terça-feira, 30 de novembro de 2021

Patrulheira - Sentinela, Estratégia & Compreensão da Vida Cotidiana.

Contabiliza-se aquilo que é usado, não as maneiras de utilizá-lo”. Michel de Certeau

Uma sociedade seria composta de certas práticas exorbitadas, organizadoras de suas instituições normativas, e de outras práticas, sem-número, que ficaram como menores, no entanto presentes, embora organizadoras de um discurso e conservando as primícias ou os restos de hipóteses institucionais, científicas, diferentes para esta sociedade ou outras, detectada por Michel Foucault (2014), de práticas que produzem efeitos de poder, segundo modos ora minúsculos, ora majoritários entre espaços e linguagens. As patrulhas militares no âmbito da Operação Sentinela ativada em reação aos atentados terroristas em França de 2015 têm como missão a visibilidade dissuasora e a intervenção só em caso de ameaça em curso. Não têm poderes de polícia, como a de pedir identificação ou revistar um carro, por exemplo. – “Não sentimos essa necessidade. A nossa missão é proteger a população e evitar que aconteçam atentados”, sublinhou Jean-Pierre Bosser. Recordou alguns sucessos desse objetivo, como foi o do museu do Louvre, em fevereiro de 2017. O chefe de Estado-Maior do Exército francês alertou para a necessidade de treinar os militares na segurança interna a controlar o seu poder de fogo quando fazem os patrulhamentos. 

O general que falava numa conferência organizada pela Academia Militar, reconheceu que esse era um fator a ter em conta quando se colocam militares, formados para missões no exterior, em patrulhamentos internos, como acontece em França no âmbito da Operação Sentinela, em vigor desde 2015, no âmbito da qual cerca de 8 (oito) mil soldados das Forças Armadas estão empenhados no território nacional na prevenção dita terrorista. Na plateia, estão presentes alguns oficiais de polícia e muitos militares, ouviam atentamente o general falar da experiência francesa nesta matéria, principalmente porque está neste momento em discussão entre o Sistema de Segurança Interna (SSI) e as Forças Armadas a utilização real da composição estratégica de militares em patrulhas de prevenção conjuntas com os polícias, em caso de ameaças graves à segurança nacional, como a terrorista. Embora apenas tivesse dado um único em exemplo de utilização inadequada da arma por parte de militares, salientou que “o empenhamento de militares em território nacional deve ter uma preparação específica e tem um elemento chave que é o domínio do poder de fogo, muito diferente do que é utilizado em missões no exterior”. O general revelou que em França “houve um caso em que um soldado abriu fogo e foi a loucura. Dominar este poder de fogo é fundamental”. 

Oriente Médio é uma região do continente asiático, fazendo fronteira com a Europa e África. É uma das regiões consideradas como “berço das civilizações”, pois foi território de civilizações antigas, como a Mesopotâmia, o Egípcio e o Árabe. O Oriente Médio é delimitado pelos mares Negro, Mediterrâneo, Vermelho, Arábico, Cáspio e pelo Golfo Pérsico, além do Oceano Índico. No final do século XX e começo do século XXI, o Oriente Médio ficou marcado por intensos conflitos envolvendo disputas territoriais, principalmente entre os árabes e os israelitas (cf. Braga, 2006). A maioria das pessoas que habitam esta região é árabe, sendo este, portanto, o idioma mais falado no Oriente Médio. Porém, ainda existem outros povos com seus respectivos idiomas, como os turcos (que falam o turco), os judeus (que falam o hebraico) e os persas (que falam farsi), um idioma do subgrupo das línguas iranianas, que por sua vez pertencente ao ramo indo-iraniano da grande família indo-européia. O Oriente Médio é no debate historiográfico, uma das regiões importantes, considerada como “berço das civilizações”, pois foi território de civilizações antigas, como a Mesopotâmia, o Egípcio e o Mundo Árabe, constituído por 22 países e territórios com uma população combinada de 360 milhões de pessoas abrangendo o Norte de África e a Ásia Ocidental. Outro destaque no plano social importante desta região está no âmbito religioso, pois o judaísmo, o cristianismo e o islamismo – algumas das doutrinas mais expressivas do mundo – teriam surgido no Oriente Médio. Aliás, no âmbito religioso, a maioria das pessoas que habitam o Oriente Médio, é muçulmana, que podem estar subdivididas em seitas, como os sunitas, xiitas, drusos, alauitas, etc. No contexto econômico é reconhecido por ser o maior detentor de petróleo com 65% do petróleo existente no planeta está localizado sob os solos desta famosa região.


Para tratarmos do tema “orientalismo”, comumente utilizado para definir o estudo constituído por todas as sociedades fora do contexto ocidental, da cultura global europeia, – utilizamos a noção “pós-orientalismo”. Por duas razões: a) É correlata à filosofia dita pós-moderna; b) Trata-se de um eclético e elusivo movimento social caracterizado por sua crítica à filosofia ocidental. Começando como um movimento de crítica da filosofia Continental, foi influenciada fortemente pela fenomenologia, pelo estruturalismo e pelo existencialismo. Sofreu influências, também, em certo grau associado ao positivismo da filosofia analítica de Ludwig Wittgenstein. Para a maior parte dos pensadores, a filosofia pós-moderna reproduz a volumosa literatura da teoria crítica. Outras áreas de produção incluíram a “desconstrução” e as diversas áreas que começam com o prefixo “pós”, como o “pós-estruturalismo”, o “pós-marxismo” e o “pós-feminismo” também utilizado para designar a familiaridade por artistas e criadores ocidentais de elementos, descrições ou imitações culturalmente conotadas com as culturas ditas orientais. Popularizado como um campo de estudo desde o século XVIII, mas tendo adquirido particularidades institucionais a partir do colonialismo do século XIX, o orientalismo estudava, sem distinções, um vasto grupo humano vulgarizado pela designação “mundo árabe” e mesmo a África, em alguns casos. O orientalismo ratificou a hipótese colonialista da inferioridade racial e cultural de todas as civilizações não europeias. O seu objetivo, não assumido, foi à busca da justificação do processo de dominação imperialista através do discurso de redenção dos povos ditos “primitivos, inferiores e subdesenvolvidos” que tem origem na antropologia colonialista. 

O Oriente, sociologicamente falando, é uma entidade autônoma dotada de múltiplas identidades com suas respectivas localizações territoriais. O que seria então esse Orientalismo cuja definição permite afirmar que o Oriente é uma invenção do Ocidente? Segundo Edward Said (1990) esse conceito tem diversos significados, mas que de modo geral reflete a forma específica pela qual o Ocidente europeu reproporiam ao nível ideológico e cultural a designação do que é o Oriente. Assim, o Orientalismo não necessariamente estabelece uma relação dialética e real de identificação real com o Oriente e sim, inversamente é a ideia que o Ocidente faz dele. Nesse sentido o Oriente ajudou a definir a Europa ou o Ocidente de forma transcendente com sua imagem, ideia, personalidade e experiência contrastantes. O Oriente na visão do Orientalismo então é o “lugar do exótico”. Analiticamente precisamos tornar do ponto de vista teórico, prático e afetivo o exótico em familiar.  Trata-se do lugar de análise do não civilizado, da barbárie, do oposto, do diferente, do inimigo, do Outro. Além dessas características sociais que constituem o estereotipo do Oriente criado pelo Ocidente existe um marco na história das ciências que contribuiu para que o Oriente também fosse considerado um lugar atrasado, menos evoluído, e, em seu desenvolvimento, incivilizado. 

A definição de civilização baseada na análise comparada teve origem também no Iluminismo. Através do empirismo e posteriormente da importação “de fora para dentro”, da teoria evolucionista de Charles Darwin pelas ciências humanas. Que adotaram por muitos anos essa ideia da “escala evolutiva da sociedade”. Assim, comparativamente como o ser humano evoluiu, em termos biológicos, de um ancestral primata até o Homo Sapiens, a sociedade evolui também de forma que, uma sociedade anterior a concepção atual é inferior, menos evoluída do ponto de vista de sua formação e desenvolvimento social, como ocorre no discurso antropológico evolucionista de Lewis Morgan à Friedrich Engels etc. Assim ocorreu durante o “imperialismo europeu” e assim também ocorre hoje em dia com o “imperialismo norte-americano” tentando implantar com a força das armas seu modelo de democracia no Oriente para justificar suas ações políticas. Essa justificativa baseia-se sempre em um modelo de sociedade religiosa que tenta ser imposto aos outros povos como “aparentemente superior”, ou melhor, do que o deles. Aconteceu na historia nas Cruzadas, na Expansão Marítima, no Holocausto e ocorre nas invasões e massacre dos Estados Unidos da América em sua fase “superior do imperialismo”, para lembramos de V. I. Lênin, aos países e povos secularizados através de e na cultura do Oriente Médio.

Kurylenko nasceu em Berdiansk, na República da Ucrânia na União  Soviética. Seu pai, Konstantin Kurylenko, é ucraniano, e sua mãe, Marina Alyabysheva, que ensina arte e é artista expositora, nasceu em Irkutsk Oblast, na Rússia, e é de ascendência russa e bielo-russa. Seus pais se divorciaram quando ela tinha três anos e ela foi criada por sua mãe. Kurylenko raramente teve contato com o pai, encontrando-o pela primeira vez depois da separação quando ela tinha oito anos, e depois quando ela tinha treze anos. A atrizfoi descoberta por uma modelo feminina enquanto estava de férias em Moscou, aos 13 anos de idade. Com 15 anos, ela se mudou da Ucrânia para Moscou. Aos 16 anos ela se mudou para Paris, em 1996, ela assinou um contrato com a agência de modelos Madison, em Paris, onde conheceu sua publicista, Valérie Rosen. No ano seguinte, aos 18 anos, ela apareceu nas capas das revistas Vogue e Elle. E também nas capas das revistas Madame Figaro e Marie Claire. Ela se tornou o rosto das marcas Bebe Clarins e Helena Rubinstein. Ela também modelou para Roberto Cavalli e Kenzo apareceu no catálogo da Victoria`s Secret fundada em 1977 por Roy Raymond, uma espécie de Hugh Hefner da lingerie. Sua carreira cinematográfica começou na França em 2005.

O primeiro credito ocorreu no filme L`Annulaire (2005), e também estrelou em Je t`Aime, Quartier de la Madeleine (2011), contracenando com Elijah Wood. Nesse ano foi selecionada para ser o rosto da nova fragrância de Kenzo, Kenzo Amour. Ela também modelou para Roberto Cavalli e Kenzo. Em 2007, ela estrelou em Hitman ao lado de Timothy Olyphant, mais tarde ela interpretou a Bond Girl, Camille Montes no filme Quantum of Solace (2008), depois de derrotar Gal Gadot nas audições, papel que gerou a ela projeção internacional, e um status social de sex symbol. Neste filme, sequência direta de Casino Royale, James Bond luta contra o rico empresário Dominic Greene, membro da organização Quantum que finge ser um ambientalista, mas planeja armar um golpe militar na Bolívia para assumir o controle político das reservas de água do país. Procurando vingar-se pela morte de Vesper Lynd, Bond recebe ajuda de Camille Montes, que também procura vingança. Ela foi destaque na capa de dezembro em 2008, na edição norte-americana da revista Maxim e na capa da edição de fevereiro de 2009 da edição ucraniana da Maxim. Kurylenko apareceu no filme de Terrence Malick, To the Wonder (2012) com Ben Affleck. E também em Oblivion (2013), um filme de ficção científica estrelado por Tom Cruise e dirigido por Joseph Kosinski.

