“Irina non è una ragazza tranquilla”. Tatiana Niculescu (cf. Zandel, 2013)
A teologia do sacerdócio católico
está enraizada no sacerdócio de Jesus Cristo e compartilha a influência de
alguns elementos do antigo sacerdócio hebraico. Um padre é aquele que preside a
um sacrifício e o oferta juntamente com as orações a Deus, em nome dos fiéis. O
antigo sacerdócio judeu funcionava no templo em Jerusalém, onde animais eram
oferecidos em sacrifício em vários momentos durante o ano por diversas razões.
Na teologia cristã, Jesus é o cordeiro fornecido pelo próprio Deus como um
sacrifício pelos pecados do mundo. Antes de sua morte na cruz, Jesus celebrou a
Páscoa com seus discípulos, abençoando o pão e o vinho, respectivamente,
dizendo: “Tomai e comei, isto é o meu corpo” e “Bebei dele todos, pois isto é o
meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado por muitos para remissão dos
pecados. No dia seguinte, o corpo e o sangue de Cristo estavam visivelmente
sacrificados na cruz. Os católicos crêem que é este mesmo corpo, sacrificado na
cruz e ressuscitado no terceiro dia que se faz presente na oferta de cada
sacrifício eucarístico. O catolicismo não acredita que a doutrina da presença
real de Cristo na Eucaristia implica uma mudança social nas reais
características materiais alimentar do pão e do vinho: análises científicas dos
elementos eucarísticos indicam que as propriedades físicas do pão e do vinho
não mudam.
Cristian
Mungiu, nascido em Iaşi, em 27 de abril de 1968 é um realizador de cinema
romeno. Iași escrita em várias línguas europeias ocidentais é uma cidade e
município da Romênia e a capital do județ (distrito) de Iași, na região da
Moldávia. O município tem 94 km² e em 2011 a cidade tinha 290 422 habitantes e
a sua área metropolitana tinha 507 100 habitantes. É a segunda maior cidade da
Romênia, a seguir a Bucareste. Entre 1564 e 1859 foi a capital do Principado da
Moldávia; depois disso, entre 1859 e 1862, foi uma das duas capitais dos
Principados Unidos da Valáquia e Moldávia (1859-1881); entre 1916 e 1918 foi a
capital da Romênia. O Palácio de Cultura de Jassy, de estilo neogótico, foi
construído entre 1907 e 1926 no local de um antigo palácio principesco,
desenhado pelo arquiteto I. D. Berindei, é agora um vasto complexo museológico.
Mungiu é um dos realizadores atuais reconhecidos da Romênia. Em 2007, escreveu
e dirigiu o filme 4 luni, 3 săptămâni şi 2 zile, premiado com a Palma de Ouro
no Festival Internacional de Cinema de Cannes. Depois de estudar Literatura
Inglesa na Universidade de Iaşi, foi professor e jornalista. Em seguida
inscreveu-se na Universitatea Naţională
de Artă Teatrală şi Cinematografică “I.L.Caragiale” (UNITAC) em Bucareste para
estudar o processo de formação e realização de cinema.
A
instituição assume o compromisso legitimo de centro cultural nacional, que contribui
para a formação, desenvolvimento, transmissão e difusão dos valores culturais,
e que é um marco para a arte e a cultura do nosso país, gerador de fenômenos
artísticos e culturais. Formação de especialistas na área de artes cênicas e
cinema, bem como em áreas afins: mídia, multimídia, gestão artística e cultural
e marketing, pedagogia artística, em nível de graduação e pós-graduação (Mestrado/Doutorado),
como uma universidade avançada de pesquisa e criação artística e/ou formação em
perfil artístico e profissional de excelência. Após concluir a graduação em
1998, Mungiu dirigiu diversos curtas-metragens. Em 2002, estreou o seu primeiro
filme, Occident, que recebeu aclamação da crítica, ganhou vários prêmios em
festivais de cinema e foi anunciado no Director`s Fortnight no Festival de
Cannes de 2002. Em 2007 Cristian Mungiu escreveu e realizou o seu segundo
filme, intitulado: 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias. O filme foi recebido com
entusiasmo, recebendo aclamação da crítica e foi selecionado para a competição
oficial do Festival de Cannes de 2007, onde recebeu o Palme d`Or, marcando este tipo fabuloso de prêmios quando foi entregue ao realizador
romeno. As influências estéticas de realização no cinema são as de
Miloš Forman e Robert Altman.
Além
das Montanhas (2012) é um filme que gira em torno do drama romeno, dirigido e
escrito pelo cineasta Cristian Mungiu sobre duas jovens em um convento ortodoxo
oriental na Romênia, representando a jurisdição autocéfala da Igreja Ortodoxa
no território da Romênia, localizada no centro-sudeste da Europa, no norte da
península dos Bálcãs e na costa ocidental do mar Negro. A Romênia surge no
interior dos territórios da antiga Dácia, a região habitada pelos dácios (ou
getas), como eram reconhecidos pelos antigos gregos, um ramo dos trácios que
vivia a norte dos Bálcãs, uma província dos principados da Moldávia e Valáquia
formados em união pessoal em 1859. A nação conquistou a independência política
do Império Otomano em 1877 e, no final da guerra mundial, de 1914-18,
Transilvânia, Bucovina e Bessarábia uniu-se como soberano Reino da Romênia. No
final da 2ª guerra mundial, de 1939-45, os territórios que correspondem à
Moldávia foram “ocupados” pela União Soviética e o país tornou-se uma república
socialista e membro do Pacto de Varsóvia. Após a Revolução Romena de 1989, a
nação transita para a democracia liberal e a economia de mercado capitalista. O
filme polemiza a relação homoerótica feminina entre a questão da fé e
sexualidade. O etnocentrismo é a visão
preconceituosa e unilateralmente formada sobre outros povos, culturas,
religiões e etnias. Esse conceito refere-se ao hábito de julgar
inferior uma cultura da sua própria cultura, considerando absurdo
tudo que dela deriva e considerando a sua aparentemente como a única correta. É
uma ignorância obscura, pois significa estado de quem se encontra na escuridão,
de quem vive na ignorância.
Na
filosofia, sabemos, o método socrático permanece um pouco, por toda parte, nas escolas,
o modelo da pedagogia liberal – senão libertária – e, nesse sentido, é capital
que Jacotot tenha invertido as coisas. Ele o fez, mostrando que o ponto crucial
do que denomina “embrutecimento” não é a sujeição de uma vontade a outra; que o
problema, justamente, não é o de abolir toda relação de autoridade, de forma a
não deixar senão uma relação de inteligência à inteligência. Pois é exatamente
quando só existe relação de inteligência à inteligência que a desigualdade das
inteligências e a necessidade de que uma inteligência seja guiada por uma
inteligência melhor se demonstra. A emancipação dos indivíduos deve, pois, ser
pensada em um “esquema inverso”, no qual a vontade seja, não deixada de lado,
para que se estabeleça a “pura” relação entre inteligências, mas, pelo
contrário, se reconheça como tal, se declare como tal, isso é, se declare
ignorante. O que é um mestre ignorante? É o que não transmite seu saber
e não “guia” o aluno “ao bom caminho”, que diz à vontade que se encontra a sua frente para buscar seu caminho
e, para exercer sua inteligência, na busca desse caminho.
