Ubiracy de Souza Braga
“A
nave Norte e Sul é feminina, a nave Leste-Oeste é masculina”. Cláudio
Pastro
A mistagogia origina-se com um sacerdote grego, que servia o propósito da iniciação nos mistérios da religião, ensinando as cerimônias e os ritos de passagem. Fora da esfera grega, o mistagogo pode representar qualquer pessoa que inicia outros em crenças místicas, que adquira conhecimento dos mistérios sagrados. A compreensão social do conceito de mistagogia pressupõe o conhecimento do conceito cristão de mistério. A categoria mistério tem precedentes nos cultos pagãos da cultura helenística, mas a eficácia simbólica utilitária pelos cristãos é mais facilitada pela tradução bíblica reconhecida como a Septuaginta. Seu reconhecimento ocorre pelos setenta e dois rabinos que trabalharam nela e, segundo a tradição, teriam completado a tradução em 72 dias, e pela apocalíptica judaica. Pode-se fazer a seguinte síntese do uso do termo: um mistagogo é potencialmente o responsável por liderar um iniciado nos ensinamentos e rituais secretos do culto. O iniciado estaria vendado e o mistagogo deveria com a sua sabedoria poder guiá-lo até o local sagrado. O termo mistagogia encerra vários significados, mas inicialmente desenvolve-se em seu ersatz, como ocorre com os Padres do 4° século que faziam teologia. Tratava-se, nesse contexto patrístico, de aplicar a tipologia triádica mítico-bíblica baseada no batismo-crisma-eucaristia, ou a teologia do mistério, à catequese sobre os sacramentos da iniciação cristã singularizada.
A mistagogia está sendo redescoberta ou recidivada. O método mistagógico usado pelos Santos
Padres volta a ser estudado, não para aplicá-lo tal qual, mas para servir de
inspiração e modelo à formação cristã, principalmente na teologia litúrgico-sacramental.
Ponto de referência desse tipo de formação é a ação litúrgica e a experiência
que nos proporciona um contato vivo e pessoal com o mistério da fé. Para tanto
o espaço da celebração é de suma importância para se fazer essa experiência. O mistério, para os cristãos, manifesta-se
na pessoa de Jesus Cristo, principalmente na sua doação total da paixão, morte
e ressurreição. Jesus Cristo é o lugar, o espaço onde é encontrada a presença e
salvação de Deus. Ele é o verdadeiro templo da nova aliança. Nele se baseia
toda a mistagogia do espaço. O espaço litúrgico revela o Cristo ressuscitado,
glorioso em sua totalidade: cabeça e membros. Os templos são lugares da memória do mistério de Cristo e do seu
corpo que é a Igreja. A ação ritual que se desenvolve tem como finalidade aprofundar
a comunhão pessoal, interior, espiritual, em Jesus Cristo, com o Pai e o
Espírito Santo, e levar as pessoas à experiência do mistério escondido no
coração da realidade individual (sonho) e social (mito, rito) de cada fiel,
para poder viver o discipulado e a missão. Simultaneamente na assembleia cristã
e em cada batizado, como novo templo de Deus, construídos de pedras vivas, é
oferecido o culto em Espírito e em verdade. No espaço sagrado, faz-se
experiência da aliança com Deus, o povo fiel se constitui como Igreja de Cristo
e recebe o Espírito Santo.
A palavra igreja, ecclesia, a representação “casa de Deus” tem diversos significados nos livros Sagradas Escrituras, onde os cristãos se reúnem para cumprir seus deveres religiosos. O templo de Jerusalém era a casa de Deus e a casa de oração. O edifício dedicado pelos cristãos ao culto de Cristo, que os sacerdotes gregos chamavam Kyriaké (“a casa do senhor”), e, na língua inglesa veio mais tarde a se chamar Kirk e church. Em Roma, essa assembleia denominada Concio é aquela que falava Ecclesiastes e Concionator. No Novo Testamento, uma igreja é um grupo de cristãos que seguem a Cristo. A palavra pode ser usada para falar de todos aqueles que servem ao Senhor, não importa onde estejam (cf. Hebreus 12: 22-23). É frequentemente usada para descrever grupos locais de discípulos que se encontram para adorarem, para edificarem uns aos outros e para proclamarem o evangelho de Jesus. É neste sentido que lemos sobre a igreja em Antioquia da Síria (Atos 13:1), sobre as igrejas em Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia (Atos 14: 21-23), sobre a igreja em Éfeso (Atos 20: 17), a igreja em Corinto (1 Coríntios 1:1; 2 Coríntios 1:1), as igrejas na região da Galácia (cf. Gálatas 1:2) e a igreja dos tessalonicenses. É neste ambiente de culto de igrejas que encontramos homens escolhidos para supervisionar e guiar. Os sistemas comuns de denominações, de ligas internacionais e de hierarquias que ligam e governam milhares de igrejas locais, são invenções do homem. Não há modelo bíblico de tais arranjos.
