sábado, 13 de julho de 2019

Paulo Henrique Amorim - Poder & Distinção de Jornalismo.


                                                                                                      Ubiracy de Souza Braga

  Enem: a banda larga para o pobre entrar na universidade”. Paulo Henrique Amorim


        Chama-se jornalismo político a especialização da profissão jornalística nos assuntos relativos à política global em níveis local, regional e nacional, ao parlamento, aos partidos e a todas as esferas de poder formal na sociedade. Em vários veículos, a cobertura política é fundida com a editoria Nacional. As pautas do jornalismo político incluem a cobertura de eventos tais como: 1) eleições, revoluções, golpes de Estado, votações parlamentares, decretos, negociações entre partidos e blocos de poder etc., 2) as instituições que geram produtos e fatos políticos: governos, ministérios, secretarias, partidos, órgãos oficiais, institutos de pesquisa de opinião, as políticas públicas dos ministérios da área institucional, secretarias de governo e o dia-a-dia do poder. Nestes assuntos  incluem-se: negociações, acordos e trâmites de projetos de lei, mudanças de cargos, processos contra políticos e ocupantes de cargos públicos, além de escândalos políticos, abuso de poder, tráfico de influência e a invenção da corrupção.
            Como na maior parte das especializações jornalísticas, as fontes de Política são divididas entre protagonistas políticos, inclusive sem cargo público, autoridades: presidentes, governadores, prefeitos, ministros, secretários, senadores, deputados, vereadores, especialistas ou analistas políticos, cientistas políticos, politólogos, sociólogos e usuários, estes sim, os eleitores, contribuintes, correligionários. Jornalistas que cobrem política em nível nacional costumam ser concentrados na capital do país. Geralmente trabalham em contato constante e fixo com políticos e ocupantes de cargos públicos, inclusive almoçando e fazendo refeições em conjunto. Vários prédios de parlamentos e palácios de governo têm salas de imprensa, exceto no caso truculento da posse de Jair Bolsonaro (PSL), em 2019, onde as assessorias do eleito humilharam jornalistas. Eles se dividem sentados no chão entre setoristas de governo e do Congresso, dos ministérios,/secretarias e partidos políticos, entre outras instituições dentro e de fora da nação.


           
O Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) foi criado em 1998, na gestão do ministro da Educação Paulo Renato Souza, durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e teve por princípio avaliar anualmente o aprendizado dos alunos do Ensino Médio em todo o país para auxiliar o Ministério da Educação (MEC) na elaboração de políticas públicas de melhoria do ensino através dos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio e Fundamental, promovendo alterações nos mesmos conforme indicasse o cruzamento de dados estatísticos e pesquisas nos resultados do Enem. É a primeira iniciativa de avaliação geral do sistema de ensino recentemente implantado no Brasil. Outra função técnica conferida ao Enem era o de influenciar mudanças qualitativas nos currículos de ensino médio. Para isso, buscou-se aumentar a importância ideológica do exame, e na segunda edição, este foi utilizado como modalidade de acesso alternativa ao vestibular de 93 instituições de ensino superior. O primeiro modelo de prova do Enem, utilizado entre 1998 e 2008, tinha 63 questões aplicadas em um dia de prova. A prova passou, a partir de 2004, a servir para ingresso em cursos superiores no caso de candidatos que, com a nota do exame, se inscrevessem para conseguir bolsa de estudo em faculdades particulares pelo Prouni.
