Ubiracy de Souza
Braga
“Quanto maior o poder, mais perigoso é o abuso”. Edmundo Burke
Edmund Burke (1729-1797) foi um filósofo, teórico político e orador irlandês, membro do parlamento londrino pelo Partido Whig. Sua principal expressão como teórico político foi a crítica que formulou à ideologia da Revolução Francesa, manifesta em Reflexões sobre a Revolução na França e sobre o comportamento de certas comunidades em Londres relativo a esse acontecimento, de 1790. Sendo advogado, dedicou-se primeiramente a escritos filosóficos, entre os quais destaca-se o tratado de estética A Philosophical Enquiry into the Origin of Our Ideas of the Sublime and Beautiful (Investigação Filosófica sobre a Origem de Nossas Ideias do Sublime e do Belo, 1757). O livro atraiu a atenção de proeminentes pensadores continentais, como Denis Diderot e Immanuel Kant. Sua participação na política interna inglesa foi igualmente relevante. Defendeu a restrição dos poderes monárquicos e introduziu novos conceitos constitucionais referentes aos partidos e seus respectivos membros. Burke é ainda lembrado por apoiar causas como a Revolução Americana, a Emancipação Católica e o impeachment do general Warren Hastings da Companhia Britânica das Índias Orientais. No século XIX Edmund Burke inspirou extraordinariamente tanto conservadores quanto liberais. Subsequentemente, no Século XX, Burke foi amplamente reconhecido como o fundador do conservadorismo moderno.
Na vida existencial religiosa muitos termos são utilizados para qualificar as funções sociais da pessoa. Para a vida religiosa feminina, existem três termos que são mais reconhecidos em suas singularidades: freira, irmã e madre. Freira representa o feminino da palavra frei, que vem do latim frater, que significa irmão. Portanto, a palavra freira representa igualmente o mesmo significado que irmã. É o título dado à mulher que se consagra totalmente a Deus na vida religiosa. A irmã ou freira, pertence a uma congregação religiosa e professa os votos de castidade, pobreza e obediência. Vivendo uma vida religiosa fraterna em comunidade, dedica-se à oração e ao serviço aos irmãos, de acordo com o carisma, que segundo Max Weber, nos permite compreender fenômenos sociais, caraterizados geralmente - e de forma alguma restrita apenas à vida religiosa - em sua oposição ao cotidiano, ordenado e duradouro e a missão de sua congregação ou instituto religioso. Madre, do latim mater, em português significa Mãe. É o título concedido à irmã religiosa que exerce a função social de coordenadora da comunidade de irmãs ou da congregação religiosa. Cabe-lhe a responsabilidade do cuidado à fidelidade, ao carisma e missão de evangelização da congregação. As freiras, por normas institucionais, fazem parte das ordens ou congregações de mendicantes.
Algumas freiras se destacaram além da dedicação religiosa, contribuindo para diversas áreas de conhecimento da sociedade através de realizações em especializações como a arte, medicina, ciência e tecnologia. Hildegarda de Bingen, por exemplo, foi uma freira beneditina, que se destacou em diversas áreas do conhecimento. Nas artes, contribuiu com a composição de diversos cantos gregorianos e poesias religiosas; na medicina, contribuiu com a publicação dos livros Physica e Causæ et Curæ; na teologia, escreveu as obras Scivias Domini, Vitae meritorum e Divinorum perum. Em 1150, fundou o Mosteiro de Rupertsberg, em Bingen am Rhein, na Alemanha. Hildegarda é santa e doutora da Igreja Católica. Pertencia à Ordem de São Bento. Teresa de Ávila foi mística que deixou legado de obras sobre literatura místico-cristã, sendo O Castelo Interior a obra literária mais importante, reconhecida, e atuante no movimento da Contrarreforma. Foi co-fundadora da Ordem dos Carmelitas Descalços. Teresa é santa e doutora da Igreja Católica. Clara de Assis é representante par excellence da personificação feminina de Francisco de Assis, “por sua obediência às regras franciscanas e devoção ao catolicismo”. Foi a primeira na história da Igreja a compor uma Regra escrita, sujeita à aprovação do Papa. Seu corpo está em cripta na Basílica de Santa Clara, na cidade de Assis, Itália. Fundou a Ordem das Clarissas.
Maria do Divino Coração Droste zu Vischering foi uma condessa alemã e religiosa das Irmãs do Bom Pastor que se mudou para Portugal e onde, após ter recebido várias revelações divinas, se tornou a responsável pelo pedido de consagração do mundo ao Sagrado Coração de Jesus remetida ao Papa Leão XIII e realizada pelo mesmo Sumo Pontífice. Madre Teresa de Calcutá ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1979 em razão de sua absoluta entrega aos necessitados ao redor do mundo. Obteve doutoramento honoris causa em medicina e cirurgia na Faculdade de Medicina e Cirurgia da Università Cattolica del Sacro Cuore (UCSC), uma universidade privada italiana fundada em 1921, com sede central em Milão e campi em Brescia, Piacenza e Cremona, Roma e Campobasso. É a maior universidade não estatal da Europa e a maior universidade católica do mundo, relativamente em número de inscritos. Em 2006/2007, contava com 36.294 estudantes e 4.160 docentes. Foi concedido cinco estrelas pelo sistema de classificação internacional das universidades, QS World University Rankings, nas respectivas modalidades: empregabilidade, ensino, instalações e engajamento.
O termo convento origina-se do latim conventus, que significa assembleia, pois advém originalmente da assembleia romana, onde os cidadãos se reuniam para fins administrativos ou de justiça: convento jurídico; conventum juridicum. Posteriormente passou-se a utilizar o termo no sentido religioso do monasticismo, quando para melhor servir e amar a Deus, os homens se retiravam do mundo, primeiro sozinhos, depois em grupos de monges, para edifícios concebidos para este fim, chamados de conventos. Historicamente, São Bento, no Ocidente, foi a primeira instituição religiosa a criar a estrutura que levava este nome. Posteriormente ao trabalho da Igreja, juntou-se o das cruzadas, a partir do século XII, nas Ordens militares, e o dos apostolados nas Ordens mendicantes. Os conventos, fosse qual fosse o estilo arquitetônico da sua construção, mantinham um traçado fundamental igual, dada as exigências disciplinares da vida religiosa em comunidade: 1) a igreja conventual com o coro; 2) o claustro no rés-do-chão para onde abriam as salas em que se realizavam atos de vida em comum; 3) a sala relacional para exercer a função do capítulo nas reuniões de instrução e correção, donde normalmente também eram erguidos o refeitório e a biblioteca.
Foi fundadora da ordem Missionárias da Caridade. Mary Ignatia Gavin foi co-fundadora do Alcoólicos Anônimos junto com Bill Wilson e Robert Holbrook Smith. Pertencia à Ordem de Santo Agostinho. Mary Kenneth Keller foi a primeira mulher a obter um PhD em Ciências da Computação. Obteve o doutorado com a tese intitulada: Inferência Indutiva dos Modelos Gerados pelo Computador, na Universidade de Wisconsin-Madison em 1965. Pertencia à ordem religiosa das Irmãs de Caridade da Abençoada Virgem Maria. Cristina Scuccia: consagrou-se vencedora da versão italiana do programa The Voice, (2014), e assinou contrato com a gravadora Universal. As Irmãs Ursulinas - em homenagem a Santa Úrsula - começaram seu trabalho pela cidade italiana de Bréscia, em 1535. As ursulinas originalmente compreendiam dois grupos: viúvas experientes e jovens solteiras. As experientes ensinavam as novas a dar aulas, administrar hospitais e orfanatos, e a cuidar dos pobres. Com reconhecimento de seu trabalho no norte da Itália, elas fundaram seu convento em Avignon na França.
