quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Marshall McLuhan - Meio, Tecnologia & Crítica da Globalização.

Ubiracy de Souza Braga

 “McLuhan a préconisé une approche pionnière et inédite de l’analyse des media”. Oumar Kane (2016)

    

          Marshall McLuhan foi um arguto pensador e destacado teórico da comunicação canadense, reconhecido por vislumbrar a rede mundial de comunicação quase trinta anos antes dela ter ser sido implementada. Ficou também famoso por sua máxima de que: O meio é a mensagem, e por ter cunhado o termo comunicativo de Aldeia Global. O mais importante não é o conteúdo da mensagem, mas o meio de trabalho através do qual a mensagem é transmitida. Isto porque independente da sua utilidade, afeta a sociedade de algum modo além da finalidade para a qual foi criado. Ele tinha o objetivo de indicar que tecnologias eletrônicas tendem a encurtar distâncias e o progresso entre elas tende a reduzir todo o planeta à mesma situação que ocorre em uma aldeia: um mundo em que todos estariam, de certa forma, interligados. Foi pioneiro dos estudos culturais e filosófico das transformações sociais provocadas pela revolução tecnológica do computador e das redes de telecomunicações. Em 1921, Marshall demonstrou sua aptidão para o manejo das comunicações ao construir um receptor para captar transmissões de uma rádio do centro-oeste americano. Em meados da década de 1930, começou a lecionar na Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos da América. Interessou-se pelo estudo da cultura popular. Após se fixar converteu-se ao catolicismo, decisão favorecida pela leitura de uma coletânea de ensaios de Chesterton (2006), um popular ensaísta e crítico de arte inglês. 

       É muitas vezes referido como o “príncipe do paradoxo” e por seu personagem sacerdote-detetive Padre Brown e sua apologética. Mesmo seus oponentes reconheceram a importância de textos como Ortodoxia ou O Homem Eterno. Foi membro da Sociedade Fabiana, a qual renunciou quando viu no distribucionismo o modelo econômico. No âmbito político foi um ambíguo crítico do progressismo e do conservadorismo de seu tempo como se referia: - “O mundo está dividido entre conservadores e progressistas. O negócio dos progressistas é continuar cometendo erros. O negócio dos conservadores é evitar que erros sejam corrigidos”. Iniciou sua formação de nível superior no curso de Engenharia, mas formou-se Bacharel em Artes em 1933, quando obteve a University Gold Medal in Arts  and Sciences. Bacharelou-se em 1936 e prosseguiu estudos de pós-graduação sobre cultura medieval e literatura do renascimento. Em 1937, tornou-se professor da Universidade de St. Louis. Em viagem à Califórnia, conheceu a texana Corinne Keller Lewis, casando-se em 1939. Obteve o Mestrado em 1940 e o Doutorado em 1942,  intitulado: The Classical Trivium: The Place of Thomas Nashe in the Learning of His Time (2000).  

      Estudou em Trinity Hall, na Universidade de Cambridge, reconhecendo os especialistas em literatura inglesa Ivor Armstrong Richards e Frank Raymond Leavis.  No livro em 1951, intitulado: The Mechanical Bride: Folklore of Industrial Man, embora inclua uma pequena porção dos elementos que investigou. Neste estudo, analisa os exemplos de persuasão efetivados na cultura popular, referenciados numa dinâmica pari pasu retórica e dialética. Foi um período no qual se sentiu atraído pela influência dos meios de comunicação, cuja investigação desemboca no aforismo the médium is the message; em que qualquer media contém uma dada mensagem a transmitir, criando uma relação semiótica, na forma como essa mensagem é captada e difundida de forma persuasiva. A semiótica tem como representação o estudo dos signos, em seus elementos que com significado e sentido para o ser humano, abrangendo as linguagens verbais e não-verbais. O ensaio: Understanding Media: The Extensions of Man (1964), apresenta-se como análise onde aflora a tessitura integrada nesta emissão comunicativa. 

