quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Francisco Milani – Vida Artística & Consagração dos Mal-humorados.

                            Conhecer o homem - esta é a base de todo o sucesso”. Charles Chaplin

            Filho de Donato Milani e Fernanda Ferreira, Francisco Milani nasceu e foi criado no bairro do Belenzinho na capital paulista. Sua família transferiu-se para o Rio de Janeiro já na sua adolescência. O ator foi casado por duas vezes, uma delas com a atriz Joana Fomm. É pai do cineasta e diretor de telenovelas Carlo Milani. A viúva de Chico Anysio, Malga Di Paula, em 2021 concedeu uma entrevista ao programa A Noite é Nossa, da TV Record e, quando perguntada quais eram os artistas que Chico mais gostava declarou que ele adorava Francisco Milani, Rogério Cardoso e Tom Cavalcante. Milani faleceu em 13 de agosto de 2005, aos 68 anos, no Hospital Barra d`Or, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, devido a um edema pulmonar agudo, consequência de câncer retal metastático. Atendendo a seu desejo o velório foi curto, durando duas horas apenas. Além de sua família, estavam presentes integrantes do elenco dos programas “A Grande Família” e “Zorra Total”, além de outros atores. O velório terminou com todos cantando o hino da Internacional Socialista e o hino do Corinthians, seu time do coração. O Sport Club Corinthians Paulista, comumente referido como Corinthians, é um clube poliesportivo brasileiro da cidade de São Paulo, capital do estado de São Paulo. Foi fundado como equipe de futebol 1° de setembro de 1910 por um grupo de operários

A carreira artística de Francisco Milani começou aos 14 anos de idade como office-boy de uma rádio da cidade de Piracicaba. Além disso, foi discotecário, sonoplasta, pianista e locutor. Era locutor da Rádio Tupi quando recebeu um convite de um diretor de TV para fazer um teste para atuar e acabou passando iniciando sua carreira na televisão. Muda-se para o Rio de Janeiro em 1959 para inaugurar a TV Continental. Seu objetivo era passar alguns dias para estabelecer algumas atividades da emissora, porém, acaba se encantando com a cidade permanecendo nela. Convidado pelo dramaturgo Oduvaldo Vianna Filho (1936-1974), foi trabalhar no Centro Popular de Cultura (CPC), na União Nacional dos Estudantes (UNE), tendo presenciado a invasão e o incêndio do mesmo. Devido ao endurecimento da ditadura civil-militar brasileira (1964-1984), foi embora de São Paulo e acabou interrompendo sua carreira artística por oito anos. O escritor e humorista Jô Soares (1938-2022) relata em sua autobiografia (2018) que, por Milani ser filiado ao Partido Comunista, foi perseguido pelos órgãos de repressão e que teria conseguido fugir com ajuda de Cyro del Nero (1931-2010) no porta-malas de um carro. Trabalhou como caminhoneiro, nesse período, para despistar seu paradeiro cotidiano no âmbito da arte e da micropolítica do dia a dia. Na década de 1970, viajou para o Rio de Janeiro, cidade em que passou a viver e na qual retomou sua vida política e artística.

A cena pública retratava a luta estudantil contra os governos autoritários, com o  golpe de Estado de 1° de abril de 1964 contra o governo popular democrático de João Belchior Marques Goulart (1919-1976), teve início nos primeiros momentos do golpe civil-militar. As atividades ideológicas e sociais da “elite orgânica”, na expressão de René Dreifuss (1981: 231 e ss.), consistiam em doutrinação geral e doutrinação específica, ambas coordenadas com atividades político-ideológicas amplas no Congresso nacional bicameral, adotado em razão da forma de Estado (federação), buscando equilibrar o peso político das unidades federativas, sindicatos, movimento estudantil e clero. A doutrinação geral visava a apresentar as abordagens da elite política aos responsáveis por tomadas de decisão políticas e ao público em geral, assim como causar um impacto ideológico em públicos selecionados e no aparelho do Estado. A doutrinação geral através da mídia era realizada pela ação encoberta e ostensiva, de forma defensiva e defensiva-ofensiva, onde conflitos e tensões subsistem de forma necessária. Não há alternativas senão na confiança recíproca. Constituía-se basicamente numa medida neutralizadora. Visava infundir ou fortalecer atitudes e pontos de vista tradicionais na esfera de ação política de direita e estimular percepções negativas do bloco popular nacional-reformista. No ordenamento jurídico, dentro ou fora do Brasil, a abordagem pessoal por qualquer agente público de segurança só é permitida quando há razões, concretas e objetivas, para a suspeita de que o indivíduo esteja com bem ilícito, ou praticando algum desvio ou delito sobre um conjunto de práticas e saberes sociais.

