“Não tente encontrar tempo para escrever - crie tempo”. Francis Ford Coppola
Megalopolis
é um filme de drama épico de ficção científica norte-americano de 2024,
escrito, dirigido e produzido por Francis Ford Coppola. O filme apresenta um
elenco que inclui Adam Driver, Giancarlo Esposito, Nathalie Emmanuel, Aubrey
Plaza, Shia LaBeouf, Jon Voight, Laurence Fishburne, Talia Shire, Jason
Schwartzman, Kathryn Hunter, Grace VanderWaal, Chloe Fineman, James Remar, DB
Sweeney e Dustin Hoffman. Ambientado em uma Nova York alternativa do século XXI,
reestilizada como “Nova Roma”, o filme segue o arquiteto visionário Cesar
Catilina (Driver) enquanto ele entra em conflito com o prefeito corrupto
Franklyn Cicero (Esposito), que se opõe aos planos de Catilina de revitalizar
Nova Roma construindo a utopia futurística “Megalopolis”. O filme se baseia na
história romana, particularmente na conspiração catilinária de 63 a.C. e na
decadência da República Romana no Império Romano. Em 1977, Coppola teve a ideia
de fazer um filme traçando paralelos entre a queda da República Romana e o
futuro dos Estados Unidos da América, recontando a conspiração catilinária na
Nova York moderna. Embora ele tenha começado a planejar o filme em 1983, o
projeto passou décadas em um “inferno de desenvolvimento”. Coppola tentou
produzir o filme em 1989 e novamente em 2001, mas em cada vez, os estúdios se
recusaram a financiá-lo, devido à série de decepções de bilheteria no final da
carreira de Coppola e aos ataques de 11 de setembro, respectivamente.
Desiludido com o sistema de estúdio, Coppola não produziu Megalopolis até
construir uma grande fortuna no ramo de vinificação. Ele gastou US$ 120 milhões
de seu dinheiro para fazer o filme. As filmagens principais ocorreram na
Geórgia de novembro de 2022 a março de 2023.
O relógio é utilizado como medidor
do tempo desde a Antiguidade, em variados formatos que o distinguem das mais
antigas invenções com utilidade social humanas. Relojoaria é tanto o termo que
designa o seu fabricante, como a loja onde são vendidos. Entre os primeiros
relógios, ou horológios em português mais antigo, que se tem conhecimento estão
os relógios de sol. Relógios simples de água ou areia são conhecidos por ter
existido na Babilônia e no Egito em torno do século XVI a. C. A história
etnográfica registra que apareceu na Judeia, mais ou menos em 600 a. C., com os
relógios de água (clepsidras) e os relógios de areia (ampulhetas). Em 725 d.
C., Yi Xing, um monge budista chinês desenvolveu um relógio mecânico que tinha
um complexo sistema de engrenagens e 60 baldes de água que correspondiam aos 60
segundos que fazia uma revolução completa em 24 horas. Em 797 (ou 801), o
califa de Bagdá, Harune Arraxide, presenteou Carlos Magno (742-814), com um
elefante asiático chamado Abul Abbas e um relógio mecânico de onde saía um
cavaleiro que anunciava as horas. Magno foi rei dos francos a partir de 768,
rei dos lombardos a partir de 774 e imperador dos romanos a partir do ano 800.
Durante o início da Idade Média, Carlos Magno uniu a maior parte da Europa
ocidental e central. É o primeiro imperador reconhecido a governar desde a queda do Império Romano do Ocidente cerca de três séculos
antes.
Isso indica que os primeiros relógios mecânicos provavelmente foram inventados pelos asiáticos. Contudo, embora exista controvérsia sobre a construção do primeiro relógio mecânico, o papa Silvestre II é considerado no mundo ocidental o primeiro inventor. Os primeiros relógios mecânicos, muito rudimentares, surgiram por volta de 1200 no norte da Europa, na região onde se constituiu a atual Alemanha. Outros grandes construtores e aperfeiçoadores de relógios foram Ricardo de Walinfard (1344), Santiago de Dondis (1344), seu filho João de Dondis que ficou reconhecido como Horologius, e Henrique de Vick (1370). Por volta de 1500, Peter Henlein, na cidade de Nuremberg, fabricou o primeiro relógio com utilidade de uso social de bolso. Até que, em 1595, Galileu Galilei descobre o isocronismo. Com os relógios mecânicos surge uma grande variedade de técnicas de registro da passagem do tempo. Os relógios podem ser classificados de pêndulo, de quartzo ou cronômetros. Os primeiros relógios utilizados foram os relógios de bolso. Eram muito raros e tidos como verdadeiras “joias”.
Os
relógios de bolso eram símbolo da alta aristocracia. A divisão do dia em horas
só aconteceu quando o astrofísico Galileu Galilei (1564-1642) definiu as regras
do movimento pendular e sua impressionante regularidade. Diz-se que o
isocronismo do pêndulo foi descoberto por Galileu quando, numa missa, observou
a oscilação de um candelabro suspenso do teto da igreja, tendo medido o período
através da contagem dos seus batimentos cardíacos. Seja como for, o
extraordinário Galileu viria a usar “o pêndulo nas suas experiências com o
plano inclinado”. Mas isso foi por volta de 1600 e somente uns 100 anos depois
é que surgiriam os ponteiros indicadores de minutos. Por essa ocasião, os
relógios já eram olhados como “joias” e caracterizavam-se pela beleza estética e
também riqueza. Os famosos relógios suíços tiveram origem em Genebra, por volta
do século XVI e um nome é registrado como o iniciador de tudo: Daniel
Jeanrichard (1665-1741), é um relojoeiro de Neuchâtel considerado tecnologicamente
o fundador da indústria relojoeira no Jura. Se sua existência histórica está
fora de dúvida, por outro lado, a questão de sua importância e de seu papel exato permanece sem solução. Figura guardiã de Neuchâtel,
Daniel Jeanrichard foi rapidamente mitificado.
