quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Comunidade Amish - Memória da Guerra & Destino de Grace.

                                    Instead of putting others in their place, put yourself in their place”. Provérbio Amish

            A primeira visita documentada a terras canadenses por navegadores europeus ocorreu em 1497 ou 1498, quando o veneziano ao serviço de Inglaterra Giovanni Caboto, reconhecido em inglês como John Cabot aportou à Terra Nova. Alguns historiadores compreendem que há indícios que a Terra Nova já teria sido rebuscada pelo navegador português João Vaz Corte Real em 1472, ou antes e por Diogo de Teive e o seu piloto Pero Vasques Saavedra em 1452. A colonização europeia começou efetivamente no século XVI, quando os britânicos, e principalmente, os franceses estabeleceram-se pelo Canadá. Os britânicos não tiveram uma forte presença no antigo Canadá, instalando-se originalmente na Terra de Rupert, sendo que a região dos Grandes Lagos e do Rio São Lourenço, bem como a região que atualmente compõe as províncias de Nova Escócia e Novo Brunswick, estava sob domínio territorial dos franceses. A Nova França e a Acádia continuavam a se expandir. Essa expansão territorial não foi bem aceita pelos iroqueses, e, também pelos britânicos e os colonos rearranjados das chamadas Treze Colônias, desencadeando uma série de batalhas que culminou, em 1763, no Tratado de Paris, no qual os franceses cederam seus territórios da Nova França e da Acádia aos britânicos.

            Os iroqueses eram primariamente nômades. Até o século XVII, formavam o que é chamado de nação iroquesa. Esta nação indígena é composta pelos seguintes povos Seneca, Cayuga, Onondaga, Oneida, Mohawk e Tuscarora, formando uma confederação distribuída entre o Canadá e os Estados Unidos, no estado de Nova Iorque e província de Quebec. Os iroqueses foram estudados, no século XVIII, pelo missionário jesuíta J. F. Lafitau (1681-1746), que chegou a conviver com eles. Sua obra, Mœures des Sauvages Américains Comparées aux Mœurs des Premiers Temps, publicada em 1724 (cf. Silva, 2015), descreve os princípios básicos da sociedade iroquesa em relação a sua matriarcalidade e matrilinearidade. Lafitau abordou também os ritos de casamento, os jogos, lazer, doenças, enterros, língua, caça, educação e a divisão de trabalho entre os iroqueses, enfocando seus estudos na religião. Para ele, os iroqueses possuíam a sua religião, diferentemente de pensadores anteriores, que afirmavam que os índios não tinham religião alguma, embora esta não fosse tão organizada quanto a religião católica. Embora possuíssem religião, eram desprovidos de leis e política. Demonstra, também, que a religião dos nativos deturpava a “verdadeira” religião: o Catolicismo. Ao estudar os iroqueses, J. C. Lafitau distinguiu características positivas, como a coragem, e negativas, como vingança e cobiça, inovando ao utilizar o método de análise comparativo, ao comparar os iroqueses aos heróis de Homero, na comunidade científica europeia, se idealizavam os gregos e romanos. 

Lafitau enaltecia os iroqueses, ao dizer que as construções náuticas desses povos eram parecidas, mas também os denegria, afirmando que a brutalidade dos heróis de Homero não se distinguia da ferocidade dos iroqueses, ferocidade esta que ele considerava como sendo inata. Mesmo assim, a importância social e histórica se deu pelo que deixou os nativos mais humanos, diferentemente de pensadores da filosofia moral como Bernard Mandeville (1670-1733) que assemelhavam os nativos a monstros. A Economia dos iroqueses tem como escopo a produção comunal e ao sistema combinado de horticultura e de caçador-recoletor. As tribos da Confederação Iroquesa e outras do Norte do continente americano que compartilhavam idioma (iroquês), como o povo Huron, viviam na região do atual Estado de Nova York e a Região dos Grandes Lagos. A Confederação Iroquesa compunha-se de seis tribos existentes antes da história da colonização europeia da América. Mesmo não sendo iroquês, o povo Huron entrava no mesmo grupo linguístico e compartilhava economia com os iroqueses. Os hurões, huronianos, wyandot ou wendat representam um grupo de indígenas agricultores da América do Norte. Antigamente, viviam em tribos de até mil membros. Em suas aldeias, que eram geralmente fortificadas, eles chegavam a construir casas comunais de até 60 , semelhante aos iroqueses (outro povo indígena norte-americano que habitou o território correspondente ao Canadá). Eles possuíam uma língua comum e sobreviviam do cultivo de feijão, milho e abóbora. A caça e a pesca forneciam alimento adicional aos huronianos que possuem várias reservas em Quebec e nos Estados Unidos.