Ela atacava o comunismo, o socialismo, a oligarquia rural e a falsa ideia de “corrupção” do populismo. No aspecto positivo, argumentava que a prosperidade do país e a melhoria dos padrões de vida do povo se deviam à iniciativa privada e não se deviam, certamente, a métodos socialistas ou à inversão do Estado na economia. Sua abordagem negativa podia ser vista na sua utilização de uma mesclagem de técnicas sofisticadas e uma grosseira propaganda anticomunista, constituindo uma pressão ideológica, que explorava representativamente o chamado “encurralamento pelo pânico organizado”. O objetivo geral da doutrinação específica era modelar as várias frações das classes dominantes e diferentes grupos sociais das classes médias em um momento de opinião com objetivos em curto prazo amplamente compartilhados, qual seja, a destituição de João Belchior Marques Goulart (1919-1976), reconhecido popularmetne como Jango, da presidência da República Federativa do Brasil e a contenção da mobilização popular, às demandas históricas das esquerdas, pregadas por ele mesmo: as reformas de base. A elite social publicava, diretamente ou através das editoras, uma série de trabalhos, incluindo livros, panfletos, periódicos, jornais, revistas e folhetos. Saturava o rádio e a televisão com mensagens ideológicas.

Oficializada a Ação Católica Brasileira, os núcleos de militantes cristãos foram se desenvolvendo de forma desigual. A Ação Católica por meio específico: operária, estudantil, universitária, agrária e independente, chamada também de Ação Católica Especializada, foi se firmando cada vez mais no setor de jovens. Tanto assim que, em 1948, a Comissão Episcopal de Ação Católica aprovava oficialmente a Juventude Operária Católica como ramo fundamental da ACB e organismo de âmbito nacional, com um assistente eclesiástico e equipe com sede no Rio de Janeiro. Em 1943, começou a se delinear dentro da ACB uma nova maneira de encarar a organização do laicato. Essa nova orientação baseava-se nos princípios já difundidos na Europa do padre Josef Léon Cardjin (1882-1967), para quem “era impossível promover uma reforma espiritual profunda dos indivíduos sem uma reforma concomitante do meio em que viviam e trabalhavam”.  A Ação Católica Brasileira era então dirigida por Alceu Amoroso Lima (1893-1983), com a participação de outros intelectuais católicos, muitos dos quais ligados ao integralismo e à Ação Integralista Brasileira (AIB), que fora extinta em 1937 - assim como todos os partidos políticos -, após a instauração do Estado Novo (1937-1945). Opondo-se à nova orientação da Ação Católica Brasileira, o grupo liderado por Plínio Correia de Oliveira (1908-1995), jornalista e líder católico, desligou-se em 1943 da organização. 

No pós-guerra, com a derrota do fascismo, a liberação da Europa e a crescente influência de pensadores católicos humanistas - como Emmanuel Mounier, Teilhard de Chardin e Jacques Maritain - além das visitas ao Brasil, na década de 1950, do Padre Louis Joseph Lebret (1897-1966), dominicano francês ligado ao movimento Economia e Humanismo, o pensamento social católico brasileiro sofreu inúmeras transformações. Em 1947, o padre Hélder Câmara assumiu o cargo de assistente eclesiástico da Ação Católica Brasileira. Em 1950, logo em seguida à IV Semana Nacional de Ação Católica, celebrada em julho daquele ano, a Comissão Episcopal de Ação Católica, estabelecia novos estatutos para a ACB. Aos poucos, movimentos sociais de influência masculinas e movimentos sociais de influência femininas fundem-se num conjunto de práticas e saberes sociais para moços e moças. Em 1952, um fato político novo veio influir na atuação da ACB. Foi criada a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB, da qual dom Hélder Câmara era o secretário-geral. De certo modo, portanto, a CNBB brotou da ACB, e vários integrantes da CNBB haviam trabalhado na ACB como assistentes, e ainda permaneciam em contato com a entidade. Essa ligação estreita com a CNBB alterou a relação institucional da ACB com a hierarquia católica, deixando de depender das diretrizes ditadas individualmente por cada bispo para tratar com um órgão de representação nacional, aumentando assim sua autonomia de ação.

