“O metal é somente em si diverso do outro; no conceito do metal está o outro”. Friedrich Hegel
A aceleração na transição social para as chamadas “energias limpas” irá demandar cada vez mais recursos minerais imprescindíveis na fabricação de turbinas eólicas, painéis solares, baterias e veículos elétricos. A volatilidade de preços e a alta concentração da produção dessas matérias-primas em poucos países hegemônicos podem colocar um freio no desenvolvimento das energias renováveis. A publicação do relatório da International Energy Agency (AIE) demonstra que somente a demanda por lítio, por exemplo, deve crescer mais 40 vezes nas próximas duas décadas. A AIE é uma organização internacional sediada em Paris ligada a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Atua como a orientadora política de assuntos energéticos para o conglomerado de 30 países membros. Os seus esforços econômicos e políticos tentam assegurar serem confiáveis, e acessíveis para uma energia limpa para os seus cidadãos. Foi fundada durante a crise mundial do petróleo de 1973 1974. O papel inicial da AIE ocorreu a fim de coordenar as medidas a serem tomadas em tempos da crise do petróleo. Tal como os mercados da energia terem sido alterados, de modo a ter AIE como moderador. O seu mandato foi alargado para incorporar o equilíbrio da política energética: segurança energética, o desenvolvimento econômico e a proteção do ambiente. O trabalho corrente tem como escopo as políticas públicas e questões das alterações climáticas, mercado de reformas, tecnologias energéticas e a colaboração e proximidade com o resto do mundo, especialmente grandes consumidores e produtores de energia, tais como a China, Índia, Rússia e demais países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
Com uma equipe de cerca de 190 colaboradores, principalmente especialistas na área da Energia entre os 29 países membros, a AIE realiza um amplo programa de investigação energética, compilação de dados, publicações e divulgação pública da política energética, análises técnicas e recomendações sobre as boas práticas. A deputada federal Aline Sleutjes apresentou projeto de Lei Federal nº 3410/2021 que tem “por objetivo a aplicação de medidas administrativas de prevenção e combate ao roubo, furto e receptação de cabos, fios metálicos, geradores, baterias, transformadores e placas metálicas”. O Projeto de Lei tem a finalidade de quebrar a cadeia ilícita referente à comercialização de cabos, fios e materiais metálicos obtidos por meio ilícito (roubo, furto e receptação) além de impor obrigações adicionais aos comerciantes de sucatas metálicas e sanções para os que as desrespeitem. A pessoa física ou jurídica que armazenar, trocar ou comercializar, esse tipo de fio que sejam comprovadamente produto de crime ou não tenham procedência lícita comprovada, enfrentarão sansões administrativas como multa de no mínimo R$ 5 mil podendo chegar até R$ 50 mil e cancelamento da inscrição no cadastro de ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços da pessoa jurídica ou de seu conglomerado econômico, com aplicação de multa ou não aos seus sócios e suspensão da prerrogativa da pessoa física ou jurídica, bem como seus sócios, envolvidos na atividade ilícita, de constituir empresa para os fins vedados por esta Lei, pelo período mínimo de 05 anos, em todo território.
Este
é um crime de difícil combate, mas que é cada vez mais comum. Afeta desde
órgãos públicos até empresas privadas, residências e espaços comunitários, com
o furto e/ou roubo de materiais metálicos, principalmente os fios de cobre.
Nos últimos anos os valores desse material dobraram de preço, chamando atenção
de indivíduos que roubam ou furtam e vão até sucatas e ferros velhos vender
esses produtos por preços irrisórios. O fio de cobre é um material de fácil
comércio e apesar de ter uma regulamentação própria, muitos acabam adquirindo
este cobre sem saber a procedência. - “A comercialização do produto deve ser
apurada de uma forma mais rígida, pois está criando uma janela para o crime,
deixando muitas vítimas. É muito difícil pegar a pessoa que furta, precisamos
chegar ao receptador e esse PL tem esse objetivo” afirmou Aline Sleutjes autora
do projeto. Os casos de furto de cabos de rede de telecomunicações para
extração de fios de cobre causaram falhas ou interrupções dos serviços da rede
internet, telefonia e TV por assinatura de mais de 6,6 milhões de pessoas em
2020. Os dados foram divulgados no relatório do Sindicato Nacional das Empresas
de Telefonia e de Serviço Móvel, Celular e Pessoal, a Conexis. Em estados de três regiões (NE, CO, SE) tais como: Pernambuco, Paraná, Mato Grosso e Distrito Federal (DF), a Polícia Civil tem realizado operações
para tentar minimizar os efeitos danosos à população e “notícias de recuperação
de toneladas de fios de cobre são cada vez mais comuns”.
Para
dar mais segurança jurídica, melhor dizendo, para que a sociedade esteja de
acordo com o princípio de previsibilidade e coerência na aplicação das leis
sobre os ambientes de negócios garantindo aos investidores e empresas um
cenário mais previsível, razoável e estável para maior segurança entre as
relações de negócios, a prática do crime de receptação de fios de cobre deve
ser firmemente punida. Segundo o Jornal Bem Paraná, em matéria veiculada
no dia 05 de outubro de 2021, a Polícia Civil do Paraná fez uma grande operação
e apreendeu 1 tonelada de fios de cobre em um depósito de material de
reciclagem, no bairro Xaxim em Curitiba, dois homens foram presos em flagrante.
Se o projeto político e social de iniciativa da parlamentar já fosse lei em
todo o território nacional, além da prisão, esses dois indivíduos também teriam
que pagar multa e sofreriam outras sanções administrativas, servindo como
exemplo. Segundo Aline Sleutjes “se punirmos os receptadores de forma mais
rígida, os bandidos que furtam esses fios não terão para quem vender e a
prática se tornará cada vez mais escassa, portanto, além das medidas penais,
estamos propondo que o receptador não possa trabalhar no ramo por um período de
5 anos e multa. Precisamos dar segurança à população de bem, aos espaços
públicos e aos geradores de emprego e renda deste País”.
O
procurador da República Oscar Costa Filho, do Ministério Público Federal do
Ceará (MPF-CE), encaminhou nesta sexta-feira (26/09/2014), recomendação à
Prefeitura de Fortaleza para que seja restaurada a estátua de Iracema, na Lagoa
de Messejana, eliminando a coloração verde do monumento. A recomendação foi
feita durante reunião realizada com representantes da Secretaria Executiva
Regional VI, da Prefeitura de Fortaleza. De acordo com o Ministério Público Federal,
a reunião foi motivada por “reclamações de comunidades indígenas sobre a
pintura realizada em 2012, que provoca discriminação e descaracterização étnica
devido à cor verde da estátua da índia Iracema”. Inquérito instaurado no MPF
aponta diversas representações realizadas por integrantes de comunidades
indígenas. Durante a reunião, foi sugerido que a empresa responsável pela “pintura”
procedesse as alterações, adequando a cor da estátua à coloração natural da
pele, como era a estátua originalmente. Como resposta, a Regional VI não se
opôs a mudar a coloração da estátua, desde que a tinta seja antipichação,
e se comprometeu consultar a empresa responsável pela restauração.