No
Novo Testamento, os cristãos serviam juntos em congregações locais. Eles eram
gratos pelos seus irmãos em outros lugares. Mas não tentavam criar laços de
organização social onde os cristãos de um lugar pudessem dirigir ou governar o
trabalho de discípulos de outro lugar. Este modelo claro se espraia se considerado
o ensinamento específico sobre a organização social de uma igreja. É ainda nesse
último sentido, para Hobbes (2014), que
a Igreja pode ser entendida como uma pessoa, isto é, que ela “tenha o poder de
querer, de pronunciar, de ordenar, de ser obedecida, de fazer leis ou de
praticar qualquer espécie de ação”. Se não existir a autoridade de uma
congregação legítima, qualquer ato
praticado por um conjunto de pessoas é um ato individual de cada um dos
presentes que contribuíram para a prática desse ato. Não um ato conjunto, como
se fosse de um só corpo. Nem um ato dos ausentes ou daqueles que, estando
presentes, eram contra a sua prática. Uma Igreja representa um conjunto de
pessoas que professam a religião cristã, ligadas à pessoa de um soberano, que
ordena a reunião e que determina quando não deverá haver reunião, pois,
distingue entre a pessoa e o ofício.
Enquanto
historicamente Maquiavel discutia as virtudes e deveres dos príncipes, como
para Louis XIV “l`État c'est moi”, Hobbes desafiou tal conceito dizendo que “o
príncipe poderia ser legitimamente
substituído”. Nos Estados semelhantes assembleias são ilegítimas, se não são
autorizadas pelo soberano civil. Ilegítima ipso facto a reunião da Igreja em
qualquer Estado em que tiver sido proibida.
A Igreja Católica celebra ordinariamente
seus sete sacramentos: batismo, confirmação, ou crisma, eucaristia,
reconciliação, ou penitência, unção dos enfermos, ordem e matrimônio. Simbolizam
as várias fases importantes de vida cristã do crente, sendo divididos em três
categorias: sacramentos da iniciação cristã que são o batismo, confirmação e
eucaristia e que lançam os alicerces da vida cristã: os fiéis, renascidos pelo
Batismo, são fortalecidos pela Confirmação e alimentados pela Eucaristia; sacramentos
da cura, ou, a penitência e unção dos enfermos; sacramentos ao serviço da
comunhão e da missão é a ordem e matrimônio. Estes sacramentos agrupam-se em
apenas duas categorias sociais: 1) os
que imprimem permanentemente caráter e deixam uma marca indelével em quem o
recebe, e que, por isso, só podem ser ministrados uma vez a cada crente, sendo
eles o batismo, a crisma e a ordem; 2) os que podem ser ministrados
reiteradamente.
A
doutrina, “todos os sacramentos estão ordenados para a Eucaristia como para
o seu
fim”. Na eucaristia, renova-se o
mistério pascal de Cristo, atualizando e renovando assim a salvação da
humanidade. O sacramento católico é um ato ritual destinado aos fiéis, para
eles receberem a graça de Deus, e situações da vida cristã: Ao celebrá-los, a
Igreja Católica, através das palavras e elementos rituais, alimenta, exprime e
fortifica a sua fé e a fé de cada um dos seus fiéis. Estes sinais de graça
constituem uma parte integrante e inalienável da vida cristã de cada fiel. Acredita-se
que o Espírito Santo prepara para a recepção dos sacramentos por meio da
palavra de Deus e da fé que acolhe a palavra nos corações bem dispostos. Então,
os sacramentos fortalecem e exprimem a fé. O fruto da vida sacramental é ao
mesmo tempo pessoal e eclesial. Este fruto é biunívoco para cada crente uma
vida para Deus em Jesus; mas também é para a Igreja o seu contínuo crescimento
na caridade e na sua missão como “de testemunho”.
O
batismo é entendido como o sacramento que abre as portas da vida cristã ao
batizado, incorporando-o à comunidade católica, ao grande corpo místico de
Cristo, que é a Igreja em si. Na Igreja Católica, batizam-se tanto crianças
como convertidos adultos que não tenham sido antes batizados validamente, pois o
batismo da maior parte das igrejas cristãs é considerado válido pela Igreja
Católica visto que se considera que o efeito chega diretamente de Deus
independentemente da fé pessoal, embora não da intenção, do sacerdote. Este
ritual de iniciação cristã é feito normalmente com água sobre o batizando,
através de imersão, efusão ou aspersão. O batismo perdoa o pecado original e
todos os pecados pessoais e as penas devidas ao pecado. Possibilita aos
batizados a participação na vida trinitária
de Deus mediante a graça santificante e a incorporação em Cristo e na Igreja.
Confere também as virtudes teologais e os dons do Espírito Santo. Uma vez
batizado, o cristão é para sempre um filho de Deus e um membro inalienável da
Igreja e também pertence para sempre a Cristo.