A atriz Olga Kurylenko se entrega à personagem militar, subtenente Karla, nos  movimentos estratégicos de ação, violência, drama ou eróticos. Após traumas vividos no Oriente Médio e viciada em “Opioides”, é realocada na Operação Sentinela em Paris, o intuito dos superiores, é deixá-la mais perto da mãe e da irmã. Contudo, já na  chegada, sua irmã sofre a violência física: um estupro de um estúpido magnata russo.   Após a contextualização do Oriente como “invenção” do Ocidente dentro desta forma de conceber o Oriente, chamada “Orientalismo”, Said (1990) aborda o conceito em três diferentes aspectos sociais. O Orientalismo acadêmico, imaginativo e histórico. Portanto, raça é um conceito que não corresponde a nenhuma realidade natural que diz respeito somente ao mundo social. Sendo, portanto um constructo ideológico e cultural, desenvolvido com o objetivo de promover identidades estanques e manejáveis. A estratégia ideológica por trás do discurso racial (cf. Brandão, 2020) é o de reforçar papéis de dominação por meio da diferenciação e hierarquização arbitrárias. O conceito de raça representa uma forma de naturalizar concepções equivocadas sobre as relações entre grupamentos humanos. Mas também está profundamente arraigado no comportamento social real. O “orientalismo imaginativo” é uma forma de pensar o Oriente e, diferente do conceito ainda precário, no modo de analisar pautado em determinado método, e na relação real da produção acadêmica e o que é transmitido ao senso comum, ao conhecimento geral, ao imaginário individual e coletivo de uma sociedade determinada.

O Relatório Mundial sobre Drogas 2020 divulgado pelo United Nations Office on Drugs and Crime demonstra que cerca de 269 milhões de pessoas usaram drogas no mundo em 2018.  Com sede em Viena, na Áustria, está presente em todas as regiões do mundo por meio de seus programas globais, conta com 2.500 funcionários e uma rede de escritórios de campo em 80  países. O Relatório baseia seu trabalho nas três convenções internacionais de controle de drogas, nas convenções contra o crime organizado transnacional e contra a corrupção e nos  instrumentos internacionais contra o terrorismo. O objetivo institucional é de tornar o mundo mais seguro contra a droga, o crime organizado, a corrupção e o terrorismo, combatendo essas ameaças para alcançar saúde, segurança e justiça para todos e promovendo a paz e o bem-estar sustentável. Enquanto a cannabis foi a substância mais consumida no mundo em 2018, com uma estimativa de 192 milhões de pessoas que a usaram, os opioides, no entanto, continuam sendo os mais nocivos, pois na última década o número total de mortes por transtornos associados ao uso de opioides teve alta de 71%, com aumento de 92% entre as mulheres, comparado com 63% entre os homens. O uso de drogas aumentou muito mais rapidamente entre os países em desenvolvimento, durante o período 2000-2018, do que comparativamente nos países chamados de desenvolvidos. Adolescentes e jovens representam a maior parcela de consumo daqueles que usam drogas, enquanto os jovens também são os mais vulneráveis aos efeitos específicos das drogas, pois são os que mais consomem e seus cérebros ainda estão em processo de desenvolvimento.

O Relatório baseia seu trabalho nas três convenções internacionais de controle de drogas, nas convenções contra o crime organizado transnacional e contra a corrupção e nos instrumentos internacionais contra o terrorismo. O objetivo institucional é de tornar o mundo mais seguro contra a droga, o crime organizado, a corrupção e o terrorismo, combatendo essas ameaças para alcançar saúde, segurança e justiça para todos e promovendo a paz e o bem-estar sustentável. Os norte-americanos são os maiores consumidores de maconha e cocaína do mundo, apesar da legislação repressiva adotada nos Estados Unidos da América, revela um estudo realizado em 17 países. Segundo o estudo, dirigido por pesquisadores da Universidade de New South Wales, em Sidney, Austrália, 16,2% dos norte-americanos já consumiram cocaína ao menos uma vez, enquanto que em análise comparada 42,4% já fumaram maconha. O estudo é baseado em dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Os neozelandeses aparecem na segunda posição entre os consumidores de entorpecentes, com 4,3% para cocaína e 41,9% para maconha. A pesquisa, realizada com 54.068 pessoas, representou o perfil estatístico do principal consumidor de drogas: jovem adulto, do sexo masculino, com alta renda e solteiro ou divorciado. O consumo “não parece ter uma relação direta com as políticas nacionais de repressão às drogas”, afirmaram os pesquisadores. De fato, “os países com uma legislação mais rigorosa não registram um menor consumo do que nações mais tolerantes”. A Holanda é um quase perfeito exemplo, baseado em conquistas de cidadania, política liberal em matéria de entorpecentes, têm apenas 1, 9% de consumidores de cocaína e 19, 8% de maconha.

Enquanto a cannabis representou a substância mais consumida no mundo em 2018, com uma estimativa de 192 milhões de pessoas que a usaram, os opioides, no entanto, continuam sendo os mais nocivos, pois na última década o número total de mortes por transtornos associados ao uso de opioides teve alta de 71%, com aumento de 92% entre as mulheres, comparado com 63% entre os homens. Um opioide é qualquer composto químico psicoativo que produza efeitos farmacológicos semelhantes aos do ópio ou de substâncias nele contidas. Também inclui os opiáceos. Os opioides agem sobre receptores opioides, com efeitos similares aos da morfina. O uso de drogas aumentou mais rapidamente entre os países em desenvolvimento, durante o período 2000-2018, do que nos países desenvolvidos. Adolescentes e jovens representam a maior parcela daqueles que usam drogas, enquanto os jovens também são os mais vulneráveis aos efeitos das drogas, pois são os que mais consomem e seus cérebros ainda estão em desenvolvimento. Embora o impacto das leis que legalizaram a cannabis em alguns países ainda seja difícil de avaliar, é notável que o uso frequente da cannabis aumentasse per se nessas  áreas após a legalização do consumo. Em alguns desses países, os produtos mais potentes da cannabis também são mais comuns no mercado. A cannabis também continua sendo a principal droga que coloca as pessoas em contato com o sistema de justiça criminal, respondendo por mais da metade dos casos de infrações à lei de drogas, com base em dados de 69 países, no período de  2014 a 2018. O Relatório também aponta que os países de baixa renda ainda sofrem com a escassez de opioides farmacêuticos, usados para controle da dor e cuidados paliativos.

As apreensões dos Estados Unidos da América custam aos traficantes dezenas de milhões de dólares. Mais de 90% de todos os opioides farmacêuticos disponíveis para consumo médico encontravam-se em países de alta renda em 2018, compreendendo em torno de 12% da população mundial. Os opioides estão entre as drogas mais antigas do mundo: o uso terapêutico da papoula do ópio é anterior à história documentada. Os efeitos analgésicos dos opioides se devem a uma diminuição da percepção da dor, ou seja, a uma maior tolerância à dor. Os efeitos colaterais dessas substâncias incluem sedação, depressão respiratória, obstipação e um forte sentimento de euforia. Podem causar a supressão da tosse - sendo efetivamente empregados na prática clínica com essa finalidade, mas, ao mesmo tempo, a ação antitussígena pode ser considerada um efeito colateral indesejado. O paciente pode desenvolver dependência no tratamento, seguindo-se a síndrome de abstinência se o uso for interrompido repentinamente. A euforia produzida por elas é, todavia, um dos principais motivos para o uso social não médico dessas substâncias, com eventual abuso e dependência. A estimativa estatística é de que os países considerados dentro de baixa e média renda, que   compreendem os 88% da população mundial, consumam menos de 10% de opioides   farmacêuticos. O acesso de consumo aos opioides farmacêuticos depende de vários fatores   sociais e políticos, incluindo legislação, cultura, sistemas de saúde e práticas de prescrição.

Neste sentido vale uma digressão conceitual. Os próprios reclamos da imprensa dominante norte-americana foram atropelados pelo atentado terrorista de 11 de setembro às torres do World Trade Center (WTC) e, a partir de então, Bush filho comprometeu-se com a missão de “vingar o pai que não conseguira na outra Guerra do Golfo (1991) retirar Saddan Hussein do poder, no Iraque”. Cercado de assessores fundamentalistas, comprometido tanto com a indústria do petróleo quanto com a de armamentos, George W. Bush, que escapara do serviço militar, agora vai à guerra (2003), disposto a impor a sua vontade, sobretudo após o ataque ao povo afegão, a substituição de governo no Afeganistão e a insatisfatória resposta a Osama Bin Laden (1957-2011), um exilado responsabilizado pelo ato de 11 de setembro de 2001. Para nós, política é regulação da existência coletiva, poder decisório, luta entre interesses contraditórios, disputa por posições de mundo, confrontos mil entre forças sociais, violência em última análise. Só que a produção política (os processos políticos) se diferencia radicalmente da produção econômica porque usa eventualmente suportes materiais, tais como armas, livros, processos, papéis onde se inscrevem as ordens, os atos de gestão, as sentenças ou as leis, mas não é uma produção material. Porque consiste em decisões imperativas. Assim, é também diferente da produção simbólica porque se exercita sobre o interesse dos agentes sociais, quando não sobre o seu próprio corpo; corresponde a atos de vontade que regulam atividades coletivas; disciplina práticas sociais.

Não produz mensagens, discursos; produz obediências, obrigações, submissões, direitos, deveres, controles. Poder é uma relação social: de mando e obediência. As decisões tomadas politicamente se impõem a todos num dado território ou numa dada unidade social. Convertem-se em atividades coercitivas (esfera da segurança), administrativas (esfera da administração), jurídico-judiciárias (esfera da justiça) e legislativas (esfera da deliberação). O Estado de exceção tornou-se prática frequente entre as nações contemporâneas, atingindo desde o 3º Reich até o USA Patriot Act referido nos editorias em português como “Lei Patriótica”. O fracasso da busca por provas contundentes de armas de destruição em massa, cuja existência assegurou o argumento em defesa da guerra contra o Iraque, foi apoiada em documentos falsificados e fontes inconsistentes e sombrias, como ficou confirmado com os escândalos tanto no Parlamento inglês, onde foi solicitada a deposição do premier Tony Blair [que respondeu “em silêncio”], ou ainda, sobre a “culpa” de “acusação falsa” contra o Iraque, da Casa Branca e CIA, conforme o artigo publicado no jornal El País intitulado “Casa Branca e CIA culpam-se mutuamente sobre acusação falsa contra Iraque” (12.07.2003).

Estamos diante do mito de banhos de sangue que para a gramaticalidade do linguista Chomsky e Herman (1975), a partir da guerra do Vietnã, explica porque se deve continuar a matar em grande escala. Mas isso só foi possível com a passagem da produção de massa e da economia de mercado para as sociedades de conhecimento baseadas na informação e comunicação. Com a generalização dos conflitos aparentemente iniciados com os atentados ao Word Trade Center (WTC) e Pentágono, amplamente divulgados pela mídia norte-americana e de resto na Europa, refletimos noutra oportunidade, não propriamente sobre a questão de uma nova guerra no Afeganistão, mas sobre duas ou três noções correlatas que nestes dias escapam ao gravíssimo problema dos dispositivos discursivos editados na e pela informação globalizada. A palavra terrorista, em primeiro lugar, não pode, de certo, ter reconhecimento para o confronto de entidades terroristas de manutenção das tradições e sobre ocupações de terra, historicamente constituído. A maioria dos estudiosos erra quando considera um ato terrorista isolado, praticado por um grupo religioso fanático. E concordar com a ideia de que derrubar o WTC é um ato de guerra histórico equivalente ao que ocorreu em Saravejo em 1914 é, conforme entendemos, apressado. Difícil concordar ainda, como alguns afirmam, que em New York explodiu a primeira guerra da globalização. Nada! NY construiu o que a etnologia de Marc Augé problematizou como “ego ficcional”. Isto é, cúmulo de um fascínio que se aciona em toda relação social exclusiva com a imagem, é “um ego sem relações” (“est un moi sans relations”) e, sem suporte identitário, suscetível de absorção pelo mundo de imagens onde ele pensa poder reencontrar-se e reconhecer-se.

