segunda-feira, 20 de junho de 2022

Palm Islands - Cidades Falsas, Tecnologia & Trabalho Subhumano.

 

O crescimento tem sido intenso, mas as pessoas esquecem do meio ambiente”. Jean François Seznec

          Jean-François Seznec é um cientista político especializado em negócios e finanças no Oriente Médio. Seznec foi anteriormente professor Associado Visitante no Centro de Estudos Árabes Contemporâneos da Universidade de Georgetown, onde lecionou de 2001 a 2012. Seus interesses de Ensino & Pesquisa são no Golfo Pérsico região e tem como escopo especial nas variáveis ​​políticas públicas que influenciam o desenvolvimento econômico da região. Ele também se concentra na industrialização na região do Golfo Pérsico, concentrando-se nos mercados financeiros de petróleo e petroquímica e outras indústrias baseadas em energia. Seznec também é o fundador e diretor administrativo do Lafayette Group Limited Liability Company, uma empresa de investimento privado com sede nos Estados Unidos da América (EUA). Em 1970 recebeu seu Bacharelado em Artes com honras departamentais do Washington College em Maryland. Em 1973 recebeu um Master of International Affairs (MIA) da School of International and Public Affairs, Columbia University. Mais tarde, ele retornou aos campi acadêmicos para completar um Mestrado em Artes e Doutorado em Filosofia e Ciência Política pela Universidade de Yale em 1994. Obteve seu Ph.D. intitulado: A Política dos Mercados Financeiros na Arábia Saudita, Kuwait e Bahrein. Antes de ingressar na Georgetown University, para sermos breves, o francês Jean-François Seznec lecionou no Middle East Institute da Columbia University na School of International and Public Affairs, de 1986 a 2006.

O significado de um artefato – mutatis mutandis -, segundo a interpretação de Alois Riegl, é conexo com a estrutura mental abstrata e o reconhecimento da obra de arte como tal. Referem-se a unidades geracionais que desenvolvem perspectivas, reações e posições políticas e afetivas diferentes em relação ao mesmo mercado. O nascimento em um contexto social idêntico, mas em um período específico, faz surgirem diversidades nas ações dos sujeitos. Outra característica é a adoção ou criação de estilos de vida distintos pelos indivíduos, mesmo vivendo em um mesmo nível social. A unidade geracional constitui uma adesão pragmática, concreta em relação àquela estabelecida pela conexão geracional. Mas a forma como grupos sociais de uma mesma conexão geracional lida com os fatos históricos e sociais vividos, por sua geração, in statu nascendi fará surgir distintas unidades geracionais no âmbito da mesma conexão geracional no conjunto da sociedade. Karl Mannheim sociólogo judeu nascido na Hungria é que tem a paternidade da ideia e não esconde a preferência pela abordagem histórico-romântica alemã. E além disso, destaca que este é exemplo bastante claro de como a forma de se colocar uma questão. Mas ela pode variar de país para país, assim como de uma época historicamente determinada para outra socialmente inclusiva.        

 A história social da arte tem como representação a atividade humana realizada com o propósito estético e comunicativo, enquanto expressão de ideias, emoções ou formas de interpretar as coisas do mundo. Em sua historicidade as artes visuais têm sido classificadas de várias formas, desde a distinção medieval entre as artes liberais e as artes mecânicas, à distinção moderna entre belas artes e artes aplicadas, ou às várias definições contemporâneas, da arte como a manifestação individual e coletiva par excellence da criatividade humana. O alargamento da lista das principais artes durante o século XX definiu-as essencialmente em arquitetura, escultura, música, dança, pintura, poesia, incluindo o teatro e a narrativa literária, o cinema e a fotografia. Quando considerada a sobreposição de termos entre as chamadas artes plásticas e as artes visuais, incluem-se também do ponto de vista tecnológico o design e as artes gráficas. As artes gráficas, também reconhecida como design, é uma ciência, que tem como objetivo, a criação de soluções utilizadas para servir de forma funcional o ser humano.

A arte e o design estão presentes na história desde originalmente a identificação etnográfica da pré-história, através de desenhos e sinais que simbolizavam objetos e acontecimentos relevantes no âmbito da memória individual (sonho) e coletiva (os mitos, os ritos, os símbolos). Todavia, enquanto a arte propõe uma interpretação subjetiva de suas obras, o design comparativamente propõe algo de sentido objetivo, onde as pessoas serão capazes de entender e podem vir a comprar o produto e/ou serviço apresentado, ou aderindo à uma ideia, no caso de uma propaganda. Marca é a representação de uma entidade, qualquer que seja ela, objeto/símbolo que permite identificá-la de um modo imediato como, por exemplo, um sinal de presença, uma simples pegada. Na teoria social da comunicação, pode ser um signo, um símbolo ou um ícone. Uma simples palavra pode referir uma marca. O termo é frequentemente usado mesmo hoje em dia como referência a uma determinada empresa: um nome, uma marca verbal, imagens ou conceitos que distinguem o produto, serviço ou a própria empresa. Quando se fala em marca, é comum estar se referindo, na maioria das vezes, a uma representação gráfica no âmbito e competência do designer gráfico, onde a marca pode ser representada graficamente pela composição de um símbolo e/ ou logotipo, tanto individualmente quanto combinados.

No entanto, o conceito de marca é bem mais abrangente que o reino da aparência social em termos da sua representação gráfica. Marca não é um conceito fácil de definir. A marca em essência representa relação produção-consumo com uma série específica de atributos, benefícios e serviços uniformes aos compradores. A garantia de qualidade surge com as marcas, mas uma marca é um símbolo mais complexo. Um artefato é conexo à estrutura mental e cultural que definirá o reconhecimento social da obra de arte. O século XX se caracterizou por uma ênfase no questionamento das antigas bases da arte, propondo-se a criar um novo paradigma de cultura e sociedade e derrubar tudo o que fosse representado pela tradição. Até meados do século passado as vanguardas foram enfeixadas no rótulo de modernismo, e desde então elas se sucedem cada vez com maior rapidez, chegando aos dias de hoje a um estado quase de total pulverização dos estilos e estéticas, que convivem, dialogam, se influenciam e se enfrentam mutuamente. Também surgiu uma tendência de solicitar a participação in fieri do público no processo de criação, realizada por meio de uma grande variedade de linguagens e incorporar ao domínio artístico uma variedade de temas, estilos, práticas e tecnologias antes desconhecidas ou excluídas. O principal problema metodológico na definição do que é arte é o fato de que esta definição varia com o tempo e espaço de acordo com a diversidade de culturas.