Michel
Foucault (1984) é claro quando indica o século XVIII como o início de uma época
de repressão própria das sociedades chamadas burguesas, e da qual talvez ainda
não estivéssemos completamente liberados. Mas entende que denominar o sexo
seria, a partir desse momento, mais difícil e custoso. Como se, para dominá-lo
no plano real, tivesse sido necessário, primeiro, reduzi-lo ao nível da
linguagem, controlar sua livre circulação no discurso, bani-lo das coisas ditas
e extinguir as palavras que o tornam presente de maneira sensível. Dir-se-ia
mesmo que essas interdições temiam chamá-lo pelo nome. Sem mesmo ter que
dizê-lo, o pudor moderno obteria que não falasse dele, exclusivamente por
intermédio de proibições que se completam mutuamente: mutismos que, de tanto
calar-se, impõe o silêncio: censura. Ora, considerando-se esses três últimos
séculos em suas contínuas transformações, as coisas aparecem bem mais
diferentes: em torno e a propósito do sexo há uma verdadeira explosão
discursiva. Novas regras de decência, sem dúvida alguma, filtraram as palavras:
polícia dos enunciados. Controle também das enunciações: definiu-se de maneira
muito mais estrita onde e quando não era possível falar dele; em que situações,
entre quais locutores, e em que relações sociais; estabeleceram-se, assim,
regiões, senão de silêncio absoluto, pelo menos de tato e descrição: entre pais
e filhos, por exemplo, ou educadores e alunos, patrões e serviçais. É quase
certo ter havido aí toda uma economia restritiva. Ela se integra nessa política
da língua e da palavra – espontânea por um lado e deliberada por outro – que
acompanhou as redistribuições sociais como representante da época clássica.
Em
compensação, no nível dos discursos e de seus domínios, o fenômeno é quase
inverso. Sobre o sexo, os discursos – discursos específicos, diferentes tanto
pela forma como pelo objeto – não cessaram de proliferar: uma fermentação
discursiva que se acelerou a partir do século XVIII. Mas o essencial, afirma
Foucault, é a multiplicação dos discursos sobre o sexo no próprio campo do
exercício do poder: incitação institucional a falar do sexo e a falar dele cada
vê mais; obstinação das instâncias do poder a ouvir e a fazê-lo falar ele
próprio sob a forma de articulação explícita e do detalhe infinitamente
acumulado. Mas, pode-se muito bem policiar a língua, a extensão da confissão e
da confissão da carne não para de crescer. Pois a Contra-Reforma se dedica, em
todos os países católicos a acelerar o ritmo da confissão anual. Porque tenta
impor regras meticulosas de exame de si mesmo. Mas, sobretudo, porque atribui
cada vez mais importância, na penitência – em detrimento, talvez, de alguns
outros pecados – a todas as insinuações da carne: pensamentos, desejos,
imaginações voluptuosas, deleites, movimentos simultâneos da alma e do corpo,
tudo isso deve entrar em detalhe, no jogo da confissão e da direção
espiritual. O sexo segundo a nova pastoral, não deve ser mencionado sem
prudência; mas seus aspectos, suas correlações, seus efeitos, ser
seguidos até as mais finas ramificações: uma sombra num devaneio, uma imagem
expulsa com demasiada lentidão, uma cumplicidade mal afastada entre a mecânica
do corpo e a complacência do espírito: deve ser dito, é importante.
Um
discurso obediente e atento deve, portanto, seguir, segundo todos os seus
desvios, a linha de junção do corpo e da alma: ele revela, sob a superfície dos
pecados, a nervura ininterrupta da carne. Sob a capa de uma linguagem que se
tem o cuidado de depurar de modo a não mencioná-lo diretamente, o sexo é
açambarcado e como que encurralado por um discurso que pretende não lhe
permitir obscuridade nem sossego. Este projeto de uma “colocação do sexo em
discurso” formara-se há muito tempo, numa tradição ascética e monástica. O
século XVII fez dele uma regra para todos. Dir-se-á que, de fato, só poderia se
aplicar a uma elite mínima; a massa dos fiéis que só frequentavam a confissão
raras vezes por ano escapava as prescrições tão complexas. Sem dúvida o
importante é que esta obrigação será fixada, pelo menos como ponto ideal para
todo bom cristão. Coloca-se um imperativo: não somente confessar os atos
contrários à lei, mas procurar fazer de seu desejo, de todo o seu desejo, um
discurso. Esta é a tese inexorável de Foucault. Se for possível, nada deve
escapar a tal formulação, mesmo que as palavras empregadas devam ser
cuidadosamente neutralizadas. A pastoral cristã inscreveu, como dever
fundamental, a tarefa de fazer passar tudo o que se relaciona com o sexo pelo
crivo interminável da palavra. A interdição de certas palavras, a decência das
expressões, todas as censuras do vocabulário poderiam muito bem ser apenas
dispositivos secundários com relação a essa grande sujeição: maneiras de
torná-la moralmente aceitável e tecnicamente útil.
Mas,
no final das contas, também a pastoral cristã procurava produzir efeitos
específicos sobre o desejo, pelo simples fato de colocá-lo integral e
aplicadamente em discurso: efeitos de domínio e de desinteresse, sem dúvida,
mas também efeito de reconversão espiritual, de retorno a Deus, efeito físico
de dores bem-aventuradas por sentir no seu corpo as ferroadas da tentação e o
amor que lhe resiste. O essencial é bem isso: que o homem ocidental há três
séculos tenha permanecido atado a essa tarefa que consiste em dizer tudo sobre
o sexo; que, a partir da época clássica, tenha havido uma majoração constante e
uma valorização cada vez maior do discurso sobre o sexo; e que se tenha
esperado desse discurso, cuidadosamente analítico, efeitos múltiplos de
deslocamento, de intensificação, de reorientação, de modificação sobre o
próprio desejo. Não somente foi ampliado o domínio do que se podia dizer sobre
o sexo e foram obrigados os homens a estendê-lo cada vez mais; sobretudo
focalizou-se o discurso no sexo, através de um dispositivo completo e de
efeitos variados que não se pode esgotar na simples relação com uma lei de
interdição. A questão é censura sobre o sexo?
Pelo contrário, constituíram-se uma aparelhagem para produzir discursos
sobre o sexo, cada vez mais discursos, susceptíveis de funcionar e de ser
efeito de sua própria economia. Enfim, o sexo não se julga apenas,
administra-se. Sobreleva-se ao poder público; exige procedimentos de gestão;
deve ser assumido por discursos múltiplos analíticos.
É
preciso, portanto, abandonar a hipótese de que as sociedades antes industriais
e hoje mais do que nunca pós-industriais inauguraram um período de repressão
mais intensa sobre o sexo. Não somente assistimos a uma explosão visível das
sexualidades heréticas mas, sobretudo e esse é o ponto importante, a um
dispositivo bem diferente da lei: mesmo que se apoie localmente em
procedimentos de interdição, ele assegura, através de uma rede de mecanismos
entrecruzados, a proliferação de prazeres específicos e a multiplicação de
sexualidades disparatadas. Diz-se que nenhuma sociedade teia sido tão recatada,
que as instâncias de poder nunca teriam tido tanto cuidado em fingir ignorar o
que interditavam, como se não quisessem ter nenhum ponto em comum com isso. É o
inverso que aparece no imaginário individual e coletivo, pelo menos numa visão
geral: nunca tantos centros de poder, jamais tanta atenção manifesta e prolixa;
nem tantos contatos e vínculos circulares, nunca tantos focos onde estimular a
intensidade dos prazeres e a obstinação dos poderes para se disseminarem mais
além.
Na
psicologia, existe um conceito chamado de “tríade obscura”. Este trio infame é
composto de traços de personalidade que definem o que costumamos chamar de
“pessoa ruim”. O primeiro desses traços é o narcisismo. Pessoas narcisistas
tendem a se concentrar em si mesmas, fantasiar com poder ilimitado e precisar
da admiração constante dos outros. Em seguida vem a psicopatia, isto é, falta
de empatia com os demais. É a característica própria de pessoas manipuladoras,
não confiável e que não se importam com os sentimentos ou interesses de outras
pessoas. Os três traços estão presentes nas pessoas emocionalmente controladas.
