quarta-feira, 31 de agosto de 2022

James Radio Kennedy – Corporação Social & Solidariedade Americana.

 

O leitor ou ouvinte são como o apanhador num jogo de beisebol”.  Mortimer Adler

           Mortimer Jerome Adler nasceu em Nova Iorque, em uma família judia em 28 de dezembro de 1902 e faleceu em Palo Alto, em 28 de junho de 2001. Foi um filósofo norte-americano, educador e autor popular. A teoria pedagógica de Mortimer Adler baseia-se, essencialmente, em três livros publicados na década de 1980: The Paideia Proposal: An Educational Manifesto; Paideia Problems and Possibilities; The Paideia Program. Mortimer Adler afirma-se profundamente influenciado pelo pensamento educacional de Horace Mann, John Dewey e Robert Hutchins e uma leitura cuidadosa dos seus livros leva-nos a considerar as propostas de Jerome Adler como uma verdadeira síntese aplicável à realidade na atualidade. Como filósofo, ele trabalhou dentro das tradições aristotélica e tomista. Ele viveu por longos períodos na cidade de Nova York, Chicago, São Francisco e San Mateo, Califórnia. Trabalhou na Universidade de Columbia, na Universidade de Chicago, na Encyclopædia Britannica e no Instituto de Pesquisa Filosófica de Adler. Seu pai era vendedor de joias. Abandonou a escola aos 14 anos e foi trabalhar como secretário e contínuo no jornal The New York Sun, almejando tornar-se jornalista. Um ano depois, frequentou aulas noturnas na Columbia University para melhorar sua escrita. 

Foi lá que ele tomou contato e começou a se interessar, depois de ler a autobiografia do filósofo inglês John Stuart Mill, e os grandes filósofos e pensadores da civilização ocidental. Adler direcionou sua leitura depois de aprender que Stuart Mill tinha lido Platão com apenas cinco anos de idade, enquanto ele mesmo não tinha lido praticamente nada sobre o filósofo grego até então. Um vizinho emprestou-lhe um livro de Platão e Adler foi seduzido pela importância da filosofia definitivamente. Decidiu então estudar filosofia em Columbia, onde recebeu uma bolsa de estudos. Por não ter aprendido a nadar e não ter disposição para participar de outras atividades atléticas, Adler não cumpriu os requisitos mínimos para completar a graduação. Isso não impediu que ele terminasse as disciplinas necessárias do curso, e Columbia concedeu o Bachelor in Arts, (Bacharel em Artes) a Adler em 1984 em reconhecimento do trabalho. Radio é um filme dramático norte-americano lançado em 2003, dirigido por Michael Tollin, baseado na história de vida de James Radio Kennedy (1946-2019).

         Filme inspirado em fatos sociais ocorridos em 1976 na cidade de Anderson, Carolina do Sul, sobre o treinador de futebol norte-americano do Instituto TL Hanna High School localizada na 2600 Highway 81 North, fora dos limites da cidade de Anderson, Carolina do Sul, Estados Unidos da América. O filme retrata a história social de James Robert Kennedy, um jovem negro e portador de deficiência mental (cf. Sawa, 2010; Castro-Pontes, 2022), cujo apelido é Rádio porque adora rádios, ora para ouvir notícias de futebol americano, ora para desmontá-los por curiosidade (cf. Offe, 1989; Mcleish, 2001). É uma escola secundária do Distrito Escolar 5, da cidade de Anderson e tem uma população em torno de 1.800 alunos. Antes da TL Hanna High School, havia uma Boys High School localizada no Hanna-Westside Extension Campus e uma Girls High School. Em 1951, a Girl`s High School mudou seu nome para TL Hanna High School após seu primeiro diretor, Thomas Lucas Hanna (1878-1962). Em 1961, a escola mudou-se para um novo local na Marchbanks Avenue, atual da McCants Middle School, e tornou-se co-ed em 1962. Antes de 1971, TL Hanna era a escola secundária toda branca do Anderson School District 5; o Westside representava a escola afro-americana; em 1971, após decisão da Suprema Corte de 1954 em Brown v. Board of Education. 

Durante o primeiro ano de integração, o grêmio estudantil de cada série tinha dois copresidentes, dois co-vice-presidentes, etc., sendo um branco e um negro. Em 1992, a escola mudou-se para sua localização atual na Highway 81. Em 1996, a McDuffie High School fechou como uma escola secundária preparatória vocacional não universitária independente e tornou-se o Campus de Extensão Hanna-Westside, uma mudança social que aumentou e diversificou substancialmente o TL Hanna`s população estudantil; antes de 1996, muitos estudantes afro-americanos que foram zoneados para Hanna frequentavam o McDuffie, e a população da escola fez o estado 3A em vez de 4A. É escola consagrada de Bacharelado Internacional desde 2010. TL Hanna expandiu recentemente adicionando uma Academia de Calouros, Sala de Matemática, nova academia auxiliar e nova área para prática de esportes. 

Na arte cinematográfica Harold Jones, e um jovem “portador de deficiência intelectual”, James (Radio) Kennedy, interpretado por Cuba Gooding Jr. Também protagoniza o filme Debra Winger e Alfred Woodard, que foi inspirado no artigo Someone to Lean On, de Gary Smith, publicado em 16 de dezembro de 1996 na revista Sports Illustrated, sobre James Radio Kennedy e Harold Jones. A chamada “deficiência intelectual” é um transtorno de desenvolvimento que faz com que o indivíduo tenha um nível cognitivo e comportamental abaixo do que é esperado para a sua idade cronológica. As pessoas portadoras de déficit intelectual apresentam limitações nas suas habilidades mentais. Por norma, têm dificuldades em compreender ideias abstratas, resolver problemas técnicos e científicos, compreender e obedecer às regras sociais, estabelecer relações sociais e realizar atividades cotidianas. As causas que levam ao déficit intelectual são variadas. Fatores genéticos costumam ser os principais responsáveis dessa condição. Outros que também contribuem são de natureza perinatal, decorrente de complicações durante a gestação do bebê, como a má-formação fetal.

Na realidade não existe cura medicinal para a questão de formação e desenvolvimento da deficiência intelectual, no entanto, alguns tratamentos podem ajudar a melhorar a qualidade de vida do portador do déficit mental. A educação especial e a terapia comportamental são algumas das opções cognitivas para melhorar a condição social vida comportamental da pessoa. O indivíduo que apresenta a chamada deficiência intelectual deve ser avaliada e acompanhada por um suporte psicológico e pedagógico. Em alguns casos, é importante a procura do auxílio fonoaudiológico e de médicos, pois outros transtornos ou doenças podem estar associadas à deficiência mental. Alguns dos principais tipos de portador de deficiência intelectual são: Síndrome de Down, caracterizada pela diferenciação no número de cromossomos, sendo que o cromossomo de número 21, ao invés de apresentar um par, apresenta três cromossomos, na chamada trissomia simples do cromossomo 21, descrita como causa da síndrome de Down; a síndrome do X-Frágil, é uma desordem ligada ao cromossomo X.

De caráter dominante, basta que um dos pais seja portador da pré-mutação para que a criança receba uma cópia do gene defeituoso. A síndrome do X frágil é uma condição genética e hereditária, responsável por grande número de casos de portador de deficiência mental e distúrbios do comportamento, que afeta um em cada 2 mil meninos e uma em cada 4 mil mulheres. A Síndrome de Prader Willi descrita em 1956 é de origem genética localizada no cromossomo 15 ocorrendo no momento da concepção. Afeta meninos e meninas em um complexo quadro de sintomas, durante a vida, estes sintomas variando em presença e intensidade de indivíduo para indivíduo. Um diagnóstico precoce, antes da manifestação dos sintomas, principalmente a obesidade, tem trazido uma melhora na qualidade de vida social dos portadores nos últimos anos. Mas em caso de diagnósticos tardio, uma série de cuidados pode ser iniciados, retornando na qualidade de vida dos portadores. A Síndrome de Angelman relatada pela primeira vez em 1965 pelo neurologista, Harry Angelman, representa um distúrbio neurológico causando retardo, alterações de comportamento e características físicas próprias.  

