“Toda dor pode ser suportada se sobre ela puder ser contada uma história”. Hannah Arendt
Há teorias sobre emoção representadas desde a Grécia antiga como o estoicismo, as teorias de Platão e Aristóteles etc. Encontram-se teorias sofisticadas nos trabalhos de filósofos como Descartes, Spinoza e Hume. Posteriormente, as teorias das emoções ganharam força na história com os avanços da pesquisa empírica. Frequentemente, as teorias não são excludentes entre si e vários pesquisadores incorporam múltiplas perspectivas nos seus trabalhos. Teorias somáticas da emoção consideram que as respostas corporais são mais importantes que os julgamentos no fenômeno da emoção. A primeira versão dessas teorias de Willian James, em 1880, que perdeu valor no século XX, mas que ganhou popularidade mais recentemente devido às teorias singulares de John Cacioppo, Antônio Damásio, Joseph E. LeDoux e Robert Zajonc, que conseguiram evidências neurológicas. Joseph E. LeDoux é um neurocientista norte-americano que, durante duas décadas, dedicou a sua investigação a uma teoria social pioneira na área das emoções. LeDoux propôs o conceito de “circuito de sobrevivência” como base para entender processos emocionais comparados a humanos e outros animais. Tendo em conta que algumas semelhanças neurológicas entre humanos e outros animais incluem funções cerebrais utilizadas na sobrevivência animal, LeDoux foca em circuitos que estão associados a essas funções que permitem, aos organismos, sobreviverem e prosperarem diariamente, quando confrontados com desafios ou oportunidades – os circuitos de sobrevivência – e acredita que, através deles, as pesquisas sociais poderão ganhar conhecimentos na área da emoção, quer humana, quer animal.
O termo “evolução” pode
referir-se à evidência que constitui o fato científico intrínseco
à teoria da evolução biológica, ou, em acepção completa, à teoria em sua
completude. Uma teoria científica é por definição um
conjunto indissociável das evidências verificáveis reconhecidas e das
ideias testáveis e testadas àquelas atreladas. Este conjunto é constituído por circuitos relacionados com defesa, manutenção de
fontes de energia e nutrição, regulação de fluidos, termorregulação,
reprodução, e outros. Os circuitos de sobrevivência têm a sua origem em
mecanismos primordiais que estavam presentes em seres vivos mais primitivos.
Com o avanço na escala evolutiva, as capacidades de sobrevivência aumentam em
complexidade e sofisticação, devido à presença de receptores sensoriais e
órgãos efetores especializados, e um sistema nervoso central capaz de coordenar
funções corporais e interações ambientais. Estes “circuitos” estão
geneticamente programados (inatos) e, para existirem aspectos
específicos para cada espécie, também existem componentes centrais que estão
conservados nos mamíferos, significando que são partilhados por eles,
incluindo experimentalmente os casos etnográficos com seres humanos. Isto é
comprovado por semelhanças a nível celular e molecular entre diferentes grupos
de mamíferos. Uma consequência notável de se ativar um “circuito de
sobrevivência” consiste na emergência de um estado global no organismo cujos
componentes maximizam o bem-estar do animal em situações onde existem desafios
ou oportunidades.
O Filme Retrato de uma Jovem em
Chamas foi selecionado para competir pela Palma de Ouro no Festival de
Cinema de Cannes de 2019. O filme ganhou
a Palma Queer em Cannes, tornando-se o primeiro filme dirigido por uma mulher a
ganhar o prêmio. Sciamma também ganhou o
prêmio de Melhor Roteiro em Cannes. A Queer Palm representa um prêmio
cinematográfico independente atribuído ao melhor filme LGBT do Festival de
Cannes. Foi fundado em 2010 pelo jornalista Franck Finance-Madureira, também
crítico de cinema, o Queer Palm surge em Cannes em uma onda de
premiações que estão em festivais de cinema e são dedicadas a enaltecer
produções com temática LGBTQIAPN+, como o Teddy Award do Festival Internacional
de Cinema em Berlim. É patrocinado por Olivier Ducastel e Jacques Martineau, os
realizadores de Jeanne et le Garçon Formidable (1998), um filme de drama
musical romântico francês, dirigido por Olivier Ducastel e Jacques Martineau.
