“A inteligência é o único meio que possuímos para dominar os nossos instintos”. Sigmund Freud
A obra do sociólogo não é a do homem público, assevera Émile Durkheim. O que a experiência do passado demonstra, antes de mais nada, é que os marcos do grupo profissional devem guardar sempre uma relação com os marcos da vida econômica; foi por ter faltado com essa condição que o regime corporativo desapareceu. Portanto, já que o mercado, de municipal que era, tornou-se nacional e internacional, a corporação deve adquirir a mesma extensão. Em vez de ser limitada apenas aos artesãos de uma cidade, ela deve ampliar-se, de maneira a compreender todo os membros da profissão, dispersos em toda a extensão do território, porque, qualquer que seja a região em que se encontram, quer no campo, todos são solidários uns com os outros e participam da vida comum. Já que essa vida comum é, sob certos aspectos sociais, independentemente de qualquer determinação territorial, tem que ser criado um órgão apropriado, que a exprima e regularize seu funcionamento. Por causa de suas dimensões, tal órgão estaria necessariamente em contato relacional com o órgão central da vida coletiva, pois os acontecimentos importantes o bastante para envolverem toda uma categoria de empresas industriais num país tem necessariamente repercussões bastante gerais, que o Estado não pode sentir, o que o leva a intervir. Não foi sem fundamento que o poder real tendeu a não deixar fora a grande indústria. Era impossível que ele se desinteressasse por uma forma de atividade que por sua natureza, é capaz de afetar o conjunto da sociedade.
Essa organização unitária para o conjunto de um mesmo país não exclui, de modo algum, a formação de órgãos secundários, que compreendam os trabalhadores similares de uma mesma região, seria especializar ainda mais a regulamentação profissional segundo as necessidades locais ou regionais. A vida econômica poderia ser regulada e determinada, sem nada perder de sua diversidade. Por isso mesmo, o regime corporativo seria protegido contra essa propensão ao imobilismo, que lhe foi frequente e justamente criticada no passado, porque é um defeito que resultava do caráter estreitamente comunal da corporação. Na síntese durkheimiana representada sobre o lugar de análise das corporações deve-se até supor que esteja destinada a se tornar a base, ou uma das bases essenciais de nossa organização política. Ela começa por ser exterior ao sistema social, tenderá a se empenhar de forma cada vez mais profunda nele, à medida que a vida econômica se desenvolve. Ela foi outrora a divisão elementar da organização comunal. Agora que a comuna, de organismo autônomo que era autônoma veio se perder no Estado, como o mercado municipal no mercado nacional, acaso não é legítimo pensar que ela também deveria sofrer uma transformação correspondente e tornar-se a divisão elementar do Estado, a unidade política fundamental?
A sociedade, em vez de continuar sendo o que ainda é, um agregado de distritos territoriais justapostos, tornar-se-ia um vasto sistema de corporações nacionais. Mas essas divisões geográficas são, em sua maioria, artificiais e já não despertam em nós sentimentos profundos. O espírito provinciano desapareceu irremediavelmente: o patriotismo de paróquia tornou-se um arcaísmo que não se pode restaurar à vontade. Para o sociólogo uma nação só se pode manter se, entre o Estado e os particulares, se intercalar toda uma série de grupos secundários bastante próximos dos indivíduos para atraí-los fortemente em sua esfera de ação e arrastá-los, assim, na torrente geral da vida social. Isso não quer dizer, porém, que a corporação seja uma espécie de panaceia capaz de servir a tudo. Será necessário que, em cada profissão, um corpo de regras se constitua, fixando a quantidade de trabalho, a justa remuneração dos diferentes funcionários, seu dever para com os demais e para com a comunidade, etc. Estaremos, pois, não menos que em presença de uma tábula rasa. A vida social deriva inexoravelmente de uma dupla fonte: a similitude das consciências e a divisão do trabalho social. O indivíduo é socializado no primeiro caso, porque, não tendo individualidade própria, confunde-se como seus semelhantes de um mesmo tipo coletivo; no segundo, porque, tendo uma fisionomia e uma atividade que o distingue dos outros, depende deles na mesma medida em que se distingue e, por conseguinte, da sociedade que resulta de sua união.
Esta divisão dá origem às regras jurídicas que determinam as relações das funções divididas, mas cuja violação acarreta apenas medidas reparadoras sem caráter expiatório. De todos os elementos técnicos e sociais da civilização, a ciência nada mais é que a consciência levada a seu mais alto ponto de clareza. Nunca é demais repetir que para que as sociedades possam viver nas condições de existência que lhes são dadas, é necessário que o campo da consciência se estenda e se esclareça. Quanto mais obscura uma consciência, mais é refratária à mudança social, porque não vê depressa o que é necessário mudar. Nem em que sentido é preciso mudar. Uma consciência esclarecida sabe preparar de antemão a maneira de se adaptar a essa mudança risível. Eis porque é necessário que a inteligência guiada disciplinarmente pela ciência adquira uma importância maior no curso da vida coletiva. Tais sentimentos são capazes de inspirar não apenas esses sacrifícios cotidianos, mas também atos de renúncia completa e de abnegação exclusiva. A sociedade aprende a ver os membros que a compõem como cooperadores que ela não pode dispensar e para com os quais tem deveres. Na realidade, a cooperação também tem sua moralidade intrínseca. Há apenas motivos para crer, que, em nossas sociedades, essa moralidade ainda não tem todo o desenvolvimento que lhes seria necessário. Daí resulta duas grandes correntes da vida social, que correspondem dois tipos de estrutura não menos diferentes. Dessas correntes de pensamento social, a que tem sua origem nas similitudes sociais ocorre quando um determinado grupo é capaz de criar e reproduzir para si e para os outros a princípio só e sem rival.