Sociologicamente em termos de relações humanas, o conceito de abuso aplica-se a qualquer ação humana onde exista uma precondição de desnível de poder. Seja ele em relação a objetos, seres, legislações, crenças ou valores. Entendendo-se poder como o uso de dispositivos como condição de possibilidade de ação, em função do desejo ou iniciativa consciente. A contrapartida da liberdade absoluta de ação são os delimitadores que ocorrem na realidade concreta. Estes delimitadores partem de diversas fontes técnicas e sociais, e a sua existência prescinde de uma consequência social após a ação, perturbadoramente negativa. Abuso é um termo que existe correlacionado e intimamente subordinado a questões valorativas, de um ponto de vista ético e moral. Mas também científico quando de substâncias viciantes discretas. O abuso é semelhante à transgressão, onde há uma restrição reconhecida pelo atuante e determinada coletivamente. É também de ordem moral, científica, legislativa, cultural ou em qualquer nível público, que torna o ato da transgressão, uma infração a uma lei repressiva objetiva. O abuso, contudo, pode vir associado à ideia de poder do abusador sobre o objeto abusado, que não pode ou não quer por motivos intimidatórios reais, contratuais resistir e/ou se contrapor ao abuso.
Enviadas pelas famílias ou por orfanatos, as moças não tinham autorização para sair do convento, sendo obrigadas a trabalhar, sem qualquer tipo de remuneração, para expiar os pecados enquadrados institucionalmente pelo fato de ser “mãe solteira”, ser muito bonita, ser muito feia, ou ter sofrido violação. Algumas eram detidas e enviadas para as lavanderias pelos Tribunais de Pequenos Delitos, uma alternativa à pena de prisão, porém sem data de término da punição. Por vezes, passavam fome e eram vítimas de castigos físicos, humilhações e violência física e mental que revelaram em torno de 10 mil mulheres irlandesas, cujo comportamento era considerado imoral pelos padrões da sociedade. Neste período foram internadas à força e trabalharam gratuitamente nas Lavanderias de Maria Magdalena, controladas e exploradas comercialmente por conventos católicos. Através de maus-tratos passavam fome e eram vítimas de castigos físicos, humilhações e violência física e mental. Na história social foram longos e sombrios 74 anos, entre 1922 e 1996, em nome de um ideal típico católico-nacionalista de família apropriada. Existem dados que revelam mais de 10 mil mulheres irlandesas, cujo comportamento era dito imoral pelos padrões da sociedade.
Neste
período por consentimento familiar foram internadas à força e trabalharam gratuitamente nas Lavanderias de Maria Magdalena (cf. Finnegan, 2001) controladas e
exploradas comercialmente por conventos católicos. Ao desvelar o conceito
de mais-valia,
no âmbito do processo e método cooperativo de trabalho, Marx demonstrou que a
produção capitalista, enquanto processo disciplinar na fábrica, divide a
jornada de trabalho simultaneamente em trabalho necessário e excedente. O
trabalho gratuito apropriado pelo capitalista negou o princípio do valor entre equivalentes no âmbito do
processo de trabalho. As meninas selecionadas
como as chamadas “grávidas solteiras”, ou “mães solteiras”, eram encaminhadas às Casas de Mãe e Bebê (cf. Oliveira, 2016)
, sob a administração das ordens religiosas. Em Pelletstown, em Dublin,
dirigida pelas Irmãs da Caridade de São
Vicente de Paulo, 119 das 240 crianças abrigadas morreram em 1925,
oficialmente devido a uma epidemia de sarampo. No Brasil, por exemplo, na
epidemia de 1924-1925, o coeficiente de incidência chegou aos 196 casos por
100.000 habitantes apesar da notificação de casos no período da Revolução de
1924 com o bombardeio da cidade. Todos os bairros periféricos apresentaram
cifras acima da média da cidade e nos bairros.
Neste aspecto o grande livro do homem-máquina foi escrito em dois registros: no anátomo-metafísico, cujas primeiras páginas haviam sido escritas por René Descartes e que os médicos, os filósofos continuaram; o outro técnico-político, constituído por um conjunto de regulamentos militares, escolares, hospitalares e por processos empíricos e refletidos para controlar ou corrigir as operações do corpo. Dois registros bem distintos, pois se tratava, segundo Michel Foucault (2014: 134 e ss.), ora de submissão e utilização, ora de funcionamento e de explicação; corpo útil, corpo inteligível. E, entretanto, de um ao outro, pontos de cruzamentos. “O homem-máquina” de La Mettrie é ao mesmo tempo uma redução materialista da alma e uma teoria geral do adestramento, no centro dos quais reina a noção tipológica de “docilidade” que une ao corpo analisável o corpo manipulável. É dócil um corpo que pode ser submetido, que pode ser utilizado, que pode ser transformado e aperfeiçoado. Os famosos autômatos, não eram apenas uma maneira de ilustrar o organismo; eram também bonecos políticos, modelos reduzidos de poder: obsessão de Frederico II, rei minucioso das pequenas máquinas, dos regimentos bem treinados e dos longos exercícios.
Nesses
esquemas de docilidade, em que o
século XVIII teve tanto interesse, pergunta-se Foucault: o que há de tão novo?
Não é a primeira vez que o corpo é objeto de investimentos tão imperiosos e
urgentes; em qualquer um, o corpo está preso no interior de poderes muito
apertados, que lhe impõe limitações, proibições ou obrigações. Muitas coisas,
entretanto, são novas nessas técnicas. A escala, em primeiro lugar, do
controle: não se trata de cuidar do corpo, em massa, grosso modo, como se fosse
uma unidade indissociável, mas de trabalha-lo detalhadamente; de exercer sobre
ele uma coerção sem folga, de mantê-lo ao mesmo nível da mecânica: movimentos,
gestos, atitude, rapidez; poder infinitesimal sobre o corpo ativo. O objeto, em
seguida, do controle: não, ou não mais, os elementos significativos do
comportamento ou a linguagem do corpo, mas a economia, a eficácia dos
movimentos, sua organização interna; a coação se faz mais sobre as forças que
sobre os sinais; a única cerimônia que realmente importa é a do exercício. A
modalidade, enfim: implica uma coerção ininterrupta, constante, que vela sobre
os processos da atividade mais que sobre seu resultado e se exerce de acordo
com uma codificação que esquadrinha ao máximo o tempo, o espaço, os movimentos.
Esses métodos que permitem o controle minucioso das operações do corpo, que
realizam a sujeição constante de suas forças e lhes impõem uma relação de
docilidade-utilidade, são o que podemos chamar as disciplinas.
Muitos processos disciplinares
ocorreram nos conventos, nos exércitos, nas oficinas das corporações também.