Foi inscrito no 48º Festival Internacional de Cinema de Berlim, um filme de
estrada francês de 2000. É estrelado Sami Bouajila como personagem-título, Crustacés
et Coquillages, um filme de comédia dramática francês de 2005, escrito e
dirigido por Olivier Ducastel e Jacques Martineau. É lançado na América do
Norte como Côte d`Azur e no Reino Unido e Irlanda como Cockles & Muscles
e L`Arbre et la Forêt, francês de 2010 dirigido por Olivier Ducastel e
Jacques Martineau.
A
obra foi inspirada, em grande parte, na vida de Pierre Seel, um homem homossexual
alsaciano deportado para o campo de Schirmeck, que descreveu suas extraordinárias experiências no livro Moi, Pierre Seel, déporté homosexuel (1994). O
filme venceu o Prêmio Jean Vigo em 2009. É um campo de concentração nazista
localizado na comuna de Schirmeck, na região de Bas-Rhin da Alsácia anexada,
que operou de agosto de 1940 a novembro de 1944 durante a administração militar
alemã na França ocupada durante a Segunda Guerra Mundial da Alsácia
(1939-1945). Destinava-se a homens e mulheres da Alsácia e Mosela que
resistiram ao regime totalitário e, em represália, às suas famílias. Mas, na realidade,
acolheu prisioneiros de todo o mundo belicista, à medida que os destinos individuais
mudavam e as leis repressivas nazistas evoluíam. Em particular, mais de cem
combatentes da resistência pertencentes à rede da Aliança, 108 dos quais foram
assassinados na noite de 1 para 2 de setembro de 1944, foram transportados para
o campo de Struthof para execução, juntamente com outros 360 prisioneiros. As
autoridades alemãs usaram nomes diferentes para o campo, que aparentemente
dependiam do motivo da prisão: “campo de educação trabalhista” era usado
para violações dos regulamentos de trabalho, “campo de segurança” para “manifestações
antialemãs” e o termo “campo de concentração de Schirmeck” também é usado para
a admissão de combatentes da resistência.
Há teorias sobre emoção desde a Grécia antiga: estoicismo, as teorias de Platão e Aristóteles etc. Encontram-se teorias sofisticadas nos trabalhos de filósofos como René Descartes, Baruch Spinoza e David Hume. Posteriormente, as teorias das emoções ganharam força na história social com os avanços da pesquisa empírica. Frequentemente, as teorias não são excludentes entre si e vários pesquisadores incorporam múltiplas perspectivas nos seus trabalhos. Teorias somáticas da emoção consideram que as respostas corporais são mais importantes que os julgamentos no fenômeno da emoção. A primeira versão moderna dessas teorias foi a de Willian James, em 1880, que perdeu valor no século XX, mas ganhou popularidade recente devido às teorias de John Cacioppo, António Damásio, Joseph E. LeDoux e Robert Zajonc, que conseguiram obter evidências neurológicas. Joseph E. LeDoux é um neurocientista norte-americano que, durante duas décadas, dedicou a sua investigação a uma teoria pioneira na área das emoções. LeDoux propôs o conceito de “circuito de sobrevivência” como base para entender processos emocionais comuns a humanos e outros animais. Algumas semelhanças neurológicas entre humanos e outros animais incluem funções cerebrais na sobrevivência animal, em circuitos que estão associados a funções que permitem, aos organismos, sobreviverem e prosperarem diariamente, quando confrontados com desafios ou oportunidades, isto é, os circuitos de sobrevivência, e acredita que, através da mediação complexa deles, os investigadores poderão ganhar conhecimentos da emoção, quer humana, quer comparativamente animal.