A
indústria relojoeira evoluiu rapidamente e tornou-se um marco naquele
país, tanto pelo desenvolvimento do designer como pela tecnologia de precisão.
Com o advento dos relógios de quartzo, os suíços perderam a hegemonia mundial e
nunca mais a recuperar. Os relógios de quartzo são muito mais baratos e
precisos do que os relógios mecânicos. O relógio de pulso tem uma história
bastante interessante que envolve Santos Dumont vivia sujando a roupa ao tirar
o relógio do bolso, com as mãos manchadas de óleo enquanto trabalhava nos seus
modelos de aviões. Para evitar esse contratempo, pediu a seu amigo Cartier que
fabricasse um relógio que pudesse ser acomodado no pulso, e esse foi o primeiro
relógio de pulso fabricado na França e chegou a ser chamado de Santos Watch. O
relógio de pulso já era reconhecido, mas raramente usado: o exército inglês
havia encomendado 1500 relógios a um fabricante suíço para colocar no pulso de
militares, considerando que seriam mais úteis assim, durante a batalha. Mas foi
depois do episódio com Santos Dumont que Cartier passou a fabricar relógios em
série de pulso, criou fama como fabricante e difusor de utilidade de uso pelo mundo ocidental.
O
filme Megalopolis reuniu Coppola com colaboradores anteriores, incluindo os
atores Esposito, Fishburne, Remar, Shire e Sweeney, o diretor de fotografia
Mihai Mălaimare Jr., o compositor Osvaldo Golijov e o filho de Coppola, o
diretor de segunda unidade Roman Coppola. Como vários outros filmes de Coppola,
Megalopolis teve uma produção problemática. Coppola adotou um estilo
experimental, incentivando seus atores a improvisar e escrever certas cenas
durante as filmagens, e adicionando suas próprias alterações de última hora ao
roteiro. Membros do departamento de arte e da equipe de efeitos visuais, entre
outros, deixaram o filme ou foram demitidos. Megalopolis foi selecionado para
competir pela Palma de Ouro no 77º Festival de Cinema de Cannes, mas
polarizou os críticos e os estúdios de Hollywood. Coppola não conseguiu
encontrar um estúdio que reembolsasse seus custos de produção e pagasse por uma
grande campanha de marketing. Ele optou por pagar por uma campanha
publicitária, com a Lionsgate lançando o filme nos cinemas nos Estados Unidos.
Ele sofreu uma corrida problemática para o lançamento: um trailer foi
removido por usar citações fabricadas, e Coppola processou a comercial revista Variety
por difamação “depois que ela publicou alegações de má conduta sexual por ele
no set”. O filme estreou em Cannes em 16 de maio de 2024 e foi lançado
nos cinemas em 27 de setembro de 2024. Foi um fracasso comercial, matematicamente arrecadando em torno de US$ 14,3 milhões contra um orçamento de US$ 120 a US$ 136 milhões.
As
críticas foram mistas, com os críticos elogiando a ambição e o estilo do filme,
mas achando-o caótico e irregular, sendo bastante polarizados em relação à
atuação e à história. Megalopolis tem como representação social um filme
épico norte-americano de drama e ficção científica escrito, dirigido e
produzido por Francis Ford Coppola. Épico, no sentido cinematográfico, é um
gênero que retrata contos de grandes heróis, onde todo seu centro se baseia em
apenas um personagem principal ou de um povo. Contam tipicamente com grande
produção, temas dramáticos sendo um grande espetáculo. O uso do termo mudou ao
longo do tempo, às vezes, designa um gênero de filme e outras vezes é “simplesmente
sinônimo de filme de grande orçamento”. Os filmes seguem o sentido clássico da
literatura em um personagem heroico. A natureza ambiciosa de um épico ajuda a
definir e o diferenciar de outros tipos de filme, tais como filmes de épocas ou
aventuras. Filmes épicos normalmente contam um evento histórico ou mítico,
adicionados a cenários extravagantes e trajes luxuosos, acompanhado de uma
marcante trilha sonora e grande elenco, que iria torna-lo um dos mais caros
filmes produzidos. Os temas comuns de filmes épicos são guerreiros,
gladiadores ou uma figuração de vários períodos da história. Além de históricos, filmes de fantasia como O Senhor dos
Anéis e Star Wars, também incorporam os elementos sociais
personificados do cinema épico.
Megalopolis é um filme
ambicioso e controverso de Coppola, que explora temas como utopia, corrupção e
ambição em uma Nova Iorque futurista após uma catástrofe. A obra, escrita e
dirigida por Coppola, tem sido recebida com reações polarizadas, com muitos
críticos elogiando sua ousadia e originalidade, enquanto outros criticam sua
narrativa fragmentada e excesso de ideias. Coppola desafia convenções
cinematográficas com uma estética singular, abordando temas complexos de forma
não convencional. O elenco é histórico e talentoso com Adam Driver, como o
arquiteto César Catilina, entrega uma performance intensa e convincente. O
filme provoca reflexões sobre o futuro das cidades, a natureza da ambição e os
limites da utopia. A narrativa critica a influência do dinheiro e a corrupção
na sociedade, explorando a luta entre o idealismo e o pragmatismo. A história dialeticamente
pode parecer dispersa e difícil de acompanhar, com muitas subtramas e
personagens. Alguns críticos de cinema sentiram que o filme carece de humanidade
e conexão emocional com os personagens. A quantidade de temas abordados pode
prejudicar a compreensão, a tolerância e o aprofundamento de cada um. A
estética grandiosa e teatral pode parecer excessiva para alguns espectadores.