Confirmação
do batismo, ou crisma: o batizado reafirma sua fé em Cristo, sendo ungido
durante a cerimônia, recebendo os sete dons do Espírito Santo. A unção é feita
pelo bispo ou sacerdote autorizado, com óleo abençoado na quinta-feira da Semana Santa, a tradição religiosa cristã que celebra a Paixão, a Morte e
a ressurreição de Jesus Cristo. Ela se inicia no Domingo de Ramos, que relembra
a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e termina com a ressurreição de Jesus,
que ocorre no domingo de Páscoa. A atual disciplina da Igreja Latina dá a
oportunidade a uma pessoa que foi batizada por decisão alheia e que tem,
perante a Igreja, compromissos assumidos por outras pessoas em seu nome diante
da pia batismal, de confirmar o desejo de ser membro da família cristã dentro
da Igreja Católica e exatamente de reafirmar aqueles compromissos, depois de
atingir a “idade da razão”. Ressalta-se que em adultos e em caso de risco de
morte (mesmo que seja um bebê) é lícito o sacramento da crisma logo após o
batismo, assim como ocorre ordinariamente nas igrejas orientais. A cerimônia
consiste na renovação das “promessas do batismo”, ou rito de confirmação, mediante
perguntas feitas ao bispo em voz alta e do mesmo modo respondidas pelo crismando perante a comunidade.
É a celebração em memória de Cristo, recordando a santa ceia, a paixão e a ressurreição, em que o cristão recebe a hóstia consagrada. É o sacramento culminante, que dá aos fieis a oportunidade de receber e ingerir fisicamente o que consideram como sendo o corpo de Jesus Cristo, em que se transformou o pão consagrado pelo sacerdote, assim como o vinho se transforma no Seu sangue. No sacramento da eucaristia, a hóstia consagrada (o pão) é distribuída aos fiéis, que a colocam na boca e ingerem lenta e respeitosamente. Para receber a hóstia, o fiel deve estar em “estado de graça”, ou seja, deve ter antes confessado os seus pecados e recebido o perdão divino através do sacramento da confissão ou penitência. A consagração não faz parte do sacramento da eucaristia. É um rito precedente e separado. É um ato que só os sacerdotes têm o poder de praticar. Normalmente, a consagração acontece durante a celebração da missa, rito também chamado de santo sacrifício. O sacrifício é precisamente o ato da consagração. Consiste na recriação, durante a missa, de um momento da última ceia dos apóstolos com Cristo, quando Ele serviu pão e vinho aos apóstolos, dizendo-lhes que aquilo era o seu corpo e o seu sangue. A Igreja Católica sustenta que, quando o sacerdote pronuncia as palavras rituais “Isto é o meu corpo” em relação pão e “Isto é o meu sangue” em relação vinho, acontece um fenômeno chamado transubstanciação, do pão convertido no corpo de Cristo e o vinho se transmuda no Seu sangue. O pão transubstanciado é distribuído aos fiéis que, ao ingerirem a hóstia “estão ingerindo o corpo de Cristo”.
Com
Cláudio Pastro, encontrou-se algumas vezes com Wilma Tommaso (2013),
ocasionalmente, antes de começarem as entrevistas para a tese de doutorado. - “Cláudio
era muito exigente, mas, ao mesmo tempo, ficava maravilhado quando percebia que
alguém buscava a mesma compreensão da arte que ele. Lembro-me da sua expressão
quando eu disse que conhecia alguns livros que para ele eram referência, por
exemplo”, disse Tomaso. Quando foi questionada sobre o Pantocrator na obra de
Pastro, ela recordou que a volta do Cristo Pantocrator tem sua base no Concílio
Ecumênico Vaticano II. - “Há duas intenções que caracterizam o espírito desse
Concílio: aggiornamento e ad fontes, ‘retorno às fontes’. Ou seja, uma
atualização, uma adaptação da verdade revelada imutável da fé aos tempos
atuais, conforme o significado da palavra italiana aggiornamento. E,
consequentemente, uma abertura aos novos desafios que o momento atual traz.
Além disso, retornar às fontes é redescobrir as riquezas espirituais,
doutrinárias e litúrgicas dos primeiros tempos da Igreja. Dentre os valores e
as verdades essenciais para a cristandade, o Concílio evidenciou o papel
central da pessoa de Jesus Cristo na História da Salvação. Importante lembrar
que no Brasil a imagem de Cristo mais difundida é a do crucificado. Cláudio
Pastro entendeu que com o Vaticano II, sem se expressar diretamente à volta do
Cristo Pantocrator, a premissa ad fontes o autorizava a colocar nas igrejas
essa imagem. Nos anos 1980 do século passado, Cláudio causava estranheza ao
começar a apresentar o Cristo Pantocrator. Ele se autodenominava um artista
pós-Vaticano II”. Admiradora e amiga de Pastro, Wilma Tommaso vê- se diante da
missão de ajudar as pessoas a se encontrarem com Cristo por meio da arte e
demonstra isso em seu jeito de ser, na decoração da sua casa, nos símbolos e
imagens que escolheu cuidadosamente para seu livro. Para ela, “ainda não
surgiu, no Brasil, um artista sacro que supere Cláudio Pastro. Como artista
sacro, serviu à liturgia. Sua arte quer preparar o espaço sagrado para a
‘Presença’, para o banquete eucarístico”.