Este conjunto de circuitos é constituído por circuitos relacionados com defesa, manutenção de fontes de energia e nutrição, regulação de fluidos, termorregulação, reprodução, entre outros. Os circuitos de sobrevivência têm a sua origem em mecanismos primordiais que estavam presentes em seres vivos primitivos. Com o avanço na escala evolutiva, as capacidades de sobrevivência aumentam em complexidade e sofisticação, devido à presença de receptores sensoriais e órgãos efetores especializados, e um sistema nervoso central capaz de coordenar funções corporais e interações com o ambiente. Estes circuitos estão geneticamente programados e, para além de existirem aspectos específicos para cada espécie, também existem componentes centrais que estão conservados nos mamíferos, significando que são partilhados por todos eles, incluindo os humanos. Isto é comprovado por semelhanças a nível celular e molecular entre diferentes grupos de mamíferos. Uma consequência notável de se ativar um circuito de sobrevivência consiste na emergência global no organismo cujos componentes maximizam o bem-estar do animal em situações onde existem desafios ou oportunidades. Lésbica tem como representação social uma mulher que sente atração, seja sexual ou romântica, por outras mulheres.
Os termos “lesbianidade”
e “lesbianismo” são usados para designar o relacionamento ou comportamento
sexual ou romântico entre mulheres e/ou pessoas não-binárias etc.,
independentemente da orientação sexual, como na expressão “casal lésbico”,
embora haja quem use a expressão “sáfico para evitar o apagamento bissexual”. O
conceito de “lésbica” para diferenciar mulheres com uma orientação “homossexual”
é uma construção social do século XX. Historicamente, as mulheres não tiveram a
mesma liberdade e independência para possuir relações homossexuais como os
homens, mas foram perseguidas com violências específicas como o chamado “estupro
corretivo”, para controlar comportamento social ou sexual da vítima, e até
executadas quando questionaram papéis de gênero e estereótipos de gênero e se
recusaram a ceder acesso ao corpo a homens. Em vez disso, as relações lésbicas
têm sido muitas vezes consideradas inócuas e incomparáveis com as relações sexuais
heterossexuais, por não cumprimento da função reprodutiva e submissão ao
conceito de família patriarcal. Como
resultado, pouco da história de gênero foi documentada para dar uma descrição
precisa de como a homossexualidade feminina foi expressa. Quando sexólogos no
século XIX começaram a categorizar e descrever o comportamentos sociais,
dificultados pela falta de conhecimento sobre a homossexualidade e
sexualidade feminina, distinguiram lésbicas como mulheres que não aderem aos
papéis de gênero e as “designaram incorretamente como doentes mentais”,
designação que foi revertida mais tarde pela Organização Mundial de Saúde,
tardiamente em 1991.
Neste período, mulheres
em relacionamentos lésbicos esconderam suas vidas pessoais ou aceitaram o
rótulo de “pária” e criaram uma subcultura e identidade que se desenvolveu na
Europa e nos Estados Unidos, sendo algumas executadas durante o Holocausto como
associais ou lésbicas, estas lésbicas eram obrigadas a usar um triângulo preto
para identificação. Após a 2ª Guerra Mundial (1939-1945) veio um período de
repressão social, e sobretudo sexual, em que os governos passaram a perseguir
homossexuais ativamente e as mulheres desenvolveram redes para socializar e
educar umas as outras. Maior liberdade econômica e social permitiu-lhes
gradualmente serem capaz de determinar como elas poderiam formar relacionamentos
e famílias. Com a segunda onda do feminismo e crescimento de bolsas de estudos
em história e sexualidade das mulheres no século XX, a discussão pelos direitos
lésbicos foi iniciada, o que provocou um debate sobre a atração sexual como o
principal componente para definir o que lésbica é. Retratos de mulheres
lésbicas na mídia sugerem que a sociedade em geral tem sido, ao mesmo tempo
intrigada e ameaçada por mulheres que desafiam os papéis de gênero feminino, e pari
passu fascinada e horrorizada hipocritamente, com mulheres que estão
romanticamente envolvidas com outras mulheres. Mulheres com uma identidade
lésbica compartilham experiências que formam uma visão semelhante a uma
identidade étnica: como homossexuais, elas são unificadas pela discriminação homofóbica
e rejeição potencial que enfrentam de suas famílias, amigos e outros como
resultado da lesbofobia. As mulheres lésbicas podem ter problemas de saúde
física ou mental distintos decorrentes de discriminação, preconceito e
estresse. As condições políticas e atitudes sociais também afetam negativamente
a formação dos relacionamentos lésbicos e suas famílias.