No início dos anos 1960, já sob o pontificado de João XXIII, o Concílio Vaticano II, convocado no dia 25 de dezembro de 1961, através da bula papal “Humanae salutis”, pelo Papa João XXIII. Este mesmo Papa inaugurou-o, a ritmo extraordinário, no dia 11 de outubro de 1962, realizado em 4 sessões, só terminou no dia 8 de dezembro de 1965, já sob o papado de Paulo VI, o que suscitou uma cisão ideológica da Igreja do Brasil, em uma corrente interpretada política e espacialmente mais à esquerda, liderada por Dom Hélder Câmara, e outra mais à direita, ligada a Dom Jaime de Barros Câmara e Dom Vicente Scherer. Como aparelho ideológico de Estado a Ação Católica contava então com cinco organizações destinadas aos mais jovens: a Juventude Agrária Católica (JAC), formada por jovens do campo, a Juventude Estudantil Católica (JEC), formada por jovens estudantes do ensino médio (secundaristas), a Juventude Operária Católica (JOC), que atuava no meio operário, a Juventude Universitária Católica (JUC), constituída por estudantes de nível superior e a Juventude Independente Católica (JIC), formada por jovens que não fossem abrangidos pelas organizações anteriores. As mais conhecidas são a JEC, JOC e JUC. O crescente envolvimento do movimento estudantil na discussão dos problemas nacionais e das chamadas reformas de base, tais como a reforma agrária, acabou por engendrar a criação de uma organização política desvinculada da Igreja - a Ação Popular, constituída por antigos membros da JUC. Em 30 de abril de 1963, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) pedira reformas urgentes, inserindo-se na discussão sobre as reformas de base, lançadas pelo governo. Vale lembrar que do ponto de vista ideológico a Igreja Católica, em seu conjunto, chegou dividida ao golpe político-militar de 1° de abril de 1964.

De um lado, os movimentos leigos da Ação Católica, comprometidos com vários movimentos de transformação social - Movimento de Educação de Base (MEB), Movimento Popular de Cultura (MPC) do Recife, Campanha de Educação Popular (CEPLAR) da Paraíba, etc. - destacando-se a experiência alfabetizadora de Paulo Freire, também com forte presença de cristãos. De outro lado, as Marchas da Família com Deus pela Liberdade, nome comum de uma série de manifestações públicas ocorridas entre 19 de março e 8 de junho de 1964 no Brasil em resposta ao ideário comunista representado pelas ações dos grupos progressistas e pelo discurso político em comício realizado pelo então popular presidente da República João Goulart (1919-1976) em 13 de março daquele mesmo ano. Na data, o mandatário assinou dois decretos, permitindo a desapropriação de terras numa faixa de 10 km às margens de rodovias, ferrovias e barragens e transferindo para a União o controle de cinco refinarias de petróleo que operavam no país. Além disso, prometeu realizar as reformas de base, uma série de mudanças administrativas, agrárias, financeiras e tributárias, garantindo justiça social. Com discurso insuflando, promoveu a insubordinação, incitando os sargentos da marinha a amotinar-se nos quartéis, isto é, João Goulart antecipou politicamente tanto uma reforma urbana, quanto as condições e possibilidades da implementação de “um imposto sobre grandes fortunas”. Na chamada Guerra Fria e polarização entre os Estados Unidos e a União Soviética, estas ideias foram vistas como “um passo na direção do processo de concretização da revolução brasileira”.

Frei Tito de Alencar Lima, por exemplo, nasceu em Fortaleza, em 14 de setembro de 1945 e morreu enforcado em Éveux, em 10 de agosto de 1974. Foi um frade católico alvo de perseguição militar após ser “fichado pela polícia devido a sua participação no Congresso clandestino da União Nacional dos Estudantes (UNE), no ano de 1968”. Nasceu em Fortaleza e estudou no Liceu do Ceará. Sua militância se iniciou na União Cearense de Estudantes Secundaristas e, em 1963, mudou-se para Recife, após ser escolhido como dirigente regional da região nordeste da Juventude Estudantil Católica (JEC). Em 1966, ingressou no noviciado dos dominicanos em Belo Horizonte, e fez a profissão dos votos no ano seguinte. Em 1968 mudou-se para São Paulo para estudar filosofia na Universidade de São Paulo e no mesmo ano, no dia 12 de outubro, foi preso por participar do 30º Congresso da União Nacional dos Estudantes, em Ibiúna, após se tornar alvo de perseguição da ditadura militar. Foi preso pela segunda vez dia 4 de novembro de 1968 junto com outros companheiros da ordem dos dominicanos pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury, do Departamento de Ordem Política e Social.

Nessa ocasião foi acusado junto aos outros presos, de manter contatos com a Ação Libertadora Nacional e seu dirigente, Carlos Marighella, um dos principais organizadores da luta armada contra a ditadura. Lá, Frei Tito foi submetido à palmatória e choques elétricos. Posteriormente foi transferido para o Presídio Tiradentes, onde permaneceu até 17 de fevereiro de 1970 e, em seguida, nas mãos da Justiça Militar, foi levado para a sede da Operação Bandeirantes (Oban). Na prisão, Frei Tito escreveu sobre a tortura com a qual conviveu, quando este documento se transformou em um símbolo da luta pelos direitos humanos. Em dezembro de 1970, foram incluídos na lista de presos políticos trocados pelo embaixador suíço Giovanni Enrico Bucher (1913-1992), sequestrado pela Vanguarda Popular Revolucionária, um grupo de luta armada brasileira de extrema-esquerda que lutou contra a implantação da ditadura civil-militar brasileira, visando à instauração de um governo de cunho socialista no país. Frei Tito foi banido do Brasil pelo governo militar de Emílio Garrastazu Médici seguindo para o Chile. Sob a ameaça de novamente ser preso, fugiu para a Itália. De Roma, foi para Paris, onde recebeu apoio político e afetivo dos religiosos dominicanos, para lembrarmos de Frei Betto. Traumatizado pela tortura, Frei Tito submeteu-se a um tratamento psiquiátrico e, no dia 10 de agosto de 1974, infelizmente cometeu suicídio.