Estudos mostraram com altas pontuações na chamada tríade obscura através de
pessoas possuindo níveis baixos de características como simpatia, honestidade e
humildade. A expressão latina argumentum ad ignorantiam: também referida como
apelo à religião, demonstra que a ignorância neste aspecto, designa uma falácia
lógica que tenta comprovar que algo é falso ou verdadeiro, como a fé, a partir
da ignorância sobre o assunto. É um falso dilema, já que assume que todas as
premissas são verdadeiras ou que todas as premissas serão falsas.
Importante
salientar a embaixada soviética em Bucareste representava o centro de apoio dos
grupos que eram adversários de Ceausescu. Os stalinistas, os militares e os
perestroikistas, a partir do anúncio da Perestroika. Muitos eram agentes dos
soviéticos que estavam infiltrados no governo romeno. Assim como em países
vizinhos, em 1989 a maior parte da população romena estava insatisfeita com o
regime comunista. As políticas econômicas e de desenvolvimento de Nicolae
Ceaușescu, incluindo projetos de
construção grandiosos e um programa de austeridade para capacitar a
Romênia a pagar toda sua dívida nacional, geralmente eram culpadas pela
escassez grave e predominante do país que aumentava a pobreza; além do mais, a
polícia secreta (Securitate) havia se tornado tão omnipresente a ponto de
tornar a Romênia essencialmente um Estado policial. Em novembro de 1989 foi
sepultada a última aliança que Ceausescu poderia fazer com líderes das
repúblicas socialistas soviéticas. Na Alemanha Oriental Erich Honecker
(1912-1994) caiu e na Bulgária Todor Jivkov (1911-1998).
Estes
três eram reconhecidos como adversários dos projetos de Mikhail Gorbatchov,
Nobel da Paz (1990). As Revoluções dos anos de 1989, Outono das Nações,
aparente colapso do comunismo, Revoluções do Leste Europeu ou queda do
comunismo representaram apenas uma onda contrarrevolucionária que varreu a
Europa Central e a Europa Oriental no final de 1989, determinando a derrubada
do “modelo” soviético dos Estados comunistas no espaço de poucos meses. Os
nomes para esta série de eventos datam das Revoluções de 1848, também
reconhecidas como A Primavera das Nações. Em 4 de dezembro de 1989 houve
reunião entre os líderes do bloco socialista do Leste europeu e de presidentes e
ministros de relações exteriores com Mikhail Gorbatchov. Nicolae Ceaușescu
(1918-1989) se mostrou reticente na questão da diminuição de asperezas entre a
Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e o Pacto de Varsóvia, o
acordo militar assinado em 14 de maio de 1955, na capital polonesa que dá nome
ao entendimento geopolítico em torno do pacto social, entre a União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e países do Leste europeu comunista. E
relatório sobre a invasão da Tchecoslováquia (1968) onde Gorbatchov mal
justificou como uma ação política conjunta em torno do Pacto. Entretanto, em
sua opinião, Nicolae Ceaușescu ressaltou que a Romênia como nação nunca fez
parte disso.
Tatiana
Niculescu Bran (2013) nasceu em Bucareste, Romênia. Ela é formada pela Faculdade de Letras da Universidade de Bucareste e do Instituto Europeu de Jornalismo em
Bruxelas. Ela trabalhou como editora para a Seção Romena do BBC World Service
(Londres) entre 1995 e 2004 e chefiou o Bureau de Bucareste do Serviço Mundial
entre 2004 e 2008. Em 2006, ela publicou o primeiro romance de não ficção da
Romênia, Spovedanie la Tanacu (A Confissão) , que foi seguido em 2007, por
Cartea Judecatorilor (O Livro dos Juízes). Filme de Cristian Mungiu, Beyond the
Hills, que ganhou o prêmio de melhor roteiro em Cannes em 2012, foi intimamente
inspirado pelo par de romances de não ficção de Niculescu Bran. Outros títulos
de Niculescu Bran incluem In tara lui Dumnezeu (Na Terra de Deus), um romance
publicado em 2012, e duas peças. Deadly Confession, diretamente inspirado pelos
eventos narrados em The Confession e The Book of Judges dirigido por Andrei
Serban e estreou em Nova York no La Mama em 2007. Brancusi contra EUA (Brancusi vs. os Estados Unidos) examina um caso de O Escultor romeno Brancusi
movido contra os Estados Unidos em 1926. Em 2011 publica o romance político As
Noites do Patriarca. Em 2014, Bran é porta-voz do recém-eleito
presidente da Romênia, Klaus Werner Johannis.
Atual
presidente de seu país desde 2014. É presidente do Partido Nacional Liberal
desde 2014 e presidente da câmara de Sibiu, na Transilvânia, Klaus Iohannis,
cujo sobrenome também é escrito Johannis seguindo a ortografia alemã, é de
etnia alemã, fazendo parte da minoria denominada “saxões da Transilvânia”. Foi
professor de Física no colégio alemão Brukenthal em Sibiu. Durante os seus
quatro mandatos como autarca em Sibiu, desde 2000, e com o apoio do Fórum
Democrático de Alemães na Roménia (DFDR), Sibiu assistiu a um crescimento do
turismo, tendo sido capital européia da cultura em 2007. O edil foi reeleito
com resultados próximos dos 80 %. Em 2009, quatro dos cinco partidos com
assento parlamentar quiseram nomeá-lo primeiro-ministro, após a queda em bloco
do Governo do liberal Emil Boc, mas o Presidente Basescu recusou a proposta.
Lidera o Partido Nacional-Liberal, que governava antes de Ponta. A etnia alemã,
presente desde o século XII, ficou reduzida após a Revolução de 1989, que depôs o ditador Nicolae Ceaucescu. Os próprios pais de
Iohannis emigraram para a Alemanha em 1992. Nas eleições presidenciais derrotou
em nome da Aliança Cristão-Liberal (ACL), o primeiro-ministro socialdemocrata
Victor Ponta, que governou desde 2012, na segunda volta.
É
o quinto chefe de Estado da Romênia democrática e o primeiro oriundo da minoria
étnica alemã. Com 96 % votos contados, Iohannis somava 55,8 % dos votos, contra
os 44,2% de Victor Ponta. O novo chefe de Estado fala romeno, alemão e inglês.
Formou-se em física na Universidade de Cluj-Napoca, em 1983, pertence à igreja
evangélica luterana ligada à etnia alemã na Romênia. Iohannis é casado com
Carmen Iohannis (nascida Carmen Lăzurcă), professora de inglês no Colégio
Nacional Gheorghe Lazar em Sibiu. É evidentemente baseada em romance da escritora
romena Tatiana Niculescu Bran. Seu romance de não-ficção Spovedanie la Tanacu (Deadly Confession) foi publicado pela
Humanitas em 2006. Em 2007 a versão teatral dos livros dirigidos pelo
norte-americano Andrei Serban foi apresentada La Mama Theatre em Nova York. Em
2008 a representação teatral encenada em Paris, Palais de Béhague. Consagrado,
foi seguido pelo Livro dos Juízes (Cartea Judecatorilor). A 2ª edição (e também
e-book) de Deadly Confession editado pela Polirom Publishing House em 2012. Daí
à representação social da Romênia à edição do Oscar 2013, do filme După Dealuri
(Além das Montanhas) pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Os
romances causaram sensação inspirando comercialmente o estiloso cineasta
Cristian Mungiu, que dirigiu Beyond the Hills baseado nos mesmos
romances. O filme ganhou o prêmio de melhor roteiro no Festival de Cannes em
2012.
Crença
é diferente de conhecimento e de ignorância. O seu objeto não é o ser e também
não é o não-ser. Não há crença nem sobre o ser nem sobre o não-ser. Ela é menos
eficiente, e, portanto, mais obscura que o conhecimento, porém mais luminosa
que a ignorância. Ela ocupa, então, o meio-termo entre o conhecimento e a
ignorância. O seu objeto está entre o ser e o não-ser. A identificação do
objeto da crença é realizada pelo método socrático chamado elêntico (cf. Paula
Neto, 2016). Pergunta-se aos amantes de espetáculos, se entre as numerosas
coisas belas, haverá uma que não venha a mostrar-se feia, ou entre as justas, uma
que não venha a parecer injusta. A resposta fornecida por Glauco, que ocupa na
argumentação o lugar dos amantes de espetáculos, é que cada uma delas ora
aparece bela ora feia, ora justa ora injusta, ora santa ora ímpia (479 a - b).
