“Culto é aquele que sabe
onde encontrar aquilo que não sabe”. Georg Simmel
Exterritorial é um filme alemão de ação e
suspense de 2025 dirigido e escrito por Christian Zübert, nascido em 1973,
Würzburg é um cineasta e roteirista alemão. Zübert começou como roteirista para
a televisão alemã. Em 2000, dirigiu e escreveu seu primeiro longa-metragem,
Lambock, que foi um sucesso inesperado na Alemanha, com mais de um milhão de
espectadores. No mesmo ano, escreveu o roteiro de Mädchen, Mädchen, que
também foi um sucesso de bilheteria. É estrelado por Jeanne
Goursaud, Dougray Scott e Lera Abova. O filme foi lançado na Netflix em 30
de abril de 2025. A trama gira em torno de uma ex-soldado das forças especiais
com um “transtorno mental” que se desenvolve a partir da experiência de um
evento traumático, como agressão sexual, violência doméstica, abuso infantil,
guerra e seus traumas associados, desastre natural, luto, acidente de trânsito
ou outras ameaças à vida ou ao bem-estar de uma pessoa. que está determinada a
encontrar seu filho pequeno após ele desaparecer misteriosamente dentro do
Consulado dos Estados Unidos da América na Alemanha. O filme recebeu críticas
majoritariamente positivas e alcançou o primeiro lugar nas listas da Netflix em
79 países em 2 de maio de 2025. É o filme alemão de maior sucesso na Netflix. Em
2004, ele dirigiu o filme de aventura infantil Der Schatz der weißen Falken,
que recebeu muitos prêmios e foi exibido em diversos festivais internacionais.
Depois de dirigir e escrever filmes e séries premiados para a televisão, como o
thriller policial Tatort Nie wieder frei sein, Zübert retornou às
telas de cinema em 2010 com a comédia dramática Dreiviertelmond (Lua
em Quartos), que foi indicada ao Prêmio do Cinema Alemão, ganhou o Prêmio
do Cinema da Baviera e o Prêmio Metropolis da Associação de Diretores da
Alemanha, além de ter sido exibida em diversos festivais internacionais. Seu
trabalho Tour de Force, de 2013, teve estreia na Grand Piazza do
Festival Internacional de Cinema de Locarno e sua estreia norte-americana no
Festival Internacional de Cinema de Toronto, onde ele retornou no ano seguinte
com seu drama germano-grego One Breath. Ele escreveu e dirigiu o thriller
da Netflix, Exterritorial, que estreou em 2025 com críticas analíticas majoritariamente
positivas. De acordo com o FlixPatrol, o filme alcançou o primeiro lugar nas
listas da Netflix em 79 países em 2 de maio de 2025. Após seis semanas, o filme
ocupa o quinto lugar no Top 10 de todos os tempos, com mais de 83
milhões de visualizações. É o filme alemão de maior sucesso na Netflix.
Os
sintomas de transtornos mentais relacionados a traumas são documentados desde
pelo menos a época dos antigos gregos. Alguns casos de evidência de doença
pós-traumática foram atribuídos aos séculos XVII e XVIII, como o diário de
Samuel Pepys (1633-1703), que descreveu sintomas intrusivos e angustiantes após o Grande
Incêndio de Londres de 1666, um funcionário da administração naval inglesa e um parlamentar. Durante as guerras mundiais, a condição era
conhecida por vários termos, incluindo “choque de guerra”, “nervos de guerra”,
neurastenia e “neurose de combate”. O termo passou a ser usado na década de
1970, em grande parte devido aos diagnósticos de veteranos militares americanos
da Guerra do Vietnã. As pessoas consideradas em risco de desenvolver
incluem militares de combate, sobreviventes de desastres naturais,
sobreviventes de campos de concentração e sobreviventes de crimes violentos.
Pessoas empregadas em ocupações que as expõem à violência, como soldados, ou a
desastres como trabalhadores de serviços de emergência também em risco.
Outras ocupações com a questão do risco aumentado
incluem policiais, bombeiros, socorristas, paramédicos, profissionais de saúde,
maquinistas, mergulhadores, jornalistas e marinheiros, e pessoas que
trabalham em bancos, correios ou lojas.
A
singularidade tem, na essência a significação da consciência-de-si em geral, e
não de uma consciência singular contingente. A substância ética é nessa
determinação a substância efetiva, o espírito absoluto realizado na
multiplicidade da consciência aí-essente. O espírito é a comunidade, que para
nós, ao entrarmos na figuração prática da razão geral, era a essência absoluta;
e que aqui emergiu em sua verdade para si mesmo, como essência ética
consciente, e como essência para a consciência, que nós temos por objeto.
Porque a eticidade é o espírito em sua verdade imediata, os lados em que a
consciência do espírito se dissocia, incidem nessa forma de imediatez; e a
singularidade passa aquela negatividade abstrata sem consolo nem reconciliação,
“deve essencialmente recebe-los mediante uma ação exterior e efetiva”. A consanguinidade
completa o movimento natural abstrato, por acrescentar o movimento da
consciência, interromper a obra da natureza e arrancar da destruição o
consanguíneo. É necessária a destruição – seu vir-a-ser o puro ser – a
consanguinidade tomando o ato de destruição.
A
Ideia absoluta que para realizar-se colocou como oposta a si, à natureza,
produz-se através dela como espírito, que através da supressão de sua
exterioridade entre inicialmente em relação simples com a natureza, e, depois,
ao encontrar a si mesma nela, torna-se consciência de si, espírito que conhece
a si mesmo, suprimindo assim a distinção entre sujeito e objeto, chegando assim
a Ideia a ser por si e em si, tornando-se unidade perfeita de suas diferenças,
sua absoluta verdade. Com o surgimento do espírito através da natureza abre-se
a história da humanidade e a história humana é o processo que medeia entre isto
e a realização do espírito consciente de si. A filosofia hegeliana centra sua
atenção sobre esse processo e as contribuições mais expressivas de Hegel
ocorrem precisamente nesta esfera, do espírito. Melhor dizendo, para Hegel, à
existência na consciência, no espírito chama-se saber, conceito pensante. O
espírito é também isto: trazer à existência, isto é, à consciência. Como
consciência em geral tenho eu um objeto; uma vez que eu existo e ele está na
minha frente. Mas enquanto o Eu é o objeto de pensar, é o espírito precisamente
isto: produzir-se, sair fora de si, saber o que ele é. Nisto consiste a grande
diferença: o homem sabe o que ele é. Logo, em primeiro lugar, ele é real. Sem
isto, a razão, a liberdade não são nada. O homem é essencialmente razão.
O homem, a criança, o
culto e o inculto, é razão. Ou melhor, a possibilidade para isto, para ser
razão, existe em cada um, é dada a cada um. A razão não ajuda em nada a
criança, o inculto. É somente uma possibilidade, embora não seja uma
possibilidade vazia, mas possibilidade real e que se move em si. Assim, por
exemplo, dizemos que o homem é racional, e distinguimos muito bem o homem que
nasceu somente e aquele cuja razão educada está diante de nós. Isto pode ser
expresso também assim: o que é em si, tem que se converter em objeto para o
homem, chegar à consciência; assim chega para ele e para si mesmo. A história
para Hegel, é o desenvolvimento do Espírito no tempo, assim como a Natureza é o
desenvolvimento da ideia no espaço. Deste modo o homem se duplica. Uma vez, ele
é razão, é pensar, mas em si: outra, ele pensa, converte este ser, seu em si,
em objeto do pensar. Assim o próprio pensar é objeto, logo objeto de si mesmo,
então o homem é por si. A racionalidade produz o racional, o pensar produz os
pensamentos e estes a relação humana no espaço e tempo. O que o ser em si é se manifesta no ser por si. Todo conhecer,
todo aprender, toda visão, toda ciência, inclusive toda atividade humana, não
possui nenhum outro interesse além do aquilo que filosoficamente é em si, no
interior, podendo manifestar-se desde si mesmo, produzir-se, transformar-se
objetivamente.
Nesta diferença se
descobre toda a diferença na história do mundo. Os homens são todos racionais.
O formal desta racionalidade é que o homem seja livre. Esta é a sua natureza.
Isto pertence à essência do homem: a liberdade. O europeu sabe de si, afirma
Hegel, é objeto de si mesmo. A determinação que ele conhece é a liberdade. Ele
se conhece a si mesmo como livre. O homem considera a liberdade como sua
substância. Se os homens falam mal de conhecer é porque não sabem o que fazem.
Conhecer-se, converter-se a si mesmo no objeto (do conhecer próprio) e o fazem
relativamente poucos. Mas o homem é livre somente se sabe que o é. Pode-se
também em geral falar mal do saber, como se quiser. Mas somente este saber
libera o homem. O conhecer-se é no espírito a existência. Portanto isto é o
segundo, esta é a única diferença da existência (Existenz) a diferença do
separável. O Eu é livre em si, mas também por si mesmo é livre e eu sou livre
somente enquanto existo como livre. A terceira determinação é que o que existe
em si, e o que existe por si são somente uma e mesma coisa. Isto quer dizer
precisamente evolução. O em si que já não fosse em si seria outra coisa. Por
conseguinte, haveria ali uma variação, mudança. Na mudança existe algo que
chega a ser outra coisa. Na evolução, em essência, podemos também sem dúvida
falar da mudança, mas esta mudança deve ser tal que o outro, o que resulta, é
ainda idêntico ao primeiro, de maneira que o simples, o ser em si não seja
negado. Para Hegel a evolução não somente faz aparecer o interior originário,
exterioriza o concreto contido já no em si, e este concreto chega a ser por si
através dela, impulsiona-se a si mesmo a este ser por si.
O espírito abstrato
assim adquire o poder concreto da realização. O concreto é em si diferente, mas
logo só em si, pela aptidão, pela potência, pela possibilidade. O diferente
está posto ainda em unidade, ainda não como diferente. É em si distinto e, contudo,
simples. É em si mesmo contraditório. Posto que é através desta contradição
impulsionado da aptidão, deste este interior à qualidade, à diversidade; logo
cancela a unidade e com isto faz justiça às diferenças. Também a unidade das
diferenças ainda não postas como diferentes é impulsionada para a dissolução de
si mesma. O distinto (ou diferente) vem assim a ser atualmente, na existência.
Porém do mesmo modo que se faz justiça à unidade, pois o diferente que é posto
como tal é anulado novamente. Tem que regressar à unidade; porque a unidade do
diferente consiste em que o diferente seja um. E somente por este movimento é a
unidade verdadeiramente concreta. É algo concreto, algo distinto. Entretanto
contido na unidade, no em si primitivo. O gérmen se desenvolve assim, não muda.
Se o gérmen fosse mudado desgastado, triturado, não poderia evoluir. Na alma,
enquanto determinada como indivíduo, as diferenças estão enquanto mudanças que
se dão no indivíduo, que é o sujeito uno que nelas persiste e, enquanto
momentos do seu desenvolvimento. Por serem elas diferenças, à uma, físicas e
espirituais, seria preciso, para determinação ou descrição mais concreta,
antecipar a noção do espírito cultivado.
As diferenças são: 1)
curso natural das idades da vida, desde a criança, desde a criança, o espírito
envolvido em si mesmo – passando pela oposição desenvolvida, a tensão de uma
universalidade ela mesma ainda subjetiva em contraste com a singularidade imediata,
isto é, como o mundo presente, não conforme a tais ideais, e a situação que se
encontra, em seu ser-aí para esse mundo, o indivíduo que, de outro lado, está
ainda não-autônomo e em si mesmo não está pronto (o jovem) – para chegar à
relação verdadeira, ao reconhecimento da necessidade e racionalidade objetivas
do mundo já presente, acabado; em sua obra, que leva a cabo por si e para si, o
indivíduo retira, por sua atividade, uma confirmação e uma parte, mediante a
qual ele é algo, tem uma presença efetiva e um valor objetivo (homem); até a
plena realização da unidade com essa objetividade do conhecer: unidade que,
enquanto real, vem dar na inatividade da rotina que tira o interesse, enquanto
ideal se liberta dos interesses mesquinhos é das complicações do presente
exterior (o ancião). O espírito manifesta aqui sua independência da própria
corporalidade, em poder desenvolver-se antes que nela torne. Com frequência,
crianças têm demonstrado um desenvolvimento espiritual que vai muito mais
rápido que sua formação corporal. Esse foi o caso histórico, sobretudo em
talentos artísticos indiscutíveis, em particular nos gênios da música. Também
em relação ao fácil apreender de variados conhecimentos, especialmente na
disciplina matemática; e tal precocidade tem-se mostrado não raramente também
em relação a um raciocínio de entendimento, e mesmo sobre objetos éticos e religiosos.
O processo de desenvolvimento do indivíduo humano natural decompõe-se então em
uma série de processos, cuja diversidade se baseia sobre a relação do indivíduo
para com o gênero, e funda a diferença da criança, do homem e do ancião.
Essas diferenças são as apresentações das diferenças do conceito.
A idade da infância
é o tempo da harmonia natural, da paz do sujeito consigo mesmo e com o mundo.
Um começo tão sem-oposição quanto a velhice é um fim sem-oposição. As oposições
que surgem ficam sem interesse mais profundo. A criança vive na inocência, sem
sofrimento durável; no amor aos seus pais, e no sentimento de ser amado por
eles. Na Roma antiga, o gênio representava o espírito ou guia de uma pessoa, ou
mesmo de uma gens inteira. Um termo relacionado é genius loci, o espírito de um
local específico. Por contraste a força interior que move todas as criaturas
viventes é o animus. Um espírito específico ou daimon pode habitar uma imagem
ou ícone, dando-lhe poderes sobrenaturais. Gênios são dotados de excepcional
brilhantismo, mas frequentemente também são insensíveis às limitações da
mediocridade bem como são emocionalmente muito sensíveis, algumas vezes ambas
as coisas. O termo prodígio indica simplesmente a presença de talento ou “gênio
excepcional” na primeira infância. Os termos prodígio e criança prodígio são
sinônimos, sendo o último um pleonasmo. Deve-se ter em consideração que é
perigoso tomar como referência as pontuações em testes aplicados de QI quando
se deseja fazer um diagnóstico razoavelmente correto de genialidade. Há que se
levar em consideração que em todos as pontuações, e em todas as medidas, existe
uma incerteza inerente, bem como os resultados obtidos nos testes representam a
performance alcançada por uma pessoa em determinadas condições, não refletindo
necessariamente toda a capacidade da pessoa em condições ideais. A contribuição
histórica e cultura dos filósofos pré-socráticos à matemática, enquanto
ciência, não são discutíveis e em grande parte fruto de tradição bem
documentada.
A disposição ética consiste
precisamente em ater-se firmemente ao que é justo, e em abster-se de tudo o que
possa mover, abalar e desviar o justo. Se um depósito for feito a meus
cuidados, é propriedade de outrem, e eu o reconheço, porque assim é, e me
mantenho inflexível. Se tiver para mim o depósito, não incorro absolutamente em
nenhuma contradição, segundo o princípio de meu examinar, a tautologia. Não o
considero como propriedade alheia; ora, reter algo, que não considero
propriedade de outro, é perfeitamente consequente. A mudança de vista não é
contradição, pois a questão não é o ponto de vista, mas o objeto, o conteúdo,
que não deve contradizer-se. Não é porque encontro o não-contraditório que isso
é justo: mas é justo porque é. Algo é propriedade de outrem: isso constitui o
próprio fundamento. O espírito, em sua verdade simples, é consciência, e põe
seus momentos fora um do outro. A ação o divide em substância e em consciência
da substância, e divide tanto a substância quanto a consciência. A substância,
como essência universal e fim, contrapõe-se em si mesma como à efetividade
singularizada. O meio-termo infinito à consciência-se-si que sendo em si
unidade de si e da substância, torna-se agora, para si, o que unifica a
essência universal e sua efetividade singularizada: eleva à essência de sua
efetividade e opera eticamente; faz a essência descer à efetividade, e
implementas o fim, a substância somente pensada; produz a unidade de seu Si e
da substância como obra sua e, como efetividade.
No dissociar-se da
consciência em seus momentos, a substância simples conservou, por um lado, a
oposição frente à consciência-de-si, e por outro lado apresenta nela mesma a
natureza da consciência – de diferenciar-se em si mesma, como um mundo
organizado em suas massas. A substância se divide, assim, em uma essência ética
diferenciada: em uma lei humana e uma lei divina. A consciência-de-si, que se
lhe contrapõe, atribui-se, segundo sua essência dessa potência; e como saber se
cinde na ignorância do que faz e a respeito disso: um saber que é, por isso,
enganoso. A consciência-de-si é em seu ato a contradição daquelas potências em
que a substância se divide, e sua mútua destruição, como também a contradição
entre seu saber sobre a eticidade da sua ação, e o que é ético em si e para si;
e aí encontra sua própria ruína. De fato, porém, a substância ética, mediante
esse movimento, veio-a-ser consciência-de-si efetiva; ou seja, este Si se
tornou algo em-si-e-para-si-essente. Mas nisso, precisamente, a eticidade foi
por terra. A substância simples do espírito se divide como consciência. Ou
seja: assim como a consciência do ser sensível abstrato passa à percepção,
assim também a certeza imediata do ser ético real; e como, para a percepção
sensível, o ser simples se torna uma coisa de propriedades múltiplas, assim
para a percepção ética, o caso do agir é uma efetividade de múltiplas relações
éticas. Contudo, como para a percepção sensível a supérflua multiplicidade das
propriedades se condensa filosoficamente entre singularidade e universalidade –
com maior razão a percepção ética, que é a consciência substancial e purificada
-, a multiplicidade dos momentos éticos se torna a dualidade de uma lei da
singularidade e de uma lei da universalidade. Cada uma dessas massas de
substância permanece sendo o espírito todo. Se, na percepção sensível, isto é,
as coisas não tem outra substância, as duas determinações de singularidade e
universalidade exprimem apenas a oposição assimétrica superficial recíproca dos
dois lados.
A intensidade do evento
também está associada a um risco subsequente de desenvolver, sendo que
experiências relacionadas a morte presenciada, tortura presenciada ou
vivenciada, lesão, desfiguração corporal, traumatismo cranioencefálico estão
altamente associadas ao desenvolvimento. Da mesma forma, experiências
inesperadas ou das quais a vítima não pode escapar também estão associadas a um
alto risco de desenvolver. O Rapto das Sabinas foi o episódio lendário
da história de Roma em que a primeira geração de homens romanos teria se
originado através do rapto das filhas das famílias sabinas vizinhas. Narrada
por Lívio e Plutarco, ela serviu como tema para diversas obras de arte do Renascimento
e pós-renascentistas, com uma oportunidade de retratar diversos personagens,
incluindo figuras heroicamente seminuas, envolvidas numa disputa intensamente
passional. Entre temas semelhantes da Antiguidade Clássica estavam, a batalha
dos lápitas contra os centauros e o tema da Amazonomaquia, a batalha de
Teseu contra as amazonas. O rapto teria acontecido no início da história de
Roma, logo após sua fundação por Rômulo e seus seguidores, em sua maior parte
homens. À procura de esposas com quem pudessem formar famílias, os romanos
negociaram, sem sucesso, com os sabinos, que haviam povoado a região
anteriormente.
Temendo o surgimento de
uma sociedade rival, os sabinos recusaram-se a permitir que suas mulheres se
casassem com os romanos; estes tiveram então a ideia de raptar as mulheres
sabinas. Rômulo inventou então um festival em homenagem a Netuno Equestre, e proclamou-o
aos povos vizinhos de Roma. De acordo com Lívio, muitos habitantes destes
povoados vizinhos compareceram ao festival, incluindo os ceninenses, os
crustumerinos e os antemnos, bem como muitos dos sabinos. Durante o festival
Rômulo deu um sinal, indicando a seus conterrâneos que era hora de capturar as
mulheres sabinas, o que eles fizeram, simultaneamente, enquanto combatiam os
homens. Após o rapto social as mulheres, indignadas, se viram diante de um
Rômulo que lhes suplicava que aceitassem os romanos como seus maridos. Lívio é
claro em afirmar que não houve abuso sexual da parte dos romanos; Rômulo
ofereceu-lhes liberdade de escolha, prometendo-lhes direitos civis e de
propriedade. Ainda de acordo com Lívio, ele teria pessoalmente ido a cada uma
delas “e indicado a elas que tudo aquilo era culpa de seus pais, que haviam
negado a elas o direito de casar-se com seus vizinhos”. Elas viveriam em uniões
matrimoniais dignas, e partilhariam de todos os direitos civis e de
propriedade, bem como o mais precioso à natureza humana seriam mães de homens
livres. Após a reconciliação que se seguiu, os sabinos concordaram em formar
uma nação única com os romanos, e o rei sabino, Tito Tácio, passou a governar
Roma com Rômulo até a sua morte, cinco anos mais tarde.
