“O universo é uma harmonia de contrários”. Pitágoras (580-497 a. C.)
O espaço sideral representa toda área vazia do universo não ocupada por corpos celestes. O universo é constituído, predominantemente, de matéria escura (25%) e energia escura (70%). As propriedades materiais não são reconhecidas. O espaço sideral também chamado de espaço cósmico, espaço exterior ou espaço extra-atmosférico, é singular do ponto de vista histórico, sociológico e jurídico. Em primeiro lugar, porque as atividades humanas ainda não se tornaram realidade, derivadas de análises teóricas, exigindo da sociedade internacional o estabelecimento de regras científicas e políticas de Direito que norteiem este tipo de relações internacionais. Em segundo lugar, porque o uso do espaço sideral é disciplinado em Direito Internacional (cf. Valadão, 1959; Chaumont, 1960), pelo Tratado sobre Princípios Reguladores das Atividades dos Estados na Exploração e Uso do Espaço Cósmico, Inclusive a Lua e Demais Corpos Celestes. Dispõe aquele tratado que os corpos celestes e o espaço sideral são patrimônio comum da humanidade e, portanto, de livre acesso e insuscetíveis de apropriação por qualquer Estado. Estabelece, ademais, “o uso pacífico do espaço e corpos celestes e a proibição expressa de instalação de armas nucleares naquele ambiente”.
A proibição de apropriação nacional do espaço exterior e dos corpos celestes (artigo II) impede a aplicação de qualquer legislação nacional que empreste validade a uma “reivindicação privada”. Outros tratados de aplicação do Direito Internacional são de ordem técnico-metodológica, pois quanto mais dinâmico é o ambiente, em se tratando do domínio do Universo, mais complexo deve ser o processo de planejamento externo de trabalho, o que justifica o surgimento de esquemas que propõem a descentralização do processo e a sua atribuição aos próprios encarregados da execução que operam da seguinte forma: o Acordo sobre o Salvamento de Astronautas e Restituição de Astronautas e de Objetos lançados ao Espaço Cósmico, de 1968, a Convenção sobre Responsabilidade Internacional por Danos Causados por Objetos Espaciais, de 1972, a Convenção Relativa ao Registro de Objetos Lançados no Espaço Cósmico, de 1974 e o Acordo que Regula as Atividades dos Estados na Lua e em outros Corpos Celestes, de 1979. A National Aeronautics and Space Administration (NASA) ou Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço é uma agência do Governo Federal dos Estados Unidos responsável pela P & D de tecnologias e programas de exploração espacial. Sua missão oficial é “fomentar o futuro na pesquisa, descoberta e exploração espacial”. A NASA foi criada em 29 de julho de 1958, substituindo seu antecessor, o National Advisory Committee for Aeronautics.
A NASA foi a responsável pelo envio do homem à Lua, com o projeto Apollo e por diversos outros programas de pesquisa no espaço. A distância entre a Terra e a Lua é 384.403 km. No entanto, a distância real é variável, pois dependendo do curso da órbita da lua. Atualmente ela trabalha em conjunto com a Agência Espacial Europeia, com a Agência Espacial Federal Russa e com alguns países da Ásia para a criação da Estação Espacial Internacional. Agência também tem desenvolvido vários programas com satélites e com sondas de pesquisa espacial que viajaram até outros planetas e se preparam para sair do sistema solar, sendo a próxima grande meta, uma viagem tripulada ao planeta Marte. A missão levaria aproximadamente 440 dias para completar sua viagem com os três astronautas visitando a superfície do planeta vermelho por um período de dois meses. O projeto inteiro consumiria um total de $20 bilhões e a Rússia contribuiria com 30% desses fundos. A ciência desenvolvida pela agência norte-americana tem como escopo uma melhor compreensão do planeta Terra através do Earth Observing System, na promoção da heliofísica, que estuda o sistema composto pela heliosfera solar e pelos objetos abstratos que em sua dinâmica interagem no espaço sideral : atmosferas e magnetosferas planetárias, a coroa solar, o meio interestelar.
A
heliofísica combina outras disciplinas, incluindo ramos da astrofísica, física
do plasma e física solar, isto é, através do meio de trabalho composto pelo Heliophysics
Research Program, na exploração do sistema solar com missões robóticas, através
do New Horizons, uma missão não-tripulada da NASA para estudar o
planeta-anão Plutão e o Cinturão de Kuiper. Ela foi a primeira espaçonave a
sobrevoar Plutão, e a fotografar suas pequenas luas Caronte, Nix,
Hidra, Cérbero e Estige em 14 de julho de 2015, após cerca
de nove anos e meio de viagem interplanetária e ainda sobrevoou o objeto 486958
Arrokoth. O principal objetivo é caracterizar globalmente a geologia e a
morfologia de Plutão e suas Luas, além de mapear superfícies, estudar a
atmosfera neutra de Plutão e velocidade de escape. Outros objetivos incluem o
estudo das variações da superfície e da atmosfera de Plutão e de Caronte ao
longo do tempo e na pesquisa astrofísica, aprofundando-se em tópicos como o Big
Bang com o auxílio de grandes observatórios. Claramente para a exploração
do espaço precisava-se de um meio de transporte para tal finalidade.