Mas as disciplinas se tornaram de fato no decorrer dos séculos XVII e XVIII com
fórmulas gerais de dominação. Diferentes da escravidão, pois não se fundamentam
numa relação de apropriação dos corpos; é até a elegância da disciplina
dispensar esta relação custosa e violenta obtendo efeitos de utilidade pelo
menos igualmente grandes. Diferentes também da domesticidade, que é uma relação
de dominação constante, global, maciça, não analítica, ilimitada e estabelecida
sob a forma da vontade singular do patrão, seu “capricho”. Diferentes da
vassalidade que é uma relação de submissão altamente codificada, mas longínqua
e que se realiza menos sobre as operações do corpo que sobre os produtos do
trabalho e as marcas rituais de obediência. Diferentes ainda do ascetismo analisado por Max Weber, e das
“disciplinas” de tipo monástico, que têm por função realizar renúncias mais do
que aumentos de utilidade do ponto de vista do condicionamento e que, implicam
obediência a outrem, têm como fim principal um aumento do domínio de cada um
sobre a utilidade de seu próprio corpo. O momento histórico das disciplinas é o
momento em que nasce uma “arte do corpo humano”, que visa não unicamente o
aumento de suas habilidades, nem tampouco aprofundar sua sujeição, mas a
formação de uma relação social que no mesmo mecanismo o torna tanto mais
obediente quanto é mais útil e inversamente.
Forma-se
então uma política das coerções que são um trabalho sobre o corpo, uma
manipulação calculada de seus elementos, de seus gestos, de seus
comportamentos. O corpo humano entra numa maquinaria de poder que o
esquadrinha, o desarticula e o recompõe. Uma anatomia política, que é também
igualmente uma “mecânica do poder” que está nascendo; ela define como se pode
ter o domínio sobre o corpo dos outros, não simplesmente para que façam o que
se quer, mas para que operem como se quer, com as técnicas, segundo a rapidez e
a eficácia a qual se determina. A disciplina fabrica assim corpos submissos e
exercitados, corpos dóceis. A
invenção dessa nova anatomia política, expressa na sociedade não deve ser
entendida como descoberta súbita. Mas como uma multiplicidade de processos
muitas vezes mínimos, de origens diferentes, de localizações esparsas, que se
recordam, se repetem, ou se imitam, apoiam-se uns sobre os outros,
distinguem-se segundo seu campo de aplicação, entram em convergência e esboçam
aos poucos a fachada de um método geral. Encontramo-los em funcionamento nos
colégios, muito cedo; mais tarde nas escolas primárias; investiram lentamente
no corpo hospitalar; e em algumas
dezenas de anos reestruturam a organização militar. Dessa “arte de
talhar pedra” haveria uma longa história política a ser escrita – história da
racionalização utilitária do detalhe na contabilidade moral e no controle
político.
Na parte de cima, circundando toda a volta do edifício, corriam os dormitórios,
separadamente com celas individuais; ao redor do edifício, o campo para recreio
e trabalho de cultivo. Por vezes, o
termo convento é confundido, com Mosteiro. Vale lembrar que convento é o termo
usado para lugar onde o edifício é construído
na malha urbana, normalmente delimitada por
uma muralha. A designação de Mosteiro aplica-se ao oposto, ou seja, para
edifício construído fora da Cidade. Sociologicamente em termos de relações
humanas, o conceito de abuso
aplica-se a qualquer ação humana onde exista uma precondição de desnível de
poder, seja ele em relação a objetos, seres, legislações, crenças ou valores.
Entendendo-se poder como o uso de dispositivos como condição de possibilidade
de ação, em função prática do desejo ou iniciativa consciente. A contrapartida
da liberdade absoluta de ação representam os delimitadores que ocorrem na
realidade concreta. Estes delimitadores partem de diversas fontes e dados
reais. Sua existência individual e coletiva prescinde da consequência após a ação perturbadoramente negativa. Abuso é uma relação social que existe
correlacionada e intimamente subordinado a questões individuais valorativas, de um ponto de vista ético
e moral. Mas também científico quando de substâncias viciantes discretas.
O símbolo não sendo já de natureza linguística deixa de se desenvolver numa só dimensão. As motivações que ordenam os símbolos não apenas já não formam longas cadeias de razões, mas nem sequer cadeias. A explicação linear do tipo de dedução lógica ou narrativa introspectiva já não basta para o estudo das motivações simbólicas. A classificação dos grandes símbolos da imaginação em categorias motivacionais distintas apresenta, com efeito, pelo próprio fato da não linearidade e do semantismo das imagens, grandes dificuldades. Se se parte dos objetos bem definidos pelos quadros da lógica dos utensílios, como faziam as clássicas “chaves dos sonhos”, segundo as estruturas antropológicas do imaginário, cai-se rapidamente, pela massificação das motivações, numa inextricável confusão. Parecem-nos mais sérias as tentativas para repartir os símbolos segundo os grandes centros de interesse de um pensamento, certamente perceptivo, mas ainda completamente impregnado de atitudes assimiladoras nas quais os acontecimentos perceptivos não passam de pretextos para os devaneios imaginários. Tais são, de fato, as classificações mais profundas de analistas das motivações do simbolismo religioso ou da imaginação individual em geral literária.
Tanto podem escolher como norma classificativa uma ordem de motivação cosmológica e astral, na qual são as grandes sequências das estações, dos meteoros e dos astros que servem de indutores à fabulação, tanto são os elementos de uma física primitiva e sumária que, pelas suas qualidades sensoriais, polarizam os campos de força no continuum homogêneo do imaginário; tanto, enfim, se suspeita que são os dados sociológicos do microgrupo ou de grupos que se estendem aos confins do grupo linguístico que fornecem quadros primordiais para os símbolos. Quer a imaginação estreitamente motivada seja pela língua, seja pelas funções sociais, se modele sobre essas matrizes sociológicas e antropológicas, quer pelos seus genes raciais intervenham bastante misteriosamente para estruturar os conjuntos simbólicos, distribuindo seja as mentalidades imaginárias, sejam os rituais religiosos, querem ainda, com uma matriz evolucionista, se tente estabelecer uma hierarquia das grandes formas simbólicas e restaurar a unidade no dualismo de Henri Bergson das deux sources, quer enfim que atravessando a técnica da psicanálise se tente encontrar uma síntese entre as pulsões de uma libido em evolução e as pressões recalcadoras do microgrupo familiar. São estas diferentes classificações das motivações simbólicas que precisamos criticar e estabelecer um método de análise pretensamente firme na ordem das motivações. Em 1801, os reinos da Irlanda e da Grã-Bretanha, anteriormente em uma união pessoal, foram unidos para formar o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda.
Após
uma revolta fracassada ocorrida em 1916,
em 1919 os parlamentares nacionalistas irlandeses apoiaram a criação da
República Irlandesa e formaram um parlamento separatista, enquanto o Exército
Republicano Irlandês (IRA) lançou uma guerra de guerrilha para realizar a Independência. O Tratado Anglo-Irlandês
de 1922 concluiu essa guerra e estabeleceu o Estado Livre da Irlanda como um
domínio autogovernado dentro da Commonwealth britânica. A Irlanda do Norte
optou por permanecer como parte do Reino Unido. O estado independente aumentou
a sua soberania através do Estatuto de Westminster, em 1931, e com a crise de
abdicação de 1936. Uma nova constituição, em 1937, declarou um Estado soberano
chamado Irlanda (Éire). O Ato da
República da Irlanda proclamou a Irlanda como uma República em 1949, removendo
os direitos remanescentes dos monarcas. O país, consequentemente, retirou-se da
Commonwealth britânica. O Estado moderno foi fundado em 1922 tendo como representação política e social o Estado
Livre Irlandês que pôs fim à Guerra de Independência da Irlanda, como forma de
resposta à oposição irlandesa ao Home
Rule britânico ou unionistas, que
formaram uma maioria no nordeste do país.
