“Minhas mágoas, meus prazeres, não preciso mais deles!”. Édith Piaf
Édith Giovanna Gassion nasceu em 19 de dezembro de 1915, em Paris, filha de um acrobata normando e de uma cantora de café descendente de italianos. Sua infância pobre e difícil ocorreu ao lado da avó, que dirigia um bordel em Bernay, na Normandia. O nome Édith é homenagem a enfermeira britânica da 1ª grande guerra que foi executada por ajudar soldados franceses a escapar dos alemães. Piaf, um nome coloquial francês para um tipo de pardal, foi um apelido dado a ela 20 anos depois. A sua mãe, Annetta Giovanna Maillard (1895-1945), era pied-noir de ascendência franco-italiana por parte de pai e cabila-berbere por parte de mãe. Ela trabalhava com o pseudônimo de Line Marsa, tendo sido obrigada a deixar a profissão contra sua vontade após o casamento. Louis-Alphonse Gassion (1881-1944), o pai de Édith, era normando e acrobata de rua com um passado no teatro. Devido a dificuldades financeiras após a separação conturbada que tiveram em 1916, a mãe passou a sustentar a menina cantando em restaurantes, porém a abandonou em janeiro de 1918 com o ex-marido, quando Édith havia completado dois anos, pois decidiu ir embora de Paris para tentar seguir carreira artística como cantora. Louis Gassion nasceu em uma família bastante pobre. Sua mãe, Louise Léontine Deschamps, foi artista de circo, antes de se tornar a patrona de um bordel em Bernay, na Normandia, apelidado de “os sete grandes”, e seu pai, Victor Alphonse Gassion, nascido em Falaise, em 18 de dezembro de 1850, filho de um barbeiro, figura “o primeiro acrobata de uma família de agricultores”, da vila de Castillon, na região de Bayeux, e que se estabeleceu em Falaise no século XVIII.
Annetta Giovanna Gassion (1895-1945) reconhecida como a mãe da cantora, compositora e atriz de renome internacional Édith Piaf, considerada “a cantora nacional da França”. Annetta Gassion, foi anunciada profissionalmente sob o nome artístico de Line Marsa; foi cantora de cabaré e artista de circo, como artista equestre e corda bamba. Nascida Annetta Giovanna Maillard em 4 de agosto de 1895 em Livorno, Itália, filha de pais franceses que estavam em turnê como parte de uma trupe de circo itinerante. Seu pai, Auguste Eugène Maillard, veio da região do Loire, na França. Sua mãe, Emma, era filha de Saïd ben Mohamed, de origem cabila, nascida em Mogador, Marrocos e Margherita (ou Marguerite) Bracco, que nasceu em Murazzano, Piemonte, Itália. Marsa era cantora, artista de circo e equestre. Seu nome artístico, Line Marsa, foi inspirado em La Marsa, porto da Tunísia, segundo seu filho Herbert. Embora dissesse ter uma voz semelhante à de Piaf, ela não teve sucesso como cantora. Em 4 de setembro de 1914, ela se casou com Louis Alphonse Gassion, um cantor e contorcionista.
No
ano seguinte, em 19 de dezembro, ela deu à luz sua primeira filha, Édith
Giovanna, que se tornaria Édith Piaf. Em 31 de agosto de 1918, ela deu à luz
seu segundo filho, Herbert. Édith foi criada pela mãe de Annetta, Emma,de
1915 a 1918, quando foi enviada para a mãe de Louis Gassion devido à
negligência de Annetta e Emma. Annetta e Louis se divorciaram em 4 de junho de
1929, supostamente por causa de seu abuso de substâncias. Ela nunca se casou
novamente. Line Marsa morreu de overdose de drogas em Paris em 6 de fevereiro
de 1945. Ela não foi enterrada no Père Lachaise, ao contrário de Louis-Alphonse
Gassion. Marsa foi retratada por Clotilde Courau na cinebiografia de Piaf de
Olivier Dahan em 2007, La vie en rose. Em 2021, o Comitato Unesco Jazz Day
Livorno (em português: Comitê do Dia do Jazz da Unesco da cidade de
Livorno), uma organização voluntária sem fins lucrativos fundada em 2012 pelo
músico Andrea Pellegrini, declarou 4 de agosto Giornata degli Artisti di Strada
(em português: Dia dos Artistas de Rua) para lembrar Line Marsa. O grafiteiro
livorense Mart fez uma pintura na parede do parque público Villa Fabbricotti e
uma placa de pedra: “Linha Marsa/(Anita Maillard)/ nacque a Livorno/4 agosto
1805”.
Édith Piaf com seus pais, Louis Alphonse Gassion e Line Marsa. Manuais
de instruções existem, sim, na trama simbólica que constitui a cultura, que nos
designa lugares, posições, deveres, traços identificatórios. Isto é, a
representação de “identidade feminina” e “identidade masculina” são composições
significantes que procuram se manter distintas, nas quais se supõe que
se alistem os sujeitos, de forma mais ou menos rígida, dependendo da maior ou
da menor rigidez da trama simbólica característica de uma sociedade determinada.