Megalopolis é um filme que divide opiniões, last but not least, mas é
inegável que se trata de uma obra cinematográfica ambiciosa e singular. Francis
Ford Coppola, aos 85 anos, entrega um épico pessoal que desafia convenções e
provoca reflexões sobre o futuro. Apesar de suas falhas narrativas, oferece momentos de beleza visual e intelectual, e é uma experiência
cinematográfica que certamente não deixará ninguém indiferente.
Em primeiro lugar, o tempo é o mesmo princípio hegeliano, que o Eu=Eu da autoconsciência pura; mas é o mesmo princípio ou o simples conceito ainda em sua total exterioridade e abstração – como o mero vir-a-ser intuído, o puro ser-em-si como simplesmente um vir-fora-de-si. O tempo é contínuo como o espaço, pois ele é a negatividade abstrata e nela ainda não há nenhuma diferença real. No tempo, diz-se, tudo surge e tudo passa e perece, se se abstrai de tudo, do recheio do tempo e do recheio do espaço, fica de resto o tempo vazio comparativamente como o espaço vazio – isto é, são então postas e representadas estas abstrações de exterioridade, como se elas fossem existentes por si. Mas não é o que no tempo surja e pereça tudo, porém o próprio tempo é este vir-a-ser, surgir e perecer, o abstrair essente. O real de análise é bem diverso do tempo, mas também essencialmente idêntico a ele. O real é limitado, e o outro para esta negação está fora dele, a determinidade é assim nele exterior a si, e daí a contradição de seu ser; a abstração opera nessa exterioridade de sua contradição e a inquietação da mesma é o próprio tempo. O finito é transitório e temporário, porque ele não é, como ocorre na representação do conceito nele mesmo, a negatividade total, mas em si, como sua essência universal, entretanto, diferentemente da mesma essência, é unilateral, e se relaciona à mesma essência como à sua potência. Na sua identidade conseguem livremente existente para si, Eu=Eu, é “em si” e “para si” a absoluta negatividade e liberdade. O tempo não é potência dele, nem está no tempo nem é algo temporal. É mais a potência do tempo, e este apenas esta negatividade como exterioridade. Só o natural, é, enquanto é finito, sujeito ao tempo; na constituição da ideia, o espírito que é eterno.
A
intuição trabalhada, em segundo lugar, tal como a entendera Gaston Bachelard,
significa assumir com essa ideia a existência de dois polos necessariamente
presentes no universo cultural humano. O polo da objetividade e polo da
subjetividade, todavia, entrelaçados e mediados nos duros e doces caminhos da
constituição da mediação científica assim como dos demais caminhos existentes,
esta ideia cara à concepção de ciência nestes tempos. O pensamento de Bachelard
se faz contemporâneo na atualidade potente de sua reflexão. Felizmente fora da
dinâmica consensual entre pesquisadores, pois é conhecido por sua filosofia não
cartesiana, não bergsoniana, não aristotélica e não kantiana, visto que sua
obra excede a epistemologia e a estética e comunicação com diferentes áreas de
saber. Representou o novo espírito científico que, ao refletir sobre episteme,
o conhecimento, problematiza o erro em sua positividade e a importância real da
retificação. Seu novo racionalismo aberto e dinâmico, histórico e factual,
inova a concepção de imaginação social, porque explora os devaneios e desconfia
das metáforas progressivas. A formação das expectativas não leva em
consideração os fatores comparativos previstos na sociedade como muito
incertos. Embora, em determinadas situações, fatos muito incertos possam se
tornar decisivos, tornando-se um guia razoável para as decisões correntes e os
eventos a que se atribui um grau elevado de confiança. Sem temor a erro, foi considerado
um “filósofo da solidão feliz” que a procura de instantes poéticos nos
desestabiliza nas incertezas do mundo contemporâneo objetivo. A intuição como
forma de representação do conhecimento consiste na capacidade de conhecer algo
sem de fato ainda entender seu funcionamento. Está fundamentada na noção
inicial que temos sobre algo, noção esta basicamente na históriada filosofia que nasce da experiência sensorial
e/ou de uma análise superficial das características que compõe determinado
elemento.
Tomando
como base esta noção inicial, conseguimos entender de forma pouco esclarecida
do que se trata determinado elemento e já nos dispomos a emitir juízos acerca
do mesmo. Todas estas concepções do homem, que se expressam de diversas formas,
nasceram a partir da análise que seus sentidos o proporcionaram fazer. Mas há
algo a mais nisto. Não bastariam ele olhar para a pedra e sentir seu peso para
concluir estas coisas. Teria o homem que pensar por associação, por comparação.
Entre habilidades ou competências importa destacar a relação contígua entre o
ser capaz de pensar e o ser capaz de aprender. Teria o homem que se basear em
outras experiências. Têm-se nas reflexões anteriores, comparativamente, um
exemplo desta forma básica de entender o mundo que nos cerca. O pensamento por
associação. O conhecimento que se constrói através de memórias de experiências
passadas e logo comparações com experiências presentes. O raciocínio intuitivo
da forma como foi apresentado, revela-nos uma superficialidade na forma de compreender
o mundo. Retomando ao exemplo do homem: o mesmo não saberia explicar o porquê
de nenhuma de suas conclusões, visto que ele se baseou somente em suas antigas
experiências. Os fatos usados para formar a conclusão, não são compreendidos
pelo homem, ele apenas sabe que são tal como são e aceita isso como natural.
Além dessas substâncias e de outras, que estão em menor quantidade, o ar, por
exemplo, também apresenta gotículas de água, poeira, e sobretudo partículas de
vírus, bactérias e outro micro-organismos. Não entende ele, no plano da teoria “como” e nem o “por que” daqueles fatos sociais do dia a dia se
apresentarem daquela maneira. Tudo que ele sabe, foi captado pelos sentidos,
guardado em sua memória. Em seu dia-a-dia para entender o mundo que
lhe é anterior e está ao seu redor.
