“Bolsonaro representa uma verdadeira ameaça à democracia”. Francis Fukuyama
O que poderia ser mais objetivo do
que o funcionamento da ideologia? Embora se constitua uma surpresa para inúmeros estudiosos da ciência, a verdade é que em nossa cultura liberal-conservadora, quer
a percebamos ou não, o sistema ideológico socialmente estabelecido e dominante
funciona de modo a representar ou desvirtuar suas próprias regras sociais, políticas e morais de
seletividade, preconceito, discriminação e distorção sistemática como as noções
sobre normalidade, objetividade e a maldita parcialidade científica presente
nas universidades. Compreensivelmente, a ideologia dominante tem uma grande
vantagem na determinação do que pode ser considerado um critério legítimo de avaliação
do conflito individual ou coletivo. Controlam efetivamente as instituições
culturais da sociedade, com um sistema de dois pesos e duas medidas. Movidos pela questão da ideologia e viciosamente tendencioso, é evidente em toda
parte: mesmo entre aqueles que se orgulham em dizer que representam a nossa
(sua) qualidade de vida capaz de medir as condições sociais e políticas, e
por que não insistir, em certo sentido afirmativo culturais, de um ser humano representando as condições que
contribuem para o bem-estar físico e espiritual dos indivíduos em sociedade.
Nas
últimas cinco ou seis décadas os intelectuais profissionalmente
estabelecidos se intimidaram em admitir a essência de classe em suas teorias e
posturas ideológicas. Na verdade, a ideologia não é ilusão, nem superstição
religiosa de indivíduos mal-orientados, mas uma forma específica de
consciência social, ancorada e sustentada. Como tal, a ideologia não pode ser
superada exclusivamente nas sociedades de classes. Sua persistência decorre do
fato dela ser constituída objetivamente e reconstituída como consciência
prática inevitável das sociedades de classe, relacionada com a articulação de
conjuntos de valores e estratégias rivais que tentam controlar o “metabolismo
social”, lembrava Marx, em seus principais aspectos. Mas que se entrelaçam
conflituosamente e se manifestam no plano da consciência tardia, conquanto seja
na diversidade de discursos ideológicos relativamente autônomos, que exercem
influência nítida sobre os processos materiais mais tangíveis. O metabolismo
social é um dado utilizado para a compreensão dos processos sociais e se nesse
determinado momento pode haver a existência de sustentabilidade.
Do ponto de vista analítico a longa maré de prosperidade que caracterizou as economias capitalistas desenvolvidas, após a 2ª guerra mundial, somente foi perturbada, por assim dizer, por algumas recessões menores como as de 1949-50 e de 1957-58. Aparentemente, a lição de depressão da década de 1930, a maior participação e intervenção do Estado na economia e o aperfeiçoamento da política neokeynesiana davam seus frutos. Em consequência, houve demasiado otimismo quanto à capacidade do Estado para controlar os ciclos da economia capitalista. Nesse ínterim, o primeiro golpe sério foi-lhes desfechado pela crise do dólar, no fim da década de 1960, que forçou o governo dos Estados Unidos da América a desvalorizá-lo duas vezes seguidas no breve período de 14 meses. Os principais países capitalistas da Europa e Japão, embora obviamente não por motivos desinteressantes, puseram-se de acordo, segundo Michelena (1977: 104) para tomar medidas extraordinárias que mantivesses o dólar à tona. Assim, em 1971, Alemanha Federal, Suíça, Japão e países de moedas fortes decidiram-se revalorizá-las. A queda do dólar prosseguia, contribuindo para aprofundar os conflitos entre os países capitalistas, a tal ponto que uma revista tão conservadora como o Time viu-se a necessidade de tecer o comentário: - “Se o ressentimento em relação aos Estados Unidos se disfarçar as políticas monetárias e comerciais europeias, é provável que o dólar caia ainda mais. Tanto para a Europa quanto para os Estados Unidos isso seria sinal do início de uma guerra econômica na qual nenhum dos dois lados pode esperar mais do que uma vitória de Pirro”, como esta, e estamos acabados.
Em
outras palavras, tratava-se de uma crise de acumulação que, como todas as
crises, tem suas peculiaridades, mas é essencialmente análoga as anteriores.
Isso implica – para que o sistema capitalista possa efetivamente superá-la, a
necessidade de introduzirem-se inovações tecnológicas significativas,
transformações das formas de acumulação e a implantação de mudanças
substanciais na divisão internacional do trabalho. O que poderia ser conseguido
mediante “o desenvolvimento de novas fontes de energia (fusão nuclear, solar
etc.), a exploração dos solos oceânicos, tanto para obter produtos minerais
quanto agrícolas, e o desenvolvimento bioquímico e genético” ou, em outros
campos, em que a pesquisa científica esteja bastante avançada. Segundo este
ponto de vista, fenômenos como a crise monetária internacional, a
“estagflação”, a crescente concorrência internacional, o acirramento da luta de
classes nos Estados Unidos e na Europa, os realinhamentos políticos mundiais e
as importantes mudanças (cf. Lentz, 2021) que estão ocorrendo nas relações internacionais são
considerados manifestações da crise geral da acumulação. Entretanto, para
melhor especificar a interconexão de todos esses fenômenos e deles deduzir
algumas de suas consequências políticas internacionais é necessário examinar cuidadosamente, embora de modo breve, a natureza da crise.