É
a confissão dos pecados a um sacerdote, que aplica a penitência para, uma vez
cumprida, propiciar a reconciliação com Cristo. Por outras palavras, é o
sacramento que dá ao cristão católico a oportunidade de reconhecer as suas
faltas e, se delas estiver arrependido, ser perdoado por Deus. O reconhecimento
das faltas é a sua confissão a um sacerdote, que a ouve em nome de Deus e
concede ao fiel o perdão ainda em nome de Deus. Do ponto de vista formal, o
confessante se ajoelha perante um sacerdote, o confessor, e lhe declara que
pecou que deseja confessar o que fez e pedir a Deus que perdoe os seus pecados.
Após ouvi-lo, cabe ao sacerdote oferecer as suas palavras de conselho, de
censura, de orientação e conforto ao penitente, recomendando a penitência a ser
cumprida. O confessado deve rezar a oração denominada ato de contrição, após o
que o sacerdote profere as palavras do perdão e abençoa o penitente, que se
retira para cumprir a penitência que lhe foi prescrita. A Igreja Católica
considera o sacramento da penitência um ato purificador, que deve ser praticado
antes da Eucaristia, para que esta seja recebida com a alma limpa pelo perdão
dos pecados. Mas, entende-se também que esse efeito purificador é salutar,
sendo benéfico para o espírito cada vez que é praticado.
Simplificadamente a unção dos enfermos é o sacramento pelo qual o sacerdote reza e unge os enfermos para estimular-lhes a cura mediante a fé, ouve deles os arrependimentos e promove-lhes o perdão de Deus. Pode ser dado a qualquer enfermo, e não somente a quem pode falecer a qualquer momento. O sacramento da ordem concede a autoridade para exercer funções e ministérios eclesiásticos que se referem ao culto de Deus e à salvação das almas. É dividido em três graus: a) O episcopado confere a plenitude da ordem, torna o candidato legítimo sucessor dos apóstolos e lhe confia os ofícios de ensinar, santificar e reger; b) O presbiterato configura o candidato ao Cristo sacerdote e bom pastor. É capaz de agir em nome de Cristo cabeça e ministrar o culto divino; c) O diaconato confere ao candidato a ordem para o serviço na Igreja, através do culto divino, da pregação, da orientação e, sobretudo da necessidade da caridade.
Matrimônio representa o sacramento que, estabelecendo e santificando a união entre homem e mulher, funda uma nova família cristã. O matrimônio é celebrado na Igreja e santificado na indissolubilidade e na fidelidade. É um dos sacramentos que imprimem caráter, embora de forma distinta do batismo, distinto da crisma e distinta da ordem. Estes três últimos motivos deixam no fiel que o recebe uma marca indelével que o acompanha por toda a eternidade. Quem foi batizado ou crismado, quem foi ordenado sacerdote terá essa condição independente de qualquer coisa, inclusive de que decida depois converter-se a outro credo religioso ou abandonar o sacerdócio. O matrimônio imprime caráter sobre o casal, sobre o conjunto que os dois nubentes passaram a formar, e é, por isso mesmo, doutrinariamente indissolúvel. O caráter impresso pelo matrimônio se dissolve com a morte de um dos cônjuges. É um sacramento que só se consuma havendo dois participantes. A morte de um dissolve o casal, extinguindo o matrimônio. Peculiar do sacramento do matrimônio é que não é ministrado pelo sacerdote, mas pelos noivos perante a Igreja, pedem e recebem do sacerdote a bênção da família que nasce.
Cláudio Pastro nasceu em São Paulo,
em 16 de outubro de 1948 e faleceu na mesma cidade em 19 de outubro de 2016. Estudou
em Colégio estadual e depois cursou a graduação em Ciências Sociais na
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Foi um artista plástico dedicado
a trabalhos de arte sacra, considerado por especialistas, o maior nome da arte
sacra em seu tempo. Grande devoto da espiritualidade beneditina, recebendo
inclusive pelo seu talento o título de oblato.
