“Se não existe vida fora da Terra, então o universo é um grande desperdício de espaço”. Carl Edward Sagan
Carl Edward Sagan (1934-1996) foi im cientista planetário, astrônomo, astrobiólogo, astrofísico, escritor e ativista norte-americano. Sagan é autor de mais de 600 publicações científicas e também de mais de vinte livros de ciência e também ficção científica. Nasceu no Brooklyn, Nova Iorque, em uma família de judeus ucranianos. Seu pai, Samuel Sagan, era um operário da indústria têxtil nascido em Kamenets-Podolsk, Ucrânia. Sua mãe, Rachel Molly Gruber (1906-1982), era uma doméstica de Nova Iorque. Carl Sagan recebeu este nome em homenagem à sua avó, mãe biológica de sua mãe, Chaiya Clara Klein Gruber (1876-1909): “A mãe que ela nunca conheceu” nas palavras de Sagan que concluiu o Ensino Médio na escola Rahway High School, em Nova Jérsei, Estados Unidos da América em 1951. Sagan tinha uma irmã, Carol, e ele e sua família viviam em um modesto apartamento em Bensonhurst, um bairro do Brooklyn. De acordo com Sagan, eles eram judeus reformistas, o mais liberal dos três grupos do Judaísmo. Ambos, Carl e Carol, concordavam que seu pai não era especialmente religioso, porém sua mãe “definitivamente acreditava em Deus, e participava ativamente no templo... e se servia apenas de carne Cashrut”. Durante o auge da Grande Depressão, ou Crise de 1929, seu pai trabalhou como porteiro de cinema. Segundo Keay Davidson, a personalidade de Sagan resulta de suas estreitas relações com os pais às vezes opostos um do outro.
Sua mãe tinha sido uma mulher que reconheceu a “extrema pobreza enquanto criança”, e tinha crescido quase como uma “sem teto em meio à cidade de Nova Iorque durante a Primeira Grande Guerra na década de 1920”. Tinha suas próprias ambições intelectuais ainda jovem, mas estes sonhos foram bloqueados por certas restrições sociais, principalmente a pobreza, e por ela ter se tornado mãe e esposa, além da questão judaica. Davidson observa que “adorava seu único filho, Carl. Ele iria realizar seus sonhos não realizados”. Seu “sentimento de admiração” veio do pai, um fugitivo do Czar, utilizado pelos soberanos russos, no período de duração do Império Russo, entre 1547 e 1917. Em seu tempo livre, dava “maçãs aos pobres, ou ajudava a suavizar as tensões entre patrões e operários na tumultuada indústria têxtil de Nova Iorque”. Ainda que intimidado pelo brilhantismo de Carl, por suas infantis perguntas sobre estrelas e dinossauros, Samuel Sagan ajudou a transformar a curiosidade de seu filho em parte de sua educação. Em seus últimos anos como cientista e escritor, Sagan usava suas memórias de infância para ilustrar questões científicas, como fez em seu livro: Shadows of Forgotten Ancestors (1965). Sagan descreveu a influência dos seus pais em sua forma de pensar dizendo: - “Meus pais não eram cientistas. Eles não sabiam quase nada sobre ciência. Mas ao me introduzirem simultaneamente ao ceticismo e ao saber, ensinaram-me os dois modos de pensamento coexistentes e essenciais para o método científico”.
Foi durante a vida um grande defensor do ceticismo e do uso do método científico. Promoveu a busca por inteligência extraterrestre através do projeto SETI e instituiu o envio de mensagens a bordo de sondas espaciais, destinadas a informar possíveis civilizações extraterrestres sobre a existência humana. Mediante suas observações da atmosfera de Vênus, foi um dos primeiros cientistas a estudar o efeito estufa em escala planetária. Também fundou a organização não governamental Sociedade Planetária e foi pioneiro no ramo da exobiologia. Passou grande parte da carreira como professor da Universidade Cornell, onde foi diretor do Laboratório de Estudos Planetários. Em 1960 obteve o título de doutor pela Universidade de Chicago, onde participou Ryerson Astronomical Society, graduando-se em artes, em 1954, e com honras especiais e gerais em ciências, em 1955. Obteve um Mestrado em Física em 1956 e, por fim, tornou-se doutor em astronomia e astrofísica, em 1960. Durante seu período na faculdade, Sagan trabalhou em um laboratório com o geneticista Hermann Joseph Muller. De 1960 a 1962, Sagan desfrutou da Miller Fellows um programa dos bolsistas de pesquisa da Universidade da Califórnia em Berkeley. De 1962 a 1968, trabalhou no Observatório Astrofísico Smithsonian em Cambridge, Massachusetts, Estados Unidos da América.
Carl Sagan lecionou na Universidade Harvard até 1968, ano em que ele se
juntou à Universidade Cornell, em Ithaca, estado de Nova Iorque. Em 1971, foi
nomeado professor Titular e diretor do laboratório de estudos planetários. De
1972 a 1981, foi diretor associado ao Centro de Radiofísica e Investigação
Espacial de Cornell. Juntamente ao seu cargo de professor Titular, Sagan
ministrou um curso de pensamento crítico na Universidade Cornell até sua morte,
em 1996. Sagan é reconhecido por seus livros de divulgação científica e pela
premiada série televisiva de 1980: Cosmos: Uma Viagem Pessoal, que ele
mesmo narrou e, além disso, é coautor. O livro Cosmos foi publicado institucionalmente
para complementar a série. Escreveu o romance Contact, que serviu de
base para um filme homônimo de 1997. Em 1978, ganhou o Prémio Pulitzer de Não
Ficção Geral pelo seu livro: The Dragons of Eden. Ao longo de sua vida,
recebeu vários prêmios e condecorações pelo seu trabalho de divulgação
científica. Sagan é considerado um dos divulgadores científicos mais
carismáticos e influentes da história, graças a sua capacidade de transmitir as
ideias científicas e os aspectos culturais ao público não especializado. Morreu
aos 62 anos, de pneumonia, depois de dois anos com uma rara e
grave doença na medula óssea chamada mielodisplasia.
Exploração
espacial representa o conjunto de esforços do homem que visam a exploração do
espaço e de seus corpos celestes. Enquanto o estudo do espaço, estrelas, e
outros astros, é realizada principalmente por astrônomos com instrumentos
materiais, a exploração física do espaço é realizada tanto por sondas robóticas
não tripuladas, quanto por voos espaciais tripulados. Os corpos celestes e
astros sempre foram motivo de grande fascinação na humanidade. Há
registros de gregos, mesopotâmicos e astecas de várias notícias celestes. Na Era contemporânea, vários cientistas deram grandes contribuições
para que o sonho de explorar o espaço pudesse se tornar realidade, como o russo
Konstantin Tsiolkovsky, o alemão Hermann Oberth e o norte-americano Robert
Goddard. Antes da 2ª guerra mundial (1939-1945) não havia um esforço
conjunto que tivesse por objetivo a exploração física do espaço, mas foi durante a chamada Guerra Fria, com o início da Corrida
Espacial, que os Estados Unidos da América e a União Soviética começaram a demonstrar superioridade na inédita exploração do espaço. No ano de 1687,
Isaac Newton publicou sua obra Princípios Matemáticos da Filosofia Natural,
dando início à compreensão da realidade física através de leis físicas e
matemáticas. Nela, estão descritas praticamente todos os conhecimentos que
Newton tinha sobre física, mecânica, astronomia etc. Com a publicação deste
livro, surgiu a possibilidade da exploração espacial. Em 1865, o
escritor Júlio Verne publicou o livro Da Terra à Lua,
descrevendo uma missão espacial no satélite natural da Terra, cujo transporte
seria realizado pelo canhão Columbia.