Mas tal trama é sempre furada. Por um lado, a partir da própria condição de
“universo-menos-um” que constitui o simbólico. Por outro, por conta do furo que
a inserção de cada sujeito faz nela. O manual de instruções não dá conta, repito,
do destino das pulsões – ao menos em se tratando do sujeito moderno, que é o
próprio sujeito da psicanálise. Não dá conta da tarefa de tornar-se homem ou mulher, tornar-se sujeito do próprio desejo em oposição à alienação
inicial a um discurso de autoridade que deve, ao longo de uma análise, ser
destituído da posição de verdade. Assim, “qualquer enunciado de autoridade não
tem nele outra garantia senão sua própria enunciação, pois lhe é inútil
procurar por esta em outro significante”. Esse é o sentido do enunciado básico característico a sobre o desamparo humano – “não há Outro do Outro”.
Neste aspecto, segundo Kehl (2008), na falta de um Outro que tome a forma imaginária de um ser de amor para responder ao “che vuoi?” (o que queres?), o sujeito está condenado a inventar os sentidos de sua existência. Invenção que não pode ignorar, entretanto, os modos de inscrição de cada sujeito no discurso do Outro (agora tomado na dimensão simbólica), que é o discurso da cultura a que pertence. A primeira dessas inscrições, que nos é dada assim que nascemos, é a marca da diferenciação sexual. A primeira definição de uma criança, dada mesmo antes que o feto complete sua evolução, graças aos métodos atuais de investigação ultrassonográfica, é que seja “menino” ou “menina”. Significantes que indicam não apenas uma diferença anatômica, mas o pertencimento a um de dois grupos identitários carregados de significações imaginárias. É assim que, entre outras coisas, foi tatuado em cada um de nós que somos “homem” ou “mulher” sem que nossa passagem pelo mundo seja acompanhada de nenhum manual de instruções que dê conta do ajuste entre este “ser homem” ou “ser mulher” e a ínfima singularidade de nosso desejo.
Maria Rita Kehl, nascida em Campinas, é uma psicanalista, jornalista, ensaísta, poetisa, cronista e crítica literária. Em 2010, venceu o Prêmio Jabuti de Literatura na categoria “Educação, Psicologia e Psicanálise” com o livro: O Tempo e o Cão - A Atualidade das Depressões e recebeu o Prêmio Direitos Humanos do governo federal na categoria “Mídia e Direitos Humanos”. Neta do escritor eugenista Renato Kehl (cf. Góes, 2015), formou-se em Psicologia pela Universidade de São Paulo, começou a escrever para o Jornal do Bairro enquanto ainda cursava a graduação. Fez parte do periódico por dois anos, na época dirigido por Raduan Nassar. Foi editora do noticioso Movimento, um dos mais importantes nomes do jornalismo alternativo durante o regime militar no Brasil, ao lado do Opinião e d’O Pasquim. Maria Rita também teve participação na fundação do jornal Em Tempo e já escreveu como jornalista freelancer para veículos de comunicação como Veja, Isto É e Folha de S. Paulo. Em 1979, cursou mestrado em Psicologia Social e elaborou a dissertação, intitulada: O Papel da Rede Globo e das Novelas da Globo em Domesticar o Brasil Durante a Ditadura Militar, de repercussão na área da comunicação. Em 1981, começou a atender pacientes diretamente e, desde então, não parou. Em 1997, concluiu o doutorado em Psicanálise pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, com uma pesquisa que resultou no livro Deslocamentos do Feminino - A Mulher Freudiana na Passagem para a Modernidade (Imago Editora, 1998). Possui nove livros publicados. É psicanalista de membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Em 2012, foi convidada a integrar a Comissão Nacional da Verdade, instalada em 16 de maio daquele mesmo ano, para apurar as violações aos Direitos Humanos ocorridas no período entre 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988.
O
vetor da pulsão, segundo Kehl, representa o objeto do desejo, os ideais, as identificações que vão fazer
de cada um de nós não “homem” ou “mulher”, mas este homem ou esta mulher, podem
estar disponíveis no campo simbólico, mas não estão organizados para cada um de
nós. Essa concepção de sujeito, embora fundada em Ferdinand de Saussure e Jacques
Lacan, questiona o modelo rigorosamente estruturalista do psiquismo: a possibilidade
de cada analisando constituir, em final de análise, uma “estilística da
existência” implica necessariamente a criação de novas perspectivas narrativas.
Em Freud, todo neurótico é um narrador de sua “novela familiar” eternamente
repetida, cheia de certezas imaginárias que justificam e dão sentido ao
sintoma. Mas, nas narrativas neuróticas, o sujeito antes é falado – pelo Outro,
pelos pais, pela estrutura em que se encontra – do que fala. Tais narrativas
devem dar lugar, ao longo de uma análise, a outro enredo: este, o analisando
vai escrever sozinho, tendo como primeiro interlocutor (leitor?) seu analista.
A direção de uma cura, na expressão de Lacan, passa não por uma modificação da
estrutura da linguagem que o sujeito habita, mas por uma modificação
de suas práticas falantes. Dominar (relativamente) nossas práticas
linguageiras, em vez de sermos alienados a elas, eis uma
possibilidade de cura vislumbrada pela psicanálise.