Os novos habitantes
sabinos de Roma passaram a viver no Capitólio. Durante o Renascimento o tema se
tornou popular, como uma história que simbolizava a importância central do
matrimônio para a continuidade das famílias e culturas. Também era um dos raros
exemplos de um tema de batalha, um gênero altamente popular, que permitia ao
artista demonstrar seu virtuosismo no retrato tanto da figura feminina quanto
da masculina, em poses extremas, com a vantagem adicional de um tema sexual
palpitante. Foi representado regularmente nos cassoni italianos do
século XV, e, posteriormente, em pinturas maiores. A escultura de Giambologna
(1574–1583) que foi interpretada como abordando este tema demonstra três
figuras, isto é, um homem que levanta uma mulher no ar, enquanto um segundo
homem se agacha e foi esculpida a partir de um único bloco de mármore. A obra,
que é tida como a obra-prima de Giambologna, nascido como Jean Boulogne, foi um
escultor maneirista. Ele tinha originalmente como intenção ser apenas uma
demonstração da capacidade do artista de criar um grupo escultural complexo;
seu tema, o lendário rapto das sabinas, foi associado a ela apenas após
Francisco I de` Medici (1541-1587), Grão-Duque da Toscana, decretar que ela
seria exposta na Loggia dei Lanzi, na Piazza della Signoria, em
Florença. Mantendo-se de acordo com as características historicamente típicas
das composições maneiristas, como figuras compactas e entrelaçadas, a interpretação
da estátua transmite “uma panóplia dinâmica de emoções, em poses que oferecem
pontos de vista múltiplos”.
Contrastada com a pose
serena do Davi de Michelangelo que está na mesma praça, concluído quase 80 anos
antes, a estátua apresenta a dinâmica que acabou por levar a arte europeia ao
barroco, porém também a verticalidade pouco flexível e desconfortável,
autoimposta pela restrição virtuosa do próprio autor a uma composição que podia
ser feita a partir de um único bloco, e não apresenta os impulsos diagonais que
Bernini conseguiria obter quarenta anos depois com obras como O Rapto de
Proserpina e Apolo e Dafne, ambas na Galeria Borghese, em Roma. O tema
proposto pela escultura, situada diante da estátua de Perseu de Benvenuto
Cellini (1545-1554), sugere que o grupo ilustrava um tema relacionado a outra
obra, como o rapto de Andrômeda, de Fineu. Na mitologia grega, foi um tio de
Andrômeda, a quem a princesa havia sido prometida em casamento. Após sua
libertação por Perseu, Fineu atacou o herói, e foi morto, transformado em
pedra. Os raptos de Proserpina e Helena também foram sugeridos como possíveis
temas originais. Eventualmente decidiu-se que a escultura seria identificada
com uma das virgens sabinas. A obra está assinada com “Obra de João de Bolonha
de Flandres”, 1582. Um rascunho preparatório feito em bronze que demonstra
apenas duas figuras está em exposição no Museu Nacional de Capodimonte, em
Nápoles. Giambologna revisou então a obra, desta vez acrescentando uma terceira
figura, em dois modelos de cera que estão expostos no Museu Victoria e Albert,
em Londres. O molde em gesso, em escala natural, realizado para a escultura
final, de 1582, se encontra em exposição na Sala do Colosso, situada na
Galleria da Academia de Belas Artes, em Florença. Reduções da escultura realizadas
em bronze, produzidas pelo próprio estúdio de Giambologna e imitadas por outros
artistas, eram parte integrante das coleções de apreciadores de arte no século
XIX.
Andrômeda era filha de
Cefeu e Cassiopeia, e, por Cassiopeia ter dito que era mais bela que as
nereidas, Posidão enviou um monstro para devastar o país. Para aplacar o
monstro, Andrômeda foi oferecida em sacrifício, mas Perseu se ofereceu para
salvá-la, se esta se casasse com ele. Segundo os textos de Pseudo-Apolodoro e
Ovídio, Fineu era irmão de Cefeu, o rei da Etiópia. Autores modernos, porém,
reconstroem esta família de forma diferente: Fineu seria filho de Fênix, filho
de Agenor e de Cassiopeia, filha de Árabo, os pais de Cassiopeia, a mãe de
Andrômeda. As fontes antigas sobre Cassiopeia estão em fragmentos de Hesíodo,
citado por outros autores, e em escólios. Fênix, filho de Agenor, e Cassiopeia
foram os pais de Fineu, que, segundo outra versão, era filho de Agenor. Outro
filho de Cassiopeia, com Zeus, foi Atímnio, um rapaz muito belo que foi amado
por Minos e Sarpedão, e foi a causa da briga entre os irmãos. Árabo era filho
de Hermes com Trônia, filha de Belo; Árabo deu o nome à Arábia. Segundo W.
Preston, havia dois personagens de nome Fineu, um filho de Fênix e neto de
Agenor, e outro, o personagem da história dos Argonautas, filho de outro
Agenor, descendente na sétima geração de Fênix. O mais antigo Fineu era filho
de Fênix e Cassiopeia, sendo seus avôs, respectivamente, Agenor e Árabo. Fênix
e Cassiopeia tiveram três filhos, Cílix, Fineu e Dóriclo, e, nominalmente,
Atímnio, que era, de fato, filho de Zeus. Segundo Adolf Bastian, Cassiopeia,
filha de Árabo, se casou com Fênix, e desta união nasceu Cassiopeia, a esposa
de Cefeu. Fineu, a quem Andrômeda havia sido prometida em casamento, conspirou
contra Perseu. Perseu descobriu a trama e transformou Fineu e seus companheiros
em pedra, mostrando-lhes a cabeça da Medusa.
Na versão de Ovídio,
foi durante a festa de casamento de Perseu e Andrômeda que Fineu, furioso por
ter sido preterido, ameaçou Perseu com uma lança. Cefeu tentou dissuadi-lo,
argumentando que Perseu não a havia roubado dele, mas a havia salvo do monstro,
enquanto Fineu não havia feito nada para salvá-la. Mesmo assim, após um breve
momento de hesitação, Fineu arremessou a lança contra Perseu, mas errou, e
conseguiu escapar logo depois do ataque de Perseu. Cefeu saiu da festa,
clamando a todos deuses da hospitalidade, verdade e justiça. Na festa, Perseu
continuou lutando contra os partidários de Fineu: ele matou Átis, um rapaz
indiano de 16 anos, filho de Limnate, ninfa do rio Ganges, o assírio Licabas,
companheiro de Átis que o amava muito, Forbas, um descendente de Metião, com
seu amigo Anfimedão, da Líbia, Erithus, filho de Actor, Ábaris, do Cáucaso,
Peridamo, descendente de Semíramis, e vários outros. Fineu, sem engajar em
combate corpo-a-corpo, jogou sua lança contra Perseu, mas errou e acertou Idas,
que não havia tomado nenhum partido durante a luta, e que, ferido, tentou
atacar Fineu com a mesma lança, mas não teve forças para isto. A luta
continuou, e Fineu matou dois irmãos gêmeos, Broteas e Ammon, além de Ampycus,
sacerdote de Ceres. Perseu se viu cercado por uma miríade de homens, liderados
por Fineu, e, já sem forças, gritou para que seus amigos desviasse o olhar. Ele levantou a cabeça da Medusa, e seus atacantes se transformaram
em estátuas de mármore. Fineu vendo, incrédulo haviam sido transformados em estátua, implorou perdão a Perseu, mas também o fez
ver a cabeça da Medusa e virar pedra, sendo eternizado como covarde.
Na trama
cinematográfica de Extraterritorial Sara Wulf tem como representação uma
ex- soldado das Forças Especiais que serviu no Afeganistão até 2017. Ela foi a
única sobrevivente de uma emboscada na qual oito soldados foram mortos. Sara e
seu filho pequeno, Joshua (Josh), visitam o Consulado dos EUA em Frankfurt para
solicitar um visto de trabalho. Durante a longa estadia, ela deixa Josh em uma
sala de brinquedos; quando retorna, ele desapareceu. Sara pede ajuda ao agente
de segurança regional Eric Kynch e ao sargento Donovan. Segundo Donovan, Sara
entrou no consulado sozinha e nenhuma criança foi registrada, e as imagens de
vigilância também mostram apenas Sara, sem o filho. Sara contata a polícia
alemã, mas as autoridades alemãs não têm jurisdição em território
extraterritorial americano. Sua mãe, Anja, também não acredita nela; suspeita
que Sara não tenha tomado seus remédios para transtorno de estresse
pós-traumático. Considera-se que Sara está tendo um episódio psiquiátrico e
pedem que ela deixe o consulado. Em vez disso, Sara se esconde no prédio e
procura por Josh. Lá, ela encontra Irina,
que está sendo mantida em cativeiro no consulado há quase dois meses. Irina se
oferece para ajudá-la a encontrar Josh em troca de ajudá-la a sair do
consulado. Sara encontra um pacote de drogas ilegais no armário de um
funcionário do consulado e suspeita que Josh possa ter sido sequestrado, pois
ele testemunhou a transação. Após a segurança do consulado encontrar Sara,
Kynch injeta nela um sedativo e ela desmaia. Quando acorda, a Cônsul Geral
Deborah Allen está ao seu lado. Ela foi contatada pela mãe de Sara, que está
preocupada com o transtorno de estresse pós-traumático e os delírios da filha
após sua missão no Afeganistão, durante a qual o pai de Joshua também foi
morto. Mais tarde, Sara é libertada por Irina, cujo nome verdadeiro é Kira
Volkova. Seu pai era um dissidente bielorrusso e foi morto pelo governo russo.
Kira fugiu para a embaixada dos Estados Unidos da América em Minsk; a Central
Intelligence Agency, a agência de inteligência estrangeira dos Estados
Unidos, responsável por coletar, analisar e divulgar informações de segurança
nacional para o governo americano a havia levado para Frankfurt. Kira quer ir a
Boston para ver sua mãe e, de lá, compartilhando dados incriminatórios sobre
crimes russos em um pen drive, espera libertar outros dissidentes. Sara recebe
uma oferta de emprego de uma empresa de segurança nos EUA que está recrutando
ex-soldados mulheres. Ela descobre Kynch como estratagema para levá-la ao
consulado e sequestrá-la, já que ele também serviu no Afeganistão.
Sara recebeu um vídeo
de um jornalista mostrando Kynch se encontrando com um militante talibã.
Segundo o jornalista, Kynch é corrupto e foi responsável por alertar o Talibã,
permitindo que eles emboscassem o grupo de Sara. Sara arma uma distração para
que Kira possa escapar para os EUA via França. Kynch confessa a Sara que
sequestrou Josh e adulterou as imagens de vigilância. Como Sara era a última
testemunha sobrevivente do incidente no Afeganistão, e Kynch se sentia ameaçado
pelas provas da jornalista, seu plano era fazer com que Sara se preocupasse com
o filho e a deixasse causar tumulto no consulado para que ele pudesse atirar
nela em legítima defesa. Sara sequestra Aileen, a filha de Kynch, e a leva para
um quarto seguro. Inicialmente, ela tenta trocá-la por Josh, mas depois muda de
ideia e a liberta. Mais tarde, Sara grava secretamente a confissão de Kynch no
gravador digital de Aileen. O próprio Kynch era um soldado e sentia-se
desamparado pelo exército para lidar com o trauma, além de estar em desvantagem
financeira. Por isso, ele fez um acordo politicamente com o Talibã para vender
informações e melhorar sua situação financeira. Após Sara ser baleada e ferida
por Kynch, Josh é libertado. Oito semanas depois, Sara liga para Kira; Kynch
agora está sob custódia nos EUA. Donovan e o homem da recepção também estavam
envolvidos no plano de sequestro de Kynch. Sara viaja para os EUA com Josh e
planeja encontrar Kira.
O filme foi produzido
pela Constantin Film, com Kerstin Schmidbauer como produtora e Oliver Berben
como produtor executivo. As filmagens ocorreram em Viena com o apoio da
FISAplus e terminaram no final de 2023. As filmagens ocorreram, entre outros
locais, no Centro Universitário Althanstraße, sede da Universidade de Economia
e Negócios de Viena de 1982 a 2013. Matthias Pötsch foi o cinegrafista, Sara
Barone compôs a música, Ueli Christen foi o responsável pela edição, e Cornelia
von Braun e Lisa Stutzky cuidaram da seleção do elenco. Heike Lange foi a
cenógrafa, Anna Zeitlhuber a figurinista, Herbert Verdino o designer de som e
Aurora Hummer a maquiadora. Katharina Haudum atuou como coordenadora de
intimidade e Florian Hotz como coordenador de dublês. Exterritorial foi lançado
pela Netflix em 30 de abril de 2025. O filme recebeu críticas geralmente
positivas. Escrevendo para o New York Times, Robert Daniels observou que
“o cenário opressivamente branco e luminoso, a angústia psicológica sentida por
Sara e a insistência de Zübert em planos longos fazem de Exterritorial um
sucesso como uma luta frustrante por reconhecimento”. Jake Dee escreveu no
movieweb.de que “Exterritorial é uma história de redenção centrada nos
personagens, disfarçada de filme de ação no estilo Duro de Matar. No entanto,
para Sara, trata-se menos de vingar inimigos externos e mais de exterminar seus
demônios internos... com seu inegável valor de entretenimento, é fácil entender
por que o filme é tão popular”. De acordo com o FlixPatrol, o filme alcançou o
primeiro lugar nas listas da Netflix em 79 países em 2 de maio de 2025. Após
seis semanas, o filme ocupa o quinto lugar no Top 10 de todos os tempos da
Netflix, com mais de 83 milhões de visualizações.
Bibliografia Geral Consultada.
MERLEAU-PONTY, Maurice, Le
Cinema et la Nouvelle Psychologie. Paris: Éditions Gallimard, 1996;
ZULIANI, Fabiana de Mello, Passado e Presente em Estrabão: As Estruturas
Espaço-temporais da Geografia e suas Relações com o Império Romano.
Dissertação de Mestrado em Geografia. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências
Humanas. São Paulo: Universidade de São Paulo, 1999; AUBENQUE, Pierre, A
Prudência em Aristóteles. São Paulo: Discurso Editorial, 2003; HEGEL, Friedrich, Fenomenologia
do Espírito. 4ª edição. Petrópolis (RJ): Editoras Vozes; Bragança Paulista:
Editora Universitária São Francisco, 2007; D’ALLONNES, Myriam Revault, El Poder de los Comienzos: Ensayo sobre la Autoridad. Buenos Aires: Amorrortu Editores, 2008; JAEGER, Werner Wilhelm, Paidéia:
A Formação do Homem Grego. 5ª edição. São Paulo: Editora WMF Martins
Fontes, 2010; HOMERO, Odisseia. São Paulo: Penguin Classics Companhia
das Letras, 2011; BAUMAN, Zygmunt, Cegueira Moral - A Perda da Sensibilidade na Modernidade Liquida. Rio de Janeiro: Zahar Editor, 2014; ASSUMPÇÃO, Luis Filipe Bantim, Discurso e Representação
sobre as Práticas Rituais dos Esparciatas e dos seus Basileus na Lacedemônia do
Século V a. C. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em
História. Rio de Janeiro: Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2014; WATERS, Matt, Pérsia Antiga: Uma
História Concisa do Império Aquemênida, 550–330 a.C. Cambridge University
Press, 2014; SILVA, Ricardo Barbosa da, Culto à Guerra: Uma Abordagem
Historiográfica do Militarismo na Esparta Clássica. Dissertação de
Mestrado. Programa de Pós-Graduação em História. Instituto de Ciências Humanas.
Pelotas: Universidade Federal de Pelotas, 2017; MCKECHNIE, Paul, Cristianizando
a Ásia Menor: Conversão, Comunidades e Mudança Social na Era Pré-Constantino.
Nova Iorque (NY): Cambridge University Press, 2019; LIMA, Linnikar Glória de
Castro, Território, Transferência e Tratamento: A Psicanálise nas Clínicas
Públicas. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-graduação em Psicologia.
Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2025; entre outros.
“O amor não vê com os olhos, vê
com a mente; por isso é alado, e cego e tão potente”. William Shakespeare
Amor em Verona (Love in the Villa) tem
como representação social um filme de comédia romântica norte-americano de 2022,
escrito, dirigido e produzido por Mark Steven Johnson, nascido em 30 de outubro
de 1964 é cineasta norte-americano. Johnson começou sua carreira escrevendo os
filmes da Warner Bros Entertainment, Grumpy Old Men (1993), e sua
sequência Grumpier Old Men (1995). É uma empresa de mídia
norte-americana com sede na Warner Bros. Studios em Burbank, município na
Califórnia, Estados Unidos da América, subsidiária da Warner Bros. Discovery. O
escritor e cineasta também escreveu e dirigiu dois filmes baseados em extraordinárias histórias sociais em quadrinhos, Demolidor (2003) e Motoqueiro Fantasma (2007),
assim como o filme Simon Birch (1998). É uma forma de arte que conjuga
texto e imagens com o objetivo de narrar histórias dos mais variados gêneros e
estilos, geralmente publicadas no formato de revistas, livros ou em tiras
veiculadas dentro de revistas e jornais. Steven Johnson também escreveu a
história do filme Christopher Robin (2018) e dirigiu o filme da Netflix Love,
Guaranteed (2020). Mais recentemente Johnson escreveu e dirigiu Love in
the Villa também para a Netflix. É estrelado por Kat Graham, Tom Hopper e
Raymond Ablack. Julie Hutton segue seu sonho de visitar a romântica Verona, na
Itália, logo após um término, apenas para descobrir que sua vila está com
reservas duplicadas, então ela tem que dividi-la com um britânico aparentemente
cínico. O filme foi lançado na Netflix em 1º de setembro de 2022.
Love
in the Villa é um filme de comédia romântica norte-americano de 2022,
escrito, dirigido e produzido por Mark Steven Johnson. É estrelado por Kat
Graham, Tom Hopper e Raymond Ablack. Julie Hutton segue seu sonho de visitar a
romântica Verona, na Itália, logo após um término, apenas para descobrir que
sua vila está com reservas duplicadas, então ela tem que dividi-la com um
britânico cínico. Historicamente entre os séculos XIII e XIV, a cidade foi
governada pela família della Scala. Sob o governo da família, em particular de
Cangrande I della Scala, a cidade experimentou grande prosperidade, tornando-se
rica e poderosa e sendo cercada por novas muralhas. A Era della Scala é
preservada em vários monumentos ao redor de Verona. Duas das peças de William
Shakespeare (1564-1616) se passam em Verona: Romeu e Julieta que também
apresenta a visita de Romeu a Mântua e Os Dois Cavalheiros de Verona.
Não se sabe se Shakespeare já visitou Verona ou a Itália, mas suas peças
atraíram muitos visitantes para Verona e cidades vizinhas. Verona também foi o
local de nascimento de Isotta Nogarola (1418-1466), que é considerada a
primeira grande humanista feminina da história social e uma das mais
importantes humanistas do Renascimento. Em novembro de 2000, a cidade foi
declarada Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), uma agência especializada da Organização
das Nações Unidas (ONU) fundada em 1946 para promover a paz através da
colaboração internacional em educação, ciência, cultura e comunicação,
estabelecendo normas e protegendo o patrimônio
cultural e natural para um futuro mais equitativo e pacífico por causa de sua
estrutura urbana e arquitetura.