Essa
obra, extraordinária, mesmo sendo uma ficção científica, possui muitos detalhes
técnicos que, inclusive, revelam semelhanças com a missão Apollo 11. No
ano de 1889, Vincent van Gogh pintou uma de suas mais aclamadas obras, A
Noite Estrelada, em que se pode perceber a admiração do artista por astros,
estrelas e corpos celestes. Na França, no ano de 1902, Georges Méliès (1861-1938)
criou um dos primeiros filmes de ficção científica, em que descrevia abstratamente
uma incrível viagem à Lua, chamado Le Voyage dans la Lune. Em 1903, o
físico russo Konstantin Tsiolkovsky publicou teorias possíveis de serem
aplicadas para colocar foguetes em órbita, além de realizar cálculos das
velocidades necessárias para colocar satélites em órbita. Alguns anos depois,
em 1914, o inventor americano Robert Goddard patenteou o primeiro projeto de um
foguete de combustão. Ainda no século
XVI, a observação dos astros era frequentemente realizada a olho nu, e quando era manipulada com algum instrumento, ocorria por meio de instrumentos relativamente pouco
eficientes. No século XVII, Hans Lippershey, fabricante de lentes dos Países
Baixos, inventou a luneta. Na época da criação a Holanda estava em guerra com a
Espanha. O príncipe Holandês achou aquela invenção muito interessante, pois
permitia “observar a movimentação dos países inimigos”. Tempos depois,
Galileo Galilei construiu sua luneta astronômica que
revolucionou a astronomia.
A palavra planeta em grego quer dizer “astro errante”. Depois da invenção do telescópio, outros dois planetas do Sistema Solar foram descobertos: Urano em 1781 por William Herschel (1738-1822), e Netuno em 1846 por previsão de Urbain Jean Joseph Le Verrier (1811-1877) e John Couch Adams (1819-1892). Plutão foi descoberto em 1930 por Clyde William Tombaugh (1906-1997), e classificado astronomicamente até agosto de 2006 como sendo “o nono planeta do sistema solar”. Desde então a União Astronômica Internacional (UAI) reclassificou Plutão como “planeta anão”, quer dizer, constituindo uma nova categoria cosmológica de corpos do sistema solar, na qual também foram encaixados Ceres, o maior objeto do cinturão de asteroides entre as órbitas de Marte e Júpiter, e Éris o maior asteroide do cinturão de Kuiper. Informações sobre asteroides são dadas em Corpos Menores do Sistema Solar. O sistema solar contém, além dos planetas e dos planetas anões, um grande número de corpos menores, entre os quais estão incluídos os satélites e anéis dos planetas, os asteroides, os meteoroides e os cometas. Os nomes dos planetas representam uma homenagem à beleza dos deuses romanos: Júpiter, deus dos deuses; Marte, deus da guerra; Mercúrio, mensageiro dos deuses; Vênus, deusa do amor e da beleza; Saturno, pai de Júpiter, deus da agricultura; Urano, deus do céu e das estrelas, Netuno, deus do Mar e Plutão, deus do inferno.
Clyde Tombaugh nasceu em Streator,
Illinois, Estados Unidos da América, a 4 de fevereiro de 1906. Ainda criança, mudou-se com
sua família para uma fazenda no Kansas, mas não tinha vocação para os trabalhos
do campo. Queria olhar o céu. Então, passou a construir seus próprios
equipamentos, começando por um telescópio refletor de 9 polegadas à base de
sucatas, o qual lhe permitiu fazer imagens dos planetas Marte e Júpiter, que
foram enviadas para o Observatório Lowell. O diretor deste Observatório, Vesto
Melvin Slipher (1875-1969), gostando da qualidade dos desenhos de Tombaugh,
convidou-o, em 1929, a trabalhar numa série de fotografias usando um
telescópio refrator de 32,5 cm. Foram feitas várias chapas, sendo que aquelas
compreendidas no período de 23 a 29 de janeiro de 1930 revelaram um tênue
ponto, de magnitude 17, deslocando-se entre as estrelas da constelação de
Gêmeos. Era o planeta Plutão. Esta descoberta foi anunciada no dia 13 de março
de 1930. Como a massa deste planeta não era suficiente para explicar as
perturbações sofridas por Netuno, Tombaugh continuou seu trabalho na busca de
um possível décimo planeta. Isto acabou lhe permitindo vasculhar o céu por
muitos anos e fazer várias descobertas de aglomerados estelares, estrelas
variáveis, novas, nebulosas e alguns planetoides. Recebeu homenagens de
diversas universidades norte-americanas, dentre elas a distinção como Professor
Emérito da Universidade do Novo México, em 1973. Clyde Tombaugh, próximo aos 91 anos, faleceu no dia 19 de janeiro de 1997 em casa em Las Cruces, Novo México.
Entre as suas investigações Vesto Melvin Slipher destaca-se por ter medido pela primeira vez a velocidade radial de uma galáxia e por ter descoberto a existência de gás e poeiras no meio interestelar. Seu irmão, Earl Charles Slipher (1883-1894), também foi astrônomo. Earl Slipher nasceu em Mulberry, Indiana, e estudou na Universidade de Indiana. Trabalhou no Observatório Lowell, em Flagstaff, Arizona, onde chegou a ser diretor entre 1916 e 1952. Utilizou o espectroscópio para investigar os períodos de rotação dos planetas e a composição das atmosferas planetárias. Em 1912 observou notadamente pela primeira vez o deslocamento das linhas espectrais numa galáxia, neste caso, a galáxia de Andrómeda, podendo obter assim a primeira determinação da velocidade radial de uma galáxia. Também descobriria que as galáxias espirais sofrem rotação. Em 1909 obteve dados que confirmavam a existência de grandes quantidades de gás interestelar, ideia postulada um ano antes por Jacobus Kapteyn (1851-1922). Em 1912 descobriu a poeira interestelar depois de descobrir que uma nebulosa do aglomerado aberto das Pleiades refletia a luz da estrela próxima, Mérope. Dita nebulosa representava ao mesmo tempo um novo tipo de nebulosas, as “nebulosas de reflexão”. Em 1927 começou a busca de um possível planeta que explicasse as “perturbações observadas” nas órbitas de Urano e Netuno. Em 1930 Clyde Tombaugh, que fazia parte do engajamento científico pessoal, descobre Plutão, ainda que seu tamanho não explicasse as tantas irregularidades observadas. Retirou-se da Astronomia em 1954 e morreu em 1969, em Flagstaff, Arizona nos Estados Unidos da América.
O Sistema Solar, de acordo com a teoria “mais aceita”, teve origem a partir de uma nuvem molecular que, por alguma “perturbação gravitacional”, entrou em colapso e formou a estrela central, enquanto seus remanescentes geraram os demais corpos. Em sua configuração atual, todos os componentes descrevem órbitas praticamente elípticas ao redor do Sol, constituindo um sistema dinâmico no qual os corpos estão em mútua interação mediada sobretudo pela força gravitacional. A sua estrutura tem sido objeto de estudos desde a antiguidade, mas somente há cinco séculos a humanidade reconheceu o fato de que o Sol, e não a Terra, constitui o centro do movimento planetário. Desde então, a evolução dos equipamentos de pesquisa, como telescópios, possibilitou uma maior compreensão do sistema. Entretanto, detalhes sem precedentes foram obtidos somente após o envio de sondas espaciais a todos os planetas, que retornam imagens e dados com uma precisão nunca antes alcançada. O Sistema Solar compreende o conjunto constituído pelo Sol e todos aqueles corpos celestes que estão sob seu domínio gravitacional. A estrela central, maior do sistema, respondendo por mais de 99,85% da massa total, gera sua energia “através da fusão de hidrogênio em hélio, dois de seus principais constituintes”.
A UAI foi fundada em 1919, com o aparecimento de vários projetos incluindo a Carte Du Ciel, carta celeste ou mapa celeste é um mapa do céu. Os astrônomos costumam dividi-las em grades para usá-las mais facilmente. São usadas para identificar e localizar objetos astronômicos como estrelas, constelações e galáxias, e têm sido usadas para a navegação humana desde tempos antigos. Uma carta celeste difere-se de um catálogo astronômico, que é uma lista ou uma tabulação de objetos astronômicos para um propósito particular, o Solar Union, ou União Internacional para Cooperação em Pesquisa Solar foi uma organização internacional dedicada à pesquisa solar entre 1905 e 1913. É uma das organizações precursoras da União Astronômica Internacional e o International Time Bureau. Sediado no Observatório de Paris, era o escritório internacional responsável por combinar diferentes aspectos de medidas do Tempo Universal. O Departamento também desempenhou um papel importante na pesquisa de manutenção do tempo e campos correlacionados como sobre a rotação da Terra, referenciais e tempo atômico. Em 1987, as responsabilidades burocráticas e científicas do Bureau foram assumidas pelo Bureau Internacional de Pesos e Medidas e pelo Serviço Internacional de Rotação da Terra e Sistemas de Referência.