De outra parte, o sociólogo Slavoj Žižek denominou-o de “fantasia paranóica americana máxima”, isto é, um paraíso consumista, onde um indivíduo percebe um espetáculo encenado para convencê-lo de que ele vive em um mundo real. Exemplo: O filme “Tempo Fora dos Eixos” (“Time Out of Joint”). Na década de 1960, em segundo lugar, uma canção de Dylan, “Subterranean Homesick Blues”, quando ela diz: “Não é preciso um meteorologista para dizer de que lado sopra o vento...”. (“You don`t need a Weatherman to Know which way the wind blows”) inspirou um movimento da juventude norte-americana que se propunha a destruir a sociedade pela violência. O movimento surgiu como a facção militante dos 40 mil estudantes da Studentes Democratic Society (SDS). No Congresso nacional e histórico do SDS em Chicago (1969) essa facção tornou-se dominante e conseguiu expulsar os marxistas não-violentos. Adotaram uma política de violência imediata com o nome Weathermen e foram os autores de bombas atiradas em bancos, tribunais, universidades etc. Análises importantes, todavia provisórias, têm sido feitas a respeito, no caso dos Estados Unidos da América.

O primeiro talvez a chamar a atenção, naquele momento, tenha sido o escritor Gore Vidal, talvez melhor que os autores de “Bains de Sang Constructifs dans le Sang et la Propagande” (1975) ainda que estes tenham demonstrado até que ponto o governo dos Estados Unidos anteriormente tenham se envolvido em crimes praticados na Guerra do Vietnã. Ipso facto, Vidal divulgou no jornal El País (Madri) parte do conteúdo das cartas-correspondências que mantinha com o terrorista norte-americano Timothy, pouco antes da violência letal atribuída ao Estado. Dizia ele - contra o terror de Estado, - que melhor teria ocorrido ao terrorista explodir bombas para efeito simbólico de destruição de prédios, sem vítimas, p. ex., o próprio Pentágono. No que se refere ao confronto contra os afegãos e a utilização de imagens, como sabemos, o Corão proíbe a reprodução de figuras humanas e sagradas. Para os fundamentalistas, a interdição, realizada há 1.300 anos, vale para fotos e imagens transmitidas pela TV. Porque querem preservar, a todo custo, o que construíram: as regras e normas do islamismo professado por Maomé. Embora o país tenha sido devastado nos últimos 200 anos por uma dezena de conflitos, três guerras contra a Inglaterra até sua Independência em 1919, um golpe de Estado que derrubou o rei em 1973, e ainda, em 1979 a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), devastou o país permanecendo em guerra por consecutivos dez anos. Quando estes foram expulsos, assumiu o poder a milícia islâmica Taliban, que significa estudante, no dialeto pashto, a segunda língua da região.

O grupo foi criado em 1994 por um movimento estudantil radical. O “império” americano realizou uma guerra longa contra o Afeganistão como anunciaram pela mídia. No caso do Iraque, nestes dias e em termos de submissão das vontades, a guerra foi considerada “rápida” na contabilidade americana porque culminou com a morte de dez mil militares, aproximadamente três mil civis e dezesseis jornalistas em pouco mais de vinte dias. Daí a terceira questão e breve, que diz respeito a duas definições weberianas entrelaçadas ao espírito do capitalismo. Todavia trata-se apenas de uma intuição. Max Weber (2003) em 1904/05 afirmava o seguinte: Ninguém sabe ainda a quem caberá no futuro viver nessa prisão, ou se, no fim desse tremendo desenvolvimento, não surgirão profetas inteiramente novos, ou um vigoroso renascimento de velhos pensamentos e ideias, ou ainda se nenhuma dessas duas - a eventualidade de uma petrificação mecanizada caracterizada por esta convulsora espécie de auto-justificação (“sich-wichtig nehmen”). O fato é que estes últimos homens poderiam ser designados de acordo com Max Weber, como “especialistas sem espírito, sensualistas sem coração, nulidades que imaginam ter atingido um nível de civilização nunca antes alcançado”. E em contraposição, o conceito de carisma, que particularmente refere-se a faculdades mágicas, revelações ou heroísmo, poder intelectual ou de oratória.

O sempre novo, o extracotidiano, o inaudito e o arrebatamento emotivo que provocam constituem a fonte da devoção pessoal. Representam eles a dominação do profeta, do herói guerreiro e do grande demagogo. É uma relação social especificamente extracotidiana e puramente pessoal. O pressuposto indispensável para isso é “fazer-se acreditar”. Se “lhe falha o êxito, seu domínio oscila”. A impressão que temos diante da mídia norte-americana e de resto na Europa, para não falarmos no Brasil, quanto ao nome de bin Laden [bin em letra minúscula significa “filho de” é que, como justificativa para o fim da economia de guerra - ou a chamada “guerra fria”, os conflitos mundiais perderam sua matriz político-ideológica e ganharam desde a guerra contra o Golfo Pérsico (1991) mediações culturais e religiosas, de “suposta” rivalidade entre emblemas como Ocidente e Oriente, entre cristãos, judeus e islâmicos. Ele assim [bin Laden] passa a ser o que o sociólogo Max Weber intuiu: “não surgirão profetas inteiramente novos?”. Um exemplo sobre o gravíssimo problema dos dispositivos discursivos editados na e pela informação globalizada. A pergunta é que saber se forma a partir daí e deste ponto de vista abstrato, revelar a vontade de saber que lhe serve ao mesmo tempo de suporte e instrumento. Interessa-nos levar em consideração, quem fala, os lugares e os pontos de vista de que se fala, as instituições que incitam a fazê-lo, que armazenam e difundem o que se diz sobre o fato discursivo global. Mark Bowden e sua imersão jornalística no ideário europeu e norte-americano são um típico exemplo.

Os episódios de 11 de setembro em Nova Iorque fora de dúvida recolocaram em pauta o conceito de “guerra justa”, pragmaticamente pensado como autodefesa. Diante da ineficácia simbólica, da ideia de “guerra limpa”, “guerra tecnológica”, onde não haveria mais “banhos de sangue” a ser exibido, nem combate “corpo a corpo”. Em verdade este conceito foi elaborado pela cristandade ocidental no século XII, a partir da expansão da sociedade europeia ocidental através das lutas contra os hereges, das investidas das cruzadas e da criação da Inquisição. De modo que, “estamos diante de um embate ideológico travado no interior da teologia política ocidental que percorreu vários séculos”. A ideia de “guerra justa” também pode ser admitida como uma “guerra contra os infiéis”, erigida a partir do expansionismo da igreja romana, católica, no qual as Cruzadas politicamente condensaram toda a sua magnitude religiosa. Situa-se neste enquadramento ideológico a expansão marítima e colonial da cristandade europeia para a América, Ásia e África, a partir do século XVI, num quadro político onde a escravidão e o tráfico de escravos de nações africanas e indígenas não devem ser esquecidos.

Para os que nos interessa, a ideia de “guerra justa” implicou como implica uma absolvição moral da guerra e daqueles que a decidem e praticam”. Mas decidem, em primeiro lugar, porque a guerra hoje é vista pelo espelho emocional das sociedades. A televisão amplifica a personalização exacerbada dos comportamentos. E para um líder político, o virtual permite mostrar um tipo particular de proteção: a imunidade midiática. E em segundo lugar porque o novo império, é uma empresa plutocrática que exerce poder simbólico sobre a sociedade civil mundial e propõe-se a administrar e hierarquizar as diferenças numa economia geral de comando. Daí que a radicalização política ocorre de forma mais aguda na década de 1990. Os fatores que contribuíram para tal fato foram, o fim da política internacional de “equilíbrio entre blocos”, representado, no plano simbólico, pela queda do Muro de Berlim, que havia garantido, bem ou mal, que os conflitos permanecessem confinados em fronteiras imaginárias, ou seja, para que a guerra imperialista fosse percebida como “localizada”. A velocidade com que ocorreu o desmantelamento do bloco socialista deveu-se a uma conjunção de variáveis desfavoráveis à articulação de um novo “equilíbrio”.

Estas variáveis desfavoráveis representaram, de um lado, os governos republicanos nos Estados Unidos articulados em torno de Reagan e Bush, pai – meados da década de 1980 e meados da década dos anos 1990. Estes governos desancaram a voracidade expansionista e o exclusivismo do “império”, impedindo, inclusive a formação da Comunidade de Estados Independentes (CEI) na extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas proposta por Mikhail Gorbachev. Com receio dos partidos comunistas do Iraque e do Irã, por exemplo, que eram organizações políticas fortes até o início do processo de distensão política na região, apoiaram (militarmente) forças políticas ligadas a grupos fundamentalistas islâmicos, até então minoritários em vários países asiáticos (dentre eles o Irã e o Iraque). De outro lado, a eleição de João Paulo II designada como “papa polonês” da Igreja Romana, deu uma guinada à direita na inserção política da cristandade ocidental e interferiu diretamente na velocidade do desmantelamento do bloco socialista na Europa oriental, e da Polônia, dificultando uma repactuação política em termos internacionais. Foi muito mais fraco o tom, para não falar em omissão, do Papado Romano na condenação moral das carnificinas entre cristãos grego-ortodoxos e os povos muçulmanos nos Bálcãs.

Mesmo no conflito palestino-israelense a omissão ronda a presença do Vaticano. Também na América Latina, os efeitos desta guinada fizeram-se presentes, através do esvaziamento político da Teologia da Libertação, com desdobramentos significativos, sendo o caso da Nicarágua o mais emblemático. Estes episódios demonstram porque o genocídio, a vitimização de civis seja pela guerra convencional, seja pela guerra de guerrilha ou pelo terrorismo, e a tortura, começaram a ganhar a condenação moral da sociedade civil internacional, que vem reclamando, no tempo presente, por um Tribunal Penal Internacional. Porque tem sido importante declarar direitos universais que devem ultrapassar as barreiras dos Estados constituídos. E, além disso, retomar o conceito de dignidade humana e dos direitos civis fundamentais que se constituem como sua garantia, como condição para a consolidação de uma vida estável e digna de ser vivida em todo o planeta. Do ponto de vista conceitual o vocábulo sentinela tem sua origem  na palavra italiana sentinella que, por sua vez, provém do verbo ouvir ou perceber.

Assim, sentinela é a pessoa que tem a função de vigiar os outros e estar atento a qualquer perigo ou ameaça, real ou imaginária. Por este motivo, é um termo que se utiliza primordialmente na esfera de influência militar. A estratégia militar exige um complexo sistema de organização. Um elemento fundamental é a segurança das tropas que formam um corpo militar. Neste contexto de segurança, a sentinela cumpre com uma missão específica: vigiar e advertir qualquer tipo de perigo que seja possível. O indivíduo que realiza esta função é normalmente uma figura ideal do soldado que durante um tempo determinado se coloca em posição estratégica para ter amplo campo de visão. Na segunda metade do século XVIII: o soldado se tornou algo que se fabrica; de uma massa informe, de um corpo inapto, fez a máquina de que se precisa; corrigiram-se aos poucos as posturas: lentamente uma coação calculada percorre cada parte per se do corpo, assenhoreia-se dele, dobra o conjunto, torna-o perpetuamente disponível, e se prolonga, em silêncio, no automatismo dos hábitos (cf. Foucault, 2014); em resumo, foi “expulso o camponês” e lhe foi dada a “fisiognomia de soldado”. O rosto seduz de forma mais segura e ainda mais sutil do que as palavras. O rosto é objeto de um trabalho pessoal, indispensável à conversão e ao comércio entre os homens.