No dia 1º de abril de 1964 a sede da União Nacional dos Estudantes (UNE) foi invadida e incendiada por militares comandados pelo presidente cearense marechal Humberto Castelo Branco. A Lei Suplicy de Lacerda, decretada em novembro de 1964, colocou a UNE na clandestinidade. O novo regime político organizado em abril de 1964 tinha no movimento estudantil um forte elemento de antagonismo, razão por que o governo procurou substituir as entidades estudantis existentes, regidas pelo Decreto Café Filho, de 1955, por outras, controladas direta ou indiretamente pelo Ministério da Educação. O instrumento criado pelo Estado de Exceção dessa tentativa de controle foi baseado na Lei nº 4.464, de 9 de novembro de 1964, reconhecida como Lei Suplicy, devido ao nome do ministro da Educação que a patrocinou, Flávio Suplicy de Lacerda. Os acontecimentos posteriores a 1968, quando o regime assumiu sua feição ditatorial por meio do AI-5, fizeram com que se desse pouco importância à natureza da violência surgida a partir de do golpe de Estado de 1964 e ao modo como ela foi enfrentada pelo governo Castello Branco (1964-1967). Ali estava a gênese da tortura e, frequentemente coberta pela definição imprecisa do conceito nas “legislações de organizações militares”, sobretudo, de uma política que arruinaria as instituições políticas e militares do país.

Art. 1º: - Os órgãos de representação dos estudantes de ensino superior, que se regerão por esta Lei, têm por finalidade: a) defender os interesses dos estudantes; b) promover a aproximação e a solidariedade entre os corpos discente, docente e administrativo de ensino superior; c) preservar as tradições estudantis, a probidade da vida escolar, o patrimônio moral e material das instituições de ensino superior e a harmonia entre os diversos organismos da estrutura escolar; d) organizar reuniões e certames de caráter cívico, social, cultural, científico, técnico, artístico, e desportivo, visando o aprimoramento da formação universitária. Art. 2º - São órgãos de representação dos estudantes de ensino superior: a) o Diretório Acadêmico (D.A.), em cada estabelecimento de ensino superior; b) o Diretório Central de Estudantes (D.C.E.), em cada Universidade; c) o Diretório Estadual de Estudantes (D.E.E.), em cada capital de Estado, Território ou Distrito Federal, onde houver mais de um estabelecimento de ensino superior; d) o Diretório Nacional de Estudantes (D.N.E.), com sede na Capital Federal, no Rio de Janeiro. E, o principal, Art. 14. É vedada aos órgãos de representação estudantil qualquer ação, manifestação ou propaganda de carácter político-partidário.

Francisco Milani estreia na Rede Globo na telenovela Irmãos Coragem (1970), a partir daí, participou de várias outras novelas da emissora, entre elas, Selva de Pedra (1972), Elas por Elas (1982), Barriga de Aluguel (1990) e Vamp (1991). Também trabalhou nas novelas da Rede Tupi, sendo estas, Roda de Fogo e, em 1979, Gaivotas, de Jorge de Andrade, interpretando o delegado João Leite. Sua trajetória na comédia se inicia na década de 1980, no programa Viva o Gordo, de Jô Soares (1938-2022), do qual tornou-se diretor entre os anos de 1985 a 1987.No programa, interpretava inúmeros papéis. Sua personagem mais famosa, sem nome específico, dizia ou pedia coisas absurdas a outras pessoas e, quando o olhavam com estranheza, falava o bordão: - “Tá me olhando por quê? Eu sou normal!”. Também dirigiu e atuou no programa Chico Anysio Show (1988). Em 1985, interpreta o rabugento chefe da personagem Zelda Scott (Andrea Beltrão) no seriado Armação Ilimitada. Na década de 1990, integra o fabuloso elenco da Escolinha do Professor Raimundo, na qual viveu o cético advogado Pedro Pedreira, cujo principal bordão era “Pedra noventa, só enfrenta quem aguenta!”, um tipo que contestava tudo que o Professor Raimundo dizia, exigindo provas para cada fato histórico apresentado.  