Antes viria a fazer outra: The Place of Thomas Nashe in the Learning of His Time para a Universidade de Cambridge (1942), na qual analisou a história das artes verbais clássicas: a gramática, a retórica, e a lógica, reconhecidas nos tempos medievais, como parte do trivium. É precisamente nessa abordagem histórica que McLuhan mergulha, referindo-se que o desenvolvimento-chave conducente ao Renascimento foi, precisamente, uma alteração na importância dada à lógica, sendo relegada perante a retórica e a própria linguagem. O ressurgimento da gramática surge, para o canadense, como a principal caraterística da vida contemporânea, naquilo que é o entendimento dos objetos per se. As influências sofridas por McLuhan no seu trabalho incluíram um filósofo jesuíta Pierre Teilhard de Chardin (1881-1955). Algumas das ideias veiculadas anteciparam aquilo que seria a maturidade do seu pensamento, em especial naquilo que é o desenvolvimento da mente humana até ao estado de noosphere. Este foi um dos conceitos mais rebatidos em The Mechanical Bride, em que a externalização dos sentidos, naquilo que é a feitura do chamado “cérebro tecnológico” para todo o mundo globalizado, acaba por ser monitorizada por uma entidade capacitada de regular essa informatização do mundo. A coexistência e a interdependência surgem como valores sociais imprescindíveis perante o medo da parametrização e vigilância.

        Em 1944, regressou ao Canadá para lecionar durante dois anos na Assumption University, uma universidade católica em Windsor, Ontário, Canadá, federada com a Universidade de Windsor. Foi fundada em 1857 como Assumption College pela Sociedade de Jesus e incorporada por uma lei do Parlamento do Alto Canadá, recebendo Royal Assent, em 16 de agosto de 1858.  Sua mãe era batista, professora de colégio e atriz. Seu pai era metodista e corretor de imóveis. Em 1915, a família, de origem escócio-irlandesa, mudou-se para Winnipeg, na área leste do Canadá. Em 1951, publicou o ensaio: The Mechanical Bride: Folklore of Industrial Man. Em 1952, tornou-se professor catedrático no St. Michael`s College da Universidade de Toronto. Entre 1953 e 1955, dirigiu o Seminário sobre Cultura e Comunicações patrocinado pela Fundação Ford. Com o antropólogo Edmund Carpenter (1922-2011), reconhecido por seu trabalho em arte tribal e mídia visual, lançou o publicação de revista sob a forma de artigos, Explorations e editou a antologia Explorations in Comunication (1960). Na década de 1960, detinha uma sólida reputação como teórico da comunicação social, tendo sido contratado pelo U.S. Office of Education e pela National Association of Educational Broadcasters. Em 1962, publicou a obra máxima: The Gutenberg Galaxy: The Making of Typographic Man, que lhe proporcionou o Prêmio Governador Geral de 1963.  Recebeu a Ordre du Canada em 1970, é uma ordem nacional e a segunda maior honra ao mérito no sistema de ordens, condecorações e medalhas do Canadá. Antecede apenas para a participação na Ordem de Mérito, que é o dom pessoal do monarca do Canadá.

            No livro, o acadêmico analisa os efeitos sociais da mídia massiva e da invenção da imprensa na cultura e na consciência europeia. Foi essa obra que popularizou o termo e o conceito da aldeia global, alusão à intensa integração globalizada através dos meios de comunicação em massa. Mas a teoria crítica diferia dessa condição em vários aspectos. Antes de tudo, recusava-se a fetichizar o conhecimento como algo separado da ação e superior a ela. Além disso, reconhecia que a pesquisa científica desinteressada era impossível em uma sociedade em que os próprios homens ainda não eram autônomos, o pesquisador era sempre parte do objeto social que tentava estudar. Num comentário em que respondia a Marshall McLuhan, trinta anos antes da recente popularidade deste engenheiro social, Max Horkheimer escreveu: - “Inverta a frase que diz que as ferramentas são extensões dos órgãos dos homens, para que os órgãos também sejam extensões  das ferramentas dos homens” – uma injunção endereçada até mesmo ao cientista social “objetivo”, positivista ou intuicionista. Os dois extremos interpretavam mal as subjetividades culturais, vendo-a como totalmente autônoma ou totalmente contingente. Apesar de, fora de dúvida, ser parte da sociedade, o pesquisador não era incapaz de se elevar acima dela. Na verdade, era seu dever revelar as forças e tendências negativas da sociedade, que apontavam para outra realidade.         