O conceito de condutividade elétrica
é usado para especificar o caráter elétrico de um determinado material. A condutividade é
simplesmente o recíproco da resistividade, ou seja, inversamente proporcionais
e é indicativa da facilidade com a qual um material determinado é capaz de
conduzir uma corrente elétrica. Materiais sólidos exibem tecnologicamente uma
espantosa faixa de condutividades. De fato, uma maneira de classificar
materiais sólidos é de acordo com a facilidade com a qual conduzem uma corrente
elétrica; dentro deste esquematismo de classificação existem três grupamentos:
condutores, semicondutores e isolantes. No outro extremo estão os materiais com
muito baixas condutividades, estes são os isolantes elétricos. Materiais com
condutividades intermediárias, são denominados semicondutores. No Sistema
Internacional de Unidades, é medida em Siemens por metro. Constitui engano
achar que o ouro é o melhor condutor elétrico. Na temperatura ambiente, no
planeta Terra, o material melhor condutor elétrico ainda é a prata.
Relativamente, a prata tem condutividade elétrica de 108%; o cobre 100%; o ouro
70%; o alumínio 60% e o titânio apenas 1%. A base de comparação é o cobre.
O
ouro, em qualquer comparação, do ponto de vista técnico e social, seja ela no mesmo volume, ou na mesma massa, no tempo e no espaço, sempre
perde em condutividade elétrica ou condutividade térmica para o cobre.
Entretanto, para conexões elétricas, em que a corrente elétrica deve
passar de uma superfície para outra, o ouro leva muita vantagem sobre os demais
materiais, pois sua oxidação ao ar livre é extremamente baixa, resultando numa
elevada durabilidade na manutenção do bom contato elétrico. Entre os
citados, o alumínio seria o pior material para as conexões elétricas,
devido à facilidade de oxidação e à baixa condutividade elétrica da superfície
oxidada. Assim, um cabo condutor de cobre com os plugues de contatos
dourados leva vantagens sobre outros metais. Uma conexão entre superfícies de
cobre, soldada com prata constitui a melhor combinação para a condução da
eletricidade ou do calor entre condutores distintos. Num condutor sólido existe
uma nuvem muito densa de elétrons de condução, que não estão ligados a nenhum
átomo em particular. Por exemplo, os átomos de cobre no seu estado neutro têm
29 elétrons à volta do núcleo; 28 deles estão ligados ao átomo, enquanto que o
último elétron encontra-se numa órbita mais distante do núcleo e “sai” com
maior facilidade para a nuvem de elétrons de condução.
A
medição da qualidade do ouro em quilates surgiu historicamente na era medieval.
A moeda utilizada, o marco, pesava exatamente 24 quilates. Pelo fato de o ouro
puro ser considerado muito amolecido para a utilização, misturavam-se outros
materiais. As pedras preciosas deveriam pesar o mesmo que uma semente de árvore
coral, que correspondia a um quilate. Assim, para medir o valor desta moeda,
media-se a quantidade de quilates de ouro que ela possuía, e não o peso dela em
si. Os quilates servem como uma forma de medição da pureza do ouro ou outras
joias. Basicamente, é o peso total do material dividido por 24. Nestas 24
partes, são consideradas as parcelas que formam outro material. Assim, é
possível avaliar a relação entre a quantidade de ouro e a quantidade de outros
elementos. Um elemento puro, isto é, sem a presença de outros metais,
corresponde a 24 quilates. Por outro lado, se houver 10 partes de outro
material, a joia corresponderia a 14 quilates, por exemplo. Desta maneira, ocorre
a utilidade de uso da proporcionalidade: quanto maior a quantidade de partes de
ouro puro no material, por exemplo, mais valioso é considerado. Este processo
também vale para diamantes e outras pedras preciosas.
Um
pequeno deslocamento da nuvem de elétrons de condução faz acumular um excesso
de cargas negativas num extremo e cargas positivas no extremo oposto. As cargas
positivas são átomos com um elétron a menos em relação ao número de protões.
Quando se liga um fio condutor aos elétrodos de uma pilha, a nuvem eletrônica é
atraída pelo elétrodo positivo e repelida pelo elétrodo negativo; estabelece-se
no condutor um fluxo contínuo de elétrons desde o eletrodo negativo para o
positivo. Os semicondutores são materiais semelhantes aos isoladores, sem
cargas de condução, mas que podem adquirir cargas de condução passando a ser
condutores, através de diversos mecanismos: aumento da temperatura, incidência
de luz, presença de cargas elétricas externas ou existência de impurezas dentro
do próprio material. Atualmente os semicondutores são construídos a partir de
silício ou germânio. Os átomos de silício e de germânio têm 4 elétrons de
valência. Num cristal de silício ou germânio, os átomos estão colocados numa
rede uniforme, como a que aparece na figura abaixo: os 4 elétrons de valência
ligam cada átomo aos átomos na sua vizinhança. Os átomos de arsênio têm 5 elétrons
de valência. Se forem introduzidos alguns átomos de arsênio num cristal de
silício, cada um deles estará ligado aos átomos de silício na rede por meio de
4 dos seus elétrons de valência; o quinto elétron de valência ficará livre
contribuindo para uma nuvem de elétrons de condução. Obtém-se um semicondutor
tipo N, capaz de conduzir cargas de um lado para outro, através do mesmo
mecanismo que nos condutores ou de nuvem de elétron de condução.
O
cobre quando permanece em contato com o ar atmosférico, perde lentamente elétrons
e cria uma superfície de cor verde escura que é a famosa oxidação; mas essa
camada também é reconhecida como azinhavre. O zinabre ou azinhavre representa o
resultado da oxidação do cobre ou ligas metálicas com esse elemento químico,
como latão e bronze. Ao serem expostas à umidade, os componentes com essa
matéria criam lentamente uma espécie de “ferrugem” com a ideia de coloração
verde. Zinabre nada mais é do que a oxidação do cobre ou de ligas metálicas que
possuem cobre, por exemplo o latão. O cobre a as ligas metálicas que contêm
cobre, como o latão ou o bronze, quando expostas ao ar úmido contendo gás
carbônico, lentamente se oxidam, ficando cobertas por uma pátina, um composto
químico que se forma na superfície de um metal de cor azul esverdeada. A reação
química que forma o zinabre ocorre quando o ácido sulfúrico do eletrólito,
presente no interior das baterias, é derramado sobre polos e conectores. Isso
ocorre por três razões: por excesso de eletrólito, por porosidade do metal ou
existência de espaços vazios entre a bucha e o polo de uso da bateria. Depois
que o zinabre se forma ele interrompe a passagem da corrente elétrica,
comprometendo, neste caso, o desempenho da bateria, promovendo falhas no
carregamento, aquecimento dos cabos, falhas no funcionamento de sistemas
eletrônicos e problemas na partida.