O Tempo Universal Coordenado um meio-termo estratégico entre o idioma inglês Coordinated Universal Time e o idioma francês Temps Universel Coordonné, também reconhecido como “tempo civil, tem como representação o fuso horário de referência a partir do qual se calculam todas as outras zonas horárias do mundo. Corresponde à hora de inverno de Portugal Continental e Arquipélago da Madeira e à hora de verão do Arquipélago dos Açores. O Parlamento Europeu decidiu que para todos os países da União Europeia seria uniformemente estabelecido que a hora de verão Daylight Savings Time (DST) se inicia às 02h00 UTC do último domingo do mês de março, sendo acrescida de uma hora, e termina às 02h00 UTC do último domingo do mês de outubro. Em relação ao horário de Brasília, o Tempo Universal Coordenado está três horas adiantado. Isto é: 23:38 em Brasília → 02h38min no padrão UTC. É o sucessor do Tempo Médio de Greenwich (Greenwich Mean Time), cuja sigla é GMT. A nova denominação foi cunhada para eliminar a inclusão de uma localização específica num padrão internacional, assim como para basear a medida do tempo nos padrões atômicos, mais do que nos celestes. Ao contrário do GMT, o UTC não se define pelo Sol ou as Estrelas, mas é sim uma medida derivada do Tempo Atômico Internacional (TAI).
Devido ao fato social sideral de o tempo de rotação da Terra oscilar em relação ao tempo atômico, o UTC sincroniza-se com o dia e a noite de UT1, ao que se soma ou subtrai “segundos de salto” (leap seconds) quando necessário. Os segundos de salto são definidos, por acordos internacionais, para o final de junho ou de dezembro como primeira opção e para os finais de março ou setembro como segunda opção. Até hoje, somente junho e dezembro foram escolhidos como meses para ocorrer um segundo de salto. A entrada em circulação dos segundos de salto é determinada pelo Serviço Internacional de Sistemas de Referência e Rotação da Terra (IERS), com base nas suas medições da rotação da Terra. No uso informal, quando frações de segundo não são importantes, o GMT pode ser considerado equivalente ao UTC. Em contextos mais técnicos é geralmente evitado o uso de “GMT”. UTC é uma variante do tempo universal (universal time, UT) e o seu modificador C (para coordenado) foi incluído para enfatizar que é uma variante de UT. Pode-se considerar como uma solução conciliatória entre a abreviatura inglesa CUT e a francesa TUC. Os tempos UTC de alta precisão só pode ser determinados uma vez, sendo conhecido o tempo atômico, que se estabelece mediante a reconciliação das diferenças observadas entre um conjunto de relógios atômicos mantidos por um determinado número de oficinas do tempo nacionais. Isto é feito sob coordenação do Escritório Internacional de Pesos e Medidas. Não obstante, os relógios atômicos são tão exatos que só os mais precisos computadores necessitam usar estas correções; e a maioria dos utilizadores de serviços de tempo utilizam os relógios atômicos que tenham sido previamente configurados como UTC, para estimar a hora.
A Terra interage com outros objetos em movimento no espaço, em particular com o Sol e a Lua. A Terra orbita o Sol uma vez por cada 366,26 rotações sobre o seu próprio eixo, o que equivale a 365,26 dias solares ou representa um (01) ano sideral. O eixo de rotação da Terra possui uma inclinação de 23,4° em relação à perpendicular ao seu plano orbital, reproduzindo variações sazonais na superfície do planeta, com período igual a um ano tropical, ou, 365,24 dias solares. A Lua é o único satélite natural reconhecido da Terra. O atual modelo consensual para a formação da Lua é representado pela hipótese do grande impacto. É uma hipótese astronômica que postula a formação da Lua através do impacto de um planeta com aproximadamente o tamanho da massa de Marte, reconhecido como Theia, com a Terra. Ela é responsável pela formação das marés, estabiliza a inclinação axial da Terra e abranda gradualmente a rotação do planeta. A Lua pode ter afetado dramaticamente o desenvolvimento da vida social e psíquica ao moderar o clima do planeta. Evidências paleontológicas e simulações de computador demonstram que a inclinação axial do planeta é estabilizada pelas interações cíclicas de maré com a Lua.
Representação artística que demonstra
o Sol e os oito planetas do Sistema Solar: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte,
Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Nessa imagem o tamanho dos planetas está em
escala; as distâncias entre eles, não. A chamada corrida espacial envolveu
esforços pioneiros no lançamento de satélites artificiais, voo espacial
tripulado suborbital e orbital em torno da Terra e viagens tripuladas à Lua. A
competição efetivamente começou com o lançamento do satélite artificial
soviético Sputnik 1 em 4 de outubro de 1957 e concluiu-se com o projeto
cooperativo Apollo-Soyuz em julho de 1975. O Projeto de Teste
Apollo-Soyuz passou então a simbolizar uma flexibilização parcial das
relações tensas entre a União das Repúblicas Socialistas Soviética e os Estados
Unidos da América. A corrida espacial teve suas origens na corrida armamentista
que ocorreu logo após o fim da 2ª guerra mundial, quando tanto a União
Soviética quanto os Estados Unidos capturaram a tecnologia e especialistas de
foguetes avançados alemães. As consequências realizaram aumento sem precedentes
nos gastos com educação e pesquisa, acelerando avanços científicos sobre
tecnologias benéficas para a civilização. Algumas sondas e missões incluem os projetos
Sputnik 1, Explorer 1, Vostok 1, Mariner 2, Ranger 7, Luna 9, Apollo 8 e Apollo
11. Wernher von Braun foi um dos próceres no pensamento e desenvolvimento de
tecnologias aplicadas de foguetes para a Alemanha.
Embora
alegasse neutralidade de seu envolvimento com a política alemã fosse apenas
visando não interromper a questão axiológica das pesquisas espaciais e
proteger-se de caçadas anticomunistas. Pioneiro e visionário das viagens
espaciais, é reconhecido por ter liderado o projeto aeroespacial
norte-americano durante a chamada Corrida Espacial, tendo trabalhado
como projetista chefe do primeiro foguete de grande porte movido a combustível
líquido, e além disso, produzido em série, o Aggregat 4, e por liderar o
desenvolvimento do foguete Saturno V, que levou os astronautas dos Estados
Unidos da América à Lua, em julho de 1969. Sua contraparte e rival, político do
lado soviético, foi o engenheiro Sergei Korolev (1906-1966), um notável
ucraniano e o principal projetista de foguetes e de aeronaves soviético durante
a corrida espacial entre a União Soviética versus Estados Unidos durante
os anos 1950 e 1960. Korolev é considerado do ponto de vista do valor-trabalho
“o pai da astronáutica soviética”. Antes de sua súbita morte em 1966, a União
Soviética liderava a “corrida espacial”, e os planos para colocar o primeiro
homem na lua haviam começado a serem implementados.
Os Estados Unidos da América, em
contrapartida, o fizeram através de um desafio ideológico do presidente John F.
Kennedy. Segundo o professor James Onnig, em 1961, no afã da conquista, a
Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a internacionalização do espaço,
e em 1967, foi assinado o Tratado de Uso do Espaço Cósmico. O documento
foi importante já que todos os países aceitaram a ideia de que nenhum país ou
empresa poderia se declarar de determinada parte dessa nova fronteira. O
problema é que o espaço cósmico está em certo sentido congestionado. Estima-se
que sejam mais de 30 mil objetos lançados, 6. 800 toneladas de lixo espacial,
19 mil fragmentos que já caíram na Terra e uma infinidade de eventos
preocupantes. Mas do ponto de vista da Física é quase nada. O princípio que
norteou essa tragédia foi o da extraordinária Big Sky Theory. O espaço
cósmico é tão grande que caberiam todos os experimentos concomitantemente:
satélites, objetos e qualquer parafernália tecnológica. Em 2009 e de pouco
noticiada ocorreu um acidente espacial.