Essas numerosas coisas que ora são ora não-são, ora mostram-se ser ora não-ser;
essas coisas que rolam entre o ser e o não-ser devem ser colocadas como objetos
da crença do ponto de vista da análise teórica abstrata, seja em Filosofia, seja em Sociologia. A crença é uma faculdade intermediária relacional ao conhecimento e
a ignorância. Aqueles que veem essas numerosas coisas justas, mas não o justo
em si tem crença. Mas não conhecimento e, crer não é o mesmo que conhecer: está baseado naquilo que ora é ora não-é. O filósofo é aquele que ama o ser e
não se deixa enganar pelos sentidos - é detentor de conhecimento - enquanto os
filodóxos são aqueles que amam a opinião, ou se deixam envolver religiosamente pelos sentidos
- têm uma crença.
Exorcistas
raramente ou nunca trabalham sozinhos. Normalmente são auxiliadas por, no
mínimo, três outras pessoas. Uma delas é geralmente um padre mais jovem e menos
experiente que está ou esteve sob treinamento para realização de exorcismos.
Seu papel central é continuar o exorcismo e assumir o ritual, caso o exorcista
fique muito fraco para continuar ou se ele morrer. A segunda pessoa que serve
de assistente para o exorcista é, na maioria dos casos, um médico cuja
responsabilidade é administrar qualquer medicação ou tratamento que a vítima da
possessão precise, pois sob nenhuma circunstância o exorcista pode fazer isso.
A terceira pessoa é tradicionalmente um homem parente daquela pessoa
compreendida como possuída – normalmente o pai, irmão ou marido. Em alguns
casos pode ser um amigo de confiança da família. Mas, em qualquer caso, é
imperativo que esteja em boas condições sociais de saúde e seja forte, tanto
física como mentalmente. Se a pessoa possuída é uma mulher, exorcistas
providenciam que outra mulher esteja presente no ritual para evitar
escândalos.
Antes
de realizar o método de trabalho do ritual do exorcismo, é costumeiro que o
padre faça uma “boa confissão” e seja absolvido de todos os seus pecados para o
caso de o espírito ou demônio que ele enfrentará tente usá-los contra ele
durante o ritual. Ele então veste os trajes necessários para os padres exorcistas,
representado por uma sobrepeliz e uma estola roxa, e assim inicia o ritual.
Durante o exorcismo, certas orações prescritas, tais como o Pai-Nosso (Pater
Noster), as Litaniae Sanctorum,
reconhecida em português como Ladainha de Todos os Santos é uma oração
da Igreja Católica, e uma invocação a Santíssima Trindade, pedido de
intercessão da Virgem Maria, dos Anjos e todos os mártires e santos mais
importantes da Cristandade, e o Salmo 53, são recitadas sobre o “individuo
possuído”, frequentemente em latim, uma vez que se acredita que as orações são
mais eficientes quando recitadas nessa antiga língua. Ao longo da duração
dessas recitações, o exorcista faz o sinal-da-cruz, lê as escrituras e, às
vezes, coloca suas mãos sobre a vítima. Ele também exige que o espírito maligno
ou demônio que possuiu a pessoa revele seu nome e natureza, sucumba ao Filho de
Deus e deixe sua vítima humana em paz. Quando o espírito maligno parte, o exorcista reza a Jesus Cristo e pede que ele conceda sua divina ajuda e
proteção à pessoa, que normalmente “não retém memórias claras de sua possessão
demoníaca ou do exorcismo”. Se, todavia, o ritual de exorcismo não é
bem-sucedido objetivamente, em expulsar
o espírito maligno de sua vítima, ele é então realizado, repetidamente, até que
a entidade deixe o “local praticado”. Isso pode levar horas, dias ou até maior
tempo.
O
Rituale Romanum é livro litúrgico que contém todos os rituais normalmente
administrados por um padre, incluindo o único ritual formal para exorcismo
sancionado pela Igreja Católica Romana até finais do século XX, para abençoar
água, imagens e assim por diante. Além do exorcismo de demônios, esse manual de
serviço para padres também contém instruções para o exorcismo de casas e outros
lugares praticados que se acredita estarem infestados por entidades malignas.
Escrito em 1614, durante o papado do Papa Paulo V alertava os padres contra
“realizar os ritos de exorcismo em indivíduos que não estejam realmente
possuídos”. Mas com a progressão da ciência médica que podia diagnosticar com
maior precisão doenças tanto físicas quanto mentais, os casos de possessão real,
considerada demoníaca extremamente rara na verdade não comprovada
cientificamente e espiritual (comum), tornaram-se muito mais difíceis de
determinar. Muito do que se acreditava ser possessão demoníaca é diagnosticado como esquizofrenia, paranoia, distúrbio de múltipla
personalidade, disfunções sexuais, histeria e neuroses resultantes de
obsessões e terrores da infância. Desde sua publicação no século XVII, permaneceu inalterado até 1952, quando duas pequenas alterações do ritual do exorcismo foram realizadas.
Em
1611, ele homenageou Galileu Galilei como membro da Accademia dei Lincei e
apoiou suas descobertas científicas. Em 1616, o papa Paulo V instruiu o cardeal
Bellarmine a informar Galileu que a teoria copernicana não poderia ser ensinado
como fato, mas o certificado de Bellarmine permitiu que Galileu continuasse
seus estudos em busca de evidências empíricas e utilizasse o modelo geocêntrico
como dispositivo teórico. Naquele mesmo ano, Paulo V garantiu a Galileu que ele
estava a salvo de perseguições religiosas enquanto ele, o Papa, viver. O
certificado de Bellarmine foi usado por Galileu para sua defesa no julgamento
de 1633. Quando o Papa Leão XI morreu, em 1605, o cardeal Borghese se tornou
papa com vários candidatos, incluindo César Barônio e Roberto Belarmino; sua
neutralidade axiológica nos tempos de disseminação das facções religiosas fez
dele um candidato ideal ao compromisso. No caráter, ele era muito severo e
inflexível, um advogado, e não um diplomata, que em seu tempo defendia os
privilégios da Igreja ao máximo. Seu primeiro ato foi para mandar para casa a
seu ver os bispos que foram peregrinar em Roma, para o Concílio de Trento tinha
insistido que cada residência de bispo na sua diocese. Logo após sua adesão ao
papa Paulo V, o cardeal Borghese decidiu humilhar Veneza como predecessor,
por preservar sua independência do papado na administração.
Roberto
Francesco Rômulo Bellarmino S. J., foi um jesuíta italiano e um cardeal
católico. Foi uma das mais importantes figuras da Contra-Reforma e, por suas
obras, foi canonizado em 1930 e proclamado Doutor da Igreja. Também esteve
envolvido no processo de Galileu Galilei. Belarmino nasceu em Montepulciano,
filho dos nobres empobrecidos Vincenzo Bellarmino e Cinzia Cervini, que era
irmã do Papa Marcelo II. Ainda garoto, conhecia Virgílio de cor e compôs
diversos poemas em latim e em italiano. Um de seus hinos, sobre Maria Madalena,
é parte do Breviário. Ele tornou-se noviço em 1560, permanecendo em Roma por
três anos. Logo em seguida, seguiu para um convento jesuíta em Mondovì, no
Piemonte, onde aprendeu grego. Lá ele chamou a atenção de Francisco Adorno, o
superior provincial jesuíta local, que o enviou para a Universidade de Pádua.
Foi em Pádua, entre 1567 e 1568, que Belarmino iniciou seu sistemático estudo
de Teologia sob a supervisão de seus professores, que eram aderentes do
tomismo. Em 1569, ele foi enviado para a Universidade de Leuven, nos Flandres,
para terminar seus estudos.