Os Estados Unidos, em 1812, invadiram o Canadá Inferior e o Canadá Superior, na tentativa de anexar o resto das colônias britânicas na América do Norte, desencadeando a Guerra de 1812. Os Estados Unidos não tiveram sucesso, recuando ao tomarem conhecimento da chegada de tropas britânicas enviadas para combatê-los, mas, ocuparam temporariamente as cidades de York (atual Toronto) e Quebec, queimando-as ao se retirarem. Como o Reino Unido ainda mantinha o controle das relações exteriores do Canadá, ao abrigo da Lei da Confederação, com a declaração britânica de guerra em 1914, o Canadá foi automaticamente envolvido na 1ª grande guerra. O Canadá declarou guerra à Alemanha de forma independente durante a 2ª guerra mundial sob o governo do primeiro-ministro liberal William Lyon Mackenzie King, três dias após o Reino Unido. As primeiras unidades do Exército canadense chegaram na Grã-Bretanha em dezembro de 1939. Em 1919, o Canadá entrou na Liga das Nações, independentemente do Reino Unido e, em 1931, o Estatuto de Westminster, afirmou a Independência do Canadá. O Domínio de Terra Nova (Terra Nova e Labrador), equivalente do Canadá e da Austrália como um domínio, uniu-se ao Canadá em 1949. O crescimento do Canadá, combinado com as políticas dos sucessivos governos liberais, levou ao aparecimento de uma nova identidade canadense, marcada pela adoção da atual bandeira, em 1965, a aplicação do bilinguismo oficial ocorreu em 1969, e o multiculturalismo oficial em 1971. O Quebec passou por profundas mudanças sociais e econômicas através da “Revolução Tranquila”, dando origem a um movimento separatista radical na província Front de libération du Québec (FLQ), cujas ações culminaram na Crise de Outubro de 1970.

O termo Amish surgiu originalmente do nome do líder religioso Jakob Amman (1644-1712), um suíço anabatista, defensor radical da Reforma Protestante, a Igreja Mennonita, que debateu fervorosamente ideias religiosas para que a Bíblia fosse interpretada de forma literal. Por conta de sua influência, houve uma ruptura entre os radicais, e os seguidores de Amman ficaram reconhecidos como Amish. No contexto da comunidade Amish, além de os anabatistas pertencerem a uma ala radical da Reforma são contra o batismo de bebês. Segundo acreditam, esse ritual só deve ser realizado quando o cristão for capaz de aceitar a sua fé. Assim, geralmente, os Amish se batizam provavelmente entre os 18 e os 22 anos de idade e, só depois disso, eles podem realizar o desejo se casar, e apenas com membros de sua própria igreja, evidentemente. Ao contrário de outros grupos cristãos, que tentam converter pessoas para a sua fé, os Amish não participam de “missões” nem de “trabalhos de evangelização” para aumentar o número de fiéis. Quem quiser se converter primeiro precisa aprender o dialeto falado pelos Amish, derivado do alemão, abandonar os luxos da vida moderna, passar uma temporada na comunidade e ser aceito por meio de uma votação. Os Amish são contra as formas de violência e, ipso facto, os membros da comunidade não ingressam nas Forças Armadas de seus países.

Rumspringa se refere ao rito de passagem (cf. Van Gennep, 1978), compreendendo um período de “liberdade” ao qual os adolescentes têm direito quando atingem os 16 anos de idade. Os mais comuns são os ligados a nascimentos, mortes, casamentos e formaturas. Em nossa sociedade, os ritos ligados a nascimentos, mortes e casamentos são praticamente monopolizados pelas religiões. Durante o Rumspringa, os jovens podem fazer uma série de coisas que eles normalmente seriam proibidos de fazer, como ir ao cinema e aprender a dirigir, por exemplo, embora alguns aproveitem “para provar bebidas alcoólicas e até drogas”. Basicamente, as mulheres das comunidades Amish se limitam apenas serem “donas de casa e se ocupam de cozinhar, costurar, limpar, organizar o lar e ajudar os vizinhos”. Em locais públicos, elas quase sempre são vistas seguindo os maridos. Os homens têm papel dominante nas comunidades, e é possível distinguir os casados dos solteiros por conta da barba. Apenas pela barba, já que “os bigodes são proibidos”. As crianças são alfabetizadas em escolas paroquiais por integrantes da comunidade e, mais tarde, em casa por membros de sua família para realizar atividades relacionadas com a agricultura e carpintaria. Os membros que não andarem na linha podem sofrer duras consequências. Dependendo da infração, os transgressores são isolados pela  comunidade para que envergonhados, assim voltem para a igreja onde seus erros são apontados.

                        

Ritos de passagem são celebrações que marcam mudanças de status de uma pessoa no interior de sua comunidade. Os ritos de passagem (cf. Van Gennep, 1978) podem ter caráter social, comunitário ou religioso.  Ritos de passagem são aqueles que marcam momentos importantes na vida das pessoas. Os mais comuns são os ligados a nascimentos, mortes, casamentos e formaturas. Em nossa sociedade, os ritos ligados aos nascimentos, mortes e casamentos são praticamente monopolizados pelas religiões. Já as formaturas não costumam ser, em si, religiosas, mas frequentemente têm importantes momentos religiosos. O termo foi popularizado pelo antropólogo franco-holandês Arnold van Gennep no início do século XX, mas também desenvolvido por Mary Douglas e Victor Turner na década de 1960. Em todas as sociedades chamadas pela antropologia colonialista de “primitivas”, determinados momentos na vida de seus membros eram marcados por cerimônias especiais, reconhecidas como “ritos de iniciação” ou “ritos de passagem”. Essas cerimônias, mais do que representarem uma transição ritual para o indivíduo, representam sua progressiva aceitação e participação tanto na sociedade local e simultaneamente global em que está disponível, sendo a representação social de cunho tanto individual quanto coletivamente.