A realidade social nos ensina que o real é processual. O que existe deixa de existir; o que não existe passa a existir. Se falta a consciência dessa processualidade, o sujeito isola o que está percebendo, desliga a parte do todo, perde de vista a conexão que integra o “micro” ao “macro”, a interdependência entre o imediato e a mediação complexa, ente o singular e o universal. Enquanto não enxergarmos a dimensão histórica de um ser, de um objeto, de um fenômeno, de um acontecimento, não podemos aprofundar de fato, a compreensão social que que dele temos. É o movimento histórico que passa por todas as coisas e permanentemente as modifica que as torna concretas. Nesse sentido, tinha razão Friedrich Hegel em sua última jornada, quando escreveu nos volumes Ciência da Lógica que o conceito fundamental da ontologia dialética, aquele que nos permite apreender a dinâmica do ser e do não-ser, é o conceito do devir, do vir-a-ser, do tornar-se. O real é dinâmico e nesta esteira da vida, se o sujeito se abstrai do fluxo em que existe o objeto, e neste sentido a arte, em que se verifica o fenômeno, em que se dá o acontecimento, ele afinal se incapacita para conhecer aquilo com que se defronta. Falta-lhe a possibilidade de pensar a ligação entre o ser particular que está percebendo e o seu não-ser, isto é, aquilo que ele já foi (e não é mais) ou aquilo que ele ainda não é (mas vai se tornar). Sua percepção não se aprofunda, sua representação se cristaliza, fica engessada, coagulada.
Sabemos que o mito não é uma realidade independente, mas evolui com as condições históricas, étnicas e sociais relacionadas a determinada cultura. Destarte, procura sobreviver e demonstrar por meio do modo de ser, a ação das personagens e as origens das coisas. A realidade é “tudo o que existe”. Em sentido mais livre, o termo inclui tudo o que é, seja ou não perceptível, acessível ou entendido pela filosofia, ciência, arte ou qualquer outro sistema de análise. O real é tido como aquilo que existe fora ou dentro da mente. A ilusão quando existente é real e verdadeira em si mesma. Ela não nega sua natureza. Ela diz sim a si mesma. A realidade interna ao ser, seu mundo das ideias, imaginário, idealizado no sentido de tornar-se ideia, e ser ideia, pode - ou não - ser existente e real também no mundo externo. O que não nega a realidade da sua existência enquanto ente imaginário, idealizado. Quanto ao externo - o fato de poder ser percebido só pela mente - torna-se sinônimo de interpretação da realidade, de uma aproximação com a verdade. A relação íntima entre realidade e verdade, o modo em como a mente apreende a realidade, está no cerne da questão da imagem como representação sensível do objeto e da ideia do objeto como interpretação ideal, mental. Ter uma mente aparentemente tranquila em meio à agitação meramente social e aos estímulos que estamos expostos na modernidade contemporânea não é uma atividade pública que pode parecer um luxo.
Ipso
facto, a interpretação é o produto de uma atividade social
que consiste em estabelecer, simultânea ou consecutivamente, comunicação verbal
ou não verbal entre duas entidades que podem estar em contradição, mas
sobretudo em oposição assimétrica ou em nível de complementaridade. Conhecer a
verdade é vê-la com os “olhos da alma”, ou, com os “olhos da inteligência”.
Assim como o Sol dá sua luz aos olhos e às coisas para que haja “mundo
visível”, assim também a ideia suprema, a ideia de todas as ideias, o Bem, isto
é, a perfeição em si mesma dá à alma e às ideias sua bondade, a sua perfeição,
para que haja um “mundo inteligível”. Assim como os olhos e as coisas
participam da luz, assim também a alma e as ideias participam da bondade, ou
mesmo da perfeição, e é por isso que a alma pode conhecer as ideias. E assim
como a visão é passividade e atividade do olho, assim também o conhecimento é
passividade e atividade da alma: passividade, porque a alma precisa receber a
ação das ideias para poder contemplá-las; atividade, porque essa recepção e
contemplação constituem a própria natureza da alma. Como na treva não há
visibilidade, também na ignorância não há verdade, pois são para a alma o que a
cegueira é para os olhos e a escuridão é para as privações da visão e privação
de conhecimento e liberdade. A realidade significa o ajuste entre a imagem e a ideia da coisa, entre verdade e sentido da verossimilhança.
A
cosmologia muitas vezes é confundida no âmbito da literatura científica com a
astrofísica, que é o ramo da astronomia que estuda a estrutura e as
propriedades dos objetos celestes e o universo como um todo através da
interpretação da física teórica. A confusão ocorre porque ambas seguem caminhos
paralelos sob alguns aspectos, muitas vezes considerados redundantes, embora
não o sejam. Os ultraleves, apesar de poderem voar em espaço aéreo controlado,
utilizam principalmente o que é designado como G (não controlado), onde se
aplicam as regras de voo visual. Existem também espaços aéreos condicionados,
divididos per se em três grupos: Áreas proibidas - onde o voo não é
permitido. Exemplo: refinarias, fábricas de explosivos, áreas de segurança
nacional. Áreas consideradas perigosas onde o voo é permitido, mas
existem riscos potenciais para a navegação aérea, quando ocorre em área
reservada para utilidade de treinamento de aeronaves civis, voo de planadores. Áreas restritas onde o voo só será permitido com prévia
autorização do órgão de controle do espaço aéreo, pois essas áreas podem ser
temporariamente “fechadas”, como ocorre com os casos de lançamento de
paraquedistas, treinamento de acrobacias, lançamentos de foguetes e assim por
diante. O espaço aéreo é internacionalmente dividido em sete classes,
correspondentes de A à G.
Cada
classe tem diferentes regras e métodos quanto a separação/divisão técnica do
trabalho entre aeronaves, controle exercido pelo órgão de tráfego aéreo,
exigência de autorização para navegar, condições meteorológicas para voos
visuais, limites de velocidade e de contato por rádio com controladores de
tráfego. A teoria do Big Bang, por exemplo, depende de duas suposições
principais: a universalidade das leis da física e o princípio cosmológico, que
afirma que, em grandes escalas, “o universo é homogêneo e isotrópico”. Essas
ideias foram inicialmente tomadas como postulados, mas há esforços para testar
cada uma delas. Por exemplo, a primeira hipótese foi testada por observações
que mostram que o maior desvio possível da constante de estrutura fina em
grande parte da idade do universo é de ordem 10-5. Além disso, a relatividade
geral passou por testes rigorosos na escala do Sistema Solar e das estrelas
binárias. Se o universo em grande escala parece isotrópico visto da Terra, o
princípio cosmológico pode ser derivado do princípio copernicano mais simples,
que afirma que não há nenhum observador específico ou ponto algum
de vantagem. Para este fim, o princípio cosmológico foi confirmado a nível
de 10-5 através de observações da radiação cósmica de fundo. O universo foi
medido como sendo homogêneo nas maiores escalas no nível de 10%.
