sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Corrida Selvagem – Resgate de Mustangs & Estigma de Presidiários.

                                  “It`s their stubborn ability no survive that makes them so remarkable”. Velma Bronn Johnston

         Os gregos criaram o termo estigma para se referirem a sinais corporais com os quais se procura evidenciar alguma coisa de extraordinário, ou mau, sobre o status moral de quem os apresentava. Os sinais eram feitos com cortes ou fogo no corpo e avisavam que o portador era um escravo, um criminoso ou traidor, uma pessoa marcada, ritualmente poluída, que devia ser evitada; especialmente em lugares públicos. Historicamente na chamada Era cristã, dois níveis de metáfora foram acrescentados ao termo: o primeiro deles referia-se a sinais corporais de graça divina que tomavam a forma de “flores em erupção” sobre a pele; o segundo, uma alusão médica a essa ilusão religiosa, referindo-se a sinais corporais de distúrbio físico. Segundo E. Goffman, no ensaio: Estigma - Notas sobre a Manipulação da Identidade Deteriorada (2014) é amplamente usado de maneira semelhante ao sentido original, embora indicando à própria desgraça do que à sua evidência corporal. Os estudiosos, não se esforçaram para descrever as precondições estruturais do estigma, ou mesmo para fornecer uma definição do próprio conceito. O termo é em referência a um atributo depreciativo. É preciso uma linguagem de relações e não de atributos. Um atributo que estigmatiza pode confirmar a normalidade do Outro, sem ser per se horroroso nem desonroso.  

         O termo estigma e seus sinônimos ocultam uma dupla perspectiva de âmbito social. Assume o estigmatizado que a sua característica distintiva já é conhecida ou é imediatamente evidente ou então que ela não é nem conhecida pelos presentes e nem imediatamente perceptível por eles? No primeiro caso, conceitualmente, está-se lidando com a condição real de desacreditado, no segundo com a condição em tese do desacreditável. Esta é uma diferença importante, socialmente, mesmo que um indivíduo estigmatizado em particular tenha, provavelmente, experimentado ambas as situações. Todavia, para Goffman, podem-se mencionar três tipos de estigmas nitidamente diferentes. Em primeiro lugar, há as abominações do corpo – as várias deformidades físicas. Em segundo, as culpas de caráter individual, percebidas como “vontade fraca”, “paixões tirânicas”, ou não naturais, crenças falsas e rígidas, desonestidade, sendo essas inferidas a partir de relatos etnográficos conhecidos de, por exemplo, distúrbio mental, prisão, vício, alcoolismo, homossexualismohomoerotismo, desemprego, tentativas de suicídio e comportamento político-afetivo radical. Finalmente, há os estigmas tribais de raça, etnia, minorias, nação e ceticismo de re(li)gião, que podem ser transmitidos através de linhagem e contaminar por igual todos os membros de uma família.

          Em todos esses exemplos de estigma, inclusive aqueles que os gregos tinham em mente, encontram-se as mesmas características sociológicas: um indivíduo que poderia ter sido facilmente recebido na relação social quotidiana possui um traço que se pode impor a atenção e afastar aqueles que ele encontra, destruindo a possibilidade de atenção para outros atributos seus. Ele possui um estigma, uma característica diferente da que havíamos visto. Nós e os que não se afastam negativamente das expectativas particulares em questão serão chamados de normais pelo sociólogo norte-americano Erving Goffman. Ipso facto, ele afirma: - as atitudes que nós, aparentes normais, temos com uma pessoa com um estigma, e os atos que empreendemos em relação a ela são bem conhecidos na medida em que são as respostas que a ação social benevolente tenta suavizar e melhorar. Por definição é claro, acreditamos que alguém com um estigma não seja completamente humano. Com base nisso, fazemos vários tipos de discriminações, através das quais efetivamente, e muitas vezes sem pensar, reduzimos suas chances de vida: construímos uma teoria do estigma; uma ideologia para explicar a sua inferioridade e dar conta do perigo que ela representa, racionalizando algumas vezes uma animosidade baseada em outras diferenças, tais como a de classe social. Utilizamos termos específicos de estigma como aleijado, bastardo, retardado, em nosso discurso diário como fonte de metáfora de poder e representação social, de maneira característica, sem pensar no terror de seu sentido e significado original.  

