“O oceano é magnífico, é mágico e é poderoso”. Maya Reis Gabeira
A origem do surfe é disputada entre os povos peruanos e polinésios. A palavra surf começou a ser usada a partir de 1685, derivada da palavra indiana “sufe” que significa “o litoral”. A região da Polinésia é formada por um conjunto de ilhas no Pacífico que tem como ponto de partida do Havaí, ao Norte, à Nova Zelândia, no Sul, e de Samoa, no Oeste, à Ilha de Páscoa, no Leste. As primeiras habitações na região são datadas do ano 500, e há evidências de que uma segunda leva de migrantes chegou à Polinésia por volta de 1.100, antes dos invasores navegadores europeus. A prática de “deslizar sobre as ondas” (cf. Lorch, 1980) há muito tempo já era reconhecida pelos povos polinésios, que povoaram grande parte das ilhas do Oceano Pacífico, o maior oceano da Terra, situado entre a América, a Leste, a Ásia e a Austrália, a Oeste, e a Antártida, ao Sul, além do litoral pacífico das Américas, que refere-se à costa ocidental de ambos os continentes. Os primeiros relatos etnográficos do surfe dizem que este foi introduzido no Havaí pelo rei polinésio Tahíto. Outros relatos etnográficos dão conta de que, muito antes dos havaianos, antigos povos peruanos já utilizavam uma espécie de canoa confeccionada de junco para deslizar sobre as ondas. O primeiro relato escrito da observação de pessoas a fazerem surfe, foi feito pelo navegador Inglês James Cook (1728-1779) que “gostou do esporte por se tratar de uma forma de relaxamento”. Utilizavam-se no Havaí pranchas de madeira denominadas Olo e Alaia, o primeiro era usado para ondas maiores e mais suavemente inclinadas, enquanto que o segundo, era mais manuseável e usada para ondas com mais força e, no Peru, de junco.
Acreditava-se que, ao fabricar sua própria prancha, se transmitiam as energias positivas para ela e, ao se praticar o esporte, se libertava das energias negativas. Os primeiros praticantes desse esporte acreditavam que sua prática se desenvolveria mediada por “um culto ao espírito do mar”. O reconhecimento mundial do esporte ocorreu com o campeão olímpico de natação e pai do surfe moderno, o havaiano Duke Paoa Kahanamoku (1890-1968). Ao ganhar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 1912, em Estocolmo, capital da Suécia, o atleta afirmou em entrevista que o seu treino se resumia em “cavalgar sobre as ondas com uma tábua de madeira” e passou a ser o desde então maior divulgador do esporte no mundo. O arquipélago do Havaí e os esportes típicos passaram a ser reconhecidos internacionalmente. O duque Paoa Kahinu Mokoe Hulikohola Kahanamoku, nativo do Havaí foi um nadador de competição que popularizou o antigo esporte havaiano de surfe. Ele nasceu em uma família de nobres menores no final do Reino do Havaí, pouco antes da queda. Ele viveu para ver a admissão do território como um Estado e tornou-se cidadão dos Estados Unidos da América. Ele foi cinco vezes medalhista olímpico na natação, ganhando medalhas nas competições de 1912, 1920 e 1924. Paoa Kahanamoku se juntou a organizações fraternas: ele era um maçom do rito escocês na loja de Honolulu, e um Shriner, membro da Antiga Ordem Árabe dos Nobres do Santuário Místico, reconhecido como Shriners, é uma organização ligada à Maçonaria. É reconhecida por manter hospitais para crianças: Shriners Hospitals for Children, comumente reconhecido como Shriners Children`s, é uma rede de hospitais infantis sem fins lucrativos e outras instalações médicas pediátricas em toda a América do Norte.
Com sede em Tampa, Flórida, é um estado situado sudeste dos Estados Unidos da América, com o Oceano Atlântico de um lado e o Golfo do México do outro. O estado conta com centenas de milhas de praias; os hospitais pertencem e são operados pela Shriners International, anteriormente reconhecida como Antiga Ordem Árabe dos Nobres do Santuário Místico, organização relacionada à Maçonaria cujos membros são conhecidos como Shriners usando um fez vermelho. Paoa Kahanamoku trabalhou como aplicação da lei oficial, mas foi um ator, um jogador de voleibol de praia, e um homem de negócios. De acordo com Kahanamoku, ele nasceu em Honolulu em Hale`ākala, a casa de Bernice Pauahi Bispo, que mais tarde foi convertido no Hotel Arlington. Ele tinha cinco irmãos, incluindo Samuel e Sargent, e três irmãs. Em 1893, sua família mudou-se para Kālia, em Waikiki, para ficar próximo dos pais e família da mãe. Kahanamoku cresceu com seus irmãos e 31 primos Paoa. Frequentou a Waikiki Grammar School, a Kaahumanu School e as Kamehameha Schools. Não se forma porque “pediu demissão para ajudar no sustento da família. Duque não era um título ou apelido, mas um nome dado”. Ele recebeu o nome do pai, o duque Halapu Kahanamoku, batizado por Bernice Pauahi bispo (1831-1884) em homenagem ao príncipe Alfred, duque de Edimburgo, que visitava o Havaí, foi uma aliʻi (nobre) da família real do Reino do Havaí e filantropa.
Seu
pai era policial. Sua mãe Julia Paʻakonia Lonokahikina Kahanamoku (1873-1936) Paoa era uma mulher profundamente
religiosa com um senso de ancestralidade familiar. Embora seus pais não
fizessem parte da família real havaiana formal, eles pertenciam a proeminentes
Ohana (famílias) havaianas. Os Kahanamoku e os Paoa Ohana eram considerados
nobres de escalão inferior, que estavam a serviço dos ali`i nui, ou realeza.
Seu avô paterno era Kahanamoku e sua avó, Kapiolani Kaoeha (às vezes soletrado
Kahoea), uma descendente de Alapainui. Eles eram Kahu, retentores e
conselheiros de confiança dos Kamehamehas, com quem eram parentes. Seus avós
maternos Paoa, filho de Paoa Hoolae e Hiikaalani, e Mele Uliama, também eram
descendentes de ali'i. Crescendo nos arredores de Waikiki, Kahanamoku passou
grande parte de sua juventude com o convívio na praia, onde desenvolveu suas
habilidades de surfe e natação. Em sua juventude, Kahanamoku preferia uma
prancha de surfe tradicional, que ele chamou de “papa nui”, construída à moda
das antigas pranchas de olo havaianas. Feito da madeira de uma árvore koa,
tinha 16 pés (4,9 metros) de comprimento e pesava 114 libras (52 kg). A prancha
estava sem skeg, porque ainda não havia sido inventado na vida cotidiana dos surf. Na carreira de
surfista posteriormente, ele costumava usar pranchas menores, mas sempre preferiu
aquelas pranchas nativas fabricadas de madeira.
