sábado, 8 de agosto de 2020

Espírito Científico - Paratopia & Normas de Avaliação Internacional.

 

                                  Ubiracy de Souza Braga

             Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara”. José Saramago

Há muito é lugar comum compreender que o discurso filosófico correlacionou verdade e ser. Se verdade encontra-se, justificadamente, num nexo originário com o ser, então o fenômeno da verdade remete ao âmbito da problemática ontológica fundamental. Três teses caracterizam a apreensão tradicional da essência da verdade e a opinião gerada em torno de sua primeira definição: 1. O “lugar” da verdade é o enunciado (o juízo). 2. A essência da verdade reside na “concordância” entre o juízo e seu objeto. 3. Aristóteles, o pai da lógica, não só indicou o juízo como o lugar originário da verdade, como também colocou em voga a definição da verdade como “concordância”. A famosa questão, com a qual se supunha colocar os lógicos em apuros, é a seguinte: O que é a verdade? Se ela consiste na concordância do conhecimento com o seu objeto deve distinguir-se dos demais. Um conhecimento é falso quando não concorda com o objeto a que é submetido, mesmo que tenha algo que possa valer para outros objetos. O que significa o termo “concordância”? A concordância de algo com algo tem o caráter formal da relação de algo com algo. Toda concordância e, assim também, toda “verdade” é uma relação. Mas nem toda relação é uma concordância. Um sinal assinala para o assinalado.

A indivisibilidade de controle e consentimento tornam necessário que se percebam as organizações formais como sistemas cooperativos, ampliando a estrutura de referência dos relacionados com a manipulação de recursos da organização. No ponto de ação da decisão executiva, o aspecto econômico da organização proporciona instrumentos inadequados de controle da estrutura concreta. Esta ideia poderá ser prontamente percebida se se voltar a atenção para o papel do indivíduo na economia da organização. Do ponto de vista da organização como sistema formal, os homens são encarados funcionalmente, quanto ao seu papel, como participantes de segmentos determinados do sistema cooperativo. Na realidade, porém, os indivíduos se mostram propensos à despersonalização, a exceder os limites de seu papel segmentário, para participar como integrais. Os sistemas formais não podem abranger as modificações assim introduzidas e, consequentemente, falham como instrumento de controle, quando se confia apenas neles. O indivíduo integral cria novos problemas para a organização, em parte por causa das necessidades de sua própria personalidade, parcialmente porque traz consigo um conjunto de hábitos arraigados, talvez, como obrigações com determinados grupos especiais fora da organização. Na adequação de sistemas formais de coordenação, as necessidades individuais não permitem a devida atenção à metas enunciadas do sistema, naturalmente em que se incluem. O perigo inerente à delegação surge essencialmente daí. A delegação é um ato de organização, relacionado com designações formais de funções e poderes. Em tese, estas designações se referem a papéis ou funções oficiais, e não ao indivíduo, como tal, que nem sempre coincide com as metas do sistema formal.

Ipso fato, a importância da ênfase abstrata do sistema cooperativo como tal origina-se da introspecção, que permite verificar determinadas ações e consequências que são determinadas independentemente da personalidade das pessoas no caso envolvidas. Assim, ao aludir ao paradoxo da organização - a tensão criada pelas consequências inibitórias de determinados tipos de estruturas não-convencionais nas organizações, não significa que as próprias pessoas estejam em dúvida ou enfrentando dilemas. É a natureza das consequências da interação de interesses divergentes que cria a condição, resultado este que poderá surgir independentemente a percepção consciente ou das qualidades dos participantes individuais. Sistemas de ação racional são característicos tanto de indivíduos como de organizações. Reconhecer a relevância sociológica das estruturas formais da ciência, nada tem a ver com a importância, ao longo deste caminho, com a natureza da autoridade nas organizações formais, encarecendo os fatores sociais de coesão e persuasão como fontes legais ou coercitivas. Tal redefinição é, a mesma com que se introduziu o conceito de Eu, que origina-se na filosofia da história de Friedrich Hegel, como sendo histórico e social, e só depois no âmbito da sociologia. Da mesma forma, a definição de autoridade, é condicionada por fatores sociológicos de sentimento e coesão ou, de forma mais generalizada, a definição de organizações formais como sistemas cooperativos apenas marca os limites iniciais de elaboração de um procedimento na organização do processo de trabalho. 

Assinalar é uma relação ente o sinal e o assinalado, mas não uma concordância. Decerto, nem toda concordância significa uma espécie de convenientia, tal como se fixou na definição de verdade. A ela pertence estruturalmente uma espécie de “perspectiva”. O que é isso em cuja perspectiva concorda aquilo que, na adaequatio, se relaciona? Ao esclarecer a relação de verdade, deve-se também considerar a especificidade dos membros da relação. Em que perspectiva intellectus e res concorda? Será que, em seu modo de ser e em seu conteúdo essencial, eles proporcionam algo em cuja perspectiva pode concordar? Caso seja impossível uma igualdade entre eles, por não pertencerem à mesma espécie, não será, segundo a hermenêutica de Heidegger (2008) então possível que ambos (intellectus e res) sejam semelhantes? A partir dessas questões evidencia-se que, para se esclarecer a estrutura da verdade, não basta simplesmente pressupor esse todo relacional, mas é preciso reconduzir o questionamento a seu contexto ontológico que sustenta esse todo como tal.