O ramo de palmeira é um símbolo da vitória, do triunfo, da paz e da vida eterna originária do antigo Oriente Próximo e do mundo mediterrâneo. A palmeira (Phoenix) era sagrada nas religiões mesopotâmicas, e no antigo Egito representava a imortalidade.  Na religião assíria, a palmeira é uma das árvores identificadas como a Árvore Sagrada conectando o céu, representado pela coroa da árvore e a terra, a base do tronco. Relevos do século IX a.C. demonstram gênios alados segurando folhas de palmeira na presença da Árvore Sagrada. Está associado à deusa Istar e é encontrado no Porta de Istar. Na antiga Mesopotâmia, a tamareira pode ter representada, ipso facto, à fertilidade em humanos. Acreditava-se que a deusa mesopotâmica Inana que tinha um papel no ritual do casamento sagrado, tornava os encontros mais abundantes. As hastes das palmeiras representavam vida longa para os antigos egípcios, e o deus Huh era frequentemente visto segurando uma haste de palma, em uma ou ambas as mãos. A palma era levada em procissões funerárias egípcias para representar a vida eterna. O Reino de Nri (ibo) usou o omu, uma folha de palmeira tenra, para sacralizar e restringir. Alguns argumentam que a palma no poema parta Drakht-e Asurig serve como uma referência à fé babilônica. Composto por cerca de 120 versos e escrito no roteiro do livro Pahlavi. A linguagem mostra influências do persa médio. É um dos textos mais antigos existentes na língua parta. O poema é uma representação de um diálogo entre uma cabra e uma palmeira. Inana é a representação da deusa mesopotâmica pari passu associada ao amor, ao erotismo, a fecundidade e a fertilidade. Apesar de ser alvo de culto, segundo Alöis Riegl, em todas as cidades sumérias, era especialmente devotada em Ur. 

         Ela foi originalmente adorada na Suméria e mais tarde foi adorada pelos acadianos, babilônios e assírios sob o nome de Istar. Em sua homenagem, a sacerdotisa Enheduana compôs 42 hinos. Ela era reconhecida como a “Rainha do Céu” e era a deusa padroeira do templo de Eana na cidade de Uruque, que era seu principal centro de culto. Ela estava associada ao planeta Vênus e seus símbolos mais importantes incluíam o leão e a estrela de oito pontas. Seu marido era o deus Dumuzi, posteriormente reconhecido como Tamuz e sua sucal (sukkal), ou assistente pessoal, era a deusa Ninsubur que se tornou a divindade masculina Papsucal. Inana era adorada na Suméria desde o período de Uruque de cerca de 4 000 a.C. até cerca de 3 100 a.C., mas ela adquiriu pouca significância antes da conquista de Sargão de Acádia. Na era pós-Sargônica, ela se tornou uma das divindades mais veneradas no panteão sumério, com templos por quase toda Mesopotâmia. O culto de Inana-Istar foi continuado pelo povo de língua semítica oriental, dentre os acadianos, assírios e babilônios, que absorveram os sumérios na região. Ela era especialmente amada pelos assírios, que a elevaram para se tornar a divindade mais alta do panteão, ficando, até mesmo, acima do deus nacional Assur. Inana-Istar é mencionada na Bíblia Hebraica, uma referência genérica para descrever livros escritos originalmente em hebraico antigo (e no aramaico). O termo engloba os livros sagrados do Tanaque judaico que equivale ao Velho Testamento protestante, não incluindo os livros deuterocanônicos das Bíblias católica e ortodoxa, ou as partes Anagignoskomena do Velho Testamento ortodoxo. O termo não implica a padronização dos nomes, números ou ordem dos livros, que variam de acordo com a religião. Ela influenciou a deusa fenícia Astarte que irradiou o desenvolvimento espiritual da deusa grega Afrodite. Seu culto continuou a florescer até seu declínio gradual entre o século I e VI, com o nascer do cristianismo, embora tenha sobrevivido em partes da mesopotâmia superior entre as comunidades assírias no final do século dezoito.

Antropologicamente Inana aparece em mais mitos comparativamente do que qualquer outra divindade suméria. Muitos de seus mitos envolvem ela dominar outras divindades. Acredita-se que ela tenha roubado o mês, que representava todos os aspectos positivos e negativos da civilização, de Enqui, o deus da sabedoria. Também se acreditava que ela havia tomado o templo de Eana de An, o deus do céu. Ao lado de seu irmão gêmeo Utu, mais tarde reconhecido como Samas, era Inana a executora da justiça divina; ela destruiu o Monte Ebi por ter desafiado sua autoridade, desencadeou sua fúria contra o jardineiro Sucaletuda depois que ele, segundo a mitologia, a estuprou enquanto dormia, e localizou a bandida Bilulu e a matou em retribuição divina por ter assassinado Dumuzi. Na versão acadiana padrão da Epopeia de Gilgamés, Istar pede que Gilgamés se torne seu consorte. Quando ele se recusa, ela libera o Touro do Céu, resultando na morte de Enlide e nos conflitos de Enquidu, figura lendária na antiga mitologia mesopotâmica e Gilgamés com sua mortalidade. A palma constituía um símbolo da Fenícia e apareceu no processo de equivalência econômica em moedas púnicas. No grego antigo, acreditava-se que a palavra para palmeira, Phoenix, estava relacionada ao etnônimo tribo, etnia, raça.