A
palavra tem origem durante a crise econômica que assolou o mundo durante a
década de 1970, de um lado pelo superaquecimento das economias dos “países desenvolvidos”,
a partir da excessiva expansão de procura agregada, o que levou a pressões
inflacionistas; do outro lado, pela redução da oferta agregada, a partir das
restrições impostas pelos países produtores de petróleo, perdas de safras e
redução das atividades em sectores que dependem do petróleo como matéria-prima,
ou simplesmente como complemento, levando ao desemprego, provocando a “depreciação
das moedas fortes” pelos “desinvestimentos” e “deseconomias de escala”,
patrocinada pelos grupos econômicos, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), por exemplo, que estavam “acima”
dos domínios operacionais dos Estados contemporâneos. Em economia, estagflação define-se como uma situação simultânea de
estagnação econômica, ou até mesmo recessão, e altas taxas de inflação. Tal
fenômeno é uma situação atípica do funcionamento regular da economia, pois o
baixo nível de atividade econômica costuma vir acompanhado de uma queda na
inflação devido a diminuição da demanda agregada. Obviamente, segundo Michelena
(1977: 105), os ciclos econômicos não derivam apenas de uma só causa. São,
antes, o resultado do processo contraditório e peculiar modo de desenvolvimento
do sistema capitalista, cuja mais clara expressão é resultado “o movimento
cíclico da taxa de lucros que, afinal, resume o desenvolvimento contraditório
de todos os momentos do processo de produção e reprodução”. Porém, quais são
essas contradições? Alguns autores marxistas assinalam duas como principais.
A
primeira é de caráter geral – no sentido de que é aplicável a todos os modos de
produção: é a contradição entre o nível de desenvolvimento das forças produtivas
e as finalidades limitadas da produção, que se origina na natureza das relações
de produção. Conforme observou Richta (1972), a revolução técnico científica
avançou de tal modo a automatização dos processos que não apenas afetou
consideravelmente todos os aspectos da produção como está chegando ao ponto em
que os aspectos subjetivos do processo de trabalho começaram a ter mais
importância claramente do que os objetivos. Ela também está modificando a significação das
matérias-primas, não só na medida em que estas são cada vez mais produto do homem,
e não da natureza, mas porque elas desempenham um papel ativo na automatização,
como objetos de trabalho. Obviamente, os processos produtivos das sociedades capitalistas
mais desenvolvidas ainda estão longe do ponto em que se possa dizer que uma tal
evolução das forças produtivas seja uma característica geral do sistema.
Entretanto, há certos setores e ramos da produção em que a aplicação da ciência
e da tecnologia atingiu o ponto em que se pode afirmar que o processo de
produção deixa de ser, de modo significativo, uma interrelação que ocorre no
processo de cooperação entre trabalho vivo e trabalho acumulado;
isto é, um estágio em que se alcançou a automatização “quase total”, no
sentido em que as máquinas produtoras são controladas por outras máquinas,
reduzindo-se o papel do trabalho sem cair, entretanto, na mera supervisão humana.
O
Muro de Berlim estava ali havia 28 anos, um pan-óptico para designar uma penitenciária ideal, que permite a um único vigilante observar todos os prisioneiros. Uma geração inteira não conhecia o
mundo sem ele. Havia quase três décadas, ele mantinha separados famílias e
amigos. A Alemanha eram duas, ocidental (capitalista) e oriental (comunista), e
Berlim também. A cortina de ferro deixou de ser figurativa para ganhar uma
metáfora visível e palpável quando o Muro de Berlim foi erguido, do dia para a
noite, em 13 de agosto de 1961. Eram 3,5 metros de altura, mais de 100 km de
placas de concreto, cabos de aço, cercas elétricas, torres de observação, que
cercavam inteiramente Berlim Ocidental para impedir a fuga dos alemães
orientais, pois, centenas morreram tentando, e a circulação de espiões
ocidentais. A abertura política da URSS conhecida como Glasnost gerou
uma onda de liberdade e mudanças no bloco comunista da Europa. Protestos
abalaram o governo da Alemanha Oriental, que foi obrigado a anunciar a
permissão de viagens para o lado ocidental. Esse anúncio levou milhares de
pessoas à fronteira dos dois lados da cidade. Os guardas não atiraram. As
pessoas começaram a atravessar para o outro lado. E a população começou a
destruir, com as próprias mãos, o Muro de Berlim. Segundo Renato Félix, do Jornal
Correio (2019) lembra a data com uma seleção de filmes sobre o muro e a
Alemanha Oriental. E lembra que este muro caiu, mas há outros que se ergueram:
na Palestina, na Hungria, na fronteira dos Estados Unidos da América com o
México.