Mas será necessário para isso arrolar toda a problemática epistemológica referente à relação sujeito-objeto? Ou será que a análise pode restringir-se à interpretação da “consciência (Bewusstsein) imanente da verdade”, permanecendo-se, portanto, “na esfera” do sujeito? Segundo a opinião geral, só o conhecimento é verdadeiro. Conhecer, porém, é julgar. Em todo julgamento, deve distinguir a ação de julgar enquanto processo psíquico real e o conteúdo julgado enquanto conteúdo ideal. Deste último, diz-se que é “verdadeiro”. Em contrapartida, o processo psíquico real é simplesmente dado ou não. O conteúdo ideal do juízo é, pois, o que se acha numa relação de concordância. E esta diz respeito a um nexo entre o conteúdo ideal do juízo  e a coisa real sobre a qual se julga. Em seu modo de ser, a concordância é real, ideal ou nenhuma destas? Como se deve apreender ontologicamente a relação entre o ente ideal e o real simplesmente dado? Essa relação subsiste e consiste em juízos fáticos não somente entre o conteúdo do juízo e o objeto real, mas também entre o conteúdo ideal e a ação real de julgar; e aqui a relação não será manifestamente mais “intrínseca”? Enfim, a questão é: quando é que o fenômeno da verdade se torna expresso no próprio conhecimento? Sem dúvida, quando o conhecimento se mostra como verdadeiro. É, portanto, a própria verificação de si mesmo que lhe assegura a sua verdade. No contexto fenomenal dessa verificação, é que a relação de concordância deve tornar-se visível.

Neste sentido, o sociólogo não observa a realidade social e sim práticas. O sociólogo, assim como deve ser um homem que sente, não deve ser jamais um homem que acredita. Questionar a unidade de um sistema de representações, de uma ideologia, conduz necessariamente a questionar uma hegemonia política e um poder organizacional e, mais concretamente, um poder de Estado. O sociólogo só muito raramente é o ideólogo da classe dirigente. O Estado não satisfaz no entanto completamente o sociólogo, mesmo o mais complacente. Ele o desconcerta também, pois manipula a guerra e a diplomacia, vive do acontecimento e, em sentido inverso, não assegura jamais completamente a unidade de sua prática e de seu discurso. Essa unidade vamos encontra-las nas igrejas, nas organizações encarregadas de transmitir a ordem social e cultural estabelecida e, mais frequentemente  nas escolas. Além dos mais, o sociólogo, que não está próximo, na maioria dos casos, nem da dominação econômica nem do poder político, pode sentir-se mais importante quando exerce sua atividade profissional em organizações com fins específicos independentes do dinheiro e do poder e que desempenham um papel de integração social que não se encontra diretamente a serviço de interesses particulares. O aparelho de reprodução social nunca se confunde com o aparelho de produção ou com o aparelho de gestão.

As maiores revelações científicas nos últimos 500 anos de história social da ciência gira em torno de cientistas que criaram novas teorias e objetos de conhecimento. As descobertas de cientistas e sua paixão exagerada pelo conhecimento permitiram o desenvolvimento e evolução da ciência. Albert Einstein é sinônimo de genialidade sendo considerado um dos maiores cientistas do mundo. Com vinte e seis anos publicou uma de suas maiores descobertas, a Teoria da Relatividade. A revolução no mundo da ciência foi tão grande que o ano ficou conhecido como “O Ano Miraculoso” (1925). Marie Curie, figura como uma das únicas mulheres que conseguiu driblar a mistagogia e chegou a receber duas vezes o Prêmio Nobel, sendo a primeira pessoa a conquistar tal feito. Marie assumiu a escrita francesa do nome quando se mudou para Paris, depois de formada em medicina em uma universidade polonesa clandestina que aceitava mulheres para estudar na Sorbonne.  Quando tinha 28 anos conheceu Pierre Curie, que trabalhava em pesquisas elétricas e magnéticas e com ele que ganhou seu primeiro Nobel, pela descoberta dos elementos químicos polônio e o rádio. Depois da morte de Pierre Curie morto em um atropelamento conseguiu a atenção da comunidade científica. Em 1911, com 42 anos, ganhou o segundo Nobel pelos estudos à radioatividade, quando não haviam usado esse termo. Foi diretora do Instituto de Rádio de Paris e fundou o Instituto Curie. Não por acaso foi a primeira mulher a lecionar na Sorbonne.

             Talvez o primeiro aspecto a ser discutido, antes enveredarmos pelas questões de dialogismo e de instanciação propriamente ditas, diga respeito à utilização dos termos relacionados ao sistema de avaliatividade e sua aplicação em língua portuguesa. O fato de se utilizar aqui avaliatividade, segundo Vian Jr. (2009), em vez de apreciação ou valoração, ou simplesmente avaliação deve-se primeiramente ao fato de se evitar inadequados posicionamentos teóricos, além da confusão terminológica, devida, em parte, à rapidez com que os conceitos foram recebidos no Brasil e, como diversos estudos proliferam em centros de pesquisa pelo país, algumas traduções optaram por apreciação, outras por valoração. É mais do que corriqueiro quando se iniciam aplicações da teoria produzida em língua estrangeira que é transladada para o idioma português. O mesmo ocorreu, no final da década de 1990, “com o uso da variável de registro Tenor, em inglês, e sua tradutibilidade linguística para o português, pelo fato da variável tratar não só dos participantes do discurso, mas das relações entre estes e os papéis sendo desempenhados por eles como produtores dos textos”.