Manuais de retórica, obras de fisiognomonia, livros de civilidade e artes de conversação lembram incansavelmente do século XVI ao XVIII que o rosto está no centro das percepções de si, da sensibilidade ao outro, dos rituais da sociedade civil, das formas do político. Trata-se de um privilégio antigo que reveste, porém, uma nova tonalidade a partir do início daquele século. Todos esses textos dizem e repetem que o rosto fala. Ou, mais precisamente, que pelo rosto é o indivíduo que se exprime. Um laço se esboça e depois é traçado, segundo Courtine & Haroche (2016: 10-11) mais nitidamente entre sujeito, linguagem e rosto, um laço crucial para a elucidação moderna. As percepções do rosto são lentamente deslocadas, as sensibilidades à expressão se desenvolvem progressivamente. É um dos traços físicos essenciais do avanço do individualismo nas mentalidades. Um “individualismo de costumes” que Philippe Ariès atribui a um processo social geral de privatização que vai transformar profundamente a identidade individual entre estes últimos séculos e reconfigurar de maneira paradoxal as relações entre comportamentos públicos e privados: o que vai, por um lado, afirmar a proeminência do indivíduo e incitar a expressão pessoal. O indivíduo é, em diante, indissociável da expressão singular de seu rosto, com uma tradução corporal de seu eu íntimo. Mas, por outro lado, esse mesmo movimento que o incita a se exprimir leva-o ao mesmo tempo a se apagar, a mascarar o seu rosto, a encobrir sua expressão.

As sentinelas ficam situadas em pontos específicos no exterior dos quartéis e costumam proteger-se das inclemências do tempo e espaço no interior de uma guarita. Obviamente, este soldado deve permanecer corretamente uniformizado e armado. Deve-se ressaltar a importância do papel da sentinela sob a ótica militar, pois o mesmo cumpre também uma função comunicativa através de sua presença e por estar sempre pronto para defender o quartel de qualquer eventualidade. Se a sentinela não cumprisse com essa função certamente o recinto militar ficaria desprotegido e suscetível a ataque. Fora do campo militar é possível também empregar o conceito sentinela em um sentido figurado. Isso acontece com as várias passagens da Bíblia e que “aparecem como sinônimo de guarda”. Por exemplo, os querubins são descritos como guardiões da árvore da vida e o arcanjo Miguel tem a incumbência de cuidar do corpo de Moisés. A figura do profeta Ezequiel também cumpre essa função como sentinela do “seu povo”, o nome Ezequiel significa em hebraico “Deus é minha fortaleza”. Desta maneira, a ideia de sentinela na Bíblia tem o papel de guardião em um sentido simbólico de expiação.

Klara, representada pela atriz Olga Kurylenko, é uma militar disciplinada, destacada em algum lugar do Sahel, que designa os países da África ocidental, para os quais existe um complexo sistema de estudos da precipitação. Ao longo da história social da África, o Sahel assistiu à sucessão de alguns dos mais avançados reinos africanos, que beneficiaram do comércio através do deserto, reconhecidos como Reinos Sahelianos, na região meridional da África, onde as tropas francesas combatem o terrorismo e o extremismo na região. Após presenciar uma explosão, ela é enviada de volta para casa, em Paris, onde passa a patrulhar as ruas no combate ao terrorismo na capital francesa. Após uma festa com sua irmã, Tânia (Marilyn Lima), Klara recebe uma ligação telefônica dizendo que sua irmã sofrera uma violência e que estava em coma no hospital. Assim começa uma estratégia de honra da militar, que não vai até Nice apenas para “fazer justiça com as próprias mãos”. Mais do que isso. Etnograficamente segundo Foucault, o soldado, é antes de tudo, alguém que se reconhece de longe; que leva os sinais naturais de vigor e coragem, as marcas também de seu orgulho: seu corpo é o brasão de sua força e de sua valentia: e se é verdade que deve aprender aos poucos o ofício das armas – essencialmente lutando – as manobras como a marcha, as atitudes como o porte da cabeça se originam, em boa parte, da retórica de honra.

O Sahel, do árabe ساحل, sahil, que significa “costa” ou “fronteira” é uma faixa de 500 a 700 km de largura, em média, e 5 400 km de extensão, entre o deserto do Saara, ao norte, e a savana do Sudão, ao sul; mas também entre o oceano Atlântico, a oeste, e ao mar Vermelho, a leste. O Sahel atravessa os seguintes países de oeste para leste: Gâmbia, Senegal, a parte sul da Mauritânia, o centro do Mali, norte do Burquina Fasso, a parte sul da Argélia, Níger, a parte norte da Nigéria e dos Camarões, a parte central do Chade, assim como a região do centro e sul do Sudão, o norte do Sudão do Sul e a Eritréia. Eventualmente, são incluídos também a Etiópia, o Djibuti e a Somália. Constitui uma zona de transição fundamental entre a ecozona paleoártica e a ecozona afro-tropical, ou seja, entre a aridez do Saara e a fértil da savana sudanesa sentido norte-sul. É região fitogeográfica dominada por vegetação de estepes que recebe uma precipitação entre 150 e 300 mm por ano. É protegida por um cinturão verde constituído por uma flora diversificada, que a protege dos ventos do Saara. Mas, o Sahel tem sido atingido também por períodos de seca. Entre 1968-1974, seu prolongamento levou a situação de intensa fome na região, motivando política de criação do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola, agência especializada das Nações Unidas.

A guerra do Sahel, também chamada de conflito armado no Sahel, insurreição islamita no Sahel ou insurreição jihadista no Sahel é um conflito armado entre os países da região do Sahel, em particular: Mali, Níger, Mauritânia, Burquina Fasso e Chade e os grupos jihadistas salafistas ligados principalmente a Al-Qaeda. Este conflito é uma consequência indireta da Guerra Civil Argelina quando, em busca bases de retaguarda, os rebeldes islamitas argelinos decidiram se estabelecer no deserto a partir do início dos anos 2000. Um conflito armado entre o governo argelino e vários grupos de rebeldes islâmicos, que teve início em 1991. O número de mortos é estimado entre 150 e 200 mil, entre os quais há mais de 70 jornalistas, quer por forças do Estado ou por militantes islâmicos. O conflito terminou em vitória para o governo após a rendição do Exército de Salvação Islâmica e a derrota, em 2002, do Grupo Islâmico Armado. No entanto, atualmente ainda se produzem conflitos de baixa intensidade em algumas áreas. A disputa começou em dezembro de 1991, quando a Frente Islâmica de Salvação (FIS) ganhou popularidade entre o povo argelino, e a Frente de Libertação Nacional (FLN) representando o partido do governo, temendo a vitória do primeiro, cancelou as eleições após a primeira rodada, uma vez que se tornou evidente que ganharia a Frente Islâmica de Salvação e que terminaria com a democracia.

Após a proibição da FIS e a detenção de milhares de seus membros, os seus apoiadores começaram uma guerra de guerrilha contra o governo e seus partidários. Os principais grupos rebeldes que lutavam contra o governo foram o Movimento Islâmico Armado (MIA), com base nas montanhas, e o Grupo Islâmico Armado (GIA), nas aldeias. Os guerrilheiros inicialmente previram o exército e a polícia na Argélia, mas alguns grupos começaram logo a atacar civis. Em 1994, quando as negociações entre governo e líderes encarcerados da FIS atingiram o seu auge, o GIA, por um lado, declarou guerra à FIS e os seus apoiadores, enquanto o MIA, por seu turno e vários grupos menores reagrupados declararam sua lealdade à FIS, a ser renomeado Exército de Salvação Islâmica (SIA). Isso levou a um caminho ardiloso caracterizado por três guerras. Progressivamente, passariam a realizar ações de guerrilha, terrorismo e tomada de reféns na região; sobretudo, passariam de modo gradual a criar laços afetivos com as populações civis e disseminar islamismo radical que acabará por levar ao recrutamento dos autóctones, ou ao surgimento de novos movimentos muito ancorados localmente, como o Ansar Dine, o Movimento para a Unidade e a Jihad na África Ocidental (MUJAO), ou até mesmo Katiba Macina. A França intervém como potência imperialista militarmente em apoio estratégico aos Estados da região: primeiro no Mali em 2013, com a Operação Serval, depois em todo o Sahel em 2015, com a Operação Barkhane.

Os recrutas são habituados a manter a cabeça ereta e alta; a se manter direito sem curvar as costas, a fazer avançar o ventre, a salientar o peito, e esconder o dorso; e a fim de que se habituem essa posição lhes será dada apoiando-os contra um muro, de maneira que os calcanhares, a batata da perna, os ombros e a cintura encostem-se a ele, assim como as costas das mãos, virando os braços para fora, se afastá-los do corpo, ser-lhes-á igualmente ensinado a nunca fixar os olhos na terra, mas a olhar com ousadia aqueles diante de quem eles passam, a ficar imóveis esperando o comando, sem mexer a cabeça, as mãos nem os pés, enfim, marchar com passo firme, com o joelho e a perna esticados, a ponta baixa e para fora.  Houve na história durante a Época Clássica, uma descoberta da representação do corpo como objeto de alvo e poder, ao corpo que se manipula, modelam-se, treina-se, que obedece, responde, torna-se hábil ou cujas forças se multiplicam. O grande livro do homem-máquina foi escrito simultaneamente em dois registros: no anátomo-metafísico, cujas primeiras páginas haviam sido escritas por René Descartes e que os médicos, os filósofos continuaram; o outro, técnico-político, constituído por um conjunto de regulamentos militares, escolares, hospitalares e por processos empíricos e refletidos para controlar ou corrigir as operações do corpo.

Dois registros bem distintos, pois se tratava ora de submissão e utilização, ora de funcionamento e de explicação: corpo útil, corpo inteligível. E, portanto, de um ao outro, pontos de cruzamento. “O homem-máquina” de La Mettrie é ao mesmo tempo uma redução materialista da alma e, além disso, uma teoria geral do adestramento, no centro dos quais reina a noção de “docilidade” que une corpo ao corpo analisável o corpo manipulável. Ipso facto, é dócil, afirma Foucault, “um corpo que pode ser utilizado, que pode ser transformado e aperfeiçoado”. O que há de novo?  Não é a primeira vez, certamente, não sendo a última, que o corpo é objeto de investimentos tão imperiosos e urgentes; nas sociedades onde o corpo está preso no interior de poderes apertados, que lhe impõem limitações, proibições ou obrigações. Muitas coisas são novas nessas técnicas. A escala, em primeiro lugar: não se trata de cuidar do corpo, em massa, como se fosse uma unidade indissociável, mas de trabalhá-lo detalhadamente; de exercer sobre ele uma coerção sem folga, de mantê-lo ao mesmo nível da mecânica – movimentos, gestos, atitude, rapidez: poder infinitesimal sobre o corpo ativo.

O objeto, em seguida do controle: não, ou não mais os elementos significativos do comportamento ou a linguagem do corpo; mas a economia, a eficácia dos movimentos, sua organização interna; a coação se faz mais sobre as forças que sobre os sinais; a única cerimônia que realmente importa é a do exercício. A modalidade, enfim: implica uma coerção ininterrupta, constante, que vela sobre os processos da atividade mais que sobre seu resultado e se exerce de acordo com uma codificação que esquadrinha formalmente ao máximo o tempo, o espaço, os movimentos. Esses métodos que permitem o controle minucioso das operações do corpo, que realizam a sujeição constante de suas forças e lhes impõem uma relação de docilidade-utilidade, são o que podemos chamar as “disciplinas”. Muitos processos disciplinares existam há muito tempo: nos conventos, nos exércitos, nas oficinas também. Mas as disciplinas se tornaram no decorrer do século XVII e XVIII fórmulas gerais de dominação. Diferentes da escravidão, não se fundamentam numa relação de apropriação dos corpos.