Durante o ano de 2021 foram furtados,
ou roubados 4,12 milhões de metros de cabos de telecomunicações, segundo a Conexis
Brasil Digital, sindicato nacional das operadoras de telecomunicações. O equivalente a populações de países como Nova Zelândia, Panamá, Kuwait,
Croácia ou Moldávia, por exemplo. Nas
contas das “teles”, isso significou que “mais de 6 milhões de clientes ficaram sem
acesso a serviços de comunicação”. Segundo a empresa, estatisticamente o volume
de cabos roubados é 11% menor que o registrado, comparativamente, em 2020,
quando foram furtados ou roubados 4,6 milhões de metros. Segundo as empresas, o
resultado está ligado a um “maior diálogo do setor com autoridades federais,
estaduais e municipais para a promoção de ações de combate ao furto, roubo e
vandalismo de cabos e equipamentos”. São
Paulo segue sendo o estado que mais sofre com o roubo e furto de cabos de
telecomunicações. Neste período do ano passado foram furtados em torno de 1,081milhão
de metros. Em segundo lugar ficou o estado do Paraná, com 608,5 mil metros de
cabos furtados ou roubados, seguido pelo Rio de Janeiro, com 504,1 mil metros.
No Rio Grande do Sul, estado que ocupou a quarta posição, a quantidade de cabos
furtados aumentou de 75% em 2021 na comparação com 2020, passando de
187.676 metros para 328.959 metros.
–
“O furto, o roubo e a receptação de cabos e equipamentos causam prejuízo direto
para os consumidores, que ficam sem acesso a serviços que se mostraram
essenciais durante a pandemia, e para as empresas, que precisam repor esses
equipamentos. As ações criminosas comprometem ainda os serviços de utilidade
pública como polícia, bombeiros e emergências médicas”. O setor de fabricação e
comercialização industrial defende a aprovação de projetos de lei que aumentem
as penas desses crimes. Ipso facto, também defende a punição de empresas
que compram equipamentos furtados ou roubados, além da mudança da regra que
penaliza as operadoras quando o serviço é interrompido em decorrência do crime.
Além do furto e roubo, as “teles” reclamam dos casos de bloqueio de acesso das
equipes das prestadoras para a manutenção de seus equipamentos, usados para a
prestação do serviço. – “As operadoras ficam sem acesso aos equipamentos e
impedidas de dar a manutenção necessária à prestação do serviço, assim como
para a eventual substituição dos itens roubados. Já os consumidores ficam
reféns, privados dos serviços ou obrigados a contratá-los de empresas ilegais,
controladas pelo crime organizado, sem quaisquer direitos, garantias e
sujeitos a preços abusivos”.
O
cobre representa um elemento químico de símbolo Cu (Cuprum), número atômico 29
e de massa atómica 63,54 u. O cobre é um metal que é encontrado na natureza,
principalmente nos minerais calcocita, calcopirita e malaquita, além de também
estar presente no mineral turquesa. Seu nome vem da palavra romana cuprum, que
por sua vez é derivado de cyprium, que é o nome utilizado para Chipre, que
tinha sido a principal exportadora deste metal. A palavra cobre assemelha-se
mais com copper, que é cobre em inglês. À temperatura ambiente o cobre
encontra-se no estado sólido. O uso do bronze predominou de tal maneira durante
a Era do Bronze, um período de uso intenso de metais e de redes de
desenvolvimento econômico do comércio. Foi provavelmente o primeiro metal minerado
e trabalhado pela capacidade manual (cf. Leroi-Gourhan, 2004) dos homens,
obtido como mineral nativo e posteriormente através da fundição de minérios.
Desde a pré-história, mas também com a démarche da Antiguidade que o cobre é
utilizado para a produção de materiais condutores de eletricidade transformados
em fios e cabos e em ligas metálicas, como latão e bronze. Classificado como
metal de transição, seu símbolo pertence ao grupo 11 da classificação dos
elementos. É um dos metais mais importantes para a indústria metalúrgica. Sua
natureza concorre para a transformação social de metais em produtos com valor
de uso, em matéria-prima e peças para produção, de coloração avermelhada,
dúctil, maleável e bom condutor de eletricidade industrial.
Príncipe de Lagash. Foto: Adam Figel. |
Os povos da Mesopotâmia acreditavam
na existência de vários deuses, ou seja, eram politeístas, e suas divindades
estavam ligadas a natureza, ou seja, ao Sol, a Lua, a chuva, ou ao vento, etc.
Sendo assim, suas produções artísticas também estavam relacionadas a religião,
como era de costume entre os povos da antiguidade. De modo geral, a arte desse
gênero é necessariamente anônima, pois o artista é sobretudo um artesão, que não
tinha o interesse em deixar seu nome em suas criações nem em caracterizar de
maneira singular sua obra. Em geral essas produções eram confeccionadas para a
decoração de templos e túmulos e poucos exemplares sobreviveram a ação do
tempo. A estatuária talvez seja a categoria artística de maior evidência no
mundo mesopotâmico. As esculturas podiam ser tridimensionais como em
alto-relevo em pedra, embora algumas fossem feitas em argila ou madeira, esses
povos ainda trabalhavam muito bem tanto o ouro, o cobre e prata. Representavam
especialmente seres humanos, seres mitológicos, animais ou deuses fabulosos em
posições em pé, ou sentados, e tinham como característica mais evidente a
ausência de movimento, prezando por figuras estáticas. Além disso, os sumérios
e os acádios tinham uma tendência a simetria e a precisão, especialmente na
pintura. As esculturas mais antigas datam em torno de 2400 a.C.
Um conjunto dessas estátuas e fragmentos, em nome dos sumérios, pode ser encontrado no Museu do Louvre em Paris, como por exemplo a “Estátua do governador Gudea” de Lagash. O soberano é representado com características cuneiformes entalhadas na parte inferior da veste. Outro exemplo é “Cabeça de Touro” feito em bronze. Sociologicamente a utilidade de uma coisa faz dela um valor de uso. Mas essa utilidade não flutua no ar. Condicionada pelas propriedades do corpo da mercadoria, como ferro, cobre, é um valor de uso trigo, diamante etc., ou um bem. Esse seu caráter não depende do fato de a apropriação de suas qualidades úteis custar muito ou pouco trabalho aos homens. Na consideração do valor de uso será sempre pressuposta sua determinidade quantitativa, como uma dúzia de relógios, 1 braça de linho, 1 tonelada de ferro etc. Os valores de uso das mercadorias fornecem o material para a merceologia. O valor de uso se efetiva apenas no uso ou no consumo. Os valores de uso formam o conteúdo material da riqueza, qualquer que seja a forma social desta. Na forma de sociedade, eles constituem ao mesmo tempo, os suportes materiais do valor de troca.