Uma
forma de atividade generalizada que tomou lugar na vida social não pode,
evidentemente, permanecer tão desregulamentada, em seu desempenho e atividade,
sem que disso resulte os impactos sociais sobre a divisão do trabalho e as mais
profundas perturbações. Mas sofrer no trabalho não é uma fatalidade. É, em
particular, como decorre e testemunhamos, uma fonte de desmoralização geral
real. Pois, precisamente porque as funções econômicas absorvem o maior número
de cidadãos, para o pleno desenvolvimento da vida social, há uma multidão de
indivíduos, como dizia Freud, cuja vida transcorre quase toda no meio
industrial e comercial; a decorrência disso é que, como tal meio é pouco
marcado pela moralidade, a maior parte da existência transcorre fora de toda e
qualquer ação moral. A tese funcionalista expressa na pena de Émile
Durkheim, como uma espécie de antídoto da civilização, e que o sentimento do
dever cumprido se fixe fortemente em nós, é preciso que as próprias
circunstâncias em que vivemos permanentemente desperto. A atividade de uma
profissão só pode ser regulamentada eficazmente por “um grupo próximo o
bastante dessa mesma profissão para conhecer bem seu funcionamento, para sentir
todas as suas necessidades e poder seguir todas as variações destas”. O único
grupo que corresponde a essas condições é o que seria formado por todos os
agentes de uma mesma condição reunidos num mesmo corpo. E que a sociologia
durkheimiana conceitua de corporação ou grupo profissional. É na ordem
econômica que o grupo profissional existe tanto quanto a moral profissional.
Desde que, não sem razão, com a supressão das antigas corporações, não se
fizeram mais do que tentativas fragmentárias e incompletas para reconstituí-las
em novas bases.
A
importância tão considerável que a religião tinha em sua vida, tanto em Roma
quanto na Idade Média, põe particularmente em evidência a verdadeira natureza
de suas funções; porque toda comunidade religiosa constituía, então, um
ambiente moral, do mesmo modo que toda disciplina moral tendia necessariamente
a adquirir uma forma religiosa. A partir do instante em que, no seio de uma
sociedade política, certo número de indivíduos tem em comum ideias, interesses,
sentimentos, ocupações que o resto da população não partilha com eles, é
inevitável que, sob a influência dessas similitudes eles sejam atraídos uns
para os outros, que se procurem, teçam relações, se associem e que se forme
assim, pouco a pouco, um grupo restrito, com sua fisionomia especial da sociedade
em geral. É impossível que homens vivam juntos, estejam regularmente em
contato, sem adquirirem o sentimento do todo que formam por sua união, sem que
se apeguem a esse todo, se preocupem com seus interesses e o levem em conta em
sua conduta. Enfim, basta que esse sentimento se precise e se determine, que,
aplicando-se às circunstâncias mais ordinárias e mais importantes da vida, se
traduza em fórmulas definidas, para que se tenha um corpo de regras morais em
via de se constituir. Ao mesmo tempo que se produz por si mesmo e pela força
das coisas, esse resultado é útil e o sentimento de sua utilidade contribui
para confirma-lo. A vida em comum é atraente, ao mesmo tempo que coercitiva.
Para o ponto de vista conservantista do método analítico durkheimiano, a
coerção é necessária para levar o homem a se superar, a acrescentar à sua
natureza física outra natureza; mas, à medida que aprende a apreciar os
encantos dessa nova existência, isto é, ele realmente contrai a sua necessidade e não há ordem de
atividade que não os busque com paixão.
A
moral doméstica não se formou de outro modo. Por causa do prestígio que a
família conserva ante nossos olhos, parece-nos que, se e ela foi e é sempre uma
escola de dedicação e de abnegação, o foco por excelência da moralidade, é em
virtude de características bastante particulares que teria o privilégio e que
não se encontrariam em ouro lugar em nenhum grau. Costuma-se crer que exista na
consanguinidade uma causa excepcionalmente poderosa de aproximação moral. A
prova está em que, num sem-número de sociedades, os não-consanguíneos são
muitos no seio da família; o parentesco dito artificial se contrai então com
grande facilidade e exerce todos os efeitos do parentesco natural.
Inversamente, acontece com grande frequência consanguíneos bem próximos serem,
moral ou juridicamente, estranhos uns aos outros; é, por exemplo, o caso dos
cognatos na família romana. Portanto, a família não deve suas virtudes à
unidade de descendência: ela é, simplesmente, um grupo de indivíduos que foram
aproximados uns dos outros, no seio da sociedade política, por uma comunidade
mais particularmente estreita de ideias, sentimentos e interesses. A
consanguinidade pode ter facilitado essa concentração, pois ela tem por efeito
natural inclinar as consciências umas em relação às outras. Outros fatores
intervieram: a proximidade material, a solidariedade de interesses, a
necessidade de união contra um perigo, ou simplesmente de se unir, foram
causas mais poderosas de comunicação social no processo produtivo.
Mas, para dissipar todas as prevenções, adverte Durkheim, para mostrar bem que o sistema corporativo não é apenas uma instituição do passado, seria necessário mostrar que transformações ele deve e pode sofrer para se adaptar às sociedades modernas, pois é evidente que ele não pode ser o que era na Idade Média. Para tanto, seriam necessários estudos comparativos que não estão feitos e que não podemos fazer de passagem. Talvez, porém, não seja impossível perceber desde já, mas apenas em suas linhas mais gerais, o que foi esse desenvolvimento. O historiador que empreende resolver em seus elementos a organização política dos romanos não encontra, no decurso de sua análise, nenhum fato que possa adverti-lo da existência das corporações. Elas não entravam na constituição romana, na qualidade de unidades definidas e reconhecidas. Em nenhuma das assembleias eleitorais, em nenhuma das reuniões do exército, os artesãos se reuniam por colégios, em parte alguma o grupo profissional tomava parte, como tal, na vida pública, seja em corpo, seja por intermédio de representantes regulares. No máximo, a questão pode se colocar a propósito na história social de três ou quatro colégios que se imaginou poder identificar com algumas das centúrias constituídas por Sérvio Túlio: tignari (construtores), aerari (corporação clerical), tibicines (monumento funerário), corporações cornicínes (espécie), mas o fato não está bem estabelecido.