Retrato de uma Jovem em Chamas (Portrait de la Jeune Fille en Feu), tem como representação social um filme francês de drama romântico histórico, de 2019, escrito e dirigido por Céline Sciamma, nascida em Pontoise, em 12 de novembro de 1978 é uma cineasta e roteirista francesa. O diretor de cinema, realizador ou cineasta, é considerado em termos gerais o criador da obra cinematográfica. Ainda que o seu papel seja diferente consoante o realizador em causa, que além de estilos diferentes, têm estratégias de trabalho igualmente diversas, o trabalho do diretor de cinema, ao supervisionar e dirigir a execução das filmagens, utilizando recursos humanos, técnicos, dramáticos e artísticos inclui: A definição da orientação artística geral que caracterizará o filme no seu todo; A análise e interpretação do roteiro do filme, adequando-o à realização cinematográfica; A direção das interpretações dos atores, tanto sob um ponto de vista técnico, ou seja, colocando-os em determinado local e enquadramento, como de um ponto de vista dramático, solicitando o gênero de emoção pretendida para a personagem; A organização e seleção dos cenários do filme. É estrelado por Noémie Merlant e Adèle Haenel. Ambientado na França no final do século XVIII, o filme narra a história de um romance entre duas jovens: uma aristocrata e um pintor contratado para pintar seu retrato. Foi o último papel de Haenel antes de se aposentar da indústria cinematográfica em 2023.
Adèle
Haenel, nascida em Paris, em 11 de fevereiro de 1989 é uma atriz francesa. Ela
foi revelada no cinema ainda no início da adolescência, no filme Les Diables
(2002), dirigido por Christophe Ruggia. Joseph é um garoto de 12 anos que foge
de uma série de orfanatos com sua irmã autista, Chloé, a tiracolo. Chloé não
suporta ser tocada e segue apenas os comandos de Joseph. Joseph é ferozmente
protetor com ela enquanto eles buscam encontrar o caminho para os pais que ele
acredita que os abandonaram e que eles nunca conheceram. Eles se apegam a uma
falsa memória de uma casa pitoresca, que Chloé é capaz de construir usando
pedaços de vidro colorido que ela carrega. Sua última tentativa logo falha
quando eles são pegos e devolvidos a mais uma casa de repouso. Joseph
imediatamente rouba dos colegas de quarto e exige que os dois sejam deixados
sozinhos. Chloé faz progressos, no entanto, com seu cuidador, que avalia sua
condição e melhora seus cuidados. Joseph se ressente dessa interferência
enquanto seu roubo é descoberto por seu colega de quarto, Karim, que desenvolve
um respeito relutante por ele. Sua situação piora quando uma figura de seu
passado aparece e revela um segredo que enfurece Joseph, que ataca e foge
novamente com Chloé. Depois de uma traumática experiência de assédio sexual
pelo diretor, a qual apenas revelou em fins de 2019, Haenel voltou a trabalhar
com a diretora estreante Céline Sciamma, no filme Lírios d`Água (2007), que
narra a história do despertar sexual das jovens Marie (Pauline Acquart), Anne
(Louise Blachère) e Floriane (Adèle Haenel) durante o verão em um subúrbio de
classe média de Paris, quando elas “aprendem o significado da atração sexual e
da excitação”.