Em trabalho recém-publicado pela revista Nature, que revela descobertas sobre o planeta-anão Eris e confirma o enquadramento de Plutão nessa nova classe de astros, teve participação de três pesquisadores do Departamento de Física da Universidade Federal de Minas Gerais. O professor Wagner Corradi, o recém-doutor Wilson Reis e o doutorando Fabio Santos integram grupo de 14 brasileiros vinculados a oito instituições que analisaram dados do estudo liderado pelo astrônomo Bruno Sicardy, do Observatório de Paris. A definição de características como raio, densidade e tipo de atmosfera de Eris – descoberto em 2005 por Mike Brown e colaboradores –, confirma semelhanças com Plutão e reforça a tese de que este planeta, que foi “rebaixado” em 2006, deve ser considerado parte de uma classe diferente da que reúne Terra, Marte, Júpiter e os outros planetas que compõem o sistema solar. - “A importância dessa descoberta está em que ela coloca Plutão definitivamente na nova classe de planetas-anões”, afirma Wagner Corradi. Para a Universidade Federal de Minas Gerais, a participação no estudo significa passo inédito na direção do reconhecimento internacional e abre portas para novos convites relacionados a pesquisas de ponta e obtenção de financiamentos. - “Esse trabalho põe em evidência a qualidade da pesquisa dos corpos docente e discente do Departamento de Física”, completa Corradi, que tem expertise em fotometria (medida das propriedades físicas a partir da luz emitida pelos objetos) e polarimetria (medida da polarização da luz que permite inferir o campo magnético e propriedades dos grãos de poeira interestelar).
O
estudo publicado em outubro teve origem na previsão, feita por Marcelo Assafin,
do Observatório do Valongo (UFRJ), de que, no dia 6 de novembro de 2010, Eris
ocultaria uma estrela, fazendo-a desaparecer por alguns minutos. Situações do
gênero, que lembram os eclipses da Lua e do Sol, são oportunidades de medições
fundamentais para que se conheçam as características de um objeto. O grupo de
Corradi, que tinha horário reservado no Observatório do Pico dos Dias – do
Laboratório Nacional de Astrofísica, em Brasópolis, Sul de Minas –, foi um dos
convidados a participar da observação do fenômeno, que durou de um a dois
minutos, dependendo do telescópio, e mobilizou equipes em 26 países. A
expectativa era de que, em função da localização, os grupos do Brasil, Chile e
Argentina fizessem observação direta. Os centros europeus, por exemplo, mesmo
não visualizando o fenômeno, ajudariam na confirmação das previsões. A
definição de características como raio, densidade e tipo de atmosfera de Eris –
descoberto em 2005 por Mike Brown e colaboradores –, confirma semelhanças com
Plutão e reforça a tese de que este planeta (Plutão), que foi “rebaixado” em
2006, deve ser considerado parte de uma classe diferente da que reúne
Terra, Marte, Júpiter e os outros planetas que compõem o sistema solar. - “A
importância dessa descoberta está em que ela coloca Plutão definitivamente na
nova classe de planetas-anões”, afirma Wagner Corradi. Para a UFMG, a
participação no estudo significa passo inédito na direção do reconhecimento
internacional e abre portas para novos convites relacionados a pesquisas de
ponta e obtenção de financiamentos. - “Esse trabalho põe em evidência a
qualidade da pesquisa dos corpos docente e discente do Departamento de Física”,
completa Corradi, que tem expertise em fotometria, medida das
propriedades físicas a partir da luz emitida pelos objetos e polarimetria,
medida da polarização da luz que permite inferir o campo magnético e
propriedades dos grãos de poeira interestelar.
A
relatividade geral descreve a relação do espaço-tempo e métrica, que
determina as distâncias que separam aparentes pontos próximos. Os pontos, que
podem ser galáxias, estrelas ou outros objetos celestes, são especificados
usando um gráfico ou “grade” que é estabelecido em todo o espaço-tempo visível.
O princípio cosmológico implica que a métrica deve ser homogênea e isotrópica
em grandes escalas, o que singularmente destaca a métrica de
Friedmann-Lemaître-Robertson-Walker ou métrica FLRW. A métrica contém um fator
de escala, que descreve como o tamanho do universo muda com o tempo. Isto
permite uma escolha conveniente de um sistema de coordenadas a ser feito,
chamado coordenadas comóveis. Neste sistema de coordenadas a grade se expande
junto com o universo e os objetos que estão se movendo apenas por causa da
expansão do universo permanecem em pontos fixos na grade. Enquanto a distância
coordenada (distância comóvel) deles permanece constante, a distância física
entre dois pontos semelhantes cresce proporcionalmente com o fator de escala do
universo. Quer dizewr, o Big Bang não é uma explosão de matéria se movendo para fora para
preencher um universo vazio. Em vez disso, o espaço em si se expande com o
tempo nos lugares e aumenta a distância entre dois pontos comóveis. Com Isaac
Newton (1643-1727), descobridor e formulador da lei da gravitação universal no
século XVII, foi criada uma sólida base científica para a cosmologia, que
passou do campo puramente filosófico para o experimental. A partir do início do
século XX, com a criação da Teoria da Relatividade surgiu também a Cosmologia Moderna,
cujo artigo foi escrito pelo físico alemão Albert Einstein, em 1917, com o
título: Considerações Cosmológicas sobre a Teoria da Relatividade
Geral.
Nesse
trabalho, Albert Einstein analisava, sob a luz da teoria da relatividade, o universo como um
todo, introduzindo o conceito de constante cosmológica. Essa constante
cosmológica faria o papel de uma “força antigravidade”, que impediria o
universo de colapsar sob a ação da gravidade, permitindo assim a existência de
soluções ou modelos cosmológicos estáticos. No entanto, o que Albert Einstein não
percebeu ou não quis perceber e preferir ignorar de imediato é que, mesmo com a
presença da constante cosmológica era possível obter “soluções matemáticas” que
previam um universo dinâmico, em contração ou expansão. Tais famílias de
soluções são reconhecidas de fato como “soluções de Friedmann”, em homenagem ao
matemático russo Alexander Friedmann (1888-1925), que as obteve em 1922. Com os
novos telescópios, ainda no início do século XX, foi possível estudar o
universo em escalas então inexploradas. Um pioneiro no estudo sistemático das
galáxias além da nossa Via Láctea foi o norte-americano Edwin Hubble
(1889-1053), que notou que a maioria das galáxias parecia estar se afastando, e
que a velocidade de afastamento aumentava com a distância da galáxia em relação
à nossa. Tal observação, confirmada posteriormente, tornou-se uma lei empírica,
reconhecida hoje como Lei de Hubble, e era uma “prova” experimental da
expansão do universo: as galáxias se afastam umas das outras devido à expansão
do espaço entre elas. Além da questão da expansão do universo, começaram a
surgir, a partir de 1933, observações astronômicas que indicavam que a
quantidade de matéria visível em galáxias era bem menor que a quantidade de
matéria necessária para gerar os efeitos gravitacionais observados. O telescópio Hubble não
só verificou que a maioria das galáxias tinha ou apresentavam um desvio para o
vermelho, mas que este sinal era proporcionalmente tanto maior quanto
maior a distância entre as galáxias.
Em 1978, por exemplo, Sandra Moore Faber publicou um trabalho no qual demonstra que a velocidade de rotação de galáxias espirais corresponde a uma concentração de massa maior do que a inferida por observações da luz emitida pela galáxia. Esse problema ficou conhecido como problema da massa faltante. O acúmulo de observações empíricas de naturezas variadas que indicavam a existência dessa matéria invisível, afastou a possibilidade de teorias de gravitação estarem erradas e reforçou a possibilidade de existência de um tipo de matéria desconhecido que não participa das interações fortes nem das eletromagnéticas. A essa matéria foi dada o nome de matéria escura. Observações atuais indicam que, de toda a matéria existente no universo, cerca de 90% deve ser matéria escura. A matéria reconhecida pela física compõe cerca de 10% da matéria do universo. Em outras palavras, o Big Bang não é a singularidade de uma explosão no espaço, mas sim uma complexa operação de expansão do próprio espaço. Como a métrica FLRW assume uma distribuição uniforme de massa e energia, ela se aplica ao nosso universo somente em grandes escalas - concentrações locais de matéria, como a nossa galáxia, estão ligadas gravitacionalmente e, como tal, não experimentam a expansão em grande escala do espaço. O Big Bang ou “grande expansão” representa a teoria cosmológica contemporânea hegemônica e dominante sobre o desenvolvimento inicial do universo. Os cosmólogos usam o termo para se referir à ideia de que o universo estava originalmente muito quente e denso em algum tempo finito no passado. Desde então tem se resfriado gradativamente pela expansão ao estado diluído atual e continua em seu processo de expansão no espaço sideral. A teoria é sustentada por explicações mais completas e precisas a partir de evidências disponíveis e da observação. Medições detalhadas da taxa de expansão do universo colocam o Big Bang no debate em cerca de 13,8 bilhões de anos atrás, que é considerada a idade do universo.