Phoenix é um gênero botânico que inclui entre 15 e 20 espécies de palmeiras (Arecaceae), nativas do norte de África, desde as Canárias ao Senegal e através daquele continente até ao Sudão e de Creta e Turquia, no sudeste da Europa e Médio Oriente, à China e Malásia na Ásia do sul. Carl Linnaeus popularizou o termo no livro Species Plantarum de 1753, mas o botânico francês Joseph Pitton de Tournefort (1656-1708) é considerado “o fundador do conceito moderno de gêneros”. A partir da obra lineana e da codificação das normas de classificação biológica, o conceito de gênero passou a ser central em toda a sistemática biológica, rivalizando apenas em importância com o conceito de espécie como unidades fundamentais do sistema classificativo. Na Grécia arcaica, a palmeira era um signo sagrado de Apolo, que nascera sob uma palmeira na ilha de Delos. A palma tornou-se assim um ícone da Liga de Delos. Em reconhecimento à aliança, Cimão de Atenas ergueu uma estátua de bronze de uma palmeira em Delfos como parte de um monumento de vitória comemorativo da Batalha do Eurimedonte (469/466 a.C.). Além de representar a Liga vitoriosa, a palma de bronze (Phoenix) foi um trocadilho visual da frota fenícia derrotada. De 400 a.C. em diante, um ramo de palmeira foi concedido ao vencedor em competições atléticas, e a prática foi levada a Roma em torno de 293 a.C. A palma associou-se à vitória na cultura romana e a palavra latina palma, poderia ser usada como uma metonímia para vitória, um sinal de qualquer tipo de vitória.

Não queremos perder de vista o que particulariza a sociologia, é que ela lida com fenômenos sociais no plano em que eles podem ser descritos, objetivamente, através de propriedades da porção social do meio ambiente dos organismos e dos processos que nela ocorrem. Em consequência, não lhe cabe estudar os organismos como tais, nem as propriedades deles, que determinam ou condicionam seus comportamentos. Compete-lhes, especificamente, estudar os comportamentos sociais em si mesmos, ou seja, como parte de uma rede de interdependências e interações sociais, característica da espécie de organismos considerados. Portanto, o sociólogo profissional, opera em plano altamente complicado e abstrato, isolando e analisando relações que definem, de modo imediato, o nível de complexidade alcançado pelas diferentes manifestações da vida social entre os seres vivos. Para Florestan Fernandes da mesma maneira que o biólogo e o psicólogo sabem que os processos biológicos e psicológicos são condicionados pelas situações sociais da vida dos organismos, o sociólogo reconhece que os processos sociais são  regulados por elementos e mecanismos extra-sociais, de natureza biológica, psicológica ou biopsicológica. Apenas, concentra sua atenção nas propriedades dos aspectos sociais da vida, que são objeto de sua especialidade no campo da ciência.

Vale lembrar que a sociologia não se interessa, indiscriminadamente, pelo estudo dos fenômenos sociais. Ela trata-os na medida em que estes traduzem ou exprimem certo estado de sociabilidade e coordenação supraindividual de reações ou de comportamentos de organismos coexistentes nas mesmas unidades de vida. No plano abstrato de análise, seu ponto de referência, na descrição de tais categorias sociais, não é o “organismo”, sua estrutura e mecanismos, mas, a própria teia de interações sociais. Melhor dizendo, a ordem social, inerente às diversas modalidades de manifestações organizada da vida, oferece-nos o ponto de referência através do qual devem ser descritos sociologicamente. Nesse caso, os organismos vivem em condições que convertem a agregação ou a associação em necessidade vital. A sociedade não se opõe à natureza, ao contrário, pois representa o seu prolongamento na organização dos processos comunicativos de vida.

À luz de tais argumentos impõe-se, sobretudo, considerar três fatos básicos. Primeiro, a ordem social parece constar entre os fundamentos do equilíbrio da natureza, nos níveis de organização da vida que requerem, normalmente, a agregação ou a associação dos organismos. Segundo, sua importância relativa da ordem social, na determinação do equilíbrio da natureza, é incontestavelmente variável, por serem muito diversas as necessidades que ela parece preencher nos diferentes níveis de organização da vida. Terceiro, a estabilidade da ordem social parece ser amplamente afetada por fatores e mecanismos extra-sociais, mas, inversamente, também parece claro que, em dadas condições, a instabilidade da ordem social resulta de elementos e de processos sociais, o que lhe confere influência causal para alterar o padrão de equilíbrio da natureza. Quanto ao primeiro fator, é possível distinguir, grosso modo, quatro níveis de organização da vida, em vista da estrutura dos organismos e a propriedade da natureza do intercâmbio que eles conseguem desenvolver com o meio per se em que vivem.

A esses níveis aplicamos qualificações provisórias e precárias, que se justificam, segundo Fernandes, no estado atual de nossos conhecimentos: a ordem biótica, a ordem biossocial, a ordem psicossocial e a ordem sociocultural. A primeira, traduz a condição mais elementar da capacidade dos organismos de estabelecer interação social com outros organismos da mesma espécie ou de espécies diferentes. A segunda, aparece em um nível mais complexo da organização da vida, no qual os organismos dispõem da capacidade, biologicamente condicionada, de se locomoverem e de interagirem entre si. Tal ordem representa o produto do concurso de fatores orgânicos estáveis, embora se possa presumir que fatores supra-orgânicos chegam a desempenhar algum papel na interação de organismos entre si ou com o meio.  A terceira, envolve uma combinação mais complexa na operação dos fatores orgânicos, de caráter psicobiológico, e de fatores sociais, inerentes à maneira pela qual os indivíduos aprendem a viver em grupo e a reagir apropriadamente à presença de outros organismos, da mesma espécie ou de espécies diferentes. A quarta, põe-se diante da modalidade de organização da vida na qual os fatores orgânicos são corrigidos e complementados por fatores supra-orgânicos.

Mas, em sociologia, o que se pode chamar de ordem social, em cada um desses níveis abstratos de organização da vida, é, portanto, algo extremamente variado. A rigor, só no nível humano os fatores sociais da vida alcançam uma expressão criadora comparável à influência dos fatores orgânicos dos demais seres níveis. Daí a conclusão de que as expressões mais altas da vida social acham seus fundamentos em tendências de agregação ou de associação que são universais entre os seres vivos, das plantas e aos dos animais. Segundo as considerações desenvolvidas, a ordem social constitui um sistema de referências de caráter universal. Onde os organismos se agregarem ao se associarem socialmente, existirão certas regularidades no modo de existência ou da convivência deles entre si. Enfim, metodologicamente, a noção de ordem social denota essas regularidades, quaisquer que sejam suas origens, as condições que os suportem, estruturalmente, e os fatores que determinam, dinamicamente, sua continuidade ou sua instabilidade. Em suma, como ocorre com o biólogo e o psicólogo, o sociólogo lida com os fenômenos da vida. Apenas, trata-os de um ponto de vista especial, que o leva a estudar, sistematicamente, as influências exercidas pelas condições coletivas de existência sobre os mecanismos adaptativos dos seres vivos. Sua unidade de trabalho não são nem os organismos nem as propriedades que eles possuem. Mas o modo pelo qual os organismos se congregam socialmente e as consequências que daí advém para as formas de organização da vida.       