Desde 1975, Pastro se dedicava à arte sacra, tendo cursado teoria e técnicas de
arte na Abbaye Notre Dame de Tournay (França), no Museu de Arte Sacra da
Catalunha (Espanha), na Academia de Belas Artes Lorenzo de Viterbo (Itália), na
Abadia Beneditina de Tepeyac (México) e no Liceu de Artes e Ofícios de São
Paulo. Reconhecido por sua dedicação à arte sacra, principalmente pelo projeto
artístico-teológico da Basílica Nacional de Aparecida, que assumiu em 2000,
suas obras são reconhecidas internacionalmente, sendo considerado um dos mais
importantes artistas sacros em atividade do mundo. Foi dele também a criação da
imagem do Cristo Pantocrator (Cristo Evangelizador do Terceiro Milênio)
utilizada nas comemorações do Jubileu do Ano 2000, encomendada pelo Vaticano.
Seus trabalhos estão espalhados por centenas de igrejas e capelas em diversos
países. Sua obra artística mais recentemente inaugurada no Santuário Nacional
foi um monumento criado como uma surpreendente homenagem aos 300 anos do
encontro de Nossa Senhora Aparecida no Rio Paraíba do Sul, em 8 de outubro. Outro
monumento igual havia sido inaugurado no início de setembro nos Jardins do
Vaticano na Itália.
- Era o dia 21 de julho de 2004, um
dia lindo e frio de inverno, em que tivemos a bela celebração dos 30 anos de
fundação do nosso Mosteiro Nossa Senhora da Paz. Quem viera presidir a nossa
Celebração Eucarística tinha sido Dom Arquiabade Emanuel D’Able do Amaral, na
ocasião, Abade Presidente da Congregação Beneditina do Brasil. Nosso amigo,
irmão e benfeitor Cláudio Pastro aqui estava, com um grupo de amigos do
Mosteiro. Após o almoço fui ao encontro deles, que conversavam do lado de fora,
ao sol. Uma pergunta me ardia no coração... e ao aproximar-me do Cláudio lhe
perguntei “à queima roupa”: Cláudio, por que você não se torna oblato de nosso
Mosteiro? A resposta veio, também, imediata: Sim, com muita alegria! Já desejava
isso há tempos! O oblato é um fiel leigo, consagrado ou sacerdote que, chamado
por Deus, e em conformidade com seu estado de vida, associa-se a uma comunidade
monástica beneditina, a fim de viver coerentemente a sua consagração batismal
em comunhão com a Igreja, no espírito da Regra de São Bento. Os oblatos fazem
parte, dessa forma, da família monástica onde fazem a oblação e compartilham
dos bens espirituais do mosteiro, assumindo o compromisso de viver segundo o
espírito da Regra de São Bento.
Cumpre ao oblato nutrir sentimentos de filial fidelidade à Igreja, pulsar com
ela e identificar-se com o seu magistério. Viverá, assim, o espírito da Regra
de São Bento, que através dos séculos, sempre foi uma referência para a Igreja
(cf. Teixeira, 2016).
Oblato
é considerado, pelo direito, como a pessoa a quem é direcionada a proposta de
um contrato, que será aceita ou não, dependendo da sua manifestação de vontade.
A expressão é sinônima de aceitante, ou aderente, normalmente utilizada em
contratos de adesão. A manifestação social de aceitação do oblato é necessária
ao aperfeiçoamento do contrato, mas consiste somente na aceitação ou não das
cláusulas contratuais já propostas e de autoria exclusiva do policitante, uma
vez que não são suscetíveis de alteração. No artigo 427 do Código Civil
brasileiro de 2002 se vê a figura do proponente, e, a quem é direcionada a
proposta, chama-se de oblato. Na
geometria, oblato é um dos formatos possíveis para um esferoide. Tem aparência
aproximada de uma abóbora. É uma esfera achatada nos polos. Aos fiéis que
desejam levar uma vida cristã mais fervorosa e buscam, para isto, um apoio sem
que lhes seja necessário ingressar para a vida religiosa, a Oblação beneditina se apresenta como uma
via que se recomenda pelo caráter tradicional, oriundo de uma longa história, e
pela flexibilidade que lhe permite adaptarem-se às circunstâncias as mais
diversas. O oblato beneditino é já um cristão que, impulsionado pelo desejo de levar
uma vida mais perfeitamente de acordo com o ideal do Evangelho, filia-se a uma
família monástica de sua escolha, por um laço de ordem espiritual, a fim de
poder, graças a esta filiação espiritual, participar dos bens espirituais desta
comunidade, tendo como objetivo de sodalidade
nesta comunhão vital, um acréscimo de fervor e de generosidade no serviço de
Deus.