William
Shakespeare nasceu e foi criado em Stratford-upon-Avon, chamada na Era
elizabetana, época especialmente estimulante para os artistas. Aos 18 anos
casou-se com Anne Hathaway, com quem teve três filhos: Susanna e os gêmeos
Hamnet e Judith. Entre 1585 e 1592 William começou uma carreira bem-sucedida em
Londres como ator, escritor e um dos proprietários da companhia de teatro
chamada Lord Chamberlain`s Men, mais tarde reconhecida como King`s Men.
Acredita-se que ele tenha retornado a Stratford em torno de 1613 morrendo três
anos depois. Restaram poucos registros da vida privada de Shakespeare, e
existem muitas especulações sobre assuntos como a sua aparência física,
sexualidade, crenças religiosas, e se algumas das obras que lhe são atribuídas
teriam sido escritas por outros autores. Shakespeare produziu a maior parte de
sua obra entre 1590 e 1613. Suas primeiras peças eram principalmente comédias e
obras baseadas em eventos e personagens históricos, gêneros que ele levou ao
ápice da sofisticação e do talento artístico ao fim do século XVI. A partir de
então escreveu apenas tragédias até por volta década de 1606, Rei Lear, incluindo Hamlet
(1623), e Macbeth (1623), consideradas algumas das obras literárias mais
importantes na língua inglesa.Na sua última fase literária produtiva, escreveu um conjunto de peças classificadas como tragicomédias ou romances, e colaborou com outros dramaturgos. Diversas peças foram publicadas, em edições com variados graus de qualidade e precisão durante sua vida. Em 1623, John Heminges e Henry Condell, dois atores amigos de Shakespeare, publicaram o First Folio, uma coletânea das obras dramáticas que incluía quase todas as peças reconhecidas como de sua autoria. Shakespeare foi um poeta e dramaturgo respeitado em sua própria época, mas sua reputação só viria a atingir o nível em que se encontra no século XIX.
Os românticos,
especialmente, aclamaram a genialidade de Shakespeare, e os vitorianos
idolatraram-no como um herói, com uma reverência que George Bernard Shaw (1856-1950) chamava de bardolatria tendo como significado o culto excessivo, adoração ou veneração a poetas ou autores. No século XX sua obra foi adotada e redescoberta
repetidamente por novos movimentos, tanto na academia quanto na performance.
Suas peças permanecem muito populares, são estudadas,
encenadas e reinterpretadas constantemente, em diversos contextos culturais e
políticos no mundo globalizado. A professora da terceira série
Julie Hutton é fascinada por Verona, cenário de Romeu e Julieta, de William
Shakespeare. Na tentativa de explicar por que está tão animada com a viagem,
ela tenta, sem sucesso, expor seus alunos à história de amor centenária. Julie
repassa detalhadamente o itinerário que planejou para a tão esperada viagem a
Verona com seu namorado Brandon, com quem está casada há quatro anos. Arrasado,
ele termina abruptamente o relacionamento. Julie, então, se vê viajando sozinha
para o que esperava ser uma semana de romance. Após um voo desconfortável na
classe econômica, suas malas são perdidas e ela tem uma corrida estressante de
táxi com a Uberto. Ao chegar à vila, Julie descobre que ela foi reservada duas
vezes, pois havia sido anunciada em dois sites diferentes de compartilhamento
de apartamentos. O proprietário, Silvio, sugere que ela divida o lugar com
Charlie, o outro inquilino e especialista em vinhos, já que a feira europeia que
anualmente de vinhos Vinitaly está monopolizando a disponibilidade de
acomodações. Ele descarta isso como se fosse o destino deles. Julie se apressa
para seguir seu roteiro lotado, mas logo é forçada a abandoná-lo.
Desanimada,
ela retorna à vila e descobre que Charlie leu seu diário pessoal. Ele
compara voltar para uma “ex” a vestir uma calcinha suja depois do banho. Julie
desliga na cara de Brandon. Charlie explica seu
trabalho com uma importadora de vinhos do Reino Unido, na qual precisa obter
direitos de exclusividade sobre vinhos a preços baixos para maximizar seus
lucros. Logo depois, Julie descobre suas alergias extremas quando gatos de rua
entram em grande número ao quebrar uma janela. Quando ela reclama dele ao
telefone com seu amigo Rob, ele sugere que ela o expulse. Julie compra muitas
azeitonas verdes, um conhecido atrativo para gatos, envolve Charlie com elas e
abre a janela. Ele acorda coberto de vergões e dor, e imediatamente “declara
guerra” contra ela. Ao sair do apartamento, Charlie encontra as malas dela
sendo entregues pela companhia aérea. Ele as devolve, dizendo que ela estava
internada em uma instituição e quer que sejam doadas. Julia se vinga trocando
as fechaduras e, em seguida, entra em contato com a polícia para denunciar
Charlie como ladrão. Após ser libertado da prisão, ele volta ainda mais
furioso. Ele cria um santuário público com trechos do diário de Julie sobre seu
término com Brandon. Charlie faz uma trégua e se oferece para
compartilhar uma refeição com ela. Ele prepara pastissada de caval, um
prato típico de Verona. Quando Julie descobre que é de cavalo, eles acabam em
uma “guerra de comida”. A polícia é acionada quando a comoção chega à praça abaixo. Avisado de que poderá passar a noite na prisão se perturbar a paz novamente, Charlie pede desculpas a Julia.
Ele admite que substituiu o cavalo por cogumelos portobello, e eles passam a
noite se embebedando com vinho. Caminhando pela cidade, Julie faz um pedido na
Fontana Madonna Verona e, em seguida, leva-os à estátua de bronze de Julieta,
onde ambos fazem seus pedidos. No dia seguinte, ela leva Charlie para o passeio
de Julieta, para que ele possa vê-la com os olhos de um romântico. Julie revela
que seus pais excessivamente românticos a levaram a estabelecer padrões
elevados; ele explica que cresceu com quatro irmãos e sem mãe. Naquela noite,
no evento da Vinitalia, Julie conta a Carlo Caruso como seu vinho é
maravilhoso, bloqueando inadvertidamente a oferta da empresa de Charlie.
Charlie a convida para dançar e eles quase se beijam. Ao retornar à vila, sua
noiva Cassie está lá para surpreendê-lo, o que o deixa surpreso, pois estavam
de folga. Brandon aparece de manhã. À noite, ele e Julie acabam sendo
convidados para dividir uma mesa com Cassie e Charlie. Julie fica muito bêbada
e eles vão embora. Charlie termina com Cassie, segue os outros e,
inadvertidamente, vê Brandon pedi-la em casamento. Charlie não percebe a
rejeição de Julie. Silvio convence Charlie a procurar Julie. Quando ele o faz,
ambos percebem que se apaixonaram.
A
obra de Isotta Nogarola atesta a sua extraordinária erudição, as suas
capacidades literárias e a profundidade do seu pensamento, tendo imposto um
modelo que seria seguido pelas mulheres letradas que nos séculos seguintes se
debateram para poder expressar as suas ideias. Na sua obra mais reconhecida, “De
pari aut impari Evae atque Adae peccato” (1451), ou “Diálogo sobre Adão e Eva”,
ela discute o “mito de Eva”, ou o “mito do pecado original”, inaugurando um
debate filosófico que se arrastou durante vários séculos na Europa a respeito
do gênero e da natureza da mulher. Os rapazes estudavam as disciplinas do
movimento que viria a ser conhecido como o humanismo, que começou em Florença
no século XIV, e se espalhou pela Itália, e que constituía o estilo de
aprendizagem clássica seguido pelas famílias nobres. Ao focar os seus
interesses nas culturas romana e grega clássicas, os eruditos acreditavam que a
educação humanística produziria pessoas mais capacitadas e uma melhor
compreensão do conhecimento. As escolas estavam preparadas para ensinar poesia,
gramática, retórica, história e filosofia moral, o que ajudaria qualquer jovem
no seu futuro político. Um verdadeiro humanista
costumava escrever cartas para um grupo já respeitado e reconhecido, e esperar
por uma resposta. Se a resposta trouxesse apoio e louvor ao aprendiz em
potencial, essa notícia iria se espalhar, ganhando terreno para a construção da
sua carreira.
Muitas das famílias mais poderosas providenciavam para que as
suas filhas recebessem igualmente a mesma educação literária e filosófica que
era dada aos rapazes que estudavam as disciplinas do movimento que viria a ser reconhecido
como o humanismo, que começou em Florença no século XIV, e se espalhou extraordinariamente
pela Itália, e que constituía o estilo de aprendizagem clássica seguido pelas
famílias nobres. Ao centralizar os seus interesses nas culturas romana e grega
clássicas, os eruditos acreditavam que a educação humanística produziria
pessoas decerto mais capacitadas e uma melhor compreensão do conhecimento em
torno da existência humana. As escolas estavam preparadas para ensinar poesia,
gramática, retórica, história e filosofia moral, o que ajudaria qualquer jovem ao
investimento no seu futuro político. Um verdadeiro humanista costumava escrever
cartas para um grupo já respeitado e reconhecido, e esperar por uma resposta.
Se a resposta trouxesse apoio e louvor ao aprendiz em potencial, essa notícia
iria se espalhar, ganhando terreno para a construção da sua carreira. Muitas das famílias
mais poderosas providenciavam para que as suas filhas recebessem igualmente a
mesma educação literária e filosófica que era dada aos rapazes. Isotta Nogarola
nasceu no seio de uma família nobre de Verona, que partilhava um interesse
comum pela cultura e que mantinha uma forte tradição de educação das suas
filhas, tendo produzido mulheres letradas ao longo de várias gerações. Ângela
Nogarola (1360-1420), irmã do pai de Isotta, Leonardo, foi uma poetisa com
alguma notoriedade. Isotta Nogarola teve dez irmãos, sete dos quais
sobreviveram à idade adulta. Durante a sua vida, a Itália passava pelo
Renascimento do século XV. Uma nova forma de apreciar a arte, a educação e o
enriquecimento da cultura sombreavam, ipso facto, a cultura italiana.
Politicamente, a Itália estava dividida entre cidades-estados governadas por
famílias extremamente ricas e Gênova, Florença e Veneza são alguns exemplos.
É próprio da concepção
de teoria per se admitir a crítica externa, conforme as regras aceita pela
continuidade que cuida, suscita e critica as teorias. O campo de existência das
teorias é recente e frágil. Constituiu-se pela primeira vez há vinte séculos em
Atenas, onde a instauração da filosofia abriu uma esfera livre de debate de
ideias sem sanção, exclusão, nem liquidação dos participantes. Depois, a
ciência europeia criou o seu próprio campo, onde toda teoria deve obedecer às
regras empíricas, regras lógicas limitadoras e aceitar a verificabilidade que
poderiam desmenti-las. Um sistema de ideias permanece teoria enquanto aceita a regra
do jogo competitivo e crítico, enquanto manifesta maleabilidade interna:
capacidade de adaptação e modificação na articulação entre seus subsistemas,
assim como a possibilidade de abandonar um subsistema e de substituí-los por
outro. Uma teoria é capaz de modificar as suas variáveis que se definem nos
termos do seu sistema de pensamento. Em consequência, as características
fechadas dela são contrabalanceadas pela busca de concordância entre a
coerência e dos dados que evidencia: é isso que constitui a racionalidade.
Depende da interpretação daqueles que habitam o mundo onde se aplica. A teoria
sobrevive das trocas simbólicas, linguísticas e científicas com o mundo real da
imaginação humana. Enquanto teoria metaboliza o real para sobreviver. O tipo
aberto é ligado às regras pluralísticas estruturais que alimenta.
As esferas filosófica e
científica são de existência democrática em geral para as teorias da sociedade. Dizer
concepção de abertura teórica necessita de condições externas favoráveis
significa dizer que todas as formas de sistema de ideias tendem a fechar-se por
si mesmo. O dogmatismo e a ortodoxia não são tendências naturais, contrabalançadas
somente por condições sociais exteriores. Racionalidade e racionalização têm um mesmo
tronco comum, a busca de coerência. Mas, enquanto a racionalidade está
aberta ao que resiste à lógica e mantém o diálogo com o real, a racionalização
integra à força o real na lógica do sistema e crê, então, possuí-lo. Essa
tendência racionalizadora equivale aqui à profunda tendência idealista de todo
sistema de ideias a absorver a realidade que nomeia, designa, descreve,
explica. Sob certo ponto de vista noológico, os sistemas de ideias não se
alimentam somente de energias e paixões humanas, evidenciadas pela tradição do
empirismo lógico. Ipso facto no âmbito da formação da complexidade centrifugam
e esvaziam o real que evidenciam. Desvelando as “leis” que governam o mundo, as
teorias da ciência aspiram à soberania dessas leis.
A inveterada tendência a
tomar o mapa pelo território, a palavra pela coisa, a ideia pela realidade,
depende do espírito humano, de sua aptidão crítica e autocrítica, favorecida
pelas situações culturais pluralistas e abertas. O “remédio” só pode estar na
abertura do sistema, o qual depende da abertura do espírito humano. A partir do ideário do
Renascimento, o mundo é requestionado (cf. Hale, 2003); depois que
Cristóvão Colombo (1451-1506) do chão aumentou a Terra e Copérnico e Galileu
diminuíram-na no céu. Deus é requestionado, assim como o homem; a
interdependência dessas reflexões determina uma problematização generalizada,
de fato alongada. A perda dos antigos fundamentos de inteligibilidade e de
crença suscita a procura incessante de novos fundamentos e a formação ininterrupta
de novos sistemas filosóficos, os quais levantam mais questões do que fornecem
respostas, o que relança em constante permanência a busca. E, assim, a noosfera
filosófica europeia desenvolve-se com uma intensidade prodigiosa apresentando
duas faces opostas e atreladas: de um lado, uma atividade critica, que já não
se exerce apenas, nem principalmente, sobre a religião, mas sobre os próprios
sistemas racionais (racionalizadores), sobre as ideias dominantes, os
princípios, os fundamentos; por outro lado, a elaboração ininterrupta de
sistemas, até o maior de todos, FriedrichHegel; a partir dele a história da filosofia será um corpo a corpo sem
tréguas entre o pensamento antissistemático. A cultura serve como laboratório
noológico, onde se pode poder observar a formação, o florescimento dos
sistemas, seus conflitos, suas simbioses, suas trocas, suas corrupções, suas
escleroses, as suas mutações, os seus rejuvenescimentos, mas também as suas
agonias.
Na história social e da
técnica do Renascimento não existia o que se poderia chamar de “economia
italiana”. Havia muitas economias, algumas diversas de âmbito regional e outras
de âmbito internacional, localizadas todas elas na unidade geográfica e espacial
da península. Duas cidades à beira de rios e duas às margens dos mares, Milão e
Florença, Genova e Veneza, formavam o quadrilátero da prosperidade da Itália
durante a Renascença. Nenhuma delas possuía população superior a 100 mil
habitantes. Mas, em contrapartida, tinham energia e disposição suficiente para
capitanear a liderança econômica da península, como tino para estenderem seus
interesses tanto para o coração da Europa em direção às cidades alemãs,
francesas a flamengas como para Constantinopla e o restante do Levante.
Dedicavam-se como atividade econômica ao comércio de luxo: seda, brocados,
âmbar, especiarias, ouro e prata, como às atividades que atendiam o consumo
cotidiano, como têxteis, tendo em vista que em Florença, além da Casa dos
Médici (cf. Abreu e Lima, 2012), foi um poderoso centro lanífero. Veneza também
acolheu uma formidável indústria naval para dar sustento ao seu império de
comunicação marítimo que se estendia pelas ilhas gregas e alcançava vários
portos do mar Negro. A comunicação marítima gerou uma burguesia pródiga,
sequiosa de ostentar posição de mando e desejosa de preservar-se através da
cultura e do patrocínio das artes.
A competição entre as
diversas cidades fez a glória dos artistas de seu tempo histórico e social,
muitos deles foram cobiçados por várias cortes que os prodigalizavam com
recursos monetários, promoção e prestígio. Não por acaso, em geografia urbana,
hinterlândia corresponde a uma área geográfica que pode se tratar de um
município ou um conjunto de municípios servida por um porto e a este conectada
por uma rede de transportes, através da qual recebe e envia mercadorias ou
passageiros do porto ou para o porto. Trata-se, portanto, da área de influência
pragmático de uma cidade portuária que, por concentrar significativa atividade
econômica, pode engendrar uma rede urbana, constituída por centros urbanos
menores. Posteriormente, o conceito passou a ser utilizado também no caso de
cidades não portuárias que são “cabeças-de-rede”. O termo pode ser aplicado à
área que circunda um centro de comércio, ou de setor de serviços e da qual
provêm os seus clientes. O conceito foi aplicado à área de ex-colônias na
África, apesar de não serem parte da colônia, eram por ela influenciadas. A mãe de Isotta, Bianca
Borromeo, viúva e iletrada, pois seu marido havia morrido entre os anos 1425 e
1433, providenciou para que ela e as suas irmãs Ginevra e Laura tivessem uma
boa educação, tendo aprendido latim e grego numa idade precoce, primeiro sob a
orientação de Matteo Bosso e mais tarde de Martino Rizzoni (1404-1488), um dos
mais brilhantes alunos de Guarino da Verona (1370-1460), sendo um dos mais
respeitados poetas, humanistas e pensadores italianos.
Nogarola e
suas irmãs tiveram praticamente a mesma educação que um rapaz de uma família
abastada teria recebido, com exceção da retórica, que era considerada
irrelevante para a aprendizagem de uma mulher, pois supostamente ela nunca
teria oportunidade de falar em público. Isotta e a sua irmã mais velha Ginevra
Nogarola (1417-1464) tornaram-se suficientemente competentes nos Studia Humanitatis
para que a sua reputação social se difundisse pela região e elas começassem a
se corresponder em latim clássico com outros intelectuais. Isotta demonstrou ser
uma estudante extremamente hábil, tendo criado obras literárias que começaram a
conquistar reconhecimento por toda a região. Aos dezoito anos já era famosa. A
sua eloquência em Latim era muito respeitada, e a sua fama não provinha apenas
do grande volume de conhecimentos que ela parecia possuir, mas também da
inovação do seu gênero. Em 1437, ela escreveu uma carta para Guarino de
Verona o qual deixou a carta sem resposta, humilhando-a publicamente. Meses
mais tarde Isotta decide enviar uma segunda carta queixando-se da sua falta de
resposta que a tinha coberto de ridículo: “Toda a cidade se ri de mim, o meu gênero
troça de mim, em nenhum lugar tenho um refúgio seguro, os burros [mulheres]
mordem-me, os touros [homens] investem sobre mim com os seus cornos”,
suplicando a sua ajuda para recuperar a reputação perdida, pondo cobro às “Scelestae
linguae que me chamam torre de audácia e dizem que deveria ser enviada para os
confins da terra pela minha ousadia”. E “já existem tantas mulheres no mundo”,
lamentava-se, “por que então nascer mulher para ser desprezada pelos homens,
tanto em palavras como por atos”. A resposta a segunda carta foi prontamente
recebida. Na sua missiva, escrita em tom paternalista, Guarino aconselhava-a a
ser forte em face dos ataques, mas também a abandonar uma atividade que não era
adequada para o seu sexo e a casar-se. Segundo Veronese, Isotta deveria
dissociar-se do seu sexo e cultivar a sua alma masculina – “tornar-se um homem”
– para atingir os seus objetivos e ser estimada pelos homens, podendo assim
participar no mundo acadêmico masculino.
Os detalhes precisos da
história inicial de Verona permanecem um mistério, assim como a origem do seu
nome. Uma teoria é que era uma cidade dos Euganei, que foram obrigados a
cedê-la aos Cenomanos (550 a.C.). Com a conquista do Vale do Pó, o território
veronês tornou-se romano por volta de 300 a.C. Verona tornou-se uma colônia
romana em 89 a.C. Foi classificada como município em 49 a.C., quando seus
cidadãos foram atribuídos à tribo romana Poblilia ou Publicia. A cidade
tornou-se importante porque estava na intersecção de várias estradas. Estilicão,
um comandante militar do exército romano, derrotou Alarico e seus visigodos
aqui em 402. Mais tarde, Verona foi conquistada pelos ostrogodos em 489, e a
dominação gótica da Itália começou. Diz-se que Teodorico, o Grande, construiu
um palácio lá. Permaneceu sob o poder dos godos durante toda a Guerra Gótica
(535–552), exceto por um único dia em 541, quando o oficial bizantino Artabazes
fez uma entrada. As deserções dos generais bizantinos sobre o saque tornaram
possível para os godos recuperarem a posse da cidade. Em 552, os romanos sob o
general Valeriano tentaram em vão entrar na cidade, mas foi somente quando os
godos foram totalmente derrubados que eles politicamente a renderam.