O
Muro de Berlim, oficialmente reconhecido como “Muro de Proteção Antifascista” (Antifaschistischer Schuzwal), representou uma
barreira física construída pela Alemanha Oriental durante a chamada Guerra Fria, que
circundava toda a Berlim Ocidental. Sociologicamente representou um período de tensão geopolítica entre a União Soviética e os Estados Unidos da América e seus respetivos aliados. Considera-se geralmente que o período abrange a Doutrina Truman de 1947 até a dissolução da União Soviética em 1991. Era parte da fronteira interna alemã. Além
de dividir a cidade de Berlim, simbolizava a divisão do mundo em dois blocos ou
partes: República Federal da Alemanha (RFA), que era constituído pelos países imperialistas
encabeçados pelos Estados Unidos; e a República Democrática Alemã (RDA),
constituído pelos países socialistas sob jugo do regime soviético. Construído
na madrugada de 13 de agosto de 1961, dele faziam parte 66,5 km de gradeamento
metálico, 302 torres de observação, 127 redes metálicas eletrificadas
com alarme e 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda. Este muro era
patrulhado por militares da Alemanha Oriental Socialista com ordens de atirar
para matar: a célebre Schießbefehl, ou “Ordem 101” os que tentassem escapar, o
que provocou a separação de dezenas de milhares de famílias berlinenses.
A distinta e muito mais longa fronteira interna alemã demarcava a fronteira entre a Alemanha Oriental e a Alemanha Ocidental. Ambas as fronteiras passaram a simbolizar a chamada “cortina de ferro” entre a Europa Ocidental e o Bloco de Leste. Antes da construção do Muro, 3,5 milhões de alemães orientais tinham evitado as restrições de emigração do Leste socialista e fugiram para a Alemanha Ocidental, muitos ao longo da fronteira entre Berlim Oriental e Ocidental. Durante sua existência, entre 1961 e 1989, o Muro quase parou todos os movimentos de emigração e separou a Alemanha Oriental de Berlim Ocidental por mais de um quarto de século. Durante uma onda revolucionária de libertação ao comando de Moscou que varreu o Bloco de Leste, o governo da Alemanha Oriental anunciou em 9 de novembro de 1989, após várias semanas de distúrbios civis, que todos os cidadãos da RDA poderiam visitar a Alemanha Ocidental capitalista e Berlim Ocidental. Ocorrera uma mobilidade social de alemães orientais que subiram e atravessaram o muro juntando-se aos alemães ocidentais do outro lado, em uma atmosfera de celebração de consanguinidade. Ao longo das semanas seguintes, partes do Muro foram destruídas por um público quase eufórico e por caçadores de souvenirs. Mais tarde, equipamentos industriais foram usados para remover quase o todo da estrutura. A queda do Muro de Berlim abriu o caminho para a reunificação alemã que foi formalmente celebrada em 3 de outubro de 1990. Muitos apontam este momento como fim da Guerra Fria. Berlim incentiva a visita do muro derrubado, tendo preparado a reconstrução de trechos do muro. A reconstrução de trechos, está marcado no chão o percurso ideográfico que o muro fazia quando estava erguido.
A humanidade e suas separações. Vejamos. O filme Ponte dos Espiões (2015), de Steven Spielberg, estrelado por Tom Hanks, volta aos tempos da chamada guerra fria para narrar a história real do advogado norte-americano recrutado para defender um espião soviético (Mark Rylance, Oscar de ator coadjuvante) e acaba ajudando a negociar uma troca com um espião norte-americano capturado na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Essa negociação se dá na Berlim Oriental, em 1961, do outro lado do recém construído muro. Spielberg filmou cenas no que restou do muro: diversos pedaços estão ainda por Berlim (para que não se esqueçam) e disse que pensou, ao olhá-lo: - “Isso realmente aconteceu? Berlim foi realmente dividida assim?”. A comédia de Billy Wilder, Cupido não tem Bandeira (1961) mostra o diretor de uma fábrica da Coca-Cola em Berlim Ocidental às voltas com a filha do dono enamorada por um comunista da Berlim Oriental. A trama se passa antes da construção do muro de Berlim, quando era possível trânsito de pedestres e a comunicação social entre os dois lados. A produção, filmando na capital alemã, foi surpreendida com a construção do muro e teve que terminar as filmagens dos escombros em Munique.
O
filme A Lenda de Rita (The Legends of Rita, 1999) ocorre na
Alemanha dos anos 1970, marcado pelo espírito anárquico e rebelde, a jovem Rita
Vogt (Bibiana Beglau) é atraída para o movimento terrorista, motivada pelo seu
sentimento de justiça e por seu amor por Andi, líder do grupo. Anos depois, ao
perceber que o movimento está em declínio, ela decide se refugiar na Alemanha
Oriental. Com a ajuda de um agente da polícia secreta, Rita assume uma nova
identidade e vai trabalhar como operária. Faz amizade com uma colega de
trabalho, Tatjana, que sonha com a possibilidade de viver no lado Ocidental. As
duas estabelecem uma forte amizade, que é bruscamente rompida quando um
noticiário da TV ocidental revela o disfarce de Rita. Uma vez mais ela precisa
desaparecer, mas agora o novo nome e a nova cidade lhe trazem sorte.