Seis dentre nove Condados da província nortista do Ulster foram estabelecidos como a Irlanda do Norte, uma parte do Reino Unido, com o qual o Estado irlandês divide a sua única fronteira terrestre. A Irlanda é cercada pelo Oceano Atlântico, com o mar Céltico ao sul, o Canal de São Jorge a sudeste e o Mar da Irlanda a leste. A suspensão dos atentados por ambos os lados em conflito bélico foi fundamental para que as negociações pudessem existir, criando condições concretas para a pacificação da região. Historicamente o lastro monetário simbolizava a integração do continente que, no século XX, enfrentou duas guerras mundiais e a divisão ideológica que quase provocou terceira guerra. No mundo europeu contemporâneo, porém, o euro é sinônimo de incertezas, numa crise que ameaça a futuro da segunda maior economia do planeta. A Eurozona é composta por 17 dos 27 Estados-membros da União Europeia: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Malta, Países Baixos e Portugal. Na ocasião em que o euro foi instituído, Dinamarca, Suécia e Reino Unido optaram por não aderir ao projeto político e mantiveram suas moedas locais. O euro é usado diariamente por aproximadamente 332 milhões de europeus. A moeda também é a 2ª maior reserva monetária internacional tanto quanto comercial, atrás do dólar norte-americano.
Em
nível econômico ao desvelar o conceito de mais-valia, Marx demonstrou que a
produção capitalista, divide a jornada de trabalho em trabalho necessário e
excedente. O trabalho gratuito apropriado pelo capitalista negou o princípio da
troca entre equivalentes no âmbito do processo de trabalho e comunicação.
As meninas selecionadas como “grávidas
solteiras”, ou ditas “mães solteiras”, eram encaminhadas às Casas de Mãe e
Bebê, sob a administração igualmente dura das ordens religiosas (cf. Sixsmith,
2014; Barbieri, 2014). Em Pelletstown, em Dublin, dirigida pelas Irmãs da
Caridade de São Vicente de Paulo, 119 das 240 crianças abrigadas morreram em
1925, oficialmente devido a uma epidemia de sarampo. Mari Steed nasceu na Casa
de Mãe e Bebê em Bessborough, Cork, regida pelas irmãs do Sagrado Coração de
Jesus e Maria. Ela conta a história de sua mãe, Josephine, que nascida “fora do
casamento”, foi enviada a uma Escola Industrial. Aos 14 anos, assim como outras
meninas de mesma idade e situação, foi transferida para a Lavanderia em
Bessborough permanecendo por 10 anos. Então obteve a permissão das freiras para
trabalhar num hospital em Dublin, administrado pela congregação, Irmãs Bon
Secours. No hospital, Josephine conheceu o pai de Mari, se apaixonou, ficou
grávida e foi devolvida a Cork, onde concebeu Mari, em 1960. Dois anos depois
quando Mari era adotada por casal de norte-americanos, sua mãe se viu obrigada
a voltar à Lavanderia. Elas se reencontraram quase 40 anos depois.
Dois
anos depois, das 263 crianças na instituição, 111 morreram. Nenhuma
justificativa clínica foi dada para essas mortes. Em dados gerais, entre 1924 e
1930, 662 crianças morreram no abrigo de Pelletstown, uma média de 94 mortes
por ano. Esse é comparativamente um dado mais grave do que o das mortes
acontecidas em Tuam registradas no extenso período de 1925 e 1960.
Diferentemente das lavanderias, que eram um negócio lucrativo para os
conventos, essas instituições eram reguladas e financiadas pelo Estado irlandês.
Na instituição, pelas mãos moralistas das freiras, as jovens moças davam à luz
aos filhos de parto natural, sem alternativas em caso de complicações. Com isso
muitas morriam no parto com os seus bebês. As sobreviventes eram obrigadas a
assinar um termo jurídico no qual “concordavam em colocar os filhos para adoção
quando completassem 2 anos de idade”. Muitas mulheres que perderam os filhos
nas Casas de Mãe e Bebê foram
posteriormente enviadas às lavanderias para prosseguir em penitência,
especialmente se as suas famílias, motivadas moralmente pela vergonha, não as
quisessem de volta para casa, ou se fossem consideradas reincidentes.
A morte porém não se nomeia. Lembra Michel de Certeau (2014: 264 e ss.) que escreve-se no discurso da vida sem que lhe seja possível atribuir-lhe um lugar particular. A biologia vai encontrar “a morte imposta a partir de dentro”. François Jacob: “com a reprodução da sexualidade, é necessário que desapareçam os indivíduos”. A morte é condição de possibilidade da evolução. Que os indivíduos percam o seu lugar, eis a lei da espécie. A transmissão do capital e seu progresso são garantidos por um tratamento, sempre assinado por um morto. Além dos sinais que, de todos os lados, trazem de volta à escritura a sua relação com a sexualidade e a morte, pode-se perguntar se o movimento histórico que desloca as figuras recalcadas – “No tempo de Freud, a sexualidade e o moralismo; hoje, uma violência tecnológica ilimitada e uma morte absurda” – não é sobretudo a revelação progressiva do modelo que articulava as práticas sociais e que passa para a representação à medida que vai diminuindo a sua eficácia. A decadência da civilização sobre o alicerce do poder da escritura contra a morte se traduz pela possibilidade de escrever o que ela propriamente dita organizava socialmente.
Somente
o fim de uma época determinada permite enunciar o que a fez viver, como se lhe
fosse preciso morrer para tornar-se um livro. Então, escrever (este livro) é
ter que caminhar através do terreno inimigo, na própria região da perda, fora
do domínio protegido delimitado pela localização da morte noutro lugar. É
produzir frases com o léxico do perecível, na proximidade e até mesmo no espaço
da morte. É praticar a relação entre
gozar e manipular, nesse interregno onde uma perda representada em um lapso, da
produção de bens cria a possibilidade de uma expectativa, representando
uma crença, sem a referência de uma apropriação,
mas já agradecida. Desde Stéphane Mallarmé, cujo verdadeiro nome era Étienne
Mallarmé, a experiência escriturística se desdobra segundo o modo de relação
entre o ato de avançar e o solo mortífero onde se traça a sua itinerância.
Desse ponto de vista, o escritor, poeta, pensador, professor é também o
moribundo que tenta falar. Mas, na morte que seus passos inscrevem em uma
página negra (e não apenas em branco), ele sabe que pode dizer o desejo que
espera do outro: o excesso maravilhoso efêmero de sobreviver numa atenção que
ele altera.
Os
asilos de Madalena eram instituições que existiram entre o século XVIII e o
final do século XX e foram ostensivamente chamadas de casas de “mulheres
perdidas”. Estes locais operaram por quase toda a Europa e América do Norte
durante grande parte do século XIX e até o final do século XX. Abrigavam
mulheres com deficiência física e mental, algumas rebeldes, outras mães
solteiras e suas filhas, vítimas de estupro e aquelas que se acreditava possuir
caráter duvidoso como as prostitutas. O primeiro asilo foi fundado em 1765 por
Arabella Denny na capital da Irlanda, Dublin, na Leeson Street. A instituição
recebeu o nome inspirado em Santa Maria Madalena, que segundo a compreensão
católica, “se arrependeu de seus pecados e se tornou uma das mais fiéis
seguidoras de Jesus Cristo”. Inicialmente, a missão dos asilos era reabilitar
as mulheres de volta à sociedade, mas no início do século XX, as casas se
tornaram punitivas e parecidas com uma prisão. Na maioria dos asilos, as
internas eram obrigadas a realizar intensos trabalhos físicos (forçados),
incluindo parte na lavanderia e de costura. Elas suportaram um regime diário
que incluía longos períodos de oração e silêncio absoluto.