Francis Ford Coppola é um produtor, roteirista e cineasta ítalo-norte-americano. Coppola é mais reconhecido internacionalmente por dirigir uma das mais aclamadas trilogias da história do cinema, The Godfather e clássicos como Apocalypse Now, The Conversation, Bram Stoker`s Dracula, entre outros, e por escrever o roteiro do premiado Patton. É filho do compositor Carmine Coppola, e pai da cineasta Sofia Coppola, avô da também cineasta Gia Coppola, tio do ator Nicolas Cage e irmão da atriz Talia Shire. Foi indicado 14 vezes ao Oscar e venceu por 5 vezes. Nascido em Detroit, em 1939, numa família ítalo-americana vinda de Bernalda, Basilicata, Coppola cresceu no bairro de Queens em Nova Iorque, para onde a família se mudou após o seu nascimento. O pai, Carmine Coppola, era músico e compositor, quando uma canção sua surge em Tucker: Um Homem e o Seu Sonho, 1988 e a mãe atriz. Quando tinha nove anos contraiu poliomielite. Coppola estudou cinema na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) e enquanto por lá fez inúmeros pequenos filmes. Nos fins da década de 1960, começou a sua carreira profissional realizando filmes de baixo orçamento com Roger Corman (1926-1924) e escrevendo roteiros. Logo a seguir à realização do seu primeiro filme You’re a big boy now, foi oferecida a Coppola a direção da versão para cinema do musical da Broadway, Finian’s Rainbow, protagonizado por Petula Clark, no que era o seu primeiro filme nos Estados Unidos, e pelo veterano Fred Astaire (1899-1987).
Treinada para cantar por sua mãe, Petula
Clark embarcou em uma carreira iniciada com a tenra idade de sete anos. Sua mãe
galesa, de nome Doris, era uma soprano talentosa e ensinou-lhe muito. Cresceu
em Epsom, Surrey. O pai de Petula, Leslie, queria ser ator, mas foi
desencorajado por seus pais. Ele tornou-se gerente de Petula, manteve rigoroso
controle de sua vida, e muitos achavam que ele cumpriu seus sonhos de
"showbusiness" através dela. Logo se fixou em programas de rádio
britânicos e iniciou a interpretação de seu próprio show regular - Pet’s
Parlour – consistindo de uma coletânea de canções patrióticas projetadas
para impulsionar o moral das tropas britânicas na 2ª guerra mundial (1939-1945).
Contava então 11 anos de idade. Após entreter as tropas ao lado de estrelas
como Julie Andrews e Anthony Newley, Clark debutou no cinema com o filme “A
Medal for the General”, em 1944. No alvorecer dos anos 1950, já era uma superstar
em todo o Reino Unido, com o compromisso de atuar em duas dúzias de filmes. Em
1954 “The Little Shoemaker” foi seu primeiro sucesso que esteve entre as vinte
mais preferidas do público, enquanto que em 1960 a canção “Sailor” obtinha
índices expressivos de sucesso. Esforçou-se para verter sua imagem de
adolescente. Após vender 1 milhão de cópias em 1961, com a canção “Romeo”,
casou-se e mudou-se para Paris (França), estabelecendo uma base forte com a peculiaridade de fãs das
canções “Ya Ya Twist” (1962), “Chariot” (2003) e “Monsieur” (1989), que marcou uma nova fase de seu
repertório, mais sofisticado e escorado por vocais cristalinos.
Surfando
a onda da chamada “invasão britânica”, Clark pôde finalmente penetrar no
mercado estadunidense em 1964 com o mega sucesso vencedor de um Grammy
“Downtown”, aliás, o primeiro e único alcançado por uma mulher britânica que
estourou nas paradas do Top Ten (bendita dez mais) dos Estados Unidos da América.
Mas não ficou só nisso. Outros sucessos alcançaram o Top Ten, escritas e com
arranjos de Tony Hatch, como em 1965 “I Know a Place” e em 1966 “I Couldn't
Live Without Your Love” e o estrondoso sucesso “My Love”. Ao mesmo tempo ela
resplandeceu em toda a Europa, estando nas primeiras posições do sucesso em
1967 com a canção “This is my Song” composta para o filme “A Countess From Hong
Kong”. Atuou em seu próprio programa na BBC de Londres e em 1968 participou do
controvertido especial do canal NBC, quando os patrocinadores pediram que um
segmento com o convidado Harry Belafonte fosse editado, pelo fato de ele ser
negro e estar encostado em Petula Clark nas gravações. Depois de um protesto de
Clark o filme permaneceu conforme a gravação.
No fim dos anos 1960, o status comercial de Petula Clark deslanchou enquanto canções como “Don’t Sleep in the Subway”, “The Other Man’s Grass is Always Greener” e “Kiss Me Goodbye” faziam sucesso em ambos os lados do Atlântico. Em 1968 também reiniciou sua carreira no cinema estrelando “Finian’s Rainbow” seguido um ano mais tarde por Goodbye Mr. Chips. Foi a primeira mulher do Reino Unido a ganhar um Grammy, cantou com Frank Sinatra e Barbra Streisand, e no já citado filme “Finian`s Rainbow” , que foi um de seus 30 filmes em que participou, ela dançou com Fred Astaire. Seu hit, Downtown, participou de forma marcante do seriado Lost da American Broadcasting Company americana, quando a personagem Juliet (Elizabeth Mitchell) a escuta. Esse mesmo hit fez parte da trilha sonora do filme “Girl, Interrupted”, lançado em 1999, com a participação de Winona Ryder e Angelina Jolie. No ano de 2014 teve muitos shows agendados, principalmente uma turnê na Austrália. Em 2015 dentre outras, fez apresentações em Paris, na França, em show no Palais des Congrès, no dia 24 de janeiro e no Glenn Gould Prize`s, no dia 14 de abril, em Toronto, no Canadá.