O valor de troca aparece inicialmente como a relação quantitativa, a proporção na qual valores de uso de um tipo são trocados por valores de uso de outros tipo, uma relação que se altera constantemente no tempo e no espaço. Por isso, o valor de troca parece algo acidental e puramente relativo, um valor de troca intrínseco, imanente à mercadoria; uma contradictio in adjecto. Um simples exemplo geométrico aparentemente ilustra isso. Marx, neste aspecto, reitera que esse algo comum não pode ser uma propriedade geométrica, física, química ou qualquer outra propriedade natural das mercadorias. Suas propriedades físicas importam apenas na medida em que conferem utilidade às mercadorias, isto é, fazem delas valores de uso. Por outro lado, parece claro que a abstração dos seus valores de uso é justamente o que caracteriza a relação de troca das mercadorias. Nessa relação, um valor de uso vale tanto quanto outro desde que esteja disponível em proporção adequada. Como valores de uso, as mercadorias, são, antes de tudo, de diferente qualidade; como valores de troca, elas podem ser apenas de uma quantidade diferente, sem conter, portanto, nenhum átomo de valor de uso. Prescindindo do valor de uso dos corpos das mercadorias, resta nelas uma única propriedade; a de serem produtos do trabalho. Mas o produto do trabalho, como vimos, já se transformou em nossas mãos.
A
bolsa de valores do Brasil, inaugurou a escultura Touro de Ouro, um símbolo do
mercado financeiro e que está presente em outras bolsas do mundo, como o
Charging Bull, localizado em Wall Street, de Nova York, nos Estados Unidos da
América. A escultura está instalada em frente à sede da B3, no centro histórico
de São Paulo. O touro tem 5,1 metros de comprimento, 3 metros de altura e 2
metros de largura. A escultura é do artista plástico e arquiteto Rafael
Brancatelli e foi executada em parceria com o economista Pablo Spyer. - “O
Touro de Ouro representa a força e a resiliência do povo brasileiro. A B3 está
trazendo esse novo símbolo para valorizar não apenas o centro de São Paulo, mas
o desenvolvimento do mercado de capitais do Brasil, que passa pela própria
história da bolsa”, afirmou Gilson Finkelsztain, CEO da B3, em nota divulgada
pela bolsa. No mês de outubro, a B3 atingiu a marca histórica de 4 milhões de
contas de pessoas físicas em renda variável. No universo do mercado financeiro,
o animal representa otimismo e prosperidade. Em Nova York, o Charging Bull foi
inaugurado em 1989, pelo artista plástico Arturo Di Modica, após “um colapso de
ações em 1987”. A atração forma filas na metrópole devido a uma superstição de
que quem passar a mão no chifre ou nos testículos do animal terá
prosperidade financeira e ganhará muito dinheiro. O Charging Bull simboliza uma
metáfora do mercado de ações quando está em alta, pois o touro ataca de baixo
para cima com seus chifres. Na Alemanha, na cidade de Frankfurt, sede do maior
centro financeiro da Europa, há “uma imagem de um touro e de um urso em frente
à bolsa de valores”. A estátua dos animais foi inaugurada em 1985,
como parte da celebração do 400° aniversário da bolsa alemã.
Queremos
dizer com isso, do ponto de vista metodológico, que se abstrairmos seu
valor de uso, abstraímos também os componentes e formas corpóreas que fazem
dele um valor de uso. O produto não é mais uma mesa, uma casa, ou um fio de
qualquer outra coisa útil. Todas as suas qualidades sensíveis foram apagadas. E
também já não é mais o produto do carpinteiro, como na religião, do pedreiro
como na construção civil, do fiandeiro na indústria têxtil ou de qualquer outro
trabalho produtivo determinado. Com o caráter útil dos produtos do trabalho
desaparece o caráter útil dos trabalhos neles representados e, portanto, também
as diferentes formas concretas, que não mais se distinguem uns dos outros,
sendo todos reduzidos a trabalho humano igual, a trabalho humano abstrato. A continuação
dialética da investigação nos levará de volta ao valor de troca como om modo
necessário de expressão ou forma de manifestação do valor, mas este
valor tem de ser, por ora, considerado independentemente dessa forma. Assim, um
valor de uso ou bem só possui valor porque nele está objetivado ou
materializado trabalho abstrato. Como medir a grandeza de seu valor?
Por meio da quantidade de “substância formadora de valor”, isto é, da
quantidade de trabalho nele contida.
No
entanto, o trabalho que constitui a substância dos valores é trabalho humano
igual, dispêndio da mesma força de trabalho humano. Se o processo de reprodução
social do trabalho ocorre desta forma, que lições poderemos tirar deste
metabolismo social, ou seja, a dinâmica envolvendo a sociedade e o meio
ambiente natural reconhecida e caracterizada pela relação de apropriação dos
bens naturais pela sociedade com a finalidade de transformá-los em produtos
consumíveis. A força de trabalho conjunta da sociedade, que se apresenta nos
valores do mundo das mercadorias, vale aqui como uma única força de trabalho
humana, embora consista em inumeráveis forças de trabalho individuais. Cada uma
dessas forças de trabalho individuais é a mesma força de trabalho humana que a
outra, na medida em que possui o caráter de uma força de trabalho social média
e atua como tal força de trabalho social média; portanto, na medida em que,
para a produção de uma mercadoria, ela só precisa do tempo de trabalho em média
necessário ou tempo de trabalho socialmente necessário. Tempo de trabalho
socialmente necessário é aquele requerido para produzir um valor de uso
qualquer sob as condições normais para uma dada sociedade e com o grau social
médio de destreza e intensidade do trabalho. Falando novamente em fios, após a
introdução do tear a vapor na Inglaterra, por exemplo, passou a ser possível
transformar uma dada quantidade de fio em tecido empregando cerca da metade do
trabalho de antes. Na verdade, o tecelão manual inglês continuava a precisar do
mesmo tempo de trabalho para essa produção, mas agora o produto de sua hora de
trabalho individual representava apena a metade da hora de trabalho social e,
por isso, seu valor caiu para a metade do dispêndio da capacidade de trabalho
anterior.