Lá
ele foi ordenado e ganhou reputação tanto como professor e pregador. Ele foi o
primeiro jesuíta a ensinar ali e sua matéria era a Suma Teológica de Tomás de
Aquino. Belarmino passou sete anos em Leuven e, em 1576, com a saúde debilitada
viajou para a Itália onde permaneceu encarregado pelo papa Gregório XIII por
indicação para ensinar teologia polêmica no novo Colégio Romano, reconhecido
atualmente como Pontifício Universidade Gregoriana. Até 1589, Belarmino
ocupou-se como professor de teologia. Naquele mesmo ano, depois do assassinato
de Henrique III da França, o papa Sisto V enviou Enrico Caetani como legado a
Paris para negociar com a Liga Católica da França e escolheu Belarmino para
acompanhá-lo como teólogo. Ele estava na capital francesa durante o cerco de
Henrique de Navarra. O papa seguinte, Clemente VIII, tinha grande confiança em
Belarmino e fez dele reitor do Colégio Romano em 1592, examinador de bispos em
1598 e cardeal no ano seguinte. Depois, Clemente também o fez cardeal-inquisidor
e foi nesta função que Belarmino serviu dentre os juízes de Giordano Bruno,
concordando com a decisão de queimá-lo na estaca como herético. Em 1602, ele
foi nomeado arcebispo de Cápua. Tendo escrito antes contra o pluralismo e a
favor da não-residência dos bispos em suas dioceses, como bispo ele colocou em
prática os decretos reformistas do Concílio de Trento. O Inquisidor-Geral era a autoridade oficial da Inquisição. O mais famoso foi o espanhol Tomás de Torquemada, religioso dominicano.
A
insistência de Paulo na jurisdição eclesiástica levou a vários conflitos entre
a Igreja e os governos seculares de vários Estados, notadamente Veneza, onde
patrícios, como Ermolao Barbaro (1548-1622) da nobre família Barbaro, argumentou
a favor da isenção do clero da jurisdição dos tribunais civis. Veneza aprovou
duas leis desagradáveis para Paulo, uma proibindo a alienação de bens imóveis
em favor do clero, a segunda exigindo aprovação do poder civil para a
construção de novas igrejas: em essência, uma postura veneziana de que os
poderes da igreja devem permanecer separados dos do Estado. Dois padres
acusados pelo Estado de Veneza de crueldade, envenenamento por atacado,
assassinato e licenciosidade foram presos pelo Senado e colocados em masmorras
para julgamento. Tendo sido considerados culpados, eles foram presos. Paulo V
insistiu que eles fossem liberados para a Igreja. Ele exigiu a libertação dos
padres por não ser favorável à lei secular. Quando o argumento foi recusado, o papa
ameaçou um interdito por causa das leis de propriedade e da prisão de
eclesiásticos, ameaça que foi apresentada ao Senado no Natal de 1605.
A
posição veneziana foi habilmente defendida por um advogado canônico, Paolo
Sarpi, que estendeu a importa princípios gerais que definem esferas seculares e
eclesiásticas separadas. Em abril de 1606, o papa excomungou todo o governo de
Veneza e interditou na cidade o padre Sarpi aconselhou fortemente o governo
veneziano a se recusar a receber a interdição do papa e a argumentar com ele
enquanto se opunha à força pela força. O Senado veneziano aceitou de bom grado
esse conselho e Fra Paolo apresentou o caso a Paulo V, insistindo na história
de que a reivindicação do papa de se intrometer em questões civis era uma usurpação;
e que nesses assuntos a República de Veneza não reconhecia outra autoridade
senão a de Deus. O resto do clero católico ficou do lado da cidade, com exceção
dos jesuítas, dos theatinos e dos capuchinhos. O clero dissidente foi
imediatamente expulso dos territórios venezianos. As missas continuaram sendo
ditas em Veneza e a festa de Corpus Christi foi comemorado com exibições de
pompa pública e magnificência, em desafio ao papa. Em março de 1607, o
desacordo foi mediado pela França e pela Espanha. A República Mais Serena
recusou-se a retirar as leis, mas afirmou que Veneza se comportaria “com sua
piedade acostumada”. Os jesuítas, que Veneza os considerava como “agentes
papais subversivos”, continuaram proibidos. Não se poderia esperar mais. Paulo
com habilidade retirou sua censura.
Padre
refere-se à representação ideal típica atribuído ao ministro Católico Romano,
Ortodoxo e Anglicano. Nas ordens ministeriais da primeira instituição
incluem-se as ordens dos bispos, presbíteros e diáconos. Embora todos os
elementos religiosos da Comunhão Anglicana recitem os mesmos credos, os
anglicanos da Baixa Igreja tratam a palavra católica no credo, como um mero
sinônimo antigo para universal, ao passo que os anglicanos da Alta Igreja a
tratam como o nome da Igreja de Cristo à qual pertencem, a Igreja Católica
Romana, as Igrejas Ortodoxas e outras igrejas da Sucessão Apostólica. O
sacerdócio ordenado e o sacerdócio comum, também chamado de sacerdócio de
“todos os batizados”, são diferentes em função e essência. O sacerdócio na
Igreja Católica inclui os membros sacerdotes tanto da Igreja Latina quanto das
Igrejas Católicas Orientais. O Vaticano em 2007 afirmou que havia em torno de
406 mil sacerdotes que servem a Igreja. As pessoas consagradas,
que podem ser leigos ou clérigos, agrupam-se em institutos, congregações e ordens religiosas, ou em institutos seculares, existindo aqueles
isoladamente, ou em comunidade aberta, junto dos outros leigos não consagrados.
A
palavra igreja, ecclesia, “casa de Deus” tem diversos significados nos livros
Sagradas Escrituras, onde os cristãos se reúnem para cumprir seus deveres
religiosos. O templo de Jerusalém era a casa de Deus e a casa de oração. Foi
uma série de construções que se localizavam no Monte do Templo na Cidade Velha
de Jerusalém, o atual local do Domo da Rocha e da Mesquita Al-Aqsa. Esses
templos sucessivos ficavam naquele local e funcionavam como um centro de culto
e adoração do antigo povo israelita e, posteriormente, judaico. É também
chamado de Templo Sagrado. O Tabernáculo foi o primeiro templo usado pelos
hebreus até a construção de um templo fixo. Era chamado de Templo do Senhor.
Sua principal característica é que o Tabernáculo era móvel, devido à
necessidade do povo se deslocar pelo deserto durante o Êxodo do Egito até a
conquista da Terra Prometida. O nome hebraico dado na Bíblia hebraica para as
construções é “Casa de Deus”, ou Beiti
“minha casa”, Beitekhah “sua casa” etc. Na literatura rabínica o templo é Beit
HaMikdash, “A Casa Santificada”. Apenas o Templo de Jerusalém é referido por
este nome. O Templo de Jerusalém situava-se no cume do Monte Moriá (Monte do
Templo), no leste de Jerusalém.
De
acordo com a Torá (a Bíblia hebraica), o Primeiro Templo foi construído no
local onde Abraão (Avraham) havia oferecido Isaque como sacrifício. O templo
foi construído durante o reinado de Salomão, utilizando o material que havia
sido acumulado em grande abundância por seu pai e antecessor, o Rei Davi. Após
a sua construção, este permaneceu treze anos sem ser usado, por motivos
desconhecidos. Foi saqueado vezes e acabou incendiado e destruído por
Nabucodonosor II, que levou seus tesouros para a Babilônia. Pelos cálculos de
James Ussher, a ordem para a construção do Primeiro Templo foi dada pelo Rei
Davi em 1015 a.C. As fundações do templo foram lançadas em 21 de maio de 1012
a.C., no segundo dia do segundo mês (Zif), 480 anos depois da saída de Israel
do Egito. A construção terminou em 1005 a.C., mas sua dedicação foi adiada até
o ano seguinte, por este ser um ano de jubileu (o nono jubileu), e, segundo
Ussher, três mil anos desde a criação do mundo. O Segundo Templo foi
reconstruído após o retorno do cativeiro na Babilônia, sob orientação de
Zorobabel.