Recentemente, parece ter se firmado o termo relações, constante, inclusive, da lista de termos sistêmico-funcionais em português. Como se vê, à medida que a teoria vem sendo utilizado nos termos também vem sendo depurados conforme circulam na “comunidade discursiva”, até que se chegue ao senso comum e a um item que abarque todo o potencial de significado e de aplicação no idioma. Nos casos dos termos apreciação ou valoração, há vários motivos para recusá-los. No caso de “apreciação”, por ser o melhor correspondente a “appreciation”, um dos três subsistemas de atitude. Quanto à valoração, tem, primariamente, o sentido de “atribuir valor a algo”, o que reduz significativamente o escopo envolvido na avaliação, uma vez que, juntamente ao valor, agregam-se crenças, emoções, afeto, relações sociais e tantos outros aspectos; e ainda pelo fato de, no subsistema de apreciação, haver o termo inglês “valuation”, que, em determinados casos, também poderia ser traduzido por valoração.

 Davi Kopenawa Right Livelihood Award e  Hutukara Yanomami. A opção pela palavra “appraisal” (em inglês), em vez de comparativamente a “evaluation” ou “assessment” (em francês), reside no fato de diferenciar o sistema de outros estudos sobre avaliação, como ocorre com os estudos de Labov. E avaliatividade, em português, distingue-se ainda do termo “valoração” que é usado na análise de discurso de linha francesa, em Maingueneau (2015), por exemplo. Embora o termo valoração tenha sido incorporado à lista de termos traduzidos para o português como correspondente a appraisal, é provável que tal uso tenha ocorrido pelo fato de o sistema  como um todo e todos os subsistemas e categorias envolvidos ainda não estarem sendo muito testados em língua portuguesa e de os pesquisadores não estarem familiarizados com tantas variáveis. O sentido do “appraisal system” vai muito além de valoração, por isso a sugestão do termo Sistema de Avaliatividade, uma vez que estamos considerando um potencial de significados avaliativos disponíveis no sistema linguístico e que envolvem, portanto, questões analogamente relacionadas à filogênese e à ontogênese para que o nível logogenético se desenvolva em termos de funcionamento lingüístico.

Suponhamos que como teste de hipótese o fato de tratar avaliatividade e avaliação como sendo o mesmo fenômeno tenha dado origem ao problema da tradução dos termos appraisal e evaluation e seus correspondentes em língua portuguesa. Antes de se pensar em optar por um termo ou outro, é necessário que se estabeleça a diferença entre ambos, em língua inglesa, “para que não caiamos em novas falácias”. Ao pensarmos na relação entre língua e texto em termos da escala de instanciação, temos que a avaliação é apenas a instanciação das opções avaliativas de que a língua dispõe como potencial de significados presentes no texto, ao passo que avaliatividade está relacionada a todo o potencial que a língua oferece para realizarmos significados avaliativos, ou seja, para expressarmos pontos de vista positivos ou negativos, para graduarmos a força na concepção de sentido ou o escopo do que expressamos e para compreendermos a intersubjetividade e assim por diante. O Nobel de Literatura é concedido anualmente pela Academia Sueca a autores que fizeram notáveis contribuições ao campo da literatura. É um dos cinco Prêmios Nobel criados em razão do desejo expresso pelo testamento de Alfred Nobel em 1895, atribuídos para contribuições destacáveis em química, física, literatura, paz e fisiologia ou medicina.

Segundo os escritos do testamento, o prêmio é administrado pela Fundação Nobel e concedido por um comitê que consiste em 5 membros eleitos pela Academia Sueca. O primeiro Nobel de Literatura foi concedido em 1901 ao francês Sully Prudhomme. Cada laureado recebe uma medalha, um diploma e um prêmio monetário que variam durante estes anos. Em 1901, Prudhomme recebeu 150 782 de coroas, o equivalente a 8 823 637,78 de coroas em janeiro de 2018, enquanto que Kazuo Ishiguro, laureado de 2017, recebeu a quantia de oito milhões de coroas. O prêmio é apresentado em Estocolmo em uma cerimônia anual em 10 de dezembro, aniversário da morte de Nobel. Até 2019, o Nobel de Literatura foi concedido a 116 indivíduos. A recepção inicial do livro: A Infância de Jesus (The Childhood of Jesus) é um romance de 2013 do escritor John Maxwell Coetzee que nasceu na África do Sul e que recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 2003, foi aparentemente positivo, tendo Tim Adams do The Observer afirmado que seria “um contendor temporão para um terceiro prémio Booker, o que não teria precedentes”. Nesta direção The Australian também elogiou The Childhood of Jesus, afirmando que era uma “obra prima”. Theo Tait, escrevendo em The Guardian, disse que A Infância de Jesus era “ricamente enigmático, com flashes regulares da inteligência penetrante de Coetzee” e comparou o livro ao que ele chamou de “admirável, mas proibitivo cânone” de Coetzee. Tait escreveu ainda que “pessoalmente, eu colocaria A Infância de Jesus algo atrás das suas parceiras obras-primas, como A Vida & Tempo de Michael K, À espera dos Bárbaros e Desgraça e também atrás da maravilhosa trilogia autobiográfica que terminou com Summertime”.    

Conferência de Solvay, em que Marie Curie
e Albert Einstein estão ao centro.