Em 569, foi tomada por
Alboíno, rei dos lombardos, em cujo reino era, em certo sentido, a segunda
cidade mais importante. Lá, Alboíno foi “morto por seu próprio povo com a
conivência de sua esposa” em 572. Os duques de Treviso frequentemente residiam
lá. Adalgiso, filho de Desidério, em 774 fez sua última resistência em Verona a
Carlos Magno, que havia destruído o reino lombardo. Verona se tornou a
residência ordinária dos reis da Itália, o governo da cidade se tornando
hereditário na família do conde Milo, progenitor dos condes de São Bonifácio.
De 880 a 951, os dois Berengários residiram lá. Sob o domínio do Sacro Império
Romano e da Áustria, Verona era alternativamente conhecida em alemão como Berna,
Welsch-Bern ou Dietrichsbern. Otto I cedeu a Verona o marquesado dependente do
Ducado da Baviera, no entanto, a crescente riqueza das famílias burguesas
eclipsou o poder dos condes e, em 1135, Verona foi organizada como uma comuna
livre. Em 1164, Verona se juntou a Vicenza, Pádua e Treviso para criar a Liga
Veronesa, que foi integrada à Liga Lombarda em 1167 para lutar contra Frederico
I Barbarossa. A vitória foi alcançada na Batalha de Legnano em 1176, e o
Tratado de Veneza foi assinado em 1177, seguido pela Paz de Constança em 1183.
Quando Ezzelino III da
Romano foi eleito podestà em 1226, converteu o cargo público em um senhorio
permanente. Em 1257, causou o massacre de 11 mil paduanos na planície de
Verona (Campi di Verona). Após sua
morte, o Grande Conselho elegeu Mastino I della Scala como podestà, e ele
converteu a “signoria” extraordinariamene em posse familiar, embora deixando aos burgueses uma
participação no governo. Não conseguindo ser reeleito podestà em 1262, efetuou
um golpe de estado e foi aclamado Capitano del Popolo, com o comando das tropas
comunais. Longas discórdias internas ocorreram antes que ele conseguisse
estabelecer este novo cargo, ao qual estava anexada a função de confirmar o
podestà. Em 1277, Mastino della Scala foi morto pela facção dos nobres. O
reinado de seu filho Alberto della Scala como capitano (1277–1302) foi um
período de guerra incessante contra os condes de San Bonifacio, que foram
auxiliados pela Casa de Este. De seus filhos, Bartolomeo, Alboino e Cangrande I
della Scala (1291–1329), apenas o último compartilhou o governo (1308); ele foi
grande como guerreiro, príncipe e patrono das artes; ele protegeu Dante,
Petrarca e Giotto. Por guerra ou tratado, ele trouxe sob seu controle as
cidades de Treviso (1308), Vicenza (1311) e Pádua (1328). Naquela época, antes
da Peste Negra, a cidade abrigava mais de 40 mil pessoas. Cangrande foi sucedido
por Mastino II (1329–1351) e Alberto, filhos de Alboino. Mastino continuou a
política de seu tio, conquistando Bréscia em 1332 e levando seu poder além do
Míncio.
Ele comprou Parma (1335) e Lucca (1339). Depois do Rei da França, ele
foi o príncipe mais rico de seu tempo. Uma poderosa liga foi formada contra ele
em 1337 – Florença, Veneza, os Visconti, os Este e os Gonzaga. Após uma guerra
de três anos, os domínios dos Scaliger foram reduzidos a Verona e Vicenza (a
filha de Mastino, Regina-Beatrice della Scala, casou-se com Barnabé Visconti).
O filho de Mastino, Cangrande II (1351–1359), era um tirano cruel, dissoluto e
desconfiado; não confiando em seus próprios súditos, ele se cercou de
mercenários brandenburgianos. Ele foi morto por seu irmão Cansignorio
(1359-1375), que embelezou a cidade com palácios, dotou-a de aquedutos e pontes
e fundou o tesouro do estado. Ele também matou seu outro irmão, Paolo Alboino.
O fratricídio parece ter se tornado um costume familiar, pois Antônio
(1375-1387), irmão biológico de Cansignorio, assassinou seu irmão Bartolomeu,
despertando assim a indignação do povo, que o abandonou quando Gian Galeazzo
Visconti, de Milão, o guerreou. Tendo esgotado todos os seus recursos, ele
fugiu de Verona à meia-noite de 19 de outubro de 1387, pondo fim à dominação scaligeriana,
que, no entanto, sobreviveu em seus monumentos. O ano de 1387 é o ano da
Batalha de Castagnaro, travada entre Giovanni Ordelaffi, de Verona, e John
Hawkwood, de Pádua. Este último saiu vitorioso. O filho de Antônio,
Canfrancesco, tentou em vão recuperar Verona (1390). Guglielmo (1404), filho
natural de Cangrande II, teve mais sorte; com o apoio do povo e dos Carraresi,
expulsou os milaneses, mas morreu dez dias depois. Após um período de domínio
Carrese, Verona submeteu-se a Veneza (1405).
Os últimos
representantes dos Scaligeri viveram na corte imperial e tentaram repetidamente
recuperar Verona com a ajuda de revoltas populares. De 1508 a 1517, a cidade
esteve sob o poder do Imperador Maximiliano I. Houve numerosos surtos de peste
e, em 1629-1633, a Itália foi atingida pelo seu pior surto dos tempos modernos.
Cerca de 33 mil pessoas morreram em Verona mais de 60% da população em
1630-1631. Em 1776, um método de toque de sinos foi desenvolvido, chamado de
arte de toque de sinos veronesa. Verona foi ocupada por Napoleão em 1797, mas
na segunda-feira de Páscoa a população se revoltou e expulsou os franceses. Foi
então que Napoleão pôs fim à República de Veneza. Verona tornou-se território
austríaco quando Napoleão assinou o Tratado de Campo Formio em outubro
de 1797. Os austríacos assumiram o controle da cidade em 18 de janeiro de 1798.
Ela foi tomada da Áustria pelo Tratado de Pressburg em 1805 e tornou-se parte
do Reino da Itália de Napoleão, mas foi devolvida à Áustria após a derrota de
Napoleão em 1814, quando se tornou parte do Reino da Lombardia-Veneza,
controlado pela Áustria.
O Congresso de Verona, que se reuniu em 20 de outubro
de 1822, fez parte de uma série de conferências ou congressos internacionais,
iniciados com o Congresso de Viena em 1814-1815, que marcaram a continuação da
aplicação do “Concerto da Europa”. Após a Terceira Guerra da Independência
Italiana (1866), Verona, juntamente com o resto de Vêneto, tornou-se parte
de uma Itália unida. Após a 2ª Guerra
Mundial (1939-1945), com a adesão da Itália à Organização do Tratado Atlântico Norte (OTAN), Verona recuperou sua
importância estratégica, devido à sua proximidade geográfica com a Cortina
de Ferro. A cidade tornou-se sede das Forças Terrestres Aliadas do Sul da
Europa e teve, durante toda a chamada Guerra Fria, uma forte presença militar,
especialmente americana, que diminuiu desde então. (1947-1991) foi um período
de tensão político-ideológica entre os blocos capitalista e comunista,
liderados pelos Estados Unidos da América e pela União Soviética, respetivamente. Não
houve confronto bélico direto entre as duas superpotências, mas ideológico,
devido à ameaça nuclear, mas sim conflitos indiretos, corridas armamentista e
espacial, espionagem e a criação de alianças militares como a Organização do Tratado
Atlântico Norte e o Pacto de Varsóvia (1955). O conflito terminou, levando à predominância do
capitalismo. As características da Guerra Fria
foram: conflito ideológico e geopolítico entre o capitalismo,
defendido pelos EUA, e o comunismo, apoiado pela URSS.
O
mundo foi dividido em dois grandes blocos político-ideológicos, cada um
liderado por uma das superpotências, e cada bloco defendia a sua visão
política e económica. Ausência de Confronto
Direto: A ameaça de uma guerra nuclear impediu um conflito direto entre os EUA
e a URSS, o que deu origem ao nome Fria. Alianças Militares: Foram
formadas a OTAN, liderada pelos EUA, e o Pacto de Varsóvia, liderado pela URSS,
para garantir a proteção mútua dos países membros. Corrida Armamentista e
Espacial: As superpotências competiram para desenvolver novas armas e
tecnologias, culminando numa corrida pelo domínio do espaço, incluindo a
chegada do homem à Lua. Conflitos Indiretos: Os Estados Unidos da América e a União
das Repúblicas Socialista Soviética apoiaram lados opostos em guerras como a da
Coreia e a do Vietname, além de influenciarem a política e a economia de
diversos países. Espionagem e Propaganda: A espionagem era uma ferramenta
importante, e a propaganda era utilizada politicamente para desqualificar um
sistema e promover o outro. Queda do Muro de Berlim: O Muro, símbolo da divisão
entre o leste e o oeste da Europa, caiu em 1989, abrindo caminho para a
reunificação da Alemanha e o fim da divisão de blocos. Colapso da União
Soviética: Em 1991, a União Soviética desintegrou-se, marcando o fim definitivo
da Guerra Fria e o fim da ordem geopolítica bipolar. Predomínio do Capitalismo:
Com o fim da URSS, o sistema capitalista tornou-se o sistema hegemónico em
grande parte do mundo contemporâneo.
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2025; entre outros.
“Às vezes, a gente acha que atingiu o fundo do terror, desiste, e
mesmo assim não morre”. Charles Bukowski
A origem da expressão “Anjos da Noite” não é diretamente ligada historicamente a uma fonte única, mas sim a um conceito mais amplo de seres que “habitam a noite ou são associados a ela”, que aparece em contextos culturais variados, como filmes, literatura e outras obras artísticas. O termo “Anjos da Noite” refere-se a filmes da franquia de ficção científica & fantasia, onde os personagens vivem em um mundo de conflitos entre vampiros e lobisomens. No cinema a expressão é mais conhecida por ser o título da saga de filmes de ação e fantasia “Anjos da Noite” (Underworld), que estreou em 2003. O filme original, protagonizado por Kate Beckinsale, explora uma “guerra secular entre vampiros e lobisomens, numa história de amor e traição”. No contexto cultural a expressão pode ser usada para se referir a figuras que “atuam ou que são reconhecidas durante a noite”. É uma forma de descrever personagens, grupos ou ideias que surgem em um contexto noturno, como um símbolo de sua presença ou atividades. Anjos da Noite: Guerras de Sangue é um filme de ação e terror de 2016 dirigido por Anna Foerster, com roteiro de Cory Goodman, baseado em uma história de Kyle Ward e Goodman. É a sequência de Anjos da Noite: O Despertar (2012) e o quinto filme da franquia Anjos da Noite. O filme é estrelado por Kate Beckinsale, Theo James, Lara Pulver, James Faulkner e Charles Dance. As filmagens começaram em outubro de 2015 em Praga, República Tcheca. Underworld: Blood Wars foi lançado em países selecionados em 24 de novembro de 2016 e nos Estados Unidos em 6 de janeiro de 2017. O filme foi in statu anscendi e arrecadou US$ 81,1 milhões, contra um orçamento de produção de US$ 35 milhões, comparativamente, tornando-se o filme ainda de menor bilheteria da franquia.
Praga, em Tcheco: Praha é a capital e a maior cidade da República Tcheca, situada na margem do rio Vltava. Conhecida como “cidade das cem cúpulas”, Praga é um dos mais belos e antigos centros urbanos da Europa, famosa pelo extenso patrimônio arquitetônico e rica vida cultural, como é bem retratado por Milan Kundera no best Seller: “Nesnesitelná lehkost bytí”, ou, “A Insustentável Leveza do Ser”, título em português, é um livro publicado em 1984 por Milan Kundera. O romance se passa na cidade de Praga em 1968. Foi adaptado para o cinema pelo diretor Philip Kaufman sob o nome “The Unbearable Lightness of Being”. Praga é importante também como núcleo de transportes e comunicações, é o principal centro econômico e industrial da República Tcheca. Situada na Boêmia central, a cidade de Praga localiza-se sobre colinas, em ambas as margens do rio Vltava, pouco antes de sua confluência com o rio Elba. O curso sinuoso do rio através da cidade, cheia de belas e antigas pontes, contrasta com a presença imponente do grande Castelo de Praga em Hradcany, que domina a capital na margem esquerda (oriental) do Vltava. Hradčany (Hradschin), ou o Distrito do Castelo é uma parte da cidade de Praga, República Checa, que fica no entorno do Castelo de Praga. É considerado o maior castelo do mundo com cerca de 570 meros de comprimento por 130 metros médios de largura.
Suas origens estão no
século IX e em sua área se encontra a Catedral de São Vito, uma das principais
construções da cidade de Praga e a maior igreja da República Checa. Situada no
Castelo de Praga e estando construída juntamente com o castelo, a construção da
catedral no seu atual estilo gótico foi iniciada em 1344 e finalizou-se, depois
de uma interrupção das obras no século XV, só em 1929. Destaca-se, entre outros,
a grande Capela de São Venceslau do século XIV, compreendendo mais de 1.000
pedras semipreciosas, a par de frescos de temas bíblicos. A maior parte do
distrito consiste de nobres e históricos castelos de Praga, mas há também
outras atrações para visitantes: refúgios românticos, locais tranquilos,
paisagens lindas. Hradčany era uma cidade independente até 1784, quando as
quatro cidades (bairros) que até então constituíam a área urbana de Praga foram
proclamadas com integradas e pertencentes à capital dos Tchecos. As outras três
eram: Malá Strana (Kleinseite), Staré Město (Altstadt) e Nové
Město (Neustadt). A Catedral Metropolitana dos Santos Vito, Venceslau e
Adalberto é uma catedral metropolitana católica de Praga, e sede do Arcebispo
de Praga. Até 1997, a catedral era dedicada apenas a São Vito, e ainda é
comumente nomeada apenas como Catedral de São Vito.
Esta catedral é um
exemplo proeminente da arquitetura gótica e é a maior e mais importante igreja
do país. Localizada dentro do Castelo de Praga e contendo os túmulos de muitos
reis da Boêmia e imperadores do Sacro Império Romano, a catedral está sob a
propriedade do governo tcheco como parte do complexo do Castelo de Praga. A
catedral atual é a terceira de uma série de edifícios religiosos no local,
todos dedicados a São Vito. A primeira igreja foi uma rotunda românica
primitiva fundada por Venceslau I, Duque da Boêmia, em 930. Este santo
padroeiro foi escolhido porque Venceslau havia adquirido uma relíquia sagrada,
isto é, o braço de São Vito do Imperador Henrique I. Também é possível que
Venceslau, querendo converter seus súditos ao cristianismo mais facilmente,
tenha escolhido um santo cujo nome Svatý Vít, em tcheco, soa muito parecido com
o nome da divindade solar eslava Svantevit, Duas populações religiosas, a
crescente comunidade cristã e a decrescente comunidade pagã, viveram
simultaneamente no Castelo de Praga pelo menos até o século XI. No ano de 1060,
quando o bispado de Praga foi fundado, o príncipe Spytihněv II embarcou na
construção de uma igreja mais espaçosa, pois ficou claro que a rotunda
existente era pequena demais para acomodar os fiéis.
Uma basílica
românica muito maior e mais representativa foi construída em seu lugar. Embora
ainda não completamente reconstruída, a maioria dos especialistas concorda que
era uma basílica de três naves com dois coros e um par de torres conectadas ao
transepto ocidental. O projeto da catedral faz referência à arquitetura
românica do Sacro Império Romano, mais notavelmente à igreja da abadia em
Hildesheim e à Catedral de Speyer. A abside sul da rotunda foi incorporada ao
transepto leste da nova igreja porque abrigava o túmulo de São Venceslau, que
agora se tornara o santo padroeiro dos príncipes tchecos. Uma mansão episcopal
também foi construída ao sul da nova igreja e foi consideravelmente ampliada e
estendida em meados do século XII. A construção da atual catedral gótica
começou em 21 de novembro de 1344, quando a sede de Praga foi elevada a
arcebispado. O rei João da Boêmia (1296-1346) lançou a pedra fundamental do
novo edifício. Os patronos eram o capítulo da catedral (liderado por um deão),
o arcebispo Arnost de Pardubice e, acima de tudo, Carlos IV, rei da Boêmia, e
mais tarde Imperador do Sacro Império Romano-Germânico, que governou de 1346 a
1378. Ele foi uma figura importante na Europa Central, conhecido pelo seu
patrocínio das artes e ciências, fundando a Universidade de Carlos e
supervisionando a expansão de Praga, incluindo a construção da Ponte Carlos e
da Catedral de São Vito.
Seu reinado também foi
marcado pela introdução da Bula de Ouro de 1356, que teve um papel
significativo na estrutura política do Império e futuro imperador do Sacro
Império Romano, pretendia que “a nova catedral fosse uma igreja de coroação,
cripta familiar, tesouro para as relíquias mais preciosas do reino e o último
local de descanso e peregrinação do santo padroeiro Venceslau”. O primeiro
mestre construtor foi um francês, Matias de Arras, convocado do Palácio Papal
em Avignon. Matias projetou o layout geral do edifício como, basicamente, uma
importação do gótico francês: uma basílica de três naves com arcobotantes,
transepto curto, coro de cinco vãos e abside decágona com capelas
deambulatórias e radiantes. No entanto, ele viveu para construir apenas as
partes mais orientais do coro: as arcadas e o deambulatório. A verticalidade
esbelta do gótico francês tardio e o respeito claro, quase rígido, pelas
proporções distinguem sua obra hoje. Após a morte de Matias em 1352, Peter
Parler, de 23 anos, assumiu o controle da oficina da catedral como mestre de
obras. Ele era filho do arquiteto da Heilig-Kreuz-Münster em Schwäbisch Gmünd.
Inicialmente, Parler trabalhou apenas nos planos deixados por seu antecessor,
construindo a sacristia no lado Norte do coro e a capela no Sul. Depois de
terminar tudo o que Matias deixou inacabado, ele continuou de acordo com suas
próprias ideias. O design ousado e inovador de Parler trouxe uma nova
síntese única de elementos góticos na arquitetura. Isso é melhor exemplificado
nas abóbadas que ele projetou para o coro. As chamadas abóbadas de Parler
ou abóbadas de rede têm nervuras diagonais duplas não simples, como nas
abóbadas de arestas clássicas do alto gótico que abrangem a largura do vão do
coro. Os pares de “nervuras cruzadas” criam uma construção em forma de rede
(daí o nome), que fortalece consideravelmente a abóbada.