Geralmente, a primeira dessas cerimônias era praticada dentro do próprio ambiente familiar, logo em seguida ao nascimento. Nesse rito, o recém-nascido era apresentado aos seus antecedentes diretos, e era reconhecido como sendo parte da linhagem ancestral. Seu nome, previamente escolhido, era então pronunciado para ele pela primeira vez, de forma solene. Anos mais tarde, ao atingir a puberdade, o jovem passava por outra cerimônia. Para as mulheres, isso se dava geralmente no momento da primeira menstruação, marcando o fato que, entrando no seu período fértil, estava apta a preparar-se para o casamento. Para os rapazes, essa cerimônia geralmente se dava no momento em que ele fazia a caça e o abate do primeiro animal. Ligadas, portanto, ao derramamento de sangue, essas cerimônias significavam a integração daquela pessoa como membro produtivo da tribo: ao derramar sangue para a preservação da comunidade pela procriação ou pela alimentação, ela estava simbolicamente misturando o seu próprio sangue ao sangue do seu clã. Variadas cerimônias marcavam, ainda, a idade adulta. Entre os nativos norte-americanos, algumas tribos praticavam um rito onde a pele do peito dos jovens guerreiros era trespassada por espetos e repuxada por cordas. A dor e o sangue derramado eram, dessa forma, considerados como uma retribuição à Terra das dádivas que a tribo recebera até ali. Outras cerimônias seguiam-se, ao longo da vida. O casamento era uma delas, e os ritos fúnebres eram considerados como a última transição, aquela que propiciava a entrada no chamado “reino dos mortos” e garantia o retorno futuro ao “mundo dos vivos”.

Nas sociedades contemporâneas muitos desses ritos subsistiram embora muitos deles esvaziados do seu conteúdo de sentido simbólico. Batismo e festas de aniversário de 15 anos, por exemplo, são resquícios desse tipo de cerimônia, que hoje representam muito mais um compromisso social do que a demarcação do início de uma nova fase na vida do indivíduo. No entanto, a troca do símbolo pela ostentação pura e simples, acaba criando a desestruturação do padrão social. Os ritos de passagem estão inseridos em algumas das religiões afro-brasileiras, estando mais presentes no Culto de Ifá, nos rituais   Candomblé e Culto aos Egungun que, seguindo as tradições africanas, fazem o ritual do nascimento, ritual do nome quando uma criança é “apresentada ao Orun e ao Tempo, ritual de iniciação ou feitura de santo, algumas fazem o ritual do casamento, o ritual fúnebre e o ritual do Axexê quando a pessoa iniciada morre”. A Umbanda e Quimbanda não incluem os ritos de passagem, nem feitura de santo propriamente dita, uma vez que não incorporam Orixás, usa-se o termo “fazer a cabeça” onde pode existir a catulagem e pintura, porém a cabeça não é raspada completamente, e não tem imposição do adoxú. A reclusão nesses casos é de 3 a 7 dias, feita a instrução esotérica, aprendizado das rezas e pontos riscados e cantados, e é feita a apresentação pública naquele espaço reservado.

Isto porque na segunda metade do século XIX, os amish se dividiram em vários subgrupos, dentre os quais os amish da antiga ordem incluem aproximadamente um terço da comunidade. A maioria dos subgrupos perderam suas peculiaridades amish, não da ordem antiga, mas assimilaram-se mais ou menos à sociedade majoritária norte-americana. Os subgrupos amish mais ou menos assimilados e que ainda existem são os menonitas amish e os beachy amish. Os primeiros amish começaram a migrar para os Estados Unidos da América no século XVIII, para evitar perseguições e o serviço militar obrigatório. Os primeiros foram para o condado de Berks, Pensilvânia. É um dos 67 do estado norte-americano da Pensilvânia. A sede e maior cidade do condado é Reading. Foi fundado em 11 de março de 1752. O condado possui uma área de 2 242 km², dos quais 24 km² estão cobertos por água, uma população de 411 442 habitantes, e uma densidade de 185,5 habitantes/km² segundo o censo nacional de 2010.

Se a indisciplina for considerada grave como adquirir um computador, ser pego tomando bebidas alcóolicas e não ajoelhar durante o culto, os acusados podem ser banidos e expulsos, e todo e qualquer contato com essas pessoas é completamente cortado. O mais interessante é que, apesar de ser um grupo incrivelmente conservador e com regras pra lá de severas, estima-se que entre 80% e 90% das crianças Amish crescem e permanecem na comunidade. Uma das festividades mais icônicas dos Amish é a construção de celeiros, quando a comunidade se reúne para edificar para um dos membros do grupo, e o gesto serve para simbolizar o ato de desprendimento pessoal e o intuito de ajudar os demais. Amish representa um grupo religioso cristão anabatista baseado nos Estados Unidos da América e no Canadá. São reconhecidos pelos costumes ultraconservadores, como o uso restrito de equipamentos eletrônicos, inclusive telefones e automóveis. Quando se fala dos amish, quase sempre se refere aos amish da antiga ordem (“Old Order Amish”).