Diferentemente da domesticidade, quando nos vemos diante do imediato, que é uma forma de relação social de dominação constante, global, maciça, não analítica, ilimitada e estabelecida sob a forma da vontade singular do patrão, da questão de seu “capricho”. Diferentes da vassalidade que é uma relação de submissão altamente codificada, mas longínqua e que se realiza menos sobre as operações do corpo que sobre os produtos trabalho e as marcas rituais da obediência. Diferentes ainda do ascetismo e das “disciplinas” de tipo monástico, que têm por função realizar renúncias mais do que aumentos de utilidade e que, implicam obediência a outrem, têm como fim principal um aumento do domínio de cada um sobre seu próprio corpo. O momento histórico das disciplinas é o momento em que nasce uma arte do corpo humano, que visa não exclusivamente o aumento de suas habilidades, nem tampouco aprofundar sua sujeição, mas a formação de uma relação que no mesmo mecanismo o torna tanto mais obediente quanto é mais útil, e inversamente. Forma-se  uma política das coerções que são um trabalho sobre o corpo, uma manipulação calculada de seus elementos, de seus gestos, de seus comportamentos. O corpo humano entra numa maquinaria de poder que o esquadrinha, o desarticula, o recompõe.

Sem temor a erro podemos afirmar que assim se coloca o problema abstrato das relações desses procedimentos com o discurso. Mas eles não têm a fixidez repetitiva dos ritos, dos costumes ou dos reflexos, como ocorre via de regra com cidades da dimensão de Fortaleza – saberes que não mais ou ainda se articulam em discursos. Sua mobilidade se ajusta incessantemente a uma diversidade de objetivos e “golpes”, mas sem que dependam de uma elucidação verbal. Mas são de fato autônomas a este respeito? Táticas no discurso pode ser o ponto de referência formal de táticas sem discurso. Como também essas maneiras de pensar investidas em maneiras de fazer constituem um caso estranho – e maciço – das relações que tais práticas mantêm com teorias. Em Foucault, o drama se desenrola, como sempre, entre duas forças, cuja relação a astúcia do tempo inverte. Essas táticas vão se afinando e estendendo sem precisar recorrer a uma ideologia. Mediante um lugar celular do mesmo tipo para todos, elas aperfeiçoam a visibilidade e o reticulado desse espaço para transformá-lo num instrumento capaz de disciplinar, vigiando, e de tratar não importa que grupo humano. Trata-se de detalhes tecnológicos, processos ínfimos e decisivos. Acabam vencendo a teoria: por eles se impõem a universalização da pena uniforme, a prisão, que inverte, a partir de dentro, as instituições revolucionárias e instala em toda parte o “penitenciário” no lugar da justiça penal. Michel Foucault distingue estes dois sistemas heterogêneos.

Esta notável técnica de interpretação historiográfica destaca ao mesmo tempo duas questões que não se devem, no entanto, confundir: de um lado, o papel decisivo dos procedimentos e dispositivos tecnológicos na organização de uma sociedade; de outro lado, o desenvolvimento excepcional de uma categoria particular desse dispositivo: a) como explicar o desenvolvimento privilegiado da série particular que é constituída pelos dispositivos panópticos? E, b) qual o estatuto de muitas séries que, prosseguido em seus silenciosos itinerários, não deram lugar a uma configuração discursiva nem a uma sistematização tecnológica? Poderiam ser consideradas como uma imensa reserva constituindo os esboços ou traços de desenvolvimentos diferentes. Outros dispositivos tecnológicos, e seus jogos com a ideologia, foram já esquadrinhados por estudos recentes que sublinham também, embora em perspectivas diferentes, o seu caráter dominante. Mas parecem prevalecer durante um tempo mais ou menos longo, depois cair na massa estratificada dos procedimentos metódicos, enquanto vão dando lugar a outros através da representação do papel de informar um determinado sistema. 

Bibliografia geral consultada. 

HELLER, Agnes, Sociologia della Vita Quotidiana. Roma: Editore Riuniti, 1975; KEMP, Tom, La Revolución Industrial en la Europa del siglo XIX. Barcelona: Libros de Confrontacion, 1976; VAN GENNEP, Arnold, Os Ritos de Passagem. Petrópolis (RJ): Editoras Vozes, 1978; SAID, Edward, Orientalismo: O Oriente como Invenção do Ocidente. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 1990; WEBER, Max, A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. 2ª edição. São Paulo: Editora Pioneira, 2003; BALLANI, Tanimária da Silva Lira, Juventude, Drogas e Internação Hospitalar: Ampliando o Conceito de Evento Sentinela. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação Enfermagem. Departamento de Enfermagem. Maringá: Universidade Estadual de Maringá, 2006; BRAGA, Ubiracy de Souza, “A Questão Israelense-Palestina: Histórias Míticas?”. In: Jornal O Povo. Fortaleza, 7 de outubro de 2006; CRIGNON, Philippe, Hobbes et la Répresentation: Une Ontologie Politique. Thèse de Doctorat. Saint-Denis: Université de Paris 8, 2007; CERTEAU, Michel de, A Invenção do Cotidiano. 1. Artes de fazer. 22ª edição. Petrópolis (RJ): Editoras Vozes, 2014; FOUCAULT, Michel, Vigiar e Punir. Nascimento da Prisão. 42ª edição. Petrópolis (RJ): Editoras Vozes, 2014; SPEZZARIA, Mario, A Linha Metafísica do Belo. Estética e Antropologia em K. P. Moritz. Tese de Doutorado. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2017; BRANDÃO, Wildson Roberto Lima, O Terrorismo e a Multiplicidade de Interpretação: A Lógica Racional das Teorias Racionalistas, a Construção Discursiva das Teorias Reflexivistas e as Relações Internacionais. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais. Uberlândia: Universidade Federal de Uberlândia, 2020; SILVA, Mateus Ostemberg Benites, A Sentinela da Liberdade: O Capitão América e o Combate aos Inimigos da Democracia. Dourados – MS. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em História. Faculdade de Ciências Humanas.  Dourados: Universidade Federal da Grande Dourados, 2020; NEVES, Pedro Fernandes, A Economia Local do Surf e o Desenvolvimento de Pequenas Cidades - O Caso de Peniche. Instituto de Geografia e Ordenamento de Território. Faculdade de Arquitetura. Lisboa: Universidade de Lisboa, 2021; entre outros.

domingo, 21 de novembro de 2021

Era Atômica & Mísseis - PlanetaTerra É Uma Bomba Relógio.


                                                                                                      Ubiracy de Souza Braga

O que a história ensina é que os governos e as pessoas nunca aprendem com a história”. Friedrich Hegel 


       

           A Terra é o terceiro planeta mais próximo do Sol, o mais denso e o quinto maior dos oito planetas do Sistema Solar. É também o maior dos quatro planetas telúricos. É por vezes designada como Mundo ou Planeta Azul. Lar de milhões de espécies de seres vivos, incluindo os seres humanos, a Terra é o único corpo celeste onde é reconhecida a existência de vida. O planeta formou-se há 4,56 bilhões de anos, e a vida surgiu na sua superfície depois de um bilhão de anos. Desde então, a biosfera terrestre alterou de forma significativa a atmosfera e fatores abióticos do planeta, permitindo a proliferação de organismos aeróbicos, como a formação da camada de ozônio, que em conjunto com seu campo magnético, bloqueia radiação solar prejudicial, permitindo a vida no planeta. A sua superfície exterior é dividida em segmentos rígidos, chamados placas tectônicas, que migram sobre a superfície terrestre ao longo de milhões de anos. Aproximadamente 71% da superfície é coberta por oceanos de água salgada, com o restante consistindo de continentes e ilhas, contendo lagos e corpos de água que contribuem para a hidrosfera. Os polos geográficos da Terra encontram-se majoritariamente cobertos por mantos de gelo ou por banquisasUma bomba-relógio é a designação sociológica comum de um artefato denominado bomba que é acionada para detonação através de um período de tempo, geralmente calculado  por um relógio. A utilização dessa técnica, permite que o artefato seja abandonado ou alojado, sem a presença humana. Possui diversos propósitos, como fraude em seguros, terrorismo, assassinato e como arma de guerra. A palavra também é usada metaforicamente. - Esse problema é uma bomba-relógio significa algo que algo deve ser feito para sua realização, antes que exploda. 
         A carga explosiva é o componente principal de qualquer bomba, e faz-se a maior parte do tamanho e do peso da mesma. É o elemento nocivo da bomba juntamente com quaisquer fragmentos ou estilhaços que a deflagração pode produzir com o seu recipiente ou objetos vizinhos. A carga explosiva é detonada por um detonador. Trata-se um mecanismo de uso de tempo. Uma bomba-relógio pode ser fabricada profissionalmente, separadamente ou como parte do dispositivo, ou pode ser improvisado a partir de um timer caseiro, como um despertador, relógio de pulso, timer de cozinha digital ou manual, computador ou notebook. Ipso facto, existem vários métodos e processos de trabalho através do qual o ponto de ignição pode ser ajustado. Muitas vezes, é utilizado um relógio que pode ser ajustado e é construída na bomba. Em outros modelos como as bombas que foram usados ​​no atentado terrorista de Dresden é um detonador química usado. Quando a bomba atinge o solo quebrando uma cápsula de vidro com acetona. A acetona, dissolve-se lentamente numa partição de plástico para uma quantidade de ácido. Este ácido reage com uma substância química diferente, e conduz a explosão da bomba. Dependendo da concentração de acetona na cápsula, o tempo de ignição pode ser definido para mais ou para menos. Os principais tipos de bomba-relógio são: bomba de ação retardada, bombas lançadas por aeronaves com um atraso para aumentar o dano, dispositivo explosivo improvisado, bombas caseiras com um atraso para permitir que a pessoa possa escapar e não ser percebida e, bombas profissionais ou bélicas, onde tem sua utilidade de uso em atividades pragmáticas.
O interior da Terra permanece ativo e relativamente sólido, um núcleo externo líquido que gera um campo magnético, e um núcleo interno sólido, composto, sobretudo por ferro. A Terra interage com outros objetos em movimento no espaço, em particular com o Sol e a Lua. A Terra orbita o Sol uma vez por cada 366,26 rotações sobre o seu próprio eixo, o que equivale a 365,26 dias solares ou representa um (01) ano sideral. O eixo de rotação da Terra possui uma inclinação de 23,4° em relação à perpendicular ao seu plano orbital, reproduzindo variações sazonais na superfície do planeta, com período igual a um ano tropical, ou, 365,24 dias solares. A Lua é o único satélite natural reconhecido da Terra. O atual modelo consensual para a formação da Lua é a hipótese do grande impacto. É uma hipótese astronômica que postula a formação da Lua através do impacto de um planeta com aproximadamente o tamanho de Marte, conhecido como Theia, com a Terra. Ela é responsável pelas marés, estabiliza a inclinação axial da Terra e abranda gradualmente a rotação do planeta. A Lua pode ter afetado dramaticamente o desenvolvimento da vida ao moderar o clima do planeta. Evidências paleontológicas e simulações de computador demonstram que a inclinação axial do planeta é estabilizada pelas interações cíclicas de maré com a Lua.