Trabalhando num acampamento de verão no Mar Báltico, Rita conhece Jochen, um
estudante universitário que trabalha como salva-vidas. Ele a convida para ir a
Moscou, onde poderão se casar e formar família. Rita terá de
acertar contas com o seu passado. Em 1989, cai o Muro de Berlim, a República
Democrática termina e, com ela, a sua nova vida.
Baseada em fatos reais, A Lenda de Rita descreve a fascinante história social de Rita Vogt, uma jovem impetuosa que vive na Alemanha Ocidental. Ela faz parte de um comando de esquerda terrorista e anticapitalista e mantém seus dias roubando bancos e libertando pessoas da miséria em uma sociedade consumista. É a década de 1970 e Rita acredita em um mundo justo, que deve ser construído com violência, se necessário. Suas emoções são despertadas por seu senso de justiça e seu amor incondicional pelo líder carismático Andi. Mas sua aventura está prestes a começar! Um dia, as coisas dão muito errado e Rita se vê fugindo em uma moto em Paris, matando um policial no caminho. Sua única opção é entrar na Alemanha Oriental, um país com o qual sonha há anos como defensora do comunismo! No entanto, se Rita quiser ficar, ela deve pagar um preço e se tornar uma “lenda”, uma agente secreta com uma identidade dada pela Stasi, o temível Serviço Secreto na Alemanha Oriental. A Lenda de Rita descreve etnograficamente a vida política nas duas Alemanhas durante a Guerra Fria até a queda do muro de Berlim, quando o bloco comunista europeu começa a desmoronar. Misturando à perfeição gêneros tão diversos quanto romance, história e aventura, o filme também serve como um drama político que descreve um lado muitas vezes invisível da Alemanha Oriental. Um lugar onde as pessoas eram felizes e desfrutavam de prazeres simples da vida!
Uma
mulher da Berlim Oriental entra em coma e, quando volta a si, em 1990, as Alemanhas
foram reunificadas e a Alemanha Oriental não existe mais, representadas
no filme: Adeus, Lênin (2003). Seu filho, vivido por Daniel Brühl, com
medo que ela não sobreviva ao impacto, arma toda uma ambientação para que a mãe
não descubra que tudo mudou. O filme de Wolfgang Becker usou CGI para
“desocidentalizar” a parte oriental de Berlim. No filme: A Vida dos Outros
(2006), a Stasi era a polícia secreta da Alemanha Oriental. Um agente
encarregado de plantar escutas e monitorá-las, vigia um escritor e sua namorada
e acaba sendo absorvido pela vida deles. O filme se passa em 1984, mas avança
até a queda do muro e depois, em uma cena em uma livraria chamada… nada menos
que Karl Marx. Obteve Oscar de filme estrangeiro. Naturalmente, muitas
produções que se passam em Berlim Oriental são filmes de espionagem. Este, Atômica
(2017), estrelado pela dinâmica Charlize Theron que encena, interpreta,
luta, etc., e baseado em uma história em quadrinhos, é um dos mais recentes.
A
personagem de Charlize é uma espiã britânica encarregada de investigar a morte
de um colega em Berlim, dias antes da queda do muro. No filme de Martin Ritt, O
Espião que Saiu do Frio (1965) o agente britânico vivido por Richard Burton
aceita uma última missão em Berlim Oriental, mas se relaciona com uma
bibliotecária comunista, o que complica as coisas. O filme é baseado em
livro de John Le Carré que trabalhou para o serviço secreto britânico em
Berlim, historicamente quando o muro foi erguido. Em outras palavras, as
diferentes formas ideológicas de consciência social têm implicações práticas de
longo alcance em todas as suas variedades, na arte, na literatura, assim como
na concepção de filosofia e na teoria social, independentemente de sua
vinculação sociopolítica a posições progressistas ou conservadoras. É esta
orientação prática que define o tipo social de racionalidade apropriado ao
discurso ideológico. A racionalidade ideológica é inseparável do reconhecimento
das limitações das quais são formuladas as estratégias alternativas a favor ou
contra a reprodução de determinada ordem social.
Em outras palavras, a consciência social prática de tais sociedades não pode deixar de ser ideológica, isto é, idêntica à ideologia, em virtude do caráter insuperavelmente antagônico de suas estruturas sociais. Segundo, na medida em que o caráter específico do conflito social fundamental, que deixa sua marca indelével nas ideologias conflitantes em diferentes períodos históricos, surge do caráter historicamente mutável – que não ocorre em curto prazo – das práticas produtivas e distributivas e das necessidades sociais correspondente de se questionar radicalmente a continuidade da imposição das relações socioeconômicas e político-culturais que, anteriormente se tornaram viáveis, mas em determinada conjuntura tornam-se cada vez menos eficazes no curso histórico. Desse modo, os limites de tal questionamento são determinados pela conjuntura transitória de época, colocando em primeiro plano novas formas de desafio ideológico em íntima ligação com o surgimento de meios mais avançados de satisfação das exigências fundamentais do metabolismo social. Sem se reconhecer a determinação das ideologias pela consciência social prática das sociedades de classe, a estrutura interna permanece completamente ininteligível.