A síndrome de Williams é causada por uma alteração no cromossomo de número 7, que fica sem alguns pares de genes, tornando-se um cromossomo incompleto. Com isso, o organismo deixa de ser capaz de realizar algumas atividades, como sintetizar a elastina, um tipo de proteína flexível que ajuda na formação de certas estruturas do corpo. Por se tratar de uma desordem genética, é possível, mas não necessariamente obrigatório, que a síndrome de Williams seja transmitida de pai para filho ou entre familiares. Por ser clinicamente uma doença considerada rara e talvez pouco divulgada na mídia globalizada, especializada em medicina, esta doença genética compromete substancialmente o diagnóstico técnico por parte dos profissionais da saúde infantil e neuropsiquiatria. É descrito que o paciente com esta síndrome tem um comportamento alegre, caracterizado com riso fácil frequentemente, mas em contrapartida se comunicando com dificuldade em consequência da diminuição evidente de sua capacidade de expressão oral. A Síndrome de Williams também reconhecida como síndrome Williams-Beuren representa uma desordem genética que por sua forma rara, frequentemente não é diagnosticada. Sua transmissão não é genética. O nome procede de John Cyprian P. Williams que a descreveu em 1961, na Nova Zelândia e pelo médico A. J. Beuren da Alemanha em 1962.

Acometendo em ambos os sexos, na maioria dos casos infantis no primeiro ano de  vida, as crianças têm dificuldade de se alimentar, ficam irritadas facilmente e choram muito. A síndrome de Williams é uma doença caracterizada pelo chamado “rosto de gnomo” ou “rosto de fadinha”, nariz pequeno e empinado, cabelos encaracolados, lábios cheios, dentes pequenos e sorriso frequente. Estas crianças normalmente têm alguns problemas de coordenação e equilíbrio, apresentando um atraso de ordem psicomotor. Seu comportamento é sociável e também comunicativo embora utilizem expressões faciais, contatos visuais e gestos repetidos e normalizados em sua comunicação. Embora comecem a falar tardiamente por volta dos 18 meses, demonstram facilidade para aprender a expressar rimas e canções, demonstrando muita sensibilidade musical e concomitantemente boa memória auditiva. Seu desenvolvimento motor é mais lento. Demoram a andar, e em saber executar tarefas que necessitem de coordenação própria motora como cortar papel, desenhar, andar de bicicleta, amarrar o sapato etc.

O caráter social é, pois, de natureza humana e o caráter geral de todo o movimento; assim, como é a própria sociedade que produz o homem enquanto homem, assim também ela é produzida por ele. A atividade e o gozo também são sociais, tanto em seu modo de existência, como em seu conteúdo; atividade social e gozo social. A essência humana da natureza não existe senão para o homem social, pois apenas assim existe para ele como vínculo com o homem, como modo de existência para o outro e modo de existência do outro para ele, como elemento vital da efetividade humana; só assim existe como fundamento de seu próprio modo de existência humano. Só então se converte para ele seu modo de existência natural em seu modo de existência humano, e a natureza torna-se para ele o homem. A sociedade é, pois, a plena unidade essencial do homem com a natureza, a verdadeira ressureição da natureza, o naturalismo acabado do homem e o humanismo acabado a natureza. A atividade e o gozo social não existem de modo algum unicamente na forma de uma atividade imediatamente coletiva e de um gozo imediatamente coletivo, ainda que a atividade coletiva e o gozo social coletivo.

A atividade e o gozo da saúde que se exteriorizam e confirmam imediatamente na sociedade afetiva em sua relação com outros homens, encontrar-se-ão onde quer que aquela expressão imediata da sociabilidade esteja fundada na essência de seu conteúdo e seja adequada à sua própria natureza.  Somente uma sociedade constituída desfruta de supremacia moral e material que é indispensável para impor a lei aos indivíduos, pois a única personalidade moral que está acima das personalidades particulares é a formada pela coletividade. Além disso, apenas ela tem a continuidade e, mesmo, a perenidade necessária para manter a regra para além das relações efêmeras que a encarnam cotidianamente. Seu papel não se limita simplesmente a erigir em preceitos imperativo os resultados mais gerais dos contratos particulares, ela intervém de maneira ativa e positiva na formação de todas as regras. Em primeiro lugar, ela é o árbitro designado para resolver os interesses em conflito e atribuir a cada um os limites que convêm. Ela é a primeira interessada em que a ordem e a paz reinem; se conceitualmente a noção de anomia representa um mal, segundo a sociologia normativa de Émile Durkheim (2010), é antes de mais nada porque a sociedade sofre desse mal, não podendo dispensar, para viver, a coesão e a própria regularidade. Uma regulamentação moral e jurídica exprime, pois, essencialmente, necessidades sociais que só a sociedade pode conhecer cotidianamente.

Isto quer dizer que ela repousa num estado de opinião, e toda opinião é coisa e forma de representação coletiva, produto de uma elaboração assim entendida. Nem a sociedade política em seu conjunto, nem o Estado, podem, evidentemente, incumbir-se dessa função; a vida econômica, por ser muito especial e por se especializar cada dia mais, escapa à sua competência e à sua ação produtiva. A atividade de uma profissão só pode ser regulamentada eficazmente por um grupo próximo o bastante dessa mesma profissão para conhecer bem seu funcionamento, para sentir todas as suas necessidades e poder seguir todas as variações destas. O único grupo que corresponde a essas condições é o que seria formado por todos os agentes de uma mesma indústria reunidos e organizados num mesmo corpo. É o que chamamos do ponto de vista técnico-metodológico de corporação ou grupo profissional. Na ordem econômica, o grupo profissional existe tanto quanto a moral profissional. Desde que, na história não sem razão, vem se suprimindo as antigas corporações, não se fizeram mais que tentativas fragmentárias e incompletas para reconstituí-las em novas bases políticas. Sem dúvida, os indivíduos que se consagram a um mesmo ofício estão em relações mútuas por causa de suas ocupações similares.

A própria concorrência entre eles os põe em relação. Mas essas relações nada têm de regular; elas dependem do acaso dos encontros e, na maioria das vezes, têm um caráter totalmente individual. É este industrial que se acha em contato com aquele, não é o corpo industrial de determinada especialidade que se reúne para agir em comum. Excepcionalmente, vemos todos os membros de uma mesma profissão reunirem-se em congresso para tratar de alguma questão de interesse geral; mas esses congressos têm sempre duração limitada, não sobrevivem às circunstâncias particulares que os suscitam e, depois, em contato a vida coletiva de que foram ocasião se extingue mais ou menos completamente com eles. Os únicos agrupamentos dotados de certa permanência são os que se chama sindicatos, seja de patrões, seja sindicatos de operários. Por certo, temos aí um começo pragmático de organização profissional, mas ainda bastante informe e rudimentar. Isso porque, em primeiro lugar, um sindicato é uma associação privada, sem autoridade legal estatal, desprovida, por conseguinte, de qualquer poder regulamentador. O número deles é teoricamente limitado, mesmo no interesse de uma categoria industrial; e, como cada um é independente dos outros, se não se constituem em federação e se unificam, não há nada que exprima a unidade profissional em seu conjunto diante das atividades laborais.

Não só os sindicatos estabelecidos de patrões e os sindicatos de empregados são distintos uns dos outros, o que é legítimo e necessário, como não há entre eles contratos regulares. Não existe organização social comum que os aproxime sem fazê-los perder características de sua individualidade e na qual possam elaborar em comum uma regulamentação que, estabelecendo suas relações mútuas, imponha-se a ambas as partes com a mesma autoridade. Por conseguinte, é sempre a chamada “lei do mais forte” que resolve os conflitos, e o “estado de guerra” subsiste por inteiro. Salvo no caso de seus atos pertencentes à esfera moral comum, patrões e operários estão, uns em relação aos outros, na mesma situação de dois Estados autônomos, mas claramente de força desigual. Eles podem, como fazem os povos por intermédio de seus governos, firmar entre si contratos, mas esses contratos exprimem apenas o respectivo estado de forças econômicas em presença, do mesmo modo análogo que os tratados que ocorre entre dois beligerantes firmam exprimem tão-somente o respectivo estado de suas forças militares. Eles consagram um estado de fato e não poderiam fazer deste um estado de direito.   