A abóbada em cruzaria é
um elemento arquitetônico. É um dos elementos característicos da arquitetura
gótica. Constitui-se em uma derivação da chamada abóbada de aresta, da
qual se distingue pela utilização de nervuras diagonais estruturais que lhe
suportam o peso e o descarregam sobre pilares compostos ou polistilos e a que
pertencem, e geralmente com elas são identificadas, as chamadas abóbadas de
ogivas, também referidas como abóbadas em cruzaria de ogivas e as abóbadas de
nervuras, também referidas como abóbadas de nervos. Refira-se que quando se
utiliza neste contexto o termo “ogiva”, este não se refere aos arcos quebrados
ou ogivais, embora também característicos do Gótico, mas sim aos arcos
(quebrados ou não) que, nestas abóbadas têm a função de aumentar (augere,
em latim), a resistência e segurança da estrutura. Dentro desta tipologia
distingue-se a abóbada de seis painéis, resultante de 6 arcos: 2 arcos torais
(que se cruzam ao centro) e 4 arcos formeiros que limitam os quatro lados da
abóbada com um fecho no centro da abóbada, como na torre-lanterna da Sé de
Coimbra. Eles também dão uma ornamentação viva ao teto, pois as abóbadas
interligadas criam um padrão dinâmico em ziguezague ao longo da catedral. Enquanto
Matias de Arras foi educado como geômetra, enfatiza sistemas rígidos de
proporções e composições matemáticas claras em seus projetos, Parler foi
treinado como escultor e entalhador de madeira. Ele tratava a arquitetura como
uma escultura, quase como se estivesse brincando com formas estruturais em
pedra. Além de suas abóbadas ousadas, as peculiaridades de seu trabalho também
podem ser vistas no desenho de pilares, com colunas clássicas em forma de sino,
que foram quase esquecidas pelo Alto Gótico, a engenhosa abóbada em cúpula da
nova capela de São Venceslau, as paredes onduladas do clerestório, a traceria
original das janelas, não há duas de suas janelas iguais, mas semelhantes, pois,
com a ornamentação é sempre
diferente, e os painéis de traceria cega dos contrafortes.
A escultura
arquitetônica teve um papel considerável enquanto Parler estava encarregado da
construção, como pode ser visto nos cachorros, nos lintéis das passagens
e, particularmente, nos bustos do trifório, que retratam rostos da
família real, santos, bispos de Praga e os dois mestres construtores, incluindo
o próprio Parler. As obras na catedral, no entanto, avançaram lentamente, pois
o Imperador encomendou a Parler muitos outros projetos, como a construção da
nova Ponte Carlos em Praga e de muitas igrejas em todo o reino tcheco. Em 1397,
quando Pedro Parler faleceu, apenas o coro e partes do transepto estavam
concluídos. Após a morte de Peter Parler em 1399, seus filhos, Wenzel Parler e,
em particular, Johannes Parler, deram continuidade à sua obra; eles, por sua
vez, foram sucedidos por um certo Mestre Petrilk, que, segundo todos os
relatos, também era membro da oficina de Parler. Sob a direção desses três
mestres, o transepto e a grande torre em seu lado Sul foram concluídos. O mesmo
aconteceu com o frontão que conecta a torre ao transepto Sul. Apelidado de “Portão
Dourado”, provavelmente devido ao mosaico dourado do Juízo Final
retratado nele, era por este portal que “os reis entravam na catedral para as
cerimônias de coroação”. Todo o processo de construção foi interrompido com o
início da Guerra Hussita, na primeira metade do século XV. A guerra pôs
fim à oficina, que funcionou de forma constante por quase um século, e o
mobiliário da catedral, dezenas de quadros e esculturas, sofreu bastante com a
devastação da iconoclastia hussita. Como se não bastasse, um grande incêndio em
1541 danificou gravemente a catedral. Talvez o lugar mais notável na catedral
seja a Capela de São Venceslau, que abriga relíquias do santo. Peter Parler (1330-1399)
construiu a sala entre 1356, “o ano em que assumiu e 1364 com uma
abóbada nervurada”. As partes inferiores das paredes são decoradas com cerca
1300 pedras semipreciosas e pinturas representando a Paixão de Cristo
datadas da decoração original da capela em 1372-1373.
A área superior das
paredes tem pinturas representando a vida de São Venceslau, pelo Mestre do
Retábulo de Litoměřice entre 1506 e 1509. Acima do altar, há uma estátua gótica
de São Venceslau criada por Jindřich Parler, sobrinho de Peter em 1373. A
capela não é aberta ao público, mas pode ser vista das portas. Uma pequena
porta com sete fechaduras, no canto sudoeste da capela, leva à Câmara da Coroa,
que contém as joias da coroa tcheca, que são exibidas ao público apenas uma vez
a cada aproximadamente cinco anos. Durante a maior parte dos séculos seguintes,
a catedral permaneceu apenas parcialmente concluída. A grande torre e o
transepto foram construídas, fechados por uma parede provisória. No lugar da
nave de três naves a ser construída, foi construída uma construção com telhado
de madeira, e os serviços religiosos foram realizados separadamente do interior
do coro. Várias tentativas de continuar as obras na catedral foram, em sua
maioria, infrutíferas. Na segunda metade do século XV, o rei Vladislau II
encomendou ao grande arquiteto renascentista-gótico Benedict Ried a continuação
das obras na catedral, mas quase assim que as obras começaram, foram interrompidas
devido à falta de fundos. Tentativas posteriores de terminar a catedral
trouxeram elementos renascentistas e barrocos para o edifício gótico,
principalmente a torre barroca diferente da torre Sul, de Nikolaus Pacassi
(1753-1775), e o grande órgão na ala Norte do transepto.
Em 1844, Václav Pešina (1782-1859),
um enérgico cônego de São Vito, juntamente com o arquiteto neogótico Josef
Kranner (1801-1871), apresentou um programa para a renovação e conclusão da
grande catedral na reunião de arquitetos alemães em Praga. No mesmo ano, foi
formada uma sociedade sob o nome completo “União para a Conclusão da Catedral
de São Vito em Praga”, cujo objetivo era reparar, completar e livrar a
estrutura de tudo o que estivesse mutilado e estilisticamente hostil. Josef Andreas
Kranner (1801-1871) liderou o trabalho de 1861 a 1866, que consistiu
principalmente em reparos, remoção de decorações barrocas consideradas
desnecessárias e restauração do interior. Em 1870, os operários finalmente
lançaram as fundações da nova nave e, em 1873, após a morte de Kranner, o
arquiteto Josef Mocker (1835-1899) assumiu o controle da reconstrução. Ele
projetou a fachada Oeste em um estilo gótico clássico típico, com duas torres,
e o mesmo projeto foi adotado, após sua morte, pelo terceiro e último arquiteto
da restauração, Kamil Hilbert (1869-1933). Na década de 1920, o escultor
Vojtěch Sucharda (1884-1968) trabalhou na fachada, e o famoso pintor tcheco de
Art Nouveau, Alfons Mucha, decorou as novas janelas na parte Norte da nave.
Frantisek Kysela (1881-1941) projetou a rosácea entre 1925 e 1927, que retrata
cenas da história bíblica da criação. Na
época do jubileu de São Venceslau, em 1929, a Catedral de São Vito estava
finalmente concluída, passados quase 600 anos após seu início.
Apesar de toda a metade
ocidental da catedral ser uma adição neogótica, grande parte do design e dos
elementos desenvolvidos por Peter Parler foram utilizados na restauração,
conferindo à catedral como um todo uma aparência harmoniosa e unificada. Em
1997, no milésimo aniversário da morte de Santo Adalberto, o patrocínio
(dedicação) da igreja foi rededicado a São Venceslau e Santo Adalberto.
A basílica românica anterior tinha este triplo patrocínio para os principais
padroeiros da Boêmia desde 1038, quando as relíquias de Santo Adalberto foram
depositadas aqui. O crânio de Santo Adalberto é guardado no Tesouro de Hilbert.
Em 1954, um decreto governamental confiou todo o Castelo de Praga à propriedade
de “todo o povo tchecoslovaco” e à administração do Gabinete do Presidente. A
partir de 1992, após a Revolução de Veludo, ou, Revolução Suave, representou
uma transição de poder não violenta na Tchecoslováquia, ocorrendo de 17
a 28 de novembro de 1989, a igreja entrou com diversas petições solicitando a
determinação do verdadeiro proprietário da estrutura. Após 14 anos, em junho de
2006, o Tribunal da Cidade de Praga decidiu que o decreto de 1954 não alterava
a propriedade da catedral e que o proprietário era o Capítulo Metropolitano de
São Vito. Em setembro de 2006, o Gabinete do Presidente cedeu a administração
ao Capítulo Metropolitano.
No entanto, em
fevereiro de 2007, a Suprema Corte da República Tcheca reverteu a decisão do
Tribunal da Cidade e devolveu o caso ao tribunal comum. Em setembro de 2007, o
Tribunal Distrital de Praga 7 decidiu que a catedral é propriedade da República
Tcheca. Essa decisão foi confirmada pelo Tribunal da Cidade de Praga e o
Tribunal Constitucional rejeitou o recurso do Capítulo Metropolitano,
observando, no entanto, que o Capítulo é, sem dúvida, o proprietário do
mobiliário interno da catedral. O Capítulo Metropolitano considerou prosseguir
com o caso no Tribunal Europeu de Direitos Humanos. No entanto, em maio de
2010, o novo Arcebispo de Praga, Dominik Duka, e o presidente do estado, Václav
Klaus, declararam conjuntamente que não desejavam dar continuidade aos
conflitos judiciais. Eles decidiram que as sete pessoas tradicionalmente
detentoras das chaves da Câmara de São Venceslau, com as Joias da Coroa Boêmia,
também se tornariam um conselho para coordenar e organizar a administração e o
uso da catedral. No entanto, a controvérsia sobre a propriedade de algumas
casas canônicas relacionadas continua. Em julho de 2012, a Câmara dos Deputados
aprovou um projeto de lei para compensar financeiramente as igrejas pelos bens
confiscados pelo período do governo comunista. O Senado aprovou o projeto de
lei em novembro de 2012 e o governo implementou-o em junho seguinte, após
superar os desafios nos procedimentos legais.
Os clãs de vampiros
restantes estão à beira da aniquilação pelos Lycans. Ambas as espécies estão em
busca de Selene: os vampiros buscam justiça pela morte de Viktor, enquanto os
Lycans, liderados por Marius, pretendem usá-la para localizar Eve, cujo sangue
contém a chave para a construção de um exército de híbridos de vampiros e
lobisomens. Semira, membro do conselho do Coven Oriental, pede a Thomas que
defenda o caso de Selene perante o conselho. O Coven Oriental, também reconhecido
como Coven Corvinus e Setor Oriental, é um Coven de Vampiros liderado por
Cassius, Semira e os outros membros do Conselho de Elite. Sua sede de poder simbólico
é um castelo, possivelmente localizado na Praga. O pedido é bem-sucedido e o
conselho relutantemente concorda com o perdão em troca da ajuda de Selene.
Selene chega com David e começa a treinar os neófitos Death Dealers do
coven para a guerra iminente. Semira e Varga, seu aliado e amante, envenenam
Selene, massacram os recrutas e a incriminam pela atrocidade. Com Selene sob
sua custódia, Semira começa a drenar seu sangue, com a intenção de bebê-lo para
roubar seu poder. Thomas e David tentam um resgate e conseguem salvar Selene.
Infelizmente, Thomas morre no processo. David e Selene se refugiam no Coven
Nórdico, perseguidos por Alexia, uma vampira do Coven Oriental enviada por
Semira. Em Var Dohr, a fortaleza do Coven Nórdico, o Ancião Vidar revela que
David é filho da Grande Anciã Amelia. Ela e Thomas estavam apaixonados, mas
foram forçados a esconder seu relacionamento e as origens de David
devido ao ciúme extremo e à possessividade de Victor em relação a Amelia.
Isso torna David o
herdeiro legítimo do Coven Oriental. Enquanto isso, Alexia conta a Marius, seu
amante secreto, que Selene está indo para o Coven Nórdico. Marius e seus Lycans
atacam Var Dohr para capturá-la. Selene e David lutam ao lado dos vampiros
nórdicos, liderados por Lena, filha de Vidar. Durante a luta, Alexia esfaqueia
Selene. Marius exige saber a localização de Eve, mas descobre que Selene não
sabe, então ele ordena a retirada. Selene se afoga deliberadamente sob o gelo
quebrado do lago, dizendo a si mesma que “meu tempo acabou”. No Coven Oriental,
Semira bebe o sangue retirado de Selene. Alexia retorna e a informa sobre o
ataque ao Coven Nórdico. Semira mata Alexia, dizendo que sabia de sua aliança
secreta com Marius. David retorna ao Coven Oriental, apresenta-se como seu
legítimo herdeiro e denuncia Semira. Até Varga a abandona, afirmando ser leal
ao líder legítimo. Ela é levada para ser aprisionada em seu quarto. O coven é
atacado por Marius e suas forças. Os Lycans abrem buracos nas paredes do
castelo, permitindo a entrada da luz solar e matando alguns vampiros. David
continua lutando, inclusive usando a si mesmo como escudo para vários jovens
lutadores, para choque e admiração de Varga. No entanto, ele se vê cara a cara
com Marius. Selene reaparece de repente, agora com aparência nórdica e vestindo
um casaco sobre seu uniforme de Death Dealer. Acontece que ela foi ressuscitada
pelo Coven Nórdico e agora possui novos poderes, incluindo velocidade
aprimorada. Ela derrota os Lycans, enquanto o Coven Nórdico se junta à luta. Atravessa
o castelo, Semira escapa de seu quarto e mata os guardas. Selene e David
encontram Marius, mas David é surpreendido por Semira.
Death Dealer representa
uma pintura de fantasia de 1973 do artista americano Frank Frazetta. Ela
retrata um guerreiro ameaçador, vestido com uma armadura e um capacete com
chifres, cujas feições faciais são obscurecidas pela sombra, montado em um
cavalo, segurando um machado e um escudo ensanguentados. A imagem eventualmente
levou a spin-offs de diversos produtos, incluindo pinturas subsequentes do
guerreiro, romances, estátuas, uma série de histórias em quadrinhos publicada
pela Verotik e outra pela Image Comics, e aventuras relacionadas a D&D,
publicadas pela Goodman Games. Mais tarde, Frazetta pintou várias outras
pinturas do Death Dealer, incluindo algumas que seriam usadas como capas para a
série de histórias em quadrinhos. Embora elementos do sobrenatural e do
fantástico fizessem parte da literatura desde o seu início, elementos de
fantasia também ocorrem em textos religiosos antigos, como a Epopeia de
Gilgamesh. O antigo épico da criação babilônico, o Enûma Eliš, no qual o deus
Marduk mata a deusa Tiamat, reflete o tema do conflito cósmico entre o bem e o
mal, que é característico do gênero de fantasia moderno. Gêneros de literatura
romântica e fantástica também existiam no antigo Egito. Os Contos da Corte do
Rei Khufu, que são preservados no Papiro Westcar e provavelmente foram escritos
em meados da segunda metade do século XVIII a.C., preservam uma mistura de
histórias com elementos de ficção histórica, fantasia e sátira. Os textos
funerários egípcios preservam contos mitológicos, os mais significativos dos
quais são os mitos de Osíris e seu filho Hórus.
O mito com
elementos fantásticos destinados a adultos era um gênero importante da
literatura grega antiga. As comédias de Aristófanes estão repletas de elementos
fantásticos, particularmente sua peça Os Pássaros, na qual um ateniense
convence os pássaros do mundo a construir uma cidade nas nuvens e, assim,
desafia a autoridade de Zeus. Metamorfoses de Ovídio e O Asno de Ouro
de Apuleio são obras que influenciaram o desenvolvimento do gênero fantasia ao
pegar elementos míticos e entrelaçá-los em relatos pessoais. Ambas as obras
envolvem narrativas complexas nas quais seres humanos são transformados em
animais ou objetos inanimados. Os ensinamentos platônicos e a teologia cristã
primitiva são grandes influências no gênero fantasia moderno. Platão usou alegorias
para transmitir muitos dos seus ensinamentos, e os primeiros escritores
cristãos interpretaram tanto o Antigo Testamento como o Novo Testamento como empregando parábolas para
transmitir verdades espirituais. Esta capacidade de encontrar significado numa
história que não é literalmente verdadeira tornou-se a base para o
desenvolvimento do gênero de fantasia moderno. Fontes islâmicas, hindus e
chinesas também contêm elementos de fantasia. A ficção mais conhecida do
mundo islâmico é As Mil e Uma Noites, que é uma compilação de contos
populares antigos e medievais. Vários personagens deste épico se tornaram
ícones culturais na cultura ocidental, como Aladdin, Simbad e Ali Babá. A
mitologia hindu foi uma evolução da mitologia védica anterior e teve muitas
outras histórias e personagens fantásticos, particularmente nos épicos
indianos.
O Panchatantra
(Fábulas de Bidpai), por exemplo, usou fábulas de animais e contos mágicos para
ilustrar os princípios indianos centrais da ciência política. As tradições
chinesas foram particularmente influentes na veia da fantasia conhecida como Chinoiserie,
que inclui escritores como Ernest Bramah e Barry Hughart. Mas, Beowulf
está entre os contos mais conhecidos do inglês antigo, no mundo de língua
inglesa e influenciou profundamente o gênero de fantasia; várias obras
de fantasia recontaram a história, por exemplo, o romance Grendel de
John Gardner. A mitologia nórdica, como encontrada nas coleções Elder Edda e
Younger Edda, inclui figuras como o deus Odin e seus companheiros Aesir, além
de anões, elfos, dragões e gigantes. Esses elementos foram importados
diretamente para várias obras de fantasia. Os folclores distintos da Irlanda,
País de Gales e Escócia às vezes foram usados indiscriminadamente para a
fantasia “celta”, às vezes com grande sucesso; outros escritores especificaram
o uso de uma única fonte. A tradição galesa foi particularmente influente, por
causa de sua conexão com o lendário Rei Arthur e sua coleção em uma
única obra, o épico Mabinogion. Existem muitas obras em que a fronteira entre
fantasia e outros gêneros não é clara: os escritores acreditavam na
possibilidade das maravilhas da peça Sonho de uma Noite de Verão ou do
romance de Sir Gawain e o Cavaleiro Verde? É uma peça teatral de William
Shakespeare, uma comédia escrita em meados da década de 1590. Não se sabe ao
certo quando a peça foi escrita e apresentada ao público, mas crê-se que terá
sido entre 1594 e 1596. Essa questão dificulta a distinção entre quando a
fantasia começou, em seu sentido moderno.
Durante a luta, uma gota do sangue de Marius
cai nos lábios de Selene e ela é “subitamente inundada por suas memórias”. Ela
vê Marius capturando Michael Corvin e cortando sua garganta para coletar seu
sangue e consumi-lo. Para conter seu desespero pela morte de Michael, ela morde
o próprio pulso, acessando suas próprias memórias sanguíneas do tempo que
passou com ele. Selene então arranca a espinha de Marius, matando-o
instantaneamente. Enquanto isso, David consegue matar Semira. Ele mostra a
cabeça decepada de Marius aos Lycans e os convoca a recolher seus feridos e
recuar. Na sequência, Selene, David e Lena são escolhidos como novos Anciões. É
revelado que, após sua ressurreição no Coven Nórdico, Selene se reencontrou com
Eve, que vinha seguindo sua mãe através de sua ligação telepática, como havia
previsto. Trent Garrett interpreta Michael Corvin, um híbrido de Lycan-Vampiro,
e amante de Selene. Michael e sua filha, Eve, também são descendentes distantes
de Alexander Corvinus. Garrett substitui Scott Speedman, que desempenhou o
papel em dois dos quatro filmes anteriores. Speedman aparece em imagens de
arquivo de Underworld e Underworld: Evolution para cenas-chave em Blood
Wars. Zita Görög, que desempenhou o papel de Amelia nos dois primeiros filmes,
mas se aposentou da atuação cinematográfica, aparece em imagens de arquivo de Underworld:
Evolution para várias cenas-chave em Blood Wars. India Eisley, que
interpretou Eve no quarto filme, aparece em imagens de arquivo daquele filme.
Eve é retratada em Blood Wars exatamente por um dublê. Em 27 de
agosto de 2014, a Lakeshore Entertainment anunciou seus planos de desenvolver
um reboot da franquia Underworld, com Cory Goodman contratado para
escrever o roteiro do primeiro filme.
Tom Rosenberg e Gary
Lucchesi foram nomeados como produtores. O filme foi posteriormente confirmado
como uma quinta entrada na série, em vez de um reboot. Intitulado Underworld:
Next Generation, o filme estava em produção e previsto para ser lançado em
2015. Theo James, que apareceu no papel de David no quarto filme, retornaria
como o novo protagonista. Em 12 de outubro de 2014, o diretor Len Wiseman disse
à IGN que a protagonista original de Underworld, Kate Beckinsale,
estaria de volta para o filme. Em 14 de maio de 2015, Anna Foerster assinou
contrato para fazer sua estreia na direção com o filme, sendo “a primeira
mulher a dirigir um filme da série, com Beckinsale confirmada para retornar”.