Na Irlanda, tais asilos eram conhecidos como lavanderias de Madalena. Estima-se que 30 mil mulheres passaram por essas instituições apenas naquele país. O último Asilo de Madalena, em Waterford, encerrou suas atividades em 25 de setembro de 1996. Em 2011, a comissão da Organização das Nações Unidas contra tortura solicitou ao governo irlandês que instaurasse inquérito para investigar as denuncias de maus-tratos. Em fevereiro de 2013, o primeiro-ministro Enda Kenny apresentou desculpas, em nome do governo irlandês, às milhares de mulheres que foram internadas e forçadas a trabalhar nestas instituições. O Relatório confirma que o governo irlandês foi conivente com o trabalho escravo e foi responsável pelo envio de ao menos 1/4 das mulheres às lavanderias (cf. O Globo, 05/02/2013). O filme The Magdalene Sisters, de 2002 é inspirado na rotinização de trabalho das mulheres que viviam nestas instituições. O livro The Lost Child of Philomena Lee, de Martin Sixsmith (2009), relata o drama real vivido pelas chamadas “mães solteiras” quando uma delas perdeu o filho para adoção para um casal norte-americano e sua busca ocorrida anos depois. O livro foi posteriormente transformado no filme Philomena (2013), com a atriz Judi Dench no papel principal.
Assim como ocorre com o filho de Philomena, muitas crianças foram enviadas para os Estados Unidos da América, segundo dados estatísticos que giram em torno de 2 mil, entre as décadas de 1940 e 1970. Esse “êxodo infantil” foi sancionado pelo Estado, mas as adoções foram deliberadamente omitidas do Registro das Crianças Adotadas e isentas de supervisão. - “O Estado usou a Igreja para prestar um serviço social em seu nome”, resume o jornalista Conall Ó Fátharta, do jornal Irish Examiner, anteriormente The Cork Examiner e depois The Examiner, é um jornal diário nacional irlandês que circula principalmente na região de Munster em torno de sua base em Cork, embora esteja disponível em todo o país, o qual investigou o drama social. Em junho de 2014, após uma longa pesquisa etnográfica nos arquivos da instituição, a historiadora Catherine Corless descobriu 796 bebês mortos no convento em Tuam, das irmãs Bon Secours. As certidões de óbito indicam que centenas de crianças jazem no espaço de tanque séptico do edifício reconhecido como “O Lar”, que acolhia “mães solteiras” administrado, de 1926 a 1961, pela irmandade de freiras do Bon Secours.
Em
1952, ainda adolescente, Philomena Lee engravidou como é factível na vida
cotidiana após “aventura amorosa”. A irlandesa de 80 anos se encontrou com o Papa Francisco, no Vaticano. Participou
da audiência de Francisco na praça de São Pedro e, ao final, foi apresentada ao
Papa. Ela estava acompanhada de Steve Coogan, o ator britânico e coprodutor do
filme – que obteve grande sucesso de crítica e bilheteria – em que Philomena é
vivida pela atriz Judi Dench. Dirigido por Stephen Frears, Philomena concorreu a quatro categorias do Oscar, inclusive melhor
atriz e melhor filme. – “É uma honra ter encontrado o papa Francisco”, afirmou
a mulher, que foi acompanhada também por sua filha. – “Como se vê claramente no
filme, sempre tive uma profunda fé na igreja e em sua vontade de reparar os
erros cometidos no passado”, disse Philomena. Na Casa de Mãe e Bebê em Pelletstown, Dublin, dirigida pelas Irmãs da
Caridade de São Vicente de Paulo, 119 das 240 crianças abrigadas morreram no
ano de 1925. As mortes foram atribuídas a uma epidemia de sarampo. Dois anos
depois, das 263 crianças na instituição, 111 morreram. Nenhuma justificativa
foi dada às mortes.
Em
dados estatísticos gerais, ocorridos no período entre 1924 e 1930, 662 crianças morreram na instituição, uma
média de 94 mortes por ano. Este é, de longe, um dado mais grave que o das
mortes acontecidas em Tuam entre 1925 e 1960, uma média anual de 22. Durante os
nove anos, entre 1932 e 1941, também foi registrado um considerável número de
mortes de bebês e crianças nas três casas regidas pelas Irmãs do Sagrado
Coração de Jesus e Maria. Em Sean Ross Abbey, em Roscrea, uma das mais antigas da Irlanda, tendo se
desenvolvido em torno do antigo mosteiro de São Crónán de Roscrea. É designada
como Patrimônio Histórico da Irlanda devido à extensão de importantes edifícios
que são preservados na cidade. Lá ocorreram 419 mortes, na Sacred Heart, em
Bessborough, foram 238 e na Manor House, em Castlepollard, 69 mortes. Conforme
investigação técnico-científica da Comissão
de Inquérito sobre Abuso de Criança (CICA), testes de vacinas ainda experimentais
podem ter sido a causa de tão alta mortalidade entre as crianças.
Considerada
uma “mulher indigna” por sua família na conservadora e católica Irlanda,
Philomena foi mandada para o convento de Roscrea, onde deu à luz um menino a
quem deu o nome de Anthony. Aos quatro anos, Anthony foi separado de Philomena
e entregue a um casal norte-americano. Philomena permaneceu calada durante 50
anos, até que um determinado dia decidiu procurar o filho com a ajuda de Martin
Sixsmith (2014) – extraordinariamente interpretado por Steve Coogan, jornalista
da BBC que a acompanhou aos Estados Unidos da América. Atualmente Philomena Lee
está à frente do Philomena Project,
que consiste em ajudar outras mães a encontrar seus filhos e luta para que o
governo irlandês promulgue uma lei que permita a consulta aos registros burocráticos
de crianças adotadas. – “Espero e acredito que o papa Francisco se unirá a
minha luta para ajudar as milhares de mães e de filhos a colocar um fim em sua
dolorosa história”. - Espero que o Papa veja o filme. Ele é um cara legal, isso
fará bem pra ele, não?”, afirmou Stephen Frears no Festival de Veneza, onde o
filme foi muito bem recebido. Mas o porta-voz do Vaticano, contrariando as
expectativas em torno do nome da igreja católica e do Vaticano, reiterou que “o papa não assiste filmes”.
As Irmãs do Sagrado Coração de Jesus também administraram, durante anos, outras três casas de acolhida para “mães solteiras” nas congregações de Bessborough (sul), Castlepollard (ao oeste de Dublin) e Sean Ross Abbey (centro). Em torno dessa última, está o tema do filme Philomena, que recebeu quatro indicações ao Oscar e que relata os esforços de Philomena Lee para encontrar seu filho, entregue em adoção a uma família norte-americana, após nascer em Sean Ross Abbey. Segundo o filme e o livro em que está baseado, Lee se deparou com “as tentativas das freiras em dificultar sua busca, deixando entrever que queimaram todos os registros e que obtiveram benefícios econômicos pelas adoções”. A polêmica gerada está aumentando a pressão sobre o governo de Dublin, de coalisão entre conservadores e trabalhistas, para que inicie uma investigação criminal disciplinar sobre o assunto. Os ministros da Justiça e da Infância, Frances Fitzgerald e Charlie Flanagan, político irlandês do Fine Gael que foi Teachta Dála (TD) para o círculo eleitoral de Laois – Offaly desde 2020, e anteriormente de 1987 a 2002, 2007 a 2016 e de 2016 a 2020 para o Laois eleitorado. Foi nomeado Presidente da Comissão dos Negócios Estrangeiros e da Defesa em setembro de 2020.