 A questão decisiva para que uma moral e um direito profissionais possam se estabelecer nas diferentes profissões econômicas, é necessário, pois, que a corporação, em vez de permanecer um agregado confuso e sem unidade, se torne, ou antes, volte a ser, um grupo definido, organizado, numa palavra, uma instituição pública. Mas todo projeto desse gênero vem se chocar contra certo número de preconceitos que se cumpre prevenir ou dissipar. Em primeiro lugar, a corporação tem contra si seu passado histórico. De fato, ela é tida como intimamente solidária de nosso antigo regime político e, por conseguinte, como incapaz de sobreviver a ele. Parece que reclamar para a indústria e para o comércio uma organização corporativa é querer seguir ao revés o curso da história; ora, tais regressões são justamente tidas como impossíveis, anormais. O argumento caberia se se propusesse ressuscitar a velha corporação. O que permite considerar as corporações uma organização temporária, e uma civilização determinada, é, ao mesmo tempo, suas relíquias e como se desenvolveram no âmbito da história.

Mas se nem toda organização corporativa é necessariamente um anacronismo histórico, temos base para crer que ela seria chamada a desempenhar, em nossas sociedades contemporâneas, o papel considerável que lhes atribuímos, guardadas as proporções de tempo e espaço. Porque, se a julgamos indispensável, é por causa não de seus serviços econômicos que ele poderia prestar, mas da influência moral que poderia ter. O que vemos antes de mais nada no grupo profissional é um poder moral capaz de conter os egoísmos individuais, de manter no coração dos trabalhadores um sentimento mais vivo de sua solidariedade comum, de impedir que a lei do mais forte se aplique de maneira tão brutal nas relações industriais e comerciais. É preciso evitar estender a todo o regime corporativo o que pode ter sido válido para certas corporações e durante um curto lapso de tempo de seu desenvolvimento. Longe de ser atingido por uma sorte de enfermidade moral devida à sua própria constituição, foi sobretudo um papel moral que ele representou na maior parte da sua história do ponto de vista social e econômico.

A atividade determinada da profissão só pode ser regulamentada de forma eficaz por um grupo social próximo o bastante dessa mesma profissão para conhecer bem o seu funcionamento para sentir todas as suas necessidades e poder seguir todas as variações destas. O único grupo que corresponde a essas condições é o que seria formado por todos os agentes de uma mesma indústria reunidos e organizados num mesmo corpo. Sociologicamente, segundo Durkheim (2010) é o que se chama de corporação ou grupo profissional. Na ordem econômica, o grupo profissional existe tanto quanto a moral profissional. Desde que, não sem razão, o século XIX suprimiu as antigas corporações, não se fizeram mais que tentativas fragmentárias e incompletas para reconstitui-las em novas bases. Sem dúvida, os indivíduos que se consagram a um mesmo ofício estão em relações mútuas por causa de suas ocupações similares. A própria concorrência entre eles os põe em relação. Mas essas relações nada têm de regular; elas dependem do acaso do encontro e, na maioria das vezes, têm um caráter totalmente individual. É este industrial que se acha em contato social com aquele outro, não o corpo de determinada especialidade que se reúne para agir comunicativamente em comum. Os únicos agrupamentos dotados de certa permanência são os que se chama sindicatos, em sua bidimensionalidade política, seja de patrões, seja de operários. Por certo, temos aí um começo de organização profissional, mas ainda bastante informe e rudimentar.

Isso porque, em primeiro lugar, um sindicato é uma associação privada, sem autoridade legal, desprovida, por conseguinte, de qualquer poder regulamentador. Não só os sindicatos de patrões e os sindicatos de empregados são distintos uns dos outros, o que é legítimo e necessário, como não há entre eles contatos regulares. Basta notar que não existe organização comum que os aproxime sem fazê-los perder sua individualidade e na qual possam elaborar em comum uma regulamentação que, estabelecendo suas relações mútuas, imponha-se com a mesma autoridade; por conseguinte, é sempre a lei do mais forte que resolve os conflitos, e a formação do estado de guerra subsiste por inteiro. Eles podem, como fazem os povos por intermédio de seus governos, firmar entre si contratos, mas esses contratos exprimem apenas o respectivo estado das forças econômicas em presença, do mesmo modo que os tratados que dois beligerantes firmam exprimem tão-somente o respectivo estado de suas forças militares. Eles consagram um estado de fato e não poderiam fazer deste um estado de direito. A corporação, em vez de permanecer um agregado confuso e sem unidade, se torne, ou antes, volte a ser, um grupo definido, organizado, numa palavra, uma instituição pública.

           Basebol ou beisebol do inglês baseball, é um desporto praticado por duas equipes de nove jogadores, que alternadamente ocupam as posições de ataque e defesa. O objetivo é pontuar batendo com um bastão em uma bola lançada e depois correr pelas quatro bases do campo. Um jogador da equipe atacante pode parar em uma das bases e, depois, avançar com a ajuda da rebatida de um companheiro. Os times trocam de posição assim que três rebatedores são eliminados. Um turno de ataque e defesa de cada time representa uma entrada e nove entradas compõem um jogo profissional. O time com mais corridas no final vence. É um desporto muito popular na América do Norte, em alguns países da América Central, no Caribe hispanófono e no Extremo Oriente. Nos Estados Unidos da América a modalidade é a que atrai mais espectadores aos estádios. O basebol, apresentado a título de modalidade de demonstração em vários Jogos Olímpicos dispersos ao longo do tempo, foi incluído no programa oficial dos Jogos Olímpicos de Barcelona em 1992, sendo posteriormente removido a partir de Londres 2012. No entanto, em 2016 o Comité Olímpico Internacional aprovou o basebol como modalidade para os Jogos Olímpicos de Verão de 2020. A evolução do basebol, com origem nos jogos onde apenas se lançava a bola, é imprecisa. Um manuscrito francês do século XIV contém a ilustração de um jogo semelhante ao basebol. Outros antigos jogos franceses parecem estar ligados ao basebol.

            Um consenso é que o atual jogo de basebol, desenvolvido na América do Norte, é fruto do jogo de Rounders, popular na Grã-Bretanha e na Irlanda. A mais antiga referência ao basebol data de 1744, no Reino Unido. Esse jogo provavelmente foi levado para América por imigrantes britânicos. O jogo de rounders também chegou aos Estados Unidos através de imigrantes. A primeira referência a uma partida do jogo é de 1791, em Pittsfield, Massachusetts. Um livro alemão de 1796 registra um jogo chamado de Base-ball entre dois times. Na América do Norte, a liga profissional é a Major League Baseball (MLB), e os times são divididos nas ligas Americana e Nacional, cada uma com três divisões: Oeste, Leste e Central. O campeão da Major League (ML) é determinado pelos playoffs, culminando na World Series. O Basebol também é o esporte líder em Cuba e no Japão, e o nível profissional, assim como nos Estados Unidos da América, não é muito equilibrado na Série Nacional de Beisebol, em Cuba, e o Nippon Professional Baseball, no Japão. O beisebol profissional sobreviveu a uma conspiração ocorrida durante a World Series de 1919 reconhecida como o Escândalo do Black Sox. Em síntese representou um escândalo de manipulação econômica de jogos da Liga Principal de Beisebol no qual oito membros do Chicago White Sox foram acusados ​​de lançar a World Series de 1919 contra o Cincinnati Reds “em troca de dinheiro de um sindicato de “jogos de azar” liderado por Arnold Rothstein”. O juiz Kenesaw Mountain Landis foi nomeado em resposta ao incidente corporativo para ser o primeiro comissário de beisebol, e recebeu controle absoluto sobre o esporte para restaurar sua integridade moral.  Apesar das absolvições em um julgamento público em 1921, o juiz Landis baniu permanentemente todos os oito homens do beisebol profissional. A punição foi eventualmente definida pelo Hall da Fama do Beisebol para incluir o banimento do Hall da Fama. Apesar dos pedidos de reintegração nas décadas posteriores que se seguiram particularmente no caso de Shoeless Joe Jackson, a proibição permaneceu.