            Na mesma conjuntura, assumiu a diretoria do Centro de Cultura e Tecnologia da Universidade de Toronto. Em 1964, publicou Understanding Media: The Extensions of Man, no qual prosseguia suas análises a respeito das consequências da televisão, do telefone, do rádio e dos computadores para a reestruturação da percepção humana do mundo contemporâneo. Em 1966, proferiu palestras no Simpósio sobre Tecnologia e Comércio Mundial do National Bureau of Standards, na Associação de Linguagem Moderna e na Sociedade de Relações Públicas da América. Também  foi convidado a assumir a cátedra de humanidades Albert Schweitzer (1875-1965), importante teólogo, organista, filósofo e médico alemão, na Fordham University,  universidade privada, sem fins lucrativos e católica dos Estados Unidos, com três campi ao redor da cidade de Nova Iorque. Fundada pela Diocese Católica Romana de Nova Iorque em 1841. No ano seguinte, publicou The Medium is The Message: An Inventory of Effects. Em 1968, publicou Guerra e Paz na Aldeia Global, prevendo que o mundo deixaria de se tornar tribal e fragmentado passando a uma aldeia integrada pela tecnologia elétrica. McLuhan permaneceu na Universidade de Toronto até 1979, quando teve um derrame que afetou sua habilidade de falar. Nunca mais se recuperou. Faleceu um ano depois, em 1980.

    A teoria matemática da informação estuda a quantificação, armazenamento e como ocorre comunicação da informação. Ela foi originalmente proposta por Claude E. Shannon  (1916-2001) em 1948 para achar os limites fundamentais no processamento de sinais e operações de comunicação como as de compressão de dados, em um artigo divisor de águas intitulado: A Mathematical Theory of Communication. Da simplicidade dos primeiros  estudos norte-americanos funcionalistas como a de teoria Shannon e Weaver sobre uma teoria da matemática da informação e as demais pesquisas de uma outra importante escola norte-americana, a Escola de Chicago que versava, sobretudo sobre uma análise da cidade como laboratório social, também é fundamental para se ler Marshall McLuhan. Influenciada pelos estudos de Georg Simmel sobre o “hiperestímulo sensorial” que demarca o advento inicial do século XX, a Escola de Chicago dimensiona importantes questões sobre a relação entre a cidade  e  homem. A cidade como o local da mobilidade é discutida por Robert Ezra Park (1864-1944) num ambiente biológico e uma ecologia humana parece ressoar ao imaginarmos a discussão de McLuhan, por exemplo, sobre os meios de transporte. A leitura atenta de Martin-Barbero (1987) sobre o pensamento de McLuhan como continuidade das teorias americanistas é oportuna e relevante.

        Martín-Barbero num de seus principais estudos e pesquisas chegou ao conceito-chave de mediações, que seriam os lugares em que a cultura se concretiza, mudando o modo como os receptores absorvem a mensagem dos meios. Para ele, as mediações são mais representativas que a “intencionalidade comunicativa”, elas apontam as possibilidades interpretativas com as quais o receptor valida quando se apropria dos discursos da mídia. Martín-Barbero entende que a mídia deve ser tomada no contexto das mediações, como parte integrante – e determinante – delas, já que as mensagens veiculadas pela mídia se transformam quando os receptores se apropriam delas. Devido às diferentes mediações vivenciadas pelos receptores, no processo comunicativo, diversificados serão os sentidos que as mensagens irão ganhar. À medida que elas ganham novos significados, elas se desdobram em novas práticas sociais. Desta forma, tão-só Martín-Barbero, mas também outros autores latino-americanos apostam a possibilidade de reelaboração dos discursos da mídia por parte das pessoas que em geral compõem a sociedade, o que desmistifica em aprte a utilidade de uso do poder onipresente da mídia, sendo necessário investir nas possibilidades de ação, e não somente na prática de reação dos receptores, e na construção social de saber coletivo. 

           Ele divide essas mediações em quatro temas intrínsecos: tecnicidade, o aspecto textual, narrativo ou discursivo da mídia que funciona como organizador perceptivo; institucionalidade, representam os meios utilizados para produzir discursos que atendem a interesses privados. Não são apenas aparatos, mas instituições de peso economicamente determinado, assim como político e cultural; socialidade, representando os laços afetivos e relações cotidianas que servem de base para outras formas de interação social e comunicação e, ritualidade, refere-se a cotidianidade familiar, a temporalidade social, a competência cultural, aos diferentes usos sociais dos meios e aos diferentes trajetos encaminhados de leitura. Vale lembrar que ao criar e explorar conceitos McLuhan estabelece um outro olhar sobre a técnica. Ao introduzir os meios de comunicação nessa análise, reinventa o homem, estende o homem. Mas ao mesmo tempo insere uma dimensão de integração entre os homens a partir da técnica