A
tese materialista de Marx, resumidamente, apresenta-se da seguinte forma: é unicamente a
quantidade de trabalho socialmente necessário ou o tempo de trabalho
socialmente necessário para a produção de um valor de uso que determina a
grandeza de seu valor. A mercadoria individual vale aqui somente como exemplar
médio de sua espécie. Por essa razão, mercadorias em que estão contidas
quantidades iguais de trabalho ou que podem ser produzidas no mesmo tempo de trabalho
têm a mesma grandeza de valor. O valor de uma mercadoria está para o valor de
qualquer está para o valor de qualquer outra mercadoria assim como o tempo de
trabalho necessário para a produção de uma está para o tempo de trabalho
necessário para a produção de outra. Isto é, a sua representação como valores,
incidem em todas as mercadorias que são apensa medidas determinadas de tempo de
trabalho cristalizado, pois assim, a grandeza de valor de uma mercadoria
permanece constante se permanece igualmente constante o tempo de trabalho
requerido para sua produção. Essa força produtiva do trabalho é determinada por
múltiplas circunstâncias, dentre outras pelo grau médio de destreza dos
trabalhadores, o grau de desenvolvimento da ciência e de sua aplicabilidade tecnológica,
a organização social do processo de produção, o volume e a eficácia dos meios
de produção e as condições naturais.
Quando Marx (2013) afirma que o nome de algo é totalmente exterior à sua natureza, ele quer dizer que não sabe nada de um homem quando sabe apenas que ele se chama Jacó. Do mesmo modo, nas denominações monetárias libra, táler, franco, ducado etc. desaparece todo sinal da relação de valor. A confusão sociológica sobre o sentido oculto desses símbolos cabalísticos é tanto maior porque as denominações monetárias expressam o valor das mercadorias e, ao mesmo tempo, partes das alíquotas de um peso metálico, do padrão monetário. Por outro lado, é necessário que o valor, em contraste com os variados corpos do mundo das mercadorias, desenvolva-se nessa forma material, desprovida de conceito, mas também simplesmente social. O preço é a denominação monetária do trabalho objetivado na mercadoria. A equivalência entre a mercadoria e a quantidade de dinheiro, cujo nome é seu preço, é uma tautologia, como a expressão relativa de valor é sempre a expressão da equivalência entre duas mercadorias.
Mas
se considerarmos que o preço, como equivalente da grandeza de valor da
mercadoria, é exponente de sua relação de troca com o dinheiro, disso não se
conclui a relação inversa, isto é, que o oponente de sua relação social de
troca com o dinheiro seja necessariamente o exponente de sua grandeza material
de valor. A grandeza de valor da mercadoria expressa, portanto, uma relação
necessária e imanente ao seu processo constitutivo com o tempo de trabalho
social. Com a transformação da grandeza de valor em preço, essa relação
necessária aparece como relação de troca entre uma mercadoria e a
mercadoria-dinheiro existente fora dela. Nessa relação, porém, é igualmente
possível que se expresse a grandeza de valor da mercadoria, como o mais ou
menos pelo qual ela vendável sob dadas circunstâncias. A possibilidade de uma
incongruência quantitativa entre preço e grandeza de valor, ou o desvio do
preço e relação à grandeza de valor, portanto, na própria formação-preço. Isso
não é nenhum defeito dessa forma, mas, ao contrário, aquilo que faz dela a
forma adequada a um modo de produção em que a regra só se pode impor como lei
média do desregramento que se aplica cegamente.
A divisão do trabalho converte o produto do trabalho em mercadorias e, com isso, torna necessária sua metamorfose em dinheiro. Ao mesmo tempo, ela transforma o sucesso ou insucesso dessa transubstanciação em algo acidental. No entanto, o fenômeno que se deve ser considerado em sua pureza, razão pela qual pressupomos o seu curso normal. Além disso, quando ele enfim se processa, quando a mercadoria não é invendável, sua mudança de forma ocorre sempre, ainda que, nessa mudança de forma, possa ocorrer um acréscimo ou uma diminuição anormal de substância – de grandeza de valor. A alienação da forma original da mercadoria se consuma mediante a venda da mercadoria, isto é, no momento em que seu valor de uso atrai efetivamente o ouro que, em seu preço, era apenas representado. A realização do preço ou da forma de valor apenas ideal das mercadorias é, ao mesmo tempo e inversamente, a realização do valor de uso apenas ideal do dinheiro, a conversão de mercadoria em dinheiro e, simultaneamente, de dinheiro em mercadoria. Trata-se de um processo bilateral que apresenta a relação social polo do possuidor de mercadorias que é venda; e também do polo do possuidor de dinheiro, compra. Venda é compra, como possuidor de dinheiro, porque seu produto possui, por natureza, a forma-dinheiro é material-dinheiro ouro etc., ou porque sua própria mercadoria muda de pele, despojando-se de sua forma original.
Uma vez que muitas técnicas inovadoras estejam sendo colocadas em prática na produção, juntamente com os procedimentos de controle de custos, fica mais fácil para as empresas fabricarem seus produtos. O metal de cobre é convertido em fios de diversas formas, bem como através de processos que envolvem muitas máquinas, mas que permitem a manufatura de fios de cobre de todos os tamanhos e espessuras. Da mesma forma, os fabricantes de tiras de cobre e outras empresas que estão fabricando dispositivos elétricos de metal de cobre se esforçam para dar uma grande precisão da engenharia aos produtos. Esta estratégia de qualidade voltada para o consumo de forma eficaz ajuda a manter os padrões em todo o processo de produção dos produtos de cobre. O processo industrial tem necessidades diferentes de utilizar inúmeros tipos de cabos para satisfazer a todos os requisitos. Alguns fabricantes de cobre também produzem fios de cobre personalizados, que seguirão uma padronização orientada para a indústria.
O cobre ocupa a mesma família na
tabela periódica que a prata e o ouro. O ouro é um metal de
coloração dourada, de aspecto brilhante, resistente à corrosão, dúctil e
maleável. Sua beleza fez desse metal um dos mais cobiçados ao longo da história
da humanidade, seja por importância econômica, seja por questões religiosas e
esotéricas. É considerado o mais nobre dos metais, embora não seja o mais caro
nas cotações atuais. O ouro é um metal imutável, uma vez que sua inércia
química permite que sua aparência permaneça inalterada por milênios, como é o
caso do ouro presente na máscara do faraó Tutancâmon, a qual se mantém como se
tivesse sido confeccionada há pouco tempo. A magnífica máscara da morte é a
grande atração do Museu do Egito no Cairo, é feita em ouro puro e decorada com
pedras preciosas, mede 54cm de altura, 39.3cm de largura e pesa 11kg, o seu
valor é incalculável. O ouro está amplamente disperso no mundo e, por isso, foi
descoberto por vários grupos sociais distintos em muitos locais, regiões,
países e continentes em épocas diferentes, estando atrelado à cultura e história
de diversas sociedades e nações. Entre os metais, o ouro é o mais maleável e
dúctil, podendo um grama ser laminado em uma extensão de, aproximadamente, um
metro quadrado.