O esporte ganhou popularidade na década de 1920 e sobreviveu a potenciais desacelerações durante a Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial. Pouco depois da guerra, Jackie Robinson quebrou a barreira da cor do beisebol. As décadas de 1950 e 1960 foram uma época de expansão e relocação de clubes para a Liga Americana (AL) e da Liga Nacional (NL). Novos estádios e superfícies de grama artificial começaram a mudar o jogo nas décadas de 1970 e 1980. Os home runs dominaram o jogo durante a década de 1990, e relatos da mídia começaram a discutir o uso de esteroides anabolizantes entre os jogadores da MLB (Major League Baseball) em meados dos anos 2000. Em 2006, uma investigação produziu o Relatório Mitchell, que envolveu muitos jogadores no uso social de substâncias para melhorar o desempenho, incluindo pelo menos um jogador de cada equipe. A MLB atualmente é composta por 30 equipes: 29 nos Estados Unidos da América e 1 no Canadá. As equipes jogam 162 jogos a cada temporada e cinco times em cada liga avançam para um torneio pós-temporada de quatro rodadas que culmina na World Series, uma série de campeonato que tem como critério o de melhor de sete entre os dois campeões da Liga que data de 1903. Os jogos de beisebol são transmitidos em televisão, rádio e a rede mundial de computadores (Internet) na América do Norte e em vários outros países. A MLB tem a maior participação social na temporada total de qualquer liga esportiva do mundo, com mais de 69,6 milhões de espectadores em 2018.

Ipso facto é um esporte norte-americano e tem suas raízes sociais na Inglaterra, originado do cricket ou comparativamente seu “jogo-irmão”, o Rounders inglês, antes de 1700. É um desporto que utiliza bola e tacos, mas cuja origem remonta ao sul da Inglaterra, durante o ano de 1566. Considerado por muitos um desporto parecido com o basebol, foi inspirado num rudimentar jogo rural medieval chamado stoolball. É um esporte que remonta pelo menos ao século 15, originário de Sussex, sul da Inglaterra.  Pode ser um ancestral do cricket, beisebol, softball e rounders; bankball foi chamado de “grilo no ar”. Folcloricamente creditava-se sua origem a Abner Doubleday (1819-1893), cem anos depois em Village of Cooperstown, uma vila no condado de Otsego, Nova Iorque, Estados Unidos da América. Está localizada na cidade de Otsego. Sua população foi estimada em 1 852 habitantes no censo de 2010. Após análise histórica, verificou-se que o verdadeiro “pai do beisebol” foi Alexander Joy Cartwright, Jr (1820-1892), por ser criador das regras oficiais. Foi declarado pelo Congresso nacional dos Estados Unidos como o inventor do beisebol em 3 de junho de 1953, apesar de existirem controvérsias. Estudos reiteram os pioneiros “como meninos norte americanos que se divertiam nas ruas com bolas de cricket e bastão em forma de bat”, utilizando duas estacas de 1,25 metros de altura e “efetuando-se out quando o rebatedor era atingido pela bola lançada por um defensor”. Não há precisão de datas, mas este fato deve ter ocorrido entre 1800 a 1835, marcando o início social deste esporte.

Para nós sociólogos o que menos importa não é a maneira como tal pensador individualmente concebe tal instituição, mas a concepção que dela tem o grupo social; somente essa concepção é socialmente eficaz. Ora, ela não pode ser reconhecida por simples observação interior, uma vez que não está inteira em nenhum de nós, é preciso, pois, encontrar alguns sinais exteriores que a tornem sensível. Além dos mais, ela não surgiu do nada; ela própria é um efeito de causas externas que é preciso conhecer, para poder apreciar seu papel no futuro. Seja como for, é sempre ao mesmo método de análise que é necessário voltar. Outra proposição não foi menos vivamente discutida que a precedente: a que apresenta os fenômenos sociais como exteriores aos indivíduos. Mas, como a sociedade não é composta senão de indivíduos, o senso comum julga que a vida social não pode ter outro substrato que a consciência individual; sem isso, ela parece solta no ar e pairando no vazio. Entretanto, o que se julga tão facilmente inadmissível quando se trata de fatos sociais é normalmente admitido nos outros reinos da natureza. A vida não poderia se decompor desta forma; ela é una e, em consequência, só pode ter por sede a substância via em sua totalidade. Se, como nos concedem, essa síntese sui generis que constitui toda sociedade produzir fenômenos novos, diferentes dos que se passam nas consciências solitárias, cumpre admitir que esses fatos específicos residem na sociedade mesma que os produz, e não em suas partes, isto é, em seus membros. Eles são exteriores no processo de formação das consciências individuais, assim como os caracteres distintivos da vida são exteriores às substâncias minerais que compõem o ser vivo.  

Chamamos “profissão” aquela especificação, especialização e combinação dos serviços de uma pessoa que, para esta, constituem o fundamento de uma possibilidade contínua de abastecimento ou aquisição. Sua divisão na esfera do trabalho pode, segundo Max Weber (2012): 1. Ocorrer em virtude de atribuição heterônoma de serviços e, ao mesmo tempo, de meios de subsistência dentro de uma associação reguladora da economia (divisão dependente das profissões) ou em virtude de orientação autônoma pela situação de mercado para a realização de serviços profissionais (divisão livre das profissões). 2. Basear-se em especificação ou espacialização dos serviços. 3. Significar utilização econômica que pode ser autocéfala ou heterocéfala dos serviços profissionais por parte de quem os executa ou presta. Entre as profissões típicas e as formas típicas das oportunidades de obter rendimentos existem conexões das quais falaremos no exame das situações “estamentais” e “de classe”. 1. Divisão dependente das profissões: de forma litúrgica ou Oikos, através de recrutamento coativo das pessoas designadas para determinada profissão, dentro de uma associação principesca, estatal, senhorial ou comunal. Divisão livre das profissões: em virtude de oferta bem-sucedida de serviços profissionais ou solicitação bem-sucedida de “vagas”, no mercado de trabalho. 2. Especificação de serviços, a divisão das profissões nos ofícios da Idade Média; especificação de serviços: a divisão das profissões nas modernas empresas racionais.

A divisão das profissões na economia de troca, considerada do ponto de vista do método de análise, é muitas vezes especificação des serviços tecnicamente irracional, e não especialização de serviços racional, uma vez que se orienta pelas oportunidades de venda e, portanto, pelos interesses dos compradores, ou seja, consumidores, os quais determinam o conjunto de serviços oferecidos pela mesma empresa de modo que se afasta da especialização dos mesmos, obrigando-a a combinações de serviços irracionais do ponto de vista da compreensão do emprego do método. 3. Especialização de profissões autocéfala: empreendimento individual de um artesão, médico, advogado, artista. 3. Especialização de profissões heterocéfala: consideravelmente o caso de trabalhadores de fábrica, funcionários públicos.  A estrutura profissional em grupos de pessoas dados é diferente: a) segundo o grau de desenvolvimento de profissões típicas e estáveis, em geral. Para este caso é decisivo, sobretudo, α) o desenvolvimento das necessidades; β) o desenvolvimento técnico (sobretudo, da técnica industrial); γ) o desenvolvimento ou αα) de grandes gestões patrimoniais: para a divisão dependente de profissões, ou ββ) de oportunidades com a formação de mercado: para a divisão livre de profissões; b) o grau e a natureza da especialização profissional ou da especialização das economias.

Decisiva para isto é, sobretudo, α) a situação de mercado, determinada pelo poder aquisitivo, para os serviços de economias especializadas, β β, de oportunidades de mercado: para a divisão livre das profissões; b) segundo o grau e a natureza da especialização profissional ou da especialização das economias. Decisiva para isto é, sobretudo, α) a situação de mercado, determinada pelo poder aquisitivo, para os serviços de economias especializadas, β) a forma em que se distribui a disposição sobre os bens de capital; c) segundo o grau e a natureza da continuidade profissional ou das mudanças de profissão. Decisivos para esta última circunstância são, sobretudo, α) o grau de instrução que pressupõem os serviços especializados, β) o grau de estabilidade ou mudança das possibilidades de aquisição, dependente, por sua vez do grau de estabilidade e da forma da distribuição de renda, por um lado, e, por outro, da técnica. Por fim, é importante para todas as formas que podem assumir as profissões: a estruturação estamental, com as propriedades e formas de educação estamentais que sesta cria para determinados tipos de profissões qualificadas. Objeto de profissões independentes e estáveis só podem ser a prestação dos serviços que pressupõem um mínimo de instrução educacional e para as quais existem por certo possibilidades de aquisição contínuas.