                                              

         Na América atualmente, afirma, Goffman, entretanto, os sistemas de honra separados parecem estar decadentes. O indivíduo estigmatizado tende a ter as mesmas crenças sobre identidade que nós temos; isso é um fato central. Seus sentimentos mais profundos sobre o que ele é podem confundir a sua sensação de ser uma “pessoa normal”, um ser humano como qualquer outro, uma criatura, portanto, que merece um destino agradável e uma oportunidade legítima. A característica central da situação de vida, do indivíduo estigmatizado pode, agora, ser explicada. É uma questão do que é com frequência, embora vagamente, chamado de “aceitação”. Aqueles que têm relações com ele não conseguem lhe dar o respeito e a consideração que os aspectos não contaminados de sua identidade social os haviam levado a prever e que ele havia previsto receber; ele fez ecoar essa negativa descobrindo que alguns de seus atributos a garantem. Como a pessoa estigmatizada responde a tal situação? Em alguns casos lhe seria possível tentar corrigir diretamente o que considera a base objetiva de seu defeito, tal quando uma pessoa fisicamente deformada se submete a uma cirurgia plástica, uma pessoa cega a um tratamento ocular, um analfabeto corrige sua educação e um homossexual faz psicoterapia. Aqui, deve-se mencionar a predisposição à “vitimização” como um resultado da exposição da pessoa estigmatizada a servidores que vendem meios para corrigir a fala, para clarear a cor da pele, para esticar o corpo, para restaurar a juventude, curas pela fé e meios para obter fluência na conversação. Quer se trate de uma técnica metodológica, falando, prática ou de fraude, a pesquisa frequentemente secreta, dela resultante, revela, de maneira específicamente quando, “os extremos a que os estigmatizados estão dispostos a chegar e a situação que os leva a tais extremos”.   

          Na década de 1950, surgiu uma árdua defensora dos cavalos selvagens. Ativista do bem-estar animal, Velma Bronn Johnston (1912-1977) liderou uma campanha para impedir a erradicação de mustangs e burros selvagens de terras públicas nos Estados Unidos da América. Reconhecida como Wild Horse Annie, foi fundamental na aprovação de legislação para impedir o uso de aeronaves e veículos terrestres na captura desumana dessas espécies. Entre outros projetos, ela lançou a “Guerra do Lápis”, em que convidou outras pessoas, incluindo muitas crianças em idade escolar, a se juntar a ela para escrever cartas ao Congresso norte-americano. Queria mudanças sociais e não iria desistir. Até que foi aprovado um projeto de Lei Pública proibindo o uso de veículos motorizados para caçar cavalos selvagens foi aprovado em 1959. Lutou mais até que o Congresso aprovou a “Lei de Cavalos e Burros Selvagens Livres”, Lei Pública 92-195 em 1971.  E tudo porque viu transporte suspeito de cavalos. Mudou seu caminho e o seguiu ao matadouro. Assim, Velma buscou a origem desses cavalos e descobriu que foram capturados em terras privadas e estaduais em Nevada. A ativista tomou medidas para garantir um tratamento humano aos cavalos selvagens quando capturados e transportados. Criada em um rancho, deixou um importante legado. A nobreza de sua causa apareceu nos veículos de comunicação mais importantes, incluindo a presença em Running Wild, um filme western, como na análise.    

Velma Johnston não era de forma alguma uma criança comum. Sua jovem vida  foi repleta de inúmeras coisas diferentes. Velma era a mais velha de quatro filhos. Seu pai, que foi salvo ainda criança pelo leite de uma égua Mustang enquanto atravessava os desertos em uma carroça coberta, trabalhava como operador de um serviço de frete, usando muitos cavalos e até alguns de herança mustangs. Quando bebê, Velma contraiu poliomielite, que afetou suas pernas e resultou em uma longa internação hospitalar. Mas isso não a impediu. Em verdade acreditamos que isso a ajudou, porque fez com que ela tivesse uma grande paixão pelos animais que ficaram confinados e sofrem como ela antes. Com muito tempo disponível, Velma cuidava constantemente dos animais na fazenda de seus pais. Ela adorava estar no rancho onde não precisava se preocupar em ser julgada. Ela estava na escola, mas foi assediada e ridicularizada pelos colegas, apenas por causa do seu corpo. Mas nem todo mundo a via dessa forma. O vizinho de infância de Velma, Charlie Johnston, era um índio de Delaware 1, 80 m de altura que se tornou seu marido. Ele assumiu o rancho de seu pai. Velma e Charlie transformaram em um rancho para crianças que tinham problemas, principalmente por estarem na cidade.