A arte do surfe, reconhecida como he’e ‘ana na língua havaiana, foi pela primeira vez registrada por exploradores europeus em 1767 no Taiti. O surfe parte central da antiga cultura polinésia antecede o contato social europeu. O chefe (Ali’i) era tradicionalmente “o surfista mais habilidoso da comunidade e com a melhor prancha feita da melhor madeira”. A classe dominante tinha as melhores praias e as melhores pranchas; aos súditos não eram permitidas as mesmas praias, mas poderiam ganhar reconhecimento por sua capacidade em surfar nas suas próprias pranchas mais simples. No Taiti e Samoa, o surfe era passatempo popular e também era usado como treinamento de guerreiros. No Havaí, o surfe tornou-se um passatempo espiritual enraizando-se na própria religião e cultura dos havaianos. Os samoanos referiam-se a surfar como fa’ase’e ou se’egalu. Em Tonga, um país da Oceania, integrante da Polinésia e formado pela união de 177 ilhas de mesmo nome, também conhecidas como Ilhas Amigáveis, o surfe também é reconhecido como uma antiga prática, dada sua presença na tradição oral. As tábuas de surfe foram inventadas no Havaí, reconhecidas como papa he`e nalu na língua havaiana. Eram feitas de madeira de árvores locais, como as koa, e tinham frequentes mais de 15 pés (5 metros) de comprimento e bastante pesadas frente às atuais.
O
mito do Tahiti como ideário de um paraíso tropical começou com os
primeiros exploradores europeus. Cook, Bougainville, os amotinados do The
Bounty e até os primeiros missionários perpetuaram esta imagem idílica. Quando
regressaram a casa descreveram uma terra idílica com alimentos em abundância,
habitada por nativos amigáveis que viviam em paz e harmonia. E, claro, havia
as vahine, “as jovens bonitas, parcialmente vestidas e muito sensuais das
ilhas. Poetas, artistas, comerciantes, caçadores de baleias, hoteleiros, desertores,
marinheiros, viajantes e exploradores, cineastas e estrelas de cinema
contribuíram para a reputação das Ilhas de Tahiti”. A lenda do paraíso supremo
alimentou os sonhos de milhares de pessoas por mais de 200 anos. Os Māʻohi,
os ancestrais dos polinésios de hoje, estabeleceram-se no que hoje é a
Polinésia Francesa. Em Ua Huka, nas Ilhas Marquesas, existe um sítio
arqueológico que data de 300 anos e pesquisas traçaram a chegada dos primeiros
polinésios a Huahine há 850 anos. Os historiadores acreditam que os polinésios
se originaram na Indonésia e migraram para o leste em duas ondas sucessivas
devido à pressão demográfica. As origens do povo polinésio ainda podem ser
objeto de algum debate, mas eles se consideram descendentes diretos dos Céus
(pai) e da Terra (mãe). A tradição oral taitiana tem como primícias de sua
narrativa que Ta’aroa, um deus bondoso, criou uma cadeia de deuses e semideuses para estarem em constante processo de comunicação com o
homem.
É também o tema central de vários eventos culturais realizados nas Ilhas
de Tahiti. Um guia cultural poderá ajudá-lo a descobrir esses segredos
ancestrais e observar o ambiente naturalmente inspirados através domínio dos
olhos dos antigos remanescentes polinésios. Natação representa a capacidade do
ser humano e de outros seres vivos de se deslocarem através de movimentos
efetuados no meio líquido, geralmente sem ajuda artificial. A natação é uma
atividade física que pode ser, de maneira simultânea, útil e recreativa. As
suas principais utilizações são recreativas, balneares, pesca, exercício e
desporto. A referência mais antiga reconhecida são pinturas rupestres da Gruta
dos Nadadores, uma caverna antiga no planalto montanhoso de Gilf Kebir da
secção do Deserto Líbio do Sara. Estima-se que tenham sido criadas há cerca de
10 000 anos, com o início do Período Húmido Africano, quando o Sara era
significativamente mais verde e húmido. As referências escritas remontam a 2000
a. C. Algumas das primeiras referências estão incluídas em obras históricas
como a Epopeia de Gilgamesh, narra os feitos de Gilgamesh, rei de Uruk, em sua
procura pela imortalidade. Ela é considerada a obra de literatura mais antiga
da humanidade, a Ilíada, a Odisseia, a Bíblia, Beowulf, e outras sagas last but
not least. No ano de 1538, Nikolaus Wynmann (1510-1550), um professor de linguística,
escreveu o primeiro livro sobre natação: “O Nadador ou o Diálogo sobre a Arte
de Nadar” (Der Schwimmer oder Ein Zwiegespräch über die Schwimmkunst). A
natação de competição mundializada na Europa por volta do ano de
1800, na sua maioria utilizando o estilo popular utilizado de bruços.
Posteriormente, em 1873, John Arthur Trudgen, trouxe estilo Trudgen, após
ter copiado o estilo crawl usado pelos Nativos Norte-americanos,
criando uma variante do mesmo.
Os
ancestrais dos povos indígenas da América se separaram dos povos da Ásia
Oriental entre 35 mil e 25 mil anos atrás e migraram em direção ao norte,
alcançando o leste da Sibéria, aonde se miscigenaram com os Antigos
Eurasiáticos do Norte - uma população antiga da Sibéria e Ásia Central - em
algum momento entre 20 e 25 mil anos atrás. Dessa mistura surgiram os
ancestrais diretos das populações do extremo nordeste da Sibéria e dos povos
indígenas da América (paleoíndios). A migração dos paleoíndios da
Sibéria para a América do Norte ocorreu há cerca de 20 mil anos, provavelmente
por meio da travessia da Beríngia, mas também é proposta uma rota alternativa
por navegação próxima à costa. Rapidamente, ao longo dos milênios seguintes, os
descendentes desses asiáticos seguiram ao Sul, povoando o continente americano.
A tese da origem siberiana dos ancestrais dos ameríndios já foi comprovada por
diversos estudos genéticos. Os povos falantes de línguas na-dene e
esquimó-aleutinas possuem uma parte de sua ancestralidade oriunda de migrações
posteriores do Nordeste da Ásia refere-se à sub-região Nordeste da Ásia
centrado na Península Coreana e Japão. Em geopolítica, o Conselho de Relações
Exteriores define o Nordeste da Ásia como o Japão, Coreia do Norte e Coreia do Sul,
uma parte do Norte Ásia Oriental. China e Rússia muitas vezes são incluídos na
discussão geopolítica da região, na medida dos seus interesses e políticas
interagem com os do Japão e Coreias. O Mar do Japão, o Mar Amarelo, e às vezes
o Mar de Okhotsk e Mar da China Oriental estão todas incluídas nas discussões culturais sobre este aspecto da região. Em biogeografia, refere-se per se a mesma área, mas inclui
Nordeste da gigantesca geográfica e politicamente China e o Extremo Oriente
Russo entre Lago Baikal na Sibéria Central, e o Oceano Pacífico.