Em outubro de 2016 fez um “Concert Tou” na Grã Bretanha, apresentando a performance do novo álbum “From Now On”. Apresentou shows em maio de 2017, entre os dias 13 e 28, na Austrália, onde essa legendária estrela do cinema e da música destacou sua performance no álbum “From Now On”, lançado pelo UK Pop Legend, em 2016, além de outros sucessos inesquecíveis. Petula fez uma aparição em um comercial de televisão de Natal, do Aeroporto de Londres Heathrow em 2017, acompanhada de sua música: “I couldn't live without your love”. Realizou em novembro e dezembro de 2017, vários shows nos Estados Unidos da América. Em maio de 2018, fez um tour com concertos no Canadá. Ainda em 2018 realizou turnê pelos Estados Unidos da América, em novembro/dezembro. Cumpriu agendas no mês de maio de 2019 na Austrália (QPAC Concert Hall) e em junho no Francos de Montréal Festival Canadá. Em março de 2019 foi anunciado que poderia retornar ao palco (Londo`s West End), na performance do renascimento de Mary Poppins, como “The bird Woman” (mulher-pássaro). Suas apresentações nesse roteiro iniciaram-se em 23 de outubro de 2019 a deveriam se estender até 29 de março de 2020, no Prince Edward Theatre, em Londres, Inglaterra, mas a pandemia do novo Coronavírus interrompeu não só tal performance como os shows mundiais de Petula Clark. As apresentações, entretanto, retornaram em 2022, com o recrudescimento da pandemia, tanto que em 14 de novembro de 2022 após a performance de Petula no mesmo Prince Edward Theatre, após o show, foi homenageada pela chegada do aniversário de 90 anos de idade, que se celebra todo dia 15 de novembro. Clark apareceu no show Old Friends de Stephen Sondheim, que foi ao ar na BBC em janeiro de 2023. Ela cantou “I`m Still Here” de Follies. A gravação em CD desta apresentação foi lançada física e digitalmente em dezembro de 2023. Petula Clark, ao longo de sua carreira já vendeu um total de 75 milhões de cópias e segue contando.
O produtor Jack Warner, mutais mutandis, mal impressionado com o aspecto hippie de Coppola, deixou-o entregue a si mesmo. Coppola pegou o elenco e foi para Napa Valley rodar os exteriores, mas as diferenças entre estas filmagens e as gravadas em estúdio eram enormes, o que resultou num filme pouco homogêneo. Sendo feito com material obsoleto, o sucesso não foi grande, mas sem dúvida o seu trabalho com Petula Clark contribuiu para a sua nomeação para o Globos de Ouro como melhor atriz. No entanto foi em 1972 que Coppola conseguiu ser reconhecido mundialmente por dirigir um dos clássicos mais aclamados do cinema The Godfather, Coppola adaptou do livro homônimo escrito por Mario Puzo. The Godfather venceu o Oscar de melhor filme e Coppola foi indicado a melhor diretor e venceu junto com Puzo na categoria de melhor roteiro adaptado. Em 1974 Coppola deu sequência a The Godfather com The Godfather: Part II que se tornaria a primeira sequência a ganhar o Oscar de melhor filme, The Godfather: Part II venceu em outras cinco categorias, incluindo melhor diretor e melhor roteiro adaptado para Coppola. Neste período escreveu o roteiro para The Great Gatsby, estrelado por Mia Farrow e Robert Redford, mas que foi um merceologicamente um desastre completo em nível comercialização do produto no mercado e, sobretudo, da crítica, e produziu o segundo filme de George Lucas, American Graffiti (1973).
Após
o sucesso dos dois The Godfather (1972), Coppola dedicou-se a um projeto
ambicioso, Apocalypse Now (1979), baseado em Heart of Darkness de
Joseph Conrad. A realização do filme foi marcada por inúmeros problemas, desde
tufões, e abuso de drogas, até ao ataque de coração de Martin Sheen e à
aparência inchada de Marlon Brando, que Coppola tentou esconder, filmando-o na
sombra. O filme foi adiado tantas vezes, que chegou a ser alcunhado de “Apocalypse
Whenever”. Quando finalmente estreou, o filme foi amado e odiado pela crítica e
os seus elevados custos quase levaram ao colapso da American Zoetrope, o
estúdio recém criado de Coppola. No documentário de 1991, Hearts of
Darkness: A Filmmaker’s Apocalypse, dirigido pela esposa de Coppola,
Eleanor Coppola, Fax Bahr e George Hickenlooper relatam as dificuldades que a
equipe passou e mostra cenas dessas dificuldades filmadas por Eleanor. Apesar
dos contratempos e problemas de saúde que Coppola sofreu durante a filmagem de Apocalypse,
continuou com os seus projetos. Em 1981 apresentou a restauração do filme de
1927 Napoléon, editado nos Estados Unidos da América pela Zoetrope. No entanto,
somente em 1982 é que Francis voltou à realização, com o filme One From the
Heart, que foi um fracasso enorme, tendo, no entanto, criado um certo culto
à sua volta vários anos depois. Entretanto, o cinema é assim, pois, esse filme lhe deixou uma dívida de 30 milhões de
dólares. Somado à falência de seu estúdio, fez com que o diretor entrasse em um
período conturbado, em que teve que aceitar dirigir e associar seu nome a
diversos trabalhos encomendados, que normalmente não lhe despertariam
interesse.