Victor
Gassion torna-se um jovem cavalariço com a tropa equestre Louis Dianta em
Sevilha; aos 11 anos, foi escudeiro do circo Napoléon Rancy, onde se juntou às
quadrilhas com o nome de Gassion de Falaise, depois ao circo Ciotti com o qual
viajou para a França e Suíça, para garantir compromissos de trabalho em circos
mais famosos como Plège ou Rancy, incidentalmente fazendo o halterofilista, “o
auguste ou o ato de equilíbrio”. Seu pai Louis Gassion tornou-se comerciante de
vinhos e fabricante de limonada em Vaugueux, Caen, na esquina das ruas Portes
au berger e Chanoine Ruel. A família montou um bazar denominado “La Grande Charbonnerie
du Calvados”, depois com o Cirque de l`Impératrice. Originalmente com o
nome Cirque d`Été (Summer Circus), representava um teatro
equestre parisiense e uma espécie de hipódromo coberto construído em
1841, com projetos do arquiteto Jacques Hittorff. Era a casa de veraneio do Théâtre Franconi,
trupe equestre do Cirque Olympique, cuja licença é vendida em 1836 a
Louis Dejean por Adolphe Franconi, neto do fundador, Antonio Franconi
(1738-1836) um habilidoso cavaleiro italiano. Ele começou como malabarista, profissionalmente, médico, mas também organizando touradas em cidades prósperas como Lyon e Bordeaux.
Em 1783, ele se associou ao cavaleiro inglês Philip Astley, que abriu uma escola de equitação em Paris e fundou um teatro equestre chamado Cirque Olympique, que adquiriu uma reputação impressionante. Seus filhos e netos continuaram a atrair o público com o talento de seus escudeiros e a perfeição de seu carisma em suas fantasias e peças militares. O último escudeiro famoso com este nome foi Laurent Franconi, que morreu em 1849. Certa vez, Napoleão comentou acidamente com seu marechal Joachim Murat, que estava alegremente vestido com um extravagante uniforme polonês após a Batalha de Heilsberg em 1807, que ele se parecia com Franconi – “Vous avez l`air de Franconi”. Mais tarde, o circo também foi usado para outros fins, incluindo grandes concertos regidos por Hector Berlioz. O novo teatro localizava-se no lado Nordeste do Rond-Point da Champs-Élysées. Inicialmente chamado de Cirque National, também ficou reconhecido como Cirque des Champs-Élysées e Cirque Olympique des Champs-Élysées. Em 1853 foi renomeado para Cirque de l`Impératrice, em homenagem à nova Imperatriz Eugénie, um nome que manteve até a queda do império em 1870. A guerra, que teve início em julho de 1870, gerando derrotas francesas. Em agosto, Napoleão III já havia sido capturado pelas tropas prussianas. Louis Jules Trochu (1815-1896) foi um general e político francês. Ocupou o cargo de primeiro-ministro da França, entre 4 de setembro de 1870 a 18 de fevereiro de 1871. Além disso, Louis Trochu tentou comandar um “front” aparentemente de resistência política de um governo provisório, mas Paris foi cercada brutalmente pelos prussianos em 19 de setembro.
Louis Alphonse teria sete irmãs, duas das quais morreram na infância. Filho do baile, iniciou sua carreira como contorcionista no circo Ciotti, circo equestre de origem italiana onde seu pai trabalhava, primeiro com a família e depois como solista. É um homem baixinho de corpo esguio que legará à filha Edith: pesa quarenta e quatro quilos por um metro e cinquenta ou cinquenta e quatro, o que aliado à sua flexibilidade o deixa pronto para a contorção acrobática. Depois do circo Ciotti, passou a fazer turnês com os circos Rancy e Beautour. Em toda parte, ele é apresentado como o antípoda, o homem que anda de cabeça para baixo, por um lado. No dia 4 de setembro de 1914, em Sens Yonne, ele teria se beneficiado de uma licença de três dias para se casar com Annetta Maillard, cantora conhecida pelo nome de Line Marsa. Esta união é selada na direção da Prefeitura, e o ato de casamento preservada nos arquivos municipais indica que a cerimónia teve lugar em 10 horas e 30 minutos, em 4 de setembro, enquanto a luta da 1ª grande guerra grassa no leste da França e os alemães ameaçam Paris. O escrivão de plantão naquele dia era Alphonse Dupêchez, deputado do senador-prefeito de Sens, uma comuna francesa administrativa de Borgonha-Franco-Condado, Lucien Cornet, e filho de Sylvain Dupêchez, ilustre prefeito da cidade, de 1872 a 1879.
A presença de Louis Gassion e Annetta Maillard em Sens é explicada pela incorporação de Louis, o 11 de agosto de 1914 no 89º Regimento de Infantaria. Nesse período, ele estava lotado no quartel de Gémeau, local posteriormente ocupado pela Academia Nacional de Polícia. Em seu livro Piaf, a verdade (2008), o biógrafo Emmanuel Bonini confirma que a mobilização da “segunda classe” Gassion é o único vínculo do casal com Sens: - “Eles se casaram lá durante uma licença de três dias, então estavam domiciliados em Paris, rue du Château des Pensioners no XIIIº distrito. O autor acrescenta que “as quatro testemunhas do casamento - um tipógrafo de Vendôme, um gravador parisiense, um fazendeiro da comuna de Wissous e um vendedor de Savigny-sur-Orge, foram certamente todas mobilizadas em Sens, antes de se juntarem à frente”. Com sua esposa, ele tem uma filha, nascida em 19 de dezembro de 1915, Édith, a futura Edith Piaf, que confiou por volta dos dois anos à sua mãe Louise Léontine em Bernay na Normandia, Titine, que mal amava o filho, porque a sua mulher não tinha fibra materna e tem dificuldade em cuidar do filho. Eles também têm um filho: Herbert Gassion nascido em 31 de agosto de 1918 em Marselha e falecido em 22 de janeiro de 1997 em Clichy.