Quanto
às outras corporações, estavam certamente fora da organização oficial do povo
romano. Ora, por muito tempo os ofícios não foram mais do que uma forma
acessória e secundária da atividade social dos romanos. Roma era essencialmente
uma sociedade agrícola e guerreira. No primeiro era dividida em gentes e em
cúrias; a assembleia por centúrias refletia antes a organização militar. Quanto
às funções industriais, eram demasiado rudimentares para afetar a estrutura
política da cidade. Aliás, até um momento bem avançado da história romana, os
ofícios permaneceram marcados por um descrédito moral que não lhes permitia
ocupar uma posição regular no Estado. Sem dúvida, veio um tempo em que sua
condição social melhorou. Mas a própria maneira como foi obtida essa melhora é
significativa. Para conseguir fazer respeitar seus interesses e desempenhar um
papel na vida pública, os artesãos tiveram de recorrer a procedimentos
irregulares e extralegais. Só triunfaram sobre o desprezo de que eram objeto
por meios de intrigas, complôs, agitação clandestina. E, se, mais tarde,
acabaram sendo integrados ao Estado para se tornar engrenagens da máquina
administrativa, essa situação como foi, para eles, uma conquista gloriosa, mas
uma penosa dependência; se entraram então no Estado, não foi para nele ocupar a
posição a que seus serviços sociais podiam lhes dar direito, do ponto de vista da organização, mas simplesmente
para poder ser mais bem vigiados pelo poder governamental.
Quando
as cidades se emanciparam da tutela senhorial, quando a comuna se formou, o
corpo de ofícios, que antecipara e preparara esse movimento, tornou-se a base
da constituição comunal. De fato, segundo J.-P Waltzing, “em quase todas as
comunas, o sistema político e a eleição dos magistrados baseiam-se na divisão
dos cidadãos em corpos de ofícios”. Era costumeiro votar-se por corpos de
ofícios e elegiam-se ao mesmo tempo os chefes da corporação e os da comuna. –
Em Amiens, por exemplo, os artesãos se reuniam todos os anos para eleger os
prefeitos de cada corporação ou bandeira (bannière); os prefeitos eleitos
nomeavam em seguida doze escabinos, que nomeavam outros doze, e o escabinato
apresentava, por sua vez, aos prefeitos das bandeiras três pessoas, dentre as
quais eles escolhiam o prefeito da comuna... Em algumas cidades, o modo de
eleição era ainda mais complicado, mas, em todas, a organização política e
municipal era intimamente ligada à organização do trabalho. Inversamente, assim
como a comuna era um agregado de corpos de ofícios, o corpo de ofício era uma
comuna em miniatura, pelo próprio fato de que fora o modelo do qual a
instituição comunal era a forma ampliada e desenvolvida. Queremos dizer com
isso, que sabemos o que a comuna foi na história de nossas sociedades, de que
se tornou, com o tempo, a pedra angular. Ipso facto, já que era uma reunião de
corporações e que se formou com base no tipo da corporação, foi esta em última
análise, que serviu de base a todo o sistema político oriundo do movimento
comunal. Vê-se que, em sua trajetória, ela cresceu singularmente em importância
e dignidade. Em Roma, começou estando quase fora dos contextos normais, ela
serviu de marco elementar para sociedades contemporâneas. É um motivo para que
recusemos a considera-la uma instituição arcaica, destinada a desaparecer.
Desobediência repesenta um filme de drama romântico britânico-irlandês-americano de 2017 dirigido por Sebastián Lelio e escrito por Lelio e Rebecca Lenkiewicz, baseado no romance homônimo de Naomi Alderman, nascida em 1974 é uma romancista, escritora de jogos e produtora executiva de televisão inglesa. Ela é mais reconhecida por seu romance especulativo de ficção científica The Power, que ganhou o Prêmio Feminino de Ficção em 2017, e foi adaptado para uma série de televisão pela Amazon Studios. Ela escreveu The Power para abordar os pontos levantados pelo movimento feminista da quarta onda e cita o movimento Me Too como inspiração e fonte de diálogo semelhante. Alderman nasceu em Londres, filha de Geoffrey Alderman, um especialista em história anglo-judaica “que se descreveu como um judeu ortodoxo não convencional”. Alderman foi educada na South Hampstead High School e no Lincoln College, Oxford, onde estudou Filosofia, Política e Economia. Depois de deixar Oxford, trabalhou em publicações infantis e depois em um escritório de advocacia, editando suas publicações. Ela passou a estudar especificamente escrita criativa na Universidade de East Anglia antes de se tornar profissionalmente romancista. Em 2007, o The Sunday Times a nomeou de forma extraordinária Jovem Escritora do Ano. Em 2007, ela foi nomeada uma das 25 Escritoras do Futuro pela Waterstones.
Em
2012, Alderman foi nomeada professora de escrita criativa na Universidade de
Bath Spa, na Inglaterra. Em 2013, ela foi incluída na lista dos 20 melhores
jovens escritores da Granta, publicada uma vez por década. Ela escreve uma
coluna mensal sobre tecnologia para o The Guardian. Alderman tornou-se
uma defensora do feminismo na adolescência e, desde então, apoia os
direitos das mulheres, o que influenciou suas obras. Ela declarou em uma
entrevista ao New York Times em 2018: “Quando eu era adolescente, na
década de 1990, era comum entre as jovens dizer que as batalhas do feminismo
estavam vencidas. Agora, acho terrivelmente óbvio que esse não é o caso”. Alderman foi a escritora principal de Perplex
City, um jogo de realidade alternativa, na empresa Mind Candy. Ela se tornou
escritora principal de outros aplicativos, incluindo Zombies, Run! e The
Walk. Em 2018, The Walk foi transformado em um podcast e
lançado pela empresa Panoply Media. A estreia literária de Alderman ocorreu em 2006 com o ensaio: Desobediência, um romance bem recebido, embora um tanto controverso, culturalmente,
sobre a sexualidade da filha bissexual de um rabino do Norte de Londres que mora em Nova York,
que rendeu a Alderman o Prêmio Orange de Novos Escritores de 2006, o Prêmio
Jovem Escritor do Ano do Sunday Times de 2007 e uma reportagem como uma das
25 Escritoras do Futuro da Waterstones.
Isso a levou a rejeitar sua vida como judia praticante. “Entrei no romance religiosa e no final não estava mais. Eu me escrevi para sair disso”, disse ela à Claire Armitstead do The Guardian em 2016. Seu segundo romance, As Lições, foi publicado em 2010. Seu terceiro romance, The Liars` Gospel (Viking), com Jesus retratado como o pregador judeu Yehoshuah, foi publicado em brochura em 2012. Ao analisar o livro, Shoshi Ish-Horowicz na revista Jewish Renaissance o descreveu como “uma leitura divertida e envolvente”, mas achou a história que contava “desconfortável e problemática. Seu prazer com o romance dependerá de como você responde à premissa de que Jesus era, potencialmente, um pregador inconsequente”. Situado em Jerusalém e arredores entre o Cerco de Jerusalém de Pompeu (63 a.C.) e o Cerco de Jerusalém de Tito (70), é narrado em quatro seções principais da perspectiva de quatro figuras-chave: Maria, Judas Iscariotes, Caifás e Barrabás. Os três romances foram serializados no Book at Bedtime da British Broadcasting Corporation - BBC Radio 4.