Segundo o capítulo 58 da Regra, o candidato à vida monástica deve ser provado para que se saiba se “procura verdadeiramente a Deus” (cf. RB 58,7). O período de discernimento vocacional (antes de entrar no Mosteiro) pode durar cerca de um ano. Após ter seu ingresso aprovado, o candidato chega ao Mosteiro e inicia-se o período do postulantado – com duração aproximada de nove meses. Sendo aprovado, o postulante recebe o hábito dos noviços e, segundo a tradição monástica, um novo nome, escolhido pelo Abade. Tem início, então, o período chamado noviciado, que dura, pelo menos, dois anos. Nesses três anos que constitui o período abrangendo a relação entre o postulantado e noviciado, se dá a formação monástica mais intensa, “que não se limita a aspectos intelectuais, mas é composta, em grande parte, por aulas ministradas dentro do próprio mosteiro”. Caso seja aprovado pela comunidade, o noviço faz sua profissão temporária, dando início ao chamado período de provação - que pode durar de três a nove anos -, ao fim do qual, mediante nova avaliação do Capítulo do Mosteiro, poderá ser admitido à profissão perpétua, recebendo enfim o mérito da consagração monacal.
Ipso facto é preciso entender historicamente como se constituiu a consagração monacal. A Ordem de Cluny é uma ordem religiosa monástica católica que se originou dentro da Ordem de São Bento, na cidade francesa de Cluny, no chamado movimento monacal. A ordem nasce em um momento delicado do século X, onde a própria Igreja Católica estava entregue à concepção materialista, e chama novamente os homens à espiritualidade por meio de uma reforma monástica baseada na Regra de São Bento com algumas modificações de Bento de Aniane. As ondas de invasões à Europa se seguiram desde a queda do Império Romano e da morte de Carlos Magno. Dentro da Igreja Católica a situação era tão caótica quanto fora; atrito com a Igreja Bizantina, influência da política italiana sobre o papado, influência de leigos dentro da Igreja, bispos e outros membros do clero misturavam suas propriedades com a da Igreja, padres casados ou vivendo em concubinato, além de simonia e nicolaísmo. Por volta de setembro de 910 o duque de Aquitânia, Guilherme o Piedoso, doou terras para que nelas fosse estabelecido um mosteiro beneditino que não se sujeitasse ao poder laico, mas tão somente a Roma.
O
fundador escolheu um abade de origem nobre da região que administrava mosteiros
reformados, Bernão, abade de Baume. De imediato o abade Bernão aplicou uma
rigorosa observância à regra beneditina buscando fazer do lugar um refúgio do
caos que assombrava Europa neste período. Além de Cluny, Bernão também tomava
conta de outros mosteiros, cedidos por nobres para que estes fossem regidos
segundo as regras de Cluny. Com isso a Ordem passou a não se limitar apenas à
Abadia de Cluny, mas começou a se expandir por mosteiros afora. Antes de
morrer, em 927, Bernão nomeou Odão como seu sucessor e renunciou seus méritos
como fundador de Cluny. Foi sob a tutela de Odão que as reformas cluníacas extrapolaram a região da
Borgonha e ganharam não só a França como toda a Europa. Odão viajou por boa
parte da Europa visitando mosteiros e reformando-os. Ainda com Odão em seu
comando, Cluny foi consagrada, em 981, e recebeu do papa Gregório V a isenção libertas. Após sua morte, em 18 de novembro
de 942, Odão foi sucedido pelo beato Aimardo, contudo esse já estava com a
saúde debilitada e quando ficou cego, passou o cargo a Máiolo.
Este deu continuidade às reformas iniciadas por Odo, além de agregar diversos mosteiros a Cluny. Em 972, Máiolo foi sequestrado pelos sarracenos e libertado mediante pagamento de resgate. Após Máiolo, Cluny foi governada por Odilo por um duradouro período de 55 anos Com Odilo o número de monges cluníacos aumentou. Com o aumento na quantidade monges, aumentou também a Abadia de Cluny. Odilo foi sucedido por Hugo de Sémur, este também teve um longevo período à frente da Ordem: 60 anos. Hugo é responsável pela construção, e 20 de novembro de 1088, da Igreja Cluny III que, segundo dados arqueológicos, foi uma das maiores igrejas da Idade Média, superando até mesmo Roma. Tal templo continha 5 naves, 7 torres e teve seu altar-mor consagrado em 1095 pelo próprio papa Urbano II em sua viagem à França. Além de Cluny III, foi com Hugo que as reformas cluníacas atingissem seu ápice chegando à Polônia, Hungria, Inglaterra e Itália. Foi Afonso VI que concedeu valorosas esmolas à Ordem visando novas instalações cluniacenses na Espanha e em Portugal.
Com
as mudanças históricas o crescimento de Cluny, mais propriamente sua
independência e luxo, deixou de ser visto com bons olhos e não tardou o iniciar
das críticas sobre a Ordem. No início da Idade Média, as críticas sobre Cluny
aumentaram e os próprios bispos entendiam que já não precisavam mais dos
monges, tanto que os denunciavam apropriações que os cluniacenses realizavam. A
independência de Cluny não era bem
quista. Entre 1120 e 1125, o papa Calisto II abandonou Cluny à sua própria
sorte, tanto no que diz respeito às opiniões do clero quanto aos ataques
sarracenos. O golpe final só viria a
ocorrer séculos mais tarde, já em 1789, com a Revolução clássica francesa. Um
de seus principais alvos não foi outro, senão a já enfraquecida Cluny. O
complexo foi destruído entre 1791 e 1812. Em 1793 todos os livros da biblioteca foram queimados
e, em 1798, o terreno onde estava abadia foi vendido por 2.140.000 francos. Durante
o século XX o prédio da Abadia de Cluny foi parcialmente reconstruído e, em
2007, finalmente foi consagrada como Patrimônio Europeu pela União Europeia.