Em 1922, Louis Gassion, que acabava de conseguir uma nomeação no circo Caroli, levou consigo a menina de 9 anos, para viver em seu trailer a vida de artistas de pequenos circos itinerantes. Com mão ágil e pouca ternura pela filha, ele coleciona amantes. Então Louis sai do circo, começa para eles a vida de artista de rua independente: é na frente de “espectadores de segunda mão” que Edith, ao lado do pai, canta pela primeira vez em público. Pai e filha hospedados várias vezes na pequena cidade de Garrison de Mourmelon-le-Grand uma comuna francesa na região administrativa do Grande Leste, no departamento de Marne, onde ficava o music hall “Alcazar”. O 4 de junho de 1929, ele se divorcia da mãe de Edith e, no ano seguinte, a garota de 15 anos deixa o pai para cantar um dueto na rua com a amiga Simone Berteaut, reconhecida como Momone. Em 1932, ele se casou novamente com Jeanne L`Hôte, com quem teve uma filha, Denise, nascida em 8 de março de 1931, meia-irmã de Édith Piaf. Louis Gassion morreu em Paris de câncer no pulmão em 1944. Sua filha Édith o enterrou no cofre da família de Père-Lachaise, onde já repousa sua filha Marcelle, falecida em 1935.
Gassion
nasceu em 10 de maio de 1881 em Falaise, departamento de Calvados, França,
localizado na região da Normandia, filho de Victor Alphonse Gassion, era um
cavaleiro do circo, e Louise Léontine (nascido Deschamps), a dona de um bordel
em Bernay, na Normandia. Ele tinha sete irmãs, duas das quais morreram jovens. Iniciou a carreira com o circo Ciotti, tornando-se contorcionista-antipodista. Artista que tem um domínio grande sobre o seu corpo e é muito
flexível. A princípio, ele se apresentava em família, depois, sozinho. Em 4 de
setembro de 1914, se casou com Annetta Giovanna Maillard, cantora de café
nascida na Itália reconhecida pelo nome artístico de Line Marsa. Em 19 de
dezembro de 1915, ela deu à luz sua primeira filha, Édith Giovanna, que se
tornaria Édith Piaf. Ele deixou Édith aos cuidados de sua mãe quando ela tinha
dois anos, depois que Annetta e sua mãe Emma negligenciaram cuidados. Eles
tiveram um segundo filho, Herbert (1918-1997). Em 1922, Louis iria se envolver
no circo Caroli, mas decidiu se tornar ator independente, viajando com vários
circos itinerantes. Louis fazia Édith cantar para a multidão depois que se
apresentava. Foi quando ela percebeu seu talento para cantar. Em 4 de junho de
1929, Louis se divorciou de Annetta, “devido ao abuso de substâncias dela”. Em
1932, quando Édith partiu para morar com o namorado Louis Dupont e a amiga
Simone Bertaut, casou-se com Jeanne Georgette L`Hôte, com quem teve uma
terceira filha, Dénise, nascida em 1931. Gassion morreu de câncer em
3 de março de 1944 em Paris, aos 62 anos.
Sem recursos financeiros e sozinho com a filha, Louis-Alphonse, o pai de Édith a deixou aos cuidados de sua avó materna, Emma Aïcha Saïd ben Mohammed (1876-1930), que era negligente com Édith, “batendo na menina, deixando-a sozinha em uma saleta com fome, e também não cuidava da sua higiene”. Ela ficou dezoito meses com a avó, mas quando o seu pai soube desta situação, decidiu levar a filha consigo, mas não pôde ficar com ela, pois precisou se alistar na armada francesa, para lutar na guerra mundial. Seu pai, mesmo relutando, levou-a para que ficasse com a avó paterna de Édith. Sua avó e as demais prostitutas cuidaram da pequena Édith, em especial a meretriz Titine, que a criou por três anos como sendo sua própria filha. Dos cinco aos seis anos, Édith ficou parcialmente cega, devido a uma queratite. De acordo com uma de suas biografias, ela curou-se depois de sua avó tê-la levado em uma viagem “até a cidade de Lisieux, para que Édith pudesse orar no túmulo de Santa Teresa de Lisieux”. O túmulo é um local popular de peregrinação francês, onde oram para agradecer ou pedir alguma bênção. Uma semana após esse episódio voltou a enxergar. Esse episódio a fez tornar-se uma católica fervorosa lendo a Bíblia, orando de joelhos com seu terço, e usando seu crucifixo. Por toda a vida, Édith Piaf conservou grande devoção à Santa Teresinha, a quem atribuía todas as suas conquistas na vida cotidiana.