O
satélite ativo dos Estados Unidos da América, Iridium 33 se chocou com o
satélite desativado russo, Kosmos 2251. O Iridium 33, foi um satélite de
comunicação norte-americano, que no dia 10 de fevereiro de 2009, às 19h56 de
Moscou (14h56 de Brasília) chocou-se com outro satélite, o Kosmos 2251 a cerca
de 800 km de altitude, no zênite da Sibéria, provocando um lançamento de
milhares de destroços na órbita baixa da Terra. A “trombada” gerou mais de
2.000 pedacinhos que estão sobre nossas cabeças na atmosfera. Já se pensou em
tudo para solucionar o problema. Todas as propostas esbarram na questão dos
custos financeiros. Os chineses destruíram seu satélite meteorológico Fengyun
1C com o lançamento de um míssil, fato que ainda gera controvérsia, e mais uma
demonstração de força do que de habilidade técnica dos chineses. Cientistas
norte-americanos tinham alertado para essa possibilidade nos anos de 1970.
Colisões e riscos de acidentes seriam cada vez mais comuns. A situação é real
no sentido darwinista, se pensarmos que as evoluções das telecomunicações estão
ocorrendo rapidamente. Em 14 de fevereiro de 2009 começa a Era de Aquário
– que rege, além do amor e da paz, a liberdade e as mudanças. Acerca dos
efeitos visíveis na humanidade, é relatado que estamos sentindo as influências
de Aquarius, designado como Orbe de influência no desenvolvimento acelerado a
nível individual, social, cultural, científico e tecnológico e, sobretudo, na
globalização historicamente ocorrida por todo o decorre do século XX.
A
Era Aquariana – mutatis mutandis - tende a ser uma era de fraternidade.
Baseada na razão onde será possível solucionar os problemas sociais para todos.
Com grandiosas oportunidades para o desenvolvimento intelectual e espiritual,
dado que Aquarius é um signo aéreo, científico, intelectual e o seu planeta
regente, Urano, é associado com a representação da intuição e percepções
diretas do coração e, a nível mundano, este planeta rege a eletricidade e
tecnologia. Na visão de algumas correntes articuladas de pensamento filosófico
perene, em torno do cristianismo, surgiria para substituir a chamada Era de
Peixes, sendo que neste caso teria o sentido de representar o símbolo
religioso do cristianismo, como teria sido usado pelos primeiros cristãos. As
divisões mais básicas no cristianismo contemporâneo ocorrem entre a Igreja
Católica Romana, a Igreja Católica Ortodoxa e as várias denominações formadas
durante e depois da grandiloquente Reforma Protestante. As maiores
diferenças entre Ortodoxia e Catolicismo pode-se afirmar sem temor a erro que são
culturais e hierárquicas, enquanto as denominações Protestantes apresentam
diferenças teológicas acentuadas para com as duas primeiras, bem como
diversificação doutrinária entre suas vertentes. As análises comparativas entre
grupos denominacionais devem ser feitas com alguma cautela. Comparações
numéricas também podem ser consideradas problemáticas, pois alguns grupos
contam como membros, tanto os adultos batizados quanto os filhos batizados dos
fiéis, enquanto outros grupos somente contabilizam lisura entre os fiéis
adultos.
A chamada Era de Aquário seria a era definida na Bíblia de domínio do anticristo, no sentido nietzschiano, em que a Terra estaria fora de uma influência cristã e por isso representaria “uma era de enganos onde o mal seria encarnado e dominaria por certo tempo”. Segundo o Cristianismo esotérico, a cada vez maior proximidade e posterior entrada na chamada Era de Aquarius - a sucedendo a atual Era de Peixes, ou era regida pela “Espada” - proporcionará à maioria dos seres humanos a descoberta. A verdadeira vivência e o real conhecimento dos ensinamentos Cristãos mais profundos e interiores que Cristo menciona em Mateus (13:11) e Lucas (8:10). Esta era é vista segundo este ponto de vista como uma preparação intermédia para a Nova Jerusalém: os “novos céus e uma nova terra” que virá num tempo não identificado. Naquela que se aproxima é esperada a vinda de um Instrutor espiritual através da escola que funciona como arauto desta era, de um esforço “para dar à Religião Cristã um impulso numa nova direção”. Em termos simplificados, significa que a Era de Peixes se iniciou cerca de 500 d. C., dado que foi a última vez que astronomicamente o equinócio vernal ocorreu no primeiro ponto da constelação Aries, deixando-a e entrando na constelação de Pisces, altura em que os zodíacos intelectual e natural concordaram. Hoje em dia, o equinócio vernal ocorre, astronomicamente, a cerca de nove graus da constelação Peixes e será apenas por volta de 2600 d. C. que realmente finalizará o movimento em retrocesso por Pisces e entrará na constelação de Aquarius. Vale lembrar que Carl Jung referiu em sua análise, que em meados do século XX, que as Eras astrológicas são baseadas nas constelações reais e não propugnadas de 30 graus do Zodíaco. Como Peixes é uma constelação maior a transição para Aquarius só terá lugar espacialmente por volta de 2600 d. C.
Em
1929, vale lembrar que a União Astronômica Internacional definiu as
bordas das 88 constelações benditas oficiais. A borda estabelecida entre Peixes
e Aquário localiza assim o início da Era de Aquário por volta de 2600 d.
C. De acordo com a astróloga Vanessa Tuleski a Era de Aquário não é,
portanto, uma Era que automaticamente vai nos conduzir a fraternidade, a
um entendimento extraordinário de quem é e do que o mundo é, a uma nova forma
de organização, a uma descoberta sem precedentes de nosso poder mental e a um
uso adequado dele. E por que não? Porque Aquário não é um signo melhor do que
Peixes, assim como Peixes não é melhor do que Áries, assim como nenhum signo é
melhor do que outro. Em cada Era, nós temos escolhas a fazer. A tecnologia,
principal promessa da Era de Aquário, tanto pode nos levar a separação
de nosso lado instintivo, tornando tudo excessivamente lógico e frio, como pode
ser tão aperfeiçoada para que nos leve a sanar os problemas que criamos com sua
má utilização. A mente aquariana tanto pode nos levar ao rompimento com antigos
comportamentos sociais danosos quanto nos trazer agitação, alienação e
rebelião, sintomas já presentes. Mas sem dúvida, caracterizada por uma grande
mudança, porque faz parte do símbolo de Aquário.
O
primeiro presidente indicado foi astrônomo francês Édouard Benjamin Baillaud nascido
em Chalon-sur-Saône, em 14 de fevereiro de 1848 e morto em Toulouse, 8 de julho
de 1934. Entre os cargos que ocupou destacam-se o de diretor do Observatório
de Paris, presidente fundador do Escritório Internacional da Hora e
da União Astronômica Internacional. Pieter Johannes van Rhijn foi
presidente de 1932 até 1958. No Boletim Informativo do UAI n° 100, doze dos
catorze últimos Secretários gerais desde 1964, cada um em seu cargo por três
anos entre as Assembleias Gerais, recordam as histórias da UAI com suas
dificuldades, por exemplo, com oficiais do antigo bloco Soviético, com a junta
militar grega, e a razão por trás da decisão não muito popular para esperar uma
Assembleia Extraordinária Geral na Polônia, por ocasião do aniversário de 500
anos de Nicolau Copérnico, em Fevereiro de 1973, logo após a Assembleia Geral
ordinária na Austrália. A UAI possui 10 145 membros “individuais”, todos são
profissionais astrônomos e a maioria são PhD. Existem também 64 membros
“nacionais” que representam países afiliados com a UAI. 87% são homens,
enquanto somente 13% são mulheres, entre elas a ex-presidente, astrônoma Catherine
Jeanne Césarsky nascida em Ambazac, em 1943 é uma astrônoma francesa. O corpo
soberano e deliberativo da UAI é sua “Assembleia Geral”, reunindo todos os
membros afiliados.