Historicamente um advogado que ganhou seu caso no fórum decoraria sua porta da frente com folhas de palmeira. O galho de palmeira ou árvore tornou-se um símbolo da deusa Vitória, e quando Júlio César assegurou sua ascensão ao poder com uma vitória em Farsalos, uma palmeira deveria ter surgido milagrosamente no Templo de Nike, deusa grega equivalente a Vitória (em Trales), mais tarde reconhecida como Cesareia, na Ásia Menor. A toga palmata era uma toga ornamentada com um tema de palmeira. Foi usada para celebrar um triunfo militar apenas por aqueles que tiveram um triunfo anterior. A própria toga era a vestimenta do civil em paz era usada pelo triunfante para assinalar “o abandono das armas e a cessação da guerra”. O uso da palma neste cenário indica como o significado original de vitória sombreado em paz como o resultado da vitória. Moedas emitidas sob o governo de Constantino I, o primeiro imperador cristão, e seus sucessores continuam a exibir a iconografia tradicional como símbolo da vitória, mas muitas vezes combinada com o simbolismo cristão, como os cristogramas. O senador romano Símaco, que preservou as tradições religiosas de Roma sob o domínio cristão, é retratado em um díptico de marfim com um ramo de palmeira em um triunfo alegórico sobre a morte.

O sociólogo e ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi o 34º presidente da República Federativa do Brasil entre 1995 e 2003. Na coletânea de ensaios de sua autoria intitulada: Pensadores que inventaram o Brasil (2013: 175-184) ele afirma o seguinte em seu depoimento sobre a sociologia de Florestan Fernandes. – Gostaria de transmitir ao leitor a complexidade de várias facetas da personalidade e da sua criatividade, bem como o significado que seu trabalho teve para a minha geração e para as ciências sociais no Brasil. Conheci Florestan Fernandes em 1949, quando entrei na Faculdade de Filosofia; eu tinha então dezessete anos e o professor Florestan dava aula de Introdução às Ciências Sociais. A Faculdade de Filosofia naquela época funcionava onde foi a Escola Normal da Praça (a Caetano de Campos, na praça da República) e hoje está a Secretaria de Educação. Para alguém que começava a trilhar a vida universitária, a Faculdade de Filosofia era um mundo um pouco estranho e quase mágico. Para começar, boa parte dos professores, pelo menos a maioria dos professores do segundo ano do curso de ciências sociais, dava aula em francês. Os estudantes, geralmente, não tinham conhecimentos suficientes de francês para que pudéssemos acompanhar as exposições e nos deliciar com elas. Isto já encantava um pouco aquela “FaFi”. Era um primeiro contato com o meio cultural paulista que, naquela época, ainda era um pouco bizarro, um pouco de elite.   

Cada classe não tinha mais do que dez ou doze alunos. E havia professores que desfilavam pelos corredores da Escola Normal da praça vestidos de avental branco, como se fossem “cientistas”, como Florestan Fernandes e, mais discretamente, Antonio Candido. O avental era quase um macacão. Era a maneira de mostrar duas coisas: uma, que a ciência é trabalho, e a outra, que a sociologia é ciência. Esse empenho terrível de demonstrar a todos nós que havia uma ética do trabalho a ser desenvolvida e que não era qualquer trabalho, mas um trabalho rigoroso a partir de um conjunto de hipóteses e de um conjunto de métodos, era a paixão da vida de Florestan Fernandes e ele a transmitiu a nós. Eu me recordo que uma vez, afirma Fernando Henrique Cardoso, quando eu cursava o segundo ano, enquanto tomávamos um café na avenida São João, Florestan doutrinava sem parar sobre a importância de ser sociólogo. A partir daí eu não fiz outra coisa na vida (a não ser recentemente) além de me dedicar à sociologia. Porque Florestan transmitia a seus alunos o mesmo ardor, a mesma firme vontade de dominar o conhecimento que ele possuía, de mostrar que havia de se desenvolver durante toda a vida uma profissão, no sentido de que havia de se dedicar ao que se estava fazendo, que era o trabalho mais importante do mundo. O resto não contava. Esta exemplaridade sempre marcou a presença de Florestan. Importa menos saber se a aula dada por ele era um “tijolo” (e era) ou se era amena. O importante era que ali estava em formação uma escola.    

A Terra urbanizou-se ainda mais depressa do que previra de início o Clube de Roma em seu relatório sabidamente malthusiano de 1972, Limits of Growth. Em 1950, havia 86 cidades no mundo com mais de um milhão de habitantes. Na verdade, as cidades absorveram quase dois terços da explosão demográfica global desde 1950 e crescem no ritmo de um milhão de bebês e migrantes por semana. A população urbana que a pouco era de 3,2 bilhões de pessoas é maior que a população total do planeta em 1960. Enquanto isso, no mundo globalizado o campo chegou a sua população máxima em torno de 3,2 bilhões de pessoas e dificilmente postergará a partir de 2020. Como resultado, as cidades serão responsáveis por todo o crescimento populacional na proximidade das novas décadas da Terra espera-se que seu ponto máximo, cerca de 10 bilhões de habitantes, seja atingido em 2050. Na crítica à historiografia se chamam de “cidadãos incompletos” aqueles homens e mulheres que possuem alguns dos três direitos compreendidos pela cidadania, em oposição àqueles que não se beneficiam de nenhum dos direitos. 