Diversos
crânios de paleoíndios, como o de Luzia e do Homem de Kennewick, e os de
algumas populações indígenas encontradas pelos europeus, como os fueguinos da
região argentina da Terra do Fogo e os pericúes do estado mexicano da
Baixa Califórnia Sul, apresentam uma morfologia atípica para os ameríndios e,
com isso, foram elaboradas teorias históricas, arqueológicas e antropológicas
de que os indivíduos de tais crânios tinham uma ascendência diferente,
comparativamente aos dos indígenas contemporâneos, possivelmente relacionada a
australo-melanésios, polinésios, europeus ou ainus. Estudos genéticos
descartaram qualquer origem alternativa dos povos indígenas da América ou de
seus ancestrais e um desses artigos afirma que as morfologias cranianas
diferenciadas podem ser explicadas historicamente pelo fluxo genético dos
Antigos Eurasiáticos do Norte. Os habitantes da América no Paleolítico
Superior não tinham tecnologia de confecção de artefatos líticos muito
evoluída, pois há indícios de que seus instrumentos de caça eram pedras aos e
cachorros domesticados para este fim. Os povos caçadores e coletores, tiveram
um rápido avanço da penetração humana em direção ao Sul, e tinham instrumentos
de caça mais evoluídos, como por exemplo projéteis pontiagudos.
Salvo
engano, nenhum sistema de pensamento obteve repercussão tão ampla e evidente,
do ponto de vista da mudança de simbólica, a partir de temas como: a crítica da
razão governamental, a analítica do poder, sobre as relações “espaço-tempo” e
“poder-saber”, “estética da existência” e “experimento moral”, e mesmo entre o
“império do olhar” e a “arte de ver”. É impossível esquecer a tese foucaultiana
segundo a qual “a visibilidade é uma armadilha” que “canceriza” a vista através
do poder disciplinar. O estudo
dedicado ao “cuidado de si” teve como referência Alcibíades, retratado pelo
pintor Pedro Américo em 1865. Nele, as questões dizem respeito ao “cuidado de
si” com a política, com a pedagogia e com o conhecimento de si. Sócrates
recomendava a Alcibíades que aproveitasse a sua juventude para ocupar-se de si
mesmo, pois, “com 50 anos, seria tarde demais”. Mas isso, numa relação que diz
respeito talvez ao enamoramento, na acepção de Francesco Alberoni e que não
pode “ocupar-se de si” sem a ajuda do outro. O exercício da morte, como evocado
na Antiguidade por Sêneca, consiste em viver a duração da vida como se fosse
tão curta quanto um dia e viver cada dia como se a vida inteira coubesse nele;
todas as manhãs, deve-se estar na infância da vida, mas deve-se viver toda a
duração do dia como se a noite fosse o momento da morte. Na hora de dormir,
afirma na extraordinária Carta 12, com um sorriso: “eu vivi”. Mas há uma
advertência, importantíssima na existência humana: “é preciso tempo para isso”.
E é um dos grandes problemas dessa cultura de si, fixar, no decorrer do dia ou
da vida, a parte que convém consagrar-lhe. Recorre-se a muitas fórmulas
diversas.
Podem-se
reservar, à noite ou de manhã, alguns momentos de recolhimento para o exame
daquilo que se fez para a memorização de certos princípios úteis, para o exame
do dia transcorrido; o exame matinal e vesperal dos pitagóricos se encontra,
sem dúvida com conteúdos diferentes, nos estoicos; Sêneca, Epicteto, Marco
Aurélio, fazem referência a esses momentos revigorados na plenitude da vida que
se deve consagrar a voltar-se para si mesmo.
Podem-se também interromper de tempos em tempos as próprias atividades
ordinárias e fazer um desses retiros que Musonius, dentre outros, recomendava
vivamente: eles permitem ficar face a face consigo mesmo, recolher o próprio
passado, colocar diante de si o conjunto da vida transcorrida, familiarizar-se,
através da leitura, com os preceitos e os exemplos nos quais se quer inspirar e
encontrar, graças a uma vida examinada, os princípios essenciais de uma conduta
racional. É possível ainda, no meio ou no fim da própria carreira, livrar-se de
suas diversas atividades e, aproveitando esse declínio da idade onde os desejos
ficam aparentemente apaziguados, consagrar-se inteiramente, como Sêneca, no
trabalho filosófico ou, como Spurrima, na calma de uma existência agradável, “à
posse de si próprio” no espaço e tempo sociais habituais. Esse tempo não é
vazio: ele é povoado por exercícios, por tarefas práticas, atividades diversas
que são ocupadas pelas reflexões de nosso dia a dia. Ocupar-se de si, de si não
é uma sinecura. Existem os cuidados com o corpo, os regimes
de saúde, os exercícios físicos sem excesso, a satisfação, possível, as necessidades.
Existem
as meditações, as leituras, as anotações que se toma sobre livros ou
conversações ouvidas, e que mais tarde serão relidas, a rememoração das
verdades que já se sabe, mas de que convém apropriar-se ainda melhor. Marco
Aurélio fornece, assim, um exemplo de “anacorese em si próprio”: trata-se de um
longo trabalho de reativação dos princípios gerais e de argumentos racionais
que persuadem a não se deixar irritar com os outros nem com os acidentes,
nem tampouco com as coisas. Tem-se aí um dos pontos mais importantes dessa
atividade consagrada a si mesmo. Ela não constitui simplesmente um mero
exercício da solidão; mas sim uma verdadeira prática sociológica. E isso, em
vários e amplos sentidos. Mas toda essa aplicação a si não possuía como único
suporte social a existência das escolas, do ensino e dos profissionais da
direção da alma; ela encontrava, facilmente, seu apoio em todo o feixe de relações
habituais de parentesco, de amizade ou de obrigação. Quando, no exercício
do cuidado de si, faz-se apelo a outro, o qual se advinha que possui aptidão
para dirigir e para aconselhar, faz-se uso de um direito; e é um dever que se
realiza quando se proporciona ajuda a outro ou quando se recebe com gratidão as
lições que ele pode dar na duração da vida. Acontece também do jogo entre os
cuidados de si e a ajuda do outro inserir-se em relações sociais preexistentes
às quais ele dá uma nova coloração e um sentido de calor expresso em
intensidade maior.
O
cuidado de si – ou os cuidados que se tem com o cuidado que os outros devem ter
consigo mesmos – aparece então como uma intensificação mais do que necessária
das relações sociais. É sobretudo neste sentido que Sêneca dedica um consolo à
sua mãe. Justamente no momento em que ele próprio está no exílio, para ajudá-la
a suportar essa infelicidade atual e, talvez, mais tarde, infortúnios maiores
sobre a solidão. O “cuidado de si” aparece, portanto, intrinsecamente ligado a
uma espécie de “serviço da alma” que comporta a possibilidade de um jogo de
trocas com o outro e de um sistema de obrigações recíprocas. Portanto é a
partir dela que, se tomarmos como analogia a reflexão realizada por Michel
Foucault para identificar as condições e possibilidades nas “formações
discursivas” entre arqueologia e história das ideias, pode-se agora inverter o
procedimento. Pode-se descer no sentido da corrente e, uma vez percorrido o
domínio das formações discursivas e dos enunciados, uma vez esboçada sua teoria
geral, correr para os domínios possíveis de sua aplicação. Recorrer sobre a
utilidade dessa análise que ele batizou de “arqueologia” recoloca o problema da
escansão do discurso segundo grandes unidades que não eram as das obras, dos
autores, dos livros ou dos temas. Sua singularidade refere-se ao fato social de
que em sua épistème “já existem muitos métodos capazes de descrever e analisar
a linguagem, para que não seja presunção querer acrescentar-lhes outro”. Ele já
havia mantido “sob suspeita”, expressão que Michel Foucault utiliza repetidas
vezes hic et nunc, unidades de discurso como no que se refere ao livro ou a
obra porque desconfiava que não fosse tão imediata e evidente quanto pareciam
ser no âmbito da pesquisa hermenêutica e propriamente filosófica.