            No ano de 1999 a família de Ary Leite, na época já falecido, processou a Rede Globo pelo não pagamento de direitos autorais e a condenação veio no ano de 2003 com a Globo sendo obrigada a pagar uma indenização e a retirar a personagem do ar, a partir daí, o quadro deixou de ser exibido. Quando o professor não conseguia apresentar as provas, a personagem soltava o bordão: - “Então, não me venha com chorumelas!”. De acordo com Ramos (2002), o nome “Pedreira” reforça a simbologia da “unidade”, da “força” e “coesão”. O “noventa”, de seu bordão, expressa seu peso como expressão de valor, ou seja, o peso da rigidez de sua personalidade, por isso, para “enfrentar” ele é preciso “aguentar” sua força. Em 2000, quando a Escolinha havia se tornado um quadro do Zorra Total, Milani, que integrava o elenco, foi demitido. Sem ser informado, Chico Anysio só tomou conhecimento de sua demissão ao notar sua ausência no estúdio.  Tendo ficado revoltado, cancelou a gravação e os atores e convidados de volta para casa.  Em 2015, na nova versão da Escolinha do Professor Raimundo, o personagem Pedro Pedreira foi interpretado por Marco Ricca, um ator e cineasta brasileiro. Marco nasceu na cidade de São Paulo em 1962. Sua estreia ocorreu em 1993, na novela Renascer, da Rede Globo, interpretando o personagem José Augusto. No ano seguinte transferiu-se para o Sistema Brasileiro de Televisão, onde atuou na novela Éramos Seis. Em 1995, fez uma rápida passagem pela teledramaturgia da Rede Bandeirantes, participando da novela A Idade da Loba. Em seguida, retornou ao Sisema Brasileiro de Televisão, para protagonizar a novela Razão de Viver.

Na realidade histórica e pontual Francisco Milani consagrou-se socialmente com o personagem “Saraiva”, do programa humorístico Zorra Total da Rede Globo de televisão, dono do bordão: “Pergunta idiota, tolerância zero!”, personagem mal-humorada e rabugenta que não suportava perguntas “pouco inteligentes” e causava constrangimento a sua esposa vivida pela atriz Stella Freitas que participou do seriado Sítio do Picapau Amarelo por três vezes. A primeira foi em 1977 interpretando a Cuca e as outras vezes em 1984 e em 2006. Em 1987, começou a chamar a atenção do grande público televisivo brasileiro ao interpretar a divertida empregada Dinalda, na novela Sassaricando, de Sílvio de Abreu. Destaca-se nesse tipo de papel, e o repetindo de forma marcante em outras duas novelas: Era uma Vez... (1998), de Walther Negrão e Senhora do Destino (2004), de Aguinaldo Silva. Como diretora teatral, Stela Freitas dirigiu, em 1994 de “Pirandello Nunca Mais”, de Ricardo Hofstadter, e Metralha, um musical protagonizado pelo ator Diogo Vilela, em 1996. Em 1998, Stella Freitas apresentou o programa educativo “Alô, Vídeo Escola”, no recente Canal Futura. A atriz tem várias participações em filmes, novelas e teatro. No cinema, Stela Freitas ganhou o prêmio de melhor atriz coadjuvante, no 18º Festival de Gramado em 1990, por sua interpretação no filme Stelinha, de Miguel Faria Jr. Em 2001, Stella Freitas participa do musical “South American Way”, de Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa, interpretando Carmem Miranda ao lado de Stella Miranda.

A personagem de Francisco Milani foi criada da década de 1950 pelo comediante Ary Leite (1930-1986). Em 2005, Maurício Sherman, diretor-geral do humorístico Zorra Total, declarou que Francisco Milani, apesar de estar doente, estava se preparando para interpretar novamente a personagem Saraiva e estava bastante entusiasmado, porém, viria a falecer uma semana antes do início das gravações de estúdio. A personagem só retornou em 2010, interpretado pelo genial ator Leandro Hassum. Mas, entre os anos de 2003 e 2004 fez participações no humorístico A Grande Família interpretando o rabugento Tio Juvenal, reconhecido também como o “tio mala”. A personagem estreou dois meses depois da morte de Rogério Cardoso (1937-2003), que interpretava “Seu” Flor. Ele estreia no episódio “O Tio Mala” e, devido ao sucesso da personagem, aparece em mais dois episódios; “O Mal-amado” e “Etelvina e Juvenal”. A última personagem cômica foi “Cambises: Pão Duro” que só pensava em economizar seu dinheiro, questionando os valores e a utilidade de cada produto comprado por sua esposa no caixa do supermercado.

Em 2004 concedeu uma entrevista na qual foi perguntado o que ele achava de interpretar inúmeras personagens mal-humoradas, respondeu dizendo que achava o mau-humor muito engraçado. Segundo Milani: - “Quando você vê uma pessoa mal-humorada na rua, acaba rindo, pois ela tem um comportamento fora do normal, que chama a atenção e é muito divertido. Fazer um papel desses é um filão para qualquer ator”. Sempre interessado pela política, pragmaticamente foi eleito vereador na cidade do Rio de Janeiro pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) nas eleições de 1992, tendo ainda durante o mandato passado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). Em 1995, filiou-se ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), partido pelo qual, no ano 2000, foi candidato derrotado a vice-prefeito na chapa de Benedita da Silva (Partido dos Trabalhadores) nas eleições municipais do Rio de Janeiro. O vencedor foi Cesar Maia (Partido Trabalhista Brasileiro). É de sua autoria a lei que criou a empresa RioFilme, empresa pública de investimento de investimento em audiovisual. O quadro humorístico foi lançado em 2005, no programa Zorra Total, sendo este seu último trabalho artístico em vida.