Em
1986, Coppola e George Lucas dirigiram o filme Captain Eo, com Michael
Jackson, para os parques temáticos da Walt Disney, que até àquela conjuntura
tinha sido “o filme mais caro por minuto já feito”. Em 1990 completou a série
dos filmes “Godfather” com The Godfather: Part III que, entretanto, não
sendo aclamado pela crítica como os anteriores, foi um grande sucesso de
bilheteira e indicado a sete Óscares, incluindo um de Melhor Diretor e outro de
Melhor Filme. A Metro-Goldwyn-Mayer (MGM) originalmente anunciou em dezembro de
1952 uma refilmagem do filme mudo de 1925 Ben-Hur: A Tale of the Christ
como um modo de gastar seus recursos italianos. Stewart Granger e Robert Taylor
supostamente estavam concorrendo ao papel principal. O estúdio anunciou nove
meses depois que realizaria o filme em CinemaScope, uma técnica cinematográfica
que utiliza lentes anamórficas para gravar e projetar imagens em tela larga,
criando uma experiência mais imersiva para o espectador, com as filmagens
começando em 1954. A Metro-Goldwyn-Mayer (MGM), uma renomada empresa de
produção e distribuição de filmes e televisão. A MGM anunciou em novembro de
1953 que havia contratado Sam Zimbalist para produzir o filme e Karl Tunberg
para escrever o roteiro. Sidney Franklin seria o diretor enquanto Marlon Brando
estaria no papel de Judah Ben-Hur. Zimbalist afirmou que o roteiro de Tunberg
estava finalizado e anunciou em setembro de 1955 que a produção começaria em
abril de 1956 com orçamento de sete milhões de dólares, com as filmagens
durando seis ou sete meses em Israel ou no Egito com o novo processo widescreen
de 65 mm da MGM. Entretanto, o estúdio suspendeu a produção do longa no início
de 1956. Decisões judiciais no final da década de 1950 forçaram os estúdios a
pararem de investir em cadeias de cinemas, com a pressão competitiva da
televisão criando preocupações financeiras na MGM.
Inspirado pelo sucesso em 1956 do épico bíblico The Ten Commandments da Paramount Pictures e em uma aposta para salvar o estúdio, o chefe da MGM Joseph Vogel anunciou em 1957 que eles estavam novamente colocando a refilmagem de Ben-Hur em andamento. As filmagens começaram em maio de 1958 e terminaram em janeiro do ano seguinte, com a pós-produção durante seis meses. O orçamento inicial era de sete milhões de dólares, porém tinha crescido para dez milhões em fevereiro de 1958, alcançando a quantia de 15,175 milhões no início das filmagens – sendo o filme mais caro já produzido até então. Uma mudança notável no filme envolveu seus créditos iniciais. O diretor William Wyler estava preocupado que o tradicional rugido de Leo, o Leão (a mascote da MGM) criaria o clima errado para a sensível e sagrada cena de abertura do nascimento de Jesus, ele acabou conseguindo uma permissão especial dos executivos do estúdio para iniciar o filme com um logo em que Leo permanece quieto.
O
filme Ben-Hur, vencedor de 11 Oscars, é um dos mais notáveis
épicos de todos os tempos. Épicos de guerra são geralmente centrados em
batalhas especificas, “campos de concentração” ou as consequências de viver na
guerra ou no país ocupado. Ben-Hur estreou em Nova Iorque em 18 de novembro de
1959 depois de um trabalho de divulgação que custou 14,7 milhões de dólares.
Foi o filme de maior arrecadação do ano e no processo se tornou o segundo filme
de maior bilheteria, atrás apenas de Gone with the Wind (1939). Venceu
um recorde de onze Oscars, incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator,
Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Fotografia em Cor, um feito igualado apenas em
duas ocasiões por Titanic (1997) e The Lord of the Rings: The Return
of the King (2003) Além disso, Ben-Hur venceu três Prêmios Globo de Ouro
para Melhor Filme – Drama, Melhor Diretor e Melhor Ator Coadjuvante. É um dos melhores filmes já realizados, sendo selecionado
para preservação em 2004 no National Film Registry por ser “culturalmente,
historicamente ou esteticamente significante”.
No ano 26, o rico príncipe Judah Ben-Hur vive em Jerusalém com sua mãe Miriam, sua irmã Tirzah, seu leal escravo Simonides e a filha deste Esther, que é apaixonada por Ben-Hur, mas está prometida a outro homem. Seu amigo de infância Messala trabalha como tribuno militar. Messala retorna para Jerusalém depois de vários anos longe como o novo comandante da guarnição romana local. Ele acredita na glória de Roma e seu poder imperial, enquanto Ben-Hur é devoto de sua fé e da liberdade do povo judeu. Algumas telhas soltas caem do telhado da casa de Ben-Hur durante um desfile para Valério Grato, o novo governador da Judeia. Grato é jogado de cima de seu cavalo assustado e é quase morto. Messala, cujas relações com Ben-Hur já estavam abaladas após ele recusar-se a lhe entregar os nomes dos rebeldes Israelitas que conspiravam contra o Império, condena o mesmo a ser escravo, mesmo sabendo que o episódio não passou de um acidente aprisionando Miriam e Tirzah. Ele espera intimidar a população judia ao prender um amigo de infância e cidadão israelita proeminente.
Ao
longo dos séculos anteriores ao cerco, Jerusalém serviu como o centro religioso
e nacional do povo judeu, tanto para aqueles na Judeia quanto para a ampla
Diáspora judaica. À época da revolta judaica, a cidade havia atingido seu auge
em tamanho e população, tornando-se uma das maiores cidades do Oriente romano.