Em 14 de agosto, foi anunciado pelo Deadline Hollywood que Tobias
Menzies havia sido escalado como Marius, um novo e misterioso líder Lycan. Em 9
de setembro, Bradley James foi escalado como o vilão masculino. No mesmo dia, a
novata Clementine Nicholson assinou para interpretar Lena, a maior guerreira do
Coven Nórdico e filha de Vidar. Em 22 de setembro, Lara Pulver foi adicionada
ao elenco para interpretar uma vampira ferozmente ambiciosa. Em 19 de
outubro, Charles Dance foi confirmado para retornar para interpretar “o vampiro
ancião Thomas”. Elenco adicional também foi anunciado, incluindo James
Faulkner, Peter Andersson e Daisy Head.
As filmagens principais
do filme começaram em 19 de outubro de 2015, em Praga, República Tcheca, e
estavam programadas para ocorrer ao longo de dez semanas. A equipe do filme
incluía o diretor de fotografia Karl Walter Lindenlaub, o designer de
produção Ondřej Nekvasil, a figurinista Bojana Nikitović e o editor Peter
Amundson. As filmagens terminaram em 11 de dezembro de 2015. Inicialmente, o
filme estava previsto para ser lançado em 21 de outubro de 2016. Após o anúncio
sobre o atraso no lançamento, a data de lançamento mais próxima do filme foi 24
de novembro de 2016, quando o filme foi lançado na Rússia, Ucrânia, Geórgia e
Cazaquistão, seguido por 1º de dezembro de 2016, lançamento em vários países
como El Salvador e Austrália. Foi lançado nos Estados Unidos em 6 de janeiro de
2017. Underworld: Blood Wars foi lançado em Digital HD em 11 de abril de
2017 pela Sony Pictures Home Entertainment. O filme foi lançado em Blu-ray e
DVD em 25 de abril de 2017. Underworld: Blood Wars arrecadou US$ 30,4
milhões nos Estados Unidos e Canadá e US$ 50,7 milhões em outros territórios,
para um total mundial de US$ 81,1 milhões, contra um orçamento de produção de
US$ 35 milhões.
Na América do Norte,
esperava-se que o filme arrecadasse de US$ 15 a 19 milhões em seu fim de semana
de estreia. Ele estreou com US$ 13,7 milhões, uma queda de 49% em relação à
edição anterior, terminou em quarto lugar nas bilheterias e marcou a menor estreia
da franquia. O filme arrecadou US$ 6,2 milhões em seu segundo fim de semana e,
no terceiro, foi retirado de 1.604 cinemas com a 105ª maior queda de cinemas na
terceira semana de todos os tempos e arrecadou US$ 1,7 milhão. Em junho de
2020, o filme tinha uma taxa de aprovação de 21% no site agregador de críticas Rotten
Tomatoes, com base em 96 avaliações, com uma classificação média de 4/10. O
consenso crítico do site diz: “Underworld: Blood Wars oferece outra
rodada da violência estilizada pela qual a série é conhecida, mas - como muitas
parcelas da quinta franquia - oferece muito pouco de interesse para os não
convertidos”. O Metacritic, que estatisticamente usa uma média
ponderada, atribuiu ao filme uma pontuação proporcional de 23 em 100, com base
em 17 críticos, indicando críticas “geralmente desfavoráveis”. O público
pesquisado pelo CinemaScore deu ao filme uma nota média de “B+” em uma
escala de A+ a F. Rafer Guzman, do Newsday, chamou o filme de “o mais
fraco e sem sangue da série”, com efeitos especiais de “terceira categoria” e
cenas de ação “desajeitadas”. É um jornal diário estadunidense que era entregue
inicialmente nos condados de Nassau e Suffolk do estado de Nova Iorque. Recebeu
o Prêmio Pulitzer de Serviço Público em 1954, 1970 e 1974.
Ben Kengisberg, do New
York Times, escreveu que o filme era “tão pesado com exposição” que o
diretor e o roteirista estavam fazendo “uma dissertação em vez de uma sequência”,
e criticou o que viu como a “quase intencional falta de diversão” do filme.
Frank Scheck, do The Hollywood Reporter, escreveu que o filme era um
exercício “genérico, pelos números” que era “estritamente anêmico”, dada “toda
a sua conversa sobre sangue”. Ele elogiou a atuação de Beckinsale e Dance,
dizendo também que a presença de Dance continuou a tradição de atores
britânicos ilustres “aparecendo em porcarias de Hollywood em vez de receber uma
pensão adequada”. Peter Travers, da Rolling Stone, foi muito negativo em
sua crítica, escrevendo que “raspar o fundo do poço seria um passo à frente”
para o filme e que a franquia “precisa de uma estaca no coração”. Em uma
crítica positiva, Owen Gleiberman, da revista Variety, escreveu que era “um
negócio de tiros e corpos esparramados como sempre” e que o filme fez “uma
tentativa simbólica de drama teatral real” em preparação para o “massacre de
ação” que é “sua própria recompensa (entorpecente)”. Ele também elogiou as
atuações de Beckinsale, Pulver e, especialmente, Dance. Em 2017, Wiseman
revelou que um sexto filme também está em desenvolvimento com Beckinsale
reprisando exatamente seu papel como Selene. Em 13 de setembro de 2018,
Beckinsale disse que não aparecerá no sexto filme caso seja feito, afirmando: “Eu
não voltaria. Já fiz muitos deles”. Em julho de 2021, no entanto, ela voltou
atrás em sua decisão e afirmou que não se opunha a reprisar o papel.
Anjos da Noite:
Guerras de Sangue tem
como representação social um filme de ação e terror de 2016, dirigido por Anna
Foerster, com roteiro de Cory Goodman, baseado em uma história de Kyle Ward e
Goodman. É a sequência de Anjos da
Noite: O Despertar (2012) e o quinto filme da franquia Anjos da Noite.
O filme é estrelado por Kate Beckinsale, Theo James, Lara Pulver, James
Faulkner e Charles Dance. As filmagens principais começaram em outubro de 2015,
em Praga, República Tcheca. O filme Underworld: Blood Wars foi lançado
em países selecionados em 24 de novembro de 2016 e nos Estados Unidos da
América em 6 de janeiro de 2017. O filme foi analisado pelos críticos de cinema
e arrecadou US$ 81,1 milhões em todo o mundo, contra um orçamento de produção
de US$ 35 milhões, tornando-se o filme de menor bilheteria da franquia. Anna J.
Foerster, nascida em 1971 é uma cineasta e diretora de cinema e televisão norte-americana
nascida na Alemanha. Ela é reconhecida pelo pioneirismo no uso do sistema de
câmeras Alexa da ARRI. Como diretor de fotografia de segunda unidade, Foerster
trabalhou nos filmes Alien Resurrection (1997), Ballistic: Ecks vs.
Sever (2002), Johnson Family Vacation (2004), The Day After
Tomorrow (2004), Æon Flux (2005) e 10.000 a.C. (2008), também
trabalhando como diretora de segunda unidade nos últimos quatro filmes.
Além disso, foi a diretora
de fotografia dos efeitos visuais e/ou unidade de miniaturas em Independence
Day (1996), um filme norte-americano do gênero ficção científica militar e
de catástrofe, dirigido por Roland Emmerich, que co-escreveu o roteiro junto
com Dean Devlin, em Godzilla (1998), sobre um teste nuclear
acidentalmente ressuscita Godzilla, um monstro enorme. Ele ataca
Manhattan e um grupo de pessoas selecionadas precisa detê-lo antes que ele
destrua toda a cidade americana, e talvez até o mundo, Pitch Black
(2000), acidente com espaçonave deixa os sobreviventes em um planeta
inexplorado, mas sairão para caçar em céu aberto com a chegada do próximo
eclipse e Stuart Little 2 (2002), ao retornar da escola, o ratinho
Stuart Little salva Margalo, das garras de um falcão traiçoeiro. Stuart a leva
para morar em sua casa, onde Margalo se recupera e cria laços de amizade com a
família. Dirigiu per se cinco episódios da série de televisão do
extraordinário Criminal Minds (2005), um episódio de seu spin-off Criminal
Minds: Suspect Behavior, três episódios de Unforgettable e quatro
episódios da série Outlander da Starz. Em 2008, foi relatado que ela
estava desenvolvendo Secret Hunter, baseado no romance de Ranulph
Fiennes The Secret Hunters (2002). Atuou como diretora de fotografia em Anonymous
(2011) e White House Down (2013). Em Anonymous, foi uma das pioneiras
diretoras a usar o sistema de câmera ARRI Alexa, usando um protótipo fornecido
pela ARRI. Foerster fez sua estreia na direção de longas-metragens com o filme
de ação e terror Underworld: Blood Wars (2016). Em 2016, JJ Abrams e sua
produtora Bad Robot contrataram Anna Foerster para dirigir o filme Lou, um thriller
sobre uma mãe tentando recuperar seu filho sequestrado. Lou seria
lançado no mercado em 2022.
Do ponto de vista tecnológico o sistema de
câmera Alexa introduziu sua ciência de imagem Log-C como um negativo
digital, que permite que imagens de cinema digital sejam processadas como
imagens de filme digitalizadas. A Arri Alexa é um sistema de câmera
cinematográfica digital desenvolvido pela Arri. O Arri Alexa foi lançado em
abril de 2010 e representou a primeira grande transição da Arri para a
cinematografia digital, após esforços anteriores. As câmeras Alexa são
projetadas “para serem usadas em filmes, programas de televisão e comerciais”.
Alexa usa a série ALEV de sensores de imagem fabricados pela ON Semicondutor. O
sistema de câmera Alexa inclui; modularidade, lentes de montagem PL, um sensor
CMOS de tamanho Super 35 que grava em resolução de até 3424×2202 e suporta
vídeo não compactado ou codec raw proprietário (ArriRaw). O preço
da câmera depende do modelo e dos acessórios. Por exemplo, em 2015, uma Arri
Alexa XT custava aproximadamente US$ 66.000 a US$ 100.000, dependendo dos
acessórios incluídos. A Alexa, também reconhecida como Alexa Classic,
foi anunciada em abril de 2010 e foi a primeira câmera lançada da família de
produtos. O sensor CMOS Super-35mm da Alexa tem resolução de 2,8K e ISO 800.
Essa sensibilidade permite que a câmera detecte sete pontos de superexposição
e outros sete pontos de subexposição. Para aproveitar isso, a Arri
oferece saída de vídeo HD Rec.709, padrão da indústria, bem como o modo Log-C,
que exibe toda a faixa de sensibilidade do chip, permitindo uma ampla
gama de opções de correção de cores na pós-produção cinematográfica.
No
filme Anjos da Noite: Guerras de Sangue (2016) os “clãs de vampiros”
restantes estão à beira da aniquilação pelos Lycans. Ambas as espécies estão em
busca de Selene: os vampiros buscam justiça pela morte de Viktor, enquanto os
Lycans, liderados por Marius, pretendem usá-la para localizar Eve, cujo sangue
contém a chave para a construção de um exército de híbridos de vampiros e
lobisomens. Semira, membro do conselho do Coven Oriental, pede a Thomas que
defenda o caso de Selene perante o conselho. O pedido é bem-sucedido e o
conselho relutante concorda com o perdão em troca da ajuda de Selene. Selene
chega com David e começa a treinar os neófitos Death Dealers do coven
para a guerra iminente. Semira e Varga, seu aliado e amante, envenenam Selene,
massacram os recrutas e a incriminam pela atrocidade. Com Selene sob sua
custódia, Semira começa a “drenar seu sangue, com a intenção de bebê-lo para
roubar seu poder”. Thomas e David tentam um resgate e conseguem salvar Selene.
Infelizmente, esteticamente, Thomas morre no processo. David e Selene se refugiam no Coven
Nórdico, perseguidos por Alexia, uma vampira do Coven Oriental enviada por
Semira. Em Var Dohr, a fortaleza do Coven Nórdico, o Ancião Vidar revela que
David é filho da Grande Anciã Amelia.
Ela e Thomas estavam
apaixonados, mas foram forçados estrategicamente a esconder seu relacionamento
e as verdadeiras origens de David devido ao ciúme extremo e à possessividade de
Victor em relação a Amelia. Isso torna David o herdeiro legítimo do Coven
Oriental. Enquanto isso, Alexia conta a Marius, seu amante secreto, que Selene
está indo para o Coven Nórdico. Marius e seus Lycans atacam Var Dohr para
capturá-la. Selene e David lutam ao lado dos vampiros nórdicos, liderados por
Lena, filha de Vidar. Durante a luta, Alexia esfaqueia Selene. Marius exige
saber a localização de Eve, mas descobre que na realidade Selene não sabe,
então ele ordena a retirada. Selene se afoga deliberadamente sob o gelo
quebrado pela transformação ecológica do lago, dizendo a si mesma que “meu
tempo acabou”. No Coven Oriental, Semira bebe o sangue retirado de Selene.
Alexia retorna e a informa sobre o ataque ao Coven Nórdico. Semira mata Alexia,
dizendo que sabia de sua aliança de sangue secreta com Marius. David retorna ao
Coven Oriental, apresenta-se como seu legítimo herdeiro e denuncia Semira. Até
Varga a abandona, afirmando ser leal ao líder legítimo. Ela é levada para ser
aprisionada em seu quarto. O coven é atacado por Marius e suas forças. Os
Lycans abrem buracos nas paredes do castelo, permitindo a entrada da luz solar
e matando alguns vampiros.
David continua lutando,
inclusive usando a si mesmo como escudo para vários jovens lutadores, para
choque e admiração de Varga. No entanto, ele se vê cara a cara com Marius.
Selene reaparece de repente, agora com aparência nórdica e vestindo um casaco
sobre seu uniforme de Death Dealer. Acontece que ela foi ressuscitada pelo
Coven Nórdico e agora possui novos poderes, incluindo velocidade aprimorada.
Ela rapidamente derrota os Lycans, enquanto o Coven Nórdico se junta à luta. Selene
atravessa o castelo, Semira escapa de seu quarto e mata os guardas. Selene e
David encontram Marius, mas David é surpreendido por Semira. Durante a luta,
uma gota do sangue de Marius cai nos lábios de Selene e ela é subitamente
inundada por suas memórias. Ela vê Marius capturando Michael Corvin e cortando
sua garganta para coletar seu sangue e consumi-lo. Para conter seu desespero
pela morte de Michael, ela morde o próprio pulso, acessando suas próprias
memórias sanguíneas do tempo que passou com ele. Selene então arranca a espinha
de Marius, matando-o instantaneamente. Enquanto isso, David consegue matar
Semira. Ele mostra a cabeça decepada de Marius aos Lycans e os convoca a
recolher seus feridos e recuar. Na sequência, Selene, David e Lena são
escolhidos como novos Anciões. É revelado que, após sua ressurreição no Coven
Nórdico, Selene se reencontrou com Eve, que vinha seguindo sua mãe através de
sua ligação telepática, como havia previsto.
Bibliografia Geral Consultada.
A origem da expressão “Anjos da
Noite” não é diretamente ligada historicamente a uma fonte única, mas sim a um conceito
mais amplo de seres que “habitam a noite ou são associados a ela”, que aparece
em contextos culturais variados, como filmes, literatura e outras obras
artísticas. O termo “Anjos da Noite” refere-se a filmes da franquia de ficção
científica & fantasia, onde os personagens vivem em um mundo de conflitos
entre vampiros e lobisomens. No cinema a expressão é mais conhecida por ser o
título da saga de filmes de ação e fantasia “Anjos da Noite” (Underworld),
que estreou em 2003. O filme original, protagonizado por Kate Beckinsale,
explora uma “guerra secular entre vampiros e lobisomens, numa história de amor
e traição”. No contexto cultural a expressão pode ser usada para se referir a
figuras que “atuam ou que são reconhecidas durante a noite”. É uma forma de
descrever personagens, grupos ou ideias que surgem em um contexto noturno, como
um símbolo de sua presença ou atividades. Anjos da Noite: Guerras de
Sangue é um filme de ação e terror de 2016 dirigido por Anna Foerster, com
roteiro de Cory Goodman, baseado em uma história de Kyle Ward e Goodman. É a
sequência de Anjos da Noite: O Despertar (2012) e o quinto filme da
franquia Anjos da Noite. O filme é estrelado por Kate Beckinsale, Theo
James, Lara Pulver, James Faulkner e Charles Dance. As filmagens começaram em
outubro de 2015 em Praga, República Tcheca. Underworld: Blood Wars foi
lançado em países selecionados em 24 de novembro de 2016 e nos Estados Unidos
em 6 de janeiro de 2017. O filme foi criticado por analistas e arrecadou US$
81,1 milhões no mundo, contra um orçamento de produção de US$ 35
milhões, comparativamente tornando-se o filme de menor bilheteria da franquia.
Praga,
em Tcheco: Praha é a capital e a maior cidade da República Tcheca,
situada na margem do rio Vltava. Conhecida como “cidade das cem cúpulas”, Praga
é um dos mais belos e antigos centros urbanos da Europa, famosa pelo extenso
patrimônio arquitetônico e rica vida cultural, como é bem retratado por Milan
Kundera no best Seller: “Nesnesitelná lehkost bytí”, ou, “A
Insustentável Leveza do Ser”, título em português, é um livro publicado em 1984
por Milan Kundera. O romance se passa na cidade de Praga em 1968. Foi adaptado
para o cinema pelo diretor Philip Kaufman sob o nome “The Unbearable Lightness
of Being”. Praga é importante também como núcleo de transportes e comunicações,
é o principal centro econômico e industrial da República Tcheca. Situada na
Boêmia central, a cidade de Praga localiza-se sobre colinas, em ambas as margens
do rio Vltava, pouco antes de sua confluência com o rio Elba. O curso sinuoso
do rio através da cidade, cheia de belas e antigas pontes, contrasta com a
presença imponente do grande Castelo de Praga em Hradcany, que domina a capital
na margem esquerda (oriental) do Vltava. Hradčany (Hradschin), ou o
Distrito do Castelo é uma parte da cidade de Praga, República Checa, que fica
no entorno do Castelo de Praga. É considerado o maior castelo do mundo com
cerca de 570 meros de comprimento por 130 metros médios de largura.
Suas origens estão no
século IX e em sua área se encontra a Catedral de São Vito, uma das principais
construções da cidade de Praga e a maior igreja da República Checa. Situada no
Castelo de Praga e estando construída juntamente com o castelo, a construção da
catedral no seu atual estilo gótico foi iniciada em 1344 e finalizou-se, depois
de uma interrupção das obras no século XV, só em 1929. Destaca-se, entre outros,
a grande Capela de São Venceslau do século XIV, compreendendo mais de 1.000
pedras semipreciosas, a par de frescos de temas bíblicos. A maior parte do
distrito consiste de nobres e históricos castelos de Praga, mas há também
outras atrações para visitantes: refúgios românticos, locais tranquilos,
paisagens lindas. Hradčany era uma cidade independente até 1784, quando as
quatro cidades (bairros) que até então constituíam a área urbana de Praga foram
proclamadas com integradas e pertencentes à capital dos Tchecos. As outras três
eram: Malá Strana (Kleinseite), Staré Město (Altstadt) e Nové
Město (Neustadt). A Catedral Metropolitana dos Santos Vito, Venceslau e
Adalberto é uma catedral metropolitana católica de Praga, e sede do Arcebispo
de Praga. Até 1997, a catedral era dedicada apenas a São Vito, e ainda é
comumente nomeada apenas como Catedral de São Vito.