Ela
escreveu a narrativa para The Winter House, um conto linear interativo
online visualizado por Jey Biddulph. O projeto foi encomendado pela BookTrust
como parte da campanha Story, apoiada pelo Arts Council England. Seu
romance de Doctor Who, Borrowed Time, foi publicado em junho de 2011. Em
2012, Alderman foi selecionado como protegido por Margaret Atwood como parte da
Rolex Mentor and Protégé Arts Initiative, um programa filantrópico
internacional que reúne mestres em suas disciplinas com talentos emergentes
para um ano de intercâmbio criativo individual. Atwood e Alderman co-escreveram
“The Happy Zombie Sunrise Home” e publicaram o trabalho on-line no Wattpad em
2012. O quarto romance de Alderman, The Power, foi publicado em 2016. É dedicado
e influenciado por Atwood. The
Power ganhou o Women`s
Prize for Fiction em 2017. Alderman confirmou que vendeu os
direitos de The Power para a Sister Pictures, a mesma empresa que
produziu Broadchurch, após receber 11 ofertas. A adaptação para a televisão foi
posteriormente produzida como nove episódios, que estrearam em 31 de março de
2023 e concluíram em 12 de maio de 2023. O filme é estrelado por Rachel Hannah
Weisz uma atriz e modelo britânica. Reconhecida por seus papéis em filmes
independentes e sucessos de bilheteria, ela recebeu vários prêmios, incluindo
um Oscar, um British Academy Film Awards (BAFTA), é uma organização social britânica
que promove merceologicamente as artes do cinema e da televisão.
A
premiação é considerada o “Oscar britânico” e reconhece a excelência em
diversas categorias, tanto para produções britânicas quanto internacionais, um
Globo de Ouro e um Prêmio Laurence Olivier Award, considerada uma das atrizes
inglesas mais talentosas de sua geração. Rachel Anne McAdams, nascida em Londres,
em 17 de novembro de 1978, é uma atriz canadense. Após ter concluído o curso de
teatro na Universidade de Iorque, em 2001, ela trabalhou em produções de
televisão e de cinema, como no filme Perfect Pie (2002) pelo qual
recebeu uma indicação ao Genie Awards, na comédia My Name is Tanino
(2002) e na minissérie Slings and Arrows, em que ganhou o Gemini Awards.
Em 2002, seguidamente à sua mudança para Los Angeles, a atriz fez sua estreia
no cinema de Hollywood na comédia The Hot Chick e Alessandro Nivola, nascido
em 28 de junho de 1972 é um ator norte-americano. Seu trabalho inclui tanto o
cinema quanto o teatro, e seus elogios incluem a obtenção de um Screen Actors
Guild Award, além de indicações ao Tony Award e ao Independent Spirit Award. Nivola
estreou como ator em A Outra Face (1997) e, desde então, atuou em filmes
como Mansfield Park (1999), Jurassic Park III (2001), Laurel
Canyon (2002), Junebug (2005), Coco Before Chanel (2009), Ginger
& Rosa (2012), Trapaça (2013), Selma: Uma Selva (2014), O
Ano Mais Violento (2014), Desobediência (2017), Você Nunca Esteve
Realmente Aqui (2017), A Arte da Autodefesa (2019), Os Muitos
Santos de Newark (2021), Estrangulador de Boston (2023), A Sala
ao Lado (2024) e O Brutalista (2024). E Aleksei
Sytsevich/Rhino de heróis da Marvel Kraven, o Caçador
(2024).
Ele
fundou a produtora King Bee Productions com sua esposa Emily Mortimer em 2013.
Na televisão, ele atuou e produziu a comédia Doll & Em (2015) da Home
Box Office é uma rede de televisão por assinatura estadunidense, de propriedade
da Warner Bros, e interpretou Mark Madoff no filme para televisão da HBO The
Wizard of Lies (2017), Mr. Dean na série Black Narcissus (2020) da
FX/BBC One e Bert Schneider na minissérie de suspense The Big Cigar
(2024) da Apple TV+. No palco, estreou na Broadway com a peça “A Month in the
Country” (1995), pela qual foi indicado ao prêmio Drama Desk de Melhor Ator em
Peça. Retornou à Broadway atuando nas remontagens de “The Winslow Boy” (2012),
de Terence Rattigan, isto é, Sir Terence Mervyn Rattigan CBE foi um
dramaturgo e roteirista britânico. Ele foi um dos dramaturgos mais populares da
Inglaterra em meados do século XX. Suas peças são normalmente ambientadas em um
ambiente de classe média alta. Ele
escreveu The Winslow Boy (1946), The Browning Version (1948), The
Deep Blue Sea (1952) e Separate Tables (1954), entre outros. Um
homem gay problemático que se via na modernidade contemporânea como um
estranho, Rattigan escreveu uma série de peças centradas em questões similares de
frustração sexual, relacionamentos fracassados ou um mundo de repressão e
reticência, e “The Elephant Man”, de Bernard Pomerance (1940-2017), sendo
indicado ao Tony de Melhor Ator em Peça por esta última. Bernard Pomerance
nasceu no Brooklyn, Nova York, nos Estados Unidos na década de 1940. Ele estudou na Universidade de Chicago
e se mudou para Londres em 1968.
Sua
primeira peça teatral, intitulada: High in Vietnam, Hot Damn, foi
encenada no Interaction Theatre e dirigida por Roland Rees. Junto com Rees e
David Aukin, Pomerance ajudou a fundar a companhia de teatro Foco Novo em 1972.