O
templo começou com um altar, feito no local onde havia o antigo templo, e suas
fundações foram lançadas em 535 a.C. Sua construção foi interrompida durante o
reinado de Ciro, e retomada em 521 a.C., no segundo ano de Dario I. O templo
foi consagrado em 516 a.C. Diferentemente do Primeiro Templo, este templo não
tinha a Arca da Aliança, o Urim e Tumim, o óleo sagrado, o fogo sagrado, as
tábuas dos Dez Mandamentos, os vasos com Maná nem o cajado de Aarão. A novidade
deste templo é que havia, na sua corte exterior, uma área para prosélitos que
eram adoradores de Deus, mas sem se submeter às leis do Judaísmo. Nos 500 anos
desde o retorno, o templo havia sofrido bastante com o desgaste natural e com
os ataques de exércitos inimigos. Herodes, querendo ganhar o apoio dos judeus,
propôs restaurá-lo. As obras iniciaram-se em 19 a.C., e terminaram em 27 d.C.,
contudo, é importante lembrar que, como não existe ano zero, a transição das
datas a.C. e d.C. deve ter o acréscimo de um ano, pois termina no ano 1 a.C. e
começa o ano 1 d.C. O templo foi destruído em 70 pelas legiões romanas
comandadas por Tito, a mando do imperador Vespasiano, que sitiou e destruiu
Jerusalém por acabar com a revolta judaica contra o império.
O
Monte do Templo com toda a Cidade Velha de Jerusalém foi capturado da Jordânia
por Israel em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias, permitindo que os judeus
visitassem novamente o local sagrado. A Jordânia ocupou Jerusalém Oriental e o
Monte do Templo imediatamente após a declaração de Independência de Israel, em
14 de maio de 1948. Israel unificou oficialmente Jerusalém Oriental, incluindo
o Monte do Templo, com o restante de Jerusalém, em 1980, sob a Lei de
Jerusalém, embora a Resolução 478 do Conselho de Segurança das Nações Unidas
declarou que a Lei de Jerusalém violava o direito internacional. O Waqf
muçulmano, baseado na Jordânia, possui o controle administrativo do Monte do
Templo, cujo cume do Monte Moriá corresponde à região denominada Haram
esh-Sherif. No centro, no local onde ficava o antigo templo, existe uma mesquita,
chamada de Kubbet es-Sahkra (“Domo da Rocha”) ou Mesquita de Omar. No centro da
mesquita existe uma rocha, onde são feitos sacrifícios. Existem três teorias
sobre onde ficava o Templo: onde o Domo da Rocha está localizado agora, ao
norte do Domo da Rocha (Professor Asher Kaufman) e a leste do Domo da Rocha
(Professor Joseph Patrich da Universidade Hebraica).
O edifício dedicado pelos cristãos ao culto de Cristo, que os sacerdotes gregos chamavam Kyriaké (“a casa do senhor”), e, na língua inglesa, veio mais tarde a se chamar Kirk e church. Em Roma, essa assembleia denominada Concio, é aquela que falava Ecclesiastes e também Concionator. No Novo Testamento, uma igreja é um grupo de cristãos que seguem a Cristo. A palavra pode ser usada para falar de todos aqueles que servem ao Senhor, não importa onde estejam (cf. Hebreus 12: 22-23). É frequentemente usada para descrever grupos locais de discípulos que se encontram para adorarem, para edificarem uns aos outros e para proclamarem o evangelho de Jesus. É neste sentido que lemos sobre a igreja em Antioquia da Síria (Atos 13:1), sobre as igrejas em Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia (Atos 14: 21-23), sobre a igreja em Éfeso (Atos 20: 17), a igreja em Corinto (1 Coríntios 1:1; 2 Coríntios 1:1), as igrejas na região da Galácia (cf. Gálatas 1:2) e a igreja dos tessalonicenses. É neste ambiente de igrejas que encontramos homens escolhidos para supervisionar e guiar. Os sistemas comuns de denominações, de ligas internacionais de igrejas e de hierarquias que ligam e governam milhares de igrejas locais, são invenções do homem. Não há modelo bíblico de tais arranjos. No chamado Novo Testamento, os cristãos serviam juntos em congregações locais. Eles eram gratos pelos seus irmãos de vivência em outros lugares. Mas não tentavam criar laços de organização social onde os cristãos de um lugar pudessem dirigir ou governar o trabalho de discípulos de outro lugar. Este modelo claro se espraia se considerado o ensinamento específico sobre a organização social de uma igreja.
É
ainda nesse último sentido, para Hobbes, que a Igreja pode ser entendida como
uma pessoa, isto é, que ela “tenha o poder de querer, de pronunciar, de
ordenar, de ser obedecida, de fazer leis ou de praticar qualquer espécie de
ação”. Se não existir a autoridade de uma congregação legítima, qualquer ato
praticado por um conjunto de pessoas é um ato individual de cada um dos
presentes que contribuíram para a prática desse ato. Não um ato conjunto, como
se fosse de um só corpo. Nem um ato dos ausentes ou daqueles que, estando presentes,
eram contra a sua prática. Uma Igreja pode ser definida “como um conjunto de
pessoas que professam a religião cristã, ligadas à pessoa de um soberano, que
ordena a reunião e que determina quando não deverá haver reunião”. Ipso facto,
politicamente distingue entre a condição da pessoa e o ofício. Enquanto
historicamente Maquiavel discutia as virtudes e deveres dos príncipes, como
para Louis XIV “o Estado sou eu”, Hobbes desafiou tal conceito dizendo que “o
príncipe poderia ser legitimamente substituído”. Nos Estados semelhantes
assembleias são ilegítimas, se não autorizadas pelo soberano civil.
Ilegítima, em qualquer forma de Estado em que
na política tiver sido proibida.
Nos domínios dos diversos príncipes e Estados, existem cristãos, mas cada um deles se sujeita ao Estado do qual é membro, não podendo, por conseguinte, sujeitar-se às ordens de qualquer outra pessoa. Assim, uma Igreja capaz de mandar, julgar, absolver, condenar ou praticar qualquer outro ato representa igualmente um Estado civil formada por homens cristãos. O Estado civil tem esse nome por serem seus súditos os homens, enquanto a Igreja é assim denominada pelo fato de seus súditos serem os cristãos. Governos espirituais e temporais podem existir para confundir os homens, enganando-os quanto a seu soberano legítimo. Portanto, Hobbes aceitava a autoridade bíblica baseado em sua revelação direta e milagres, mas como milagres cessaram, restava somente a interpretação dos textos bíblicos como entes autorizativos. A ausência de autoridade requeria a existência da intervenção do Estado sobre a religião e acarretava na impossibilidade de usar a Bíblia como lei. É preciso haver um único governante, do contrário se origina a facção e a guerra civil, entre a Igreja e o Estado, entre os espiritualistas e os temporalistas, entre a espada da justiça e o escudo da fé. E o que é mais desastroso ainda, no próprio coração de cada cristão, entre o cristão e o homem. Chamam-se pastores os doutores da igreja, bem como os soberanos civis. Entretanto, se entre os pastores não houver alguma subordinação, de forma que haja apenas um chefe dos pastores, serão ministrados aos homens doutrinas contrárias que poderão ser falsas e algumas delas necessariamente o serão. O soberano civil é o chefe dos pastores, segundo a lei natural. Embora o poder tanto do Estado quanto da religião estivesse nas mãos dos reis, nenhum deles deixou de ser fiscalizado em seu uso, a não ser quando eram bem quistos por suas capacidades naturais ou por sua fortuna de bens.