Outro
destaque no âmbito da economia e produtividade social provém de sua utilidade
de uso com alta condutividade elétrica, sendo o terceiro metal com maior
condutividade da Tabela Periódica, ficando atrás de dois metais de seu grupo: a
prata, a maior condutora de todos eles, e o cobre, o segundo maior condutor de
eletricidade. Em termos de estrutura eletrônica, o cobre tem um elétron orbital
(abstrato) em cima de uma cheia escudo do elétron que faz ligações metálicas. A
prata e o ouro são semelhantes. O cobre é normalmente fornecido, como quase
todos os metais de uso industrial e comercial, em um grão fino de formulário
policristalino. Metais policristalinos tem mais força do que formas
monocristalinas, e a diferença é maior para o menor grão (de cristal) em
tamanho. É facilmente trabalhado, sendo que ele tem ambas as propriedades de
dúctil e maleável. A facilidade com que pode ser levado a cabo o torna útil para
trabalhos elétricos, assim como sua alta condutividade elétrica. O cobre tem um
tom avermelhado, alaranjado ou cor acastanhada devido a uma fina camada de
manchas (incluindo óxidos). O cobre puro é rosa ou cor de pêssego. Cobre e ósmio (azulada), césio e de ouro (tanto amarelo) são os únicos quatro metais com uma cor natural que não o cinza ou prata. Cobre resultados cor
característica de sua configuração eletrônica.
Não
se sabe exatamente quando esse metal foi descoberto. Mas a primeira menção dele
foi feita no livro bíblico de Gênesis 4:22, no qual se relata que
Tubalcaim, filho de Zilá com Lameque, era “mestre (ou forjador) de toda a obra
de cobre e ferro”. Tubalcaim é um personagem bíblico do Antigo Testamento,
mencionado no livro de Gênesis como um dos filhos do perverso Lameque e de
Zilá, fazendo parte da descendência de Caim. Foi irmão de Naamá e meio-irmão de
Jubal e Jabal. Ele é um mestre na forja de objetos feitos de ferro e cobre.
Mas, o cobre ganhou maior destaque a cerca de 7000 anos atrás, por volta de
3000 a. C. quando se descobriu que com ele podia-se formar ligas metálicas. Os
povos do Egito, Mesopotâmia e dos vales hindus já estavam familiarizados com
ele. O acréscimo de estanho ao cobre forma uma liga de maior resistência frente
à corrosão pela água e pelo ar, que é o próprio bronze. Também quando se
adiciona zinco ao cobre, forma-se o latão que, assim como o bronze, é mais
durável que o metal puro. Hoje em dia, existem mais de mil tipos de ligas com o
elemento cobre. O cobre com o ouro e a prata, era a base das moedas de
circulação no mundo antigo. Ele era o menos valioso destes três. Atualmente,
ele ainda é usado na fabricação de moedas, mas geralmente na forma de liga
monetária ou liga metálica, formada por 75% de cobre e 25% de níquel.
O cobre é um mineral considerado
essencialmente para o organismo. Ele é um oligoelemento, elemento químico essencial
para os seres vivos encontrado em baixa concentração nos organismos, porém de
fundamental importância biológica. O corpo humano não consegue produzir o
cobre, ele é obtido por meio da alimentação. O cobre ajuda na formação de
algumas células sanguíneas, hormônios e enzimas antioxidantes, também contribui
para a síntese de neurotransmissores, formação da bainha de mielina e regulação
da expressão gênica. O cobre ainda ajuda a regular a quantidade de ferro no
organismo e na formação de tecidos conjuntivos. Ele está presente em nosso
corpo em pequena quantidade. Considerando um peso de 70 kg, a pessoa possuirá
72 mg de cobre, concentrando-se principalmente no fígado e ossos. Sua função biológica
em nosso corpo é a de auxiliar as enzimas envolvidas na utilização de oxigênio.
Não existe perigo se não obtermos esse metal em quantidades suficientes em
nossa alimentação. O cobre é um mineral que se encontra no sangue, no fígado,
cérebro, coração e no rim para várias funções do corpo, como produzir energia,
formação dos glóbulos vermelhos, formação dos ossos. É antioxidante, o que
ajuda a proteger a forma das células de possíveis danos, evitando envelhecimento precoce e até o aparecimento de doenças graves como câncer.
A
deficiência de cobre no organismo é rara, pois a quantidade de cobre encontrada
nos alimentos é suficiente para atingir as necessidades de cobre o suficiente que
o corpo precisa interna e externamente. Em alguns casos, pode até acontecer o
acúmulo excessivo de cobre no corpo, o que pode provocar diarreia ou gosto metálico
na boca, por exemplo. Ele é facilmente ingerido, pois está presente em diversos
alimentos, além da água que é transportada por canos de cobre. O cobre ainda
ajuda a regular a quantidade de ferro no organismo e na formação de tecidos
conjuntivos. O cobre é bom para a manutenção da pele por alguns motivos
essenciais. Ele é importante para a formação de melanina, que desempenha um
papel na pigmentação da pele, cabelos e olhos, impedindo, por exemplo, a
formação de manchas de pele, melasma. A lisil oxidase, é uma enzima dependente
de cobre responsável pela ligação cruzada de colágeno e elastina, que são
essenciais para a formação biológica de tecido conjuntivo forte e flexível. A ação
antioxidante que o cobre proporciona por meio das enzimas antioxidantes também
irá contribuir primordialmente na composição orgânica para a obtenção de uma
pele mais saudável e bonita.
Muitas
cuproenzimas, enzimas dependentes de cobre, são responsáveis por diversas
reações essenciais para a função normal do cérebro e do sistema nervoso. Estas
enzimas dependentes de cobre são responsáveis pela síntese de neurotransmissores,
se faz a partir de um precursor como a tirosina, triptofano, colina e outros
alfa-aminoácidos que, vindo do meio externo para o interior do neurônio,
atravessa a membrana do corpo celular da estrutura neuronal por intermédio de
mecanismos especializados. Além disso, a formação e manutenção da bainha de
mielina, bainha protetora que cobre os nervos, é feita de fosfolipídios cuja
síntese depende da atividade do citocromo c oxidase, enzima dependente de
cobre. A forte ação antioxidante que o cobre proporciona indiretamente também
irá prevenir possíveis doenças cerebrais degenerativas. O cobre é essencial
para que as pessoas tenham um bom aproveitamento da propalada vitamina C. Esta
vitamina aumenta a produção de glóbulos brancos, células que fazem parte do
sistema imunológico e que tem a função primordial de combater microrganismo e
estruturas estranhas ao corpo. A vitamina C também aumenta os níveis de
anticorpos no organismo. Ela ajuda a fortalecer o sistema imunológico, deixando
o corpo menos suscetível a doenças. A poderosa ação antioxidante indiretamente
também age de forma positiva na imunidade.