A faísca que levou Velma a uma vida apaixonada por cuidar de animais foi quando ela estava dirigindo para o trabalho um dia em 1950 e por acaso encontrou um trailer cheio de cavalos selvagens. O trailer estava com muitos cavalos selvagens a caminho do matadouro de rações para animais de estimação. Foi uma cena horrível, pois ela testemunhou um filhote de um ano sendo pisoteado até a morte no fundo do trailer por seus companheiros cavalos. Justo naquele momento, ela percebeu que isso tinha ido longe demais. Velma iria tentar ajudar essas pobres criaturas que estavam sendo laçadas e enviadas por aquele país apenas para serem massacradas. O trabalho de resgate sociológico de Velma começou imediatamente. E o caminho foi através da esfera política quando ela se propôs a fazer discursos públicos e a contatar colegas amantes de cavalos e os próceres fazendeiros. Sua luta afirmativa começou em sua cidade natal, Storey County, em 1952, com uma pequena ajuda de seus ouvintes; ela recebeu o apelido de “Wild Horse Annie”. 

Com seu novo nome, Velma fez maravilhas. Ela trabalhou e lutou tanto que conseguiu um projeto de lei proibindo aeronaves e veículos terrestres de capturar cavalos selvagens em terras do estado. Mas, infelizmente, isso não foi proteção suficiente. As indústrias de alimentos para animais de estimação estavam contornando essa lei, então Velma deu um passo adiante. Ela trabalhou com o povo para obter indignação pública e apoio à primeira lei federal para proteger cavalos selvagens. Foi em 1959, com o apoio do representante dos EUA em Nevada, Walter S. Ressaltando que foi feita uma lei que proíbe o uso de qualquer tipo de veículo motorizado, bem como o envenenamento de poços de água para captura ou abate de cavalos selvagens. No meio de todo esse debate, Velma sofreu uma perda terrível. Seu marido foi repentinamente acometido de enfisema e faleceu. Sofrendo com sua perda, ela ainda continuou. Velma fez apresentações em escolas e reuniões cívicas, e também enviou fichas informativas escritas e ilustradas para as pessoas que a apoiavam. Fazendo isso, recebeu muitas cartas enviadas ao Congresso. E depois de testemunhar no Congresso, realizou seu desejo.

O resultado de todo o seu trabalho árduo foi a Lei do Cavalo e Burro Selvagem e Livre. Isso foi aprovado e transformado em lei em 1971 e deu proteção aos equinos selvagens em BLM e terras florestais (cf. Craig C. Downer). No meio de todo esse debate, Velma sofreu uma perda terrível. Seu marido foi repentinamente acometido de enfisema e faleceu. Sofrendo com sua perda, ela ainda continuou. Velma fez apresentações em escolas e reuniões cívicas, e também enviou fichas informativas escritas e ilustradas para as pessoas que a apoiavam. Só fazendo isso, ela recebeu muitas cartas enviadas ao Congresso. E depois de testemunhar no Congresso, Velma realizou seu desejo. O resultado de todo o seu trabalho árduo foi a Lei do Cavalo e Burro Selvagem e Livre. Isso foi aprovado e transformado em lei em 1971 e deu proteção aos equinos selvagens em BLM e terras florestais. No meio de todo esse debate, Velma sofreu uma perda terrível. Seu marido foi repentinamente acometido de enfisema e faleceu. Sofrendo com sua perda, ela ainda continuou. Velma fez apresentações em escolas e reuniões cívicas, e também enviou fichas informativas escritas e ilustradas para as pessoas que a apoiavam. Só fazendo isso, ela recebeu muitas cartas enviadas ao Congresso. E depois de testemunhar no Congresso dos Estados Unidos da América, Velma realizou seu desejo. O resultado extraordinário de todo o seu trabalho árduo foi a representação Lei do Cavalo e Burro Selvagem e Livre. Isso foi aprovado e transformado em lei em 1971 e deu proteção aos equinos selvagens em BLM e terras florestais.