Com cerca de 450 acres (1.800 dunams), quase o dobro do tamanho da atual
Cidade Antiga, estima-se que Jerusalém abrigava dezenas de milhares de
habitantes, com estimativas variando de 25 000 a mais de 150 000. No centro de
Jerusalém erguia-se o Segundo Templo, foco do culto e da identidade nacional
judaica. Ele sucedera o Templo de Salomão, destruído pelos babilônios em 586/7
a.C., e foi reconstruído no final do século V a.C. durante o Retorno a Sião. No
século I a.C., Herodes (r. 37–4 a.C.) expandiu e renovou o templo,
transformando-o em um dos maiores santuários do mundo antigo.
Os
escritos de historiadores greco-romanos atestam a importância e o esplendor de
Jerusalém. O historiador grego do século II a.C. Políbio descreveu os judeus
como “uma nação que vivia em torno de um templo chamado Jerusalém”, enquanto
Tácito, historiador romano do século I d.C., escreveu que “Jerusalém é a
capital dos judeus. Nela havia um templo possuindo enormes riquezas”. Fontes
judaicas também celebram a grandiosidade da cidade e de seu templo. Uma
tradição rabínica diz: “Não há beleza como a beleza de Jerusalém”, enquanto
outra declara: “Aquele que não viu Jerusalém em seu esplendor nunca viu uma
cidade bela em toda a sua vida. Aquele que não viu o Templo em sua plena
construção nunca viu um prédio glorioso em sua vida”. O escritor romano Plínio,
o Velho descreveu Jerusalém, à época de sua destruição, como “de longe a mais
famosa das cidades do Oriente”. Durante as Três Festas de Peregrinação do
judaísmo, Pessach, Sucot (Tabernáculos) e Shavuot (Semanas), a população de
Jerusalém crescia consideravelmente, pois dezenas de milhares de visitantes da
Judeia e do exterior viajavam até a cidade para cumprir rituais religiosos no
templo. Um imposto anual de meio shekel era recolhido de adultos na
Judeia e na diáspora para o templo. O constante fluxo de peregrinos contribuía
para a prosperidade e a proeminência da cidade.
Jerusalém
dividia-se em vários distritos distintos, incluindo a “cidade baixa”, uma área
densamente povoada; a “cidade alta”, um bairro rico habitado pela elite de
Jerusalém, incluindo famílias sacerdotais; e o Monte do Templo, coração
religioso e político da cidade. A localização estratégica de Jerusalém, ladeada
pelo Vale do Cédron a Leste e pelo Vale de Hinom ao Sul, fornecia barreiras
naturais que dificultavam ataques diretos. Complementando essas defesas
naturais, havia uma série de muralhas fortificadas, construídas e ampliadas ao
longo da história da cidade. A primeira muralha, erguida no século II a.C.
pelos primeiros reis hasmoneus sobre as fundações de uma muralha anterior
construída pelos reis do Judá, cercava tanto a cidade baixa quanto a alta,
formando o núcleo de Jerusalém. À medida que a cidade crescia, foi erguida a
segunda muralha mais ao Norte, estendendo a proteção a bairros e distritos
comerciais mais recentes. Nas décadas anteriores à revolta, a cidade
expandiu-se ainda mais para o Norte, motivando a construção de uma terceira
muralha. Essa muralha, iniciada pelo rei Herodes Agripa (41–44), pretendia
cercar o novo subúrbio setentrional de Bezeta, mas suas obras foram
interrompidas pelo imperador Cláudio por temor de uma revolta judaica ou devido
à morte de Agripa. No entanto, após o início da revolta em 66 d.C., rebeldes
judeus concluíram às pressas a terceira muralha para proteger a cidade contra o
iminente ataque romano. Devido a sua construção apressada, a terceira muralha
era mais fraca, deixando um ponto vulnerável que os romanos
explorariam durante o cerco.
Em
Roma, no ano 26, historicamente, o principal seria a política e a administração
do Império Romano. O imperador Tibério governava e o Senado Romano ainda tinha
um papel social na tomada de decisões, embora o poder imperial estivesse
crescendo. A cidade de Roma, com sua população em constante crescimento,
enfrentava desafios como o abastecimento de alimentos, a manutenção da ordem
pública e a gestão de infraestruturas como aquedutos e estradas. Roma era uma
cidade vibrante, com mercados movimentados, termas públicas, teatros e circos.
Os moradores da cidade desfrutavam de uma variedade de atividades, desde
assistir a corridas de bigas até participar de debates filosóficos. O Império
Romano estava em um período de relativa estabilidade após o governo de Augusto,
o primeiro imperador. Tibério, seu sucessor, continuou muitas das políticas de
Augusto, mas era reconhecido por sua personalidade reservada e desconfiança. A
sociedade romana era dividida em classes, com os patrícios no topo,
seguidos pelos cavaleiros e plebeus. A escravidão é prática comum, e cotidiana em Roma era marcada por contrastes entre a riqueza de alguns e a
pobreza de muitos.
A
cultura romana era influenciada pela cultura grega, mas também desenvolveu suas
próprias características em áreas como arquitetura, literatura e direito. O
teatro, os jogos e os festivais eram formas populares de entretenimento. A religião romana era politeísta,
com deuses e deusas que governavam diferentes aspectos da vida. Os templos eram
lugares importantes devido à prática de culto, e os sacerdotes desempenhavam um
papel significativo na sociedade. O ano de 26 marcou o início da crescente
influência de Sejano, um prefeito pretoriano que buscava aumentar seu poder
dentro do Império. Isso gerou tensões e intrigas inoportunas na corte imperial.
A arquitetura romana estava em constante desenvolvimento, com a construção de
edifícios públicos como o Coliseu e o Fórum Romano, que eram marcos da
grandiosidade do Império. Enfim, Roma era um centro de poder e cultura, com o
imperador Tibério no comando e uma sociedade diversificada e complexa. A cidade
enfrentava desafios políticos, mas também oferecia uma rica variedade
de atividades culturais e entretenimento para seus habitantes.