No dia 20 de agosto de 2005, uma semana após sua morte, Francisco Milani foi homenageado pelo programa com uma edição de imagens relembrando seus personagens mais famosos. Depois, o ator Milton Gonçalves (1933-2022) leu um texto em homenagem ao colega e foi exibido um esquete inédito da personagem Cambises, o último gravado por Milani. Na esfera política, vale lembrar que o Partido Comunista do Brasil havia sido usado primeiramente, pelo nome do antigo Partido Comunista Brasileiro, fundado em 25 de março de 1922. Enquanto o PCB abandonava em definitivo a figura de Josef Stálin, o PCdoB manteve o ex-líder soviético como uma de suas referências teóricas ao lado de Marx, Engels e Lênin. Na mesma época, a crise entre a União Soviética e a China atingiu o seu auge, quando o líder chinês Mao Tsé Tung criticou o processo de desestalinização em curso na União Soviética, e acusou Khrushchov de desvios oportunistas e reformistas. Posteriormente o PCB alterou seu nome para Partido Comunista Brasileiro, fundado com a presença de 9 delegados, representando diversos grupos regionais e que somavam um total de 73 membros. Um bom número de militantes fundadores era libertário. Dos nove membros que fundaram o PCB somente o barbeiro Abílio de Nequette (1888-1960) e Manuel Cendón são socialistas, enquanto os restantes vinculam-se aquele movimento.

Uma leitura atenta da obra de Otávio Brandão, escrita em 1924 sob pseudônimo de Fritz Mayer, Agrarismo e Industrialismo, as revoluções pequeno-burguesas de 1922 e 1924, cometeram erros graves, anterior à sua adesão afetiva ao PCB em 15 de outubro de 1922, verifica as fortes influências anarquista e mística delineada nos ensaios e livros, que se traduzem no predomínio do questionamento, esquemático e acentuadamente ideológico, resistindo traços da doutrina anarquista mesmo considerado em algumas de suas posições pós-adesão. A chamada “desestalinização” refere-se ao processo de ver como o culto da personalidade e do sistema político stalinista criado pelo líder soviético Josef Stalin. A desestalinização começou tecnicamente em 1953 após a morte de Stalin, mas não era oficial até 1956, após o discurso secreto de Nikita Khrushchov, então secretário do Comitê Central da União Soviética, e liberado após o XX Congresso do PC da URSS. Com sua morte, Stalin foi sucedido por uma liderança coletiva. Os homens fortes da central soviética naquela quadra eram Lavrentiy Beria, a cargo do Ministério do Interior, Nikita Khrushchov, Primeiro Secretário do Comitê Central do Partido Comunista e Georgi Malenkov, Premier da União Soviética. O processo de desestalinização começou como fim do trabalho forçado em grande escala na economia.

O processo de libertar prisioneiros dos chamados “campos” (Gulags) foi iniciado por Béria, mas logo retirado do poder. Khrushchov, em seguida, emergiu como o mais poderoso político soviético. No discurso “Sobre o Culto à Personalidade e suas Consequências” para a sessão do XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética em 25 de fevereiro de 1956, Nikita Khrushchov deixou perplexo os ouvintes denunciando duplamente, por um lado, o “regime ditatorial” e, por outro, o “culto da personalidade” de Josef Stalin. Ele também atacou os crimes políticos cometidos pelos associados de Lavrentiy Pavlovitch Beria, político soviético e chefe da NKVD na Geórgia. Beria é lembrado como “o executor do Grande Expurgo de Stalin na década de 1930, tendo-o presidido”. Não poderíamos repetir o mesmo com Astrojildo Pereira, homem de leitura afiada, bom conhecedor da literatura socialista europeia em geral, e em particular a teoria da história e o método de análise materialista e dialético de Karl Marx e Friedrich Engels. Em 1929, publicou em A Classe Operária o artigo “Sociologia ou apologética?”, estudo crítico da obra de Oliveira Vianna, Populações Meridionais do Brasil, em que eram contestadas as opiniões do autor, que negava a existência de luta de classes na história do Brasil. O trabalho foi desenvolvido depois incluído nos livros Interpretações (1944) e Ensaios Históricos e Políticos (1979). Lembra a educadora Vanilda Pereira Paiva (1943-2023) no artigo: “Oliveira Vianna: Nacionalismo ou Racismo?” (1978), que a presença de Oliveira Vianna na vida intelectual regional brasileira é frequentemente subestimada, especialmente entre os que passaram a viver os problemas políticos e culturais de forma plenamente consciente a partir dos anos 1960. Sobre ele são amplamente reconhecidos o ensaio de Nelson Werneck Sodré, Oliveira Vianna – O Racismo Colonialista (1961) e o estudo de Astrojildo Pereira intitulado: Sociologia ou Apologética? escrito em 1929 e reunido com outros estudos em Interpretações (1944). Ambos os autores se concentraram com muita justiça, sobre o caráter racista e de apologia das classes dominantes que permeia a obra Populações Meridionais do Brasil que levou o pensador conservador e cientista político Wanderley Guilherme dos Santos a caracterizá-lo como “autoritarismo instrumental”.