Running Wild é um drama norte-americano dirigido por Alex Ranarivelo e escrito por Christina Moore e Brian Rudnick. O proprietário de uma fazenda de exploração agrícola, viúvo, trabalha com ex-prisioneiros, ajudando em sua reintegração no campo. Com essa missão, ele atrai para si o preconceito, a ganância, vaidade e a burocracia do sistema que não suporta sua benfeitoria. Além de Moore que também tem participação no filme, é estrelado por Sharon Stone, Tommy Flanagan, Jason Lewis, Dorian Brown, Tom Williamson. O filme Corrida Selvagem foi lançado em 10 de fevereiro de 2017.  A fotografia principalmente começou em 17 de agosto de 2015, em Napa, Califórnia. Na época histórica da primeira exploração registrada do Vale de Napa, em 1823, a maioria dos habitantes consistia de nativos americanos. Padre José Altamira, fundador da Missão San Francisco Solano, em Sonoma, liderou a expedição. Os padres espanhóis “converteram” alguns nativos; o restante foi atacado e disperso por soldados mexicanos. Os primeiros imigrantes americanos começaram a chegar à região na década de 1830. Napa é a cidade e sede do condado e a principal cidade da região vinícola do Norte da Califórnia. Localizada na região de North Bay na Bay Area é um destino turístico na Califórnia, reconhecido por suas vinícolas, restaurantes e cultura artística.  

A palavra napa é derivada do nativo americano e dentre as muitas explicações sobre a origem dos nomes, a mais plausível parece ser que é derivado da palavra Patwin napo, que significa casa. A casa constitui, entre o microcosmo do corpo humano e o cosmo, um microcosmo secundário, um meio-termo cuja configuração iconográfica é, segundo Durand (1997: 243), muito importante no diagnóstico psicológico e psicossocial. Os poetas, os psicanalistas, a tradição católica ou a sabedoria dos dogon fazem coro para reconhecer o simbolismo da casa um duplicado microcosmo do corpo material e do corpo mental. A cas inteira é mais do que um lugar para se viver, é um vivente. A casa redobra, sobredetermina a personalidade daquele que a habita. Honoré de Balzac sabe-o bem ao começar os seus romances pela descrição minuciosa da casa Grandet, da do Chat qui pelote ou da pensão Vauquer. A atmosfera psicológica só em segundo lugar é determinada pelos odores do jardim, os horizontes visíveis da paisagem. São os cheiros da casa que constituem a cenestesia da intimidade: vapores da cozinha, perfumes de alcova, bafios de corredores, perfumes de benjoim ou de erva patchouli dos armários maternos. A casa como conceito histórico e pontual representa a imagem da intimidade repousante, quer seja templo, palácio, ou cabana de trabalhador.     

Um dos últimos padres franciscanos enviados da Espanha no início do século XIX para servir nas missões fundadas pela ordem na Alta Califórnia. Fundador em 1823 de São Francisco Solano, última missão do mítico Caminho Real. Não há testemunhos sobre o que lhe aconteceu depois do incêndio que devastou esta missão anos depois e até ao seu regresso à Espanha, mas a Misión Olvido sente que talvez ainda tivesse a ambição e a tenacidade necessárias para fundar uma nova missão que nunca seria oficialmente documentada. Nathan Coombs (1826-1877) foi um pioneiro da Califórnia e político democrata que serviu na Assembleia do Estado da Califórnia e é mais conhecido por fundar a cidade de Napa, Califórnia em 1847. O general Mariano Guadalupe Vallejo pagou para pesquisar um município rio abaixo em Soscol Landing, onde os barcos fluviais podiam voltar antes da fundação de Napa. A cidade de Napa foi pesquisado em propriedades que Coombs recebeu de Nicolas Higuera, detentor original do Rancho Entre Napa, uma concessão de terras mexicana. O primeiro registro de navegação no rio foi o Susana em 1842, embora em 1850 o Dolphin tenha se tornado o primeiro navio a vapor a navegar no rio Napa para abrir outro caminho de comércio.