Quatro jornalistas estrangeiros abandonaram a cobertura da posse do presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Itamaraty, em Brasília, por causa das restrições impostas pelo governo. Segundo o jornal “O Globo”, os repórteres tomaram a decisão ao descobrir que, para cobrir a recepção a chefes de Estado e de governo no Ministério das Relações Exteriores, prevista para 19 horas, precisariam aguardar no palácio por sete horas, sem poder circular por suas dependências. Ainda de acordo com o diário, o grupo inclui três jornalistas de uma emissora francesa e um repórter chinês. O Globo afirma que a área de imprensa no Itamaraty fica no subsolo e não possui janelas. A cerimônia foi marcada por inúmeras reclamações de jornalistas, que não puderam circular livremente pela Esplanada dos Ministérios, como nas posses presidenciais anteriores. – “Um governo que restringe o trabalho da imprensa ignora a obrigação constitucional de ser transparente. Os brasileiros receberão menos informações sobre a posse presidencial por causa das limitações impostas à circulação de jornalistas em Brasília”, declarou após o incidente a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), criada por um grupo de jornalistas interessados em trocar experiências, informações e dicas sobre reportagem, principalmente sobre reportagens investigativas.
A iniciativa nasceu no seminário: Jornalismo Investigativo: Ética, Técnicas e Perigos. O evento foi organizado pelo Centro Knight de Jornalismo nas Américas, da Universidade do Texas, dirigido pelo jornalista brasileiro Rosental Calmon Alves. No final, os jornalistas se perguntaram por que não havia ainda no Brasil uma instituição parecida com o IRE - Investigative Reporters & Editors, criado pelos jornalistas dos Estados Unidos da América (EUA), ou o Centro de Periodismo de Investigación, mexicano. O primeiro passo foi uma troca de e-mails entre um grupo de 45 jornalistas de várias redações de várias cidades, iniciativa do Marcelo Beraba, diretor da sucursal da Folha de S. Paulo no Rio de Janeiro naquela conjuntura política. Em seguida, diante da boa acolhida e da chegada de novos jornalistas, Rosental ajudou a organizar uma lista de discussão por e-mail (listserv). Os computadores da Universidade do Texas, onde o Rosental leciona jornalismo, hospedam a lista de discussão que reúne os interessados em participar desta experiência. A associação foi formalmente constituída em 2003, após um seminário na Universidade Estadual de Londrina (PR). O 1º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo foi promovido pela Abraji em 2005, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, com mais de 300 membros participantes. A Abraji conta com mais de 500 sócios, entre estudantes e profissionais. Já treinou centenas de jornalistas em técnicas, especialmente de Reportagem com Auxílio do Computador.
Em 2009, durante a gestão do ministro da Educação Fernando Haddad no governo de Luiz Inácio Lula da Silva do Partido dos Trabalhadores (PT) foi introduzido um novo modelo de prova para o Enem, “com a proposta de unificar o concurso vestibular das universidades federais brasileiras”. O novo Enem passou a ser realizado em dois dias de prova, contendo 180 questões objetivas e uma questão de redação. Além disso, foi adotada a Teoria da Resposta ao Item (TRI) na formulação da prova, que permite que as notas obtidas em edições diferentes do exame sejam comparadas e até mesmo utilizadas para ingresso nas instituições de ensino superior. A mudança ficou a cargo de um dos maiores especialistas em Avaliação Educacional e Teoria da Resposta ao Item, Prof. Dr. Heliton Tavares, Diretor do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. O planejamento do Enem incluiu a realização do exame pelo menos duas vezes ao ano a partir de 2012 e a subdivisão gradual do exame em sub-regiões nacionais, culminando na instalação de Centros de Aplicação espalhados pelo Brasil, principalmente nas instituições federais, onde os interessados poderiam agendar a realização do exame. Esta etapa necessitaria de um grande número de questões previamente calibrados através da Teoria das Respostas ao Item na escala do Exame Nacional do Ensino Médio para garantir a análise através dos itens e seus resultados. Paulo Henrique Amorim atuou profissionalmente no ramo de jornalismo desde 1961. Nascido na cidade do Rio de Janeiro, formado em Sociologia e Política, filho do jornalista e estudioso do espiritismo Deolindo Amorim.