As profissões individuais tinham originalmente caráter inteiramente carismático (mágico), e o resto da estruturação profissional, na medida em que existia, de forma rudimentar, condicionado pela tradição. As qualidades carismáticas não especificam ente pessoais se tornaram objeto ou da formação tradicional em associações fechadas ou da tradição hereditária. Profissões individuais de caráter não rigorosamente carismático foram primeiro criadas, de forma litúrgica, pelas grandes gestões patrimoniais dos príncipes e senhores territoriais, e mais tarde, na base da economia de troca, pelas cidades. Mas ao lado destas continuaram existindo as formas de educação estamentais, literárias e consideradas “distintas”, sucessoras da formação profissional mágica ou ritual ou clerical.  O que antes dissemos sobre a especialização profissional não implica que esta signifique necessariamente: serviços contínuos ou: 1) de forma litúrgica para uma associação (por exemplo, uma gestão patrimonial principesca ou uma fábrica), ou 2) para um “mercado” totalmente livre. É possível e ocorre frequentemente 3. que o conjunto de trabalhadores profissionalmente especializados, sem propriedade material, são utilizados, segundo a necessidade vital, como força de trabalho ocasional, e isto por um círculo relativamente constante: a) de clientes com determinada gestão patrimonial (representando consumidores) ou b) de clientes com gestão aquisitiva (economias aquisitivas). Com respeito a a), em economias com gestão patrimonial, se incluem da matéria-prima e, portanto, da disposição sobre o produto: I) o trabalho na casa do empregador, α α) como ofício ambulante, ββ) como ofício sedentário, ainda que ambulante dentro de um círculo local de unidades de gestão patrimonial.

II. O trabalho por salário: trabalho sedentário, trabalhando-se em oficina (ou casa) própria para outra gestão patrimonial. Em todos os casos, a unidade de gestão patrimonial fornece a matéria-prima, enquanto que as ferramentas costumam estar apropriadas pelos trabalhadores (as gadanhas, pelos ceifadores; o equipamento de costura, pelo alfaiate; todos os tipos de ferramentas, pelos artesãos). Nos casos do tópico I, a relação de trabalho significa a integração temporária na unidade de gestão patrimonial de um consumidor. Com respeito a b) trabalho ocasional de trabalhadores profissionalmente especializados para as economias com gestão aquisitiva:  em caso de expropriação dos trabalhadores, pelo menos, do fornecimento da matéria-prima e, portanto, da disposição sobre o produto: I) trabalho ambulante em empresas de patrões diversos, II) trabalho a domicílio ocasional ou sazonal, para um patrão. 2. O mesmo no caso de economias com apropriação dos meios de obtenção: α) em caso de cálculo de capital e apropriação parcial dos meios de obtenção – especialmente apropriação limitada às instalações – pelos proprietários: oficinas (fábricas) com trabalho assalariado e, sobretudo, fábricas com trabalho a domicílio – as primeiras existentes há mito tempo, as segundas frequentes nos últimos tempos. β) em caso de apropriação total dos meios de obtenção pelos trabalhadores a) pequenas empresas sem cálculo de capital que trabalham. αα) para gestões patrimoniais: trabalhadores por preço, com clientela, β β) para empresas com gestão aquisitiva: indústria caseira sem expropriação dos meios de obtenção, portanto, empreendimentos aquisitivos formalmente independentes, mas que, de fato, vendem seus produtos a um círculo monopólico de compradores permanentes: consequência (em regra, mas não unicamente) de regulações de venda do tipo cartel.

            Alexander Cartwright nasceu em 1820, filho de Alexander Cartwright Sênior (1784-1855), um capitão da marinha mercante, e Esther Rebecca Burlock Cartwright (1792-1871). Alexander Jr. tinha seis irmãos. Ele trabalhou pela primeira vez aos 16 anos em 1836 como balconista de um corretor de Wall Street, importante rua para negócios que corre na região inferior de Manhattan, e é considerada o coração histórico do atual Distrito Financeiro da cidade de Nova Iorque, onde se localiza a bolsa de valores de Nova Iorque, fazendo trabalho administrativo no Union Bank de Nova York. Depois de horas, “ele jogou jogos de bastão e bola nas ruas de Manhattan com bombeiros voluntários”. O próprio Cartwright foi um voluntário, primeiro na Oceana Hose Company nº 36, e depois na Knickerbocker Engine Company nº 12. O ancestral de Cartwright, Thomas Cartwright, de Aynho Park, Northamptonshire, era um proprietário de terras inglês e político Tory, que se sentou na língua inglesa e a Câmara dos Comuns britânica entre 1695 e 1748. Como o membro mais antigo no cargo, foi apelidado de Pai da Câmara. Um incêndio destruiu o Union Bank em 1845, forçando Cartwright a encontrar outro trabalho. Ele se tornou um livreiro com seu irmão, Alfred.

            Tory representa um antigo partido de tendência conservadora do Reino Unido que reunia a aristocracia britânica. No princípio, tinha conotações depreciativas, já que procede da palavra irlandesa Thairide ou Tóraighe, que significava “bandoleiro”, homem armado que se dedicava ao roubo e à pilhagem, mas que pode ser traduzido apenas por “que pertence a um bando”. Considera-se que esta agremiação foi fundada por Thomas Osborne, Conde de Danby e Lord Chanceler com Carlos II. Introduziu seu uso na esfera política inglesa na raiz da crise que suscitou a lei de exclusão de 1678-1681. Os whigs eram aqueles que apoiavam a exclusão de Jaime II, convertido ao catolicismo, dos tronos da Escócia, Inglaterra e Irlanda, enquanto os Tories nascidos dos Abhorrers eram quem o apoiava. Os ataques de Jaime II à Igreja da Inglaterra levaram alguns Tories a apoiar a Revolução Gloriosa de 1688, mas em sua maioria se opuseram à questão da troca dinástica. Os Tories sofreram uma transformação fundamental sob a influência de Robert Peel, ajudou a criar o conceito moderno da força policial do Reino Unido. Seu pai era um fabricante de têxtil no âmbito da história do trabalho ocorrido na Revolução Industrial. Peel foi educado na Escola primária Hipperholme, depois em Harrow School e finalmente na Christ Church, em Oxford. Em seu Manifesto de Tamworth (1834) delineou mais uma nova filosofia conservadora de reforma social, conservando os aspectos administrativos que considerou sendo os mais positivos. Deste momento as administrações de Robert Peel foram consideradas bem mais conservadoras que Tories, mas este antigo termo seguiu sendo usado na política inglesa.

            No caso cinematográfico Major League representa um filme norte-americano de comédia de 1989 produzido por Chris Chesser e Irby Smith, escrito e dirigido por David Schad Ward, roteirista e diretor de cinema norte-americano. Ele foi indicado a dois Óscares por seus roteiros dos filmes The Sting and Sleepless in Seattle, vencendo no primeiro. Ele também foi indicado ao British Academy Film Award, ao Globo de Ouro e a dois prêmios Writers Guild of America estrelado por Tom Berenger, Charlie Sheen, Wesley Snipes, James Gammon, Bob Uecker, Rene Russo, Margaret Whitton, Dennis Haysbert e Corbin Bernsen. Realizada por US$ 11 milhões, a Major League arrecadou US$ 75 milhões em todo o mundo. A Major League lida com as fachadas de uma versão fictícia do time de beisebol Cleveland Indians. É a primeira parcela da série de filmes da Major League e gerou duas sequências:  Major League II e Major League: Back to the Minors, nenhuma das quais repetiu o sucesso do filme original. A ex-showgirl de Las Vegas Rachel Phelps herda o time de beisebol Cleveland Indians de seu marido falecido. Phelps odeia Cleveland e quer transferir uma equipe para Miami. O dos Indians com o Cleveland contém uma cláusula estipulando que a equipe pode mudar apenas se o comparativo por uma temporada inteira for inferior a 800.000. Isso significa que eles provavelmente terão que terminar nem último lugar para reduzir o interesse coletivo dos fãs e se mudar para a cidade de Miami, localizada no estado estadunidense da Flórida, no condado de Miami-Dade, do qual é sede. Determinado a montar o pior tempo das principais ligas, Phelps contrata Lou Brown, o gerente do Toledo Mud Hens, para gerenciar o tempo e promover o ex-técnico Charlie Donovan ao gerente geral.