A Corrida do Ouro na Califórnia no final da década de 1850 expandiu a cidade de Napa. Uma cidade de tendas foi erguida na rua principal. Muitas fazendas de gado foram mantidas e a indústria madeireira se expandiu. Serrarias no vale estavam em operação cortando madeira transportada pela equipe até Napa e embarcada pelo rio para Benicia e São Francisco. Entre 1846 e 1848, os Estados Unidos estavam em guerra contra o México. Tudo começou um ano antes, em 1845, quando os estadunidenses anexaram o Texas, território que tinha declarado independência do México na década anterior, mas que não era reconhecido pelo governo mexicano. Depois de 2 anos de batalhas, os Estados Unidos da América incorporaram grande parte do território da ex-colônia espanhola, incluindo os atuais estados da Califórnia, Nevada, Arizona, Novo México, Utah e Colorado. A guerra contra o México representou a última grande expansão territorial dos Estados Unidos. Mas o país estava cada vez mais dividido. No Norte, movimentos abolicionistas, apoiados pela elite industrial queriam o fim da escravidão. No Sul os fazendeiros escravocratas queriam manter a expansão territorial de tudo como estava. Com a adição dos novos territórios, as tensões entre o Norte e o Sul se acentuaram. Enquanto os abolicionistas queriam que a nova região adotasse a mão de obra livre, os escravocratas queriam expandir a fronteira das plantations, os latifúndios baseados na mão de obra escravizada.

No segundo Tratado de Paris, o qual marcou o fim da Revolução Americana de 1776, os britânicos cederam a Flórida Oeste de volta à Espanha para receberem as Bahamas, que a Espanha tinha ocupado durante a guerra. A Espanha então tinha o controle sobre o rio ao sul da latitude 32°30` Norte, e, no que ficou reconhecido como a Conspiração Espanhola, pretendia ganhar maior controle da Louisiana e de tudo a oeste. Estas pretensões terminaram quando a Espanha foi pressionada a assinar o Tratado de Pinckney em 1795. A França readquiriu a Louisiana da Espanha em segredo no Tratado de San Ildefonso em 1800. Os Estados Unidos compraram o território da França na Compra da Louisiana em 1803. O Mississippi era conhecido pelos bandidos, pelos insulares como moradores das margens, incluindo John Murrell, que era um assassino, ladrão de cavalos e “revendedor” de escravo. Em 1860, Abraham Lincoln (1809-1865), um senador do Norte, foi eleito presidente da República. Essa foi a gota d’água que levou os estados do Sul declararem Independência e guerra contra o Norte.

Historicamente primeiro barco a vapor a viajar o trecho completo do rio Ohio até a cidade de Nova Orleães foi o New Orleans em dezembro de 1811. Esta louca viagem ocorreu durante uma série de Terremotos New Madrid de 1811 a 1812. Em 1815, os EUA obtiveram o controle sobre o Mississippi após uma decisiva vitória sobre os britânicos na Batalha de New Orleans, parte da Guerra de 1812. O rio foi também uma parte decisiva da Guerra Civil Americana. A Campanha de Vicksburg da União buscava o controle do baixo Mississippi. A vitória da União na Batalha de Vicksburg, em 1863, foi o ponto de viragem para a vitória final da União na Guerra Civil. A legislação, sancionada em 1862, em meio à Guerra Civil, tinha dois objetivos. - “Existiam duas perguntas: a primeira de como a terra deveria ser distribuída, de forma que fosse mais igualitária, e também como a distribuição poderia prevenir a escravidão”, explica Richard Edwards, economista da Universidade de Nebraska e especialista na história da reforma agrária estadunidense. Em meados da década de 1850, a rua principal de Napa rivalizava com muitas cidades maiores, “com cerca de 100 cavalos de sela amarrados às cercas numa tarde média”. Em 1858, a grande corrida da prata começou em Napa Valley, e os mineiros migraram para as colinas orientais. Na década de 1860, a mineração em grande escala, contava com minas de mercúrio operando em muitas áreas do condado. 