       Seguindo os passos do pai, estudou em escolas da cidade onde nasceu e começou a trabalhar já adolescente, com a imprensa em jornais, revistas, televisão, Internet, publicando livros. Cobriu eventos como a eclosão do vírus ebola na África (1975-76); a eleição (1992) e a posse do presidente norte-americano Bill Clinton (1993); os distúrbios raciais (1992) e o terremoto (1994) de Los Angeles; a guerra civil de Ruanda e a rebelião zapatista no México (1994). No primeiro emprego no jornal A Noite, no Rio de Janeiro em 1961, fez a cobertura da renúncia do presidente Jânio Quadros e a tentativa do governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, com a Cadeia da Legalidade para garantir a posse do vice, João Goulart, derrubado pelo golpe de Estado de 1° de abril de 1964. Trabalhou em Nova Iorque, como correspondente internacional contratado pela revista Abril; primeiro da revista Realidade, depois da revista Veja. Posteriormente para diversos jornais e revistas do país. Mantinha o blog “Conversa Afiada”, com a repetição do jargão: - Olá, tudo bem! Entre 2006 e 2019 trabalhou como apresentador e repórter do programa Domingo Espetacular da Record.  
            Jornalismo pode ser definido como a técnica de transmissão de informações a um público cujos componentes não são conhecidos. Esta particularidade diferencia o jornalismo das demais formas sociais de comunicação. As fontes jornalísticas são pessoas, entidades e documentos que fornecem informações aos jornalistas, seja emitindo comentários e opiniões, verificando o rigor de dados obtidos ou aferindo a veracidade dos juízos de valor que lhes foram confiados. O termo jornalismo faz referência a todas as formas possíveis de comunicação pública de notícias e seus comentários e interpretações. O tipo de jornalismo de ética duvidosa, ou contestável é chamado de imprensa marrom. Um princípio comum no jornalismo é o da objetividade, orientada pela investigação das informações, descrevendo características do objeto da noticia e não impressões ou comentários do sujeito que observa a participação social.
No entanto, erroneamente diversos críticos têm refutado este princípio, alegando que, na prática, a objetividade do conhecimento não existe, pois toda construção de texto é um discurso e uma narrativa influenciadas por ideologias, pela práxis e por outros valores subjetivos. A questão da imparcialidade é também central nas discussões sobre ética jornalística. Para este ponto de vista não é difícil distinguir dados objetivos  do chamado jornalismo opinativo, como se a interpretação jornalística fosse isenta da   opinião daquele que investiga os conteúdos de sentido da informação. Jornalistas podem ser interpelados pelas formas ideológicas representadas pela distorção no cotidiano ou pela desinformação induzida na comunicação. Mesmo sem cometer fraude deliberada, jornalistas podem dar um recorte embasado dos fatos sendo seletivos na apuração e na redação, em determinados aspectos em detrimento de outros, ou dando explicações parciais, tanto incompletas quanto tendenciosas. Isto é especialmente efetivo no jornalismo global, já que as fontes disponíveis nem sempre podem ser interpretadas. Distinto da ciência, todos os códigos de ética do jornalismo incluem, como valores e preceitos fundamentais, a busca da verdade, a veracidade e a precisão das informações.
No depoimento de Mario Vitor Santos, do grupo “Jornalistas Pela Democracia”, no artigo intitulado: “Paulo Henrique era a coragem em forma de jornalismo” (2019), o grande jornalista Paulo Henrique Amorim morreu também em consequência das dezenas de ações e ameaças que sofreu ao longo dos anos. O jornalismo feito com coragem pode ser uma atividade perigosa, mas Amorim não dava sinais de que essas ações contra ele, às vezes coordenadas, o abatiam. A cada golpe respondia com argumentos mais agudos, sem jamais perder a ironia, o bom humor e a sinceridade. A cada investida da direita, ele retrucava de maneira mais audaz, dobrando a aposta, com seu pensamento desabrido e de esquerda, sem pedir licença por ter escolhido um lado na disputa política, de estar ligado a teses democráticas, trabalhistas e socialistas. Na dúvida, atacava, ao bom estilo daquele que era sua referência maior de estadista, o Leonel Brizola. Cedo percebeu um golpe contra os governos petistas estava se gestando a partir dos meios de comunicação e passou a chamar essa mídia de Partido da Imprensa Golpista, o PiG, que se generalizou. Em todos os veículos comunicativos por que passou, Amorim brilhou. Foi um dos mais destacados jornalistas brasileiros dos últimos sessenta anos, conhecendo e trabalhando ao lado de conhecidos personagens da mídia.