Marie, que se sente
atraída física e emocionalmente por Floriane, deseja fazer parte do time de
nado sincronizado Stade Franas, com o objetivo de aproximar-se dela, a qual as
outras integrantes não a tratam bem. Mostrando seu protecionismo, Floriane passa
a proteger Marie, chegando inclusive a dar uma medalha que havia ganho. Marie
diz a Anne, que se sentia rejeitada pela amiga, que estava passando um período
na casa de um primo. Tendo aceitado a explicação, fala com François (Warren
Jacquin), de quem ela está apaixonada. Apesar da equipe de nado sincronizado
pensar que já teria feito alguma relação sexual, Floriane confessa a Marie que
nunca havia feito amor com ninguém. Na parte final, Marie e Floriane se beijam
no vestiário, e esta última indica que voltaria para a festa. As duas pulam na
piscina, e Floriane dança sozinha, alheia ao efeito de suas ações em Marie e
Anne. Posteriormente, Haenel trabalhou em diversos filmes franceses e também no
teatro. Ganhou o prêmio César de melhor atriz coadjuvante em 2014 pelo filme Suzanne,
e o prêmio de melhor atriz por Les Combattants, em 2015, bem como o
prêmio Romy Schneider. Tornou-se mais conhecida internacionalmente a partir de
seu papel no filme Retrato de uma Jovem em Chamas (2019), também
realizado por Céline Sciamma. Haenel é reconhecida na França também pelo seu
ativismo feminista e sua representatividade na comunidade LGBT. Tornou público
seu relacionamento à época com Céline Sciamma em 2014, durante seu discurso de
agradecimento pelo César.
Emoção é uma reação a um estímulo ambiental e cognitivo que produz tanto experiências subjetivas, quanto alterações neurobiológicas significativas. Está associada ao temperamento, personalidade e motivações tanto reais quanto subjetivas. A palavra deriva do termo latino emovere, onde o e- (variante de ex-) significa "fora" e movere significa movimento. Seja para lidar com estímulos ambientais, seja para comunicar informações sociais biologicamente relevantes, as emoções apresentam diversos componentes adaptativos para mamíferos com comportamento social complexo, sendo cruciais, até mesmo, para a sua sobrevivência. Não existe uma taxionomia ou teoria para as emoções que seja geral ou aceita de forma mundial. Existe uma distinção entre a emoção e os resultados da emoção, principalmente os comportamentos gerados e as expressões emocionais. As pessoas frequentemente se comportam de certo modo como um resultado direto de seus estados emocionais, como chorando, lutando ou fugindo. Ainda assim, se pode ter a emoção sem o seu correspondente comportamento, então nós podemos considerar que a emoção não é apenas o seu comportamento e muito menos que o comportamento seja a parte essencial da emoção.
A teoria social de
James-Lange propõe que as experiências emocionais são consequência de
alterações corporais. A abordagem funcionalista das emoções, de Nico Frijda (1927-2015)
sustenta que as emoções estão relacionadas a finalidades específicas, como
fugir de uma pessoa ou objeto para obter segurança. As emoções básicas são três:
positivas, neutras e negativas. As emoções complexas constroem-se sobre
condições culturais ou associações combinadas com as emoções básicas.
Analogamente ao modo como as cores primárias são combinadas, as emoções
primárias podem ser combinadas gerando um espectro das emoções humanas. Como,
por exemplo, raiva e desgosto podem ser combinadas em desprezo. Robert Plutchik
(1927-2006) propôs o modelo tridimensional circumplexo para descrever a
relação entre as emoções. Este modelo é similar ao círculo cromático. A
dimensão vertical representa a intensidade, enquanto o círculo representa a
similaridade entre as emoções. Ele determina oito emoções primárias dispostas
em quatro pares de opostos. Outro significado sobre classificação das emoções
refere-se a sua ocorrência no tempo. Algumas emoções ocorrem sobre o período de
segundos, por exemplo, a surpresa e outros demoram anos, por exemplo, o amor.