Devemos diferenciar, entretanto, três posições ideológicas fundamentalmente distintas, mas com sérias consequências para os tipos sociais de conhecimento compatíveis com cada uma delas. A primeira apoia a ordem estabelecida com uma atitude social acrítica, adotando e exaltando a forma vigente do sistema dominante, por mais que seja problemático e repleto de contradições, como ocorre com o horizonte absoluto da própria vida social. A segunda, tipificada por pensadores como Jean-Jacques Rousseau, que revela acertadamente as irracionalidades da forma específica de uma anacronia de classes que ela rejeita a partir de um ponto de vista. A crítica é viciada pelas contradições da posição social, igualmente determinada pela classe, ainda que seja historicamente mais evoluída. E a terceira, contrapondo-se nesse caso às duas anteriores, questiona a viabilidade histórica da própria sociedade de classe, propondo, como objetivo de sua intervenção prática consciente, a superação de todas as formas reais de antagonismo de classe. Um exemplo recente é o francês: Polêmica norma adotada na Assembleia Nacional reforça o controle das mesquitas e penaliza o ódio na internet. É a lei mais ambiciosa e polêmica da última etapa do mandato de Emmanuel Macron, um projeto para combater o que o presidente francês chama de “separatismo islâmico”. A Assembleia Nacional aprovou nesta terça-feira um projeto que busca atualizar o modelo laico, fiador da liberdade de culto, e ao mesmo tempo a neutralidade do Estado perante as religiões. A decapitação de um professor secundarista por um radical islâmico e as críticas políticas internacionais ao presidente Macron por sua estratégia contra o jihadismo marcaram uma discussão que afeta o núcleo da identidade política da França: seu laicismo.
A
questão gira em torno do significado do “projeto de lei que reafirma os
princípios republicanos” - este é afinal o nome completo, que sem mencionar o
islamismo, altera algumas leis fundamentais da França moderna, como a de 1882,
sobre a liberdade de ensino, e a de 1905, sobre a separação entre igrejas e
Estado. Apenas o terceiro tipo de ideologia pode tentar superar as
restrições associadas com a produção do conhecimento prático dentro do
horizonte da consciência social dividida, sob as condições da sociedade também
dividida em classes. A esse respeito, é importante ter em mente a visão
marxiana de que na conjuntura de desenvolvimento histórico, a questão da
“transcendência” deve ser formulada como a necessidade de ir além da sociedade
como tal, e não simplesmente sair de um tipo particular de sociedade de classes
em favor de outro. Essa proposição, porém, não significa que se possa escapar
da necessidade de articular a consciência social, orientada para o objetivo
estratégico de remodelar a sociedade de acordo com as potencialidades
produtivas reprimidas de um agente coletivo identificável, como uma ideologia
coerente e vigorosa. A questão prática pertinente a ser resolvida permanece a
mesma: como “resolver pela luta” o conflito fundamental relativo ao direito
estrutural de controlar o metabolismo social como um todo. A questão não é opor a ciência à ideologia,
como no senso comum, ou na religião numa dicotomia positivista anacrônica,
passadista ou antimarxista, mas esclarecer sua unidade viável a partir
do ponto de vista histórico.
Yoshihiro
Francis Fukuyama nasceu em Chicago em 27 de outubro de 1952. É um filósofo e
economista político nipo-estadunidense. Francis Fukuyama, como é reconhecido,
está associado ao surgimento do neoconservadorismo, movimento do qual ele apenas aparentemente se distanciou. Doutor em Ciência Política pela Universidade de Harvard e
professor de Economia Política Internacional na Universidade Johns Hopkins, em Washington,
leciona a disciplina Estudos Internacionais na Universidade Stanford. Quando
diretor de planejamento político do Departamento de Estado do governo norte-americano,
publicou um artigo cujo título trazia uma curiosa pergunta: The End of
History? com a edição de julho de 1989 da revista The National Interest,
transformado rapidamente em livro, em 1992, intitulado: O Fim da História e
o Último Homem. Atualmente vive em Palo Alto, uma cidade localizada no
estado norte-americano da Califórnia, no condado de Santa Clara. Foi fundada em
1769 e incorporada em 23 de abril de 1894. A cidade é a sede da Escola de Palo
Alto, nomeada devido a árvore comumente encontrada na região, chamada pelos
residentes El Palo Alto que contém, em termos de pesquisa & desenvolvimento, as divisões da Universidade de Stanford,
além de algumas empresas de alta tecnologia do vale do silício.