Em 1° de abril de 1964 os militares depõem Jango do poder com apoio de setores conservadores da sociedade temerosos com o rumo dito “esquerdizante” do governo Goulart. As promessas de manutenção da democracia e de realização das eleições presidenciais de 1965 não foram cumpridas e uma ditadura militar se instalou no Brasil, perdurando por 21 anos, causando perseguições políticas, torturas, abusos de poder e assassinatos. Brizola tentou organizar uma resistência ao golpe a partir do Rio Grande do Sul, para onde se dirigiu João Goulart no dia 2 de abril de 1964. Jango preferiu não ouvir os conselhos de Brizola e do general Ladário Teles, que desejavam a luta armada. Pois considerava um preço alto a ser pago pelo derramamento de sangue preferindo sair do Brasil para o exílio no Uruguai. Sem apoio, Brizola também foi perseguido naquele país, por intervenção do regime golpista militar brasileiro. Seu nome integrou a primeira lista de cassados pe1o AI-1, em 10 de abril de 1964, incluindo João Goulart, Jânio Quadros, Luís Carlos Prestes e Celso Furtado e outras 102 pessoas.
Com a anistia política brasileira de fins da década de 1970, retornou ao Brasil. Com a reversão do sistema bipartidário antes imposto pelo regime militar, Brizola quis assumir a antiga legenda PTB - Partido Trabalhista Brasileiro, mas perdeu a disputa do registro junto ao Tribunal Superior Eleitoral - TSE para Ivete Vargas, sobrinha de Getúlio Vargas. Fundou, então, juntamente com outros trabalhistas históricos e novos simpatizantes, o PDT – Partido Democrático Trabalhista. O partido viria a se unir à Internacional Socialista, em 1986, quando Brizola foi elevado a vice-presidente da entidade. Poucos meses antes de morrer, Brizola foi feito presidente de honra da Internacional Socialista. Na primeira eleição de que participa após o exílio, Brizola é eleito governador do Rio de Janeiro no ano de 1982. A eleição vinha sendo disputada por Sandra Cavalcanti (PTB), Lysâneas Maciel (PT), Moreira Franco (PDS) e Miro Teixeira (PMDB), que perdem força estratégica com a entrada de Leonel de Moura Brizola.
Em 1979, o Brasil teve a Anistia e os que foram exilados pelo regime golpista militar puderam retornar ao país. Leonel Brizola retorna e, com a nova lei partidária, tenta reorganizar seu antigo PTB. Porém, Ivete Vargas o derrota na justiça e consegue para si a sigla partidária. De acordo com a avaliação de Brizola e demais dirigentes do PDT, o PTB de Ivete Vargas passou a ser um partido de direita, como de fato acabou por distanciar-se do seu glorioso passado trabalhista. Em 1982 a legenda de Ivete lança como candidato ao governo paulista Jânio Quadros e para o fluminense Sandra Cavalcanti. Ambos militaram na antiga UDN, partido de direita rival dos trabalhistas. O  PTB nega, sem razão, que seja um partido político de direita, embora tenha uma postura identificada como tal desde seu ressurgimento, em 1980. A cena em que Brizola rasga uma folha de papel com a inscrição PTB, é a marca simbólica, mas politicamente correta do fim de um sonho para os brizolistas.