A população mundial continua a crescer desde o fim da grande fome de 1315-1317 e da Peste Negra em 1350, quando chegou a 370 milhões. Foi estimado estatisticamente que a população global chegou a 1 bilhão pela primeira vez em 1804. Demorou 123 anos, em torno de 1927, para chegar a 2 bilhões, mas foram necessários somente 33 anos para chegar a 3 bilhões em 1960. Uma alta no crescimento populacional de 1,8% foi reportada entre os anos 1955 e 1975, chegando a 2,06% entre 1965 e 1970. Em 1974, a população humana saudável chegou a 4 bilhões, depois 5 bilhões em 1987, 6 bilhões em 1999 e 7 bilhões entre os anos de 2011 e 2012. Este crescimento caiu para 1,18% entre 2010 e 2015 e que cheguem a apenas 0,13% no ano de 2010. O número de nascimentos anuais chegou a um dos seus ápices na década de 1980, com mais de 139 milhões de nascimentos, e é esperado que nos próximos anos o número de nascimentos gire em torno dos 135 milhões, como foi documentado em 2011, enquanto o número de mortos em torno de 56 milhões por ano e deverá crescer para 80 milhões até 2040. A população humana na Terra já alcançou a marca extraordinária de7 bilhões em 31 de outubro de 2011, de acordo com o Fundo de População das Nações Unidas, ou em de 2012, de acordo com o Departamento do Censo dos Estados Unidos da América. 

Em 2012, as projeções da Organização das Nações Unidas (ONU) indicaram que a população mundial continuará a crescer em número cada vez menor num futuro previsível. Contudo, é esperado que a população humana chegasse entre 8,3 e 10,9 bilhões em 2050. Estimativas comparadas demonstram números menores, em estudo de 2014 afirmando que a população humana iria variar entre 9,3 e 12,6 bilhões até 2100, e continuará crescendo. Muitos analistas questionam a sustentabilidade de uma população cada vez maior, observando o impacto humano no meio ambiente, no suprimento global de comida/fome e o provável esgotamento de recursos energéticos. Outros negam esta visão pessimista, afirmando que técnicas de agricultura e desenvolvimento tecnológico, além de novas áreas ainda abertas para agricultura, podem suportar o crescimento populacional. Além disso, a população humana vai continuar a crescer, mas em ritmo decrescente, principalmente devido ao melhor acesso a meios técnicos contraceptivos, melhoria na qualidade de vida e melhores oportunidades de trabalho para mulheres.

Clinicamente a utilidade de uso do aborto ocorre em algumas estratégias clínicas de controle que tem causado sérias controvérsias, com as cresecentes organizações religiosas e espirituais, destacadamente a Igreja Católica Romana, opondo-se explicitamente a qualquer intervenção clínica de interrupção letal no processo reprodutivo humano. Estima-se que o total de humanos que já viveram na Terra gire em torno de 106 a 108 bilhões. Em 2012, a “razão sexual”, na falta de melhor expressão, de uma população humana é de aproximadamente 1,01 homem para 1 mulher. É na Ásia, principalmente na China e na Índia, onde a disparidade entre homens e mulheres é maior, em favor dos homens, enquanto em países no Ocidente, como Estados Unidos da América, Reino Unido e a República Federativa do Brasil, o número de mulheres é levemente superior ao de homens. A etnia chinesa Han é o maior grupo étnico da China e de resto em todo o mundo, representando quase 92% da população chinesa, ou seja, mais de 1,24 bilhão de pessoas, ou cerca de 18% da população mundial, equivalente à população da Índia, é o maior grupo étnico do mundo, representando 19% da população global desde 2011.

Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), a média de expectativa de vida humana é de 70,5 anos em 2012, com mulheres vivendo em média 73 anos e homens aproximadamente 68 anos. Em 2010, a taxa de fecundidade global era estimada em 2,52 filhos por mulher, com este número declinando durante os anos. Em junho de 2012, pesquisadores britânicos estimaram que o peso total da população humana seria de 287 milhões de toneladas, com o peso médio de um humano girando em torno de 62 kg. A língua materna mais falada estatisticamente é o mandarim chinês com 12,44% da população global, seguido pelo segmento espanhol com 4,85%, inglês com 4,83%, árabe com 3,25% e o hindustani com 2,68%. A maior religião do mundo é o cristianismo com 33,35% da população global; seguido do islã com 22,43% e o hinduísmo, com 13,78%. Em 2005 16% da população mundial aparente não tinha religião. Aproximadamente 26,3% da população tem até 15 anos de idade, enquanto 65,9% tem entre 15 e 64 anos e 7,9% tem idade superior a 65 anos. A idade média de um humano no planeta era de 29,7 anos em 2014, e é esperado que chegassem a 37,9 anos em 2050. Será possível?

 A qualidade de vida é um tema que merece destaque pelo fato de se tratar de questões sociais, conjunturais e políticas relacionadas diretamente com a maneira com que os indivíduos conduzem suas formas de vida. No trabalho pode ser definida como o conjunto das ações que envolve a implantação e manutenção de melhorias e inovações gerenciais, tecnológicas e estruturais no ambiente de trabalho. Representa a gestão e a educação para o bem-estar no trabalho, com decisões e escolhas baseadas na cultura e no estilo de vida dos diferentes segmentos de classe. Apesar de ser uma linha de estudo recente e necessita de detalhamento de situações concretas para melhor compreensão do tema. A qualidade de vida no ambiente de trabalho tem sido com diversas concepções e teorias, que trouxeram à tona fatores preponderantes e pioneiros para o desenvolvimento humano. Em função das condições adequadas da divisão social do trabalho, incentivos e recompensas salariais oportunas, cuidados com a saúde do trabalhador etc. O capital é uma relação social entre pessoas que se estabelece por intermédio de coisas.

Melhor dizendo, disto resulta que tais relações se convertem em mercadorias porque são os produtos dos trabalhos privados executados com independência uns dos outros. Para os trabalhadores as relações de seus trabalhos privados parecem o que são, isto é, não relações sociais imediatas das pessoas em seus trabalhos, senão relações sociais entre coisas. Só em seu intercâmbio os produtos do trabalho adquirem como valores, uma existência social idêntica e uniforme, distinta da expressão material e uniforme que têm como objetos de utilidade de uso. Esta divisão do produto do trabalho em objeto útil e objeto de valor, se amplificam na prática quando o intercâmbio adquire bastante extensão e importância, de modo que os objetos úteis se produzam com vistas ao intercâmbio e seu caráter de valor tenha-se já em conta em sua forma mesma da produção. O futebol, em sua dimensão globalizada, mediatizada pelas relações políticas competitivas entre nações e nacionalidades demonstra cabalmente como se dão tais relações sociais e de produção. Isto é, no imaginário individual (sonho) e coletivo (mito), distribuídas através das redes sociais de comunicação. A cidadania pode ser classificada como um status concedido pelo Estado que equiparam aos direitos civis os membros de uma sociedade, concedendo-se ao cidadão um conjunto de direitos e obrigações de ordem civil, política e social.