O nome foi tirado da peça de Pomerance de mesmo título, a produção inaugural da
companhia. Para a Foco Novo, ele adaptou uma nova versão de A Man`s a Man,
de Bertold Brecht, e escreveu The Elephant Man, que foi originalmente
produzido em 1977. Uma das peças mais bem-sucedidas e regularmente revividas do
teatro fringe de Londres, The Elephant Man foi encenada no repertório do
Britain`s National Theatre e várias vezes fora e na Broadway. Em 1979, The
Elephant Man ganhou o prêmio Tony de Melhor Peça. Ela teve 916
apresentações no The Booth Theatre, um teatro da Broadway na 222 West 45th
Street, no Theatre District de Midtown Manhattan, na cidade de Nova York, e foi
transformada em um filme para a televisão com o elenco atuante originalmente.
Em 2013, o Williamstown Theater Festival produziu uma reestreia de The
Elephant Man, estrelada por Bradley Cooper, Patrícia Clarkson e Alessandro
Nivola. A peça foi transferida para o Booth Theatre na Broadway no inverno de
2014, onde foi encenada para casas com ingressos esgotados. Em seguida, foi
transferida para o Haymarket Theatre, em Londres, na primavera de 2015, com o
mesmo elenco. O filme de Hollywood de mesmo nome, dirigido por David Lynch, não
foi uma adaptação da peça. Pomerance e os produtores da peça tentaram bloquear
o uso do título no filme processando os produtores do filme, citando o título e
o assunto compartilhados. Pomerance inspirou-se inicialmente na obra de Eugene
O`Neill para escrever peças, após assistir à produção original de “Longa
Jornada Noite adentro”. Uma influência posterior foi o dramaturgo britânico
John Arden. Várias peças de Pomerance têm como tema visões políticas da
história americana, como “Quantrill” em Lawrence e “Melões”, produzidas pela
Royal Shakespeare Company.
O
filme Desobediência (Disobedience) situada no Norte de Londres, narra
a história social de uma mulher de classe média que retorna para a estrita
comunidade de judeus ultraortodoxos para o funeral de seu pai depois de viver
em Nova York por muitos anos, tendo sido afastada de seu pai e excluída da
comunidade por um motivo que se torna mais claro à medida que a história caminha
em seu desenvolvimento. O filme foi produzido por Rachel Weisz, Ed Guiney e
Frida Torresblanco. Disobedience teve sua estreia mundial no Festival de
Toronto em 10 de setembro de 2017. Foi lançada nos Estados Unidos da América em
27 de abril de 2018, pela Bleecker Street e no Reino Unido e na Irlanda em 30
de novembro de 2018, pela Curzon Artificial Eye. O filme recebeu críticas
positivas, com analistas de cinema elogiando as performances de Weisz, McAdams
e Nivola, a direção de Lelio e o roteiro. O velho Rav Krushka sucumbe à doença
enquanto proferia um sermão por livre arbítrio em sua congregação judaica
ortodoxa no Norte de Londres. Informada que seu pai morreu, Ronit, a filha
distante do Rav que vive e trabalha em Nova York como fotógrafa, voa para
Londres e chega à casa de seu amigo de infância, Dovid Kuperman, um discípulo
escolhido de seu pai. Na casa de Dovid, membros da congregação prestam seus
respeitos ao falecido.
Ronit
não se encaixa, pois ela se comporta de uma maneira que não está de acordo com
a cultura ortodoxa. Apesar de parecer surpreso com a visita de Ronit, Dovid
insiste que ela fique com ele. Ronit fica surpreso ao descobrir que Esti, uma
amiga de infância de ambos, agora é a esposa de Dovid. Ronit visita seu tio
Moshe para discutir a disposição da casa de seu pai, mas descobre que seu pai
deixou todos os seus bens para a sinagoga. Ela só tem permissão em casa para
recuperar itens pessoais. Esti a acompanha e, depois que as duas mulheres relembram
suas memórias compartilhadas da casa dos Rav, Esti beija ternamente Ronit, que
inicialmente resiste, depois retribui. Esti confessa que foi ela quem notificou
Ronit sobre a morte de seu pai porque queria vê-la novamente. Esti revela que
não está feliz com sua vida, que escolheu com base nos conselhos do Rav e em
sua forte crença em HaShem. Depois de ser flagrada em um encontro romântico que
fez Ronit deixar a comunidade, nem ela nem Esti estiveram com outras mulheres.
Enquanto Ronit está implicada em ser bissexual, Esti admite que ela é lésbica.
No caminho para casa, elas param em um parque próximo, local d ocorrência do primeiro
beijo. Elas começam a se beijar e se acariciarem, mas são vistas por um
casal da congregação. Esti se afasta sem ser vista, mas o casal identifica
Ronit e suspeita que a outra mulher era Esti.
Para
o pensar, o objeto não se move em representações ou figuras, mas sim em
conceitos, o que significa: num ser-em-si diferente, que imediatamente para a
consciência não é nada diferente dela. O representado, o figurado, o essente
como tal, tem a forma de ser algo outro que a consciência; mas um conceito é,
ao mesmo tempo, um essente, e essa diferença, enquanto está na consciência
mesma, é seu conteúdo determinado; porém por ser tal conteúdo, ao mesmo tempo,
algo conceptualizado, ela permanece imediatamente cônscia de sua unidade como
esse essente determinado e diferente. Não é como na representação em que a
consciência tem ainda de lembrar-se expressamente de que isso é sua
representação; ao contrário, o conceito é para Hegel, imediatamente, seu
conceito. No pensar, Eu sou livre; porque não estou em um Outro, mas pura e
simplesmente fico em mim mesmo, e o objeto, que para mim é a essência, é meu
ser-para-mim, em unidade indivisa; e meu movimento em conceitos é um movimento
em mim mesmo. Entretanto, na determinação dessa figura da consciência-de-si, é
essencial reter com firmeza que ela é a consciência pensante, em geral, ou que seu
objeto é a unidade imediata do ser-em-si e do ser-para-si. A consciência sua
própria homônima, que se repele de si mesma, torna-se para si elemento
em-si-essente; mas, para si, só esse elemento como essência universal em geral;
não como esta essência objetiva no desenvolvimento e no movimento interno de
seu ser multiforme. Como é sabido, na história da filosofia, chama-se estoicismo essa liberdade da
consciência-de-si, quando surgiu em sua manifestação consciente na história do
espírito.