Portanto,
será razoável opor-lhes unidades estabelecidas à custa de tal esforço, depois
de tantas hesitações e segundo princípios tão obscuros que foram necessárias
centenas de páginas para elucidá-los? E o que todos esses instrumentos acabam
por delimitar, esses famosos “discursos” cuja identidade eles demarcam,
coincide com as figuras chamadas “psiquiatria” ou “economia política” ou
“história natural” de que ele tinha empiricamente partido, e que serviu de
pretexto para remanejar esse estranho arsenal. Forçosamente, ele precisa agora
medir a eficácia descritiva das noções que tentou definir. Precisa saber se a
máquina funciona e o que ela pode produzir. O que pode, então, oferecer essa
“arqueologia”, que outras descrições não seriam capazes de dar? Qual é a
recompensa de tão árdua empresa, indagava o bravo filósofo. Hoje, em vista dos
acontecimentos inusitados a di-visão entre ironia e absurdismo. Poder-se-á
dizer em sua complementariedade que a originalidade da filosofia de Michel
Foucault reside justamente na forma como desfaz a oposição entre história e
analítica, entre argumentação descritiva e argumentação propositiva, porque
justamente o seu desígnio é fazer uma genealogia. Um estudo da
proveniência que identifica o lugar em que se deu um conflito e uma ruptura que
ainda exerce efeitos sociais específicos no nosso presente.
Se
adotarmos a segunda alternativa, então poderíamos sustentar que, a par da ética
da virtude, das regras e do utilitarismo, Foucault teria reafirmado uma
proposta ética que se encontrava esquecida, embora estivesse presente em
autores estudados na atualidade como Søren Kierkegaard, Friedrich Nietzsche,
por exemplo, e que se encontrava também presente, embora de uma forma difusa e
irrefletida, em inúmeras práticas, como as terapias, as artes e a militância
política enquanto práticas. O argumento mais forte a favor de uma leitura
programática do cuidado de si refere-se à dificuldade com que, desde o século
XIX, as sociedades ocidentais se deparam no desejo de reconstituir uma ética e
estética do eu. Com efeito, as noções que no passado atestavam essas práticas,
apesar de nos serem familiares, perderam o sentido e tornaram-se por isso,
esvaziadas de sentido e negativas. É o caso das expressões “retornar a si” e
“liberar-se”. Apesar dessas expressões serem ambíguas, regressamos sem
cessar ao tema da soberania do Eu ou da ética do Eu, que
chamou atenção da sociedade norte-americana.
O
desenho foi avançando ao longo do decorrer dos anos e incorporando-se
uma ou mais alhetas (quilhas) na parte traseira inferior para
melhorar a estabilidade direcional e melhorias na sua forma e materiais. As
tábuas estão feitas de espuma de poliuretano ou poliestireno coberto com capas
de fibra de vidro e de resina de poliéster ou epóxi. Em 11 de agosto de 1911,
Kahanamoku foi cronometrado em 55,4 segundos nas 100 jardas (91 metros) de
estilo livre, batendo o recorde mundial existente por 4,6 segundos, na água
salgada do porto de Honolulu. Pesquisas arqueológicas mostram que a área ao
redor do Porto de Honolulu era movimentada com atividade humana antes de 1100.
O primeiro navio europeu a entrar no Porto de Honolulu foi um escaler do
navio mercante britânico King George. O barco remou até o porto em 12 de
dezembro de 1786, comandado pelo Sr. Hayward e pilotado por Towanooha, servo de
um padre havaiano. Ele quebrou o recorde nas 220 jardas (200
m) e igualou nas 50 jardas (46 metros). Mas a Associação Atlética Amadora
(AAU), incrédula, diante da atividade intelectual criadora, não reconheceria
esses feitos realizadores até muitos anos depois. A AAU alegou que os juízes
deviam usar os mecanismos de “despertadores”, em vez de cronômetros, e, alegou que as correntes marítimas oceânicas ajudaram
Kahanamoku.
Ele
foi iniciado na maçonaria, aprovado e elevado ao grau sublime de Mestre Maçom
na Loja Maçônica Havaiana e também era um nobre (membro) da organização
fraterna Shriners. Os Jogos Olímpicos de Verão de 1912 realizaram-se em
Estocolmo, Suécia, entre 5 de maio e 27 de julho, com 2407 atletas de 28
nações, com a participação de apenas 48 mulheres. A participação reduzida de
mulheres nos Jogos Olímpicos de Verão de 1912, em Estocolmo, refletia a visão
predominante de seu tempo, sobre o papel participativo da mulher na sociedade,
que limitava sua presença em atividades públicas e esportivas. Acreditava-se
que as mulheres não eram aptas para o esforço físico exigido por esportes, e
que a participação em atividades esportivas prejudicaria a sua saúde e função social.
Abertos oficialmente pelo Rei Gustavo V, os já bastante concorridos,
prestigiados e famosos Jogos foram um modelo da eficiência sueca e o
primeiro a que compareceram atletas de todos os cinco continentes representados
na bandeira olímpica. Foi rei da Suécia de 1907 até sua morte em 1950. Era o
filho mais velho do rei Óscar II da Suécia e Noruega e da princesa Sofia de
Nassau. Dotados de uma estrutura física e comunicacional nunca vista,
estes foram os primeiros Jogos que utilizaram um moderno sistema tecnológico
de som como de alto-falantes espalhados pelo Complexo Olímpico e pela
cidade, para informar sobre os resultados individualizado de cada esporte.
Estocolmo
o maior e mais importante centro urbano, cultural, político, financeiro,
comercial e administrativo da Suécia desde o século XIII, usou pela primeira
vez um sistema de fotografias e cronometragem semi-eletrônica,
para marcação simultânea da relação entre os sucessivos tempos e movimentos sociais
cronológicos e movimentos de sincronização planejados na natação e atletismo.
Foram primus inter pares a enfatizar e consagrar a cerimônia
coreografada de Abertura do evento, antecipando a entrada das delegações
nacionais, realizada por 200 jovens vestidos de branco na área central do
gramado do Estádio Olímpico. Esta foi a última edição em que as formas das
medalhas douradas foram inteiramente confeccionadas de ouro. Portugal fez nesta
edição a sua estreia nos Jogos Olímpicos, onde um atleta de sua delegação teve
a fatalidade de proporcionar a mais triste nota da competição: o jovem fundista
Francisco Lázaro, carpinteiro de apenas 21 anos, morreu de desidratação,
seguida de ataque cardíaco após correr 30 km da Maratona e abandonar a prova.
Os pioneiros atletas portugueses participaram de provas no atletismo, luta e
esgrima, sem, obter sucesso almejado.