        O que é preciso salientar nesse ponto é que sua análise aprofunda e traz para o universo da comunicação uma questão mais densa sobre o tema. Como pensou McLuhan a tecnologia remodela e reestrutura padrões na ordem do social e do pessoal. Sendo obrigado a se remodelar em função dos meios, pois tudo parecia estar mudando com a entrada em cena da tecnologia no âmbito da sociedade. Da dimensão técnica como fator decisivo para compreender a história do homem. Para compreender sua preocupação central é com a criação de um novo ser humano, na aurora do que Nietzsche pensou “como além do homem”. Nesse âmbito o cinema parece ter papel importante ao alertar sobre sérias questões que pensam a criação de um novo homem que sai das telas. Pensando a partir de um meio técnico, o cinema parece ser o locus possível de uma outra relação do homem com o ambiente. Abre-se no seu pensamento sobre a técnica um horizonte que coloca a questão da sensorialidade no cerne da discussão do contemporâneo. Questão que parece alinhavar muitas discussões analíticas, segundo Silva Filho, (2006) no campo das redes da comunicação social e do que McLuhan parece ser uma das vozes enunciadoras.

            Segundo Pereira (2004) McLuhan sempre chamou atenção para o fato  social de  que  toda  e  qualquer  investigação científica deveria desviar o olhar fixo do objeto que se busca apreender, focando o fundo adjacente ao  objeto,  pois  este  fundo  seria  capaz  de revelar novas facetas do objeto. Esta seria uma estratégia para apreender de maneira mais ampla as possíveis relações sociais  com  acontecimentos outros não raramente, são difíceis de serem  percebidas.  Aposta-se com  tal  metodologia na impossibilidade de se separar rigidamente sujeito, objeto e contexto, ou, simplesmente, figura e fundo. Quando fala sobre o automóvel, por exemplo, McLuhan chama a atenção para o fato de que o automóvel traz consigo toda uma reestruturação das cidades, bem como uma série de bens e serviços tais como postos de gasolina, pistas de alta velocidade, fábricas e companhia de petróleo, sem os quais toda a complexa relação que envolve as pessoas e os carros não pode ser plenamente apreendida. Ele compreende que o letrado, que tende a fragmentar e compartimentalizar todas as coisas a fim de  melhor  controlá-las,  confrontando-se com quaisquer objetos que queira apreender, com frequência ignora o rico tecido que liga figura e fundo, fixando o olhar apenas no objeto estudado.   

            A princípio, a memória não faz parte do  conjunto  de  objetos  explícitos  com  os quais McLuhan trabalha. Como pôde, então, surgir a proposta de tomá-la, junto com da ideia de consciência, como um dos temas mcluhanianos,  propondo-se,  ainda,  a  partir destas ideias, retomar McLuhan para a leitura  das  dinâmicas  contemporâneas  de comunicação? A resposta a tal questão estará na adoção da metodologia sugerida por McLuhan, aplicada a si próprio. Trata-se, então, de explorar e fazer emergir um fundo para as principais figuras tratadas. A apropriação da memória e a consciência em sua obra,  realiza  uma  dobra  no  pensamento aplicando-o sobre si mesmo, estendendo-o. Poder-se-ia apostar que os  objetos  de  estudos  comunicológicos  seriam ideias como o meio, a mensagem, as tecnologias, a ideia de extensões humanas, dentre algumas outras possíveis. Nesta  perspectiva buscar  os objetos abordados por McLuhan implica  o reconhecimento  que  o  jogo  contínuo de rebatimento entre figura e fundo alguns desses  objetos  sofrerão  “alargamentos”  conceituais, o que exigiria que os mesmos fossem considerados em progressão, em diferentes momentos, quais seriam os temas principais, os objetos de estudo, por excelência, tratados por  McLuhan? 