Seu
princípio é que a consciência é essência pensante e que uma coisa só tem
essencialidade, ou só é verdadeira e boa para ela, na medida em que a
consciência aí se comporta como essência pensante. O objeto sobre o qual atuam
a relação entre o desejo e o trabalho é a expansão multiforme da vida,
diferenciando-se em si mesma: sua singularização e complexificação. Esse agir
multiforme se condensou agora na diferença simples que está no puro ato do
movimento do pensar. A diferença comparativamente que tem mais essencialidade
não é a diferença que se põe como coisa determinada, ou como consciência de um
determinado ser-aí natural, como um sentimento ou como um desejo e fim para
esse desejo; quer esse fim seja posto pela consciência própria ou alheia; mas
somente a diferença que é pensada, ou que não se diferencia imediatamente de
mim. Essa consciência é por isso negativa no que diz respeito à relação de
dominação e escravidão. Seu agir é o do senhor que tem a sua verdade no
escravo, nem o do escravo que tem sua verdade na vontade do senhor e em seu
servir; mas seu agir é livre, no trono como nas cadeias e em toda [forma de]
dependência de seu ser aí singular. Seu agir é conservar-se na impassibilidade
que continuamente se retira do movimento do ser-aí, do atuar como do padecer,
para a essencialidade do pensamento. A obstinação é a liberdade que se
apega a singularidade e se mantém dentro do âmbito da servidão; o
estoicismo, é a liberdade que saindo da servidão retorna à pura
universalidade do pensamento.
Como
forma universal do espírito do mundo, [o estoicismo] só podia surgir num tempo
de medo e de escravidão universais, mas também de cultura universal, que tinha
elevado o formar até o nível do pensar. A liberdade do pensamento tem somente o
puro pensamento por sua verdade; e verdade sem a implementação da vida. Por
isso é ainda só o conceito de liberdade, não a própria liberdade sendo viva.
Mas porque a individualidade, como individualidade deveria representar-se viva;
ou, como individualidade pensante, captar o mundo como um sistema de
pensamento; teria de encontrar-se no pensamento mesmo, para aquela expansão [do
agir], um conteúdo do que é bom, e para essa [expansão do pensamento, um
conteúdo] do que é verdadeiro. Com isso não haveria nenhum outro ingrediente,
naquilo que é para a representação da pura consciência, a não ser o conceito
que é a essência. Mas essa
igualdade-consigo-mesmo do pensar é apenas a pura forma na qual nada se
determina. Por isso os termos universais do verdadeiro e do bem, da sabedoria e
da virtude, onde o estoicismo tem de parar, de certo são geralmente
edificantes; mas como de fato não podem chegar a nenhuma expansão do conteúdo,
começam logo a produzir tédio. Essa consciência pensante, tal como se
determinou, como liberdade abstrata, é portanto, somente a negação incompleta
do ser-outro; apenas se retirou do ser-aí, para si mesma; e não se levou a cabo
como absoluta negação do ser-aí nela. De certo, basta o conteúdo que vale para
ela só como pensamento: aliás como pensamento determinado, e ao mesmo tempo
como determinidade enquanto tal. O cepticismo é a realização do que o
estoicismo era somente o conceito; - e a experiência efetiva do que é a
liberdade do pensamento: liberdade que em-si é o negativo, e que assim deve
apresentar-se.
Com
a reflexão da consciência-de-si para dentro do pensamento simples de si mesma,
de encontro com essa reflexão caíram fora da infinitude [do pensamento] o
ser-aí independente e a determinidade permanente. No cepticismo vem-á-ser
[explícita] para a consciência a tal inessencialidade e a não-autonomia desse
Outro. O pensamento torna-se o pensar consumado, que aniquila o ser do mundo
multideterminado; e nessa multiforme figuração da vida, a negatividade da
consciência-de-si livre assim torna-se a negatividade real. Fica patente que,
como o estoicismo corresponde ao conceito da consciência independente,
manifestada como relação de dominação e escravidão, assim o cepticismo
corresponde à realização da mesma consciência como atitude negativa para com o
ser-Outro, [isto é], ao desejo e ao trabalho. Mas, se o desejo e o trabalho não
puderam levar a cabo a negação dialética para a consciência-de-si, ao
contrário, essa atitude polêmica para com a múltipla independência das coisas,
terá êxito: já que se volta contra elas como consciência-de-si livre,
previamente implementada em si mesma. Mais precisamente, porque [essa atitude]
tem em si mesma o pensar ou a infinitude, e por isso as independências,
conforme suas diferenças, para ela são per se grandezas evanescentes. As
diferenças que no puro pensar de si mesmo são só abstrações das diferenças,
tornam-se diferenças; e todo ser diferente se torna diferença da
consciência-de-si. Com isso se determinou o agir do cepticismo em geral, e a
maneira desse agir.
O beijo na boca é o maior gesto de consagração de carinho, amor e paixão entre um casal, desde o simples tocar de lábios até o beijo mais intenso e apaixonado. O dia 13 de abril é o Dia do Beijo, uma data instituída para celebrar o amor através do beijo. Estudos e pesquisas comprovaram que o ato de beijar na boca estimula o cérebro a liberar endorfina, substância responsável pela sensação de prazer e bem-estar. Quanto mais prolongado e apaixonado, ocorrem maiores os benefícios. Mantém o rosto mais jovem porque o trabalho muscular dá firmeza à pele. O livro de recordes do Guinness (1955), é uma edição publicada anualmente, que contém uma coleção da representação de recordes e superlativos reconhecidos internacionalmente, tanto em termos de performances humanas como de extremos da natureza. Em 2003, o livro alcançou o binômio produção-consumo em torno de 100 milhões de cópias vendidas, desde a sua primeira edição em 1955, e lá existem vários temas de espaço e lugar relacionando aos beijos. Entre eles está o beijo “mais caro de sempre”. Em 2003, Joni Rimm pagou 50.000 dólares num leilão de beneficência para poder beijar a atriz Sharon Stone que leiloou o beijo para ajudar uma instituição de caridade. Um beijo tem como representação social “o toque dos lábios em outra pessoa” ou objeto. Na cultura ocidental é um poderoso “gesto de afeição”. Ela é reconhecida principalmente por interpretar Femme Fatale e mulheres misteriosas no cinema e na televisão, ela se tornou um dos símbolos sexuais mais populares na vida cotidiana da década de 1990.