Do ponto de vista religioso demógrafos do Pew Research Center, em Washington, DC e do Instituto Internacional para a Análise de Sistemas Aplicados (IIASA) em Laxenburg, Áustria, reuniram os dados estatísticos de mais de 2.500 censos, inquéritos e registros da população, um trabalho que levou cerca de seis anos e que, segundo o site da PRC, vai continuar. Tais projeções cobrem oito grandes grupos religiosos, a saber: os budistas, cristãos, hindus, judeus, muçulmanos, adeptos das religiões populares, adeptos de outras religiões e os ditos “sem religião”. Conforme esses levantamentos se forem mantidas as tendências atuais, pode-se verificar que o perfil religioso do mundo está mudando rapidamente, impulsionado pelas diferentes taxas de fecundidade e do tamanho das populações de jovens adeptos entre as principais religiões do mundo, bem como por pessoas mudando de religião. Nas próximas décadas, os cristãos permanecerão o maior grupo religioso, mas o Islã vai crescer mais rápido do que qualquer outra grande religião. O número de muçulmanos será quase igual ao número de cristãos ao redor do mundo. Demógrafos do Pew Research Center (PRC), em Washington, DC e do Instituto Internacional para a Análise de Sistemas Aplicados (IIASA) em Laxenburg, Áustria, reuniram os dados estatísticos de mais de 2.500 censos, inquéritos e registros da população, um trabalho que levou cerca de seis anos e que, segundo o site da Pew Research Center, vai continuar. Tais projeções cobrem oito grandes grupos religiosos, a saber: os budistas, cristãos, hindus, judeus, muçulmanos, adeptos das religiões populares, adeptos de outras religiões e os ditos “sem religião”. Conforme esses levantamentos se forem mantidas as tendências atuais, pode-se verificar que o perfil social mágico do mundo religioso está mudando de forma, impulsionado pelas diferentes taxas de fecundidade e do tamanho das populações de jovens adeptos entre as principais religiões do mundo, bem como por pessoas mudando status religioso.

Dessa forma, ao longo das próximas quatro décadas, os cristãos permanecerão o maior grupo religioso, mas o Islã vai crescer mais rápido do que qualquer outra grande religião. O número de muçulmanos será quase igual ao número de cristãos ao redor do mundo. Ateus, agnósticos e outras categorias não afiliadas a qualquer religião - embora aumentando em países como Estados Unidos e França terão uma participação social declinante em relação à população total do mundo. A população budista global terá aproximadamente o mesmo tamanho que era em 2010, enquanto os hindus e populações judaicas serão maiores do que são em 2018. Na Europa, os muçulmanos constituirão 10% da população global. A Índia vai manter uma maioria hindu, mas também terá a maior população muçulmana de qualquer país do mundo, ultrapassando a Indonésia. Nos Estados Unidos, os cristãos cairão mais de 3/4 da população de 2010 para 2/3 em 2050, e o Judaísmo já não será mais decisivamente a maior religião distinta da cristã.

Os muçulmanos serão mais numerosos entre norte-americanos do que pessoas que se identificam como judeus na base social da religião. Quatro em cada 10 cristãos viverão na África subsaariana correspondente à parte do continente africano situada ao sul do Deserto do Saara. Chamada de subsaariana por estar ao sul (sub-) do Saara (-saariana). Com cerca de 9 milhões de km², o Deserto do Saara, forma uma espécie de barreira ecológica-natural que divide o continente africano em duas partes muito distintas quanto ao quadro étnico humano e econômico. Ao norte do Saara encontramos uma organização socioeconómica muito semelhante à do Oriente Médio, formando um particular mundo islamizado. A diversidade étnica desta região da África é patente nas diferentes formas de cultura, incluindo as línguas, a música, a arquitetura, a religião, a culinária e indumentária dos diferentes povos do continente. A África é provavelmente a região do mundo onde a situação/condição histórica linguística é a mais diversificada com mais de 1000 línguas faladas e em contrapartida é a menos reconhecida. O islamismo, introduzido pelos almorávidas, durante muito tempo atingiu somente as frações das classes dirigentes. A colonização dos portugueses no século XV trouxe grandes mudanças, pois o comércio português, em breve seguido pelo de outras nações europeias no processo civilizatório como os pioneiros Países Baixos, Dinamarca, Grã-Bretanha e França, por intermédio de companhias autorizadas, baseava-se essencialmente no tráfego negro de escravos.

Ateus, agnósticos e outras categorias não afiliadas a qualquer religião - embora aumentando em países como Estados Unidos da América e França terão uma participação social declinante em relação à população total do mundo. A população budista global terá aproximadamente o mesmo tamanho que era em 2010, enquanto os hindus e populações judaicas serão maiores do que são em 2018. Na Europa, os muçulmanos constituirão 10% da população global. A Índia vai manter uma maioria hindu, mas também terá a maior população muçulmana de qualquer país do mundo, ultrapassando a Indonésia. Nos Estados Unidos, os cristãos cairão mais de 3/4 da população de 2010 para 2/3 em 2050, e o Judaísmo já não será a maior religião distinta da cristã. Os muçulmanos serão mais numerosos entre norte-americanos do que pessoas que se identificam como judeus na base social da religião. Quatro em cada 10 cristãos viverão na África subsaariana correspondente à parte do continente africano situada ao sul do Deserto do Saara.