As relações entre Canadá e Estados Unidos abrangem mais de dois séculos. Isto inclui uma herança colonial britânica compartilhada, conflitos entre 1770 e 1812, e o eventual desenvolvimento de um dos relacionamentos de maior sucesso internacional no mundo moderno. Um é o principal parceiro econômico do outro, e o turismo em grande escala e a migração entre as duas nações aumentou as semelhanças. A ruptura mais grave na relação bilateral ocorreu com a Guerra de 1812, que viu uma invasão dos Estados Unidos da então América do Norte Britânica, e contra-invasões de forças britânico-canadenses. A fronteira foi desmilitarizada após a guerra e, além de incursões menores, manteve-se pacífica. Um volume intenso de comércio e migração entre os Estados Unidos e o Canadá tem gerado uma maior aproximação, especialmente após a assinatura do Acordo de Livre Comércio Canadá - Estados Unidos, em 1988. Canadá e os Estados Unidos representam a maior parceria comercial do mundo. Além disto, as duas nações possuem a maior fronteira compartilhada do planeta, com 8.891 km de extensão, e também mantêm significante interoperabilidade na área de defesa e segurança.

As recentes dificuldades nas relações canadiano-americanas devem-se às disputas comerciais, questões sobre o meio ambiente (habitat) e à constante preocupação do governo canadense sobre a exportação petrolífera. Apesar disto, o comércio manteve o crescimento, especialmente após a solidificação da Nafta, bloco econômico formado pelos três países da América do Norte, é marcado pelo protagonismo dos Estados Unidos da América e pelas várias críticas existentes. O Nafta – sigla em inglês para Tratado Norte-Americano de Livre Comércio – é um bloco econômico composto por Estados Unidos, México e Canadá de cooperação em diversas áreas, troca de recursos, serviços e população permanecem fortes com o estabelecimento de agências de inspeção de fronteiras que atuam em ambos os territórios. No florescer da Revolução Americana, os revolucionários americanos esperavam o apoio dos franco-canadianos no Québec e colonialistas na Nova Escócia, sendo que ambos os grupos estavam previamente autorizados a unir forças com o Exército Continental pelos Artigos da Confederação.

Quando o Canadá foi invadido, milhares uniram-se à causa americana e formaram regimentos que combateram durante o restante do conflito; contudo a maioria dos canadenses mantiveram neutralidade ou passaram ao lado britânico. A Grã-Bretanha salientou que os direitos dos franco-canadenses já haviam sido assegurados pelo Ato do Québec, o qual foi visto pelas colônias americanas como um dos Atos Intoleráveis. A invasão americana foi um fiasco e os britânicos ampliaram seus domínios aos territórios do norte. Em 1777, uma grande invasão britânica a Nova Iorque desencadeou a rendição de todo o Exército Britânico em Saratoga e culminou na entrada da França no conflito ao lado dos americanos. Após a Guerra da Independência, o Canadá se tornou refúgio de cerca de 75 mil legalistas que desejavam ou foram compelidos a deixar os Estados Unidos. Entre os legalistas, 3.500 eram afro-americanos. A maioria mudou-se para Nova Escócia, em 1792, 1.200 destes povos migraram para Serra Leoa. Cerca de 2 mil africanos foram escravizados por colonos legalistas nesta condição até a abolição da escravidão em 1833. Antes de 1860, cerca de 30 mil africanos entraram no Canadá.             

A maioria das comunidades Amish que foram estabelecidas na América do Norte, no final não mantinham sua identidade Amish. A divisão principal que resultou na perda de identidade de muitas congregações amish ocorreu no terceiro quartel do século XIX. Nos anos após 1850, as tensões aumentaram entre os Amish. Entre 1862 e 1878, foram realizadas conferências ministeriais anuais, sobre a questão como os amish deveriam lidar com as tensões causadas pelas pressões da sociedade moderna. Não foi possível chegar a um compromisso entre os amish tradicionalistas e os amish mais progressistas o que levou a isso, que os bispos mais tradicionais concordaram em boicotar as conferências. Os amish progressistas, compreendendo cerca de dois terços, tornaram-se conhecidos pelo nome menonitas amish (Amish Mennonites), eventualmente, a grande maioria unira-se à igreja menonita e outras denominações menonitas no início do século XX. Os grupos tradicionais são conhecidos amish da antiga ordem (Old Order Amish). Como nenhuma divisão ocorreu na Europa, as congregações Amish que lá permaneciam, tomaram o mesmo caminho que os menonitas amish e lentamente se fundiram com os menonitas.

       Estimativas do início da década de 2000 registravam a existência de 198 mil membros da comunidade Amish no mundo, sendo 47 mil apenas na Pensilvânia. Esses grupos são compostos por descendentes de algumas centenas de alemães e suíços que migraram para os Estados Unidos da América e o Canadá. Os amish preferem viver afastados do restante da sociedade. Eles não prestam serviços militares, não pagam a Segurança Social e não aceitam qualquer forma de assistência do governo. Todos evitam até mesmo fazer seguro de vida. A grande maioria fala um dialeto alemão reconhecido como “Alemão da Pensilvânia”. Eles dividem-se em irmandades (affiliations), que por sua vez se divide em distritos ou congregações. Cada distrito é independente e tem suas próprias regras de convivência. - Homens usando ternos e chapéus pretos e mulheres com a cabeça coberta por um capuz branco e com um vestido preto. Os amish não gostam de ser fotografados. Interpretam com a Bíblia, que um cristão não deve manter sua própria imagem. Eles acreditam também que ser fotografado mostra falta de humildade. O filme A Testemunha, com Harrison Ford, mostra o modo de vida dos amish.  