A
Assembleia determina as políticas da UAI, aprovando estatutos e regulamentos da
União e elegendo diversas comissões. O direito a voto nas questões submetidas à
Assembleia varia de acordo com o assunto em discussão. Os estatutos consideram
cada assunto dividido em duas categorias: Assuntos de ‘’natureza
primordialmente cientifica’’ (determinado pelo Comitê Executivo), seu voto é
restrito a membros individuais; e outros assuntos, (como a revisão do estatuto
e questões de procedimento), com voto restrito aos representantes dos membros
nacionais. Em matéria orçamental que são categorizados como “outros assuntos”,
os votos são ponderados de acordo com os níveis de subscrição relativa dos
membros nacionais. Um voto de segunda categoria exige uma participação de pelo
menos dois terços dos membros nacionais, a fim de ser válido. A maioria
absoluta é suficiente para aprovação em qualquer votação, exceto para a revisão
do Estatuto que exige dois terços da maioria. Uma igualdade de votos é
resolvida pelo voto do presidente da União. Desde 1922, as Assembleias Gerais
da UAI são realizadas a cada três anos, com a exceção do período entre 1938 a
1948, devido à Segunda Guerra Mundial. Já foram realizadas 31 assembleias
gerais ordinárias e uma extraordinária. As próximas reuniões da assembleia
geral serão realizadas na Cidade do Cabo (2024) e em Roma (2027).
Os
quatro planetas “mais próximos” do Sol: Mercúrio, Vênus, Terra e Marte, possuem
em comum uma crosta sólida e rochosa, razão pela qual se classificam no grupo
dos planetas telúricos ou rochosos. Mais afastados, os quatro gigantes gasosos,
Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, são os componentes de maior massa do sistema
logo após o próprio Sol. Dos cinco planetas anões, Ceres é o que se localiza “mais
próximo” do centro do Sistema Solar, enquanto Plutão, Haumea, Makemake e Éris,
encontram-se além da órbita de Netuno. Permeando praticamente toda a extensão
do Sistema Solar, existem incontáveis objetos que constituem a classe técnica dos
corpos menores. Os asteroides, essencialmente rochosos, concentram-se numa
faixa entre as órbitas de Marte e Júpiter que se assemelha a um cinturão. Além
da órbita do “último planeta”, a temperatura é suficientemente baixa para
permitir a existência de fragmentos de gelo, que se aglomeram sobretudo
nas regiões do Cinturão de Kuiper, teorizado na década de 1950 e teve
sua comprovação final somente nos anos 1990, como disco disperso e na nuvem de Oort;
esporadicamente são desviados para o interior do sistema onde, pela ação do
calor do Sol, transformam-se em cometas. Muitos corpos, por sua vez, possuem
força gravitacional suficiente para manter orbitando em torno de si objetos
menores, os satélites naturais, com as mais variadas formas e dimensões. Os
planetas gigantes apresentam sistemas de anéis planetários, uma faixa
composta por minúsculas partículas de gelo e poeira.
A hipótese moderna para a origem do sistema solar é baseada na hipótese nebular, sugerida em 1755 pelo filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804), e desenvolvida em 1796 pelo matemático francês Pierre-Simon de Laplace (1749-1827), em seu livro Exposition du Système du Monde. Laplace, que desenvolveu a teoria das probabilidades, calculou que como todos os planetas descobertos estão no mesmo plano, giram em torno do Sol na mesma direção, e também giram em torno de si mesmo na mesma direção, com exceção de Vênus, mas que só poderiam ter se formado de uma mesma grande nuvem discoidal de partículas em rotação, a nebulosa solar. A versão moderna da teoria nebular propõe que uma grande nuvem rotante de gás interestelar colapsou para dar origem ao Sol e aos planetas. Uma vez que a contração iniciou, a força gravitacional da nuvem atuando em si mesma acelerou o colapso. À medida que a nuvem colapsava, a rotação da nuvem aumentava por conservação do momentum angular e, com o passar do tempo, a massa de gás rotante assumiria uma forma discoidal, com uma concentração central que deu origem ao Sol. Os planetas teriam se formado a partir do material no disco.
As observações modernas
indicam que muitas nuvens de gás interestelar estão no processo de
colapsar em estrelas, e os argumentos físicos que predizem o achatamento e o
aumento da taxa de spin estão corretos. A contribuição moderna à
hipótese nebular diz respeito principalmente a como os planetas se formaram a
partir do gás no disco, e foi desenvolvida nos anos 1940 pelo físico alemão
Carl Friedrich Freiherr von Weizsäcker (1912-2007). Após o colapso da nuvem,
ela começou a esfriar; apenas o Proto-sol, no centro, manteve sua temperatura.
O resfriamento acarretou a condensação rápida do material, o que deu origem aos
planetesimais, agregados de material com tamanhos da ordem de quilômetros de
diâmetro, cuja composição dependia da distância ao Sol: regiões mais externas
tinham temperaturas mais baixa, e mesmo os materiais voláteis tinham condições
de se condensar, ao passo que nas regiões mais internas e quentes, as
substâncias voláteis foram perdidas. Os planetesimais a seguir cresceram por
acreção de material para dar origem a objetos maiores, os núcleos planetários.
Na parte externa do sistema solar, onde o material condensado da nebulosa
continha silicatos e gelos, esses núcleos cresceram até atingiram massas da
ordem de 10 vezes a massa da Terra, ficando tão grandes a ponto de poderem
atrair o gás a seu redor, e então cresceram mais ainda por acreção de grande
quantidade de hidrogênio e hélio da nebulosa solar. É neste sentido que os cientista deram origem assim aos
planetas jovianos. Na parte interna, onde apenas os silicatos estavam presentes,
os núcleos planetários não puderam crescer muito, dando origem aos planetas
terrestres.
A sua estrutura tem sido objeto de estudos desde a antiguidade, mas somente há cinco séculos a humanidade reconheceu o fato de que o Sol, e não a Terra, constitui o centro do movimento planetário. Desde então, a evolução dos equipamentos de pesquisa, como telescópios, possibilitou uma maior compreensão do sistema. Entretanto, detalhes sem precedentes foram obtidos somente após o envio de sondas espaciais a todos os planetas, que retornam imagens e dados com uma precisão nunca antes alcançada. Há cerca de 4,66 bilhões de anos, toda a matéria que hoje forma o Sistema Solar se encontrava sob a forma de gás e poeira pertencentes a uma grande nebulosa com extensão estimada entre cinquenta e cem anos-luz, composta sobretudo por hidrogênio e uma considerável fração de hélio, além de traços de elementos mais pesados como carbono e oxigênio e alguns compostos silicados que formavam a “poeira interestelar”. Em algum momento, por conta de uma provável influência externa, como uma onda de choque provocada pela explosão de uma supernova nas proximidades, uma região em seu interior começou a se tornar mais densa e, por causa da gravidade, progressivamente passou a atrair mais gás em sua direção, dando origem a um núcleo que se aquecia conforme ganhava massa.
Os quatro planetas “mais próximos” do Sol: Mercúrio, Vênus, Terra e Marte, possuem em comum uma crosta sólida e rochosa, razão pela qual se classificam no grupo dos planetas telúricos ou rochosos. Mais afastados, os quatro gigantes gasosos, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, são os componentes de maior massa do sistema logo após o próprio Sol. Dos cinco planetas anões, Ceres é o que se localiza “mais próximo” do centro do Sistema Solar, enquanto Plutão, Haumea, Makemake e Éris, encontram-se além da órbita de Netuno. Permeando praticamente toda a extensão do Sistema Solar, existem incontáveis objetos que constituem a classe técnica dos corpos menores. Os asteroides, essencialmente rochosos, concentram-se numa faixa entre as órbitas de Marte e Júpiter que se assemelha a um cinturão. Além da órbita do “último planeta”, a temperatura é suficientemente baixa para permitir a existência de fragmentos de gelo, que se aglomeram sobretudo nas regiões do Cinturão de Kuiper, teorizado na década de 1950 e teve sua comprovação final somente nos anos 1990, como disco disperso e na nuvem de Oort; esporadicamente são desviados para o interior do sistema onde, pela ação do calor do Sol, transformam-se em cometas. Muitos corpos, por sua vez, possuem força gravitacional suficiente para manter orbitando em torno de si objetos menores, os satélites naturais, com as mais variadas formas e dimensões. Os planetas gigantes apresentam sistemas de anéis planetários, uma faixa composta por minúsculas partículas de gelo e poeira.