Para Fukuyama a maior fonte de “problemas na economia e sociedade são os Estados nacionais falidos”. Os exemplos são de países como o Afeganistão, a Somália e o Haiti. Esses países não têm, ou não tinham há pouco tempo, algo que se possa chamar com “convicção de governo”. A falta de um governo que exerça as funções básicas abre espaço para doenças, como a Síndrome da Imunodeficiência Humana (Aids), transmitida pelo vírus HIV, caracterizada pelo enfraquecimento do sistema neural de defesa do corpo e pelo aparecimento de doenças oportunistas, causadas por micro-organismos que em pessoas como imunidade normal, geralmente não chegam nem a causar doenças, além de refugiados, abusos de direitos humanos. Depois dos ataques terroristas de 11 de Setembro nos Estados Unidos da América, para Fukuyama ficou claro que, do ponto de vista as relações internacionais “um Estado falido também pode alimentar o terrorismo”. No século passado, ele analisa que os problemas estavam relacionados ao fato político de que havia Estados fortes – a Alemanha nazista, que provocou a 2ª guerra mundial (1939-1945), ou a União Soviética, que foi levada à chamada Guerra Fria. O problema hoje é o oposto. Há um número grande demais de Estados caóticos, incapazes de manter a ordem no próprio território. Esses são os países mais problemáticos do século XXI. Depois da guerra do Iraque, rompe com neoconservadorismo.
Suas posições ideológicas foram contestadas dentro e fora da Academia desde o lançamento de O Fim da História e o Último Homem (1992), tornando-o uma figura polêmica repudiada pelos pensadores da geração de esquerda. Mas Fukuyama acredita que o livro foi mal interpretado no meio acadêmico intelectual. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), os chamados países “subdesenvolvidos”, também conhecidos como países “menos desenvolvidos” ou países “menos avançados”, são aqueles que apresentam baixo desenvolvimento econômico e social. São usados três critérios para classificar um país como subdesenvolvido: 1. Vulnerabilidade econômica. Apresenta instabilidade nas produções agrícolas, nas exportações e possui população que se desloca em decorrência de desastres naturais em seu país. 2. Fragilidade social. Apresenta indicadores sociais baixos. Esses indicadores levam em consideração saúde, educação e nutrição. 3. Baixa renda. Apresenta Produto Interno Bruto per capita abaixo de 750 dólares. Para o país sair do subdesenvolvimento, deve apresentar renda per capita acima de 900 dólares. Os países que superam esses critérios deixam de fazer parte dessa lista de países menos desenvolvidos: Niger, Afeganistão, Somália e Haiti.
O idealismo alemão, mutatis
mutandis, o reconhecido idealismo, ou filosofia pós-Kantiana, é
representante das orientações filosóficas mais influentes da história. Tem
raízes na história da cultura alemã. Mas nem por isso pode ser considerado um
fenômeno, por assim dizer, nacional. Antes deve ser visto no horizonte de
diferentes formas de influência, recepção e aculturação, em que o
idealismo alemão interagiu com outros elementos da história cultural europeia,
como a ciência, a religião, a arte, o direito e a política. Assim, para
compreende-lo deve-se levar em consideração outras orientações filosóficas e
culturais essenciais, como o empirismo britânico, o racionalismo, como o
holandês, de Espinoza, o Iluminismo francês e assim por diante. Torna-se claro
que o idealismo alemão é representante de um momento essencial, sobretudo liberalista
do desenvolvimento cultural da Europa, unitário em sua diversidade. Salvo
melhor juízo, ainda não se escreveu uma abrangente história da recepção e
repercussão do idealismo alemão fora da Europa. À época de seu surgimento, o
idealismo alemão já era percebido em outras nações europeias como um estímulo intelectual
ou desafio à reflexão.
São
relativamente recentes os estudos históricos e sistemáticos do idealismo
alemão. A investigação sobre o idealismo alemão está longe de ser concluída ou,
mesmo, conclusiva. Ipso facto, o idealismo alemão não se esgota nas
incursões dos grandes mestres Immanuel Kant, Johann Gottlieb Fichte, Georg
Friedrich Hegel e Friedrich Schelling. Em primeiro lugar, entendemos
significativamente que Friedrich Hegel define na Introdução da
Fenomenologia do Espírito, como se situa nele o problema geral do conhecimento.
Vemos como em certo aspecto abstrato da filosofia histórica e dialética retorna
ao ponto de vista de Immanuel Kant e de Fichte. A Introdução (Eileintung)
à Fenomenologia do Espírito, de Hegel (1807) foi concebida ao mesmo tempo em que a obra é
redatada em primeiro termo; parece, pois, que encerra o substancial pensamento
do que é efetivo em toda a obra. Verdadeiramente constitui uma Introdução
em sentido literal aos três primeiros momentos de toda a obra, isto é: a consciência,
a autoconsciência e a razão, enquanto a última parte da
Fenomenologia contém os particularmente importantes desenvolvimentos sobre o
Espírito e a Religião, ultrapassa por seu conteúdo a Fenomenologia tal como é
definida stricto sensu na muito citada Introdução. Ao que parece é como
se Hegel entrasse no marco de “desenvolvimento fenomenológico” com algo que na
teoria, em princípio não deveria haver ocupado um posto nele. Não obstante, seu
estudo, em maior medida que o do prólogo, nos permitirá elucidar o sentido da
obra que Hegel quis escrever, assim como a técnica metodológica que para ele
representa o desenvolvimento fenomenológico.