É um filme norte-americano de 1985, do gênero policial, dirigido por Peter Weir e baseado em história social de Pamela Wallace, William Kelley e Earl W. Wallace. A viúva Rachel e seu filho amish Samuel, de oito anos, pretendem viajar para Baltimore, mas na estação de trens da Filadélfia, o menino presencia o assassinato de um policial e reconhece outro policial como o assassino. Para protegê-los, John Book, o policial encarregado do caso, resolve levá-los de volta para a comunidade a que eles pertencem e que recusa os benefícios da vida moderna. Ao ser ferido pelos assassinos, o detetive precisa permanecer na comunidade até que se recupere da enfermidade e encontra dificuldades para se adaptar ao novo estilo de vida. Ao final os suspeitos e John travam uma batalha final. O culto Amish é praticado desde a mesma concepção do Anabatismo da Reforma, consiste quase não de atos rituais, mas principalmente de sermão e canção. Dunkers ou Igreja dos Irmãos (Schwarzenau Brethren) representam grupos de cristãos de doutrina pietista-anabatista organizados na Alemanha no século XVIII. Em agosto de 1708, no distrito de Schwarzenau, sob a liderança de Alexander Mack, um grupo de oito pessoas do movimento pietista alemão, foi batizado por trina imersão no Rio Eder, o batismo suevo da epístola De Trina Mersione, escrita por Martinho de Dume.

Esse grupo de pietistas sofreu profunda influência anabatista, o que o levou a essa decisão pelo rebatismo. Também reconhecidos como Neu Taufers (“novos batistas”), Tunkers, Dunkers ou Irmãos Batistas Alemães, organizaram-se sem muita hierarquia, proclamando, diferentemente de outros anabatistas, que só tinham como credo o Novo Testamento, chegando a dizer só a Jesus Cristo. Perseguidos no Velho Continente, em 1720 haviam imigrado para a Pensilvânia, povoada por imigrantes quakers tolerantes. Não se considerando evangélicos nem católicos, os Tunkers mantiveram crenças peculiares, como ágape, o batismo por trina imersão e o ósculo santo. Eram, a princípio, universalistas, acreditando na salvação de todos, pacifistas radicais, não escravagistas e apolíticos. Entre o fim do século XIX e século XX, dividiram-se em várias denominações, algumas mais liberais e com o maior número de membros; outras mais conservadoras, como os amish não usam automóveis, apenas carroças e charretes, eletricidade, telefone e se vestem de forma peculiar. Algumas se tornaram evangélicas.

De acordo com Max Weber (2003) historicamente a doutrina da predestinação é também o ponto de partida do movimento ascético conhecido como pietismo. Na medida em que o movimento social permaneceu dentro da Igreja Reformada, é quase impossível traçar a linha entre os calvinistas pietistas e os não-pietistas. Quase todos os principais representantes do puritanismo são às vezes classificados como pietistas. É legítimo considerar-se toda a conexão entre a predestinação e a doutrina da prova, com seu fundamental interesse pela obtenção da certitudo salutis, como um desenvolvimento pietista das doutrinas originais de Calvino. A ocorrência de revivescências ascéticas dentro da Igreja Reformada, em especial na Holanda, foi regularmente acompanhada por uma regeneração da doutrina da predestinação temporariamente esquecida, ou não estritamente conservada. Daí, não ser costumeiro na Inglaterra o uso do termo pietismo. Mesmo o uso do pietismo continental na Igreja Reformada (holandês e do Baixo Reno), pelo menos fundamentalmente, como, por exemplo, as doutrinas de Bailey, nada mais foi que uma simples intensificação do ascetismo reformado. Foi posta tanta ênfase na práxis pietatis que a ortodoxia doutrinal passou para segundo plano, parecendo às vezes, de fato, quase um assunto sem importância. Aqueles predestinados para a graça podiam ocasionalmente estar sujeitos ao erro dogmático assim como a outros pecados, e a experiência mostrou que frequentemente aqueles cristãos que quase não tinham orientação da teologia acadêmica exibiam claramente os frutos da fé, e ficou evidente que o mero conhecimento da teologia não garantia a prova de fé através da conduta.

A eleição não podia ser aprovada pelo conhecimento teológico. O Pietismo, com uma profunda desconfiança na Igreja dos Teólogos da qual oficialmente ainda pertencia, começou a reunir os adeptos da chamada práxis pietatis em conventículos separados na trradição do mundo. Ele desejava tornar, a invisível Igreja dos eleitos, visível nesta terra. Sem chagar a formar uma seita separada, seus membros tentaram viver nesta comunidade uma vida livre das tentações do mundo, e ditada as minúcias pela vontade divina, para, assim, tornarem-se seguros de sua própria redenção, por sinais externos manifestos em sua conduta diária. Deste modo, a eclesiola dos verdadeiros convertidos – isto era comum a todos grupos genuinamente pietistas – desejava, por meio do ascetismo intensificado, gozar a bem-aventurança da comunidade com Deus nesta vida. Esta última tendência tinha algo que se aproximava da unio mystica luterana, e muitas vezes levou a uma ênfase maior no lado emocional da religião, do que aceita pela média dos calvinistas ortodoxos. O que é singular na sociologia clássica, e Max Weber acentua, é que se pode dizer que é esta característica decisiva do Pietismo desenvolvido dentro da Igreja Reformada, pois este elemento de emoção, originalmente, bem estranho ao calvinismo, estava relacionado com certas formas religiosas medievais, levou a religião na prática a empenhar-se muito mais no gozo da salvação do que na luta ascética pela certeza do mundo futuro.