O último poderia ser
considerado como uma tendência de longo tempo para ter uma emoção em relação a
um certo objeto ao invés de se ter uma emoção característica, entretanto, isto também
pode ser contestado. Uma distinção é então feita entre episódios emocionais e
disposições emocionais. Disposições são comparáveis a peculiaridades do
indivíduo ou características da personalidade, onde quando alguma coisa ocorre,
serve de gatilho para a experiência de certas emoções, mesmo sobre diferentes
objetos. Por exemplo, uma pessoa irritável é geralmente disposta a sentir
irritação mais facilmente que outras. Alguns estudiosos, por exemplo,
Freitas-Magalhães (2009) e Scherer (2005) colocam a emoção como uma categoria
mais geral de "estados afetivos". Onde estados afetivos podem também
incluir fenômenos relacionados, como o prazer e a dor, estados motivacionais, por
exemplo, fome e curiosidade, temperamentos, disposições e peculiaridades do
indivíduo. Há, ainda, a relação entre processos neurais e emoções: através de
processos de imagem por ressonância magnética funcional, já é possível
investigar a emoção “ódio” e sua manifestação neural. Neste experimento,
a pessoa teve seu cérebro escaneado enquanto via imagens de pessoas que ela
odiava. Os resultados mostraram incremento da atividade no médio giro frontal, putâmen
direito, bilateralmente no córtex pré-motor, no polo frontal, e bilateralmente
no médio lobo da ínsula.
Os pesquisadores
concluíram que existe um padrão distinto da atividade cerebral quando a
pessoa experimenta o ódio. Outro estudo colocou ainda em questão qual de três
grandes teorias de estudo da emoção, isto é, modelo circunflexo, teoria das
emoções básicas ou teoria da avaliação) é capaz de corresponder melhor aos
padrões de ativação cerebral. Neste caso, os participantes atribuíam uma
determinada emoção a vários contos pequenos enquanto os seus cérebros eram examinados
por imagem por ressonância magnética funcional. De fato, os dados obtidos neste
estudo revelaram que, possivelmente e de acordo com as condições em que o
estudo foi realizado, as emoções atribuídas a terceiros poderão ser
descodificadas através dos padrões neuronais e que o nosso conhecimento dessas
emoções é abstrato e dividido em diversas dimensões. Ipso facto, os
dados sugeriram que o modelo que melhor se adequa aos padrões neuronais poderá
ser o da teoria da avaliação, tendo em conta as condições em que o estudo foi
realizado. As emoções básicas são as emoções mais elementares, distintas e mais
contínuas no tempo entre as diversas espécies das emoções discretas, mas também
podem ser consideradas as mais relacionadas com funções de sobrevivência. Estas
emoções são assim designadas uma vez que não podem ser decompostas em termos
semânticos ainda mais simples. Segundo esta teoria, são diversas combinações
entre as emoções básicas (associadas a expressões faciais) que permitem
compreender as emoções mais complexas.
O território atualmente
chamado Alsácia-Mosela, na França, compreende os departamentos do Alto e do
Baixo Reno (formando a Alsácia) e o departamento do Mosela (que forma a parte
oriental da Lorena). É uma antiga região administrativa da França, localizada a
Leste do país, junto às fronteiras alemã e suíça. Na atualidade integra a
região do Grande Leste (Alsácia-Champanha-Ardenas-Lorena) e tem Estrasburgo
como capital e maior cidade. A Alsácia tem uma superfície de 8 280 km², sendo a
menor região da França metropolitana. Seu comprimento é de aproximadamente
quatro vezes sua largura, estendendo-se sobre uma planície entre o rio Reno a
leste e as montanhas dos Vosges a oeste.