A Introdução não é, como um Prólogo anexo posterior, mas que
contêm consideráveis informações gerais sobre o objetivo que se propunha o filósofo,
e as relações que sua obra tem com outros tratados filosóficos do mesmo tema. Valendo-se
da interpretação de Hegel, realizada categoricamente por Alexandre Kojève, Francis
Fukuyama defende a tese segundo a qual a humanidade chegou ao ponto final de
sua evolução, tendo como escopo o triunfo da democracia liberal, sobre o
fascismo e, mais contemporaneamente, sobre a queda do socialismo na démarche
para o comunismo. Os investimentos estrangeiros, oriundos principalmente de uma
potência como o Japão, a ampliação da infraestrutura interna e a qualificação
profissional de sua mão de obra são os principais fatores que proporcionaram a
atração de indústrias transnacionais e o progresso econômico observado nos Tigres
Asiáticos. O relativo sucesso econômico do modelo de desenvolvimento
implantado nesses países, se tornou referência para outras economias
internacionais, comparativamente, e favoreceu ainda o surgimento dos Novos Tigres
Asiáticos, nome dado a um conjunto de territórios do leste e sudeste da Ásia como
Cingapura, Coreia do Sul, Hong Kong e Taiwan que experimentaram um rápido
processo de crescimento econômico e industrial a partir da segunda metade do
século XX.
Vitorioso
na Europa e em expansão pela Ásia, que se industrializa tout court, em particular no Japão,
Coréia do Sul e Taiwan, este regime em tese se estenderá, mais cedo ou mais
tarde, a todos os povos comumente civilizados, após a eliminação dos resíduos
de passado histórico, localizados nas regiões em desenvolvimento do chamado Terceiro
Mundo, a saber: nacionalismos e fundamentalismos impregnados de toxinas
ideológicas e tensões étnico-políticas. Mais do que o próprio término dos
conflitos sociais ou mudanças circunstanciais, o “fim da história” para
Fukuyama, representa o esgotamento de qualquer possibilidade alternativa para o
capitalismo e suas manifestações democrático-liberais. Obviamente a finitude da
história humana tem custos econômicos e políticos em torno de ideais heroicos
dissipados na e pela questão ontológica de rotinização dos cargos e do processo de trabalho,
assim como a monotonia rotineira consumista de comprar, consumir e votar por obrigação, a
arte e a filosofia definhadas e a imaginação política e moral substituídas pela
razão pragmática estreita dos cálculos técnicos e científicos. Mas, em “compensação”,
estão abertos, em definitivo, os horizontes ilimitados de desenvolvimento
econômico.
O
Fim da História é uma concepção de teoria iniciada no século XIX por Friedrich
Hegel e retomada, no último quartel do século XX, no contexto da crise da
historiografia ocidental e das Ciências Sociais em geral. Essa teoria sugere o
fim dos processos históricos caracterizados como processo, evolução, mudança.
Para Hegel isso iria acontecer no momento em que a humanidade atingisse o
equilíbrio, representado pela ascensão do liberalismo e da igualdade jurídica,
mas com prazo indeterminado para ocorrer. Retomada ao final deste século, essa
teoria já adquire caráter de situação ocorrida pois, de acordo com os seus
pensadores, a História terminou no episódio da queda do Muro de Berlim, na
passagem do dia 9 de novembro para o dia 10 de novembro de 1989. Esse
acontecimento é marcante, pois foi o prenúncio da queda da República Democrática
Alemã, a Alemanha Oriental, e da reunificação da Alemanha, separada em duas
nações desde o final da 2ª guerra mundial. A queda do muro também foi parte do
processo de queda do bloco comunista na Europa Oriental, que se iniciou
a partir do final da década de 1980. Os antagonismos políticos teriam terminado
pelo fato de haver apenas uma única potência, os Estados Unidos da
América e, consequentemente, uma estabilidade social. A ideia ressurgiu em um
artigo de fins de 1989, intitulado: “O fim da história” e, em 1992, com a obra “O
fim da história e o último homem” ambos de Francis Fukuyama.
Fukuyama desenvolveu uma abordagem abstrata da História, de Platão até Nietzsche, passando por Kant e pelo próprio Hegel, a fim de revigorar a teoria de que o capitalismo e a democracia constituem o coroamento da história da humanidade. Na sua ótica enviesada, após a destruição do fascismo e do socialismo, a humanidade teria atingido o ponto culminante de sua evolução com o triunfo da democracia liberal ocidental sobre todos os demais sistemas e ideologias concorrentes. Em oposição à proposta capitalista liberal restavam apenas os vestígios de nacionalismos anacrônicos, como vemos em seu ersatz desenvolvimentista brasileiro, sem possibilidade de significarem um “projeto para a humanidade”, justamente porque refutam o dogma de que deve existir um só caminho para todos e, portanto, cada grupo de poder é dono de seu próprio destino, e o fundamentalismo islâmico, antes restrito ao Oriente e a países chamados periféricos ou satélites, mas que avança em centros importantes tais como Paris, para ficarmos neste exemplo. Diante da derrocada do socialismo, o autor concluiu que a democracia liberal ocidental se firmou em tese como a “solução final” do governo humano, significando, nesse sentido, o “fim da história” da humanidade, gerando um estagnacionismo jamais visto na história do mundo ocidental, muito mais dinâmica com povos vivendo de modo original e per se em seu ambiente original.