Em fevereiro de 1929, após o 3° Congresso do Partido Comunista Brasileiro, realizado entre dezembro de 1928 e janeiro de 1929, no qual foi vencido o grupo de oposição, denominado Dissidência, chefiado por Joaquim Barbosa e Rodolfo Coutinho, Astrojildo Pereira, eleito durante os trabalhos e abertura dos debates do 6° Congresso para o Comitê Executivo da Internacional Comunista, sob o pseudônimo de Américo Ledo, seguiu para Moscou, onde trabalhou no Secretariado para a América Latina, regressou ao Brasil em janeiro de 1930. Em artigo publicado em Autocrítica, n°6, com o título: O Proletariado Perante a Revolução Democrática Pequeno-Burguesa (1928), Otávio Brandão afirma que no Brasil trata-se de nossa aliança com os revoltosos pequeno-burgueses contra os grandes proprietários rurais e feudais e, em segundo lugar, contra todas as frações da grande burguesia: comercial, industrial, burocrática, acrescentando “a revolução democrático-burguesa é uma criadora de possibilidades”. À sua sombra preparar-nos-emos, afirma, para a nossa verdadeira obra. Não podemos ser contrários a essa revolução”. E que “no Brasil, o problema da pequena-burguesia é urbano e não rural como na Rússia”. Esta concepção da revolução brasileira e de suas forças motrizes, elaborada durante tantos anos, recebeu sua consagração, por assim dizer, no 3° Congresso do PCB, de 1928, com a denominação de “terceira revolta”, prevista como continuação dos movimentos tenentistas de 1922-1926, na luta armada vitoriosa da Aliança Liberal do prócer Getúlio Dornelles Vargas, na década de 1930 em que ocorre a radicalização política.

A tese pragmática do 3° Congresso, segundo Astrojildo: “Toda a tática do Partido Comunista deve, portanto, subordinar-se a esta etapa estratégica de mobilização das massas em vista do movimento que se prevê. Em tese o Partido deverá colocar-se à frente das massas, a fim de conquistar, por etapas sucessivas, não só a direção da facção proletária, mas a hegemonia do todo o movimento”. Queremos dizer com isso que a analogia das palavras não deve levar a confusões. Chamam-se igualmente partidos as facções que dividiam as Repúblicas antigas, os clãs que se agrupavam em torno de um condottiere na Itália da Renascença, os clubes onde se reuniam os deputados das assembleias revolucionárias, os comitês que preparavam as eleições censitárias das assembleias revolucionárias, bem como as vastas organizações populares que enquadram a opinião pública nas democracias modernas. Essa identidade nominal justifica-se por um lado, pois traduz certo parentesco profundo: todas essas instituições não desempenham o mesmo papel, que é o de conquistar o poder político e exercê-lo? Porém, sociologicamente, observamos que não se trata da mesma coisa. De fato, os verdadeiros partidos datam pouco mais de um século. Em 1850, nenhum país do mundo, salvo os Estados Unidos da América, reconhecia partidos políticos no sentido contemporâneo do termo: encontravam-se tendências de opiniões, clubes populares, associações de pensamento, grupos parlamentares, mas nenhum partido político propriamente dito. Em 1950, estes funcionavam na maior parte das nações civilizadas, os outros se esforçavam por imitá-las, ou apenas transplantá-las.

O nascimento dos partidos políticos encontra-se ligado ao surgimento dos grupos parlamentares e comitês eleitorais. Não obstante, alguns manifestam uma natureza mais ou menos aberrante em relação ao esquema geral: sua gênese situa-se fora do ciclo eleitoral e parlamentar, formando essa exterioridade, aliás, seu caráter comum mais nítido. Contudo, pode-se afirmar que o mecanismo geral dessa gênese é simples: criação de grupos parlamentares, de início; surgimento de comitês eleitorais, em seguida; enfim, o estabelecimento de uma ligação permanente entre esses dois elementos. Na prática, a pureza desse esquema de análise teórica é modificada de diversas formas. Os grupos parlamentares vêm à luz antes dos comitês eleitorais: com efeito, houve assembleias políticas antes que se realizassem eleições. Grupos parlamentares são concebíveis no âmbito de uma Câmara autocrática bem como de uma Câmara eleita: na realidade, voltamos ao ponto inicial da questão. A luta política das facções geralmente se tem manifestado em todas as assembleias hereditárias ou cooptadas, quer se tratasse do Senado da Roma clássica, quer da Dieta da antiga Polônia. Mas há ainda uma questão chave para seu entendimento político. Quer dizer, certamente, quem diz “facção” ainda não diz “grupo parlamentar”: entre os dois, existe toda a diferença que separa o inorgânico do organizado, este sim, que levaria mais tarde o pensador socialista italiano Antônio Gramsci desenvolver uma concepção e teoria original sobre o papel do intelectual revolucionário. O segundo decorre da primeira, por uma evolução mais ou menos rápida.   