No entanto, escreveu Tait, A Infância de Jesus “provavelmente pertence ao conjunto estranho, mas interessante, que inclui Foe, história ao estilo de Crusoé, e Elizabeth Costello”. Após a sua publicação nos Estados Unidos, David Ulin, o crítico do Los Angeles Times, disse que a obra “acaba por sucumbir ao vazio que descreve. Em parte, tem a ver com a sua qualidade sinuosa; numa terra sem história, mesmo aqueles que procuram não esquecer devem perder de vista o passado”. Mas ainda, a questão é a distância na escrita de Coetzee, a sensação de que os seus personagens não são vivos de carne-e-osso mas antes a encarnação de alguma ideia. Quando os seus romances funcionam, as ideias de Coetzee são suficientemente grandes para nos prender, para nos dar uma nova perspectiva sobre o mundo. Com A Infância de Jesus, no entanto, a alegoria nunca vai além de si própria, além da imagem de um pequeno grupo de aventureiros, à deriva num universo desconhecido, “procurando um lugar para ficar”. O sistema de avaliatividade é um recurso desenvolvido para analisar o discurso das aprovações, ou desaprovações, realizadas pelos escritores ou falantes de um texto. Isso se dá porque os usuários de uma língua, em contato com seus interlocutores, negociam suas relações por meio da língua e, a partir disso, expressam como se sentem em relação a coisas e pessoas, mesmo que esta expressão esteja camuflada ao contexto.

Ao receber o prêmio, em 1958, o escritor Boris Pasternak foi forçado a recusá-lo publicamente sob a pressão do governo da União Soviética. Em 1964, Jean-Paul Sartre anunciou que não gostaria de aceitar Nobel, dando continuidade a uma prática sua de recusar todas as honrarias oficiais que recebe. No entanto, o comitê do Nobel não reconhece as recusas pessoais e inclui Pasternak e Sartre em sua lista de laureados. Significativamente para a literatura catorze mulheres receberam o Nobel de Literatura, mais que qualquer outro Prêmio Nobel, à exceção do Nobel da Paz. Desde a primeira entrega do Nobel de Literatura, houve quatro momentos nos quais o prêmio foi dado a duas pessoas (1904, 1917, 1966, 1974). Em sete anos não foi concedido (1914, 1918, 1935 e de 1940 a 1943). O país com o maior número de laureados é a França (15), seguida dos Estados Unidos da América e Reino Unido (11). Os únicos sul-americanos a ganharem o prêmio foram os chilenos Gabriela Mistral (1954) e Pablo Neruda (1971), o colombiano Gabriel Garcia Márquez (1982) e o peruano Mario Vargas Llosa (2010). O único falante de língua portuguesa a receber a premiação foi José Saramago (1998).

O naturalista inglês Charles Darwin, contemporâneo de Marx, que fundou a biologia moderna nasceu na Inglaterra e era filho de um médico, desde pequeno sendo interessado pelo campo das Ciências Naturais. Ele abandonou a faculdade de medicina, erroneamente  para se tornar pastor. Com 22 anos de idade embarcou em uma expedição no continente negro, viajando por cinco anos em um navio onde começou a escrever a Teoria da Evolução, que só viria a publicar aos cinquenta anos de idade. O ensaio: Sobre a Origem das Espécies, publicado em 1859 afirmava que os animais evoluíram através de um processo de seleção da natureza. Quem era mais “forte” e conseguia se adaptar, permaneceria vivo e progrediria. O livro esgotou-se em um dia e criou uma grande reviravolta na comunidade científica. De saúde frágil, Darwin quase nunca saía de casa e passava muito tempo dedicado aos seus estudos, tendo publicado outros nove livros envolvendo a temática da evolução. Passou a ser é visto como um dos cientistas mais influentes do mundo, irradiando toda a biologia com as suas teorias evolutivas.

            A física moderna não seria a mesma sem o carisma sociológico e inteligência matemática de Stephen Hawking, cientista inglês que se tornou uma celebridade do século XX e XXI. Filho de pai médico e mãe filósofa, Hawking foi um garoto prodígio que ainda criança construía seus próprios brinquedos. Seu interesse em física e astrologia o levou a cursar física na Universidade de Oxford com apenas 17 anos de idade. Apesar de ter sido diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica (ELA) aos 21 anos de idade e saber que seus movimentos físicos iriam se perder com o tempo, Stephen continuou seus estudos e desenvolveu algumas das teorias mais importantes da física moderna. Entre as suas descobertas geniais está o Teorema da Singularidade, que explica como os fenômenos dos buracos negros, originaram o mundo como conhecemos, inclusivo a nós humanos. Sua forma simples no processo de comunicação, falando apenas através de um computador, e simpatia conquistou milhões de fãs no mundo, tornando o cientista moderno mais popular, consciente e importante do mundo.

            Nascido na Alemanha em uma família de juízes, cientistas e teólogos, Max Planck era um garoto talentoso para a música e para física, tendo recebido o título de doutor em filosofia com apenas 21 anos de idade. Trabalhando como professor em várias universidades alemãs durante a vida, Max continuou seus estudos acerca de radiações eletromagnéticas, e foi assim que evoluiu para a sua teoria de que a energia era produzida em pacotes, chamada quantas, foi assim que de Albert Einstein e Niels Bohr, dez anos depois, puderam originar a teoria quântica. Em 1874, Max Planck ingressou na Universidade de Munique, onde iniciou seus estudos em física. Em 1877 foi para Berlim, onde estudou com grandes físicos como, Hermann Helmholtz e Gustav Kirchhof. Doutorou-se em 1879 com uma tese relativa a uma experiência sobre difusão do hidrogênio através da platina aquecida. Dizem que foi a única experiência que ele realizou. Era um cientista matemático e não experimental. Em 1880, Max Planck voltou para a Universidade de Munique, onde foi nomeado professor-assistente. Em 1885 retornou para sua cidade natal, onde lecionou Física na Universidade de Kiel. Pelo nascimento da física quântica, Planck foi laureado em 1918 com o Nobel de Física. Uma das curiosidades sobre sua vida é que o cientista tentou convencer o nazista Adolf Hitler a dar liberdade aos judeus, mas evidentemente sem sucesso. Um de seus filhos foi executado acusado de tentar assassinar o líder nazista. 