Os gregos, é sabido, “adoravam beijar”. Mas foram os romanos que difundiram a prática e permitiram que os nobres mais influentes beijassem seus lábios. Os menos importantes às mãos. Os súditos podiam beijar os pés. O “basium”, entre reconhecidos; o “osculum”, entre amigos; e o “suavium”, o fabuloso beijo dos amantes. Na Escócia, era costume o padre beijar os lábios da noiva ao final da cerimônia. Acreditava-se que a felicidade conjugal dependia dessa benção. Já na festa, a noiva “deveria beijar todos os homens na boca, em troca de dinheiro”. Na Rússia, uma das mais altas formas de “reconhecimento oficial era o beijo do czar”. No século XV, os nobres franceses “podiam beijar qualquer mulher”. Na Itália, entretanto, se um homem beijasse uma donzela em público, “era obrigado a casar imediatamente”. No latim, beijo significa toque dos lábios. Na cultura ocidental, ele é considerado gesto de afeição. Entre amigos é realizado como forma de cumprimento, ou despedida; entre amantes e apaixonados, como prova da paixão. Mas é também um sinal de reverência, ao se beijar, por exemplo, o anel do Papa ou dentre membros da alta hierarquia da Igreja. Beijar os lábios de outra pessoa tornou-se uma expressão comum de afeto em muitas culturas ao redor do mundo. Em certas sociedades, o beijo foi introduzido através dos meios de violência simbólica da colonização europeia, sendo que antes não era uma ocorrência prazerosa rotineira.
O
ato de beijar pode se dar de várias formas combinatórias, em diferentes
lugares e com diferentes propósitos, dependendo do país e de sua cultura, da
situação, das partes interessadas e de outros aspectos sociais. Entre amigos, é
utilizado “como cumprimento ou despedida”. Nos lábios de outra pessoa é um
símbolo de afeição romântica ou de desejo sexual, sendo que o beijo pode
ocorrer também noutras partes do corpo. Ainda há o “beijo de língua”, em que as
pessoas que se beijam mantêm a boca aberta, enquanto trocam carícias em formas
prazerosas das línguas. Os mais antigos relatos etnográficos remontam aos
templos de Khajuraho, na Índia. As mais antigas referências vieram do Oriente,
precisamente dos hindus. Há um registro de1200 a. C., no livro Satapatha,
textos sagrados em que se baseia o bramanismo, abundante de sensualidade: -
“Amo beber o vapor de seus lábios”. Os Vedas formam a base do extenso sistema
milenar de escrituras sagradas do hinduísmo, que tout court representam a mais
antiga literatura de qualquer língua indo-europeia. Mais explícito e malicioso,
o Mahabarata, originou-se como um poema épico em sua extensão com mais de 200
mil versos, compilados em torno do ano 1000 a. C., descrito assim:
- “Pôs a sua boca em minha boca, fez um barulho e isso produziu em mim um
prazer”. A consagrada tela de Klimt é
enorme e respeita a forma de um quadrado com exatamente 180
centímetros por 180 centímetros.
O
Beijo, é considerada a mais famosa pintura austríaca e faz parte da coleção
permanente do Belvedere Palace Museum, situado em Viena. O quadro foi exibido
pela primeira vez numa exposição em 1908 na Austrian Gallery, já nessa ocasião
ele foi adquirido pelo Belvedere Palace Museum, de onde não saiu mais. Para se
ter noção da reputação do pintor austríaco: O Beijo foi vendido (e exposto)
antes mesmo de ser terminado. O quadro foi comprado pelo valor de 25 mil
coroas, e analisado como um recorde de mercado da arte para a sociedade
austríaca de seu tempo. A tela foi pintada provavelmente entre 1907 e 1908, é
considerada uma das maiores criações da pintura Ocidental e pertence à chamada
interpretação técnica da “fase dourada”, pois do ponto de vista técnico-metodológico
o período ganhou esse nome porque nos trabalhos foram utilizadas folhas de
ouro. São finas folhas do referente metal, tradicionalmente empregues na
decoração de objetos de diversos tipos de arte, como são exemplo retábulos,
esculturas, ourivesarias, mobiliário, entre outras. Para além das folhas de
ouro, existem também folhas de prata, cobre, alumínio ou paládio que são
utilizados conforme o acabamento final pretendido. Um dos métodos de douramento
consiste em bater folhas de ouro sobre o suporte que posteriormente são
polidos, obtendo assim o brilho desejado. Este procedimento de batimento
permanece essencialmente o mesmo desde a Antiguidade.
No dia seguinte, mutatis mutandis, Esti, que trabalha como professora na escola judaica local, é chamada ao escritório da diretora depois que o casal faz uma queixa sobre o comportamento de Esti e Ronit. Na sinagoga, o templo religioso da religião judaica. Tem como objeto central a Arca da Torá. Os serviços religiosos da sinagoga são realizados todos os dias, desde que se forme um quórum, sendo que algumas vezes o culto envolve leituras da Torá, cujos rolos são retirados da Arca (heikhal) e transportados até o púlpito (Tebá). A sinagoga não se limita ao prédio. As reuniões religiosas dos fariseus no judaísmo pós-destruição do templo eram feitas em casas privadas, e ainda há sinagogas que se reúnem em casas privadas. Naquele período a instituição da sinagoga popularizou-se. No século I da era comum havia cerca de 394 ou 480 na região de Jerusalém somente. A sinagoga mais antiga a ter um registro seria aquela de Jericó, perto das ruínas de um palácio Hasmoneus, descoberta junta a uma piscina de mikvah perto do Kelt Wadi pelo professor Ehud Netzer e primeira do século a.C. Após a destruição do templo pelos romanos em 70 d.C., houve a proibição de erguer sinagogas na Palestina.