O cavalo selvagem, descendente dos cavalos trazidos da Espanha pelos colonizadores para a América do Norte, é um símbolo do Oeste dos Estados Unidos, mas sua proliferação sob o amparo de leis de proteção se tornou um problema de espaço vital no país. O Birô de Gestão de Terras (BLM), uma dependência do Departamento do Interior, tem a seu cargo 33.780 cavalos e 6.825 burros selvagens que trotam, galopam, pastam e se reproduzem livremente em cerca 12 milhões de hectares de terras federais. Os equinos não têm predadores naturais e as manadas podem dobrar de tamanho em apenas quatro anos, e por isso o BLM precisa prender todo ano milhares de animais para controlar a população nas terras federais, que englobam dez estados do Oeste dos Estados Unidos. Para tentar driblar a superpopulação, criou um programa de adoção que possibilitou cerca 2.671 animais sob cuidado de indivíduos privados, mas o número é pequeno comparado à adoção de mais de 5 mil cavalos por ano em meados da década passada. Em 1971, o Congresso dos Estados Unidos aprovou uma lei para atender o problema do abate para consumo de carne e o envenenamento de cavalos selvagens, considerados uma praga pelos criadores de gado. Mas, quatro décadas e meia depois, a proteção dos animais da raça mustangue, elogiada pelos defensores da diversidade biológica e do meio ambiente, se tornou um problema complexo. Para tentar driblar, em certo sentido, é claro que a tópica da superpopulação equina criou um fabuloso Programa de Adoção com 2.671 animais sob cuidado privado, mas o número é pequeno comparado à adoção de 5 mil cavalos por ano em meados da década passada.

A mais notável foi a Mina Silverado, geograficamente perto do cume do Monte Santa Helena. Nessa época, a primeira leva de trabalhadores rurais estrangeiros das aldeias costeiras da província chinesa de Cantão, é real e chegou à Califórnia e às minas do condado de Napa. Um assentamento para trabalhadores chineses foi estabelecido no início da década de 1860. Entre 1861-1865, a Confederação (o Sul) e a União (o Norte) travaram uma guerra que transformou a história do país. Foi nesse contexto que o presidente Lincoln aprovou a lei reconhecida como Homestead Act. O livro de Twain também cobriu extensivamente arrojadas corridas de barco a vapor que tiveram lugar entre 1830 a 1870 no rio, antes que meios mais modernos de navegação substituíssem os vapores. Isto foi publicado primeiro na forma de periódico por Harper`s Weekly em sete partes em 1875 e tinha a intenção de registrar a rápida dispersão da cultura do barco a vapor. A versão completa, incluída uma passagem incompleta de Huckle Berry Finn e trabalhos de outros autores, foi publicada por James R. Osgood & Company em 1885. Em 1869, F A Sawyer fundou a Sawyer Tanning Company em Napa e seu pai, B F Sawyer, juntou-se ao negócio comercial um ano depois. Tornou-se o maior curtume a Oeste do rio Mississippi. John Patchett abriu a primeira vinícola comercial do condado em 1859. O Napa Valley Register, fundado por J I Horrell e L. Hoxie Strong, estreou em 10 de agosto de 1863, com publicações semanais até se tornar um jornal de consumo diário em 1872.

O mundialmente famoso couro Nappa, ou couro Napa, foi inventado por Emanuel Manasse (1842-1899) em Napa em 1875, enquanto trabalhava na Sawyer Tanning Company. Em 1871, Emanuel e Amelia Manasse (1841-1921) vieram para Napa City, Califórnia. Emanuel começou a trabalhar como superintendente da Sawyer Tanning Co. Curtidor talentoso, desenvolveu o processo técnico de impermeabilização Nap-A-Tan. Ele também é responsável pelo desenvolvimento do couro envernizado e pela criação do couro Napa, um couro “extremamente macio usado em luvas”. Historicamente Napa foi constituída em 23 de março de 1872 e reincorporada em 1874 definitivamente como a cidade de Napa. No seu apogeu, entre a década de 1880 e o início de 1900, a população chinesa cresceu demograficamente para uma população extraordinária de mais de 300 pessoas. O Napa State Hospital recebeu seus primeiros pacientes inicialmente em 1876. Cantão está no coração da área metropolitana mais populosa da China continental, uma área mais política e econômicamente do que geográfica, geralmente inclui todos os territórios administrados por Pequim, como a ilha de Hainan, mas que se estende às reconhecidas cidades Foshan, Dongguan, Zhongshan e Shenzhen, formando uma das maiores aglomerações étnicas urbanas do planeta Terra.