           
Albert Einstein concluiu seu doutorado em Física, em 1905 e remeteu para a Revista Anais de Física, em Leipzig, Alemanha, trinta folhas com quatro artigos, entre eles a formulação inicial da sua famosa “Teoria da Relatividade”, que revelaram ao mundo ocidental uma nova visão do Universo. Ele propôs uma formula para a equivalência entre massa e energia a célebre equação E = mc², pela qual a energia (E) de uma quantidade de matéria, com massa (m), é igual ao produto da massa pelo quadrado da velocidade da luz, representada por (c). Seus estudos e questionamentos supõem o princípio da teoria atômica e da energia nuclear. Após a publicação dos artigos seu talento é reconhecido socialmente. Com 30 anos, tornou-se professor de Física na Universidade de Zurique. No ano seguinte leciona na Universidade de Praga do Império Austro-Húngaro. Em 1912 ocupou a cadeira de Física, da Escola Politécnica Federal da Suíça. Em 1913, foi nomeado Privatdozent para a Universidade de Berlim, Diretor do Instituto Kaiser Wilhelm de Física e Membro da Academia de Ciências da Prússia.  
            Em 25 de novembro de 1915, ele subiu ao palco da Academia de Ciências da Prússia e declarou ter concluído sua exaustiva pesquisa de uma década em busca de um entendimento novo e mais profundo da gravidade. A Teoria da Relatividade Geral, afirmou Einstein, estava concluída. A nova radical visão das interações entre espaço, tempo, matéria, a energia e a gravidade foi um feito reconhecido como uma das maiores conquistas intelectuais da humanidade. Em 1919, Einstein tornou-se reconhecido em todo o mundo, depois que sua teoria foi comprovada em experiência realizada durante um eclipse solar. Em 1921, o cientista Albert Einstein foi agraciado com o “Prêmio Nobel de Física” por suas contribuições abstratas à Física Teórica e, especialmente por sua descoberta da Lei do Efeito Fotoelétrico. No dia 10 de novembro de 1922, durante a cerimônia de entrega do Nobel de Física, Einstein estava no Japão e infelizmente não pode recebê-lo pessoalmente. Foi representado, na cerimônia de consagração entrega do prêmio, pelo embaixador alemão na Suécia.

  O artigo “As Origens da Teoria Geral da Relatividade” é publicado no Annalen der Physik (1916). Em maio é escolhido Presidente da Sociedade Alemã de Física. Finaliza seu livro de divulgação científica A Teoria da Relatividade Especial e Relatividade Geral. Publica três artigos sobre teoria quântica. Durante o eclipse solar, esta proeza científica foi conseguida, em 29 de maio de 1919, quando as fotografias de um eclipse solar, tiradas na cidade cearense de Sobral e na Ilha do Príncipe (África), foram fundamentais para comprovar a deflexão da luz pela gravidade, prevista por essa Teoria. Expedições britânicas confirmam a deflexão da luz pelo Sol conforme previsto pela teoria da relatividade geral. Em 6 de novembro, os resultados são apresentados por Arthur Eddington, famoso pelo seu trabalho sobre a Teoria da Relatividade. Eddington escreveu um artigo em 1919, Report on the relativity theory of gravitation, que anunciou a Teoria Geral da Relatividade de Einstein para o mundo anglófilo  na reunião conjunta da Royal Society e Royal Astronomical Society. A boa notícia corre o mundo ocidental e Albert Einstein torna-se uma figura pública.
 Desde a descoberta da fissão atômica, nos anos 1930, passando pelo bombardeio de Hiroshima e Nagasaki, na 2ª guerra mundial, e chegando ao acidente em Chernobyl (1986), na Ucrânia, a energia nuclear manteve o estigma de misterioso e estratégico ativo no cenário internacional (cf. Einstein, 1963; Rhodes, 1986; Victal, 2019). O Brasil chamou a atenção da comunidade internacional ao propor parceria com a Turquia, em 2010, um acordo que pudesse frear o movimento ocidentalista - impulsionado em Washington - por novas sanções ao Irã. Não teve sucesso na tentativa de convencer outras potências, mas voltou os holofotes para um tema tabu: qual o critério para decidir quem poderá usufruir da energia nuclear neste século? O cenário de média demanda presume crescimento econômico mundial também mediano, incentivo a políticas energéticas que respeitem o meio ambiente, baixo crescimento no consumo de energia e desenvolvimento sustentável da energia nuclear no planeta - inclusive em países emergentes. Neste cenário econômico globalizado de média demanda, em 2050 o mundo consumiria 177 mil toneladas de urânio por ano. Isso equivale a um aumento de 160% em relação ao consumo registrado em 2000.
A aparente vantagem das usinas nucleares é a não emissão de nenhum gás poluente, além de produzir uma quantidade de energia maior do que os outros tipos de usinas elétricas. Apenas 10 g de urânio podem ser suficientes para produzir a mesma quantidade de energia que 700 kg de petróleo e 1.200 kg de carvão. Além disso, as usinas nucleares não necessitam de condições climáticas para operar e nem provocam mudanças e consequências ao ambiente ao seu redor. Essas usinas não produzem gás porque não precisam de combustíveis fósseis. O combustível nuclear queimado no processo do Urânio é reaproveitado para um novo processo, assim como a água que resfria o núcleo do reator nuclear e depois é fervida. Seu vapor após movimentar as turbinas passa por um processo de condensação, voltando em sua forma líquida para um novo ciclo. Os resíduos nucleares devem passar por um processo rígido de descarte, pois se trata de elementos radioativos, inclusive a água utilizada. Com a manutenção contínua e o procedimento de eliminação dos dejetos radioativos, as usinas nucleares são responsáveis por 17% da energia mundial.
Uma bomba-relógio é a designação comum de uma bomba que é acionada para detonação através de um período de tempo, geralmente calculado por um relógio. A carga explosiva é detonada por um comando. Existem vários métodos de produção e trabalho através dos quais o ponto de ignição pode ser ajustado. Muitas vezes, é utilizado um relógio que pode ser ajustado e é construída na bomba. Em outros modelos como as bombas que foram usadas ​​no atentado terrorista de Dresden, é um simples detonador químico usado quando a bomba atinge o solo quebrando uma cápsula de vidro com acetona. A acetona dissolve-se lentamente numa partição de plástico para uma quantidade de ácido. Este ácido reage com uma substância química diferente, o que conduz a explosão da bomba. Dependendo da concentração de acetona na cápsula, o tempo de ignição pode ser definido para mais rápido ou para mais lento. Desde 2010 a Wide-field Infrared Survey Explorer vem vasculhando o infinito com suas câmeras infravermelhas em busca de “perigos iminentes” e nesse tempo ela fez uma descoberta: Existem 4700 asteroides vagando que possuem chances de acertarem nosso planeta. 
Energia nuclear é a energia liberada em uma reação nuclear, melhor dizendo, em processos de transformação de núcleos atômicos. Alguns isótopos de certos elementos apresentam a capacidade de se transformar em outros isótopos ou Elementos através de reações nucleares, emitindo energia durante esse processo. Baseia-se no princípio da equivalência massa-energia havendo sido observado pelo físico Albert Einstein, segundo a qual durante reações nucleares ocorre transformação de massa em energia. Foi descoberta por Lise Meitner com a observação de uma fissão nuclear que ocorre depois da irradiação de urânio com nêutrons. A tecnologia nuclear é importante na medida que tem como uma das principais finalidades gerar energia elétrica. Lise Meitner foi uma física austríaca que estudou radioatividade e física nuclear, tendo descoberto a fissão nuclear. Otto Hahn foi um químico alemão, estudioso da radiação pressionado pelo regime nazista representando a ideologia associada ao Partido Nazista, ao Estado nazista, bem como a outros grupos de extrema-direita, para tirar Lise Meitner, sua amiga judia de longa data de estudos e pesquisas científicos relacionados à questão da radiação.