Não obstante, há na região cerca de cem ruínas de sinagogas do período do segundo templo e dos primeiros séculos da era comum, como a notável Sinagoga de Cafarnaum. Além do judaísmo rabínico, as sinagogas inspiraram locais de culto de outras religiões nascidas do mesmo período, como as sinagogas samaritanas, igrejas cristãs e kenesa caraítas. Dovid é convidado a assumir os deveres do Rav. Ele é avisado sobre Ronit, mas insiste que ele mantém sua casa em ordem. Enquanto isso, Ronit alcança Esti abalada e diz a ela que vai embora no dia seguinte, sem atender ao discurso fúnebre de seu pai. As duas fogem para um quarto de hotel no centro de Londres para uma tarde e noite de sexo apaixonado. Esti chega tarde em casa e pede desculpas a Dovid, mas se recusa a fazer sexo com ele. Na manhã seguinte, Dovid informa Esti que o casal havia feito uma queixa formal com ele, e Esti confessa que beijou Ronit e depois sai de casa. Ronit está prestes a embarcar em seu voo, mas é chamada por Dovid, que relata que Esti está desaparecida. Esti finalmente volta para casa e revela que está grávida, mas quer sua liberdade, para dar ao filho a chance de decidir se faz parte da comunidade ou não. Ronit e Esti assistem ao discurso fúnebre de Rav, que será dada por Dovid na frente de toda a congregação. Antes do início, Ronit convida Esti para morar com ela em Nova York.
Dovid
começa a falar, mas fica visivelmente abalado e incapaz de seguir seu texto
preparado. Em vez disso, ele lembra à congregação o sermão que o Rav estava
fazendo logo antes de morrer. Durante o discurso, sob o pretexto de se dirigir
à congregação, ele libera Esti do casamento deles, e então rejeita publicamente
a oferta de se tornar o novo guia espiritual da congregação. Esti o encontra do
lado de fora e eles se abraçam; Movimentos delicados para Ronit se juntar a
eles, finalmente reconciliando sua antiga amizade. Na manhã seguinte, Dovid
acorda sozinho em seu quarto. Esti dormiu no andar de baixo no sofá. Ronit está
pronto para voltar para Nova York. Quando seu táxi chega, ela se despede,
desejando a Dovid e Esti uma vida longa. Enquanto o táxi de Ronit está indo
embora, Esti sai correndo de casa, correndo atrás dela; ela dá a Ronit um beijo
final e elas prometem manter contato assim que Esti decidir onde ela vai morar.
Ronit faz um desvio para o túmulo de seu pai para se despedir dele. As
sinagogas geralmente possuem uma comissão administrativa. Uma comissão ad hoc
de três membros adultos, com profundo conhecimento da halacá, formam o Bet Din,
para exercer funções judiciárias. Um presidente leigo da congregação, em
hebraico rosh haknesset, pode presidir sobre a disciplina, finanças,
supervisão dos empregados, com o apoio de anciãos que formam um conselho, os
parnas. Um bedel, o gabbai, é responsável pela manutenção e elementos dos
serviços. Os serviços são presididos e cantados por um Chazan ou cantor. Tornou-se
comum contratar rabinos para exercer funções congregacionais em uma sinagoga.
Em
29 de setembro de 2016, foi relatado que Rachel Weisz estava preparada para produzir
e estrelar uma adaptação do romance Disobedience de Naomi Alderman; com
Ed Guiney e Frida Torresblanco como coprodutores, e Sebastián Lelio dirigindo
um roteiro de Lelio e Rebecca Lenkiewicz. Em 4 de outubro de 2016, Rachel
McAdams se juntou ao elenco, seguida por Alessandro Nivola como marido de
McAdams em 7 de dezembro de 2016. O filme foi cofinanciado pela Film4
Productions e Film Nation Entertainment. Matthew Herbert se juntou à produção
para compor a trilha sonora. A filmagem principal da produção
irlandês-britânica-americana começou em 3 de janeiro de 2017. Os locais de
filmagem em Londres incluíram Cricklewood e Hendon. Em maio de 2017, a Curzon
Artificial Eye adquiriu os direitos de distribuição no Reino Unido da Film
Nation Entertainment, e os direitos de distribuição internacional foram
adquiridos pela Roadshow (Austrália), Mars Films (França), Cinema SRL (Itália),
Lev Films (Israel), Pathé (Suíça), e Sony Pictures WorldWide Acquisitions para
vários territórios. A Bleecker Street adquiriu os direitos de distribuição nos
Estados Unidos da América em setembro de 2017 e a Mongrel Media adquiriu os
direitos para o Canadá. Disobedience teve sua estreia mundial no
Festival Internacional de Cinema de Toronto em 10 de setembro de 2017. O filme
estreou nos Estados Unidos no Festival de Cinema de Tribeca na seção Spotlight
Narrative em 24 de abril de 2018. O filme foi lançado nos cinemas nos EUA como
um lançamento limitado em 27 de abril de 2018, na Austrália em 14 de junho e em
30 de novembro no Reino Unido, formado por Inglaterra, Escócia, País de Gales e
Irlanda do Norte, é uma nação insular situada no noroeste da Europa.
Disobedience
arrecadou US$3,5 milhões nos Estados Unidos e Canadá e US$3,6 milhões em outros
territórios, totalizando US$7,9 milhões em todo o mundo. O filme estreou em
cinco cinemas na cidade de Nova York e Los Angeles e faturou US$241,276 no fim
de semana de estreia (uma média de US$ 48 mil por local), ocupando a quarta
melhor média de estreia do ano até aquele momento, depois de Isle Of Dogs
(US$60 mil), Avengers: Infinity War (US$55 mil) e Black Panther
(US$50 mil). Na revisão do site Rotten Tomatoes, o filme mantém um índice de
aprovação de 84% com base em 201 avaliações e uma classificação média de
7,25/10. O consenso crítico do site declara: - “Disobedience explora uma
variedade de temas instigantes, reforçados pelo emocionante trabalho dos
protagonistas Rachel Weisz, Rachel McAdams e Alessandro Nivola”. Em Metacritic,
o filme tem uma pontuação média ponderada de 74 em 100, com base em 38
críticos, indicando “críticas geralmente favoráveis”. David Ehrlich, da Indie
Wire, elogiou a importância do assunto, a excelente atuação e boa direção,
dizendo: - “Uma história de amor carregada e emocionalmente sutil sobre a
tensão entre a vida em que nascemos e a que queremos para nós mesmos. Tanto
Weisz quanto McAdams fazem um trabalho fenomenal de negociar quem são suas
personagens versus quem elas sentem que precisam ser. Lelio constrói um momento
belo e poderosamente ambíguo que reúne todos os personagens principais”. Nada
existe de audacioso sem a desobediência.
Bibliografia
Geral Consultada.
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