Oceano
é uma extensão de água salgada que cobre a maior parte da superfície planetária
da Terra. O oceano globalmente corresponde em torno de 97% da hidrosfera,
cobrindo aproximadamente 71% da superfície da Terra, demograficamente uma área
em torno de 361 milhões de km². Mais da metade desta área tem profundidades
superiores a 3 mil metros. Embora a noção de oceano globalmente, como um corpo
contínuo de água extraordinariamente, seja importante para a oceanografia, o
oceano terrestre, para efeitos práticos, é normalmente dividido em várias
partes demarcadas por continentes e grandes arquipélagos. Apesar do Oceano ser
um corpo de água único que recobre 71% da superfície terrestre, ele é
geograficamente dividido em regiões, devido a construções sócio-históricas,
culturais e científicas. Em 1915, iniciou suas atividades geográficas de
mapeamento global, National Geographic, antes Geographic Magazine,
é a revista oficial da National Geographic Society que identificou
quatro oceanos no mundo planetário da Terra: Atlântico, Pacífico, Índico e
Ártico. Em 8 de junho de 2021 oficializou-se a existência de um
quinto oceano, isto é, o Oceano Antártico, reconhecido por diversos
países em 1999, mas que devido algumas nações pertencentes à Organização
Hidrográfica Internacional não terem entrado em acordo quanto à essa
decisão histórica, a oficialização não havia ainda ocorrido. A primeira edição
da revista National Geographic foi em 1888, apenas nove meses
após a sociedade ter sido fundada.
A
característica principal da National Geographic, reinventando-se da publicação
baseada na linguagem textual mais próxima de uma revista científica, para uma
famosa revista de imagens pitorescas e exclusivas, começou na edição de janeiro
de 1905, com a publicação de várias fotos de página inteira realizadas no
Tibete em 1900-1901, por dois exploradores do Império Russo, Gombojab Tsybikov
(1873-1930), um explorador do Tibete de 1899 a 1902 e Norzunov Ovshe
(1877-1930), que se especializou em etnografia, estudos budistas e, depois de
1917, um importante educador e estadista na Sibéria e na Mongólia. Tsybikov é
creditado principalmente por ser o primeiro fotógrafo do Tibete, incluindo
Lhasa. A capa de junho de 1985, com a imagem da menina afegã de 13 anos de
idade, Sharbat Gula, se tornou “uma das imagens mais reconhecidas da revista”.
No final dos anos 1990 e 2000, vários anos de litígios sobre direitos autorais
da revista como um trabalho coletivo, forçou a National Geographic a retirar do
mercado o The Complete National Geographic, uma compilação digital de editorial
suas edições passadas da revista. Duas decisões de diferentes Cortes de
apelação federais já decidiram em favor da National Geographic em permitir uma
reprodução eletrônica da revista de papel e Suprema Corte dos Estados Unidos
negou Certiorari em dezembro de 2008. No direito da Common Law, o
termo Certiorari significa um writ (“ordem judicial”) originalmente,
ao determinar que juízes da corte inferior ou oficiais certifiquem e transfiram
o registro dos procedimentos para uma Corte superior. Em julho de
2009, a National Geographic anunciou versão do The Complete
National Geographic, contendo as edições catalogadas periodicamente da
revista de 1888 até dezembro de 2008.
Uma
versão atualizada foi lançada no ano seguinte, acrescentando as edições a
partir de 2009. Em 2006, o escritor da National Geographic, Paul Salopek, foi
preso e acusado de espionagem, ao entrar no Sudão sem visto de permanência.
Após a National Geographic e o Chicago Tribune, para quem Salopek também
escreve, montar uma defesa legal e criar um apelo logístico internacional para
o Sudão, Paul Salopek foi finalmente libertado. A revista comemorou seus 125
anos em outubro de 2013, com uma edição Especial de colecionador com o tema: “O
Poder da Fotografia”. A revista foi adquirida por 725 milhões de dólares (648
milhões de euros) pela companhia 21st Century Fox, integrada no grupo do
magnata australiano Rupert Murdoch. A National Geographic Society receberá uma
importante injeção de capital monetário em troca da cedência da sua publicação
mais importante. Na década de 1980, por exemplo, a versão em papel da revista
National Geographic tinha uma distribuição em torno de 12 milhões de exemplares
apenas nos Estados Unidos da América, enquanto que em 2015 tem 3,5 milhões de
assinantes e outros três milhões fora da distribuição dos consumidores
norte-americanos.
Metodologicamente
a discordância hidrográfica entre oceanos, estava associada ao fato social de
alguns geógrafos expertise defenderem que as águas da Antártica não
apresentariam características únicas o suficiente para merecerem um nome
próprio, sendo apenas compreendida ou referida como “uma extensão fria ao
Sul dos oceanos Pacífico, Atlântico e Índico”. Comparativamente o oceano
Antártico posteriormente reconhecido, apresenta cerca de 20 milhões de km² e
ganha em tamanho proporcionalmente do Oceano Ártico. Sua temperatura varia
entre 2 e 10 ºC, e ele é o único oceano a tocar três outros e abraçar
completamente um continente, e é nele que se origina a maior corrente do mundo,
isto é, a corrente que carrega o maior volume de água, a Circumpolar
Antártica. Esta corrente, originada aproximadamente a 34 milhões de anos,
quando a Antártica se separou geograficamente da América do Sul, é
importantíssima ecologicamente para garantir o equilíbrio climático do planeta,
uma vez que suas águas, menos salgadas e mais densas e frias, auxiliam no
armazenamento de carbono e também de nutrientes nas profundezas do oceano. Não
por acaso, ela carrega as águas dos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico,
ajudando na comunicação socialmente transferindo calor ao redor da
Terra.
Maya
Reis Gabeira nasceu no Rio de Janeiro em 10 de abril de 1987. É uma surfista
profissional brasileira, uma “big rider” bastante renomada pelos seus inúmeros
troféus conquistados ao redor do mundo. É filha do ex-deputado federal Fernando
Gabeira e da estilista Yamê Reis. Em fevereiro de 2020, bateu o recorde mundial
feminino após surfar a maior onda do mundo, o recorde foi de 22,4 metros em
Nazaré, Portugal. Maya começou a surfar em 2001, aos 14 anos, matriculando-se
numa escolinha de surfe na praia do Arpoador, no Rio de Janeiro. Começou a
competir aos 15 anos de idade e, aos 17, quando passou a “morar no Havaí,
conheceu o surf de ondas grandes e resolveu-se dedicar ao esporte”. Foi
vencedora do Billabong XXL Global Big Wave Awards por quatro vezes consecutivas
entre 2007 e 2010, na categoria Melhor Performance Feminina. Em 2008
tornou-se a primeira mulher a surfar no mar do Alasca. Em agosto de 2011, na
bancada de Teahupoo, no Tahiti, Maya “caiu durante uma manobra e foi atingida
por uma série de ondas, tendo de ser resgatada pela equipe de apoio”. Depois
desse episódio, a surfista passou a treinar apneia estática na piscina e
mergulho livre no mar, alcançando a marca de quatro minutos debaixo de água. Em
2012 venceu pela quinta vez o prêmio Billabong XXL Global Big Wave Awards.
No final de outubro de 2013, Maya tentava bater seu recorde de maior onda
surfada em Nazaré (Portugal), quando sofreu uma queda.