Ela engloba os departamentos (Départements) do Haut-Rhin (Alto
Reno), ao Sul, e Bas-Rhin (Baixo Reno), ao norte. Tem fronteiras com a Alemanha
ao norte e ao leste, com a Suíça e a região francesa de Franche-Comté ao sul e
com a região francesa da Lorena (Lorraine) ao Oeste. Mosela (em francês
Moselle) é um departamento da França localizado na região do Grande Leste, cuja
capital é a cidade de Metz. Forma parte da região histórica e cultural da
Lorena. O nome do departamento vem do rio Mosela que o atravessa. Na lista dos
departamentos franceses tem o número 57.
Mosela foi um dos
primeiros departamentos criados pela Revolução Francesa, o 4 de março de 1790
por aplicação da lei do 22 de dezembro de 1789, dividindo a província de
Lorena. Conheceu várias mudanças de fronteiras até elas serem fixadas em 1815.
As cidades de Saarbrücken e Saarlouis, atualmente alemãs, fizeram brevemente
parte do departamento. Nessa época, o departamento era dividido em quatro arrondissements:
Metz (capital do departamento), Briey, Sarreguemines e Thionville. O
departamento desapareceu em 18 de maio de 1871, após o tratado de
Frankfurt, quando a Alemanha anexou a maior parte do departamento, parte do
departamento da Meurthe e quase toda a Alsácia. Só o extremo Oeste da Mosela
ficava francês, sendo integrado no novo departamento Meurthe-et-Moselle,
formando o atual arrondissement de Briey. Os territórios tornando-se alemães
incluíam a parte germanófona da Lorena, com Boulay, Sarreguemines e Sarrebourg, regiões onde sempre se falava francês, como Metz e Château-Salins. O
conjunto formava um Bezirk, cuja capital foi Metz.
Quando em 1919, o
tratado de Versalhes entregou para a França os territórios lorenos perdidos,
não foram reconstituídos os antigos departamentos, mas o Bezirk de Metz mudou
para departamento de Mosela, com os arrondissements de Boulay-Moselle,
Forbach, Metz, Sarreguemines e Thionville (parte da antiga Mosela) e os de
Château-Salins e Sarrebourg (parte da antiga Meurthe). O departamento de
Meurthe-et-Moselle ficou assim sem nova mudança. Durante a segunda guerra
mundial, após o armistício de 22 de junho de 1940, a Mosela foi de novo anexada
pela Alemanha e integrada no Gau Westmark com a Sarre e o Palatinado. A
importância da população francófona induziu o Gauleiter Bürckel a pronunciar
expulsões maciças de todos os elementos que lhe pareciam não ser seguros, sem
considerar critérios raciais, ao contrário do seu colega Wagner, em carga do
Gau Baden-Elsass, quem não queria entregar ao inimigo «o precioso sangue
germânico». Aparentemente tratados pior que os moradores da Alsácia, os Lorenos
expulsos se felicitaram do seu destino quando, em 1942, os alsacianos-lorenos
que ficavam foram incorporados à força no exército alemão. A Mosela foi
libertada, na maior parte, pelos exércitos norte-americanos em 1944, mas
algumas vilas só foram libertadas mais tarde seguindo até março de 1945. Por
causa da anexação de 1871, o departamento da Mosela (tal como os da Alsácia)
fica no regime do concordado de 1801.
O prêmio reconhece o
filme pelo tratamento dado à temática LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e
transgéneros), dentre as obras apresentadas em todas as seleções do festival: Un
certain regard, (1978), Semana da Crítica (Semaine de la critique),
Quinzena dos Realizadores e a secção da Associação do Cinema
Independente para a sua Difusão (Association pour le Cinéma Indépendant et
sa Diffusion, ACID). O filme foi lançado nos cinemas da França em 18 de
setembro de 2019. Foi indicado ao Independent Spirit Awards, Critics` Choice
Awards e Golden Globe Awards de Melhor Filme Estrangeiro e foi escolhido pelo
National Board of Review como um dos cinco melhores filmes estrangeiros de
2019. O filme foi um dos três selecionados pelo Ministério da Cultura francês, para
concorrer a inscrição da França no 92º Oscar de Melhor Longa-Metragem
Internacional. Retrato de uma Jovem em Chamas foi eleito o 30º melhor filme de
todos os tempos na pesquisa de críticos da Sight & Sound de 2022. Também
foi considerado um dos melhores filmes de 2019, do século 21 e de todos os
tempos. É o órgão do governo francês responsável por proteger e promover as
artes e a identidade cultural francesa, gerenciando museus, monumentos
históricos e centros culturais. Fundado em 1959 por Charles de Gaulle, tem o
objetivo de manter e fortalecer a cultura francesa tanto no país quanto no
exterior, e desde 2024 é liderado pela Ministra da Cultura, Rachida Dati.
