.
Convocado pelo técnico Vicente Ítalo Feola (1909-1975), disputou como titular
na ponta-esquerda a Copa da Suécia, em 1958. Autor de um gol e uma assistência
no 5 a 2 brasileiro sobre os donos da casa, o Velho Lobo também ajudou
defensivamente. Impediu o 2 a 0 rival tirando uma bola em cima da linha. No
regresso ao Brasil, deixou as cores rubro-negras do Flamengo e vestiu o
alvinegro botafoguense. A tentação por jogar com ídolos como Mané Garrincha,
Didi e Nilton Santos pesou na decisão. Em General Severiano, no bairro de São
Cristóvão conquistou o bicampeonato carioca de 1961-62, o Torneio de
Paris e outros títulos. O Estádio de General Severiano foi um estádio de
futebol situado no bairro de Botafogo. O estádio pertencia ao Botafogo de
Futebol e Regatas e era muito utilizado antes da construção do Maracanã.
O
maior artilheiro do estádio é Carvalho Leite, com 101 gols em 90 jogos. O campo
foi construído em 1912 e inaugurado em 13 de maio de 1913 em partida válida
pelo Campeonato Carioca de Futebol, contra o Clube de Regatas Flamengo. Vitória
botafoguense por 1 a 0, gol de Mimi Sodré. Em 1937, quando começou a “Campanha
do Cimento”, que consistia num Livro de Ouro para doações de torcedores, a
reconstrução foi concluída em 1938 e o antigo uso de campo, ainda com
estruturas de madeira foi reinaugurado como estádio, estrutura de
cimento, em 28 de agosto do mesmo ano. Na cerimônia realizada antes do
primeiro jogo, um mapa do Brasil foi desenhado no centro do gramado com terra
originada de cada estado do país. O jogo foi contra o Fluminense e Botafogo
venceu por 3 a 2. Neste estádio o Botafogo decidiu o Campeonato Carioca de
1934, contra o Andarahy, vencendo o jogo por 2 a 1. O Botafogo também decidiu o
Campeonato Carioca de 1948, contra o Vasco da Gama, vencendo o jogo por 3 a 1,
com o estádio lotado por aproximadamente 20.000 pessoas. O estádio foi demolido
quando o clube perdeu a posse do terreno na década de 1970. A última partida
neste estádio deu-se em 30 de novembro de 1974, empate em 2 a 2 com o
Madureira. Em 1975, recebeu a primeira edição do Hollywood Rock, que
gerou o documentário Ritmo Alucinante.
Em
1977, a sede foi vendida para a Companhia Vale do
Rio Doce; o clube na época era presidido por Charles Macedo Borer. Com a venda
da sede, o futebol do Botafogo foi para o subúrbio de Marechal Hermes, e como o
antigo estádio foi demolido, lá foi construído um novo. No início da década de
1990, o clube readquiriu o terreno, através de permuta pela área do seu ginásio
coberto no Mourisco, na Praia de Botafogo. Com o terreno, retomou posse do
casarão que foi sua antiga sede e se encontrava em estado de ruína - um
processo de tombamento como patrimônio histórico da cidade impedira a Companhia
Vale do Rio Doce de colocá-la abaixo para construir um edifício- sede da
companhia. O Botafogo, em parceria com uma empreiteira, recuperou inteiramente
o palacete e ergueu no terreno do antigo estádio um shopping center, o atual
Casa e Gourmet Rio, antigo Rio Plaza e Rio Off-Price, em cuja cobertura
estão o seu campo de treinos que leva o nome do antigo craque Nílton Santos, o
moderno Centro de Treinamento João Saldanha, homenagem ao falecido jornalista e
treinador que levou o clube ao título de campeão carioca em 1957, a
concentração da equipe profissional com uma dúzia de apartamentos, além de um
ginásio de basquete e vôlei, três piscinas para sócios, quadras polivalentes,
restaurante e outros equipamentos. A reinauguração do novo complexo sócio
esportivo, em 22 de janeiro de 1992, marcou um forte revigoramento do Botafogo
no cenário nacional e internacional. Em 2003, foi construído o Centro de
Treinamentos João Saldanha, para o profissional do
estádio.
João Saldanha
nasceu no Alegrete, no estado do Rio Grande do Sul, no dia 3 de julho de 1917.