Nas usinas, o objetivo representa o controle das reações nucleares, possibilitando que a energia seja liberada de forma gradual como calor. O calor produzido é utilizado para ferver as águas, produzindo vapor. Esse vapor é o responsável pelo funcionamento dos turbo geradores convencionais. A energia nuclear é uma das alternativas possíveis para produção de eletricidade. Sua vantagem está na abundância e capacidade de geração de energia. Por outro lado, existem diversos problemas relacionados ao uso deste tipo de recurso energético, um deles é o risco de contaminação humana e ambiental. Outro risco que tem relação com a energia nuclear é o uso deste recurso para produção de bombas atômicas, e o uso inadequado destes artefatos por grupos paramilitares e terroristas. Usinas nucleares estatisticamente são operadas em 31 países. A maioria está localizada por razões históricas do conflitos bélico, na Europa, América do Norte, Ásia Oriental e Sul da Ásia. Os Estados Unidos da América ainda é considerado o maior produtor de energia nuclear, enquanto a França é o país que tem a maior parte potencial da eletricidade gerada por energia nuclear.
A energia nuclear corresponde a 17% da geração de energia elétrica mundial. Apesar de não gerar os gases do chamado efeito estufa, o perigo se encontra nos resíduos de alta radioatividade e na possibilidade de acidente nas usinas, que podem ser devastadores. O maior desastre nuclear da história ocorreu em Chernobyl, na região da Ucrânia, em 26 de abril de 1986, quando um reator da usina apresentou problemas técnicos, liberando uma nuvem radioativa, com 70 toneladas de urânio e 900 de grafite, na atmosfera. O acidente é responsável pela morte de mais de 2,4 milhões de pessoas nas proximidades e atingiu o nível 7, o mais grave da Escala Internacional de Acidentes Nucleares (INES). A central nuclear de Three Mile Island foi cenário de um acidente que atingiu o nível 5 na Escala Internacional de Eventos Nucleares, em 28 de março de 1979. Localizada próxima a Harrisburg, capital da Pensilvânia, a usina nuclear sofreu superaquecimento devido a um problema mecânico, mas não chegou a explodir, pois os técnicos pragmáticos optaram pela liberação de vapor e gases. Apesar de não haver casos de mortes em razão da radiação, 25 mil pessoas entraram em contato com os gases que foram liberados para evitar a explosão. No mesmo ano, uma comissão presidencial e a Comissão Nuclear Reguladora chegaram a seguinte conclusão: - “ou não haverá casos de câncer ou o número será tão pequeno que nunca será possível detectá-los”.
Bolsonaro quer construir 8 usinas.
Criada em 1957 como impacto social da corrida nuclear da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e Estados Unidos da América, a usina de Mayak sofreu uma falha no sistema de refrigeração do compartimento de armazenamento de resíduos nucleares. O erro causou uma explosão em um tanque com 80 toneladas de material radioativo. A nuvem de gás contaminou a região em um longo raio em torno da faixa de 800 km. Como a cidade de Ozyorsk, onde aconteceu o acidente, não estava no mapa soviético, o fato sociológico ficou marcado como “o desastre de Kyshtym”. Cerca de dez mil pessoas foram evacuadas, sem explicação do governo. Foram registradas pelo menos 200 mortes por causa da exposição direta à radiação. A 100 km de Tóquio, Tokaimura, cidade sede da indústria nuclear japonesa foi palco de um acidente que expôs mais de 600 pessoas à alta radiação, em 1999. Funcionários de empresa de reprocessamento de urânio exageraram na dose do metal radioativo em um reator desativado há um ano, que sofreu uma reação descontrolada, vazando a radiação.
A cidade de Seversk, na região da Sibéria, abriga reatores nucleares e indústrias químicas para a separação e processamento de urânio e plutônio. A União Soviética não permitia que a cidade aparecesse no mapa, fato que mudou em 1992, após um decreto de Boris Yeltsin. Logo após, em 1993, a usina Tomsk-7 sofreu um acidente, em que um tanque com substâncias radioativas explodiu. Uma nuvem radioativa se formou na região, que hoje é fechada e só pode ser visitada a convite. O número de vítimas é desconhecido. Localizada a cerca de 250 km ao norte de Tóquio, a usina nuclear Daiichi, em Fukushima, sofreu danos em três de seus seis reatores, em 11 de março de 2011, depois de um terremoto de 9 graus na escala Richter ter atingido o país. Autoridades japonesas afirmaram que os níveis de radiação liberada foram altos, quase preocupantes. O desastre foi classificado com grau 5 na Escala Internacional de Acidentes Nucleares (INES). Após o ocorrido, cientistas japoneses pretendem realizar uma mini-fusão nuclear, a fim de entender melhor o acidente de 2011 e se preparar de forma adequada em caso de ocorrências de novas catástrofes nucleares.
A energia elétrica é fator essencial para assegurar o crescimento econômico do país e a qualidade de vida da sua população, porém, os recursos hídricos disponíveis nas proximidades dos principais centros consumidores estão se esgotando. Além disso, os licenciamentos ambientais dos aproveitamentos hídricos remanescentes e economicamente viáveis estão se tornando cada vez mais difíceis. Antes do desastre nuclear de Fukushima Daiichi, em 2010, reportava-se que cerca de 10 reatores nucleares deveriam entrar em funcionamento por ano, de acordo com a Associação Nuclear Mundial, embora dos 17 reatores nucleares civis planejados para se tornar operacional no período entre 2007-2009, apenas cinco realmente se tornaram operacionais nas redes mundiais de energia. A geração global de eletricidade por usinas nucleares em 2012 estava em seu nível mais baixo desde 1999. Do ponto de vista das riquezas minerais, o Brasil possui a sexta maior reserva mundial de urânio e instalações do Ciclo do Combustível Nuclear, operadas pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB) que garantem ao país independência relativa no suprimento  de combustível nuclear.
A China tem um programa complexo de energia nuclear que mais cresce com 28 novos reatores em construção, e um número considerável de novos reatores, que estão sendo construídos em países asiáticos como Índia, Rússia e na Coreia do Sul. Ao mesmo tempo, há estimativas de pelo menos 100 reatores mais velhos e menores “muito provavelmente, serem fechados nos próximos 10 a 15 anos”. O Brasil ocupa a 5º posição no ranking mundial de reserva de urânio com as 309 mil toneladas, representado 5,3% do total. Entre os cinco países com maior reserva estão Austrália (28,7%), Cazaquistão (11,2), Canadá e Rússia (8,3% cada). Os dados são do Boletim de Energia Nuclear Brasil e Mundo (2016), do Ministério de Minas e Energia. Entre os países com reatores nucleares, o Brasil ocupa a 21º posição, com duas plantas que totalizam 1.990 MW de capacidade instalada. Até 2015 o mundo contabilizava 441 reatores nucleares operando em 31 países, que somavam 402.852 MW de capacidade instalada, equivalentes a 6,5% da potência mundial produtora de geração elétrica. 
Greenpeace contra as usinas nucleares.
A INB é uma empresa brasileira de economia mista, vinculada à Comissão Nacional de Energia Nuclear de controle finalístico do Ministério da Ciência e Tecnologia. Tem unidades na Bahia, Ceará, Minas Gerais e Rio de Janeiro (sede), e é um importante elemento do sistema brasileiro de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias para o domínio do ciclo e produção de combustíveis nucleares. O  tratamento dos minerais pesados com a prospecção e pesquisa, lavra, industrialização e comercialização das areias monazíticas e obtenção de terras-raras são atividades que competem à INB. É responsável pela exploração do urânio, a mineração e o beneficiamento primário até a produção e montagem dos elementos combustíveis que acionam os reatores de usinas nucleares. 
 A totalidade dessas atividades compõe o “Ciclo do Combustível Nuclear”. Criada em 1988, a INB sucedeu a Nuclebrás e, em 1994, tornou-se uma única empresa ao incorporar suas controladas - Nuclebrás Enriquecimento Isotópico S.A. (Nuclei), Urânio do Brasil S.A. e Nuclemon Mínero-Química Ltda, absorvendo suas atividades de operacionais e suas atribuições. Segundo a Eletronuclear, o valor previsto para o investimento em Angra 3 é de, aproximadamente, R$ 21 bilhões. Desse montante, em torno de R$ 7 bilhões já foram gastos, restando, R$ 14 bilhões em investimentos diretos a serem realizados. A verba está prevista no plano de negócios da Eletrobras para os próximos cinco anos e a expectativa é que parte deste recurso venha do setor privado. Uma resolução do Conselho Nacional de Política Energética orientou que o Ministério de Minas e Energia incluísse Angra 3 no Programa de Parceria de Investimentos (PPI) do governo federal. O próximo passo é a avaliar o modelo para a escolha do parceiro privado que concluirá o projeto. O cronograma da empresa considera o reinício das obras para junho de 2021. Caso isso se concretize, a meta do Ministério é a usina ficar pronta em janeiro de 2026. Franceses, norte-americanos e russos disputam a concessão. E não faltam incentivos para os investidores.
Alguns países operaram reatores nucleares no passado, mas atualmente não possuem usinas nucleares operacionais. Entre eles, a Itália fechou todas as suas centrais nucleares em 1990, e a energia nuclear já foi declarada ilegal em um referendo. Lituânia, Cazaquistão e a Armênia estão planejando reintroduzir a energia nuclear. Vários países estão operando usinas nucleares atualmente, mas alguns, independentes de plebiscitos estão planejando abandonar a energia nuclear. Estes são a Bélgica, Alemanha e a Suíça Outros países, como Holanda, Suécia e Taiwan também estão considerando abandonar essa forma de gerar energia elétrica. A Áustria não utilizou a sua primeira usina nuclear totalmente construída. Cuba, Líbia, Coreia do Norte e Polônia não concluíram suas  usinas nucleares. Austrália, Azerbaijão, Geórgia, Gana, Irlanda, Kuwait, Omã, Peru, Singapura, Portugal, Venezuela, planejaram, mas não construíram suas usinas para gerar energia elétrica.
As bombas nucleares fundamentam-se na reação nuclear, compreendida como fissão ou fusão nuclear descontrolada e, portanto explosiva. A eficácia da bomba atômica baseia-se na grande quantidade de energia liberada e em sua toxicidade, que apresenta duas formas: radiação e substâncias emitidas, melhor dizendo, produtos finais da reação e materiais que foram expostos à radiação, tornando-se ambas radioativas. A força calculada da explosão é admitida em torno de 5 mil a té 20 milhões de vezes maior, se comparada a explosivos químicos. A temperatura gerada em uma explosão termonuclear atinge de 10 até 15 milhões de graus Celsius no centro da explosão. Na madrugada do dia 16 de julho de 1945, ocorreu o primeiro teste nuclear da história, realizado no deserto de Alamogordo, Novo México, a chamada Experiência Trinity. Alguns cientistas em Los Álamos continuaram reservadamente a duvidar se funcionaria.
Usina nuclear de Fukushima.
Havia urânio disponível o suficiente para uma bomba, e a confiança no design do tipo de arma era alto. Em 14 de julho de 1945, a maior parte da bomba de urânio (“Litlle Boy”) começou sua viagem para o oeste até o Pacífico com seu design e sistema de funcionamento totalmente testado. Um teste da bomba de plutônio parecia vital, tanto para confirmar seu novo projeto de implosão (detonação/ignição) quanto para reunir dados sobre explosões nucleares em geral. Várias ogivas nucleares de plutônio estavam agora “a caminho” e ficariam disponíveis nas próximas semanas e meses. Ipso facto, decidiu-se testar uma delas. Um teste da bomba de plutônio parecia vital, tanto para confirmar seu novo projeto de implosão (detonação/ignição) quanto para reunir dados sobre explosões nucleares em geral. Várias ogivas nucleares de plutônio estavam agora “a caminho” e ficariam disponíveis nas próximas semanas e meses. Por isso, decidiu-se testar uma delas. Robert Oppenheimer, diretor do Projeto Manhattan, escolheu nomear o teste como “Trinity”, inspirado nos poemas de John Mayra Donne foi um poeta jacobita inglês, pregador e o maior representante dos poetas metafísicos de seu tempo. Sua obra é notável por seu estilo sensual e realista, incluindo-se sonetos, poesia amorosa, poemas religiosos, traduções do latim, epigramas, elegias.
O local escolhido foi um lugar remoto na Área de bombardeio de Alamogordo, reconhecido como “Jornada del Muerto”, a 210 milhas ao sul de Los Alamos, no condado de Novo México. A instrumentação instalada em torno do local foi testada com uma explosão de grande quantidade de explosivos convencionais em sete de maio. As preparações continuaram durante maio e junho e foram concluídas no início de julho de 1945. O segundo, empregado pela primeira vez para fins militares durante a 2ª guerra mundial, foi na cidade japonesa de Hiroshima (bomba Little Boy lançada pelo bombardeiro Enola Gay) e o terceiro, na cidade de Nagasaki (bomba Fat Man lançada pelo Bockscar). Essas explosões mataram ao todo 155.000 pessoas imediatamente, além de 110.000 pessoas que morrerem durante as semanas seguintes, em consequência dos efeitos maléficos da radioatividade. Além disso, suspeita-se que até hoje mais 400.000 morreram devido aos efeitos perversos de longo prazo da radioatividade. As bombas termonucleares são mais potentes e fundamentam-se em reações de fusão de hidrogênio ativadas pela reação de fissão prévia. A bomba de fissão é o ignitor nuclear devido à elevada temperatura para iniciar o processo da fusão.

Em novembro de 2007, Greenpeace moveu uma ação legal para impedir a construção de Angra 3, afirmando que esta seria ilegal e inconstitucional. O advogado do Greenpeace, José Afonso da Silva, emitiu um Parecer jurídico argumentando que a construção civil e política de Angra (do Reis) 3 não era um ato legal do poder executivo. O parecer jurídico de Da Silva também afirmou que os Artigos 21, 49 e 225 da Constituição exigem que a construção de usinas nucleares seja discutida previamente no Congresso –fato que não ocorreu. Em janeiro de 2008, a juíza federal Renata Costa Moreira Musse Lopes pronunciou-se contra a ação do Greenpeace. Quando Angra 3 entrar em operação comercial, a nova unidade, com potência de 1.405 megawatts, será capaz de gerar mais de 12 milhões de megawatts-hora por ano, energia suficiente para abastecer as cidades de Brasília e Belo Horizonte durante o mesmo período. Com Angra 3, a energia nuclear passará a gerar o equivalente a 50% do consumo do Estado do Rio de Janeiro. Angra 3 é construída com tecnologia alemã Siemens/KWU (Areva ANP). As etapas técnicas de construção da Unidade incluem obras civis, montagem eletromecânica, comissionamento de equipamentos e sistemas, os testes operacionais. Foram executadas 67,1% das obras civis da Usina. O progresso físico do empreendimento, considerando as outras disciplinas envolvidas, é de 58,4%. Até setembro de 2015 já foram alocados ao empreendimento R$ 5,3 bilhões de um total de R$ 14,8 bilhões (2014), de custos diretos investidos, sendo que prováveis 75% desse valor real serão investidos no país.