O projeto principal e mais polêmico de suas duas gestões no governo fluminense foram os Cieps - Centros Integrados de Educação Pública. Tratam-se de escolas idealizadas, na sua concepção pedagógica, pelo professor e antropólogo Darcy Ribeiro. Seus prédios diferenciam-se bastante dos prédios de escolas tradicionais. Têm o desenho arquitetônico de Oscar Niemeyer. Foram construídos, na sua maioria, em favelas e periferia da capital e do estado do Rio de Janeiro. Isso consolidou o que se poderia denominar de brizolismo entre os eleitores destas áreas que batizaram os CIEPS de Brizolões. Os opositores diziam que os Cieps eram “caros, de custosa manutenção”, ignorando a importância do projeto, que visava manter as crianças dentro do ambiente escolar durante a maior parte do dia. E ainda acusavam Brizola de “utilizar os centros como arma de propaganda eleitoral”, visando à conquista do eleitorado de outros estados, pois muitos foram erguidos na beira de rodovias. Após o governo Brizola os Cieps foram sucateados por seus sucessores.                            
A expressão foi popularizada pelo jornalista Paulo Henrique Amorim em seu blog “Conversa Afiada”, mas, segundo ele, foi inspirada em um discurso do deputado petista Fernando Ferro. Amorim, quando utiliza o termo, escreve com um i minúsculo, em alusão ao portal iG, do qual foi demitido em 18 de março de 2008, no que descreve como um processo de “limpeza ideológica”. De acordo com ele, até políticos teriam passado a fazer parte do PiG: - “O partido deixou de ser um instrumento de golpe para se tornar o próprio golpe. Com o discurso de jornalismo objetivo, fazem o trabalho não de imprensa que omite; mas que mente, deforma e frauda”. O termo também é utilizado pelos jornalistas Luiz Carlos Azenha e Rodrigo Vianna, em referência a eventos ocorridos no Brasil e no exterior. De maneira geral, hoje a expressão é bastante usada em parte dos sites e blogs de esquerda no Brasil. O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu respaldo à ideia contida no termo quando reclama: - “Quem faz oposição nesse país é determinado tipo de imprensa. Ahhh, como inventam coisa contra o Lula. Se eu dependesse deles para ter 80% de aprovação, teria zero”.
O termo é utilizado para se referir à qualidade do jornalismo praticado pelos grandes veículos de comunicação do Brasil, que seria, segundo seus criadores e utilizadores, demasiadamente conservador e que teria o intuito de prejudicar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e membros de seu governo de forma constante. De acordo com Amorim, o termo PiG pode ser definido da seguinte forma: - “Em nenhuma democracia séria do mundo jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil.     Eles se transformaram num partido político - o PiG, Partido da Imprensa Golpista” O jornalista político Paulo Henrique Amorim afirma ainda que a imprensa brasileira seria golpista sempre que o presidente da República é de origem trabalhista, ao mesmo tempo a imprensa provavelmente nunca publicaria  nada contra presidentes de origem não trabalhista. O artigo 442 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) afirma que o contrato de trabalho corresponde à relação de emprego, o que significa privilegiar o real em relação ao formal. Melhor dizendo que a qualificação técnica e acadêmica de um profissional é importante somente se desenvolver as atividades próprias da qualificação.  