A formação da personalidade representa historicamente
um processo gradual, complexo e único a cada indivíduo. O termo é usado em
linguagem comum com o sentido de “conjunto das características marcantes de uma
pessoa”, de forma que se pode dizer que uma pessoa “não tem personalidade”;
essa utilidade de uso, no entanto leva em conta um conceito do “senso comum” e
não científico em psicologia social. Encontrar uma exata definição para termo
personalidade não é uma tarefa simples. O termo é usado na linguagem comum -
isto é, como parte da psicologia do senso comum - com diferentes significados,
e esses significados costumam influenciar as definições científicas do termo.
Assim, na literatura psicológica alemã persönlichkeit costuma ser usado de
maneira ampla, incluindo temas como inteligência; o conceito anglófono de
personality costuma ser aplicado de maneira mais restrita, referindo-se mais
aos aspectos sociais, culturais e emocionais do conceito referenciado do
alemão. Por outro lado, a criatividade, apesar ser um termo usual muito
difundido e discutido, é um construto social de difícil definição, porque cada
autor parece defini-lo de uma maneira claramente, mas particularmente
diferente. Alguns autores chegam mesmo a se perguntar se criatividade humana
não seria uma representação de conjunto de traços de personalidade “ao invés de
um só”.
A
atleta foi resgatada “inconsciente por Carlos Burle em um jet ski, que a puxou
até a areia da Praia do Norte, onde foi reanimada por socorristas”. Ela foi
levada ao hospital de Leiria apenas com um tornozelo quebrado. Leiria é uma
cidade portuguesa do distrito de Leiria, localizada na região do Centro,
pertence à sub-região da Região de Leiria e à histórica província da Beira
Litoral, com uma população de 55 074 habitantes em 2021. É sede do município
homônimo, tendo uma área total de 565,09 km2, 128 616 habitantes em 2021 e com uma
densidade populacional de 227 habitantes por km², subdividido em 18 freguesias;
o que faz dele o segundo concelho e a segunda cidade mais populosa das Beiras,
apenas superado por Coimbra. O município é limitado a Nordeste pelo município
de Pombal, a Leste por Ourém, a Sul pela Batalha e Porto de Mós, a sudoeste por
Alcobaça, a Oeste pela Marinha Grande e a Noroeste pelo oceano Atlântico. A
regra de apropriação do pensamento e expressão universalmente aceita, segundo a
qual o que é “social” não pode ser “individual” e o que é “individual” não pode
ser compreendido no âmbito “social” é um desses axiomas fossilizados que têm a
tendência a serem aceitos, na medida em que todos parecem aceita-los, mas que
desaparecem, como a roupa nova do rei quando na medida certa são examinados sem
preconceitos sociais.
As
sociedades não são nada além do que indivíduos conectados entre si; cada um dos
indivíduos é dependente de outros, de seu (deles e dele e dela) amor, de sua
língua, de seu conhecimento, de sua identidade, da manutenção da paz e de
muitas outras coisas. Até mesmo os conflitos de classe são também –
independentemente do que mais possam ser – conflitos entre seres humanos
individuais. E um conflito entre dois seres humanos, por mais que possam ser
algo único e pessoal, pode ser ao mesmo tempo representativo de uma luta entre
diversos estratos sociais, remontando a várias gerações. O que aqui se expõe é
o relato de um tal conflito. O material foi tomado em prestado da história. Não
seria difícil encontrar, em nossa própria época, um material do mesmo tipo. Mas,
como material para uma investigação paradigmática, é vantajosa a utilização de
um conflito ocorrido em uma outra época. Fora de dúvida, afirma Elias, as
paixões foram arrefecidas pela distância temporal. A história pode ser
construída sem que o narrador seja distraído pelos argumentos convencionais de
partidários e oponentes de sua própria época que, independentemente de sua
vontade, repercutiriam em seus ouvidos.
Além dos mais, nas sociedades passadas os seres humanos eram
habitualmente menos ambíguos. Em geral, não se deixava pairar nenhuma dúvida
sobre as linhas de divisão do trabalho social que atravessavam a sociedade, e
em que ponto da escala social alguém estava situado.
A ambiguidade do status, que pode surgir quando alguém ascende socialmente, tinha pouca influência sobre a avaliação centrada da posição estamental, feita pelos contemporâneos, em sociedades com uma camada aristocrática superior que atribuía grande valor à origem socialmente e “ao berço”. Não é, portanto, particularmente difícil estabelecer a hierarquia em um período passado e a posição nele ocupada por um determinado indivíduo, quando se observa bem o que seus contemporâneos tinham a dizer a respeito. A maioria das dificuldades possivelmente experimentadas pelos pesquisadores na reconstrução dessa hierarquia decorre do procedimento anacrônico utilizado: eles examinam as desigualdades de poder e status nas sociedades antigas como se elas tivessem necessariamente o mesmo caráter das existentes em sua própria sociedade. Um exemplo notável deste método de trabalho é a tendência atual de pretender descrever a desigualdade de poder e prestígio em geral em termos de classes sociais e estamentos. Tanto na literatura elizabetana e jacobita, sendo cristão ortodoxo monofisista da Igreja síria, na Inglaterra quanto na literatura francesa do mesmo período, de fato em todo o século XVII e em parte do século XVIII, essa divisão é mencionada. Essa separação estava ligada, na história da religião, mas não era idêntica, e nem poderia à divisão em estamentos, tais como na Inglaterra, entre a nobreza e os comuns. Pois, nem todos os cortesãos eram nobres, nem todos os membros da nobreza eram cortesãos.
Fernando Paulo Nagle Gabeira nascido em Juiz de Fora, Minas Gerais em 17 de fevereiro de 1941, é um jornalista, escritor e político brasileiro filiado ao Partido Verde (PV). Filho de Paulo Gabeira e de Isabel Nagle, Gabeira é descendente de imigrantes libaneses, cujo sobrenome foi aportuguesado a partir das transliterações Jabara ou Gebara. Gabeira começou sua carreira no jornalismo no fim da década de 1950 colaborando em periódicos de Juiz de Fora enquanto frequentava os estudos secundários. Desde aquela época já manifestava interesse pela arena política. Depois de um breve período em Belo Horizonte na década de 1960, mudou-se para a cidade do Rio de Janeiro, onde foi redator do Jornal do Brasil. Com o golpe militar de abril de 1964, Gabeira começou a atuar na resistência ao novo regime. É reconhecido pela sua atuação no Partido Verde brasileiro do qual é membro-fundador, defendendo posições polêmicas em questões consideradas como tabus na cultura brasileira, como por exemplo, a profissionalização da prostituição, o casamento homossexual e a descriminalização da maconha. É reconhecido também por ter participado da luta armada contra a ditadura militar como militante do Movimento Revolucionário Oito de Outubro.