 A fissão nuclear do urânio é a principal aplicação civil da energia nuclear. É usada em centenas de centrais nucleares em todo o mundo, principalmente em países como a França, Japão, Estados Unidos da América, Alemanha, Suécia, Espanha, China, Rússia, Coreia do Norte, Paquistão e Índia, e outros. A percentagem da energia nuclear na geração e exploração de energia mundial é de 6,5% e de 16% na geração de energia elétrica. No mês de janeiro de 2009 estavam em funcionamento 210 usinas nucleares em 31 países com ao todo 438 reatores produzindo a potência elétrica total de 372 GW. A maior usina nuclear por capacidade instalada é a Usina Nuclear de Kashiwazaki-Kariwa, com potência de 7 965 MW para a rede elétrica e 8 212 MW de potência total. É a maior usina nuclear geradora de energia elétrica do mundo tanto por capacidade instalada como por produção de energia elétrica, com 8,212 MW de potência total e potência de 7 965 MW para a rede de energia elétrica, atingindo um pico de produção de energia elétrica em 1999 quando teve seus sete reatores nucleares instalados e em funcionamento comercial atingindo uma produção em torno de 60,5 TWh.
No entanto, devido a desativação temporária de Kashiwazaki-Kariwa devido aos problemas de segurança que vieram a tona com o Desastre Nuclear de Fukushima, atualmente a maior usina nuclear em funcionamento no mundo é a Central Nuclear de Bruce, no Canadá, com potência de 6 383 MW e produção anual de energia elétrica de 47,63 GWh. Ela estava à aproximadamente a 19 km do epicentro do segundo terremoto mais forte que já ocorreu com a usina, o Terremoto Chūetsu de 2007. Foi um poderoso terremoto de magnitude 6,6 que ocorreu às 10: 13, hora local, em 16 de julho de 2007, na região noroeste de Niigata, localizada na ilha de Honshu, na costa do Mar do Japão. A cidade de Niigata é hoje a maior cidade japonesa de frente para o Mar do Japão. Foi o primeiro porto japonês do Mar do Japão a abrir ao comércio exterior depois da abertura do Japão por Matthew Calbraith Perry. Desde então ela exerceu um papel importante no comércio com a Rússia e a Coreia. Um navio da Coreia do Norte visita Niigata uma vez por mês, sendo uma das poucas formas sociais e de comunicação de contato entre o Japão e aquele país. A organização Etsuzankai, liderada pelo político Kakuei Tanaka (1918-1993), foi muito influente em trazer melhoramentos na infraestrutura da província nas décadas de 1960 e 1970. Eles incluíam a rota de trem-bala Jōetsu Shinkansen e a Autoestrada de Kanetsu para Tóquio. No Brasil, a pesquisa teórica sobre energia nuclear iniciou-se na Universidade de São Paulo, desde a sua criação no final dos anos de 1930.
 Kakuei Tanaka foi um político japonês que serviu na Câmara dos Representantes por mais de quatro décadas entre 1947 a 1990 e primeiro-ministro do Japão de 6 de julho de 1972 a 9 de dezembro de 1974. Depois de uma luta pelo poder com Takeo Fukuda, ele se tornou o membro mais influente do Partido Liberal Democrata, no poder, de meados dos anos 1960 até meados dos anos 1980. Ele foi uma figura central em vários escândalos políticos, culminando nos escândalos de suborno da Lockheed em 1976, que levaram à sua prisão e julgamento; ele foi considerado culpado por dois tribunais inferiores, mas seu caso permaneceu aberto perante a Suprema Corte até sua morte. Os escândalos, juntamente com um derrame debilitante que sofreu em 1985, levaram ao colapso de sua facção política, com a maioria dos membros se reagrupando sob a liderança de Noboru Takeshita em 1987. Ele foi apelidado de Kaku-san e era reconhecido como o “Shadow Shōgun” (Yami-shōgun). O título de Shadow Shōgun já foi usado para descrever Ichirō Ozawa. Sua direção político-econômica é chamada de estado de construção (Doken Kokka). Ele foi fortemente identificado com a “indústria da construção”, mas de fato, politicamente nunca atuou como “ministro da construção”. Sua filha Makiko Tanaka e seu genro Naoki Tanaka permanecem figuras políticas ativas no Japão. Historicamente os escândalos de suborno da Lockheed abrangeram uma série de subornos e contribuições de funcionários da empresa aeroespacial norte-americana do final dos anos 1950 aos anos 1970 no processo de negociação da venda de aeronaves.

O incidente causou considerável controvérsia política na Alemanha Ocidental, Itália, Holanda e Japão. Nos Estados Unidos da América, o escândalo quase levou à queda da Lockheed, que já enfrentou dificuldades devido ao fracasso comercial do avião comercial L-1011 TriStar. Por meio da Lei de Garantia de Empréstimos de Emergência de 1971, o Conselho de Garantia de Empréstimos de Emergência foi criado para empréstimos privados garantidos pelo governo federal de até US$ 250 milhões para a Lockheed Corporation. O programa de garantia faria com que o governo dos EUA assumisse uma dívida privada da Lockheed se ela não pagasse suas dívidas. Em agosto de 1975, o conselho investigou se a Lockheed violou suas obrigações ao deixar de informar o conselho sobre transações estrangeiras feitas à Lockheed. Em 14 de outubro de 1977, a Lockheed e seus 24 bancos de empréstimos firmaram um contrato de crédito, fornecendo uma linha de crédito rotativo de $ 100 milhões, para substituir o compromisso de garantia do governo; isso foi usado para quitar $ 60 milhões em dívidas da Lockheed. O Conselho de Garantia de Empréstimos de Emergência criou o novo contrato de crédito em 14 de outubro de Tesouro dos EUA. Nenhum dinheiro do contribuinte foi dado à Lockheed. No final de 1975 e início de 1976, um subcomitê do Senado dos Estados Unidos da América lutou pelo senador Frank Church que concluiu que membros do conselho da Lockheed haviam pago membros de governos amigos para garantir contratos de vitórias militares. Em 1976, foi revelado publicamente que a Lockheed havia pago $ 22 milhões em subornos a autoridades estrangeiras no processo de negociação merceológica tendo como background a questão da venda de aeronaves, incluindo o F-104 Starfighter, o chamado comercialmente de “Acordo do Século”.

A ramificação italiana do escândalo da Lockheed envolveu o suborno de políticos democratas-cristãos e socialistas para favorecer a compra pela Força Aérea Italiana de aviões de transporteC-130 Hercules. As alegações de suborno foram apoiadas pela revista política L`Espress, e teve como alvo os ex-ministros Luigi Guie Mario Tanassi, o ex-primeiro-ministro Mariano Rumor e o então presidente Giovanni Leone, forçando-o a renunciar ao cargo em 15 de junho de 1978. O príncipe Bernhard recebeu um suborno de $ 1,1 milhão da Lockheed para garantir que o Lockheed F-104 vencesse o Dassault Mirage nenhum contrato de compra. Ele atuou em mais de 300 conselhos ou comitês corporativos em todo o mundo e foi elogiado na Holanda por seus esforços para promover o bem-estar econômico do país. O primeiro ministro Joop den Uyl ordenou um inquérito sobre o caso, enquanto o príncipe Bernhard se recusou a responder às perguntas dos repórteres, afirmando: - “Estou acima dessas coisas”. Os resultados do inquérito levaram a uma crise constitucional em que a rainha Juliana ameaçou abdicar se Bernard fosse processado. Bernhard foi poupado, mas teve que renunciar a várias cargas públicas e foi proibido de usar uniforme militar novamente. O príncipe Bernhard sempre recusou as emoções, mas após sua morte em 1º de dezembro de 2004, foram publicadas entrevistas demonstrando que ele experimentou ter apanhado o dinheiro. Ele disse: - “Aceitei que a palavra Lockheed seja esculpida em minha lápide”. Correspondências entre Kingdon Gould Jr. e Henry Kissinger que foi informado dos subornos em 1975.

Na década seguinte, o Brasil tornou-se fornecedor de recursos minerais (monazita, tório e urânio) para projetos nucleares experimentais nos Estados Unidos, como o Projeto Manhattan. Em 1947, Álvaro Alberto da Mota e Silva, oficial da marinha e entusiasta da energia nuclear, escreveu a primeira política nuclear a ser aprovada pelo Conselho de Segurança Nacional (CSN). O plano teve início em 1951 com as políticas públicas desenvolvimentistas, com o estabelecimento do Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq) e a indicação de Alberto a sua presidência. Embora o objetivo geral da instituição fosse promover pesquisas científicas e tecnológicas em todas as áreas do conhecimento, o CNPq tinha responsabilidades específicas quanto ao desenvolvimento da energia nuclear, como estimular pesquisas sobre recursos minerais relevantes e expandir a industrialização da energia nuclear. O CNPq buscou obter tecnologia nuclear dos Estados Unidos e de outros países. Alberto solicitou a compra de um cíclotron da General Electric, o que permitiria ao Brasil conduzir experimentos avançados em física nuclear. Washington, porém, rejeitou o pedido. Alberto também iniciou negociações para a aquisição de ultracentrifugas da Alemanha Ocidental. Na década de 1950, o programa nuclear brasileiro avançou pela compra por 80.000 dólares de 3 centrífugas da Alemanha. As centrífugas chegaram em 1956, mas entraram em funcionamento na década de 1970 depois do golpe de Estado civil-militar de 1964.
      Os militares e civis oportunistas do movimento golpista continuaram estimulando o desenvolvimento do setor nuclear. A ambição do governo era adquirir todas as fases do ciclo nuclear por meio de cooperação internacional. Com isso em mente, em 1974, a Companhia Brasileira de Tecnologia Nuclear (CBTN) foi fortalecida e tornou-se Empresas Nucleares Brasileiras S/A (Nuclebrás). Chefiada por Paulo Nogueira Batista, um diplomata de carreira, a Nuclebrás foi encarregada de implementar o programa nuclear, promovendo a criação de empresas autônomas para a construção de partes e o fornecimento de serviços para as usinas nucleares. Enquanto a Nuclebrás cuidava da implementação e do financiamento, a CNEN era responsável pela inspeção, regulação e planejamento nuclear. Além disso, a CNEN continuou sendo o órgão de assessoramento do Ministério das Minas e Energia para assuntos nucleares nacionais e internacionais. Na geração mundial de energia elétrica, a proporção nuclear passou de 2% a 15,2%, de 1971 para 1985, evoluindo mais lentamente até 1996, quando atingiu 17,2% (recorde). A partir dali, a proporção seguiu uma trajetória descendente, chegando aos atuais 10,6% em 2015. Entre as nações detentoras dos maiores parques geradores, destacam-se os Estados Unidos da América, com 99 reatores, França com 58, e Japão com 43. Em 2015 foram iniciadas as obras de 7 usinas e dez reatores foram conectados às suas redes, sendo oito na China, um na Rússia e um na Coreia do Sul.
          Ainda no mesmo período, foram desativadas sete (7) usinas, sendo cinco (5) no Japão, uma (1) na Alemanha e uma (1) no Reino Unido. Dos reatores em operação no mundo, 88 estão com idade média no intervalo de 0-20 anos, outros 136 estão com idade média de 21 a 30 anos, e outros 217 com idade média de 31 a 45 anos. O Brasil possui usinas nucleares em operação (Angra 1 e Angra 2) cuja produção é da ordem de 15 TWh e responde por cerca de 2,5% da matriz de oferta de energia elétrica. Desde o início, o programa nuclear brasileiro tem sido envolto em segredo. Temas nucleares ainda são considerados questões de segurança nacional e soberania, apesar da democratização e da transição após o regime militar verificados no Brasil. Há pouca transparência sobre várias atividades nucleares conduzidas sob tutela do governo e sobre o impacto social que podem ter sobre a saúde e o ambiente. As várias tentativas de manter acidentes radioativos em segredo tem prejudicado a credibilidade de empresas nucleares e gerado desconfiança entre o público. Particularmente, setores baseados perto de minas e usinas de urânio e afetados por suas atividades tem expressado diversas preocupações relacionadas ao tema, que vão desde os impactos da mineração de urânio à viabilidade dos planos de emergência. Autoridades políticas e organizações da sociedade civil também reclamam da falta de mecanismos para facilitar o diálogo com o setor nuclear. O episódio ocorrido em 2004, quando o Brasil negou acesso visual completo aos inspetores da AIEA, complementa essas acusações, assim como a persistente recusa do Brasil em aderir ao Protocolo Adicional.  
Bibliografia geral consultada.
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