Esta catedral é um
exemplo proeminente da arquitetura gótica e é a maior e mais importante igreja
do país. Localizada dentro do Castelo de Praga e contendo os túmulos de muitos
reis da Boêmia e imperadores do Sacro Império Romano, a catedral está sob a
propriedade do governo tcheco como parte do complexo do Castelo de Praga. A
catedral atual é a terceira de uma série de edifícios religiosos no local,
todos dedicados a São Vito. A primeira igreja foi uma rotunda românica
primitiva fundada por Venceslau I, Duque da Boêmia, em 930. Este santo
padroeiro foi escolhido porque Venceslau havia adquirido uma relíquia sagrada,
isto é, o braço de São Vito do Imperador Henrique I. Também é possível que
Venceslau, querendo converter seus súditos ao cristianismo mais facilmente,
tenha escolhido um santo cujo nome Svatý Vít, em tcheco, soa muito parecido com
o nome da divindade solar eslava Svantevit, Duas populações religiosas, a
crescente comunidade cristã e a decrescente comunidade pagã, viveram
simultaneamente no Castelo de Praga pelo menos até o século XI. No ano de 1060,
quando o bispado de Praga foi fundado, o príncipe Spytihněv II embarcou na
construção de uma igreja mais espaçosa, pois ficou claro que a rotunda
existente era pequena demais para acomodar os fiéis.
Uma basílicaromânica muito maior e mais representativa foi construída em seu lugar. Embora
ainda não completamente reconstruída, a maioria dos especialistas concorda que
era uma basílica de três naves com dois coros e um par de torres conectadas ao
transepto ocidental. O projeto da catedral faz referência à arquitetura
românica do Sacro Império Romano, mais notavelmente à igreja da abadia em
Hildesheim e à Catedral de Speyer. A abside sul da rotunda foi incorporada ao
transepto leste da nova igreja porque abrigava o túmulo de São Venceslau, que
agora se tornara o santo padroeiro dos príncipes tchecos. Uma mansão episcopal
também foi construída ao sul da nova igreja e foi consideravelmente ampliada e
estendida em meados do século XII. A construção da atual catedral gótica
começou em 21 de novembro de 1344, quando a sede de Praga foi elevada a
arcebispado. O rei João da Boêmia (1296-1346) lançou a pedra fundamental do
novo edifício. Os patronos eram o capítulo da catedral (liderado por um deão),
o arcebispo Arnost de Pardubice e, acima de tudo, Carlos IV, rei da Boêmia, e
mais tarde Imperador do Sacro Império Romano-Germânico, que governou de 1346 a
1378. Ele foi uma figura importante na Europa Central, conhecido pelo seu
patrocínio das artes e ciências, fundando a Universidade de Carlos e
supervisionando a expansão de Praga, incluindo a construção da Ponte Carlos e
da Catedral de São Vito.
Seu reinado também foi
marcado pela introdução da Bula de Ouro de 1356, que teve um papel
significativo na estrutura política do Império e futuro imperador do Sacro
Império Romano, pretendia que “a nova catedral fosse uma igreja de coroação,
cripta familiar, tesouro para as relíquias mais preciosas do reino e o último
local de descanso e peregrinação do santo padroeiro Venceslau”. O primeiro
mestre construtor foi um francês, Matias de Arras, convocado do Palácio Papal
em Avignon. Matias projetou o layout geral do edifício como, basicamente, uma
importação do gótico francês: uma basílica de três naves com arcobotantes,
transepto curto, coro de cinco vãos e abside decágona com capelas
deambulatórias e radiantes. No entanto, ele viveu para construir apenas as
partes mais orientais do coro: as arcadas e o deambulatório. A verticalidade
esbelta do gótico francês tardio e o respeito claro, quase rígido, pelas
proporções distinguem sua obra hoje. Após a morte de Matias em 1352, Peter
Parler, de 23 anos, assumiu o controle da oficina da catedral como mestre de
obras. Ele era filho do arquiteto da Heilig-Kreuz-Münster em Schwäbisch Gmünd.
Inicialmente, Parler trabalhou apenas nos planos deixados por seu antecessor,
construindo a sacristia no lado Norte do coro e a capela no Sul. Depois de
terminar tudo o que Matias deixou inacabado, ele continuou de acordo com suas
próprias ideias. O design ousado e inovador de Parler trouxe uma nova
síntese única de elementos góticos na arquitetura. Isso é melhor exemplificado
nas abóbadas que ele projetou para o coro. As chamadas abóbadas de Parler
ou abóbadas de rede têm nervuras diagonais duplas não simples, como nas
abóbadas de arestas clássicas do alto gótico que abrangem a largura do vão do
coro. Os pares de “nervuras cruzadas” criam uma construção em forma de rede
(daí o nome), que fortalece consideravelmente a abóbada.
A abóbada em cruzaria é
um elemento arquitetônico. É um dos elementos característicos da arquitetura
gótica. Constitui-se em uma derivação da chamada abóbada de aresta, da
qual se distingue pela utilização de nervuras diagonais estruturais que lhe
suportam o peso e o descarregam sobre pilares compostos ou polistilos e a que
pertencem, e geralmente com elas são identificadas, as chamadas abóbadas de
ogivas, também referidas como abóbadas em cruzaria de ogivas e as abóbadas de
nervuras, também referidas como abóbadas de nervos. Refira-se que quando se
utiliza neste contexto o termo “ogiva”, este não se refere aos arcos quebrados
ou ogivais, embora também característicos do Gótico, mas sim aos arcos
(quebrados ou não) que, nestas abóbadas têm a função de aumentar (augere,
em latim), a resistência e segurança da estrutura. Dentro desta tipologia
distingue-se a abóbada de seis painéis, resultante de 6 arcos: 2 arcos torais
(que se cruzam ao centro) e 4 arcos formeiros que limitam os quatro lados da
abóbada com um fecho no centro da abóbada, como na torre-lanterna da Sé de
Coimbra. Eles também dão uma ornamentação viva ao teto, pois as abóbadas
interligadas criam um padrão dinâmico em ziguezague ao longo da catedral. Enquanto
Matias de Arras foi educado como geômetra, enfatiza sistemas rígidos de
proporções e composições matemáticas claras em seus projetos, Parler foi
treinado como escultor e entalhador de madeira. Ele tratava a arquitetura como
uma escultura, quase como se estivesse brincando com formas estruturais em
pedra. Além de suas abóbadas ousadas, as peculiaridades de seu trabalho também
podem ser vistas no desenho de pilares, com colunas clássicas em forma de sino,
que foram quase esquecidas pelo Alto Gótico, a engenhosa abóbada em cúpula da
nova capela de São Venceslau, as paredes onduladas do clerestório, a traceria
original das janelas, não há duas de suas janelas iguais, mas semelhantes, pois,
com a ornamentação é sempre
diferente, e os painéis de traceria cega dos contrafortes.
A escultura
arquitetônica teve um papel considerável enquanto Parler estava encarregado da
construção, como pode ser visto nos cachorros, nos lintéis das passagens
e, particularmente, nos bustos do trifório, que retratam rostos da
família real, santos, bispos de Praga e os dois mestres construtores, incluindo
o próprio Parler. As obras na catedral, no entanto, avançaram lentamente, pois
o Imperador encomendou a Parler muitos outros projetos, como a construção da
nova Ponte Carlos em Praga e de muitas igrejas em todo o reino tcheco. Em 1397,
quando Pedro Parler faleceu, apenas o coro e partes do transepto estavam
concluídos. Após a morte de Peter Parler em 1399, seus filhos, Wenzel Parler e,
em particular, Johannes Parler, deram continuidade à sua obra; eles, por sua
vez, foram sucedidos por um certo Mestre Petrilk, que, segundo todos os
relatos, também era membro da oficina de Parler. Sob a direção desses três
mestres, o transepto e a grande torre em seu lado Sul foram concluídos. O mesmo
aconteceu com o frontão que conecta a torre ao transepto Sul. Apelidado de “Portão
Dourado”, provavelmente devido ao mosaico dourado do Juízo Final
retratado nele, era por este portal que “os reis entravam na catedral para as
cerimônias de coroação”. Todo o processo de construção foi interrompido com o
início da Guerra Hussita, na primeira metade do século XV. A guerra pôs
fim à oficina, que funcionou de forma constante por quase um século, e o
mobiliário da catedral, dezenas de quadros e esculturas, sofreu bastante com a
devastação da iconoclastia hussita. Como se não bastasse, um grande incêndio em
1541 danificou gravemente a catedral. Talvez o lugar mais notável na catedral
seja a Capela de São Venceslau, que abriga relíquias do santo. Peter Parler (1330-1399)
construiu a sala entre 1356, “o ano em que assumiu e 1364 com uma
abóbada nervurada”. As partes inferiores das paredes são decoradas com cerca
1300 pedras semipreciosas e pinturas representando a Paixão de Cristo
datadas da decoração original da capela em 1372-1373.
A área superior das
paredes tem pinturas representando a vida de São Venceslau, pelo Mestre do
Retábulo de Litoměřice entre 1506 e 1509. Acima do altar, há uma estátua gótica
de São Venceslau criada por Jindřich Parler, sobrinho de Peter em 1373. A
capela não é aberta ao público, mas pode ser vista das portas. Uma pequena
porta com sete fechaduras, no canto sudoeste da capela, leva à Câmara da Coroa,
que contém as joias da coroa tcheca, que são exibidas ao público apenas uma vez
a cada aproximadamente cinco anos. Durante a maior parte dos séculos seguintes,
a catedral permaneceu apenas parcialmente concluída. A grande torre e o
transepto foram construídas, fechados por uma parede provisória. No lugar da
nave de três naves a ser construída, foi construída uma construção com telhado
de madeira, e os serviços religiosos foram realizados separadamente do interior
do coro. Várias tentativas de continuar as obras na catedral foram, em sua
maioria, infrutíferas. Na segunda metade do século XV, o rei Vladislau II
encomendou ao grande arquiteto renascentista-gótico Benedict Ried a continuação
das obras na catedral, mas quase assim que as obras começaram, foram interrompidas
devido à falta de fundos. Tentativas posteriores de terminar a catedral
trouxeram elementos renascentistas e barrocos para o edifício gótico,
principalmente a torre barroca diferente da torre Sul, de Nikolaus Pacassi
(1753-1775), e o grande órgão na ala Norte do transepto.
Em 1844, Václav Pešina (1782-1859),
um enérgico cônego de São Vito, juntamente com o arquiteto neogótico Josef
Kranner (1801-1871), apresentou um programa para a renovação e conclusão da
grande catedral na reunião de arquitetos alemães em Praga. No mesmo ano, foi
formada uma sociedade sob o nome completo “União para a Conclusão da Catedral
de São Vito em Praga”, cujo objetivo era reparar, completar e livrar a
estrutura de tudo o que estivesse mutilado e estilisticamente hostil. Josef Andreas
Kranner (1801-1871) liderou o trabalho de 1861 a 1866, que consistiu
principalmente em reparos, remoção de decorações barrocas consideradas
desnecessárias e restauração do interior. Em 1870, os operários finalmente
lançaram as fundações da nova nave e, em 1873, após a morte de Kranner, o
arquiteto Josef Mocker (1835-1899) assumiu o controle da reconstrução. Ele
projetou a fachada Oeste em um estilo gótico clássico típico, com duas torres,
e o mesmo projeto foi adotado, após sua morte, pelo terceiro e último arquiteto
da restauração, Kamil Hilbert (1869-1933). Na década de 1920, o escultor
Vojtěch Sucharda (1884-1968) trabalhou na fachada, e o famoso pintor tcheco de
Art Nouveau, Alfons Mucha, decorou as novas janelas na parte Norte da nave.
Frantisek Kysela (1881-1941) projetou a rosácea entre 1925 e 1927, que retrata
cenas da história bíblica da criação. Na
época do jubileu de São Venceslau, em 1929, a Catedral de São Vito estava
finalmente concluída, passados quase 600 anos após seu início.
Apesar de toda a metade
ocidental da catedral ser uma adição neogótica, grande parte do design e dos
elementos desenvolvidos por Peter Parler foram utilizados na restauração,
conferindo à catedral como um todo uma aparência harmoniosa e unificada. Em
1997, no milésimo aniversário da morte de Santo Adalberto, o patrocínio
(dedicação) da igreja foi rededicado a São Venceslau e Santo Adalberto.
A basílica românica anterior tinha este triplo patrocínio para os principais
padroeiros da Boêmia desde 1038, quando as relíquias de Santo Adalberto foram
depositadas aqui. O crânio de Santo Adalberto é guardado no Tesouro de Hilbert.
Em 1954, um decreto governamental confiou todo o Castelo de Praga à propriedade
de “todo o povo tchecoslovaco” e à administração do Gabinete do Presidente. A
partir de 1992, após a Revolução de Veludo, ou, Revolução Suave, representou
uma transição de poder não violenta na Tchecoslováquia, ocorrendo de 17
a 28 de novembro de 1989, a igreja entrou com diversas petições solicitando a
determinação do verdadeiro proprietário da estrutura. Após 14 anos, em junho de
2006, o Tribunal da Cidade de Praga decidiu que o decreto de 1954 não alterava
a propriedade da catedral e que o proprietário era o Capítulo Metropolitano de
São Vito. Em setembro de 2006, o Gabinete do Presidente cedeu a administração
ao Capítulo Metropolitano.
No entanto, em
fevereiro de 2007, a Suprema Corte da República Tcheca reverteu a decisão do
Tribunal da Cidade e devolveu o caso ao tribunal comum. Em setembro de 2007, o
Tribunal Distrital de Praga 7 decidiu que a catedral é propriedade da República
Tcheca. Essa decisão foi confirmada pelo Tribunal da Cidade de Praga e o
Tribunal Constitucional rejeitou o recurso do Capítulo Metropolitano,
observando, no entanto, que o Capítulo é, sem dúvida, o proprietário do
mobiliário interno da catedral. O Capítulo Metropolitano considerou prosseguir
com o caso no Tribunal Europeu de Direitos Humanos. No entanto, em maio de
2010, o novo Arcebispo de Praga, Dominik Duka, e o presidente do estado, Václav
Klaus, declararam conjuntamente que não desejavam dar continuidade aos
conflitos judiciais. Eles decidiram que as sete pessoas tradicionalmente
detentoras das chaves da Câmara de São Venceslau, com as Joias da Coroa Boêmia,
também se tornariam um conselho para coordenar e organizar a administração e o
uso da catedral. No entanto, a controvérsia sobre a propriedade de algumas
casas canônicas relacionadas continua. Em julho de 2012, a Câmara dos Deputados
aprovou um projeto de lei para compensar financeiramente as igrejas pelos bens
confiscados pelo período do governo comunista. O Senado aprovou o projeto de
lei em novembro de 2012 e o governo implementou-o em junho seguinte, após
superar os desafios nos procedimentos legais.
Os clãs de vampiros
restantes estão à beira da aniquilação pelos Lycans. Ambas as espécies estão em
busca de Selene: os vampiros buscam justiça pela morte de Viktor, enquanto os
Lycans, liderados por Marius, pretendem usá-la para localizar Eve, cujo sangue
contém a chave para a construção de um exército de híbridos de vampiros e
lobisomens. Semira, membro do conselho do Coven Oriental, pede a Thomas que
defenda o caso de Selene perante o conselho. O Coven Oriental, também reconhecido
como Coven Corvinus e Setor Oriental, é um Coven de Vampiros liderado por
Cassius, Semira e os outros membros do Conselho de Elite. Sua sede de poder simbólico
é um castelo, possivelmente localizado na Praga. O pedido é bem-sucedido e o
conselho relutantemente concorda com o perdão em troca da ajuda de Selene.
Selene chega com David e começa a treinar os neófitos Death Dealers do
coven para a guerra iminente. Semira e Varga, seu aliado e amante, envenenam
Selene, massacram os recrutas e a incriminam pela atrocidade. Com Selene sob
sua custódia, Semira começa a drenar seu sangue, com a intenção de bebê-lo para
roubar seu poder. Thomas e David tentam um resgate e conseguem salvar Selene.
Infelizmente, Thomas morre no processo. David e Selene se refugiam no Coven
Nórdico, perseguidos por Alexia, uma vampira do Coven Oriental enviada por
Semira. Em Var Dohr, a fortaleza do Coven Nórdico, o Ancião Vidar revela que
David é filho da Grande Anciã Amelia. Ela e Thomas estavam apaixonados, mas
foram forçados a esconder as verdadeiras origens de David
devido ao ciúme extremo e à possessividade de Victor em relação a Amelia.
Isso torna David o
herdeiro legítimo do Coven Oriental. Enquanto isso, Alexia conta a Marius, seu
amante secreto, que Selene está indo para o Coven Nórdico. Marius e seus Lycans
atacam Var Dohr para capturá-la. Selene e David lutam ao lado dos vampiros
nórdicos, liderados por Lena, filha de Vidar. Durante a luta, Alexia esfaqueia
Selene. Marius exige saber a localização de Eve, mas descobre que Selene não
sabe, então ele ordena a retirada. Selene se afoga deliberadamente sob o gelo
quebrado do lago, dizendo a si mesma que “meu tempo acabou”. No Coven Oriental,
Semira bebe o sangue retirado de Selene. Alexia retorna e a informa sobre o
ataque ao Coven Nórdico. Semira mata Alexia, dizendo que sabia de sua aliança
secreta com Marius. David retorna ao Coven Oriental, apresenta-se como seu
legítimo herdeiro e denuncia Semira. Até Varga a abandona, afirmando ser leal
ao líder legítimo. Ela é levada para ser aprisionada em seu quarto. O coven é
atacado por Marius e suas forças. Os Lycans abrem buracos nas paredes do
castelo, permitindo a entrada da luz solar e matando alguns vampiros. David
continua lutando, inclusive usando a si mesmo como escudo para vários jovens
lutadores, para choque e admiração de Varga. No entanto, ele se vê cara a cara
com Marius. Selene reaparece de repente, agora com aparência nórdica e vestindo
um casaco sobre seu uniforme de Death Dealer. Acontece que ela foi ressuscitada
pelo Coven Nórdico e agora possui novos poderes, incluindo velocidade
aprimorada. Ela derrota os Lycans, enquanto o Coven Nórdico se junta à luta. Atravessa
o castelo, Semira escapa de seu quarto e mata os guardas. Selene e David
encontram Marius, mas David é surpreendido por Semira.
Death Dealer representa
uma pintura de fantasia de 1973 do artista americano Frank Frazetta. Ela
retrata um guerreiro ameaçador, vestido com uma armadura e um capacete com
chifres, cujas feições faciais são obscurecidas pela sombra, montado em um
cavalo, segurando um machado e um escudo ensanguentados. A imagem eventualmente
levou a spin-offs de diversos produtos, incluindo pinturas subsequentes do
guerreiro, romances, estátuas, uma série de histórias em quadrinhos publicada
pela Verotik e outra pela Image Comics, e aventuras relacionadas a D&D,
publicadas pela Goodman Games. Mais tarde, Frazetta pintou várias outras
pinturas do Death Dealer, incluindo algumas que seriam usadas como capas para a
série de histórias em quadrinhos. Embora elementos do sobrenatural e do
fantástico fizessem parte da literatura desde o seu início, elementos de
fantasia também ocorrem em textos religiosos antigos, como a Epopeia de
Gilgamesh. O antigo épico da criação babilônico, o Enûma Eliš, no qual o deus
Marduk mata a deusa Tiamat, reflete o tema do conflito cósmico entre o bem e o
mal, que é característico do gênero de fantasia moderno. Gêneros de literatura
romântica e fantástica também existiam no antigo Egito. Os Contos da Corte do
Rei Khufu, que são preservados no Papiro Westcar e provavelmente foram escritos
em meados da segunda metade do século XVIII a.C., preservam uma mistura de
histórias com elementos de ficção histórica, fantasia e sátira. Os textos
funerários egípcios preservam contos mitológicos, os mais significativos dos
quais são os mitos de Osíris e seu filho Hórus.