Ele não era um guerrilheiro propriamente dito, mas trabalhava como repórter do Jornal do Brasil, no Rio de Janeiro. Em 1970, Gabeira foi preso na cidade de São Paulo. Resistiu à prisão e tentou fugir em direção a um matagal que existia por perto. Durante sua vida fora do país, casou-se com a sua companheira de militância política Vera Sílvia Magalhães. Já de volta ao Brasil, foi casado por dezesseis anos com a estilista Yamê Reis — com quem teve duas filhas: a psicóloga Tami e a surfista Maya Gabeira. O casal divorciou-se em 1999. Atualmente é casado com a empresária Neila Tavares. Gabeira é primo da também jornalista mineira Leda Nagle. Vários tiros foram disparados e um deles atingiu suas costas, perfurando rim, estômago e fígado. Encarcerado, recebeu a liberdade em junho do mesmo ano, tendo sido trocado com outros 39 presos pelo embaixador alemão Ehrenfried von Holleben, que também havia sido sequestrado. O grupo foi banido do país e exilado para a Argélia. Ao longo de quase uma década, esteve em vários países dentre os quais o Chile, a Suécia e a Itália. Na Suécia, onde passou a maior parte do exílio, formou-se em Antropologia na Universidade de Estocolmo e exerceu a profissão de repórter até a função de condutor de metrô em Estocolmo. Voltou ao Brasil em 1979 onde passou, então, a atuar como jornalista e escritor, defendendo o fim do regime militar.
Ao
retornar do exílio escreveu um livro chamado “O que é isso, companheiro?”
detalhando o sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick (1908-1983) do qual
participara às vésperas do 7 de setembro de 1969. O episódio foi justificado
pelos sequestradores como uma tentativa de pressionar o regime militar a
libertar quinze presos políticos ligados às organizações da esquerda política
consideradas clandestinas naquele momento histórico. A ação teve sucesso em
seus objetivos, uma vez que tais presos foram de fato libertados e exilados do
país, porém pelo menos dois dos sequestradores não resistiram à tortura após
serem capturados, enquanto outros foram obrigados a deixar o país. Por conta de
sua participação no sequestro do embaixador Charles Burke Elbrick, Gabeira não
pôde entrar nos Estados Unidos e seus territórios até 2009. Gabeira pediu uma
revisão do visto três vezes e foi negado a cada vez. Um filme de mesmo nome foi
realizado sobre o sequestro do embaixador norte-americano. Entretanto,
cinematograficamente, Fernando Gabeira é representado “como um jovem que ajuda
na ação armada, porém em realidade ele não tomou parte nos eventos mais
arriscados, como a captura do embaixador”. Tendo sido informado sobre a
operação apenas no dia do sequestro, sua atuação foi meramente circunstancial,
pois sua participação se restringiu a atuar como uma espécie de relações
públicas dos sequestradores, divulgando seu manifesto nos jornais e outros
veículos de comunicação. Após 1985, Fernando Gabeira passou a apoiar as causas
dos direitos das chamadas minorias e da questão ambiental.
Em
1980, lançou O crepúsculo do macho, uma continuação de O que é isso,
companheiro? Em 1981, lançou Entradas e bandeiras, livro no qual narra sua
volta ao Brasil e seu abandono da ideologia marxista, passando a lutar
por questões como “ecologia, prazer e liberdade sexual”. No mesmo ano, lançou Hóspede
da utopia, no qual aprofunda seu novo posicionamento ideológico. Em 1982,
lançou Sinais de vida no Planeta Minas, no qual conta as lutas
feministas contra a sociedade conservadora do estado brasileiro de Minas
Gerais, através das biografias de cinco mulheres mineiras. Entre elas, Dona
Beja e Ângela Diniz. Em Goiânia, rua 57 — o nuclear na terra do sol, lançado em
1987, Gabeira narrou o acidente radiológico ocorrido em Goiânia em setembro
daquele ano. Em 2000, lançou o livro A maconha, no qual discute a
descriminalização de seu uso, suas funções terapêuticas, o papel social que
desempenha etc. Em 2006, lançou o livro Navegação na neblina, sob uma
licença Creative Commons, tratando do Escândalo dos Sanguessugas, em 2005. Em
2012, o jornalista lançou o livro Onde Está Tudo Aquilo Agora. Em 2017,
lançou o livro Democracia Tropical: Caderno de um aprendiz, no qual
narra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, trazendo um
panorama sobre os últimos 30 anos da democracia brasileira.
A
cidade é banhada pelos rios Lis e pelo seu afluente, o Lena, sendo o castelo de
Leiria o seu monumento mais notável. O concelho recebeu o primeiro foral de D.
Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, em 1142, sob o nome de Leirena. O
feriado municipal é o dia 22 de maio e celebra a criação da diocese de Leiria,
no ano de 1545. A sua elevação a cidade ocorreu no dia 13 de junho do mesmo
ano. Leiria foi uma das cidades escolhidas para fazer parte do Euro 2004, e
graças a isso o seu estádio municipal sofreu uma profunda remodelação (obra
que, contudo, endividou muito o município, sujeitando-o a encargos a suportar
pelo menos durante duas décadas. Com uma gastronomia variada e com tradições
reconhecidas, o município tem uma história longa e rica, como o testemunham o
seu icônico castelo, ou outros monumentos, como o Santuário de Nossa Senhora da
Encarnação. Leiria dispõe ainda, nas fronteiras do seu concelho, das Termas de
Monte Real, de praias como a do Pedrógão, da Lagoa da Ervideira e da mata
municipal de Marrazes. Ficam relativamente perto as históricas cidades de
Ourém, Fátima, Pombal, Coimbra, bem como a estância balnear da Figueira da Foz,
a mais importante da região Centro. Outros centros urbanos ao sul do concelho,
como Caldas da rainha, Bombarral, Peniche, Óbidos, Nazaré, Alcobaça, e já no
Ribatejo Entroncamento, Tomar, Torres Novas e Rio Maior, são também próximos. Os
portos da Figueira da Foz e de Peniche distam cerca de 50 km e 80 km,
respectivamente. Dista cerca de 170 km da cidade do Porto e 136 km da cidade de
Lisboa.
Um
problema particular surge quando a teoria deve desbravar um território onde não
há mais discursos. A operação teorizante se encontra aí nos limites do
território onde funciona normalmente. É um espaço delimitado na natureza por um
grupo social ou indivíduo, animal ou humano. Território com o qual se
identificam & via de regra são identificados. Onde encontram e ou produzem
os meios materiais à sua existência. A interrogação teórica, não esquece, não
pode esquecer, que além da relação desses discursos, uns com os outros, existe
a sua relação comum com aquilo que eles tomaram cuidado para excluir de seu
campo para constituí-lo. Uma reflexão teórica não escolhe manter as práticas à
distância de seu lugar, de maneira que tenha de sair para analisa-las, mas basta-lhe
invertê-las para se encontrar em casa. Os procedimentos sem discurso são
coligidos e fixados e uma região que o passado organizou e que lhes dá o papel,
determinante da teoria, de ser constituídos em “reservas” selvagens para o
saber abstrato e policompetente da ciência esclarecido. À medida em que a razão
que surgiu da Aufklärung ia determinando suas disciplinas, suas
coerências e seus poderes sociais. A distinção realmente não se refere mais
essencialmente ao binômio tradicional que divide o abstrato do concreto,
especificado pela separação entre a especulação imaginária que decifra o livro
do cosmos, e as aplicações concretas, mas visa duas operações diferentes, uma
discursiva (na e pela linguagem) e a prática não discursiva.