Foi
também Ministro da Justiça e da Igualdade de 2017-2020, Ministro dos Negócios
Estrangeiros e Comércio de 2014-2017, Ministro
da Criança e da Juventude de maio a julho de 2014 e Presidente do Fine Gael Parliamentary Party 2011-2014,
comprometeram-se em estudar a questão para determinar qual é a melhor via de
atuação diplomática para contornar a solução. Em outro comunicado oficial, o
arcebispo de Tuam, Michael Neary, destacou que cooperará com qualquer pesquisa,
mas reiterou que sua diocese nunca esteve envolvida na gestão das casas de
acolhida das freiras do Bon Secours. - “Neste caso, existe um claro imperativo
moral que obriga as irmãs do Bon Secours a enfrentar suas responsabilidades
pelo bem comum”, declarou o prelado. De outra parte, Catherine Corless garantiu
que a recente descoberta dos 800 esqueletos é apenas a aparência que revela a ponta
do iceberg, e sustenta que o governo guarda em segredo de justiça os
certificados quantitativos de até 4.000 bebês que foram enterrados em noutras
fossas, ainda que também sem identificação, durante estas décadas passadas. É
revelador que a alta taxa de mortalidade era constante nas Casas de Mãe e Bebê e também na Irlanda. Relatórios do governo demonstram o preconceito social entre católicos revelando a estatística entre as
crianças ilegítimas chegou a ser
cinco vezes maior do que a taxa comparativa de mortalidade de recém-nascidos
por casamento.
Após
o escândalo de Tuam, o arcebispo da
cidade, Michael Neary, deu a seguinte declaração: - “Fiquei muito chocado,
assim como todos nós, ao saber da magnitude do número de crianças enterradas no
cemitério em Tuam. Eu só posso imaginar o enorme sofrimento das mães em
desistir de seus bebês para adoção ou testemunhar a sua morte”, continuou o
arcebispo. No entanto, afirma que as Irmãs Bon Secours, que dirigiam a casa,
seguiram uma “moral clara e imperativa” no intuito de “agir de acordo com as
suas responsabilidades no interesse do bem comum”. As sobreviventes das Lavanderias de Maria Madalena e seus
descendentes lutam por retratação e algum tipo de compensação dos principais
responsáveis, o Estado e a Igreja Católica. Um regime de compensação está em
implementação e, apesar de três pedidos formais por parte do governo irlandês,
as quatro ordens religiosas envolvidas até agora se recusam tanto a retratar-se
como a participar da compensação proposta pelo governo.
As mães procedentes das Casas de Mãe e Bebê, por sua vez, buscam trazer à luz o que se passava nestes abrigos. Em jogo, estão as mortes de recém-nascidos, testes médicos com vacinas em crianças, adoções forçadas e ilegais. Em julho deste ano, após o escândalo de Tuam, Charlie Flanagan, recentemente nomeado Ministro da Infância, falou com entusiasmo sobre a necessidade de um inquérito de grande alcance, com um plano de ação a ser anunciado imediatamente. Desde então, Flanagan foi transferido para os Negócios Estrangeiros e houve um atraso para seu anúncio do plano de ação, coincidindo com o Relatório interdepartamental das Casas de Mãe e Bebê. Ativistas apontam para a fraqueza do relatório, como o atraso no plano de ação, sinal de que o governo pretende limitar o inquérito. Essa é história que está só começando a vir à tona. O título do filme: The Magdalene Sisters (2002) assim como o nome dos conventos, são uma referência à Maria Madalena, que segundo o cristianismo teria sido uma prostituta, e enquanto tal eram vistas essas mulheres por uma parte da sociedade irlandesa.
Não
queremos perder de vista que a hermenêutica de Martin Heidegger lembra que todo questionamento é uma procura. Embora toda procura retire do
procurado sua direção prévia. Questionar é procurar cientemente o ente naquilo
que ele é, e portanto, como ele é. A procura ciente pode transformar-se em uma
investigação se o que se questiona foi determinado de maneira libertadora. O
questionamento enquanto “questionamento de alguma coisa” possui um questionado.
Todo questionamento de... é, de algum modo, um interrogatório acerca de. Além
do questionado, pertence ao questionamento um interrogado. Na investigação,
isto é, na questão especificamente teórica, deve-se determinar e chegar a
conceber o questionado. No questionado reside, pois, o perguntado, enquanto o
que previamente se intenciona, aquilo em que o questionamento alcança a meta.
Enquanto procura, o questionamento necessita da orientação prévia do procurado.
O sentido do ser já nos deve estar sendo de maneira disponível. Este estado
indeterminado de uma compreensão do ser disponível no limiar de um mero
conhecimento verbal – esse estado indeterminado de uma compreensão do ser já
sempre disponível é, em si mesmo, um fenômeno positivo que necessita de
esclarecimento. Mas, uma investigação científica sobre o sentido do ser não
pode pretender dar em seu início este esclarecimento.
A
interpretação dessa compreensão mediana do ser só pode conquistar um fio
condutor com a elaboração do conceito do ser. É a partir da claridade do
conceito e dos modos de compreensão explícita nela inerentes que se deverá
decidir o que significa essa compreensão.
Quer do ser obscura e ainda não sendo esclarecida. E quais espécies de
obscurecimento ou impedimento, são possíveis e necessários para um
esclarecimento explícito do sentido do ser. A imediata compreensão do ser vaga
e mediana pode também estar impregnada de teorias tradicionais e opiniões sobre
o ser, de modo que tais teorias constituam, secretamente, fontes primárias de
compreensão dominante. O procurado no questionamento do ser, em sua essência,
não pode ser algo inteiramente
desconhecido, embora seja, de início, algo completamente inapreensível. O
questionado da questão a ser elaborada é o ser, o que determina o ente como
ente, como o ente já é sempre compreendido, em qualquer discussão que se
pretenda. O ser dos entes não é em si apenas um outro. Se questionado, o ser
exige um modo próprio de demonstração
que se distingue essencialmente da descoberta do ente. Em consonância, o
perguntado, o sentido do ser, requer também uma conceituação própria que, por
sua vez, também se diferencia dos conceitos em que o ente alcança a
determinação de seu significado.
Comparativamente
lembramos que o sociólogo Erving Goffman fez avanços substanciais no estudo da
interação social face-a-face, com a
elaboração da abordagem dramatúrgica, a interação humana, desenvolvendo
inúmeros conceitos que tiveram uma grande influência, particularmente no campo
da microssociologia da vida cotidiana, representado pelo estigma. Goffman foi o pioneiro em pensar o conceito de estigma
numa perspectiva social. Estigma é uma relação entre atributo e estereótipo, e
tem sua origem ligada à construção social dos significados através da
interação. Muitas de suas obras tratam da organização do comportamento
cotidiano, um conceito que ele chamou de ordem
de interação. Na vida existencial religiosa muitos termos são utilizados
para qualificar as funções sociais da pessoa.