Teresa de Lisieux nascida de nome Marie-Françoise-Thérèse Martin (1873-1897), reconhecida como Santa Teresinha do Menino Jesus e da Santa Face, foi uma freira carmelita descalça francesa, e um dos mais influentes modelos de santidade para católicos e religiosos em geral, por seu “jeito prático e simples de abordar a vida espiritual”. Juntamente com São Francisco de Assis, é uma das santas mais populares da história da Igreja. São Pio X chamou-a de “a maior entre os santos modernos”. Teresa recebeu cedo seu chamado para a vida religiosa e, depois de superar inúmeros obstáculos, conseguiu, em 1888, com apenas quinze anos, tornar-se freira para juntar-se às suas duas irmãs mais velhas na comunidade carmelita enclausurada em Lisieux, na Normandia. Depois de nove anos, tendo ocupado funções como sacristã e assistente da mestra das noviças, Teresa passou seus últimos dezoito meses numa “noite de fé” e morreu de tuberculose com apenas vinte e quatro anos de idade. O impacto de sua “A História de uma Alma”, uma coleção de seus manuscritos autobiográficos publicados e distribuídos um ano depois de sua morte foi tremendo e ela rapidamente tornou-se um dos santos mais populares do século XX. Pio XI fez dela a “estrela de seu pontificado”, beatificando-a em 1923 e canonizando-a dois anos depois. Teresa foi também declarada co-padroeira das missões com São Francisco Xavier em 1927 e nomeada co-padroeira da França com Santa Joana d`Arc) em 1944. Em 19 de outubro de 1997, João Paulo II proclamou Teresa a trigésima-terceira Doutora da Igreja, a pessoa mais jovem e a terceira mulher a ter recebido o título. Além de sua autobiografia, Teresa deixou também cartas, poemas, peças religiosas e orações. Suas últimas conversas foram também preservadas por suas irmãs. Pinturas e fotografias, a maioria de sua irmã Céline, ajudaram na popularidade por todo o mundo.
O papa Pio X assinou o decreto
autorizando a abertura do processo de canonização de Teresa em 10 de junho de
1914. Bento XV, para acelerá-lo sine ira et studio “dispensou os
costumeiros cinquenta anos requeridos entre a morte e a beatificação”. Em 14 de
agosto de 1921, ele próprio promulgou o decreto das virtudes heroicas de Teresa
e discursou sobre o “caminho de confiança e amor” de Teresa, recomendando-o a
toda a cristandade. Teresa foi beatificada em 29 de abril de 1923 e canonizada
em 17 de maio de 1925 por Pio XI, apenas 27 anos depois de sua morte. Sua festa
foi incluída no Calendário Geral Romano em 1927 na data de 3 de outubro.
Em 1969, o papa Paulo VI moveu a festa para 1º de outubro, o dia de seu “nascimento
celeste” (dies natalis). Ela é padroeira dos aviadores, floristas, dos
doentes e das missões. É considerada também padroeira da Rússia pelos católicos,
mas a Igreja Ortodoxa Russa não reconhece nem sua santidade e nem o padroado.
Em 1927, Pio XI nomeou Teresa padroeira das missões e, em 1944, Pio XII
proclamou-a co-padroeira da França com sua heroína de infância, Santa Joana d`Arc.
Através da carta apostólica Divini Amoris Scientia (“A Ciência do Amor
Divino”), de 19 de outubro de 1997, João Paulo II (1920-2005) proclamou Teresa
uma Doutora da Igreja, melhor dizendo, mais uma das quatro mulheres a terem
recebido a honra até então. As outras eram Santa Teresa de Ávila, Santa
Catarina de Siena e Santa Hildegarda de Bingen. Em algumas
biografias de Édith Piaf, em 1922, a cantora, uma criança
desconhecida de sete anos - foi curada de uma cegueira depois peregrinar aoo túmulo de Santa Teresinha ainda não havia sido canonizada.
Em
1922, quando tinha sete anos seu pai conseguiu reunir condições financeiras
para tirá-la da companhia da avó, contra a vontade de Édith, que sofreu ao
separa-se de Titine, a que mais lhe dava afeto onde convivia. Seu pai levou-a
para viverem juntos no circo itinerante em que ele trabalhava. A companhia
circense viajava por toda a França. No circo, Édith apaixonou-se pelo mundo
artístico e decidiu que queria ser artista como o pai. Porém, ele saiu do circo
três anos depois devido a constantes desentendimentos com o patrão. Em 1925,
ele voltou para Paris com a filha, e a matriculou numa escola pública pela
manhã, já que Édith não pôde estudar no período que morou no circo, sempre em
trânsito em uma cidade diferente. Seu pai passou a trabalhar por conta própria
fazendo acrobacias nas ruas parisienses. Ao término das aulas, Édith
acompanhava o pai nas suas apresentações, recolhendo o dinheiro, mas o público
sempre questionava qual número circense a menina fazia. Édith ficava calada,
pois não sabia qual era seu talento. Um dia, a menina de dez anos, que,
tentando improvisar alguma apresentação, decidiu cantar o hino nacional
francês, A Marselhesa, sendo muito aplaudida pelo pequeno público que se
aglomerava. Vendo o talento da filha, ambos mantiveram esse
trabalho nas ruas de Paris: Seu pai fazia performances acrobáticas e
Édith cantava.