A cidade possui estatuto subprovincial e está entre as nove cidades centrais nacionais da giant China. A população migrante de outras províncias da China representou 40% da população total da cidade em 2008. Juntamente com Xangai, Pequim e Shenzhen, Cantão possui um dos mercados imobiliários mais caros da China. No final dos anos 1990 e início dos anos 2000, pessoas da África Subsaariana que inicialmente se estabeleceram no Oriente Médio e em outras partes do sudeste da Ásia, mudaram-se em número sem precedentes para Cantão em resposta à crise financeira asiática de 1997/1998. Por muito tempo o único porto chinês acessível à maioria dos comerciantes estrangeiros, a cidade caiu para os britânicos durante a Primeira Guerra do Ópio, analisada por Marx, em seus robustos livros que compõem a obra final intitulada: O Capital - Contribuição à Crítica da Economia Política. Não tendo mais o monopólio após a guerra, perdeu o comércio para outros portos, como nas populosas Hong Kong e Xangai, mas continuou a servir como um grande entreposto. No comércio moderno, Cantão é mais reconhecida com a origem e o significado da sua Feira Anual, a maior e mais antiga da civilização erigia pela China. Por três anos consecutivos (2013–2015), a revista Forbes a classificou como a melhor cidade comercial da China continental.

Forbes é uma revista estadunidense do mercado de negócios e economia de cunho informativo, jornalístico ou de entretenimento, evento ou atividade, com o fim de envolver e suscitar o interesse de uma determinada audiência. É a presença de uma audiência que torna possível qualquer atividade privada de recreação ou lazer em entretenimento. A audiência pode ter um papel passivo, como quando se assiste a uma peça teatral, ópera, programa de televisão ou filme; ou um papel ativo, como no caso dos jogos, mas geralmente voltada para o público seletivo e consumidor em geral. Propriedade de Forbes, Inc. e de publicação quinzenal, a revista apresenta artigos e reportagens originais sobre a tópica das finanças, indústria, investimento e marketing. Apesar de não ser seu escopo principal, per se publica as matérias relacionadas à tecnologia, comunicações, ciência e direito. Também é reconhecida por suas listas, principalmente nas quais estabelece e organiza um ranking das pessoas mais ricas dos Estados Unidos da América reconhecida como Forbes 400 e, do mundo globalizado, além de outras, last but not least, como das celebridades mais bem-pagas e das mulheres mais poderosas. Com sede na cidade de Nova Iorque foi fundada em 1917 pelo jornalista escocês B. C. Forbes (1880-1954). Bertie Charles Forbes foi um jornalista financeiro e autor de origem escocesa, que fundou a conhecida revista americana Forbes em 1917. Suas principais concorrentes da categoria de negócios e economia são respectivamente a Fortune e a Business Week. Sua frase de efeito merceológico e marco original em torno da formação de uma plutocracia norte-americana é The Capitalist Tool (“A ferramenta capitalista”). 

No final de 2018, a população da ampla área administrativa da cidade era estimada em 14 904 400 pelas autoridades da cidade, um aumento de 3,8% em relação ao ano anterior. Cantão é classificada como uma cidade global Alpha e há um número crescente de residentes temporários estrangeiros e imigrantes do Sudeste Asiático, do Oriente Médio, da Europa Oriental e da África. Isso levou a ser apelidada de “Capital do Terceiro Mundo”. Emanuel Manasse casou-se com Amelia Hellwig antes de vir para a Califórnia. Juntos eles tiveram seis filhos. Em 1886, Manasse construiu uma magnífica mansão de 12.000 pés quadrados para sua esposa e filhos, localizada na 443 Brown Street. A casa foi projetada pelo famoso arquiteto de Napa WH Corlett (1856-1937). O Napa Valley Opera House tornou-se popular após sua estreia em 13 de fevereiro de 1880, com uma produção de HMS Pinafore de Gilbert e Sullivan, mas depois definhou e até ser fechado por muitos anos. Emanuel Manasse tornou-se sócio da Sawyer Tanning Company em 1880. Emanuel Manesse morreu em 1899. Na década de 1940, a casa foi subdividida em 6 apartamentos. Após a sua morte, Amélia Manasse dividiu a grande casa construindo um muro no centro e acrescentando uma segunda escada, convertendo assim a casa num ambiente duplex. Foi restabelecido progressivamente na década de 1980. Historicamente empresa funcionou por 120 anos, mas fechando suas portas em 1990. Todavia nesta década, a família Morris comprou a estrutura e a converteu em Bed & Breakfast. Atualmente é o representante da White House Inn and Spa. A cidade alfa seria a que possui o maior índice e conectividade internacional. Londres, Nova York e Tóquio são consideradas cidades-alfa.

Bibliografia geral consultada.

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