Durante o treinamento de primavera em Tucson, Arizona, como as deficiências da equipe ficam evidentes. A única estrela do tempo, a terceira base Roger Dorn, é uma prima-dona cujo contrato social está quase acabando; ele se preocupa mais em se aposentar ileso do que propriamente em vencer. O ás envelhecido Eddie Harris tem que suspeitar em adulterar ilegalmente o beisebol travado ao seu braço enfraquecido. Pedro Cerrano, um importado cubano praticante de vodu com poder de slugging significativo, não consegue acertar bolas curvas e confrontos com o devoto Christian Harris. Apanhador veterano Jake Taylor, uma ex-estrela dos índios que passou os anos jogando anteriores na Liga Mexicana. A força que seus joelhos cederam, perdeu tanto seus arremessos que mal consegue alcançar a segunda base. Os dois jogadores que chamam atenção são o jovem e impetuoso outfielder Willy Mays, que apareceu no treino de primavera sem convite, e o arremessador Rick Vaughn, um libertado de uma prisão da Califórnia depois de cumprir pena por roubar um carro. Hayes afirma que pode “correr como Hayes” e “bater como Mays”. Ele prova ser o jogador simultaneamente considerado o “mais rápido do tempo” e adepto na formação técnica do chamado “roubo de base”, mas sua primeira viagem à gaiola de rebatidas deixa claro que ele só pode acertar rapidamente os pop-ups. Vaughn tem uma bola em meados dos anos 1990, mas não tem controle sobre ela, o que lhe rende o apelido de “Coisa Selvagem”.

A equipe previsivelmente começa uma temporada com uma sequência de derrotas. Lou então descobre que os problemas de controle de Vaughn derivam de uma deficiência visual não da. Depois de colocar os óculos, o desempenho de Vaughn melhorou com treinamento e assistência adicional de Taylor. Lou treina Hayes para acertar bolas no chão, penalizando-o com flexões sempre que ele acertar uma bola no ar, e emprega uma estratégia semelhante para punir Dorn se ele não fizer um esforço ao colocar em campo. Pedro Cerrano se transforma em uma ameaça formidável de home-run, embora continue incapaz de acertar as bolas curvas. Com a produção crescente dos jogadores, o tempo começa a ganhar. Enquanto isso, Taylor tenta se reunir com sua ex-namorada Lynn, apesar de sua noiva com outro homem. Phelps, irritado com a melhoria no desempenho da equipe, tenta desmoralizá-los removendo as instalações da equipe. Ela substitui o jato da equipe fretado, primeiro por uma frágil aeronave Douglas DC-3e depois por um ônibus antigo. Ela se recusa a seus equipamentos de ginástica e desliga água quente do vestiário, alegando que ela corte despesas. Apesar de seus treinos a equipe segue vencendo e se aproximando de uma possível disputa pelo campeonato classificatório da divisão dentre as principais corporações de beisebol norte-americanas.

Acaso, Charlie decide revelar o plano de Phelps para Lou, que então convoca uma reunião de equipe. Ele explica a situação, acrescentando que todos os jogadores do elenco atuais seriam liberados ou enviados de volta aos menores da temporada no final da temporada. Sem nada a perder, Taylor se levanta e diz: - “Acho que só resta uma coisa a fazer - vencer a... coisa toda”. Se eles vencerem a divisão, Phelps não poderá mover o tempo ou se livrar deles. À medida que as vitórias se acumulam, Cleveland percebe e os torcedores começam a encher como arquibancadas. A equipe consegue empatar com o New York Yankees pelo primeiro lugar na divisão Leste da Liga Americana, levando a um playoff de um jogo para determinar o campeonato da divisão. Lou decide começar Harris no lugar de Vaughn devido à maior experiência de Harris arremessando para os Yankees. Os gols dos playoffs (os jogos decisivos) em Cleveland estão no início do sétimo, quando os New York Yankees abrem uma vantagem de 2 a 0, mas no final do sétimo, Cerrano se conecta em uma bola curva e até acerta um home run de corridas para empatar jogo. A nona entrada começa com Harris cansado carregando as bases depois de registrar duas saídas. Com o melhor desconto dos New York Yankees, Clu Haywood, em seguida, Lou traz Rick Vaughn. Apesar de não ter Va Haywood nos jogos anteriores, o acertou em três arremessos.


Na parte inferior da entrada, Hayes escolhe com um eliminador e os Yankees da remessa “The Duke”, sua caça de cabeças mais próxima. Taylor então avança e Hayes rouba o segundo. Depois de receber um arremesso na cabeça por insultar Duke, apontando para o campo externo, fazendo uma referência ao famoso chamado tiro de Babe Ruth, Taylor sinalização para o duque e Lou retransmite o sinal para o treinador da terceira base. Depois que Taylor provoca Duke novamente, Hayes decola para o terceiro e inesperadamente bate. Apesar de seus joelhos vencerem ruínas, Taylor bate o arremesso para a primeira base enquanto Hayes, que nunca para de correr, arredonda o terceiro e desliza sob o arremesso do primeiro para marcar e o jogo. Phelps fica sem palavras com o triunfo. Os fãs correm para o campo, Taylor vê Lynn nas arquibancadas, não usando anel de noivado. Os dois correm para se abraçar e seus fãs comemoram a vitória. As principais forças sociais do beisebol no mundo podem ser representadas pelos Estados Unidos da América, algumas equipes asiáticas, principalmente enter elas, o Japão e a Coreia do Sul, outrossim, Austrália e seleções do Caribe, como por exemplo o caso exemplar de Cuba.

Sobre as regras do jogo beisebol Alexander Cartwright também é erroneamente creditado por introduzir bases planas em distâncias uniformes, três rebatidas por batedor e nove jogadores no campo externo. No entanto, os estudos modernos lançaram dúvidas sobre a originalidade dessas regras, pois informações vieram à luz sobre os clubes de Nova York anteriores aos New York Knickerbocker, em particular com relação à regulamentação das regras elaboradas por William R. Wheaton para o Gotham Club em 1837. O historiador do beisebol Jeffrey Kittel concluiu que nenhuma das Regras de Knickerbocker de 1845 era original, com a possível exceção de entradas de três saídas. Em 1846, foram rascunhadas as regras do método que regeriam o esporte: nove jogadores titulares por time e as quatro bases para percorrer. Mas até 1857, o jogo era limitado em 21 pontos, mudando em seguida para nine innings.  Uma entrada (inning) no jogo de beisebol consiste em duas metades. Em cada metade, uma equipe rebate até três eliminações serem feitas, com a outra equipe jogando na defesa.

Cada metade de entrada começa formalmente quando o árbitro declara: “Batedor pronto!” (Batter up!). Uma entrada completa é composta de seis eliminações, três para cada time; e um jogo de acordo com o regulamento é formado por nove entradas. O time visitante sempre bate primeiro em cada entrada, e esse turno é geralmente chamado de alta (top), derivado da posição do time visitante no topo do placar de linha. O turno do time da casa é chamado de baixa (bottom), e a pausa entre elas é chamada de intervalo (middle). Se o time da casa está liderando no intervalo da nona entrada (nine innings), ou anota uma corrida para tomar à frente na baixa da nona entrada, o jogo termina imediatamente com vitória do time da casa. Uma metade de entrada em que todos os batedores são eliminados sem chegar em base diz-se que foi uma “entrada um-dois-três” (one-two-three inning). Se o placar está empatado passadas nove entradas, a partida vai para entradas extras até que uma entrada acaba com um time na dianteira. No beisebol japonês, contudo, o jogo acaba empatado após 12 entradas. Como no caso da nona entrada, o time da casa que marca para pegar a liderança em qualquer entrada extra vence automaticamente, e o jogo é considerado completo naquele momento, apesar do número de eliminações. Frequentemente se refere como uma situação de “walkoff”, já que o último lance resulta nas equipes indo embora do campo porque o jogo acabou.