Como consequência, a amizade de ambos acaba definitivamente e Ben-Hur, que agora passa a considerar Messala como seu maior inimigo, jura que terá sua vingança contra ele. Ben-Hur é mandado três anos depois para o navio do cônsul romano Quinto Arrio, que foi encarregado da destruição da frota de piratas macedônios. Arrio admira a determinação e disciplina do escravo e se oferece para treiná-lo como gladiador e corredor de bigas. Ben-Hur recusa declarando que Deus irá ajudá-lo em sua busca por vingança. Arrio ordena que todos os escravos menos Ben-Hur sejam acorrentados aos remos durante o confronto contra os piratas. A embarcação é abalroada e afunda, porém Ben-Hur consegue libertar os outros escravos e salvar Arrio. O cônsul entra em desespero ao erroneamente acreditar ter sido derrotado e tenta se suicidar, mas historicamente, porém, Ben-Hur consegue impedi-lo. Eles são resgatados e Arrio é creditado pela vitória da frota espetacular romana. Arrio consegue pedir ao imperador Tibério (42 a.C- 37 d. C) que liberte Ben-Hur e acaba adotando-o com um gesto humanitário como seu próprio filho. Um ano depois ele está rico novamente, tendo aprendido os costumes romanos e se tornado um campeão de corrida de bigas, porém ainda pensa sobre sua família e sua terra natal.
Ben-Hur
volta para a Judeia, reconhecendo durante o caminho Baltasar, um dos Três Reis
Magos, e o árabe xeque Ilderim. O xeque ouviu falar das proezas de Ben-Hur como
corredor e pede para que ele conduza sua quadriga em uma corrida diante
do novo governador da Judeia: Pôncio Pilatos. Ben-Hur recusa o convite,
mesmo depois de saber que Messala também vai competir. Ele volta para casa em
Jerusalém, se encontrando com Esther e descobrindo que seu “casamento arranjado”
não aconteceu e que ela ainda é apaixonada por ele. Ben-Hur visita Messala e
exige a liberdade de sua mãe e irmã. Os romanos descobrem que Miriam e Tirzah
pegaram lepra na prisão, as expulsando da cidade. As mulheres encontram Esther
e imploram para que ela esconda suas condições de Ben-Hur para que ele se
lembre delas como eram antes, então Esther mente e diz que elas morreram.
Ben-Hur então muda de ideia e decide procurar vingança contra Messala ao
competir na corrida de bigas. Messala usa durante a corrida uma biga com
lâminas nas rodas para destruir outros competidores; o plano funciona
a princípio e ele consegue tirar alguns adversários da disputa, mas Ben-Hur é
um desafio bem mais difícil.
Conseguindo
esquivar-se das investidas, com sua biga sofrendo apenas pequenas avarias, sem
comprometer sua estrutura. Perto do final, ambos estão disputando a liderança
e, ao perceber que Ben-Hur começa a ganhar a dianteira, Messala o ataca com o
chicote. Durante a luta, nenhum dos dois percebem que as rodas de suas bigas se
encaixaram uma na outra. Ben-Hur consegue tirar o chicote de Messala e, ao
jogar sua biga para a esquerda, visando afastar-se das lâminas, acaba
arrancando a roda da biga de seu ex-amigo, fazendo-a virar e jogando o rival ao
solo, de modo que ele acaba sendo arrastado por vários metros pelos cavalos. O
Romano não consegue soltar-se dos arreios e o competidor que vem logo atrás não
tem tempo para desviar-se, de maneira que Messala acaba sendo pisoteado e
atropelado até acabar caído praticamente inconsciente na pista, com seu sangue
tingindo a areia. Por fim, dos nove competidores que iniciaram a corrida,
apenas quatro conseguem concluí-la, com Ben-Hur sendo o vencedor. O público
árabe presente ao evento vai ao delírio, contrastando com o espanto dos
Romanos, especialmente Pilatos. A plateia está a ponto eufórica com a
vitória do israelita que invade a arena para comemorar, forçando os soldados a
conter os mais exaltados, a fim de que a festa não se transforme em tumulto.
Messala é resgatado pelos assistentes e levado aos médicos, mas constatam que
está mortalmente ferido e não irá sobreviver.
Porém,
diz antes de morrer que em primeiro, “a corrida ainda não acabou” e que Ben-Hur
poderá encontrar sua família, em segundo lugar “no Vale dos Leprosos, se
conseguir reconhecê-las”. Ele visita a colônia de leprosos, conseguindo ver sua
mãe e irmã sem que elas percebam. Ben-Hur rejeita suas propriedades e cidadania
romana por culpá-los pela desgraça de sua família. Ele descobre que Tirzah está
morrendo e decide levar ela e Miriam com a ajuda de Esther para ver Jesus,
porém o seu julgamento diante de Pilatos já começou. Ben-Hur testemunha a
crucificação de Jesus, com sua mãe e irmã sendo milagrosamente curadas durante
uma chuva logo depois da crucificação. Ele em seguida declara: “E eu senti sua
voz [de Jesus] tirar a espada da minha mão”. O filme apresenta um elenco extraordinário
que inclui uma miscelânea de astros: Adam Driver, Forest Whitaker, Nathalie
Emmanuel, Jon Voight, Laurence Fishburne, Aubrey Plaza, Shia LaBeouf, Jason
Schwartzman, Grace Vander Waal, Kathryn Hunter, Talia Shire, Dustin Hoffman, D.
B. Sweeney e Giancarlo Esposito. Foi lançado em 2024.
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Geral Consultada.
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miserável com invenção”. In: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2024/10/28; entre outros.
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