Para a vida religiosa feminina,
existem três termos que são mais reconhecidos em suas singularidades: freira,
irmã e madre.
Freira
representa o feminino da palavra
frei, que vem do latim frater, que
significa irmão. Portanto, a palavra freira representa igualmente o mesmo
significado que irmã. É o título dado à mulher que se consagra totalmente a Deus na vida religiosa. A irmã ou freira,
pertence a uma congregação religiosa e professa os votos de castidade, pobreza e obediência.
Vivendo uma vida religiosa fraterna em comunidade, dedica-se à oração e ao
serviço aos irmãos, de acordo com o conceito de carisma, que segundo Max Weber, nos permite compreender fenômenos sociais, caraterizados geralmente - e de
forma alguma restrita apenas à vida religiosa - em sua oposição ao cotidiano,
ordenado e duradouro e a missão de
sua congregação ou instituto religioso. Madre, do latim mater, que em português significa Mãe. É o título concedido à irmã
religiosa que exerce a função social de coordenadora da comunidade de irmãs ou
da congregação religiosa. Cabe-lhe a responsabilidade do cuidado de si das irmãs no que se refere à fidelidade, ao carisma e missão de evangelização da congregação.
As freiras, por normas institucionais, fazem parte das ordens ou congregações de mendicantes. Para a vida religiosa feminina, existem três termos que são mais reconhecidos em suas singularidades: freira, irmã e madre. Freira representa o feminino da palavra frei, que vem do latim frater, que significa irmão. Portanto, a palavra freira representa igualmente o mesmo significado que irmã. É o título dado à mulher que se consagra totalmente a Deus na vida religiosa. A irmã ou freira, pertence a uma congregação religiosa e professa os votos de castidade, pobreza e obediência. Madre, do latim mater, em português significa Mãe. É o título concedido à irmã religiosa que exerce a função social de coordenadora da comunidade de irmãs ou da congregação religiosa. Cabe-lhe a responsabilidade do cuidado das irmãs no que se refere à fidelidade, ao carisma e missão de evangelização da congregação. As freiras, por normas institucionais, fazem parte das ordens ou congregações de mendicantes.
Elas
carregavam um estigma, e naquele
ambiente opressivo em que algumas cenas são capazes de embrulhar nosso
estômago, quando uma delas registra o discurso autoritário/paternalista quando
os pais obrigam a filha a doar seu próprio filho para adoção assim que ele
nasce; a outra em que uma das internas ao fugir e voltar para casa, é arrastada
de volta ao convento pelo seu próprio pai que a agride e não a quer mais. O
cenário é a Irlanda, na década de 1960. Margaret foi estuprada num casamento
por seu primo; Bernardette é bonita e por isso representa um perigo para os
homens da vizinhança; Rose e Crispina são involuntariamente “mães solteiras”.
Por causa desse motivo essas quatro
mulheres são mandadas para um convento por seus familiares, com o intento de
vigilância e normalização para que possam “pagar por seus pecados”. Essa
punição é por tempo indeterminado, o que significa uma vida de trabalhos
forçados no espaço da lavanderia do asilo católico, onde as internas são
reconhecidas como Irmãs Magdalena. Humilhadas regularmente pelas madres, que
não toleram desobediência, muitas vezes usando castigos físicos, as quatro
precisam desafiar a violência à qual são submetidas. O filme é inspirado nas
instituições totais chamadas de Asilos de
Madalena.
Enfim, no artigo de autoria de Barbara Wesel para o Deutsche Welle, uma empresa pública de radiodifusão da Alemanha, com sedes nas cidades de Bonn e Berlim, que transmite para o mercado exterior programas de rádio, além de oferecer uma programação televisiva e um amplo portal de conteúdo online em 30 línguas, neste caso intitulado: “Igreja Católica da Irlanda perdeu o Poder sobre a Moralidade e a Lei” (2018), o que claramente põe uma “pedra de cal” sobre a questão nevrálgica relativa ao abuso católico-nacionalista, tendo em vista que representou “uma vitória tão convincente que lágrimas de alegria escorreram pelos rostos de ativistas na Irlanda”. Depois de alguns dias tensos, em que o resultado do referendo parecia estar na corda bamba, veio um desfecho devastador. A maioria esmagadora dos irlandeses votou por remover da Constituição a proibição quase total do aborto. E assim caiu um dos últimos tabus do sistema de opressão que subjugou mulheres na Irlanda durante séculos. Elas alcançaram o que há muito já é normalização no restante da Europa: o direito das mulheres decidirem se se sentem aptas a ter um filho. E o direito à assistência médica no próprio país em caso de problemas na gravidez, sem ter que viajar para o Reino Unido, como fizeram em torno de mais de cem mil irlandesas nos últimos anos. Com esse Referendo, a Igreja Católica na Irlanda perdeu sua última batalha de moralidade.
Nas últimas duas décadas, à medida que mais e mais casos de abuso por parte de padres e religiosos vieram à tona, cada vez mais irlandeses se afastaram da Igreja e de seus ensinamentos. Tornaram-se reconhecidos horrores em abrigos católicos para crianças, onde meninos e meninas foram maltratados e abusados. Uma Comissão de Inquérito revelou o que ocorria nas indescritíveis Lavanderias de Madalena, lares em que jovens grávidas solteiras eram mantidas e exploradas através do trabalho forçado e onde seus recém-nascidos eram tirados delas. Todo esse sistema de opressão e abuso vinha sendo operado pela Igreja Católica. Ele era direcionado principalmente, mas não apenas, contra as mulheres. Mas, pouco a pouco, a Igreja foi perdendo seu status no Estado irlandês e na sociedade civil. A luta por uma proibição do aborto foi sua última batalha e ela mal ousou se engajar. O clero já sabe alhures que perdeu o poder sobre a moralidade e a lei. O primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, classificou o resultado desse referendo de uma revolução silenciosa. Mas ela já está há muito tempo em curso nesta Irlanda que nos últimos anos superou muitas restrições e conceitos morais.
A Igreja Católica da Irlanda fez de quase tudo para impedir a divulgação de Relatório de uma comissão independente sobre os abusos sexuais de sacerdotes no país no longo período entre 1930 e 1990. A estimativa é de que naquele período 12 mil meninos e meninas foram violentados sexualmente por padres e freiras. O Relatório, que tem 2.600 páginas, foi elaborado a partir de informações pontuais de vítimas. Na Irlanda, os católicos mantinham uma rede integrada de escolas e reformatórios para dar assistências às crianças delinquentes ou abandonadas pela família, ou ainda de “mães solteiras”. Eram dentre essas crianças que os sacerdotes se aproveitavam, com a conivência da hierarquia da igreja. A Igreja Católica de forma especulativa afirma que há exagero no Relatório, mas ela nunca elaborou um documento que tivesse como objetivo quantificar as vítimas, embora, em tese, tenha informações para fazê-lo. O governo da Irlanda trouxe à tona na esfera política o que os jornais chamam de “vergonha nacional”: as lavandeiras administradas por ordens de freiras católicas que exploravam o trabalho das “caídas”: mães solteiras e suas filhas, vítimas de abuso sexual, prostitutas e portadoras de deficiência física ou mental. As mulheres trabalhavam nas lavanderias duro sem receber. Algumas sofriam abuso sexual de padres, enquanto outras morreram em circunstâncias aparentemente desconhecidas.