Segundo
a opinião da jornalista Amanda Mars (2019), a questão do “fim da história terá
de esperar”. Francis Fukuyama (Chicago, 1952) deu um salto para a fama mundial
há três décadas, ainda como um cientista político de trinta e poucos anos,
graças a um polêmico ensaio no qual propunha que a vitória da democracia
liberal capitalista sobre o comunismo e, previamente, sobre o fascismo, era
real e definitiva. Tanto que poderia significar o cessar das grandes mudanças e
enfrentamentos ideológicos. Era o verão de 1989 e o mundo assistia à perestroika
e à comoção na Praça da Paz Celestial. A partir daí, boa parte de sua obra
posterior se apresenta como uma grande nota de rodapé dessa ideia, pois os
riscos envolvidos em religião e nacionalismo se demonstraram mais graves e a fé
na economia de mercado, muito mais frágil. O intelectual norte-americano, pesquisador
de Stanford, evoluiu em seus postulados. Atualmente se mostra preocupado com a
desigualdade. No novo livro que está promovendo, Identidade, ainda sem
tradução no Brasil, alerta para o risco das políticas identitárias. Durante a
entrevista, aguarda com ar resignado a pergunta repetida constantemente desde a
vitória de Donald Trump e o sucesso de outros fenômenos populistas recentes: se
considera refutada sua tese de 30 anos atrás. Um passeio pela Universidade de Harvard
em que aparece sentado, permite comprovar seu status de celebridade
acadêmica. Vários estudantes lhe pedem selfies e se aproximam para
cumprimentá-lo. Ele os atende com estilo e responde com a sabedoria da paciência oriental.
Bibliografia geral consultada.
RICHTA, Radovan, La Civilización en la Encrucijada. Madrid: Ediciones Artiach, 1972; MICHELENA, José Augustín Silva, Crise no Sistema Mundial: Política e Blocos de Poder. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1977; ANDERSON, Perry, Fim da História – de Hegel a Fukuyama. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1992; BATISTA, Paulo Nogueira, “O Consenso de Washington - A Visão Neoliberal dos Problemas Latino-americanos”. In: Cadernos Dívida Externa. São Paulo: Editor Pedex, nº 6, 1994; PASSET René, L’Illusion Néo-libérale. Paris: Éditions Fayard, 2000; LASKI, Harold, El Liberalismo Europeo. México: Editora Fondo de Cultura Económica, 2003; HARVEY, David, A Brief History of Neoliberalism. New York: Oxford University Press, 2005; FERES JR., João, A História do Conceito de “Latin America” nos Estados Unidos. Bauru: Editora da Universidade Sagrado Coração, 2005; CATROGA, Fernando, Os Passos do Homem como Restolho do Tempo: Memória e Fim do Fim da História. Coimbra: Editor Almedina, 2009; MARQUES, Danilo, No Fio da Navalha: Pós-Modernidade, Historicidade e Fim da História. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação. Departamento de História. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2015; FUKUYAMA, Francis, O Fim da História e o Último Homem. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1992; Idem, A Grande Ruptura: A Natureza Humana e a Reconstituição da Ordem Social. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2000; Idem, Construção de Estados: Governo e Organização no Século XX. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2005; Idem, Ordem Política e Decadência Política. Portugal: Editora Dom Quixote, 2016; PELEGATI, Douglas Antônio, Reconhecimento: Uma Análise Conceitual na Obra de Francis Fukuyama. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes. Maringá: Universidade Estadual de Maringá, 2018; MARS, Amanda, “Francis Fukuyama: Nem todos os eleitores de partidos populistas são racistas ou xenófobos”. Disponível em: https://brasil.elpais.com/2019/04/12/; ANDRADE, Daniel, “Neoliberalismo: Crise Econômica, Crise de Representatividade Democrática e Reforço de Governamentalidade”. In: Novos Estudos. São Paulo, vol. 38, nº1, pp. 109-135, 2019; LENTZ, Rodrigo, Pensamento Político dos Militares no Brasil: Mudanças e Permanências na Doutrina da ESG (1974-2016). Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Ciência Política. Instituto de Ciência Política. Brasília: Universidade de Brasília, 2021; FLECK, Amaro, “O que é o neoliberalismo? Isto existe?”. In: Princípios: Revista de Filosofia (UFRN), vol. 29, n° 59, pp. 248–269, 2022; entre outros.
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