            Karen Keskulla Uhlenbeck é a primeira mulher a ganhar o Prêmio Abel. Se hoje é possível combater algumas infecções bacterianas com certa facilidade, isso se deve ao cientista, químico e bacteriologista francês Louis Pasteur. Talvez por ter se formado em Letras, Pasteur descobriu na ciência, química e especialmente na biologia uma paixão, e ajudou a salvar milhões de vidas com suas teorias e ideias. Pasteur provou que germes dão origem a maioria de doenças infecciosas. Que assepsia e esterilização eram fundamentais para evitar propagação de doenças. Também criou a vacina contra a raiva e a teoria da biogênese, sua ideia mais famosa, que comprovava que micro-organismos do ar infectavam matérias. Completou o curso de Letras em 1840, e concluiu o bacharelado, mas o cargo de professor de colégio não era exatamente o que pretendia. Foi outra vez a Paris, a fim de se especializar em Física e Química na Escola Normal Superior. E passou a trabalhar como assistente do químico Antoine Jerôme Balard. Muitas técnicas avançaram na biologia, mas o método de pasteurização é utilizado para evitar infecção por micro-organismos/bactérias em alimentos.

Em 1848, com apenas 26 anos, apesar dos protestos do professor Balard e outros membros da Academia de Ciências, Pasteur é nomeado para ensinar Física Elementar numa escola secundária de Dijon. No ano seguinte, foi nomeado professor de Química da Universidade de Estrasburgo. Nesse mesmo ano Pasteur casa-se com Marie Laurent, filha do reitor da universidade.  Em 1854, com 32 anos deixa Estrasburgo para assumir a cadeira de Química e triunfar na Universidade Lille, onde realizou diversas pesquisas e descobertas. Enquanto era estudante começou seus estudos ópticos de cristais do ácido tartárico que foram levados à Academia Francesa de Ciências. Realizou estudos na indústria vinícola, e como resultado desenvolveu a teoria da fermentação como consequência da ação de micróbios, trabalho que foi apresentado a Societé de Sciences de Lille. Ao pesquisar as alterações provenientes do vinho e da cerveja, descobriu que o vinho se transforma em vinagre sob a ação do fermento Mycoderma aceti. Para evitar a degeneração do engenho, criou o fundamental processo chamado pasteurização.

            Nos últimos anos de pesquisas, convencido de que as moléstias infecciosas deviam ser provocadas por micróbios, em 1881 viu a confirmação de sua teoria isolando o micróbio de uma doença bovina - o carbúnculo. Descobriu os agentes da pebrina, doença do bicho-da-seda que causava grandes prejuízos na lavoura. Pasteur identificou a bactéria estafilococo como causadora da osteomielite e dos furúnculos, e a estreptococo causador da infecção pleural. Louis Pasteur produziu duas vacinas essenciais para proteger o homem de agentes patogênicos. Em 6 de julho de 1885 aplicou pela primeira vez sua vacina contra a hidrofobia “raiva”, salvando um menino de 9 anos. E a vacina contra a cólera das galinhas. O cientista fez carreira acadêmica brilhante Foi membro da Academia de Medicina, da Academia Francesa e da Academia de Ciências. Em 1888 viu seu sonho ser realizado com a inauguração do centro de pesquisas inteiramente dedicado ao estudo de doenças infecciosas: o Instituto Pasteur de Paris, que se tornou um dos mais importantes centros mundiais de pesquisa.

            Se na modernidade o símbolo de novas ideias e de criatividade é uma lâmpada, é graças a Thomas Alva Edison, o inventor norte-americano que patenteou a criação da lâmpada. Thomas não teve uma educação formal, por ser considerado rebelde, e foi educado em casa pela mãe. Isso permitiu que o garoto se dedicasse às ciências, matéria que realmente se interessava. Tinha um laboratório em casa com apenas 12 anos de idade. Com pouco mais de 40 anos de idade já havia registrado aproximadamente mil invenções e criado a sua empresa, a reconhecida mundialmente General Electric. Apesar de ser reconhecido por inventar a lâmpada elétrica, Edson costumava comprar os direitos dos verdadeiros inventores e fazia disso um bom negócio. No entanto, tal fato não tira o mérito do cientista que, entre outros aparelhos, criou o fonógrafo, a câmera de cinema, a bateria de carro elétrico e a caneta elétrica, atualmente utilizada para fazer tatuagens no corpo humano. Em 1868 obteve sua primeira patente, por um registrador elétrico de diversas aplicações. No ano seguinte arranja trabalho na agência telegráfica da Bolsa de Valores, em Nova Iorque, onde é reconhecido que dormia no porão.

Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel.