As
roupas administradas pela lavanderia Irmãs
Magdalena provinham de consórcio de empresas, órgãos públicos e Forças
Armadas, constituindo “um negócio altamente
lucrativos para as freiras”. O governo divulgou um Relatório com a informação
de 1922 a 1996 com mais de 10.000 jovens tidas como fardo pela família, escola
ou Estado trabalhavam nas Lavandeiras
Madalena. Para serem “purificadas”, elas ficavam trancadas de 6 meses a 1
ano nesses locais lavando e passando roupas, além de trabalho de costura. No Relatório,
o governo reconheceu que o Estado irlandês encaminhou para as lavandeiras 2.124
mulheres, 26,5% do total. Também informou ter descoberto que cerca de 900
mulheres morreram nesses locais de trabalho
forçado: a mais nova delas tinha 15 anos. O filme citado demonstra discretamente
tortura, sexo oral e local de confinamento após aplicação de diuturna de
castigo. O cineasta Peter Mullan dirigindo
The Magdalene Sisters, se baseou em
histórias concretas, reais para demonstrar a rotina disciplinar sobre as formas
de castigos, sendo alguns físicos, e de humilhações que as freiras imponham
aquelas jovens desafortunadas. O historiador
Diarmaid Ferriter afirmou que as lavanderias faziam parte dos mecanismos que a
sociedade, Estado e ordens religiosas usavam para tentar enquadrar “as pessoas
tidas como párias no modelo de pureza mítica cultural da identidade irlandesa”.
A
imprensa irlandesa vem publicando o testemunho das sobreviventes das lavanderias.
Uma delas, por exemplo, narrou que sofre até hoje de depressão por causa dos
maus-tratos. - “Eu me sinto em pedaços. Já tentei o suicídio várias vezes”. Como
representante do Estado irlandês, o primeiro ministro Enda Kenny pediu
desculpas pelo sofrimento das mulheres internadas nas lavanderias Madalena, por
endossar o estigma de “caídas” e, além disso, por ter demorado para assumir
parte da responsabilidade pelas mazelas.
Para mulheres sobreviventes das lavanderias, só o pedido de desculpas não
basta. Elas querem ser indenizadas. O filme The
Magdalene Sisters (2001) narra a história social de quatro jovens que foram
mandadas por seus familiares para uma dessas lavanderias ou, como eram
representadas, “asilos católicos”. As jovens são chamadas “irmãs Madalena”, sendo
que três delas eram de mães solteiras
e uma tinha sido estuprada. Segundo o historiador e ensaísta Fintan O`Toole
(2015), não se pode ignorar que o declínio da Igreja Católica tenha contribuído
em muito. Hoje a maioria dos irlandeses não se faz mais conduzir pela Igreja
sobre as questões morais. Isto tem muito a ver com “o escândalo dos abusos
sexuais”. De um lado, creio que muitos prelados estejam sinceramente
insatisfeitos com o modo como a Igreja tratou os gays nos séculos; de outra,
uma linha demasiado dura poderia ser contraproducente.
Além
disso, nas cúpulas sabiam que teriam perdido, tanto valia fazê-lo com graça.
Mas há também outros fatores que explicam o resultado. A Igreja controla em
torno de 90% do sistema educativo. Até
agora tem podido dizer que refletia o ponto de vista da absoluta maioria, mas
está claro que não é mais assim. Então a questão é agora: como conter a
tradição religiosa – que deve ser respeitada, pois ninguém quer minar o direito
das pessoas à própria religião – no interior de uma sociedade variegada, laica
e pluralista? Quem se opõe à mudança sempre disse que aquela conversa do direito
dos gays era o tema de elite. O referendum demonstrou que não é bem assim.
Voltaram a votar pessoas de todas as partes do mundo, se registraram jovens
desiludidos da política. Este é um tema que revigora a democracia: não tem a
ver somente com a Irlanda, ou com os movimentos gays, é o tema da igualdade que
apaixona. Redefinimos a normalidade, é esta a mensagem do voto: aquilo que
consideramos normal mudou no século vinte e um, e é tempo que os políticos
acertem o passo. - Meu filho trabalha na
Suíça, ele e sua garota voltaram para votar. Respira-se um sentimento de
felicidade, sem amarguras ou triunfalismos. Muitas famílias se reuniram. Que
ironia: os conservadores falam de ataque à família, mas para nós é uma grande
celebração da família. A moral tem sua base na liberdade do ser humano através
da qual uma pessoa pode realizar boas ações, mas que também tem a liberdade de
praticar atitudes injustas. A reflexão moral ajuda o ser humano a tomar
consciência da própria responsabilidade no trabalho como
pessoa, tendo sempre claro o princípio da verdade e do bem.
Bibliografia
geral consultada.
BENTHAM, Jeremy, “Uma Introdução aos Princípios da Moral e da Legislação”. In: Coleção Os Pensadores. 2ª edição. São Paulo: Abril Cultural, 1979; BEALE, Jenny, Women in Ireland - Voices of Change. Houndmills, Basengstoke, Hampshire and London. London: MacMillan Education Ltd, 1986; LEERSSEN, Joep, Mere Irish and Fíor Ghael: Studies in the Idea of Irish Nationality, Its Development and Literary Expression prior to the Nineteenth Century. Ireland: Cork University Press, 1996; FINNEGAN, Frances, Do Pennace or Perish – A Study of Magdalen Asylums in Ireland. Piltown, Company. Kilkenny: Congrave Press, 2001; ROUDINESCO, Élisabeth, La Familia en Desorden. México: Editor Fondo de Cultura Economica, 2003; MARTINS, Carlos Benedito, “A Contemporaneidade de Erving Goffman no Contexto das Ciências Sociais”. In: Rev. Bras. Cien. Soc. Volume 26 n° 77. São Paulo, outubro de 2011; Artigo: “Governo Irlandês pede Perdão por Trabalho Forçado em Lavanderias”. In: Jornal O Globo: Rio de Janeiro, 05/02/2013; BATISTA, Carolina de Almeida, Da Quanta Cura (1864) de Pio IX a Rerum Novarum (1891) de Leão XIII: Relações entre Permanências e Busca por Adaptações. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em História. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Assis: Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, 2013; BOFF, Ediliane de Oliveira, De Maria a Madalena: Representações Femininas nas Histórias em Quadrinhos. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Comunicação. Escola de Comunicações e Artes. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2014; FOUCAULT, Michel, Vigiar e Punir: Nascimento da Prisão. 42ª edição. Petrópolis (RJ): Editoras Vozes, 2014; SIXSMITH, Martin, Philomena: La Conmovedora Historia Real de una Madre y el Hijo al que Tuvo que Renunciar. Madri: Editor Suma, 2014; OLIVEIRA, Adriana de, Avaliação do Lado Mãe e Bebê: Elaboração e Construção de Instrumento e Estudo de Evidências de Validade. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Psicologia. Natal: Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016; SPECK, Sheila, Devolução de Crianças: A Outra Face da Adoção. Um Estudo do Fenômeno de Devolução de Crianças e Adolescentes no Estágio de Convivência. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica. Recife: Universidade Católica de Pernambuco, 2019; RAMPELOTTO, Geraldo, Tratamernto de Águas de uma Lavanderia Industrial por Flotação-Filtração. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, 2020; entre outros.
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