Além disso, a questão da emoção podia ter tanta intensidade que a religião assumiu um caráter positivamente histérico, assim resultando na alternação reconhecida por inúmeros exemplos e neuropatologicamente compreensíveis, de estados semiconscientes, de êxtase religiosa com períodos de exaustão nervosa, que eram sentidos como “abandono” de Deus. O efeito era, exatamente o oposto da disciplina estrita e temperada sob a qual os homens eram colocados pela sistemática vida de santidade no puritanismo. O pietismo da Europa continental e o metodismo dos povos anglo-saxões são considerados movimentos secundários, tanto em seu conteúdo de ideias, como em sua importância histórica. No entanto, encontramos ao lado do calvinismo uma segunda fonte independente do ascetismo protestante no movimento batista e nas seitas que, no decorrer dos séculos XVI e XVII dele se derivaram, quer diretamente, quer por adoção de suas formas de pensamento religioso: os batistas, menonitas, e, principalmente, os quakersCom elas, chegamos a compreender a relação social entre grupos religiosos cuja ética está em uma base que difere, em princípio, da doutrina calvinista. 

As ideias mais importantes de todas essas comunidades, que são importantes e cuja influência no desenvolvimento da cultura somente pode ser esclarecida em uma conexão diferente, são algo com que já estamos familiarizados: os crentes da Igreja. Isto significa que a comunidade religiosa – a “Igrejas visível” na linguagem das Igrejas da Reforma – já não era considerada como um tipo de fundação de confiança para fins extraterrenos, como uma instituição que necessariamente incluísse tanto os justos como os injustos, seja para enaltecera glória de Deus (calvinista), seja como um meio de trazer aos homens os meios de salvação (católica e luterana), mas apenas como uma comunidade de pessoas que creem na renovação, e somente estas. Em outras palavras, não uma igreja, mas uma “seita”. Só isto é que deveria simbolizar o princípio, em su puramente externo, de que apenas os adultos que tivessem pessoalmente adquirido sua própria fé deveriam ser batizados. A justificação através desta fé era para os batistas – como eles insistentemente repetiam em todas as discussões religiosas – radicalmente diferente da ideia de “trabalho no mundo” a serviço de Cristo, tal como estabelecia o dogma ortodoxo do velho protestantismo. Ela consistia mais na tomada de posse espiritual de Seu dom da Salvação. Esta ocorria através da revelação individual: pela ação do Divino Espírito no indivíduo, e apenas deste modo. 

Os chamados Brethren batistas alemães são mais conservadores e usam a veste peculiar da tradição Tunker. No fim do século XIX os ramos mais liberais que defendem uma ampla gama de pontos de vista, dependendo da sua compreensão desses princípios, estiveram entre os primeiros cristãos a permitir que mulheres pregassem, e, no princípio do século XX, elas podiam ser ordenadas no ministério. Nos anos de 1980 começou uma discussão, ainda em curso, sobre a plena aceitação de gays e lésbicas e também a sua ordenação. O culto é voltado a Deus e não tem o carácter per se evangelizador, portanto, práticas como “chamada ao altar” ou “aceitar Jesus” não existem. Não constroem igreja, assim reúnem-se em casas privadas ou celeiros. As mulheres sentam-se separadas dos homens e cobrem a cabeça com um véu. O culto inicia com uma invocação de algum dos anciãos, seguem-se hinos, cantado do hinário Ausbund, que é o mesmo texto desde o século XVI e não contém notação musical. Há dois sermões, um mais curto e um mais longo. Entre os sermões há uma oração onde todos se ajoelham silenciosamente até que algum membro masculino ore convicto pela igreja. A leitura e pregação da Bíblia é realizada extemporaneamente, sem sermões preparados e os anciãos (Älteste ou Elders) abrem as Escrituras aleatoriamente. Seguem uma oração do ministro e uma benção final.

A congregação se despede com um ósculo santo, também reconhecido por “beijo da paz”, foi uma forma de cumprimento criada por Jesus Cristo, segundo a religião cristã. O ato consiste em dar um beijo na face de outra pessoa, em sinal de fraternidade. Com os lábios cerrados, o beijo é descrito apenas como um toque sútil em alguma parte do rosto da pessoa. Uma das maiores comunidades Amish no mundo ocidental fica na Pensilvânia. Em outubro de 2006, uma chacina na escola Amish resultou na morte de cinco crianças entre 6 e 13 anos, além do atirador de 32 anos que se suicidou. O atirador era um motorista de caminhão de leite que atendia a comunidade. Fez reféns 10 meninas. No mesmo dia, membros da comunidade visitaram a família de Roberts (o motorista) para dizer que o perdoavam. No enterro das meninas, o avô de uma das vítimas disse às outras crianças: - “não devemos odiar aquele homem”. O fato social inspirou o filme Grace. Os Amish são vezes confundidos com comunidades reservadas, como os Menonitas traditionais, os Dunkers ou os Huteritas. Os costumes como não usar energia elétrica, é o que fazem deles tão diferentes. Eles também não usam aparelhos eletrônicos.