O mito com
elementos fantásticos destinados a adultos era um gênero importante da
literatura grega antiga. As comédias de Aristófanes estão repletas de elementos
fantásticos, particularmente sua peça Os Pássaros, na qual um ateniense
convence os pássaros do mundo a construir uma cidade nas nuvens e, assim,
desafia a autoridade de Zeus. Metamorfoses de Ovídio e O Asno de Ouro
de Apuleio são obras que influenciaram o desenvolvimento do gênero fantasia ao
pegar elementos míticos e entrelaçá-los em relatos pessoais. Ambas as obras
envolvem narrativas complexas nas quais seres humanos são transformados em
animais ou objetos inanimados. Os ensinamentos platônicos e a teologia cristã
primitiva são grandes influências no gênero fantasia moderno. Platão usou alegorias
para transmitir muitos dos seus ensinamentos, e os primeiros escritores
cristãos interpretaram tanto o Antigo Testamento como o Novo Testamento como empregando parábolas para
transmitir verdades espirituais. Esta capacidade de encontrar significado numa
história que não é literalmente verdadeira tornou-se a base para o
desenvolvimento do gênero de fantasia moderno. Fontes islâmicas, hindus e
chinesas também contêm elementos de fantasia. A ficção mais conhecida do
mundo islâmico é As Mil e Uma Noites, que é uma compilação de contos
populares antigos e medievais. Vários personagens deste épico se tornaram
ícones culturais na cultura ocidental, como Aladdin, Simbad e Ali Babá. A
mitologia hindu foi uma evolução da mitologia védica anterior e teve muitas
outras histórias e personagens fantásticos, particularmente nos épicos
indianos.
O Panchatantra
(Fábulas de Bidpai), por exemplo, usou fábulas de animais e contos mágicos para
ilustrar os princípios indianos centrais da ciência política. As tradições
chinesas foram particularmente influentes na veia da fantasia conhecida como Chinoiserie,
que inclui escritores como Ernest Bramah e Barry Hughart. Mas, Beowulf
está entre os contos mais conhecidos do inglês antigo, no mundo de língua
inglesa e influenciou profundamente o gênero de fantasia; várias obras
de fantasia recontaram a história, por exemplo, o romance Grendel de
John Gardner. A mitologia nórdica, como encontrada nas coleções Elder Edda e
Younger Edda, inclui figuras como o deus Odin e seus companheiros Aesir, além
de anões, elfos, dragões e gigantes. Esses elementos foram importados
diretamente para várias obras de fantasia. Os folclores distintos da Irlanda,
País de Gales e Escócia às vezes foram usados indiscriminadamente para a
fantasia “celta”, às vezes com grande sucesso; outros escritores especificaram
o uso de uma única fonte. A tradição galesa foi particularmente influente, por
causa de sua conexão com o lendário Rei Arthur e sua coleção em uma
única obra, o épico Mabinogion. Existem muitas obras em que a fronteira entre
fantasia e outros gêneros não é clara: os escritores acreditavam na
possibilidade das maravilhas da peça Sonho de uma Noite de Verão ou do
romance de Sir Gawain e o Cavaleiro Verde? É uma peça teatral de William
Shakespeare, uma comédia escrita em meados da década de 1590. Não se sabe ao
certo quando a peça foi escrita e apresentada ao público, mas crê-se que terá
sido entre 1594 e 1596. Essa questão dificulta a distinção entre quando a
fantasia começou, em seu sentido moderno.
Durante a luta, uma gota do sangue de Marius
cai nos lábios de Selene e ela é “subitamente inundada por suas memórias”. Ela
vê Marius capturando Michael Corvin e cortando sua garganta para coletar seu
sangue e consumi-lo. Para conter seu desespero pela morte de Michael, ela morde
o próprio pulso, acessando suas próprias memórias sanguíneas do tempo que
passou com ele. Selene então arranca a espinha de Marius, matando-o
instantaneamente. Enquanto isso, David consegue matar Semira. Ele mostra a
cabeça decepada de Marius aos Lycans e os convoca a recolher seus feridos e
recuar. Na sequência, Selene, David e Lena são escolhidos como novos Anciões. É
revelado que, após sua ressurreição no Coven Nórdico, Selene se reencontrou com
Eve, que vinha seguindo sua mãe através de sua ligação telepática, como havia
previsto. Trent Garrett interpreta Michael Corvin, um híbrido de Lycan-Vampiro,
e amante de Selene. Michael e sua filha, Eve, também são descendentes distantes
de Alexander Corvinus. Garrett substitui Scott Speedman, que desempenhou o
papel em dois dos quatro filmes anteriores. Speedman aparece em imagens de
arquivo de Underworld e Underworld: Evolution para cenas-chave em Blood
Wars. Zita Görög, que desempenhou o papel de Amelia nos dois primeiros filmes,
mas se aposentou da atuação cinematográfica, aparece em imagens de arquivo de Underworld:
Evolution para várias cenas-chave em Blood Wars. India Eisley, que
interpretou Eve no quarto filme, aparece em imagens de arquivo daquele filme.
Eve é retratada em Blood Wars exatamente por um dublê. Em 27 de
agosto de 2014, a Lakeshore Entertainment anunciou seus planos de desenvolver
um reboot da franquia Underworld, com Cory Goodman contratado para
escrever o roteiro do primeiro filme.
Tom Rosenberg e Gary
Lucchesi foram nomeados como produtores. O filme foi posteriormente confirmado
como uma quinta entrada na série, em vez de um reboot. Intitulado Underworld:
Next Generation, o filme estava em produção e previsto para ser lançado em
2015. Theo James, que apareceu no papel de David no quarto filme, retornaria
como o novo protagonista. Em 12 de outubro de 2014, o diretor Len Wiseman disse
à IGN que a protagonista original de Underworld, Kate Beckinsale,
estaria de volta para o filme. Em 14 de maio de 2015, Anna Foerster assinou
contrato para fazer sua estreia na direção com o filme, sendo “a primeira
mulher a dirigir um filme da série, com Beckinsale confirmada para retornar”.
Em 14 de agosto, foi anunciado pelo Deadline Hollywood que Tobias
Menzies havia sido escalado como Marius, um novo e misterioso líder Lycan. Em 9
de setembro, Bradley James foi escalado como o vilão masculino. No mesmo dia, a
novata Clementine Nicholson assinou para interpretar Lena, a maior guerreira do
Coven Nórdico e filha de Vidar. Em 22 de setembro, Lara Pulver foi adicionada
ao elenco para interpretar uma vampira ferozmente ambiciosa. Em 19 de
outubro, Charles Dance foi confirmado para retornar para interpretar “o vampiro
ancião Thomas”. Elenco adicional também foi anunciado, incluindo James
Faulkner, Peter Andersson e Daisy Head.
As filmagens principais
do filme começaram em 19 de outubro de 2015, em Praga, República Tcheca, e
estavam programadas para ocorrer ao longo de dez semanas. A equipe do filme
incluía o diretor de fotografia Karl Walter Lindenlaub, o designer de
produção Ondřej Nekvasil, a figurinista Bojana Nikitović e o editor Peter
Amundson. As filmagens terminaram em 11 de dezembro de 2015. Inicialmente, o
filme estava previsto para ser lançado em 21 de outubro de 2016. Após o anúncio
sobre o atraso no lançamento, a data de lançamento mais próxima do filme foi 24
de novembro de 2016, quando o filme foi lançado na Rússia, Ucrânia, Geórgia e
Cazaquistão, seguido por 1º de dezembro de 2016, lançamento em vários países
como El Salvador e Austrália. Foi lançado nos Estados Unidos em 6 de janeiro de
2017. Underworld: Blood Wars foi lançado em Digital HD em 11 de abril de
2017 pela Sony Pictures Home Entertainment. O filme foi lançado em Blu-ray e
DVD em 25 de abril de 2017. Underworld: Blood Wars arrecadou US$ 30,4
milhões nos Estados Unidos e Canadá e US$ 50,7 milhões em outros territórios,
para um total mundial de US$ 81,1 milhões, contra um orçamento de produção de
US$ 35 milhões.
Na América do Norte,
esperava-se que o filme arrecadasse de US$ 15 a 19 milhões em seu fim de semana
de estreia. Ele estreou com US$ 13,7 milhões, uma queda de 49% em relação à
edição anterior, terminou em quarto lugar nas bilheterias e marcou a menor estreia
da franquia. O filme arrecadou US$ 6,2 milhões em seu segundo fim de semana e,
no terceiro, foi retirado de 1.604 cinemas com a 105ª maior queda de cinemas na
terceira semana de todos os tempos e arrecadou US$ 1,7 milhão. Em junho de
2020, o filme tinha uma taxa de aprovação de 21% no site agregador de críticas Rotten
Tomatoes, com base em 96 avaliações, com uma classificação média de 4/10. O
consenso crítico do site diz: “Underworld: Blood Wars oferece outra
rodada da violência estilizada pela qual a série é conhecida, mas - como muitas
parcelas da quinta franquia - oferece muito pouco de interesse para os não
convertidos”. O Metacritic, que estatisticamente usa uma média
ponderada, atribuiu ao filme uma pontuação proporcional de 23 em 100, com base
em 17 críticos, indicando críticas “geralmente desfavoráveis”. O público
pesquisado pelo CinemaScore deu ao filme uma nota média de “B+” em uma
escala de A+ a F. Rafer Guzman, do Newsday, chamou o filme de “o mais
fraco e sem sangue da série”, com efeitos especiais de “terceira categoria” e
cenas de ação “desajeitadas”. É um jornal diário estadunidense que era entregue
inicialmente nos condados de Nassau e Suffolk do estado de Nova Iorque. Recebeu
o Prêmio Pulitzer de Serviço Público em 1954, 1970 e 1974.
Ben Kengisberg, do New
York Times, escreveu que o filme era “tão pesado com exposição” que o
diretor e o roteirista estavam fazendo “uma dissertação em vez de uma sequência”,
e criticou o que viu como a “quase intencional falta de diversão” do filme.
Frank Scheck, do The Hollywood Reporter, escreveu que o filme era um
exercício “genérico, pelos números” que era “estritamente anêmico”, dada “toda
a sua conversa sobre sangue”. Ele elogiou a atuação de Beckinsale e Dance,
dizendo também que a presença de Dance continuou a tradição de atores
britânicos ilustres “aparecendo em porcarias de Hollywood em vez de receber uma
pensão adequada”. Peter Travers, da Rolling Stone, foi muito negativo em
sua crítica, escrevendo que “raspar o fundo do poço seria um passo à frente”
para o filme e que a franquia “precisa de uma estaca no coração”. Em uma
crítica positiva, Owen Gleiberman, da revista Variety, escreveu que era “um
negócio de tiros e corpos esparramados como sempre” e que o filme fez “uma
tentativa simbólica de drama teatral real” em preparação para o “massacre de
ação” que é “sua própria recompensa (entorpecente)”. Ele também elogiou as
atuações de Beckinsale, Pulver e, especialmente, Dance. Em 2017, Wiseman
revelou que um sexto filme também está em desenvolvimento com Beckinsale
reprisando exatamente seu papel como Selene. Em 13 de setembro de 2018,
Beckinsale disse que não aparecerá no sexto filme caso seja feito, afirmando: “Eu
não voltaria. Já fiz muitos deles”. Em julho de 2021, no entanto, ela voltou
atrás em sua decisão e afirmou que não se opunha a reprisar o papel.
Anjos da Noite:
Guerras de Sangue tem
como representação social um filme de ação e terror de 2016, dirigido por Anna
Foerster, com roteiro de Cory Goodman, baseado em uma história de Kyle Ward e
Goodman. É a sequência de Anjos da
Noite: O Despertar (2012) e o quinto filme da franquia Anjos da Noite.
O filme é estrelado por Kate Beckinsale, Theo James, Lara Pulver, James
Faulkner e Charles Dance. As filmagens principais começaram em outubro de 2015,
em Praga, República Tcheca. O filme Underworld: Blood Wars foi lançado
em países selecionados em 24 de novembro de 2016 e nos Estados Unidos da
América em 6 de janeiro de 2017. O filme foi analisado pelos críticos de cinema
e arrecadou US$ 81,1 milhões em todo o mundo, contra um orçamento de produção
de US$ 35 milhões, tornando-se o filme de menor bilheteria da franquia. Anna J.
Foerster, nascida em 1971 é uma cineasta e diretora de cinema e televisão norte-americana
nascida na Alemanha. Ela é reconhecida pelo pioneirismo no uso do sistema de
câmeras Alexa da ARRI. Como diretor de fotografia de segunda unidade, Foerster
trabalhou nos filmes Alien Resurrection (1997), Ballistic: Ecks vs.
Sever (2002), Johnson Family Vacation (2004), The Day After
Tomorrow (2004), Æon Flux (2005) e 10.000 a.C. (2008), também
trabalhando como diretora de segunda unidade nos últimos quatro filmes.
Além disso, foi a diretora
de fotografia dos efeitos visuais e/ou unidade de miniaturas em Independence
Day (1996), um filme norte-americano do gênero ficção científica militar e
de catástrofe, dirigido por Roland Emmerich, que co-escreveu o roteiro junto
com Dean Devlin, em Godzilla (1998), sobre um teste nuclear
acidentalmente ressuscita Godzilla, um monstro enorme. Ele ataca
Manhattan e um grupo de pessoas selecionadas precisa detê-lo antes que ele
destrua toda a cidade americana, e talvez até o mundo, Pitch Black
(2000), acidente com espaçonave deixa os sobreviventes em um planeta
inexplorado, mas sairão para caçar em céu aberto com a chegada do próximo
eclipse e Stuart Little 2 (2002), ao retornar da escola, o ratinho
Stuart Little salva Margalo, das garras de um falcão traiçoeiro. Stuart a leva
para morar em sua casa, onde Margalo se recupera e cria laços de amizade com a
família. Dirigiu per se cinco episódios da série de televisão do
extraordinário Criminal Minds (2005), um episódio de seu spin-off Criminal
Minds: Suspect Behavior, três episódios de Unforgettable e quatro
episódios da série Outlander da Starz. Em 2008, foi relatado que ela
estava desenvolvendo Secret Hunter, baseado no romance de Ranulph
Fiennes The Secret Hunters (2002). Atuou como diretora de fotografia em Anonymous
(2011) e White House Down (2013). Em Anonymous, foi uma das pioneiras
diretoras a usar o sistema de câmera ARRI Alexa, usando um protótipo fornecido
pela ARRI. Foerster fez sua estreia na direção de longas-metragens com o filme
de ação e terror Underworld: Blood Wars (2016). Em 2016, JJ Abrams e sua
produtora Bad Robot contrataram Anna Foerster para dirigir o filme Lou, um thriller
sobre uma mãe tentando recuperar seu filho sequestrado. Lou seria
lançado no mercado em 2022.
Do ponto de vista tecnológico o sistema de
câmera Alexa introduziu sua ciência de imagem Log-C como um negativo
digital, que permite que imagens de cinema digital sejam processadas como
imagens de filme digitalizadas. A Arri Alexa é um sistema de câmera
cinematográfica digital desenvolvido pela Arri. O Arri Alexa foi lançado em
abril de 2010 e representou a primeira grande transição da Arri para a
cinematografia digital, após esforços anteriores. As câmeras Alexa são
projetadas “para serem usadas em filmes, programas de televisão e comerciais”.
Alexa usa a série ALEV de sensores de imagem fabricados pela ON Semicondutor. O
sistema de câmera Alexa inclui; modularidade, lentes de montagem PL, um sensor
CMOS de tamanho Super 35 que grava em resolução de até 3424×2202 e suporta
vídeo não compactado ou codec raw proprietário (ArriRaw). O preço
da câmera depende do modelo e dos acessórios. Por exemplo, em 2015, uma Arri
Alexa XT custava aproximadamente US$ 66.000 a US$ 100.000, dependendo dos
acessórios incluídos. A Alexa, também reconhecida como Alexa Classic,
foi anunciada em abril de 2010 e foi a primeira câmera lançada da família de
produtos. O sensor CMOS Super-35mm da Alexa tem resolução de 2,8K e ISO 800.
Essa sensibilidade permite que a câmera detecte sete pontos de superexposição
e outros sete pontos de subexposição. Para aproveitar isso, a Arri
oferece saída de vídeo HD Rec.709, padrão da indústria, bem como o modo Log-C,
que exibe toda a faixa de sensibilidade do chip, permitindo uma ampla
gama de opções de correção de cores na pós-produção cinematográfica.
No
filme Anjos da Noite: Guerras de Sangue (2016) os “clãs de vampiros”
restantes estão à beira da aniquilação pelos Lycans. Ambas as espécies estão em
busca de Selene: os vampiros buscam justiça pela morte de Viktor, enquanto os
Lycans, liderados por Marius, pretendem usá-la para localizar Eve, cujo sangue
contém a chave para a construção de um exército de híbridos de vampiros e
lobisomens. Semira, membro do conselho do Coven Oriental, pede a Thomas que
defenda o caso de Selene perante o conselho. O pedido é bem-sucedido e o
conselho relutante concorda com o perdão em troca da ajuda de Selene. Selene
chega com David e começa a treinar os neófitos Death Dealers do coven
para a guerra iminente. Semira e Varga, seu aliado e amante, envenenam Selene,
massacram os recrutas e a incriminam pela atrocidade. Com Selene sob sua
custódia, Semira começa a “drenar seu sangue, com a intenção de bebê-lo para
roubar seu poder”. Thomas e David tentam um resgate e conseguem salvar Selene.
Infelizmente, Thomas morre no processo. David e Selene se refugiam no Coven
Nórdico, perseguidos por Alexia, uma vampira do Coven Oriental enviada por
Semira. Em Var Dohr, a fortaleza do Coven Nórdico, o Ancião Vidar revela que
David é filho da Grande Anciã Amelia.
Ela e Thomas estavam
apaixonados, mas foram forçados estrategicamente a esconder seu relacionamento
e as verdadeiras origens de David devido ao ciúme extremo e à possessividade de
Victor em relação a Amelia. Isso torna David o herdeiro legítimo do Coven
Oriental. Enquanto isso, Alexia conta a Marius, seu amante secreto, que Selene
está indo para o Coven Nórdico. Marius e seus Lycans atacam Var Dohr para
capturá-la. Selene e David lutam ao lado dos vampiros nórdicos, liderados por
Lena, filha de Vidar. Durante a luta, Alexia esfaqueia Selene. Marius exige
saber a localização de Eve, mas descobre que na realidade Selene não sabe,
então ele ordena a retirada. Selene se afoga deliberadamente sob o gelo
quebrado pela transformação ecológica do lago, dizendo a si mesma que “meu
tempo acabou”. No Coven Oriental, Semira bebe o sangue retirado de Selene.
Alexia retorna e a informa sobre o ataque ao Coven Nórdico. Semira mata Alexia,
dizendo que sabia de sua aliança de sangue secreta com Marius. David retorna ao
Coven Oriental, apresenta-se como seu legítimo herdeiro e denuncia Semira. Até
Varga a abandona, afirmando ser leal ao líder legítimo. Ela é levada para ser
aprisionada em seu quarto. O coven é atacado por Marius e suas forças. Os
Lycans abrem buracos nas paredes do castelo, permitindo a entrada da luz solar
e matando alguns vampiros.
David continua lutando,
inclusive usando a si mesmo como escudo para vários jovens lutadores, para
choque e admiração de Varga. No entanto, ele se vê cara a cara com Marius.
Selene reaparece de repente, agora com aparência nórdica e vestindo um casaco
sobre seu uniforme de Death Dealer. Acontece que ela foi ressuscitada pelo
Coven Nórdico e agora possui novos poderes, incluindo velocidade aprimorada.
Ela rapidamente derrota os Lycans, enquanto o Coven Nórdico se junta à luta. Selene
atravessa o castelo, Semira escapa de seu quarto e mata os guardas. Selene e
David encontram Marius, mas David é surpreendido por Semira. Durante a luta,
uma gota do sangue de Marius cai nos lábios de Selene e ela é subitamente
inundada por suas memórias. Ela vê Marius capturando Michael Corvin e cortando
sua garganta para coletar seu sangue e consumi-lo. Para conter seu desespero
pela morte de Michael, ela morde o próprio pulso, acessando suas próprias
memórias sanguíneas do tempo que passou com ele. Selene então arranca a espinha
de Marius, matando-o instantaneamente. Enquanto isso, David consegue matar
Semira. Ele mostra a cabeça decepada de Marius aos Lycans e os convoca a
recolher seus feridos e recuar. Na sequência, Selene, David e Lena são
escolhidos como novos Anciões. É revelado que, após sua ressurreição no Coven
Nórdico, Selene se reencontrou com Eve, que vinha seguindo sua mãe através de
sua ligação telepática, como havia previsto.
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