O
próprio Pastro compara suas pesquisas que se retomarmos a arte na passagem do século
XIX para o século XX, têm artistas impressionistas e expressionistas “que
estavam procurando a luz” (cf. Tommaso, 2013: 50 e ss.). Ele considera Matisse,
embora ateu, como os impressionistas em geral, um pintor religioso. Em sua
opinião, esses artistas talvez não se dessem conta, mas estavam ligados à arte
sacra verdadeira, que é a busca da essência das coisas, da luz, das cores. De
Renoir, gosta pouco, embora o considere tecnicamente excelente. De Picasso,
admira muito a primeira fase, a chamada “fase azul”, de quando ainda é acadêmico.
Do cubismo em diante, Picasso não lhe desperta muito interesse, apesar de
reconhecer que, a partir desse momento, ele parece ganhar mais liberdade. Em
Picasso dessa fase pode-se notar a presença do romântico. Do movimento Art Nouveau,
reconhece artistas importantes como Klimt que, segundo ele, frequentava Beuron.
Dos brasileiros admira Portinari, embora não lhe confira grandiosidade, também
Di Cavalcanti, Tarsila e se confessa apaixonado por Brecheret. Cita ainda os
italianos Fúlvio Pennacchi, que chegou a fazer afrescos da igreja Nossa Senhora
da Paz, na Baixada do Glicério, em São Paulo, e Galileo Emendabile. No que diz
respeito à literatura, seus autores preferidos são do começo do século XX, mas
frutos do século XIX. É o caso de Léon Blois, de Jacques Maritain e sua mulher
Raïssa, de Paul Claudel, irmão de Camille Claudel. As influências da Igreja
Católica Ortodoxa em suas leituras de teologia o levaram a Pavel Evdokimo,
Oliver Clément, Pavel Florensky, Odo Casel, por sua originalidade e alta percepção
cultural.
Para
ele, não é possível entender o ícone sem aceitar as influências hebraica e
helênica no cristianismo que, na época, representava o Império Romano. De um lado,
o judaísmo preso à palavra, com ausência da imagem, de outro, para o grego, que
só fala através da imagem. Além disso, há também o helenismo que nasce da fusão
da cultura grega com as culturas da Ásia, África do Norte, Mesopotâmia, Índia,
Irã, Fenícia e Síria. É preciso lembrar que também no paganismo havia cultos de
mistério. Entretanto, o Mistério é a proposta do ícone – a obra não pode ser
reproduzida artificialmente porque ela em si, está “acontecendo”, ou melhor, o
Mistério está se manifestando hic et nunc
no lugar da obra de arte em sua reprodutibilidade
técnica. É o que se chama de Teofania do Belo. O “estar acontecendo” é um bom
prenúncio do Mistério, que é Cristo. O que inspira Pastro, o que lhe importa, é
a ação de Deus em nós e a nossa relação com ele, e, portanto, a presença do
Mistério Criador-criatura. É como o espírito Santo que em determinado momento
se faz presente para uma pessoa, ou um grupo de pessoas. O objetivo de sua arte
é ajudar as pessoas a perceberem a razão a volta do bizantino, uma Ad Fontes
que ele leva ao pé da letra, sem ser bizantino, sem ser romântico, com um pé no
Brasil, ou seja, com as características da arte afro-indígena brasileira.
De
maneira geral, em análise comparada tanto na época colonial como durante o
século XIX a matriz cultural de origem europeia foi a mais valorizada no
Brasil, enquanto que as manifestações afro-brasileiras foram muitas vezes
desprezadas, desestimuladas e proibidas. As religiões afro-brasileiras e a arte
marcial da capoeira foram frequentemente perseguidas pelas autoridades. Algumas
manifestações folclóricas, como as congadas e o maracatu, assim como expressões
musicais como o lundu, foram toleradas e regionalmente estimuladas. Entretanto,
a partir de meados do século XX, as expressões culturais afro-brasileiras
começaram a ser gradualmente mais aceitas, incorporadas e admiradas pelas
elites como expressões artísticas genuinamente nacionais. Nem todas as
manifestações culturais foram aceitas ao mesmo tempo. O samba foi uma das
primeiras expressões da cultura afro-brasileira a ser admirada quando ocupou
posição de destaque na música popular, no início do século XX. A
partir da década de 1950 as perseguições às religiões afro-brasileiras
diminuíram e a Umbanda passou a ser seguida por parte da classe média carioca.