Entradas extras (extra innings), ou prorrogação, é o procedimento pelo qual o empate é quebrado. Se o placar continua empatado ao fim de nove entradas completas, as regras preveem que “o jogo continuará até (1) o time visitante ter marcado mais corridas no total que a equipe da casa ao fim de uma entrada completa; ou (2) o time da casa marcar a corrida da vitória numa entrada incompleta”. Por bater na parte baixa da entrada, o time da casa que marca para tomar a liderança na nona entrada ou em qualquer ponto das entradas extras imediatamente encerra a entrada e o jogo com a vitória. Comumente, o time da casa vence por somente uma corrida nesta situação; mas se a rebatida for um home run, todos os corredores e o batedor têm direito a marcar, com suas corridas contando no placar final mesmo se isso pôr o time da casa à frente por mais de uma corrida. As regras técnicas e sociais do jogo, incluindo a ordem de rebatedores, disponibilidade de jogadores reservas e arremessadores, etc., permanecem intactas nas entradas extras. Os treinadores devem demonstrar prudência para evitar usar todos os seus substitutos, em algum caso do jogo se estender demais. “Entrada imaculada” é uma terminologia do beisebol usada para descrever que o arremessador enfrentou três rebatedores e eliminou os três por strikeouts em apenas nove arremessos.

A probabilidade de o arremessador eliminar todos os três rebatedores em uma entrada com todos os nove arremessos sendo strikes é muito pequena., isto é, as chances de ocorrência de um resultado, que são obtidas pela razão entre casos favoráveis e casos possíveis.  No beisebol, um strike ou strike out (denotado por K ou SO) ocorre quando o batedor recebe três strikes durante sua vez relacionada ao uso do bastão. Strikeouts são associados com dominância da parte do arremessador e/ou incompetência da parte do batedor; embora para rebatedores de potência seja reconhecido que o estilo de swing que gera home runs também é um tanto considerado suscetível a sofrer strikeouts. Desnecessário dizer que probabilidade é a representação da área da Matemática que calcula as chances de o evento ocorrer em um determinado contexto considerando as possibilidades existentes e o que é possível obter. Só para se ter uma ideia da raridade no caso desportivo do beisebol, em toda a história técnica da Major League Baseball, apenas cinco destes arremessadores conseguiram a façanha esportiva de conseguir pelo menos duas “entradas imaculadas” em toda a sua carreira. Um ano depois nasceu a primeira liga organizada, a National Association of Baseball Players, a primeira organização administrando o beisebol americano. A primeira convenção de dezesseis clubes da área de Nova Iorque em 1857 praticamente encerrou a era do New York Knickerbockers, quando esse clube deliberava privadamente sobre as regras do jogo.

O profissionalismo nasceu em 1870 e ajudou muito na difusão do esporte em quase todas as esferas competitivas. Deste modo, a liga mudou de nome para National League of Profissional Base Ball Clubs. Depois de 1901, a American League se declarou “uma liga maior”, que abrangeria os campeões da liga Americana e da Nacional. Em 1933 foi criado o All Star Game. O documentário Baseball, é minissérie de televisão norte-americana de 1994, criada por Ken Lauren Burns sobre o jogo de beisebol e uma grande referência sobre a cronologia do esporte. Seu trabalho é frequentemente produzido em associação com a WETA-TV, canal virtual 26, a principal estação de televisão membro do Public Broadcasting Service (PBS) licenciada para a capital norte-americana Washington, D.C., o National Endowment for the Humanities, e distribuído pela PBS. Como o historiador oficial da Major League Baseball (MLB), John A. Thorn, o descreveu desta forma: Alexander Cartwright tem “uma placa no Hall da Fama do Beisebol em que todas as palavras substanciais são falsas”. Alex Cartwright não definiu “os caminhos básicos a 30 metros, os lados a nove homens, o jogo em nove entradas”. Todos os três foram estabelecidos pela Convenção determinadas dentre as corporações e clubes de 1857, oito anos após Cartwright ter deixado Nova York.  John A. Thorn, vale lembrar é um historiador, autor, editor e comentarista cultural de origem alemã. Desde 1º de março de 2011 que ele é o historiador oficial do beisebol da Major League Baseball. A Public Broadcasting Service, reconhecida popularmente como PBS, é uma rede de televisão norte-americana de carácter educativo-cultural, sem publicidade, em contraponto às grandes redes comerciais que operam no país. Antigamente ela se chamava National Educational Television (NET), até que em 5 de outubro de 1970 mudou para o nome atual. Possui em sua programação documentários, telejornais e programas educativos. 

A programação é ancorada de vários estados norte-americanos. Produz desde 1969 (como NET) a versão original do mundialmente famoso programa Sesame Street. A emissora também é famosa por colocar no ar seriados e filmes britânicos de emissoras como a British Broadcasting Corporation (BBC), uma corporação pública de rádio e televisão do Reino Unido fundada em 1922, ITV e Chanel 4 (privadas), assim como produções originais. A PBS é uma organização social sem fins lucrativos, constituída por mais de 350 emissoras, como organizações comunitárias, universidades, escolas ou autoridades estaduais ou locais, que possuem as benditas licenças educativas. Funcionam como uma rede distribuidora dos formatos que foram produzidos ou pedidos pelas emissoras afiliadas. A programação da PBS é composta por “espaços educativos”, informativos, documentais e de ficção. Os programas infantis são produzidos sobre a marca PBS Kids. Contudo, não conta com a produção centralizada; todos os programas que emite são produzidos ou adquiridos pelas emissoras locais membros da rede. Oficialmente, a National League é compreendida como uma das instituições mais antigas e tradicionais da modalidade desportiva na América do Norte, reconhecendo Doubleday responsável por estabelecer as bases do esporte, de modo que a primeira partida foi disputada em Nova York em 1839. Há, porém, quem defenda que o Beisebol foi criado nos Estados Unidos da América, em 1839, pelo oficial combatente Abner Doubleday (1819-1893). Do mesmo modo, outros tantos aprovam que ele é uma criação legitimamente inglesa. O Congresso Nacional norte-americano, em 1953, declarou oficialmente que Alexander Cartwright foi o criador do esporte, embora para alguns historiadores apenas contribuiu para a consolidação das regras do beisebol. 

Historicamente há registro técnico-documental no século XIV, de um esporte com características semelhantes ocorrido na França. Levando em consideração este fato, a origem da modalidade fica ainda mais incerta. Apesar de tudo, no decorrer do tempo o beisebol ganhou muita popularidade ao redor do mundo, principalmente na América do Norte, onde ele é um fator cultural importantíssimo. Além de muitos adeptos ao esporte, as competições ao redor do país reúnem uma infinidade de torcedores. Os Princípios de Peel resumem a ideias que Robert Peel desenvolveu para definir uma força policial ética. A abordagem expressa nesses princípios é comumente reconhecida como “policiamento por consenso no Reino Unido”. Neste modelo de policiamento oficiais de polícia “são considerados cidadãos em uniforme” e exercitam seus poderes para “policiar seus concidadãos com o consentimento implícito”. Nove princípios foram definidos nas Instruções Gerais fornecidas desde 1829 a todo novo oficial da Polícia Metropolitana de Londres. Os nove princípios são: prevenir o crime e a desordem, como alternativa à sua repressão por meio da força militar e da severidade das punições legais. Sempre reconhecer que o poder da polícia de cumprir suas funções e deveres depende da aprovação pública de sua existência, atos e comportamento, e de sua habilidade em assegurar e manter o respeito. Sempre reconhecer que assegurar o respeito e a aprovação públicas significa também assegurar a cooperação voluntária do público na tarefa de assegurar a observância às leis. Sempre reconhecer que, na medida que a cooperação do público puder ser assegurada, nessa medida diminui a necessidade do uso de força física e de coação para alcançar os objetivos policiais.