Trabalhando 20 horas por dia e economizando conseguiu, em parceria com um  amigo, montar uma firma de engenharia eletrotécnica. Com pouco tempo inventa um telégrafo que permite enviar diversas mensagens ao mesmo tempo. Em 1870, constrói um telégrafo adequado para transmissão de notícias das cotações da Bolsa de Valores. Vai oferecê-lo ao presidente de uma poderosa companhia, esperando ganhar 3 mil dólares, ao invés disso, consegue 40 mil dólares. Passada as dificuldades financeiras, Edison desenvolveu, em 1873, um grande laboratório de trabalho em West Orange, na cidade de Nova Jersey. Com o avanço do negócio patenteia uma máquina de escrever, aproveitada pela fábrica de máquinas Remington, uma pena registradora (mimeógrafo), aperfeiçoa o microfone, o que pôs em prática o telefone inventado por Graham Bell. Em 1877 inventa o fonógrafo, aparelho que reproduzia o som e que evoluiu para o popular toca discos. Em 1890 Edison fundou a Edison General Eletric Company, que se tornaria um dos maiores conglomerados empresarias do mundo ocidental. Atribui-se a seguinte frase a ele: - “A surdez foi de grande valia para mim. Poupou-me o trabalho de ficar ouvindo grande quantidade de conversas inúteis e me ensinaram a ouvir a voz interior”.

Um prêmio é algo, abstrato ou concreto, concedido a uma pessoa ou grupo de  pessoas como reconhecimento da excelência em determinado campo de conhecimento, ou por um serviço relevante prestado. Pela interpretação de ambos os dispositivos pode-se chegar à conclusão de que, como normas jurídicas, ambas apresentam caráter de generalidade quanto aos sujeitos e abstrata quanto ao substrato fático. Os prêmios assumem a forma de troféus, títulos, certificados, placas comemorativas, medalhas, distintivos, comendas ou fitas como ocorre na Universidade de Coimbra. Um prêmio pode significar um bem concreto ou valor monetário concedido. O mais cobiçado é Prêmio Nobel por reiteradas contribuições para a sociedade, ou o Prêmio Pulitzer, por realizações literárias. Um prêmio pode também ser simplesmente um reconhecimento público de excelência, sem concessão de qualquer bem material ou imaterial. Prêmios podem ser concedidos a qualquer pessoa ou instituição, embora o prestígio de um prêmio geralmente dependa do status de quem o concede. Geralmente, prêmios são concedidos por uma organização de algum tipo, ou por uma autoridade de um órgão do governo. Um tipo comum de prêmio em países que seguem métodos de administração de valorização da capacidade de trabalho humano é o referente ao “empregado do mês”.              

Um caso curioso ocorreu com o belga François Englert e o britânico Peter Higgs ganharam o Prêmio Nobel de Física 2013, anunciado pela instituição, em Estocolmo, na Suécia. Ambos foram laureados pela descoberta da existência de uma partícula elementar, batizada como “bóson de Higgs”, também conhecida como “partícula de Deus”, que confere massa a outras partículas. Os dois cientistas eram favoritos para ganhar o prêmio de 8 milhões de coroas suecas equivalente a US$ 1,25 milhão. A dupla, separadamente, previu a existência da partícula - fundamental para explicar porque a matéria tem massa elementar - há quase 50 anos. O trabalho teórico foi finalmente provado no ano passado em experiências feitas no gigantesco colisor de Laboratório Europeu de Física de Partículas. Foi criado por Alfred Nobel, químico e industrial sueco, inventor da dinamite, no seu testamento. Os prêmios são entregues no dia 10 de dezembro devido ao aniversário da morte do seu criador, às pessoas que fizeram pesquisas importantes, criaram técnicas pioneiras ou deram contribuições destacadas à sociedade. Alfred Nobel generosamente deixou uma herança de 32 milhões de coroas.

Seu testamento, redigido em 1895, determinava a criação de uma instituição à qual caberia recompensar, a cada ano, pessoas que prestaram grandes serviços à humanidade, nos campos da paz ou da diplomacia, literatura, química, fisiologia ou medicina e física. A primeira cerimônia de premiação nos campos da literatura, física, química e fisiologia/medicina ocorreu no Conservatório Real de Estocolmo, em 1901. A entrega do Nobel da Paz continua a ser feita em Oslo, sendo presidida pelo rei da Noruega. Finalmente, vale lembrar, a originalidade de um prêmio que transcende o escopo meramente acadêmico. Conserva o valor do cientista no campo da teoria. Amplifica o campo experimental da pesquisa, ratifica o mérito da atividade intelectual criadora. O Prêmio Nobel é título concedido com criteriosas condições: pode ser ganho individualmente ou repartido entre até três pessoas, ou pode não ser concedido em determinado ano, o que permite a concessão de dois prêmios da mesma categoria no ano seguinte. Além disso, o prêmio em determinado campo de análise pode não ser concedido por um ano ou mais - o que ocorre mais frequentemente com o Nobel da Paz por razões óbvias. O Prêmio Nobel da Literatura tem sido alvo de críticas por sua particularidade no campo da ideologia. O que dizer agora sobre a “partícula de Deus”?

Nobel Física 2013: François Englert e Peter W. Higgs. 