Aos 15 anos, ela e o pai iniciaram diversas brigas. Ele temia que a jovem tivesse o mesmo destino da mãe, não aceitando a vocação artística da filha, não querendo que ela tentasse ter uma carreira profissional como cantora e se frustrasse, queria lhe arrumar um casamento. Sem o pai saber, Édith já escrevia as suas primeiras canções, e quando não estava se apresentando nas ruas, fazia pequenas apresentações em estabelecimentos locais e ganhava um pouco de dinheiro. Desesperada, e querendo lutar por seus sonhos, Édith fugiu de casa, deixando uma carta de despedida para seu pai, indo viver em um quarto alugado, no Grand Hôtel de Clermont, na rua Veron, 18, em Paris. Nesta época começou a se apresentar publicamente em restaurantes e bares nos bairros nobres de Quartier Pigalle e Ménilmontant, e bairros pobres do subúrbio de Paris. Juntou-se à atriz iniciante, que frequentava suas apresentações, Simone Berteaut (1916-1975), apelidada de Mômone e as duas tornaram-se amigas inseparáveis, tendo ido morar juntas em um pequeno quarto no subúrbio parisiense, para dividir o aluguel. Após um ano que Édith havia saído de casa, e seu pai tentava convencê-la a voltar, o que ela não queria. Estava com 16 anos quando se apaixonou pela primeira vez, por Louis Dupont (1915-1965), um rapaz três anos mais velho, e entregador de pães, o seu primeiro namorado.
Após
três meses de namoro, ela deixou o quarto que vivia com sua amiga e foi morar
no quarto alugado que Louis Dupont vivia sozinho. Inicialmente, ela o ajudava
com as despesas cotidianas, pois ele não se opôs a sua profissão de cantora,
embora Édith Piaf fosse alvo de preconceito por ser, contraditoriamente, na
sociedade classista, uma mulher financeiramente independente. Aos 17 anos, em
11 de fevereiro de 1933, em Paris, Édith deu à luz de parto normal no mesmo
hospital em que nasceu, a sua única filha, Marcelle Léontine Gassion Dupont. A
partir daí, o seu casamento entrou em crise, pois o marido passou a humilhá-la
e agredi-la, impedindo que ela voltasse a cantar. Quando sua filha fez um ano
de vida, ela decidiu sair de casa. Não queria deixar a menina, mas sabia que a
noite não era um lugar saudável para uma criança frequentar. Assim, com as
economias que tinha, voltou a morar sozinha, embora mais distante, se
escondendo de seu ex-marido. A filha adoeceu após a sua partida. Estabelecida, mesmo
ainda com pouco dinheiro, Édith voltou seis meses depois para buscá-la, mas seu
ex-marido não a deixou vê-la, e a justiça nada fez para ajudar a jovem artista
a recuperar a menina, pois a forte censura conservadora, sendo contra os
artistas, era a favor da falsa moralidade dos bons costumes. Impedida de ver
sua filha e sofrendo muito, não pôde mais voltar a procurá-la.
Marcelle
faleceu de meningite, com dois anos de idade, em 7 de julho de 1935, e
foi enterrada no Cemitério do Père-Lachaise, onde posteriormente Édith também
foi enterrada, ao lado de sua filha. A relação familiar conturbada de Édith com
seu pai, que a artista voltou a procurar para uma reconciliação, porém sem
êxito. As brigas com sua mãe, que reapareceu, mas só queria o dinheiro da
cantora, aliado ao adoecimento e falecimento de sua única filha, causaram danos
psicológicos profundos em Édith, que se culpava no momento, desenvolvendo uma
profunda depressão, com diversas tentativas de suicídio. A cantora levou a dor
imensurável da perda de sua filha até o fim de sua vida. O que levou a
dedicar-se de corpo e alma a sua carreira, optando por nunca mais querer ter
filhos. Após reencontrar sua amiga Mômone e voltarem a morar juntas, Édith
começou a cantar em praças, boates, bares e também bordéis. Lá conheceu seu
segundo namorado, um cafetão chamado Albert. A relação tornou-se abusiva com o
tempo, onde ele passou a ameaçá-la: Em troca de não a forçar a se prostituir, “cobrava
comissões sobre o dinheiro que ela ganhava cantando”. Ele passou a prendê-la no
bordel, e impedir que ela cantasse em outros locais. Sua amiga tentou ajudar,
mas a polícia sem formação, tratava cantoras como prostitutas. Após agressões, humilhações e abusos sexuais, conseguiu terminar
definitivamente o relacionamento, quando fugiu do bordel, após descobrir que
ele também era um assassino, e que uma colega que contavam na noite,
chamada Nádia, cometeu suicídio, para não querer se
tornar prostituta.