Finalizando, Marshall McLuhan foi um arguto pensador e destacado teórico da comunicação social canadense, reconhecido por vislumbrar a rede mundial de comunicação - internet - quase trinta anos antes dela possa ter sido implementada. Ficou também famoso por sua máxima de interpretação da realidade social segundo a qual “O meio é a mensagem”, e por ter cunhado o termo comunicativo de Aldeia Global. O mais importante não é o conteúdo da mensagem, mas o meio de trabalho através do qual a mensagem é transmitida. Isto porque independente da sua utilidade, afeta a sociedade de algum modo além da finalidade para a qual foi criado. Ele tinha o objetivo de indicar que a utilidade de uso de novas tecnologias eletrônicas tendem a encurtar distâncias e o progresso social entre elas tende a reduzir todo o planeta à mesma situação que ocorre em uma aldeia: um mundo em que todos estariam, de certa forma, interligados. Foi pioneiro dos estudos culturais e filosófico das transformações sociais provocadas pela revolução tecnológica do computador e das redes de telecomunicações. Em 1921, Marshall demonstrou sua aptidão para o manejo das comunicações ao construir um receptor para captar transmissões de uma rádio do centro-oeste americano. Em meados da década de 1930, começou a lecionar na Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos. Interessou-se social e tecnologicamente pelo estudo da cultura popular. Após se fixar converteu-se ao catolicismo, decisão favorecida pela leitura da coletânea de ensaios de Gilbert Keith Chesterton “What`s wrong in the world” (2006).   

A sua obra: Understanding Media: The Extensions of Man, de 1964, apresenta-se como aquela onde aflora toda a tessitura integrada nesta emissão comunicativa. No entanto, viria a fazer outra: The Place of Thomas Nashe in the Learning of His Time para a Universidade de Cambridge, em 1942, na qual analisou a história social das artes verbais clássicas, a saber a Gramática, a Retórica, e a Lógica, reconhecidas também, nos tempos medievais, como parte do trivium. É precisamente nessa abordagem histórica que Marshall McLuhan mergulha, referindo-se que o desenvolvimento-chave conducente ao Renascimento foi, precisamente, uma alteração na importância dada à lógica, sendo relegada perante a retórica e a própria linguagem. O ressurgimento da gramática surge, para o canadense, como a principal caraterística da vida contemporânea, naquilo que é o entendimento dos objetos per se. As influências sofridas por McLuhan no seu trabalho incluíram um filósofo jesuíta Pierre Teilhard de Chardin. Algumas das ideias veiculadas anteciparam o que seria a maturidade do seu pensamento, em especial o desenvolvimento da mente humana até ao estado de noosphere. Este foi um dos conceitos mais rebatidos em The Mechanical Bride, em que a externalização dos sentidos, naquilo que é a feitura do chamado “cérebro tecnológico” para todo o mundo, acaba por ser monitorizada por uma entidade capacitada de regular essa informatização do mundo. A coexistência e a interdependência surgem como valores imprescindíveis perante o medo da parametrização e vigilância.

Em 1944, regressou ao Canadá para lecionar durante dois anos na Assumption University, uma universidade católica em Windsor, Ontário, Canadá, federada com a Universidade de Windsor. Foi fundada em 1857 como Assumption College pela Sociedade de Jesus e incorporada por uma lei do Parlamento do Alto Canadá, recebendo Royal Assent, em 16 de agosto de 1858.  Sua mãe era batista, professora de colégio e atriz. Seu pai era metodista e corretor de imóveis. Em 1915, a família, de origem escócio-irlandesa, mudou-se para Winnipeg, na área leste do Canadá. Em 1951, publicou o ensaio: The Mechanical Bride: Folklore of Industrial Man. Em 1952, tornou-se professor catedrático no St. Michael's College da Universidade de Toronto. Entre 1953 e 1955, dirigiu o Seminário sobre Cultura e Comunicações patrocinado pela Fundação Ford. Com o antropólogo Edmundo Carpenter (1922-2011), reconhecido por seu trabalho em arte tribal e mídia visual, lançou o publicação de revista sob a forma de artigos,  Explorations e editou a antologia Explorations in Comunication (1960). Na década de 1960, já detinha uma sólida reputação como teórico da comunicação social, tendo sido contratado pelo U.S. Office of Education e pela National Association of Educational Broadcasters. Em 1962, publicou a obra máxima: The Gutenberg Galaxy: The Making of Typographic Man, que lhe proporcionou o Prêmio Governador Geral de 1963.  Recebeu a Ordre du Canada em 1970, uma ordem nacional e a segunda maior honra ao mérito de ordens, condecorações e medalhas. Antecede apenas para a participação na Ordem de Mérito, que é o dom pessoal do monarca do Canadá.