Segundo Heitor Ferreira Lima no artigo: “Astrojildo Pereira e uma Mudança na Orientação do PCB” (1981), essa apreciação da dinâmica política ocorrida entre nós era, evidentemente, falsa e inadequada à realidade objetiva, que não sabíamos ver, e ao papel revolucionário que o PCB deveria desempenhar. Recebeu, por isso, a mais viva repulsa nas reuniões do Secretariado da Internacional Comunista para a América latina, através de críticas contundentes. O PCB foi acusado de orientar toda a sua tática e estratégia à espera da “terceira revolta”, colocando-se, desse modo, à reboque da pequena burguesia, menosprezando as reivindicações específicas do proletariado; de abandonar a questão camponesa, esquecendo a reforma agrária e a aliança dos operários com os trabalhadores do campos; de esconder o Partido atrás do Bloco Operário e Camponês; de não cuidar suficientemente da formação do Partido Comunista Brasileiro independente, à altura das necessidades nacionais; de não se ocupar com os problemas evidentes de organização dos negros e dos índios; enfim, de adotar uma orientação reconhecida precariamente como ocorre na expressão “pequeno-burguesa”, contrária ao “leninismo” de Lenin, e às recomendações da Internacional Comunista. Em resumo, um arrasamento na ideologia e na prática no Brasil. Tal contestação em forma tão severa deixou os membros brasileiros presentes perplexos, muitas vezes atônitos, quase que sentindo-se aniquilados, pois, desmoronavam irremediavelmente, os esforços de tantos anos de trabalho e sacrifícios.

Bibliografia Geral Consultada.

CHAPLIN, Charles, Mis Primeros Años. Buenos Aires: Emecé Editores, 1981; DREIFUSS, René Armand, 1964: A Conquista do Estado. Ação Política, Poder e Golpe de Classe. 2ª edição. Petrópolis (RJ): Editoras Vozes, 1981; JANOTTI, Maria de Lourdes Mônaco, Os Subversivos da República. São Paulo: Editora Brasiliense, 1986; REIS FILHO, Daniel Aarão, Ditadura Militar, Esquerdas e Sociedade. Rio de Janeiro: Zahar Editora, 2000; MINOIS, Georges (Org.), História do Riso e do Escárnio. São Paulo: Editora UNESP: 2003; MÉSZÁROS, István, O Poder da Ideologia. São Paulo: Boitempo Editorial, 2004; IANNI, Octávio (Org.), Florestan Fernandes: Sociologia Crítica e Militante. São Paulo: Editora Expressão popular, 2004; BARCALA, Valter Aparecido, O Cinema na Escola: Uma Análise Interdisciplinar do Filme “Eles não usam Black-Tie”, de Leon Hirszman. Dissertação de Mestrado em Educação, Arte e História. São Paulo: Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2006; DEWEY, John, A Arte como Experiência. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2010; DURKHEIM, Émile, O Suicídio. Estudo de Sociologia. 2ª edição. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2011; ARCHER, Michael, Arte Contemporânea. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2013; GUARNIERI, Gianfrancesco, Eles não usam black-tie. 28ª edição. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 2014; CAMARGO, Gustavo, Um Alfaiate no Palácio do Catete: Histórias de José de Cicco, Mestre das Tesouras no País dos Elegantes. São Paulo: Editora Estação das Letras e Cores, 2015; NAPOLITANO, Marcos, 1964: História do Regime Militar Brasileiro. São Paulo: Contexto Editora, 2016; FLÔRES, Fernanda Lêdo, Na Mira da Repressão: Militância Política e Escrita Jornalística em Ana Montenegro (1947-1983). Dissertação de Mestrado. Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. Salvador: Universidade Federal da Bahia, 2017; BERNARDO, André, “Barão de Itararé: A Vida Trágica e o Humor Anárquico de um Ícone do Jornalismo”. In: https://www.bbc.com/26/12/2021; ROSSI, Marcio José, O Humor Gráfico em Sala de Aula e o Ensino de História. Dissertação de Mestrado Profissional em Ensino de História – Prof. História. Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Guarulhos: Universidade Federal de São Paulo, 2022; FERNANDES, Alexandre Perez, “Nós por Nós”: O Caso da Militância “Autônoma”, “Combativa” e “Antifascista” em Londrina-PR. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Ciência Política. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2023; entre outros. 

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