Na década seguinte, as religiões afro-brasileiras passaram a ser celebradas
pela elite intelectual branca. Em 2003, foi promulgada a lei nº 10.639 que
alterou a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (LDB), passando-se a exigir que as escolas públicas brasileiras de
ensino fundamental e médio incluam no currículo o ensino da história e cultura
afro-brasileira.
Cláudio Pastro realizou pinturas, vitrais, azulejos, altares, cruzes, vasos sagrados e esculturas para presbitérios, capelas, igrejas, mosteiros e catedrais, não apenas no Brasil, como também na Argentina, Bélgica, Itália, Alemanha e Portugal. Ilustrou os seguintes livros: Os Diálogos de São Gregório Magno (Alemanha), Vida de Santo Antônio (Itália), Músicas Natalinas para Crianças (Itália), A Virgem de Guadalupe (Alemanha, Espanha e Brasil), entre outros. Ministrou inúmeros cursos de Estética e Arte Sacra em seminários, escolas teológicas, mosteiros, museus e faculdades, e dedicou ao vasto projeto de ambientação do Santuário Nacional de Aparecida. Foi o responsável pela reforma da Sé Catedral de Uberlândia, Minas Gerais, na década de 1990, adequando-a às orientações do Concílio Ecumênico Vaticano II, cuja pintura do painel central tem inspiração escatológica no livro da Revelação. Colaborou, ainda, para restauração da obra realizada nos últimos anos. Entre as obras mais recentes do artista, estão o monumento em honra a Nossa Senhora Aparecida nos Jardins do Vaticano e a medalha comemorativa pelos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida. Medalha comemorativa pelos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida. Foi o artista escolhido pela Santa Sé para conceber a imagem do Cristo Evangelizador do Terceiro Milênio, para as celebrações do Jubileu do ano 2000, obra que se encontra permanentemente exposta no Estado do Vaticano. É Doutor Honoris Causa pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2008). Uma obra magnífica antes do seu falecimento foi o monumento aos 300 anos do encontro da imagem, inaugurado no início de setembro no Vaticano. Com mais de 4 metros de altura, a peça feita em aço, remonta o encontro, com a imagem dos pescadores e da imagem. O monumento foi inaugurado pelo Papa.
Bibliografia
geral consultada.
SARTORELLI, Cesar Augusto, O Espaço Sagrado e o Religioso na Obra de Cláudio Pastro. Um Estudo da Produção Arquitetônica e Plástica de Cláudio Pastro e da Arquitetura Religiosa Católica Brasileira do Século XX. Dissertação de Mestrado. Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências da Religião. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2005; TORRES, Marília Marcondes de Moraes Sarmento e Lima, O Cristo no Terceiro Milênio: A Visão Plástica da Arte Sacra Atual de Cláudio Pastro. Dissertação de Mestrado. Instituto de Artes. Campus São Paulo: Universidade Estadual Paulista, 2007; AMBROSIO, Eliana Ribeiro, Presépio Napolitano do Museu de Arte Sacra de São Paulo e de Coleções Internacionais: Cenografia e Expografia. Tese de Doutorado. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2012; TOMMASO, Wilma Steagall de, O Pantocrator de Cláudio Pastro: Importância e Atualidade. Tese de Doutorado. Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências da Religião. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2013; TODA, Egídio Shizuo, A Arte Sacra de Cláudio Pastro na Basílica de Aparecida e sua Contemporaneidade: História, Cultura e Leitura de suas Obras. Dissertação de Mestrado em Educação, Arte e História. Programa de Pós-Graduação em Educação. São Paulo: Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2013; RÊGO, Marlesson Castelo Branco do, O Conceito de Natureza em Santo Agostinho. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2015; TEIXEIRA, Irmã Martha Lúcia Ribeiro, “Cláudio Pastro: Oblato Beneditino”. In: http://ncluxmundi.blogspot.com/2016/11/14; DIAS, Michele dos Santos, A Beleza em sua Expressão Religiosa: Uma Análise da Pietà de Aleijadinho. Dissertação de Mestrado. Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências da Religião. Campinas: Pontifícia Universidade Católica de Campinas, 2018; SILVA, Richard Gomes da, A Iconografia da Arte Sacra de Cláudio Pastro na Basílica Nacional de Aparecida. Dissertação de Mestrado em Arte e Cultura Contemporânea. Rio de Janeiro: Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2019; ARAÚJO, Michelle de, Em Nome da Fé: As Heresias e sua Dimensão Política em Portugal e Castela (sec. XIV e XV). Programa de Pós-Graduação em História. Brasília: Universidade de Brasília, 2019; SOUTO, Hilda; FERNANDES, Márcio Luiz, “A Correlação da Estrutura Geométrica e o Significado Bíblico-Teológico nas Obras da Santíssima Trindade de Andrej Rublev e Cláudio Pastro”. In: Interações, vol. 14 (2) 2020; entre outros.
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