A hipótese moderna para a
origem do sistema solar é baseada na hipótese nebular, sugerida em 1755 pelo
filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804), e desenvolvida em 1796 pelo
matemático francês Pierre-Simon de Laplace (1749-1827), em seu livro Exposition
du Système du Monde. Laplace, que desenvolveu a teoria das probabilidades,
calculou que como todos os planetas descobertos estão no mesmo plano, giram em
torno do Sol na mesma direção, e também giram em torno de si mesmo na mesma
direção, com exceção de Vênus, mas que só poderiam ter se formado de uma mesma
grande nuvem discoidal de partículas em rotação, a nebulosa solar. A versão
moderna da teoria nebular propõe que uma grande nuvem rotante de gás
interestelar colapsou para dar origem ao Sol e aos planetas. Uma vez que a
contração iniciou, a força gravitacional da nuvem atuando em si mesma acelerou
o colapso. À medida que a nuvem colapsava, a rotação da nuvem aumentava por
conservação do momentum angular e, com o passar do tempo em movimento na esfera espacialmente, a massa de gás
rotante assumiria uma forma discoidal, com uma concentração central que deu
origem ao Sol. Os planetas teriam se formado a partir do material no disco.
As observações modernas
indicam que muitas nuvens de gás interestelar estão no processo de
colapsar em estrelas, e os argumentos físicos que predizem o achatamento e o
aumento da taxa de spin estão corretos. A contribuição moderna à
hipótese nebular diz respeito principalmente a como os planetas se formaram a
partir do gás no disco, e foi desenvolvida nos anos 1940 pelo físico alemão
Carl Friedrich Freiherr von Weizsäcker (1912-2007). Após o colapso da nuvem,
ela começou a esfriar; apenas o Proto-sol, no centro, manteve sua temperatura.
O resfriamento acarretou a condensação rápida do material, o que deu origem aos
planetesimais, agregados de material com tamanhos da ordem de quilômetros de
diâmetro, cuja composição dependia da distância ao Sol: regiões mais externas
tinham temperaturas mais baixa, e mesmo os materiais voláteis tinham condições
de se condensar, ao passo que nas regiões mais internas e quentes, as
substâncias voláteis foram perdidas. Os planetesimais a seguir cresceram por
acreção de material para dar origem a objetos maiores, os núcleos planetários.
Na parte externa do sistema solar, onde o material condensado da nebulosa
continha silicatos e gelos, esses núcleos cresceram até atingiram massas da
ordem de 10 vezes a massa da Terra, ficando tão grandes a ponto de poderem
atrair o gás a seu redor, e então cresceram mais ainda por acreção de grande
quantidade de hidrogênio e hélio da nebulosa solar. Deram origem assim aos
planetas jovianos. Na parte interna, onde apenas os silicatos estavam presentes,
os núcleos planetários não puderam crescer muito, dando origem aos planetas
terrestres.
A sua estrutura
tem sido objeto de estudos desde a antiguidade, mas somente há cinco séculos a
humanidade reconheceu o fato de que o Sol, e não a Terra, constitui o centro do
movimento planetário. Desde então, a evolução dos equipamentos de pesquisa,
como telescópios, possibilitou uma maior compreensão do sistema. Entretanto,
detalhes sem precedentes foram obtidos somente após o envio de sondas espaciais
a todos os planetas, que retornam imagens e dados com uma precisão nunca antes
alcançada. Há cerca de 4,66 bilhões de anos, toda a
matéria que hoje forma o Sistema Solar se encontrava sob a forma de gás e
poeira pertencentes a uma grande nebulosa com extensão estimada entre cinquenta
e cem anos-luz, composta sobretudo por hidrogênio e uma considerável fração de
hélio, além de traços de elementos mais pesados como carbono e oxigênio e
alguns compostos silicados que formavam a “poeira interestelar”. Em
algum momento, por conta de uma provável influência externa, como uma onda de
choque provocada pela explosão de uma supernova nas proximidades, uma região em
seu interior começou a se tornar mais densa e, por causa da gravidade,
progressivamente passou a atrair mais gás em sua direção, dando origem a um
núcleo que se aquecia conforme ganhava massa.
Aparentemente
esse fragmento da nebulosa apresentava um lento movimento de rotação que,
enquanto se condensava, gradualmente aumentava a sua velocidade angular.
Contudo, se essa velocidade se tornasse excessiva, não permitiria a formação da
estrela. Por isso, de acordo com a teoria mais aceita, o gás cuja velocidade
era muito elevada para incorporar-se ao núcleo era ejetado por ação da formação
de um campo magnético que permeava a nuvem, dispersando assim boa parte do
momento angular do sistema. Com o núcleo da nuvem cada vez mais denso,
formou-se uma esfera achatada de gás com temperatura agora atingindo alguns
milhares de graus Celsius, uma protoestrela, cujo diâmetro era equivalente ao
da órbita atual de Mercúrio. A escala
Celsius (unidade °C), também reconhecida como a escala centígrada, é uma escala
termométrica do sistema métrico usada na maioria dos países do mundo
contemporâneo. Teve origem a partir do modelo proposto pelo astrônomo sueco
Anders Celsius (1701-1744). Ao seu redor, a nuvem de gás adquiriu um formato
achatado devido ao movimento de rotação, formando um disco denominado “nebulosa
solar”, que se estendia entre cem e duzentas unidades astronômicas. Ao redor do
núcleo a temperatura era relativamente alta, alguns milhares de graus Celsius,
ao passar as áreas mais afastadas registravam temperaturas negativas.
Em
1742, o astrônomo sueco Anders Celsius (1701-1744) publicou nos Anais da
Academia Real das Ciências da Suécia seu trabalho intitulado: Observações
sobre Dois Graus Persistentes de um Termômetro. Neste trabalho, Celsius
considerou que uma substância pura muda de estado físico à temperatura
constante e baseado nisso, propôs uma nova escala termométrica, a escala de
graus centígrados, segundo a qual definiu a temperatura 0 (zero) como sendo
a temperatura medida no termômetro equivalente à temperatura em que a água
entra em ebulição e 100 sendo a temperatura equivalente ao ponto em que o gelo
derrete. Desta forma, diferentemente da convenção moderna, um menor valor
representaria uma temperatura mais alta e um maior valor, uma temperatura mais
baixa neste modelo. Embora existiram alguns trabalhos paralelos nos anos
seguintes, apresentando o valor 0 (zero) para o ponto de derretimento do gelo e
100 para o ponto de ebulição da água, como o “Termômetro de Lyon”, os créditos
pela inversão da escala de graus centígrados foram dados ao botânico sueco
Carolus Linnaeus (1707-1778) e ao fabricante sueco de instrumentos científicos
Daniel Ekström (1711-1755), que juntos produziram o “Termômetro de Linnaeus”. Anteriormente
ao modelo proposto por Celsius, já existiam outras escalas baseadas nos estados
físicos da água, como a escala Réaumur. Mas devido à sua simplicidade, a
escala centígrada tornou-se mundialmente reconhecida, inclusive servindo de
base para a criação de outros modelos, como é o caso da escala Kelvin. Em 1948,
durante a 9ª Conferência Geral de Pesos e Medidas, o nome da escala
centígrada foi alterado para escala Celsius, para resolver as
confusões com o prefixo centi do SI e como forma de homenagear o
astrônomo sueco.
Bibliografia
Geral Consultada.
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