Chamada de subsaariana por estar ao sul (sub-) do Saara (-saariana). Com cerca de 9 milhões de km², o Deserto do Saara, forma uma espécie de barreira ecológica-natural que divide o continente africano em duas partes muito distintas quanto ao quadro étnico humano e econômico. Ao norte do Saara encontramos uma organização socioeconómica muito semelhante à do Oriente Médio, formando um particular mundo islamizado. A diversidade étnica desta região da África é patente nas diferentes formas de cultura, incluindo as línguas, a música, a arquitetura, a religião, a culinária e indumentária dos diferentes povos do continente. A África é provavelmente a região do mundo onde a situação/condição histórica linguística é a mais diversificada com mais de 1000 línguas faladas e em contrapartida é a menos reconhecida. O islamismo, introduzido pelos almorávidas, durante muito tempo atingiu somente as frações das classes dirigentes. A colonização dos portugueses no século XV trouxe grandes mudanças sociais em termos de miscigenação, pois o comércio português, em breve seguido pelo de outras nações europeias como os Países Baixos, Dinamarca, Grã-Bretanha e França, por intermédio de companhias autorizadas, baseava-se essencialmente no tráfego negreiro de escravos.

As Palm Islands representam três ilhas artificiais em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, sobre as quais grandes obras de infraestruturas comerciais e residenciais são construídas. As ilhas artificiais de Dubai foram construídas com o intuito de contemplar grandes centros comerciais, restaurantes, apartamentos, casas, hotéis. São os maiores projetos de saneamento no mundo e tem como resultado as maiores ilhas artificiais concebidas. Elas foram construídas pela Nakheel Properties, uma subsidiária da Dubai World e uma empresa estatal privada. A Nakheel foi vista como a chave para resolver a crise da dívida de Dubai em 2009-2010. A empresa foi relatada como a segunda maior incorporadora de imóveis em Dubai depois da Emaar Properties. É incorporadora de imóveis nos Emirados Árabes Unidos, que contratou o empreiteiro holandês Van Oord para dragagem marinha, um dos maiores especialistas na recuperação de terras. As ilhas são a Palm Jumeirah, a Palm Jebel Ali e da Palm Deira. As ilhas foram comissionadas pelo Xeique Mohammed bin Rashid Al Maktoum, a fim de aumentar o turismo em Dubai. Cada assentamento no formato de três palmeiras, encimado com uma crescente, e terá um grande número de edifícios residenciais, centros de entretenimento e lazer. As Palms Islands estão situadas ao largo da costa dos Emirados Árabes Unidos, no Golfo Pérsico, e vão acrescentar artificialmente 520 km de praias para a cidade de Dubai. 


            Suntuosos hotéis, vitrines com as joias e os acessórios das grifes mais caras do mundo, centenas de opções de lazer e de turismo, zonas francas com operações de multinacionais, polos de aceleração de startups. Todas essas características poderiam descrever lugares como o Vale do Silício ou cidades da Ásia e Europa. Mas não. Trata-se de Abu Dhabi e Dubai, algumas das mais importantes cidades que compõem os Emirados Árabes Unidos (EAU). Conhecidos como oásis de prosperidade no deserto e pela abundância de petróleo, esses locais hoje significam muito mais do que o ouro negro. Apenas como comparação, dona de uma área de 4.114 Km², Dubai recebeu no ano passado, sozinha, mais de 15 milhões de turistas – cerca de duas vezes o total de visitantes estrangeiros no Brasil. A indústria do turismo rendeu US$ 30 bilhões em faturamento, ampliando de 4% para 5% a participação do setor no PIB nacional em menos de três anos. Comparar dois destinos nem sempre é difícil e, vezes, podem ser justo. Dubai e Abu Dhabi, ambos nos Emirados Árabes Unidos. Dubai é uma das cidades e emirados dos Emirados Árabes Unidos. O destino se tornou famoso e visitados do mundo devido ao seu crescimento acelerado e a busca pela ostentação e recordes, querendo sempre ser o maior ou o melhor do mundo, quando não  ao mesmo tempo.

O tradicional e o moderno vivem em harmonia, criando um dos destinos turísticos mais desafiadores e imponentes do mundo. Abu Dhabi é a capital dos Emirados Árabes Unidos, mas vai muito além disto. A cidade é moderna, mas preserva e tem orgulho da sua cultura e tradições, por isso cresceu de forma com que a cultura árabe continuasse como prioridade, sem a mesma modernização que o emirado vizinho, que cresceu de forma desenfreada. Do ponto de vista econômico Abu Dhabi representa o destino mais rico do país. Provavelmente muito mais rico do que Dubai. Mas, a questão do interesse não se sobrepõe ao desenvolvimento, isto é, sem perder a essência da cultura. Dubai, sem pensar duas vezes. Tudo o que há de melhor sempre está presente em Dubai, onde não há economia para investimentos, em todas as áreas. O destino é um dos mais modernos do mundo em vários aspectos sociais. A estrutura em Abu Dhabi também é excelente, mas a cidade é mais tradicional e não investe tanto quanto Dubai. Depende da sua concepção de beleza. Dubai tem uma beleza mais impressionante e moderna, para ostentar ao máximo. Já Abu Dhabi tem a beleza mais normalizada, preservando as suas tradições históricas.

           O Golfo Pérsico é um golfo localizado no Médio Oriente, como um braço do Mar da Arábia, entre a Península da Arábia e o Irã. Trata-se de um mar interior com cerca de 233 000 km², ligado ao Mar da Arábia a leste pelo Estreito de Ormuz e pelo Golfo de Omã, e com seu limite a oeste marcado pelo delta do Xatalárabe, chamado Arvand-Rood pelos iranianos, que carrega as águas dos rios Eufrates e Tigre, o mais oriental dos dois grandes cursos de água que delineiam a Mesopotâmia, junto com o Eufrates, que corre desde as montanhas de Anatólia através do Iraque. Os países com litoral banhado pelo Golfo Pérsico são, em ordem horária: Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, o Catar que ocupa uma península avançada sobre o golfo, Barém, uma ilha no golfo, Kuwait, Iraque e Irã. O Kuwait, país árabe no Golfo Pérsico, tem uma herança cultural que remonta à antiguidade. A Cidade do Kuwait, a capital, é conhecida por sua arquitetura moderna, que inclui arranha-céus e as incríveis Kuwait Towers, torres de água cujo design lembra as cúpulas em azulejos de uma mesquita clássica. Todos estes países, com exceção dos dois últimos (Iraque e Irã), formam uma união econômica denominada Conselho de Cooperação do Golfo Pérsico e suas áreas costeiras são a mais rica e mais usada fonte de petróleo do mundo; as indústrias derivadas da extração e refino dominam a região. Existem diversas ilhas no golfo, algumas são contestadas por estados vizinhos.