No livro, o acadêmico analisa os efeitos sociais da mídia massiva e da invenção da imprensa na cultura e na consciência europeia. Foi essa obra que popularizou o termo e o conceito da aldeia global, alusão à intensa integração globalizada através dos meios de comunicação em massa. Mas a teoria crítica diferia dessa condição em vários aspectos. Antes de tudo, recusava-se a “fetichizar” o conhecimento como algo separado da ação e superior a ela. Além disso, reconhecia que a pesquisa científica desinteressada era impossível em uma sociedade em que os próprios homens ainda não eram autônomos, o pesquisador era sempre parte do objeto social que tentava estudar. Num comentário em que respondia a Marshall McLuhan, trinta anos antes da recente popularidade deste, Max Horkheimer escreveu: - “Inverta a frase que diz que as ferramentas são extensões dos órgãos dos homens, para que os órgãos também sejam extensões das ferramentas dos homens” – uma injunção endereçada até mesmo ao cientista social “objetivo”, positivista ou intuicionista. Os dois extremos interpretavam mal as subjetividades culturais, vendo-a como totalmente autônoma ou contingente. Apesar de ser parte da sociedade, o pesquisador não era incapaz de se elevar nela. Na verdade, era seu dever revelar as forças e tendências negativas da sociedade para outra realidade.             

Na mesma conjuntura, assumiu a diretoria do Centro de Cultura e Tecnologia da Universidade de Toronto. Em 1964, publicou Understanding Media: The Extension of Man, no qual prosseguia suas análises a respeito das consequências da televisão, do telefone, do rádio e dos computadores para a reestruturação da percepção humana do mundo contemporâneo. Em 1966, proferiu palestras no Simpósio sobre Tecnologia e Comércio Mundial do National Bureau of Standards, na Associação de Linguagem Moderna e na Sociedade de Relações Públicas da América. Também foi convidado a assumir a cátedra de humanidades Albert Schweitzer (1875-1965), importante teólogo, organista, filósofo e médico alemão, na Fordham University, universidade privada, sem fins lucrativos e católica dos Estados Unidos, com três campi ao redor da cidade de Nova Iorque. Fundada pela Diocese Católica Romana de Nova Iorque em 1841. No ano seguinte, publicou The Medium is The Message: An Inventory of Effects. Em 1968, publicou Guerra e Paz na Aldeia Global, prevendo que o mundo deixaria de se tornar tribal e fragmentado passando a uma aldeia integrada pela tecnologia elétrica. Marshall McLuhan permaneceu na Universidade de Toronto até 1979, quando teve um derrame que afetou sua habilidade de falar. Nunca mais se recuperou falecendo em 1980.

Bibliografia geral consultada.

VAN GENNEP, Arnold, Os Ritos de Passagem. Petrópolis (RJ): Editoras Vozes, 1978; ATTEBERY, Brian, The Fantasy Tradition in Amoricnn Literature; from Irving to Le Guin. Bloominccton: Indiana University Press, 1980; TURNER, Victor, El Proceso Ritual. Estructura y Antiestructura. Versión revisada por Beatriz García Ríos. Madrid: Ediciones Taurus Alfaguara, 1988; Idem, Selva de los Símbolos. Madrid: Siglo Veintiuno Editores, 1990; MASKE, Wilson, Bíblia e Arado. Os Menonitas e a Construção do Seu Reino. Trabalho de Mestrado. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 1999; WEBER, Max, A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. 2ª edição. São Paulo: Editora Pioneira, 2003; MESQUITA, Luciano Pires, A Guerra no Pós-Guerra: O Cinema Norte-americano e a Guerra do Vietnã. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em História. Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2004; PEREIRA, Vinícius Andrade, “Consciência e Memória como Objetos da Comunicação: O Approach de Marshall McLuhan”. In: Revista Famecos. Porto Alegre, nº 24, julho 2004; SANTOS, Bruno César Leon Monteiro, Oneida: A Mobilização Indígena no Processo de Independência Estadunidense (1766-1777). Dissertação de Mestrado. Instituto de Ciências Humanas e Filosofia. Departamento de História. Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2016; LÖWEN SAHR, Cecilian; HEIDRICH, Álvaro Luiz, “Translocalidades Menonitas no Contexto da América Latina e do Caribe: Reflexões a partir do Caso do Paraguai”. In: Revista Geousp – Espaço e Tempo. Volume 20, nº 3, pp. 536-550, 2016; MILHOMEM, Fredson Coelho Heymbeeck, A Crise da Comunidade na Religiosidade Pós-Moderna sob a Perspectiva de Zygmunt Bauman. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião. Escola de Formação de Professores e Humanidade. Goiânia: Pontifícia Universidade Católica de Goiás, 2016; ALONSO, Nicolás, “Os Amish Ganham Disputa com o Mundo Moderno”. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2017/12/25/; CARDOSO, Tatiana Cristina, Americanismo e Cinema Hollywoodiano no filme A Felicidade não se Compra. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-graduação em História. Faculdade de História. Goiânia: Universidade Federal de Goiás, 2018; TIRABOSCHI, Fernanda Franco, (De)colonialidades na Educação Literária em Língua Inglesa: Construção Crítico-colaborativa de Sentidos Rumo a Travessias Interculturais. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística. Goiânia: Universidade Federal de Goiás, 2022; entre outros.

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