Sua família envolveu-se na Revolução de 1923 e Saldanha, aos 6 anos, ajudava no
contrabando de munição entre Brasil e Uruguai. No mesmo ano, a família
refugiou-se em Rivera. Ao fim do conflito, os Saldanha voltaram para o Rio
Grande do Sul e, no ano seguinte, foram para o Paraná. Após percorrer várias
cidades do interior, decidiram se instalar em Curitiba. O primeiro grande
contato de João Saldanha com o futebol aconteceu ali, pois a casa comprada por
Gaspar Saldanha, seu pai, ficava a dois quarteirões do campo do Atlético
Paranaense, onde sempre ia assistir aos treinos das divisões de base,
permitindo a proximidade do garoto com o futebol. Além disso, a casa da família
em Curitiba permitia uma integração com toda a garotada da vizinhança, que
organizava times, campeonatos, jogos, enfim, tudo dentro do estilo de vida da
expansão urbana e das novas modas citadinas. Ali, João completaria o primário na
mesma escola de um garoto que ainda seria importantíssimo personagem na
história nacional como presidente da República: Jânio Quadros. Em 1928, a
família voltou para o Rio Grande do Sul, com o pai de Saldanha aliando-se a
Getúlio Vargas. Quando este tornou-se presidente do Brasil, a família foi para
o Rio de Janeiro, onde Gaspar ganhou um cartório.
Filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro com pouco tempo estabilizado no Rio e engajou-se em muitas campanhas do partido. Logo mais, se tornaria um dos mais ferrenhos opositores da ditadura militar brasileira e figura de destaque no "Partidão". Tornou-se secretário-geral da União da Juventude Comunista, chegando a ser mantido preso e fichado no DOPS em 1947. Jogou futebol profissionalmente por uns poucos anos no clube carioca do Botafogo. Formou-se em Direito pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro. Estudou Jornalismo tornando-se um dos mais destacados cronistas esportivos brasileiros, começando a carreira em 1960. Incentivado por amigos e por sua esposa, Ruth que era irmã do jornalista Rui Viotti, aceitou o convite para fazer um teste para integrar a equipe da Rádio Guanabara, atual Bandeirantes AM, montada por Édson Leite. A partir daí, acumulou passagens marcantes pelas rádios Nacional, Globo, Tupi e Jornal do Brasil, TVs Rio, Manchete e Globo, onde apresentou seus comentários esportivos no programa Dois Minutos com João Saldanha e assinou colunas nos jornais Última Hora, O Globo, Jornal do Brasil e revista Placar. Com toda sua experiência vivida no futebol, “não media palavras ao criticar jogadores, treinadores e dirigentes, conquistando fãs e desafetos”. Entre 1939 e 1940, Saldanha foi o intérprete no Botafogo do técnico húngaro Dori Kürschner (1885-1941), com quem aprendeu sobre tática no futebol. Foi diretor de futebol do clube a partir de 1944, com um intervalo entre 1949 e 1956, período em que esteve clandestino engajado dirigente do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Saldanha foi contratado em 1957 como técnico do Botafogo, apesar de sua falta de experiência.
O
clube conquistou o campeonato estadual daquele ano, em uma final histórica, em
que goleou o consagrado Fluminense por 6x2, com um time que contava com extraordinários
jogadores Garrincha, Didi e Nílton Santos. Em 4 de fevereiro de 1969, ele foi
anunciado como novo treinador da seleção nacional. O presidente da Confederação
Brasileira de Desportos (CBD), João Havelange, mavioso, alegou que o contratou
na esperança de que os jornalistas fizessem menos críticas à seleção nacional,
tendo um deles como técnico. Na Copa do Mundo de 1966, uma das principais
críticas da imprensa carioca era justificada pela falta de um time-base.
Saldanha tentou resolver esse problema, convocando um time formado em sua
maioria por jogadores do Santos e do Botafogo, os melhores times competitivos da
conjuntura, e os conduziu a 100% de aproveitamento em seis jogos de
qualificação (eliminatórias). De uma frase sua, quando teria dito que
convocaria somente “feras”, surgiu a expressão As feras do Saldanha,
para designar aquela seleção. Graças ao seu trabalho, a seleção brasileira
reconquistaria a autoestima e a confiança do torcedor, que tinha perdido depois
da pífia campanha de 1966. O time de Saldanha, que se destacou nas
eliminatórias, contra Venezuela e Paraguai, com a dupla Tostão e Pelé, estava
mesclado com jogadores do Santos, Botafogo e Cruzeiro. Ideia interdisciplinar
de João Saldanha, aproveitando o entrosamento dos jogadores em seus respectivos
clubes, e que formavam um esquema tático 1-4-2-4 bem estruturado. O time
brasileiro de Saldanha era: Felix, Carlos Alberto Torres, Djalma
Dias, Joel e Rildo; Piazza e Gerson; Jairzinho, Tostão, Pelé e Edu.
Vicente
Feola é o recordista em partidas no comando do São Paulo, com 532 jogos à
frente do clube, e o primeiro brasileiro a levar o Brasil ao título da Copa do
Mundo, em 1958. Paulistano do Brás e filho de imigrantes italianos de
Castellabate, cidade a 126 km ao Sul de Nápoles, foi aluno do Coração de Jesus.