            É o autor da indagação quem responde a esta questão, escrevendo explicitamente sobre este ponto, em uma carta enviada a Robert Fulford, no ano de 1964: - Meu tema principal é a extensão do sistema nervoso na progressiva era da eletricidade e, portanto, a ruptura completa em 5000 anos de tecnologia mecânica. Eu afirmo repetidamente”. Mas o que seria esta extensão do sistema nervoso na era elétrica? Com  McLuhan  deve-se  interpretar  a ideia das extensões, sempre sob a ótica da lógica  complementar do chamado processo “figura/fundo”,  como  a  ideia  de  que  uma  tecnologia de comunicação, ao vir à tona, não pode ser considerada apenas como a chegada de um dispositivo técnico,  especificamente requerida por uma determinada sociedade. Uma extensão tecnológica deve ser entendida, principalmente, como um novo modelo gramático a propor padrões de organização e de disponibilização de informações, qual uma  linguagem. Em  McLuhan  deve-se  interpretar  a ideia das “extensões humanas”, sempre sob a ótica da lógica  complementar  do  processo figura/fundo,  como a tecnologia de comunicação, não deve ser considerada apenas como a chegada de dispositivo técnico, com o qual se atende a uma  demanda  funcional,  racional, com utilidade de uso requerida por uma determinada sociedade. Uma extensão tecnológica deve ser entendida como um modelo gramático de padrões de organização e de disponibilização de informações.           

            Como  um  desdobrar  do  entrecruzamento das temáticas das extensões e do meio, surge uma outra, trazida pelas temáticas anteriores, e muito importante em todo o trabalho teórico de McLuhan. A ideia de uma extensão própria da  consciência  que  será  conquistada  não apenas com o contínuo acúmulo de conhecimento, ao longo da história, mas, principalmente, com as novas possibilidades visuais de rearranjar tais conhecimentos, através das mídias eletrônicas. Além disso, que alterações quanto às tecnologia de  comunicação  proporcionariam  novos modelos de subjetividade cultural, como um todo, e de consciência, em particular, novas formas de perceber, de processar e de estocar informações levariam a uma nova forma de consciência. Neste ponto seria tentar entender o momento da passagem de uma forma de se adquirir  conhecimento. E ainda  que  dentro  do modo  tradicional  da  escrita  se  dava  paulatinamente,  somando  os  conhecimentos fragmentados  em  um  lento  e  sistemático processo. Em seguida para um outro modo, possibilitado por toda uma nova geração de meios técnicos e sociais, do telégrafo ao computador, cujas marcas seriam processos instantâneos. Onde a apreensão das mensagens se dão de forma imediata, muitas vezes no momento em que os acontecimentos a serem comunicados estariam ocorrendo.

Bibliografia geral consultada.

MILLER, Jonathan, As Ideias de McLuhan. São Paulo: Cultrix; Editora da Universidade de São Paulo, 1973; PEREIRA, Vinícius Andrade, Comunicação e Memória: Estendendo McLuhan. Tese de Doutorado em Comunicação e Cultura. Escola de Comunicação. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2002; SILVA FILHO, Wilson Oliveira da, McLuhan e o Cinema – O Homem como Possível Extensão dos Meios. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura. Escola de Comunicação. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2006;  CHESTERTON, Gilbert Keith, What`s wrong in the world. Publisher: Obscure Press, 2006; KERCKHOVE, Derrick de, McLuhan Aujourd’hui. Les Cahiers Européens de L´Imaginaire. Paris: Centre National de la Recherche Scientifique, vol. 1, n° 3, 2011; BARBOSA, Rodrigo Miranda, Um Programa de Pesquisa Comunicacional a Partir de Harold Innis e Marshall McLuhan. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Comunicação. Faculdade de Comunicação. Brasília: Universidade de Brasília, 2014; FERNANDEZ, Andreza Lisboa da Silva, A Extensão de McLuhan no Cinema de David Cronenberg: Influências e Aplicações da Medium Theory no Filme Existenz. Dissertação de Mestrado. Programa de Mestrado em Comunicação. Londrina: Universidade de Londrina, 2016; KANE, Oumar, “Marshall McLuhan et la Théorie Médiatique: Genèse, Pertinence et Limites d’une Contribution Contestée”. In: Tic & Societè. Vol. 10, n° 1, 2016; CAZAVECHIA, William Robson, A Educação para Além da Sala de Aula no Pensamento Intelectual de Herbert Marshall McLuhan (1911-1980). Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Educação. Maringá: Universidade Estadual de Maringá, 2017; DALL’AGNESE, Carolina Weber; CANAVILHAS, João; BARICHELLO, Eugenia Maria Mariano da Rocha, “A Tétrade de McLuhan na Pesquisa em Comunicação: Revisão Sistemática de Aplicações no Brasil e em Portugal”. In: MATRIzes, Vol. 14 - nº 1 jan./abr. 2020; entre outros.

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