Alguns médicos pré-renascentistas, como Avicena, aparentam ter tido conhecimento do meningismo. A descrição da meningite tuberculosa, então denominada “hidropisia cerebral”, é geralmente atribuída ao médico escocês Sir Robert Whytt (1714-1766), tendo sido publicada num relatório póstumo revelado em 1768. No entanto, a associação da tuberculose com o seu patógeno só seria estabelecida no século seguinte. A meningite epidêmica aparenta ser um fenômeno relativamente recente na história da humanidade. A primeira grande epidemia documentada ocorreu em 1805 na cidade de Genebra. Nos anos seguintes foram descritas diversas epidemias na Europa e nos Estados Unidos. O primeiro relato de uma epidemia em África data de 1840. As epidemias no continente africano formam-se tornando muito mais comuns ao longo do século XX. Entre 1905 e 1908 ocorreu uma grande epidemia que varreu a Nigéria e o Gana. A primeira descrição da infeção bacteriana como causa subjacente da meningite foi feita pelo bacteriologista austríaco Anton Weichselbaum (1845-1920), que em 1887 descreveu o meningococo. Os primeiros relatórios da doença indicam que a mortalidade era muito elevada, com cerca de 90% dos pacientes a evoluir para morte. Em 1906, o cientista norte-americano Simon Flexner desenvolveu um antissoro produzido em cavalos que proporcionou uma diminuição acentuada da mortalidade da doença meningocócica. Em 1944 constatou-se que a penicilina era um fármaco eficaz no tratamento da meningite. Em finais do século XX, a introdução da vacina contra o Haemophilus influenzae do tipo B resultou numa queda acentuada nos casos de meningite associada a este patógeno.
Édith Piaf teve uma vida marcada por sofrimentos e tragédias, o que lhe rendeu uma série de biografias, criando diversas controvérsias e dúvidas acerca de alguns fatos reais de sua história. Devido a problemas de saúde, Piaf ficou cega com 3 anos de idade, recuperando a visão alguns anos mais tarde. No início da adolescência, Piaf passou a acompanhar o pai em algumas apresentações circenses. Aos 15 anos já cantava nas ruas de Paris, em cafés, feiras e praças. Neste período, apaixonou-se por um soldado da Legião Estrangeira, com quem teve uma filha, Marcelle, que morreu antes de completar dois anos de idade. Após tentar inutilmente mostrar seu trabalho a algumas gravadoras e editoras, foi descoberta por Louis Leplée, dono de um cabaré famoso. Foi ele quem a iniciou na vida artística e a batizou “Piaf” - passarinho. La vie en rose é uma canção francesa, que se tornou conhecida mundialmente na voz de Édith Piaf, considerada por muitos a maior cantora francesa de todos os tempos. Virou a canção-assinatura de Piaf após ter sido lançada em 1946 e fazer um estrondoso sucesso em todo o mundo. A letra foi escrita por Piaf em 1945 e a melodia por seu parceiro Louis Guglielmi. A sua versão single em discos, lançada em 1947, já vendeu milhões de cópias por todo o mundo, sendo sempre relançada em diversos discos da artista, como a favorita do público de Piaf. Reconhecida internacionalmente, Edith Piaf (1915-1963) se tornou um símbolo da canção francesa. Durante a 2ª guerra mundial (1939-1945), Edith Piaf era a cantora mais importante na França e apresentava-se para as tropas da França ocupada, “muitas vezes acusada de traição pelos seus compatriotas”. Além disso, ao que parece ela trabalhava como uma infiltrada da resistência francesa. Sua consagração aconteceu depois guerra, quando se tornou a musa de poetas e intelectuais da Paris existencialista e ganhou a admiração incondicional do público. Piaf voltou aos grandes cenários da França, da Europa e da América do Norte.
Ficou
amiga de Marlene Dietrich e se tornou a grande dama da canção francesa,
ajudando talentos emergentes como Charles Aznavour, Georges Moustaki, Yves
Montand e relacionando-se com intelectuais como Jean Cocteau. Em 1946, Piaf
gravou a marcante canção La Vie en Rose, uma das músicas mais conhecidas
do mundo. Após a morte do seu novo amor, Marcel Cerdán, devido a um acidente de
avião, a cantora escreveu Hymne à l’Amour. Nos anos 1950, a dona de uma
voz marcante conquistou uma projeção internacional e, enquanto tentava se
livrar do vício na morfina, a cantora casou-se com o cantor Jacques Pills (1910-1970)
e manteve relações amorosas com Charles Aznavour, um cantor francês de origem armênia,
também letrista e ator, além de ser um dos mais populares e longevos cantores
da França, ele foi também um dos cantores franceses mais reconhecidos no
exterior e George Moustaki, nascido no Egito, de pais judeus gregos de Corfu, uma ilha grega do mar Jônico situada na costa da Albânia, de que é
separada por estreitos variando em comprimento de 3 a 23 km, incluindo um perto
de Butrint e outro perto de Tesprócia. A ilha é uma unidade regional da Grécia,
pertencente a região das Ilhas Jônicas. Sua capital é a cidade de Corfu, a
principal cidade da ilha, onde está a Universidade Jónica, ipso facto
onde cresceu em um ambiente entre judeus, gregos, italianos, árabes, franceses
e cedo se apaixonou pela literatura e pela canção francesas, particularmente
por Édith Piaf. Transfere-se para Paris em 1951, onde trabalha como jornalista
e depois barman em um piano-bar, o que o leva a personalidades, como Georges Brassens, que terá grande influência sobre sua
carreira e de quem adota o nome. Em 1958, encontrará Édith Piaf. Para ela
escreverá Milord e terá um rápido e intenso romance. Em 1974,
em homenagem à Revolução dos Cravos, gravou a canção Portugal, versão do
Fado Tropical de Chico Buarque e Ruy Guerra, composta dois anos antes
para a peça Calabar.