Desde o século XVI, a ideia de método abala progressivamente a relação prática entre o conhecer e o fazer, impõe-se o esquema fundamental de um discurso que organiza a maneira de pensar em maneira de fazer, em gestão racional de uma produção e em operação regulada sobre campos apropriados. Fato notável, desde o século XVIII e no decorrer do século XIX, os etnólogos ou os historiadores da ciência ou da técnica consideram as técnicas respeitáveis em si mesmas. Destacam aquilo que fazem. Não sentem necessidade exclusivamente de interpretar. Basta descrever. Enquistada na particularidade, desprovida das generalizações que fazem a competência exclusiva do discurso, a arte nem por isso deixa de formar um “sistema” e organizar-se por “fins” – dois postulados que permitem a uma ciência e a uma ética conservar em seu lugar o discurso “próprio” de que está privada, isto é, escrever-se no lugar e em nome dessas práticas. A arte constitui em relação à ciência um saber em si mesmo essencial, mas ilegível sem ela. Entre a ciência e a arte, considera-se não uma alternativa, mas a complementaridade e, se possível, a articulação. O lugar que lhe foi atribuído é relativo ao trabalho que, de um lado isolou da arte as suas técnicas e, de outro, “geometrizou” e matematizou essas técnicas. No saber-fazer se conseguiu aos poucos isolar a performance individual e isto se “aperfeiçoou” em máquinas que constituem combinações controláveis de formas materiais e forças sociais.
Esses “órgãos técnicos” são retirados da competência manual e colocados num espaço próprio a subordinar-se ao domínio de uma tecnologia. E agora o saber-fazer se acha lentamente privado daquilo que o articulava objetivamente num fazer. Aos poucos essas técnicas lhe são tiradas para serem transformadas em máquinas, e então o saber-fazer parece retirar-se para um saber no plano subjetivo, separado através da divisão do trabalho social e da particularidade da linguagem de seus procedimentos científicos. A otimização técnica do século XIX, indo inspirar-se no tesouro das artes e ofícios para criar os modelos, pretextos ou regras obrigatórias para suas invenções mecânicas, deixa às práticas cotidianas apenas um solo privado de meios ou de produtos próprios. Ela o constitui em região folclórica ou em uma terra duplamente silenciosa, sem discurso verbal como outrora e agora sem linguagem manual. O “retorno” dessas práticas na narração, segundo Michel de Certeau, está ligado a um fenômeno mais amplo, e historicamente menos determinado, que se poderia designar como “estetização do saber” implícito no exatamente sob a condição social de saber-fazer. Separado de seus procedimentos, este saber é considerado um “gosto” ou um “tato”, quem sabe mesmo “genialidade”. A ele se emprestam os caracteres sociais de uma intuição ora artística, ora reflexa. Trata-se, como se costuma dizer, de um conhecimento que não se conhece.
Este “fazer cognitivo” não viria acompanhado de uma autoconsciência hegelianamente que lhe desse um domínio por meio de uma reduplicação ou “reflexão” interna. Entre a prática e a teoria, esse conhecimento ocupa ainda uma “terceira” posição, não discursiva, mas primitiva. Acha-se recolhido, originário, como uma “fonte” daquilo que se diferencia e se elucida mais tarde. Trata-se de um saber não sabido. Há, nas práticas, um estatuto análogo aquele que se atribui às fábulas ou aos mitos, como os dizeres de conhecimentos que não se conhecem em si mesmos. Tanto num caso como no outro, trata-se de um saber sobre os quais os sujeitos não refletem. Dele dão testemunho sem poderem apropriar-se dele. São afinal locatários e não os proprietários do seu próprio saber-fazer. A respeito deles não se pergunta se há saber (supõe-se que deva haver), mas este é sabido apenas por outros e não por seus portadores. Tal como o dos poetas ou pintores, o saber-fazer das práticas cotidianas não seria reconhecido senão pelo intérprete que o esclarece no seu espelho discursivo, mas que não o possui tampouco. Não pertence a ninguém. Fica circulando entre a inconsciência dos praticantes e a reflexão cotidiana dos não praticantes. Trata-se de um saber anônimo referencial, uma condição de possibilidade das práticas técnicas ou sociais eruditas.
Bibliografia
Geral Consultada.
VAN GENNEP, Arnold, Os Ritos de Passagem. Petrópolis (RJ): Editoras Vozes, 1978; DIDI-HUBERMAN, Georges, Ce Que Nous Coyons, Ce Qui Nous Regarde. Paris: Les Éditions de Minuit, 1992; MANISCALCO, Fabio, Il Nuoto nel Mondo Greco Romano. Nápoles: Massa Editore 1993; COLEMAN, Stuart Holmes, Eddie Would Go: A História de Eddieu Aikau, Herói Havaiano. 2ª edição. Rio de Janeiro: Editora Gaia, 2004; GREEN, Naima, Surfing: Rules, Tips, Strategy, and Safety.1ª edição. New York: The Rosen Publishing Group, 2005; ELIAS, Norbert, “Estudos sobre a Gênese da Profissão Naval”. In: Escritos & Ensaios (1): Estado, Processo, Opinião Pública. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2006; pp. 69-113; LATOUR, Bruno, Reensamblar lo Social: Una Introduction a la Teoría del Actor-red. Buenos Aires: Ediciones Manantial, 2008; MARTINS, Fernando Cabral, Dicionáro de Fernando Pessoa e do Modernismo Português. São Paulo: Editora Leya, 2010; GUIMARÃES, Rui Enes, Estilo de Vida, Saúde e Surf: Análise do Contributo do Surf para o Estilo de Vida dos seus Praticantes. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Desporto. Porto: Universidade do Porto, 2011; FOUCAULT, Michel, Vigiar e Punir. Nascimento da Prisão. 42ª edição. Petrópolis (RJ): Editoras Vozes, 2014; RAMOS, Pedro Manuel Lima, Surf como Promotor de Preservação Ambiental: Estudo de Caso do Litoral Português. Dissertação de Mestrado em Economia e Gestão do Ambiente. Faculdade de Economia. Porto: Universidade do Porto, 2014; MARCHI, Kátia Bortolotti, Do Surf ao Tow-in: Do Processo Civilizador à Sociedade de Risco. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Educação Física. Setor de Ciências Biológicas. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 2017; SOUSA, Diogo André Reis, Ondas Gigantes na Nazaré: Estudo sobre as Condições Ideais de Ocorrência. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Ciências. Ciências Geofísicas (Modalidade Oceanografia). Lisboa: Universidade de Lisboa, 2018; LAIRD, Hamilton, Life Rider: Coração, Corpo, Alma e Vida além do Oceano. Nova York: Editor Rodale Press, 2019; NEVES, Pedro Fernandes, A Economia Local do Surf e o Desenvolvimento de Pequenas Cidades - O Caso de Peniche. Dissertação de Mestrado. Instituto de Geografia e Ordenamento de Território. Faculdade de Arquitetura. Lisboa: Universidade de Lisboa, 2021; Artigo: “Gigantes de Nazaré: Acidentes Chocam, Mas Reforço na Segurança e Novo Formato Protegem Surfistas”. In: https://ge.globo.com/surfe/noticia/2025/04/06/; entre outros.
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