A
circulação de mercadorias, para Marx, distingue-se da troca direta de produtos
não só formalmente, mas também essencialmente. Lancemos um olhar retrospectivo
sobre o percurso. O tecelão de linho trocou incondicionalmente o linho pela
Bíblia, a mercadoria própria por uma mercadoria alheia. Mas esse fenômeno só é
verdadeiro para ele. O vendedor de Bíblias, que prefere o quente ao frio, não
pensou em trocar a Bíblia por linho, assim como o tecelão de linho não sabe que
seu linho foi trocado por trigo etc. O tecelão só pode vender o linho porque o camponês
já vendeu o trigo, o esquentado só pode vender a Bíblia porque o tecelão já
vendeu o linho, o destilador só pode vender a aguardente porque o outro já
vendeu a água da vida eterna. Por isso, diferentemente da troca direta de
produtos, o processo de circulação não se extingue com a mudança de lugar ou de
mãos dos valores de uso. O dinheiro não desaparece pelo fato de, no final,
ficar de fora da série de metamorfoses da mercadoria. Ele sempre se precipita
em algum lugar da circulação deixado desocupado pelas mercadorias. Por exemplo,
na metamorfose completa do linho, linho-dinheiro-Bíblia, é o linho que primeiro
sai de circulação, entrando o dinheiro em seu lugar, e então a Bíblia sai de
circulação e o dinheiro toma o seu lugar. A substituição de uma mercadoria por
outra faz com que o dinheiro acabe nas mãos de um terceiro. A circulação é um
meio que transpira dinheiro por todos os poros.
Nada
poderá ser mais tolo do que o dogma de que a circulação de mercadorias
provoca um equilíbrio necessário de vendas e compra, uma vez que cada venda é
uma compra e vice-versa. Se isso significa que o número de vendas efetivamente
realizadas é o mesmo das compras, trata-se de pura tautologia. Mas ele pretende
provar que o vendedor leva seu próprio comprador ao mercado. Venda e compra são
ato idêntico como relação mútua entre duas pessoas situadas em polos contrário:
o possuidor de mercadorias e o possuidor de dinheiro. Como ações da mesma
pessoa, eles constituem dois atos frontalmente opostos. A identidade de compra
e venda implica que a mercadoria se torna inútil se, uma vez lançada na retorta
alquímica da circulação, ela não resulta desse processo como dinheiro, se não é
vendida pelo possuidor de mercadorias, e, portanto, não é comprada pelo
possuidor de dinheiro. Comprado tem a
mercadoria, o vendedor tem o dinheiro, isto é, uma mercadoria é uma relação
social que conserva a forma adequada à circulação independentemente se cedo ou
tarde ela volta a aparecer no mercado. Ninguém pode vender sem que o outro
compre. Mas ninguém precisa comprar apenas pelo fato de ele mesmo ter vendido.
A circulação rompe as barreiras temporais, locais e individuais da troca de
produtos. Precisamente porque provoca uma cisão na identidade imediata aqui
existente: entre valor de uso do próprio produto do trabalho e o receber em valor
o produto do trabalho alheio, transformando essa identidade na antítese entre
compra e venda.
Durante o ano de 2021 foram furtados
ou roubados 4,12 milhões de metros de cabos de telecomunicações, segundo a Conexis
Brasil Digital, sindicato nacional das operadoras de telecomunicações. Nas
contas das teles, isso significou que mais de 6 milhões de clientes ficaram se acesso
a serviços de comunicação. O volume de cabos roubados é 11% menor que o
registrado em 2020, quando foram furtados ou roubados 4,6 milhões de metros.
Segundo as empresas, o resultado está ligado a um maior diálogo do setor com
autoridades federais, estaduais e municipais para a promoção de ações de
combate ao furto, roubo e vandalismo de cabos e equipamentos. São Paulo é o
estado que mais sofre com o roubo e furto de cabos de telecomunicações. Durante
o ano de 2021 foram furtados 1,081milhão de metros. Em segundo lugar ficou o
estado do Paraná, com 608,5 mil metros de cabos furtados ou roubados, seguido
pelo Rio de Janeiro, com 504,1 mil metros. No Rio Grande do Sul, estado que
ocupou a quarta posição, a quantidade de cabos furtados aumentou 75% em 2021 na
comparação com 2020, passando de 187.676 metros para 328.959 metros. – “O
furto, o roubo e a receptação de cabos e equipamentos causam prejuízo direto
para os consumidores, que ficam sem acesso a serviços que se mostraram
essenciais durante a pandemia, e para as empresas, que precisam repor esses
equipamentos. As ações criminosas comprometem ainda os serviços de utilidade
pública como polícia, bombeiros e emergências médicas”, sustentam as
operadoras.
O
setor defende a aprovação de projetos de lei que aumentem as penas desses
crimes. E também defende a punição de empresas que compram equipamentos
furtados ou roubados, além da mudança da regra que penaliza as operadoras
quando o serviço é interrompido em decorrência do crime. Além do furto e roubo,
as teles reclamam dos bloqueios de acesso das equipes das prestadoras
para a manutenção de equipamentos, usados para a prestação do serviço. – “As
operadoras ficam sem acesso aos equipamentos e impedidas de dar a manutenção
necessária à prestação do serviço, assim como para a eventual substituição dos
itens roubados. Já os consumidores ficam reféns, privados dos serviços ou
obrigados a contratá-los de empresas ilegais, controladas pelo crime
organizado, sem quaisquer direitos, garantias e sujeitos a preços abusivos”.
A
deputada federal Aline Sleutjes apresentou projeto de lei federal nº 3410/2021
que tem por objetivo a aplicação de medidas administrativas de prevenção e
combate ao roubo, furto e receptação de cabos, fios metálicos, geradores,
baterias, transformadores e placas metálicas. O Projeto de Lei tem a finalidade
de quebrar a cadeia ilícita referente à comercialização de cabos, fios e
materiais metálicos obtidos por meio ilícito: roubo, furto e receptação, além
de impor obrigações adicionais aos comerciantes de sucatas metálicas e
sanções para os que as desrespeitem. A pessoa física ou jurídica que armazenar,
trocar ou comercializar, esse tipo de fio que sejam comprovadamente produto de
crime ou não tenham procedência lícita comprovada, enfrentarão sansões
administrativas como multa de no mínimo R$ 5 mil podendo chegar até R$ 50 mil e
cancelamento da inscrição no cadastro de ICMS, da pessoa jurídica ou de seu
conglomerado econômico, com aplicação de multa ou não aos seus sócios e
suspensão da prerrogativa da pessoa física ou jurídica, bem como seus sócios,
envolvidos na atividade ilícita, de constituir empresa para os fins vedados por
esta Lei, por um período mínimo de 5 anos, em todo território brasileiro.
Historicamente estimativas iniciais
da descoberta do cobre sugerem em torno de 9000 a.C. no Oriente Médio. Foi o
mais importante dos materiais da humanidade durante a chamada Era do Cobre e
Bronze. Objetos de cobre de 6000 a.C. foram encontrados em Çatal Höyük,
Anatolia. Em 5000 a.C. já se realizava comercialmente a fusão e refinação do
cobre a partir de óxidos como a malaquita e azurita. Os primeiros
indícios de utilização do ouro não foram vislumbrados até 4000 a.C.