Nascida em Saint-Rémy,
Saône-et-Loire, em 27 de novembro de 1965, é uma política francesa, que foi
ministra da Justiça de 18 de maio de 2007 a 23 de junho de 2010, durante a
gestão do primeiro-ministro François Fillon sempre durante a presidência de
Nicolas Sarkozy. Filha de pai marroquino, chamado Mbarek, e mãe argelina,
chamada Fatima-Zohra, é a segunda de uma família de doze filhos, com oito irmãs
e quatro irmãos. Possui tripla nacionalidade: francesa, marroquina e argelina,
mas costuma declarar que é uma “francesa de origem francesa”. Cresceu e estudou
em um bairro muito pobre chamado Saint-Jean, perto de Chálon-sur-saóne. Rachida
começou a trabalhar aos catorze anos como entregadora de folhetos e depois como
vendedora em um supermercado. Dos dezesseis aos dezoito anos, trabalhou como
paramédica, prestando serviço de cuidados com idosos. Em 1987 voltou a estudar,
graduando-se em administração de empresas. Passou, assim, a trabalhar em várias
empresas, chegando a atuar um ano em Londres. Depois de alguns anos trabalhando
no setor de gestão de empresas, decide estudar Direito no Colégio Nacional de
Direito Francês, onde também se graduou como o título de magistrada. Consegue
trabalhar logo como fiscal em um tribunal na cidade de Bobigny, localidade
próxima a Paris e, posteriormente, em outro tribunal da cidade de Évry. Em
2002, conheceu Nicolas Sarkozy, então Ministro do Interior da França, e
trabalhou com ele em um projeto de prevenção à delinquência. Em dezembro de
2006, uniu-se ao partido União por um Movimento Popular (UMP), o partido
de Sarkozy, foi um partido político francês de centro-direita. Foi criado
especificamente para as eleições presidenciais e legislativas de abril de 2002
e surgiu inicialmente com o nome “Union pour une majorité présidentielle” pela
fusão de dois partidos do presidente Jacques Chirac. Apesar de não ter muita experiência
política, Rachida foi eleita porta-voz da campanha de Sarkozy durante as
eleições gerais na França. Pouco depois da vitória de Sarkozy nas eleições,
este a nomeou ministra da Justiça, o que a tornou a primeira pessoa de origem
Magrebe a dirigir um ministério do governo francês. Em 2016, foi selecionada
pela British Broadcasting Corporation (BBC) como uma das 100 Mulheres mais
importantes do ano.
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Racial e Autoritarismo de Direita: Uma Análise Psicossocial. Tese de
Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social. João Pessoa:
Universidade Federal da Paraíba, 2016; BAPTISTA, Mónica Andreia Santana, Autobiografia
em Cinema. Tese de Doutorado. Lisboa: Universidade de Lisboa, 2019; FAVERO,
Sofia, Psicologia Suja. 1ª edição. São Paulo: Editora Devires, 2025; ALVARENGA,
Breno Mota, Som e Temporalidades Queer em Autobiografias Fílmicas. Tese de
Doutorado. Programa de Pós-Graduação em Cinema e Audiovisual. Instituto de
Artes e Comunicação Visual. Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2025; entre
outros.
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