O PiG, segundo ele, teria sua origem com Carlos Lacerda, que ajudou a “matar Getúlio Vargas”; teria continuado travando sua luta contra Juscelino Kubitschek e João Goulart, até se aliar à ditadura militar; teria perseguido o governo Brizola; e agora conspiraria contra o governo Lula. O cientista político Wanderley Guilherme dos Santos declarou, em entrevista à revista Carta Capital em 2005: - “A grande imprensa levou Getúlio ao suicídio com base em nada; quase impediu Juscelino de tomar posse, com base em nada; levou Jânio à renúncia, aproveitando-se da maluquice dele, com base em nada; a tentativa de impedir a posse de Goulart com base em nada”. Na opinião de do pensador liberal Guilherme dos Santos o papel da imprensa livre é o de “tomar conta, sim. Desestabilizar, não. A estabilidade não pode depender de militar, nem da Igreja, nem da imprensa”. A expressão também fez parte de um discurso do deputado federal Fernando Ferro, do Partido dos Trabalhadores (PT-PE), em que sugeriu que o polêmico jornalista e cineasta Arnaldo Jabor assumisse o cargo de presidente do PiG. Não há produção possível sem trabalho passado acumulado; esse trabalho será a habilidade que o exercício repetido desenvolveu e fixou. Entre outras coisas o capital é, uma relação social e também um instrumento de produção, é também trabalho passado, objetivado. Logo, o capital é uma relação natural universal e eterna; sim, mas com a condição de negligenciar precisamente o elemento específico humano, o único que transforma em capital o instrumento de produção, o trabalho acumulado. Portanto, a produção é imediatamente consumo, o consumo imediatamente produção. Cada um é imediatamente o seu contrário. Só no consumo o produto conhece sua realização última. Enfim, uma estrada de ferro, como meio de comunicação, em que não passam comboios, que não se usa, não é consumida, só no domínio da possibilidade e não no da realidade é estrada de ferro. Sem produção não há consumo, mas sem consumo também não haveria produção, porque neste caso a produção não teria nenhum objetivo. 
Bibliografia geral consultada.

MONTALBÁN, Manoel Vásquez, História y Comunicación Social. Madrid: Editorial Alianza, 1985; AGOSTINHO, Aucione Torres, A Charge. Tese de Doutorado. Escola de Comunicações e Artes. São Paulo: Universidade de São Paulo, 1993; BECK, Ulrich, La Invención de lo Político. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 1998; BRIGGS, Asa; BURKE, Peter, De Gutenberg a Internet: Una História Social de los Medios de Comunicación. Madrid: Ediciones Aguilar, 2005; RANCIÉRE, Jacques, El Odio a la Democracia. Buenos Aires: Ediciones Amorrortu, 2006; ORIHUELA, José Carlos, La Revolución de los Blogs. Primera Edición. Madrid: Esfera Libros, 2006; SILVA, Nilson Adauto Guimarães da, A Revolta na Obra de Albert Camus: Posicionamento no Campo Literário, Gênero, Estética e Ética. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Letras Neolatinas. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2008; CHOMSKY, Noam, El Miedo a la Democracia. Barcelona: Editorial Crítica, 2009; FREITAS, Eduardo Luiz Viveiros de, Política e Internet: 4 Jornalistas (Blogueiros) em Novos Tempos. Tese de Doutorado. Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2010; PERUZZO, Cicilia, Trazos de una Otra Comunicacion en America Latina. Colômbia: Editorial Universidad del Norte/Associação Latino-Americana de Investigadores da Comunicação, 2011;  TAVARES, Tânia dos Santos, Grupo de Onze: A Esquerda brizolista (1963-1964). Dissertação de Mestrado em História Social. Faculdade de Formação de Professores. Rio de Janeiro: Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2013; NUNES, Mayara Rinaldi, Jornalismo Político e Visualização da Informação: Um Estudo da Editoria de Poder do Jornal Folha de S. Paulo. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Jornalismo. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2014; AMORIM, Paulo Henrique, O Quarto Poder: uma outra história. 1ª edição. São Paulo: Editora Hedra, 2015; MELO, Seane Alves, Discursos e Práticas: Um Estudo do Jornalismo Investigativo no Brasil. Dissertação de Mestrado. Escola de Comunicações e Artes. Universidade de São Paulo, 2015; SANTOS, Mario Vitor, “Paulo Henrique Amorim Era a Coragem em Forma de Jornalismo”. In: https://www.brasil247.com/blog/10/07/2019; entre outros.

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