De acordo com a vontade de Alfred Nobel, o prémio deveria distinguir a pessoa que tivesse feito a maior, ou a melhor ação, pela fraternidade entre as nações, pela abolição e redução dos esforços de guerra e pela manutenção e promoção de tratados de paz. Por iniciativa do argentino Adolfo Pérez Esquivel, vencedor do prêmio por sua luta pelos direitos civis na década de 1970, uma campanha internacional mobiliza apoio para a indicação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A campanha ultrapassou 500 mil assinaturas com adesão de ex-chefes de Estados, personalidades mundiais no âmbito da cultura, das artes e ciências e ativistas sociais. O ex-metalúrgico e ex-presidente recebeu o apoio coletivo da União Geral Tunisiana do Trabalho (UGTT), um país da África do Norte que pertence à região do Magrebe e principalmente quando a central sindical da Tunísia passou a ser uma das vencedoras do Nobel da Paz de 2015. 

As estruturas sociais de classe, gênero e etnia são geralmente reduzidas às  imagens do social e vividas através do meio de reprodução das imagens e de estilo de vida no processo concreto de globalização. Queremos dizer com isto, que a estrutura implica pelo contrário, certo dinamismo transformador. Em todas as nações e nacionalidades envolvidas em emblemas tais como Oriente Médio, África do Sul, Índia, Rússia, Estados Unidos, Europa, América Latina, Caribe, ou, Primeiro, Segundo e Terceiro Mundo; ou ainda Centro e Periferia; para não repetir Ocidente e Oriente em todas as nações e nacionalidades há problemas raciais, pouco evidentes ou agudos, antigos ou recentes, que se desenvolvem, mas não se resolvem. O caráter contrastivo destas identidades constitui, portanto, um atributo essencial da identidade étnica.

Na carta a justificativa à Comissão de candidatura de Lula ao Prêmio Nobel da Paz ratifica seu compromisso social, sindical e político, tendo em vista que desenvolveu políticas públicas para superar a fome e a pobreza em seu país, uma das desigualdades mais estruturais do mundo. A paz não representa apenas a ausência de guerra. Mas também dar esperança ao futuro do povo, especialmente aos setores mais vulneráveis, que são vítimas da chamada “cultura de descarte”, da qual referencia o Papa Francisco. Promover a paz é incluir e proteger aqueles que a ganância e o desequilíbrio econômico condenam à morte e à violência múltipla. No relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) de 2017, a fome afeta mais de 815 milhões de pessoas no mundo. Um governo torna-se exemplo de combate à pobreza quando obtém reconhecimento mundial por sua contribuição para a paz na humanidade.

Pessoas que tenham conquistado determinados prêmios prestigiosos, tais como o Nobel, o título de um campeonato desportivo global, um Oscar ou um Grammy, podem passar a ter sua identidade associada ao prêmio obtido: “o campeão do mundo”, “a vencedora do Oscar”, “o prêmio Nobel”, “o vencedor do Grammy”, etc. em vez de por qualquer outra realização ou ocupação, como ocorre, negativamente com os prêmios satíricos, que tipicamente reconhecem falhas ou realizações atípicas, e que também são populares. São usualmente concedidos por pessoas e organizações de baixo ou médio prestígio, tais como organizações cômicas, confrarias e colunistas. Um prêmio pelo conjunto da obra é concedido a um indivíduo em homenagem às suas contribuições durante toda a trajetória profissional de vida. Muitas organizações concedem tais prêmios, incluindo de entretenimento, desporto, academia e instituições de caridade. Conhecem-se somente três personagens inteiramente fictícios aos quais foram concedidos prêmios pelo conjunto da obra: Jason Voorhees, Godzilla e Chewbacca, a quem a MTV granjeou a distinção respectivamente entre os anos 1992, 1996 e 1997.

Os Prêmios da Academy Awards ou The Oscars é a representação mais importante do cinema norte-americano, uma cerimônia da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas fundada em Los Angeles em 1927 que premia anualmente os profissionais da indústria cinematográfica com o prêmio em reconhecimento à excelência do trabalho e conquistas na arte da produção cinematográfica. A primeira entrega dos prêmios da Academia aconteceu em 16 de maio de 1929, no Hotel Roosevelt em Hollywood honrando as realizações cinematográficas mais proeminentes ocorridas em 1927 e 1928. A cerimônia foi apresentada pelo ator Douglas Fairbanks e pelo diretor William Churchill de Mille, roteirista e diretor de cinema norte-americano, que atuou em filmes mudos até o início da década de 1930. A cerimônia formal na qual os prêmios historicamente passaram a ser entregues é uma das mais bem elaboradas comercialmente do mundo ocidental e, também a mais prestigiosa premiação. Outras foram inspiradas no Oscar, com: Emmy (televisão), Tony (teatro) e Grammy (música). A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas foi concebida por Louis B. Mayer, um dos principais fundadores da organização empresarial Metro-Goldwyn-Mayer.

Juan Manuel Santos: Nobel da Paz 2016.
 

A primeira apresentação dos Prêmios da Academia foi realizada em 16 de maio de 1929, em um jantar privado no Roosevelt Hotel de Hollywood com um público de aproximadamente 270 pessoas. A festa pós-premiação foi realizada no Mayfair Hotel. O custo dos bilhetes dos hóspedes para a cerimônia simbólica daquela noite foi 5 dólares . Quinze estatuetas foram atribuídas, honrando artistas, diretores e outros participantes da indústria cinematográfica da época, por trabalhos durante o período entre 1927 e 1928. A cerimônia decorreu durante 15 minutos. Os vencedores foram anunciados na mídia três meses anteriores; no entanto, isto foi mudado para a segunda cerimônia em 1930. Durante a primeira década da premiação, os resultados foram dados aos jornais para publicação às 11 horas na noite de premiação. Este procedimento técnico-metodológico foi utilizado até à ocasião em que o Los Angeles Times anunciou os vencedores antes de a cerimônia começar. Ipso facto, como resultado e a singularidade do evento, a Academia desde 1941, usa um envelope selado para revelar o nome dos vencedores.