Com
o fim da segunda guerra, ela se tornou famosa no mundo todo e viajou a través
da Europa, dos Estados Unidos e inclusive para a América do Sul. Na década do
1950 ficou ainda mais popular depois da sua aparição em programas de televisão
como o show de Ed Sullivan, onde se apresentou por oito vezes e teve um impacto
nunca antes visto no público da América. Dona de uma voz inconfundível, ficou
famosa pelo modo quase teatral de interpretar suas músicas, como as clássicas La
Vie en Rose (1946), de sua autoria e Non Je ne Regrette Rien (1956).
Tornada clássica, La vie en rose já foi gravada por dezenas de cantores,
inclusive uma versão do gênero fado em 1960, pela cantora portuguesa Amália
Rodrigues, pop em 1977, na voz da cantora e atriz jamaicana Grace Jones, e
depois usado na trilha sonora do filme Prêt-à-Porter, de 1994, que se
passa durante a temporada das coleções de moda em Paris, mesclando o enredo com
cenas reais dos desfiles e de seus bastidores. O filme, que tem a participação
de dezenas de atores e atrizes em pequenos papéis, também conta com a presença
de diversas celebridades do mundo da moda, como modelos e designers famosos em
imagens reais. Robert Altman faz uma radiografia crítica e satírica do
hedonismo, egocentrismo e futilidade existente no universo da moda. Aparece
também no filme O Senhor das Armas em 2005, com Nicolas Cage no elenco.
Em 1998, a canção deu título ao documentário feito sobre a vida de Édith Piaf e
entrou para o Hall da Fama do Prêmio Grammy. Em novembro de 2003, foi
gravada pela cantora Cyndi Lauper, em seu álbum de regravações clássicas At
Last. No Filme Wall-E, 2008, é interpretada na voz de Louis
Armstrong com a versão da música em inglês, que tinha sido escrita em 1950 por
ele. Na série How I Met Your Mother, a personagem Tracy McConnell canta
a versão realizada pelo extraordinário Louis Armstrong (1901-1971). No Filme A Star Is Born (2018),
a personagem Ally interpretada pela fascinante Lady Gaga, canta a canção num bar drag
queens no momento em que o seu personagem reconhece o par romântico.
Bibliografia geral
consultada.
PIAF, Édith, Les Amants de Paris. London: Editor Tony Watts, 2000; Idem, As Cartas de Amor de Édith Piaf. Tradução de Anna Maria Capovilla. 1ª dição. São Paulo: Amarilys Editora, 2012; OLIVA NETO, João Angelo, Falo no Jardim: Priapéia Grega, Priapéia Latina. Campinas: Editora Unicamp, 2006; TOURAINE, Alain, El Mundo de las Mujeres. Barcelona: Ediciones Paidós Ibérica, 2007; ANDRÉ, Jacques, Aux Origines Féminines de la Sexualité. Paris: Presses Universitaires de France, 2007; CARNEIRO, Henrique Figueiredo, “Piaf: um Hino ao Amor”. In: Revista Mal Estar e Subjetividade. Volume 7, nº 2, pp. 581-585, 2007; KEHL, Maria Rita, Deslocamentos do Feminino. A Mulher Freudiana na Passagem para a Modernidade. Rio de Janeiro: Editora Imago, 2008; BURKE, Carolyn, Piaf: Uma vida. São Paulo: Editora Leya, 2012; BELLERET, Robert, Piaf, un Mythe Français. Paris: Editeur Fayard, 2013; GONÇALVES, Helena da Conceição, A Francofonia e a Formação de Professores de Francês Língua Estrangeira no Estado do Rio de Janeiro. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-graduação em Estudos de Linguagem. Instituto de Letras. Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2014; GÓES, Weber Lopes, Racismo, Eugenia no Pensamento Conservador Brasileiro: A Proposta de Povo em Renato Kehl. Dissertação de Mestrado em Ciências Sociais. Faculdade de Filosofia e Ciências. Marília: Universidade Estadual Paulista, 2015; FLÉOTEUR, Claude, Edith Piaf, Dix Minutes de Bonheur par Jour, c`est Déjà pas Mal. Paris: Editeur Le Cherche-Midi, 2015; RICHER, Ginou, Piaf, Mon Amie. Paris: Denoël Editeur, 2015; DIDIER-WEILL, Alain, Os Nomes do Pai. Rio de Janeiro: Editor Contracapa, 2015; FRAISSE, Geneviève, Los Excesos del Género: Concepto, Imagén e Desnudez. Madrid: Ediciones Catedra, 2016; POMMIER, Gérard, Lo Feminino, una Revolución sin Fin. Buenos Aires: Ediciones Paidós, 2018; BARBOSA, Ana Mae; AMARAL, Vitória, Mulheres Não Devem Ficar em Silêncio: Arte, Design e Educação. São Paulo: Editora Cortez, 2019; FRAGOSO, Fedro; VALENTE, Heloísa de Araújo Duarte, “Os Últimos Dias de Édith Piaf: De Persona Vocal a Ícone da Cultura Midiática”. In: Revista Hipótese. Itapetininga (SP), volume 7, pp. 1-20, fevereiro de 2021; Artigo: “Com Letícia Sabatella, Piaf e Brecht - A Vida em Vermelho”. Disponível em: https://acessocultural.com.br/2022/06/02; entre outros.
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