Como jogador profissional defendeu os clubes São Paulo, o Auto Sport Club e o
Americano, de São Paulo. Iniciou a atividade de treinador na Portuguesa
Santista e comandou o São Paulo por diversas vezes desde 1937. Muito ligado ao
clube, foi o treinador reconhecido que mais vezes ocupou esse cargo, em oito
oportunidades. E permanece como o recordista em número de partidas à frente do
Tricolor, em seu comando pela primeira vez em 1937, ficando apenas um ano no
clube. Porém, faria realmente história no clube na década de 1940. Foram dois
anos em sua passagem mais duradoura pelo São Paulo Futebol Clube, entre 1947 e
1950. Conseguindo convencer o Diamante Negro, o jogador Leônidas da Silva, a
ficar no clube e não se aposentar, Feola comandou um timaço, que tinha nomes
como Mauro Ramos, Bauer, Rui, Noronha, Remo, Teixeirinha, Friaça à um
bicampeonato estadual, numa época onde o campeonato tinha como regra disputar partidas
por pontos corridos. Sua última passagem pelo clube seria quando treinou o
clube entre 1959 e 1960. Feola esteve à frente do São Paulo por 532 vezes, com
299 vitórias, 106 empates e 127 derrotas.
Em
1954, o São Paulo cedeu-o, por empréstimo, para atuar no Esporte Clube XV de
Novembro nas últimas partidas da primeira divisão do Campeonato Paulista,
ajudando o XV a permanecer na Série A. Durante o ano de 1961, comandou o Boca
Juniors. Deixou o cargo de comandante do time azul e amarelo após 68 partidas
disputadas, sendo 30 oficiais e 38 amistosos. Ipso facto, João
Havelange, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBD) é a entidade
máxima do futebol no Brasil. Foi fundada em 8 de junho de 1914, sob a
denominação Federação Brasileira de Sports, resolveu apostar em um técnico do
futebol paulista pela primeira vez. Feola foi escolhido em fevereiro de 1958
como treinador da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo daquele ano. A
primeira partida de Vicente Feola no comando da Seleção Brasileira aconteceu no
dia 4 de maio de 1958, pouco tempo antes do embarque para a Suécia, onde o
Brasil goleou o Paraguai por 5 a 1, em jogo válido pela Taça Oswaldo Cruz.
Contrariando a CBD, habilmente bancou a convocação de Pelé, mesmo depois que
ele se contundiu em um amistoso contra o Corinthians, antes do embarque para a
Suécia. A equipe sagrou-se campeã do torneio pela primeira vez. Feola seria o
treinador para a Copa do Mundo de 1962, mas adoeceu e foi substituído por
Aymoré Moreira, um treinador e futebolista brasileiro, que atuou como goleiro.
Era irmão de Zezé e Ayrton Moreira, também treinadores de futebol.
O
International Football Association Board (IFAB), órgão que trata das
regras do método de futebol, last but not least, aprovou por unanimidade
o uso de árbitros assistentes de vídeo (VARs), na sua 132ª Reunião Geral Anual
(AGM), realizada em Zurique. O evento histórico foi liderado pelo presidente da
FIFA, Gianni Infantino. Giovanni Vincenzo Infantino é um advogado e dirigente
desportivo suíço-italiano. Desde 26 de fevereiro de 2016 dirige a entidade
máxima do futebol mundial, a FIFA, sucedendo Joseph Blatter. Foi
secretário-geral da UEFA de 2009 a 2016. O VAR é composto por um conjunto de
câmeras que transmitem comunicativamente as imagens para uma sala isolada do
campo, onde assistentes de vídeo podem rever as jogadas. Existem apenas quatro
tipos de lances que podem ser revistos. Esta assistência pode ocorrer a pedido
do árbitro, em caso de dúvidas em uma das jogadas in loco que podem ser
revistas, ou caso os assistentes observem um lance duvidoso e comuniquem o juiz
da partida através do fone de ouvido. Neste momento, os assistentes de vídeo
reproduzem as imagens em seus monitores e transmitem suas conclusões ao
árbitro. É este último que toma a decisão final. Pode fazê-lo depois de também
consultar as imagens em um monitor localizado na lateral ou confiar
exclusivamente no critério dos assistentes. Os assistentes asseguram que a
decisão correta seja tomada. Uma das funções do VAR é, segundo o site da FIFA,
“ajudar o árbitro a determinar se houve alguma infração que impeça de validar o
gol”.