A palavra Leviatã foi utilizada no Velho Testamento da Bíblia, no Livro de Jó, para descrever uma criatura mitológica que se assemelharia a um grande polvo ou uma grande baleia, e que na obra O Leviatã, de Thomas Hobbes, é utilizado para simbolizar o poder do Estado (autoridade), que segundo o filósofo seria a única maneira de superar o “estado da natureza” do homem, governado pelo egoísmo e pela insatisfação. Daí a sentença: “Homo homini lúpus”, criada por Plauto (254-184) em sua obra: Asinaria. No texto se diz exatamente: “Lupus est homo homini non homo”, popularizada por Hobbes no século XVII, na qual ele retrata a natureza competitiva do ser humano (cf. Macpherson, 1979). O desejo que torna o homem corruptível é imutável, e aparece quando o homem se sente livre do Leviatã. A prudência é uma presunção do futuro baseada numa experiência do passado. Porém, existe uma presunção de que as coisas do passado derivem de outras coisas que não são futuras, mas passadas também. O “bellum omnium contra omnes” representa, a disputa pelo poder no mundo, em que a análise de Hobbes sobre esse “estado-natural animalesco”, poderia ser resolvido nas fronteiras dos Estados-nação europeias, sob o comando de um governo soberano. O grande dilema na modernidade (que vagueia livre) é que a teoria abstrata não previa a intensa luta supranacional, que ultrapassa os limites imaginários da coletividade e físicos.
Quando limitou a convivência em uma fronteira, não pode conceber a ideia de que governos de outros países que tentassem controlar outrem, só causariam o que nós podermos perceber: o caos e banhos de sangue moderno e contemporâneo. Idealizou uma criatura mística chamada Leviatã, em sua ilustração como um monstro composto por vários homens dispostos como escamas. Quer dizer que o soberano que controla a sociedade civil é formado pelo conjunto de indivíduos, demonstrando também que o ser humano deu ao Estado o direito de controlá-lo como se deseja. Assim, todos os seres humanos buscam o sucesso contínuo na obtenção dos objetos de desejo, isto é, procuram a felicidade. Entretanto, é justamente essa busca que conduz os homens à guerra no estado de natureza e é, em última instância, o medo da morte que os leva a criarem o estado civil. Isto porque sem o medo da morte a procura pela felicidade conduz a uma “guerra de todos contra todos”, já que os homens, para terem certeza de que alcançariam a felicidade, teriam que se tornarem poderosos na busca por um poder. Mas esta busca motivada por um desejo contínuo de poder e mais poder salvaguardaria a felicidade, que outra coisa não é senão uma satisfação dos desejos. Os homens ao se valerem de todos os meios necessários para serem felizes inevitavelmente entrariam em guerra uns contra os outros. Quem já observou os procedimentos e os graus que levam um Estado florescente à guerra civil e, em seguida, à ruína, ao ver outro Estado em ruínas deduzirá que foi uma consequência das mesmas guerras e dos mesmos acontecimentos. Porém, essa conjectura tem o mesmo grau de incerteza da conjectura do futuro.
Ambas estão baseadas apenas na experiência. Os seres humanos desejam aquilo que amam, e odeiam coisas pelas quais têm aversão. Com o desejo significamos a ausência do objeto; com amor, sua presença. Com aversão a ausência e, com ódio, a presença do objeto. Primeiro filósofo moderno a articular uma teoria detalhada do contrato social, com sua obra Leviatã, escrita em 1651, Thomas Hobbes foi um filósofo inglês do século XVII, reconhecido como um dos fundadores da filosofia política e ciência política moderna. Desde Hobbes o poder de um homem, universalmente considerado, consiste nos meios de trabalho de que dispõe para alcançar, algum bem evidente tanto original (natural) como instrumental (político). O maior de todos os poderes humanos é o poder integrado de vários homens unidos com o consentimento de uma pessoa natural ou civil: é o poder do Estado ou aquele representativo de um número de pessoas, cujas ações estão sujeitas à vontade de determinadas pessoas em particular, como é o poder de uma facção ou de facções coligadas no mundo contemporâneo. Ter servos é poder, como também ter amigos, pois isso significa união de forças. Igualmente, a riqueza, unida à liberalidade, é poder, pois congrega, une amigos & servos. Mas, sem a liberalidade, a riqueza não é protetora; pelo contrário, expõe o homem à inveja e à rapina.
Reputação de poder é na tradição política representação de poder (cf. Crignon, 2007), porque, por meio delas, obtemos a adesão e conquistamos o afeto político dos homens que precisam ser protegidos. Êxito, analogamente também é poder, pois a reputação da sabedoria ou da “boa fortuna” faz com que os outros homens temam, idolatrem ou confiem. O valor ou conceito de um homem é, como para todas as outras mercadorias, seu preço; isto é, depende de quanto seria dado pelo uso de seu poder. Assim, não é absoluto, mas apenas uma consequência da necessidade e do julgamento alheio, através do macróbio senhor dos códigos, escritor, filósofo e filólogo romano, autor das Saturnais e do Comentário ao Sonho de Cipião. Segundo uma das versões, nasceu por volta de 370 na Numídia, na África. Exerceu grande influência na Idade Média pela transmissão e elaboração de uma parte da tradição filosófica grega pagã no período pré-nissênico da escola neoplatônica do Ocidente latino. A estima pública de um homem, que é o valor que lhe é conferido pelo Estado, é o que denominamos ordinariamente dignidade. Essa valorização pelo Estado é expressa pelo cargo público para o qual é designado, tanto na magistratura como em funções públicas, ou quando esse valor é expresso por títulos e honrarias que lhe são concedidos. A fonte da honra é o Estado, e depende da vontade do soberano. A honra não sofre alterações se uma ação é justa ou injusta. A honra consiste unicamente na opinião de poder. O medo é a única paixão que impede o homem de violar leis. O medo pode levar a cometer um crime expressando o que C. B. Macpherson denominou de “individualismo possessivo” há nesta tradição na qual a propriedade é constitutiva da individualidade, da liberdade e da igualdade.
O
Sonho de Cipião é um fragmento da obra A República de Marco Túlio Cícero,
composta tem um objetivo didático, moralizante e escatológico. O Sonho narra um
sonho que Cipião Emiliano teria tido por ocasião de uma visita a Massinissa,
rei da Numídia, um aliado de sua família. Ao chegar Emiliano foi recebido
festivamente pelo rei, e após um banquete passaram longas horas recordando os
feitos e virtudes de Cipião Africano, avô adotivo do outro. Após a palestra,
retirando-se cansado para seus aposentos, Emiliano cai logo no sono, quando tem
o dito sonho. Nele aparece-lhe o Africano, profetizando para o neto uma vida
cheia de dificuldades na família e na carreira política. Emiliano se atemoriza
com a perspectiva de tantos sofrimentos futuros, mas o Africano incita-o à
coragem e à perseverança, fazendo-o saber que o prêmio da virtude representa a
“beatitude eterna”. Logo seu pai Lúcio Emílio Paulo, Macedônico, de um lugar
alto e iluminado o faz contemplar a perfeita ordem do cosmos e a música das
esferas, descrevendo a geografia da Terra e os diferentes costumes dos povos.
A
Terra é o terceiro planeta mais próximo do Sol, o mais denso e o quinto maior
dos oito planetas do Sistema Solar. É também o maior dos quatro planetas
telúricos. É por vezes designada tendo como representação a ideia vaga de Mundo ou Planeta Azul. Lar de milhões de
espécies de seres vivos, incluindo os seres humanos, a Terra é o único corpo
celeste onde é reconhecida a existência de vida. O planeta formou-se há 4,56
bilhões de anos, e a vida surgiu na sua superfície depois de um bilhão de anos.