Esteticamente é um hotel projetado no estilo neocolonial hispano-americano, localizado no n° 7 000 da Hollywood Boulevard, Los Angeles, Califórnia. Nomeado com o nome do famoso presidente dos Estados Unidos da América Theodore Roosevelt e financiado por um grupo bem sucedido incluindo Douglas Fairbanks, Mary Pickford e Louis B. Mayer, sua inauguração ocorreu em 15 de maio de 1927. Tendo custado $ 2,5 milhões de dólares, o prédio abriga 300 quartos e suítes. Após uma importante reforma com obras de restauro em 2005 supervisionado por Dodd Mitchell, Hollywood Roosevelt passou a ter mais destaque nos filmes e na vida noturna de Hollywood. Tem havido um recente aumento na popularidade com os jovens de Hollywood nos últimos anos, graças à boate da Teddy, que está localizado no lobby principal do hotel. Inicialmente chamada de New College, a Universidade de Harvard é a mais antiga universidade dos Estados Unidos da América. Ganhou seu nome três anos após a fundação, em uma homenagem a John Harvard, um de seus primeiros benfeitores. Localizada em uma área de forte presença universitária nos arredores de Boston, onde também se situam o MIT, a Tufts University e a Boston University, a região conta com alunos brasileiros e uma vida social recompensada. Em Harvard são quase 22 mil alunos, sendo 6,7 mil na graduação e 15,3 mil na pós-graduação. 

Os prêmios três prêmios associados: Nobel, Pulitzer e Turing representam indicadores sobre os motivos por trás da nobreza da criação. Já obtiveram formação teórica em Harvard 157, os laureados professores e pesquisadores com o Nobel, superior em qualquer outra instituição. Existem 48 contemplados pelo Pulitzer, para jornalismo e literatura, 14 pelo Turing reconhecido como Nobel da computação, e 18 vencedores da Medalha Fields, premiação de maior destaque em Matemática. Ao todo, a instituição norte-americana soma mais de 371 mil alunos diplomados. E, entre eles, oito presidentes norte-americanos, como John Kennedy, George W. Bush e Barack Obama. Além disso, importantes intelectuais, cientistas, líderes políticos e celebridades formaram-se por lá. Do total de estudantes já formados em Harvard, 59 mil são estrangeiros, vindos de mais de 200 países. Atualmente, a universidade atribui ter cerca de 5 mil alunos estrangeiros, de 142 países, e mais ou menos 1,2 mil deles está na graduação. São em torno de 22% dos estudantes de Harvard vieram de outro país.

Bibliografia geral consultada.

AUGÉ, Marc (Org.), Les Hommes, Leurs Espaces et Leurs Aspirations: Hommage à Paul-Henry Chombarte de Lauwe. Paris: Éditions L`Harmattan, 1994; SOERENSEN, Bruno, “et al”, Cem Anos pela Estrada do Progresso: Um Século de Prêmio Nobel. Adamantina (SP): Edições Omnia, 2004; PUGLIESE, Gabriel, “Um Sobrevoo no Caso Marie Curie: Um Experimento de Antropologia, Gênero e Ciência”. In: Rev. Antropol. Vol.50 n°1. São Paulo, jan./june 2007; TRUC, Olivier, “Et Camus obtint enfin le prix Nobel”. In: Le Monde, 28 dezembro 2008; NUNES, Benedito, O Dorso do Tigre. Rio de Janeiro: Editora 34, 2009; NATILI, Donatella, Beleza e Ambiguidade: Os Discursos dos Prêmios Nobel da Literatura Japonesa e seus Autores. Tese de Doutorado em Literatura. Programa de Pós-Graduação em Literatura. Departamento de Teoria Literária e Literaturas. Brasília: Universidade de Brasília, 2012; BRAGA, Ubiracy de Souza, “A Partícula de Deus?”. In: Jornal O Povo. Fortaleza, 15 de outubro de 2013; MAINGUENEAU, Dominique, Discurso e Análise do Discurso. São Paulo: Parábola Editorial, 2015; SANTOS, Aparecida Araújo dos, A Avaliatividade e o Pós-guerra em Home, de Toni Morrison. Uma Abordagem Sistêmico-Funcional. Dissertação de Mestrado. Programa de Estudos Pós-Graduados em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2016; ASSUNÇÃO, Érica Patrícia Barros de; MOURA, João Benvindo de, O Paradoxo do Autor: A Paratopia Criadora de Mário de Andrade no Discurso Literário de Macunaíma. In: Revista Desenredo, 13 (1) 2017;  FERNANDES, Gabriel, Premio a la Nobleza del Corazón: Comedia para los Niños, en Tres Actos y en Verso. Londres: Editora: Forgotten Books, 2018; SCHETTINI, Andrea Bandeira de Mello, Comissão de Verdade e o Processo de “Acerto de Contas” com o Passado Violento: Um Olhar Genealógico, Jurídico-Institucional e Crítico. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Direito. Rio de Janeiro: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, 2019; SILVA, Luciana Vieira Souza da, Ciência, Universidade e Diplomacia Científica: A Trajetória Brasileira de Gleb Vassileivich Wataghin (1934-1971). Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Educação. Faculdade de Educação. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2020; entre outros.

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