Inicialmente,
pensava-se que o VAR não poderia corrigir o impedimento, porque este não é
mencionado nas quatro situações: gols, pênaltis, cartões vermelhos e erros de
identidade, mas, na verdade, o sistema está habilitado para reverter qualquer
ação técnica que possa ter influenciado um gol. Neste caso, dizem os
especialistas, o ritmo do jogo não é atrasado, porque o gol em si já paralisa
a partida. Em março de 2015, Serge Aurier, lateral do Paris Saint-Germain
Football Club, foi o primeiro jogador punido pela UEFA por comentários feitos
nas redes sociais, recebendo três jogos de suspensão. Desfalque por lesão
contra o Chelsea, “o lateral marfinense publicou em sua página na rede social
Facebook um vídeo em que aparece comemorando a classificação parisiense e
xingando o árbitro. Aurier, porém, pediu desculpas pouco após o incidente”. O
projeto do árbitro de vídeo é brasileiro e foi criado por Manoel Serapião Filho,
com o apoio da Comissão de Arbitragem da CBF e da Escola Nacional de Arbitragem
de Futebol (ENAF).
Sua
aprovação pela FIFA representa uma nova era para o futebol, com o uso da
tecnologia para árbitros, ajudando a aumentar a integridade e a justiça no
jogo. Antes de tomar sua decisão, os membros da International Football
Association Board receberam os resultados da análise independente do uso de árbitros
assistentes de vídeos, realizados pela Universidade Católica de Lovaina desde seu
início em 2016. A filosofia do árbitro de vídeo tem como parti pris
“interferência mínima, benefício máximo” e visa à redução da injustiça causada empiricamente
por certos “erros claros e óbvios” normalmente nas seguintes situações representadas:
Gol/Não gol; Penalidade/Sem penalidade; Cartão vermelho direto; Identificação
equivocada. Os princípios de um “Programa de Assistência e Aprovação de
Implementação” de arbitro de vídeo (VAR), supervisionados pelo IFAB em conjunto
com a FIFA, foram aprovados para assegurar consistência, aprimoramento e
qualidade nas competições de futebol que desejam usar o recurso
técnico-científico. Foi aprovado um manual para consulta preliminar, contendo
protocolo, princípios e requisitos obrigatórios para permitir o rigoroso e
legítimo processo de aprovação obrigatória.
Bibliografia
Geral Consultada.
MICHELENA, José Augustín Silva, Crise no Sistema Mundial: Política e Blocos de Poder. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1977; DURAND, Gilbert, As Estruturas Antropológicas do Imaginário. Introdução à Arquetipologia Geral. São Paulo: Editora Martins Fontes, 1997; TOLEDO, Luiz Henrique de, Lógicas do Futebol. Dimensões Simbólicas de um Esporte Nacional. Tese de Doutorado. Departamento de Antropologia. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2000; ANDREWS, David; JACKSON, Steven, Sports Stars: The Cultural Politcs of Sporting Celebrity. Londres: Routledge, 2001; SODRÉ, Muniz, Mandinga Cuerpo. Colômbia: Ediciones Manati, 2002; VALENTE FILHO, Jayme Pimenta, Mario Jorge Lobo Zagallo: Uma História de Vida. Tese de Doutorado. Faculdade do Porto. Universidade do Porto, 2006; COUTO, Euclides de Freitas, Jogo de Extremos: Futebol, Cultura e Política no Brasil (1930-1978). Tese de Doutorado em História. Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2009; REIS, Pedro Henrique Baptista, The Twilight Zone, Utopia e Construção da Identidade: Em Outros Mundos Seremos Outros Homens? Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social. Faculdade de Comunicação Social. Porto Alegre: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2014; LELOUP, Jean-Yves, Une Danse Immobile. Paris: Éditions Du Relie, 2015; SWIFT, Jonathan, Viagens de Gulliver. 20ª edição. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2018; FIDALGO, Gabriel; GURGEL, Anderson, “Talvez o maior legado da Copa do Mundo foi criar uma Consciência”. In: Communicare. São Paulo, Vol. 18.1, pp. 14-32, 2018; SWIFT, Jonathan, Viagens de Gulliver. 20ª edição. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2018; PITTA, Danielle Perin Rocha, “Imaginário Derivações de Métodos no Brasil”. In: Téssera. Uberlândia, MG, vol.1, n°1, pp.154-172, jul./dez. 2018; CARVALHO, José Murilo de, Cidadania no Brasil: O Longo Caminho. 27ª edição ampliada. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 2021; MARKOVSKY, Barry, “Como número 13 se tornou símbolo de má sorte na cultura ocidental”. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/14/12/2022; LIMA, Felipe Benicio de, O Neodistópico: Metamorfoses da Distopia no Século XXI. Tese de Doutorado. Programa de Pós- Graduação em Linguística e Literatura. Faculdade de Letras. Maceió: Universidade Federal de Alagoas, 2022; entre outros.
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