Desde então, a biosfera terrestre alterou de forma significativa a atmosfera e
fatores abióticos do planeta, permitindo a proliferação de organismos
aeróbicos, como a formação da camada de ozônio, que em conjunto com seu campo
magnético, bloqueia radiação solar prejudicial, permitindo a vida no planeta. A
sua superfície exterior é dividida em segmentos rígidos, chamados placas
tectônicas, que migram sobre a superfície terrestre ao longo de milhões de
anos. 71% da superfície da Terra é coberta por gigantescos
oceanos de água salgada, com o restante consistindo na existência de
continentes e ilhas, contendo lagos e corpos de água que contribuem para
formação da hidrosfera. Os polos geográficos da Terra encontram-se cobertos por mantos de gelo ou por banquisas.
O
interior da Terra permanece ativo e relativamente sólido, um núcleo externo
líquido que gera um campo magnético, e um núcleo interno sólido, composto,
sobretudo por ferro. A Terra interage com outros objetos em movimento no
espaço, em particular com o Sol e a Lua. A Terra orbita o Sol uma vez por cada
366,26 rotações sobre o seu próprio eixo, o que equivale a 365,26 dias solares
ou representa um (01) ano sideral. O eixo de rotação da Terra possui uma
inclinação de 23,4° em relação à perpendicular ao seu plano orbital,
reproduzindo variações sazonais na superfície do planeta, com período igual a
um ano tropical, ou, 365,24 dias solares. A Lua é o único satélite natural
reconhecido da Terra. O atual modelo consensual para a formação da Lua tem como representação social a
hipótese do grande impacto. É uma hipótese astronômica que postula a formação
da Lua através do impacto de um planeta com aproximadamente o tamanho de Marte,
conhecido como Theia, com a Terra. Ela é responsável pelas marés, estabiliza a
inclinação axial da Terra e abranda gradualmente a rotação do planeta. A Lua
pode ter afetado dramaticamente o desenvolvimento da vida ao moderar a relação
atmosférica do clima do planeta. Evidências paleontológicas e simulações de
computador demonstram que a inclinação axial do planeta é estabilizada pelas
interações cíclicas de maré com a Lua.
Bajazid Doda nasceu em 1888 em Štirovica, uma aldeia habitada por albaneses na região do Alto Reka da Macedônia, durante o Império Otomano. Ele foi para a Romênia para trabalhar no exterior, como muitos outros habitantes do Alto Reka. Em Bucareste, Romênia, em 1906 ele conheceu o barão e estudioso húngaro Franz Nopcsa, que o contratou como seu servo. Os dois se tornaram amantes e começaram a viver juntos. Nopcsa e Doda deixaram Bucareste para a mansão da família Nopcsa em Săcel, na Transilvânia, e depois disso passaram alguns meses em Londres, onde Doda adoeceu com gripe. Em novembro de 1907 os dois viajaram para Shkodër, onde mantiveram uma casa de 1907 a 1910 e novamente a partir de outubro de 1913. Eles viajaram ao redor de Mirditë e foram seqüestrados pelo famoso bandido Mustafa Lita. Após sua libertação em Prizren, eles foram para Skopje visitar a casa de Doda em Upper Reka. De volta a Shkodër, eles foram visitar as terras das tribos Hoti e Gruda. Ambos viajaram juntos e separadamente pelas terras albanesas. Durante a guerra mundial entre 1915-1916, Nopcsa levou Doda com ele enquanto servia no exército austro-húngaro em Kosovo. Após a guerra, eles viveram em Viena, onde o albanólogo publicou vários livros que se tornaram reconhecidos não apenas como albanólogo, mas como paleontólogo e geólogo. Fizeram uma turnê pela Europa de motocicleta, em busca de fósseis. Em 25 de abril de 1933, sofrendo de depressão Nopcsa matou Doda enquanto ele dormia e cometeu suicídio.
Isto
é importante socialmente na medida da análise comparada que os cientistas paleontólogos
estavam interessados em interpretar as
formas dos ossos. Mas ele deu um passo à frente, tentou deduzir
etnograficamente a dinâmica havia por trás da fisiologia e o comportamento
propriamente dito dos dinossauros que ele estava estudando. Nopcsa foi o
primeiro “a sugerir que estes arcossauros cuidavam de suas crias e exibiam
comportamento social complexo”. Outra das teorias de Nopcsa que estava à frente
de seu tempo foi a de que as aves evoluíram de dinossauros terrestres que
desenvolveram penas para correr mais rápido. Esta teoria encontrou apoio na
década de 1960 e depois ganhou ampla aceitação, embora depois achados fósseis
de dinossauros emplumados arborícolas sugerissem que o desenvolvimento do vôo
talvez fosse mais complexo do que previra. Além disso, a conclusão de que pelo
menos alguns répteis do Mesozóico “eram de sangue quente” é compartilhada pela
maior parte da comunidade científica, pois a sua característica exige
consagração integral do seu tempo e de suas energias, não só ao seu estudo
próprio, que poderia ser feito em gabinete, mas à educação de seus discípulos o
que poderá ser realizado em seu front laboratorial.
Colocando
a Terra contra esse cenário grandioso e infinito demonstra-lhe a
insignificância das glórias humanas, que são pequenas, fugazes e vãs,
ensinando-o a preferirem os valores mais altos e eternos e desprezar a fama e
louvor humano, mas sem fazê-lo abandonar o desempenho dos seus deveres
práticos. De re publica chegou aos dias de hoje incompleta, mas o fragmento do
Sonho, que lhe servia de conclusão, foi transmitido em separado por vários
meios desde a Antiguidade e se conservou íntegro. Sua principal via de
transmissão foi um comentário de Macróbio, que situou o texto no panorama
filosófico da época e foi também o principal responsável por revesti-lo de uma
grande autoridade moral e metafísica. A interpretação de Macróbio foi uma
referência para vários outros influentes escritores antigos, medievais e
modernos, como Boécio, Cassiodoro, Isidoro de Sevilha, Dante Alighieri e Pietro
Metastasio que seu livreto do mesmo nome da ópera foi colocado em música entre
outros por Wolfgang Amadeus Mozart. Juan Luís Vives publicou outro comentário
em 1520 que abalou a posição hegemônica da visão macrobiana, numa época em que
as edições de Cícero se multiplicavam e eram largamente divulgadas pela
imprensa massiva nascente.
Essas revisões sociológicas mudaram, por exemplo, o texto em uma linha de pensamento que dizia “sintomas de possessão são sinais da presença do demônio” para “sintomas de possessão podem ser sinal de demônio”. Em outra sentença original, referia às pessoas sofrendo de condições além da possessão demoníaca ou espiritual como “aqueles que sofrem de melancolia ou outras enfermidades”, e foi modificada para “aqueles que sofrem de enfermidades, particularmente enfermidades mentais”. A Igreja pode considerar esse indivíduo possuído quando os sintomas citados são acompanhados de repulsa extrema por objetos sagrados. Um padre treinado na “expulsão de demônios” e “espíritos malignos” é convocado após receber permissão do bispo, quando poderá realizar o ritual centenário típico do exorcismo. Há padres que acreditam na existência de “possessão demoníaca” e enumeram sinais que indicam sua presença. De acordo com esses membros do clero, se um indivíduo demonstra habilidades paranormais, manifesta força física sobre-humana e, principalmente, fala em línguas desconhecidas, então ele pode ser um candidato real para o ritual de exorcismo. Os termos exorcismo, esconjuração ou esconjuro designa uma pessoa devidamente autorizada para expulsar espíritos malignos (ou demônios) de outra pessoa que está num estado de possessão demoníaca. Pode também designar o ato de expulsar demônios por intermédio de rezas e esconjuros (imprecações). No cristianismo, o Evangelho, relata frequentemente episódios em que Jesus Cristo expulsa o demônio de pessoas possuídas, tendo esse poder sido transmitido aos seus apóstolos, no dia da Ascensão, mas práticas semelhantes são antigas e parte do sistema de crença de muitas culturas e religiões.
Bibliografia
geral consultada.
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