Opinião pública é a expressão da participação popular na criação, controle, execução e crítica das diretrizes de uma sociedade. É também designada por senso comum, em que se inserem as ideias consideradas corretas pela maior parte da sociedade, que seguem um padrão ético-moral que é subjetivo segundo a sua cultura, condições sociais e, em alguns casos, sua religião. Quando se diz, por exemplo: “A opinião pública está pressionando o governo”, significa que a sociedade civil, geralmente através da comunicação social, expressa uma posição de pressão política ao governo. É, portanto, o comportamento que a maioria de uma sociedade toma em relação a algum assunto. As regras querem buscar e preservar o favor público. Não pelo apelo ao que há de mais baixo na formação da opinião pública, mas demonstrando constante um serviço absolutamente imparcial à lei. Melhor dizendo, com total independência para com relação política, e sem levar em conta a justiça social ou a injustiça da substância de leis individuais. Pelo pronto oferecimento de serviço individual e de amizade a todos os membros do público sem levar em conta sua riqueza ou posição social. Pelo pronto exercício de cortesia e de amigável bom humor, e pela pronta oferta do sacrifício próprio na proteção e preservação da vida.

Usar a força física apenas quando o exercício da persuasão, do aconselhamento e de advertências morais se demonstrarem insuficientes para a obtenção de cooperação em grupo na medida necessária a assegurar a observância da lei ou a restauração da ordem, e usar inversamente em qualquer ocasião específica, apenas a menor quantidade de força física necessária a alcançar um objetivo policial. Manter em todos os momentos um relacionamento dialético em oposição assimétrica com o público que dê realidade factual à tradição histórica de que “a polícia é o público e de que o público é a polícia”. Policiais sendo apenas membros do público pagos para dedicar atenção integral aos deveres que são de responsabilidade de todos os cidadãos no interesse da existência e do bem-estar da comunidade. Sempre reconhecer a necessidade da estrita aderência às funções executivas da polícia, abstendo-se mesmo de sequer parecer usurpar os poderes do judiciário, de vingar indivíduos ou o Estado, e de autoritariamente julgar a culpa e punir os culpados. Sempre reconhecer que a comprovação da eficiência policial é a ausência de crimes e desordem, e não amostras visíveis de ação policial no trato com eles.

            Um dos primeiros clubes estabelecidos e de fato reconhecidos foi o Gotham Base Ball Club, que jogava uma espécie de “jogo de bola e bastão” muitas vezes chamado de “bola da cidade” ou “bola redonda”, mas consuetudinariamente em Nova York, portanto, geralmente “bola base”, semelhante, o que não quer dizer simplesmente idêntico ao esporte britânico de Rounders, um jogo muito popular no Reino Unido, Irlanda e Canadá, em um campo na 4ª Avenida com a 27ª Rua. Em 1837, o membro da Gotham Base Ball Club, William Rufus Wheaton (1814-1888), elaborou regras deste método, assim convertendo este jogo de considerado de playground, por assim dizer “em esporte mais elaborado e interessante para ser praticado por adultos”. Em 1842, Cartwright liderou o estabelecimento do Knickerbocker Base Ball Club, em homenagem à Knickerbocker Fire Engine Company, “um grupo separatista” de Gothams. Em 1845, um comitê do novo clube incluindo Wheaton, mas curiosamente não foi Alex Cartwright quem elaborou regras semelhantes às de Gothams. Os preceitos principais incluíam as estipulações de que territórios sujos deveriam ser introduzidos pela primeira vez, e a prática corriqueira de retirar um corredor ao acertá-lo com uma bola arremessada era proibida.

            No início do século XIX, várias circunstâncias se aliaram para dar ao termo um conceito especial, como a prevalência da sua eficiência na vida política; o estágio primário de desenvolvimento de disciplinas como psicologia, sociologia, antropologia; o alcance gradual da crítica política publicamente expressa o bar, o café e o saloon ingleses e franceses como palcos da discussão pública de assuntos sujeitos a controvérsia; além de instrumentos como constituições que defendiam, por exemplo, as liberdades civis. No campo político, é controvertido o conceito de opinião pública e o seu papel nos governos. As obras sobre a democracia do século XX não são unânimes quanto ao seu significado e à sua função. A notícia existe por meio de um processo de transformação: os media transformam ou moldam a notícia de acordo com as características sociais pré-estabelecidas do receptor. Este, o receptor, cria, em função de desejos, personalidades e credos, sua interpretação em relação ao fato noticiado. A opinião pública é criada a partir do agrupamento das interpretações dos receptores. Num sentido mais amplo, a opinião está ligada à crença na qual o indivíduo se baseia para criar conclusões e pontos de vista. A opinião pública é baseada numa espécie de agrupamento homogêneo de sistemas de crenças, ideais e opinião. Para atingir a opinião pública, o consenso geral, a estrutura mediática aposta simbolicamente em valores comuns à maioria, como o repúdio à corrupção, o apelo ao sofrimento perante às tragédias ou a admiração por valores assumidamente interpretados como honestos.

Bibliografia geral consultada.

OFFE, Claus, Trabalho e Sociedade: Problemas Estruturais e Perspectivas para o Futuro da Sociedade do Trabalho. Rio de Janeiro: Editor Tempo Brasileiro, 1989; CAPUZZO, Heitor, O Cinema Além da Imaginação. Vitória: Editor Fundação Ceciliano Abel de Almeida, 1990; MCLEISH, Robert, Produção de Rádio: Um Guia Abrangente de Produção Radiofônica. São Paulo: Editora Summus, 2001; ROGOFF, Bárbara, A Natureza Cultural do Desenvolvimento Humano. Porto Alegre: Editora Artmed, 2005; GARDENSWRTZ, Lee; ROWE, Anita, Diverse Teams at Work: Capitalizing on the Power of Diversity. Virginia (USA): Oxford Editor, 2008; DURKHEIM, Émile, Da Divisão do Trabalho Social. 4ª edição. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2010; HIRATA, Helena (Org.); GUIMARAES, Nadya Araújo (Org.), Cuidado e Cuidadoras. As Várias Faces do Trabalho do Care. 1ª edição São Paulo: Editora Atlas, 2012; SAWAIA, Bader (Org.), As Artimanhas da Exclusão. Análise Psicossocial e Ética da Desigualdade Social. Petrópolis (RJ): Editoras Vozes, 2010; WEBER, Max, Economia e Sociedade: Fundamentos da Sociologia Compreensiva. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2012; VALERA, Juliessa Ricce, Deficiência Intelectual e Adaptação Curricular sob o Olhar de Teses e Dissertações. Dissertação de Mestrado.  Faculdade de Ciencias e Letras. Araraquara: Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, 2015; FACCI, Marilda Gonçalves Dias, Periodização Histórico-cultural do Desenvolvimento Psíquico: Do Nascimento à Velhice. Campinas: Autores Associados, 2016; Artigo: “Jackie Robinson Quebra Barreira da Cor no Beisebol Americano”. Disponível em: https://efemeridesdoefemello.com/2017/04/15/; NOBOA, Ígor Carastan, O Futuro e o Passado estão Além da Imaginação: A Viagem no Tempo e os EUA no Contexto do Segundo Pós-Guerra. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em História Social. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de História. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2019; COSTA, Amilton, O Espaço Escolar em uma Perspectiva Mais Inclusiva de Estudantes Portadores de Transtorno do Espectro Autista. Dissertação de Mestrado Profissional em Educação e Novas Tecnologias. Curitiba: Centro Universitário Internacional, 2022; FREITAS, Mariele Angélica de Souza, A Pesquisa Acadêmica em Educação e a Participação de Pessoas com Deficiência. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Educação. Faculdade de Educação. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2022;  CASTRO-PONTES, Monique, “A Neuropsicologia como Interface do Esporte: Uma Revisão Histórica”. In: Boletim Sociedade Brasileira de Neuropsicologia. São Paulo. Volume 5, nº 2, pp. 1-20, fevereiro de 2022; entre outros.  

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