Descobriram-se moedas, armas, utensílios domésticos sumérios de cobre e bronze
de 3000 a.C., comparativamente como egípcios da mesma época, inclusive tubos de
cobre. Os egípcios também descobriram que a adição de pequenas quantidades de
estanho facilitava a fusão do metal e aperfeiçoaram os métodos de obtenção do
bronze; ao observarem a durabilidade do material representaram o cobre com o Ankh,
símbolo da vida eterna. Na antiga China o uso do cobre é reconhecido desde 2000
anos antes da nossa Era, e em 1200 a.C. já se fabricavam bronzes de excelente
qualidade estabelecendo um manifesto domínio na metalurgia sem comparação com a
do Ocidente. Na Europa o homem de gelo encontrado no Tirol, na Itália, em 1991,
cujos restos têm uma idade de 5300 anos, estava acompanhado de um machado de
cobre com pureza de 99,7%, e os elevados índices de arsênico encontrados em seu
cabelo “levam a supor que fundiu o metal para a fabricação da ferramenta”.
O
cobre é um metal de transição avermelhado, que apresenta alta condutibilidade
elétrica e térmica, só superada pela da prata. É possível que o cobre tenha
sido o metal mais antigo a ser utilizado entre os gentios, pois se têm
encontrado objetos de cobre de 8700 a.C. Pode ser encontrado em diversos
minerais e pode ser encontrado nativo, na forma metálica, em alguns
lugares. Fenícios importaram o cobre da Grécia, não tardando em explorar as
minas do seu território, como atestam os nomes das cidades Calce, Calcis e
Calcitis (de χαλκος, bronze), ainda que tenha sido Chipre, a meio
caminho entre Grécia e Egito, por muito tempo reconhecido o país do cobre por
excelência, ao ponto de os romanos chamarem o metal de aes cyprium, ou
simplesmente cyprium e cuprum, donde provém o seu nome. Além disso, o
cobre foi representado com o mesmo signo que Vênus, a afrodite, pois Chipre
estava consagrada a deusa da beleza e os espelhos eram fabricados com este
metal. O símbolo, espelho de Vênus da mitologia e da alquimia, modificação do
egípcio Ankh, foi adotado por Carl Linné (1707-1778) para simbolizar o gênero
feminino. O período de transição entre o neolítico e a Idade do Bronze foi
denominado período calcolítico que marca a passagem do ponto de vista abstrato da
pré-história para a história.
Carl
Nilsson Linnæus foi um botânico, zoólogo e médico sueco, responsável por popularizar
a nomenclatura binomial criada pelo naturalista Gaspard Bauhin (1560-1624) e a
classificação científica, sendo assim considerado o “pai da taxonomia moderna”.
Carlos Lineu foi um dos fundadores da Academia Real das Ciências da Suécia. Participou
também no desenvolvimento da escala Celsius de temperatura, invertendo a escala
que Anders Celsius havia proposto, passando o valor de 0° para o ponto de fusão
da água e 100° para o ponto de ebulição que pertence a uma escala que tem cem
graus: grau centígrado. As denominações graus centígrados e termômetro
centígrado tornaram-se obsoletas depois da Conferência Geral de Pesos e Medidas
de 1948, tendo preferência as formas graus Celsius, termômetro Celsius. Carl Lineu era o botânico mais reconhecido de
seu tempo, sendo também reconhecido pela compreensão dos literários. O filósofo
Jean-Jacques Rousseau enviou-lhe a mensagem: - “Diga-lhe que não conheço maior
homem no mundo”; o escritor Johann Wolfgang von Goethe escreveu: - “Além de
Shakespeare e Spinoza, não conheço ninguém entre os que já não se encontram
entre nós que me tenha influenciado mais”. O escritor August Strindberg
escreveu: - “Lineu era na realidade um poeta que por acaso se tornou um
naturalista”. É ainda o cientista da área das ciências naturais mais famoso da
Suécia e como reconhecimento histórico e factual a sua figura humana esteve
presente nas notas suecas de 100 coroas entre 1985 e 2016.
Bibliografia geral consultada.
HEGEL, Friedrich, Enciclopédia das Ciências Filosóficas em Compêndio: 1830. Volume II. A Filosofia da Natureza. São Paulo: Editora Loyola, 1997; FERNANDEZ, Oscar Jesus Choque, Microquímica e Mineralogia de Processos do Cobre de Salobro, Carajás. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica. Centro de Geociências. Belém: Universidade Federal do Pará, 2002; GUINCHARD, Vincent; PERRIN, Franck, L´Aristocratie Celte à la Fin de l´Age du Fer. (du II Siècle avant J.-C. au I Siècle Après J.-C.). Glux-en-Glenne: Éditions Collection Bibracte 5, 2002; LUFTI, Mansur, Os Ferrados e os Cromados: Produção Social e Apropriação Privada do Conhecimento Químico. 2ª edição. Ijuí: Editora da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, 2005; YUBA, Andrea Nagulssa, Análise da Pluridimensionalidade da Cadeia Produtiva de Componentes Construtivos de Madeira de Plantios Florestais. Tese de Doutorado. Escola de Engenharia de São Carlos. Universidade de São Paulo, 2005; ARAÚJO, Antônio Carlos Marques, Perdas e Inadimplência na Atividade de Distribuição de Energia Elétrica no Brasil. Tese de Doutorado. Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2007; FOIATTO, Noara, Sistematização do Reconhecimento de Irregularidades que Caracterizam Fraude em Medidores de Energia Elétrica. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2009; MARX, Karl, O Capital: Crítica da Economia Política. Livro I. O Processo de Produção do Capital. São Paulo: Boitempo Editorial, 2013; SANTOS, Carlos Orlando Pereira dos, Sistema de Distribuição Aéreo de Energia Elétrica sem Rede de Baixa Tensão para Eliminar Furto e Fraude. Dissertação de Mestrado. Programa de Planejamento Energético. Itajubá: Universidade Federal de Itajubá, 2018; SILVA, Alfredo José Ferreira, Adsorção dos Íons de Cobre Usando Pó da Palha da Carnaúba e Bentonita: Estudo Cinético, Termodinâmico e de Equilíbrio. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química. Centro de Tecnologia. Natal: Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2019; VIEIRA, Andrea Mara Ribeiro da Silva, Natureza da Ciência e a Educação Científica: Compreendendo a Dimensão Histórica e o Papel da Historicidade. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Educação. Faculdade de Educação. Brasília: Universidade de Brasília, 2020; Artigo: “Combate ao Roubo de Cabos de Telecom e a Reforma Tributária estão entre as Prioridades Legislativas para 2022”. Disponível em: https://conexis.org.br/02/02/2022/; entre outros.
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