A empresa foi fundada em 2003, e como subsidiária da estatal Dubai World prosperou até que a crise financeira de 2007-2010 iniciou um declínio no mercado imobiliário de Dubai, colocando a Dubai World em risco de falência. em novembro de 2009. Após baixas contábeis de valores imobiliários e vendas mais baixas, Nakheel teve uma perda de 13,4 bilhões de dirham (US$ 3,65 bilhões) no primeiro semestre de 2009, e apesar de um resgate previsto em dinheiro em maio, fora, procurou adiar o reembolso em dezembro de um título de US $ 3,5 bilhões que havia sido rebaixado para o “status de lixo” porque o governo de Dubai se recusou a resgatar sua empresa-mãe, que “havia solicitado a suspensão do pagamento da dívida”. No entanto, em 14 de dezembro de 2009, o vizinho Abu Dhabi investiu em torno de US$ 10 bilhões em Dubai, evitando o calote da Nakheel, e em março de 2010, o governo de Dubai resgatou o Dubai World, fornecendo US$ 9,5 bilhões (£ 6,4 bilhões) para mediante o processo de financeirização (cf. Hilferding, 2011) garantir que os detentores de títulos da Nakheel sejam pagos a tempo e integralmente. A medida foi vista como chave financeira para resolver a crise da dívida de Dubai: - “Conserte Nakheel, e você percorrerá um longo caminho para consertar imóveis em Dubai; conserte imóveis e você conserta Dubai”, disse Aidan Burkitt, contratado da Deloitte para ser Diretor de reestruturação da Dubai World.

Em 2013, o governante de Dubai, Sheikh Mohammed bin Rashid Al Maktoum, aprovou um financiamento de US$ 898 milhões para a empresa e ordenou o início dos trabalhos em dois grandes projetos no Palm Jumeirah. A empresa obteve lucro líquido de US$ 1 bilhão em 9 meses, entregando 1.200 unidades com 23.000 em construção em Dubai durante o ano de 2017. Também em 2017, a Nakheel concedeu um contrato de US$ 410 milhões para o Palm Gateway a empresa Shapoorji Pallonji Mideast é o braço internacional da Shapoorji Pallonji Engineering & Construction (SP E&C) para suas operações de construção para a Índia. A SPINT definido com sucessos em todo o mundo de variedades em variedades, hotelaria, residencial e educacional, industrial, industrial, em variedades, para construir um complexo residencial, comercial e de clube de praia de três torres. Em 2018, a Organização Mundial da Propriedade Intelectual, como agência das Nações Unidas, registra em certificado o Golfo Pérsico, baseado no Acordo de Lisboa para a Proteção de Denominações de Origem e Registro Internacional. O reconhecimento desse nome no Certificado de Registro do Pérola do Golfo Pérsico indicava o reconhecimento do nome da massa de água como tal. O direito internacional proíbe país, governo ou organização usar outro nome para se referir ao Golfo Pérsico.  Em 2020, Mohammed Ibrahim Al Shaibani assumiu a presidência de Ali Rashid Lootah e Naaman Atallah foi nomeado diretor executivo da empresa.

Bibliografia geral consultada.

AL-HAGLA, Khalid, “Towards a Sustainable Neighborhood: The Role of Open Spaces”. In: International Journal of Architectural Research, 2(2), 2008, pp. 162-177; AL DARMAKI, Ibrahim Abdul Rahman, Globalization and Urban Development: Case study of Dubai`s Jumeirah Palm Island Mega Project. Tese de Doutorado. Escola de Geografia. Faculdade de Ciência de Engenharia e Matemática. Universidade de Southampton, 2008; AMSDEN, Alice  Hoffenberg, A Ascensão do Resto: Os Desafios ao Ocidente de Economias com Industrialização Tardia. São Paulo: Editora Edunesp, 2009; HILFERDING, Rudolf, Il Capitale Finanziario. Tradução de Vittorio Sermonti, Savero Vertone. Milano: Editore Mimesis, 2011; UMAKOSHI, Erica Mitie, Avaliação de Desempenho Ambiental e Arquitetura Paramétrica Generativa para o Projeto do Edifício Alto. Tese de Doutorado em Tecnologia da Arquitetura. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2014; MIRAGLIA, Lívia Mendes Moreira, Trabalho Escravo Contemporâneo: Conceituação à Luz do Princípio da Dignidade Humana. 2ª edição. São Paulo: LTr Editora, 2015; COELHO, Amanda Fabiana Santos, O Imaginário das Ilhas Atlânticas no Universo Medieval Islâmico-cristão. Dissertação de Mestrado em História do Mediterrâneo Islâmico e Medieval. Faculdade de Letras. Departamento de História. Lisboa: Universidade de Lisboa, 2015; BELTRÃO, Demetrius Amaral, Direito Econômico, Planejamento e Orçamento Público. Tese de Doutorado em Direito Político e Econômico. São Paulo: Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2015; O’BYRNE, Sabina Cárdenas, & D’INCA, Maria Verónica, “Arquitectura de la Noviolencia: El Papel del Otro en la Construcción del Espacio Común”. In: Polis (Santiago), 15(43), 251-269, 2016; MONTREZOR, Danielle Pereira; BERNARDINI, Sidney Piochi, “Planejamento e Desenho Urbanos: Uma Conciliação Possível?”. In: Urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana, 11, 2019; ALI, Khuloud, & NOGUEIRA DE VASCONCELLOS, Virgínia Maria, “Vizinhança Sustentável: Avaliação da Sustentabilidade da Ilha Palm Jumeirah em Dubai”. In: Paranoá, (27), 146-170, 2020; SOUZA, Bruno Barretto, Estudo Paleolimnológico de um Lago Tropical Raso: Diversidade de Cladóceros e seus Predadores Invertebrados, Perturbação Ambiental e Ciclomorfose. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Biologia Comparda. Ribeirão Preto: Universidade de São Paulo, 2021; VILLA, Bianca Minink, Usos Tradicionais e Ecologia Histórica de Palmeiras Nativas em Santa Catarina. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Ecologia. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2021; LUCENA, David, “Emirados Árabes constroem Distrito Inteligente entre Dubai e Abu Dhabi”. In: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2022/04/15entre outros.   

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