Daí veio a ideia de se usar o foguete como meio de trabalho para a exploração
espacial. Um foguete espacial é uma máquina que se desloca expelindo
atrás de si um fluxo de gás a alta velocidade. Um foguete é constituído
por uma estrutura, um motor de propulsão por reação e uma carga útil. A origem
do foguete é, provavelmente, oriental.
A
primeira notícia da utilidade de uso é datada do ano 1232, na China, onde foi inventada
a pólvora, usada a princípio em fogos de artifício e, mais tarde, para uso
bélico ofensivo. Existem relatos etnográficos do uso de foguetes chamados popularmente
“flechas de fogo voadoras” no século XIII, na defesa da capital da província
chinesa de Henan devido a constantes invasões mongólicas na fronteira ocidental
do Império Chinês. Os foguetes foram introduzidos na Europa pelos árabes,
tornando a ser usados em conflitos europeus logo após a Guerra dos Cem Anos
(1337-1453). Durante os séculos XV e XVI, foi utilizado como “arma incendiária
de guerra”. Com o aprimoramento da artilharia, o foguete “desapareceu até ao
século XIX vindo a ser utilizado durante as Guerras Napoleônicas (1803-1815)”. Os
foguetes do coronel inglês William Congreve foram usados na Espanha durante o
sítio de Cádiz (1810), na primeira guerra Carlista (1833-1840) e durante a Guerra
do Marrocos (1860). Em fins do
século XIX e início do século XX, apareceram os primeiros cientistas que viram
o foguete como a representação de sistema para propulsionar veículos
aeroespaciais tripulados. Entre eles, o russo Konstantin Tsiolkovsky
(1857-1935), o alemão Hermann Oberth (1894-1989), o norte-americano Robert
Hutchings Goddard (1882-1945) e os russos Sergei Korolev (1907-1966) e Valentin
Glushko (1908-1989) e o alemão Wernher von Braun (1912-1977).
Na
história política da conquista e das guerras os alemães, liderados por Wernher von Braun (1912-1977), um dos principais
cientistas no desenvolvimento do foguete V-2 na Alemanha nazista e foguete
Saturno V nos Estados Unidos da América, desenvolvidos durante a 2ª guerra mundial,
os foguetes V-1 e V-2 (A-4 na terminologia alemã), que formaram a base
para as pesquisas sobre foguetes dos Estados Unidos da América e da União
Soviética no pós-guerra. Ambas as bombas nazistas, usadas em Paris e Londres no
final da guerra, podem ser melhor definidas como mísseis. A rigor, do
ponto de vista tecnológico a V-1 não chega a ser um foguete, mas um míssil
veloz “que voa com propulsão de avião a jato”. Inicialmente, foram
desenvolvidos foguetes especificamente destinados para uso militar, normalmente
reconhecidos como mísseis balísticos intercontinentais. Os programas
espaciais que os norte-americanos e os russos colocaram em marcha basearam-se
em foguetes projetados com finalidades próprias para a utilização astronáutica
de guerra, derivados destes foguetes propulsores de uso militar. Particularmente
os foguetes usados no programa espacial soviético eram derivados do R.7, um míssil
balístico, que acabou sendo usado para as missões Sputnik. Originalmente
a missão Sputnik 1, junto com o voo de Yuri Gagarin (1934-1968) no
Vostok 1, teve um impacto profundo na história social da exploração espacial. Foram
os eventos que desafiaram os estadunidenses e foram a gota d`água para o
lançamento do Programa Espacial objetivando alcançar a Lua. Em órbita sua
frase “A Terra é azul!” entrou para a história. Curiosamente a sua baixa
estatura havia garantido ao major da Força Aérea russa, com 27 anos, um lugar
na apertada cápsula que o levaria através de um “salto dialético” à órbita
terrestre. E mais uma vitória soviética na corrida contra os norte-americanos
pela conquista do espaço.
A corrida espacial ocorreu na segunda metade do século XX entre a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e os Estados Unidos da América pela supremacia na exploração e tecnologia espacial. Entre 1957 e 1975, a rivalidade entre as duas superpotências durante a Guerra Fria atingiria ambos os pioneirismos na exploração do espaço, que eram vistos como necessários para a segurança nacional e símbolos da superioridade tecnológica e ideológica de cada país. A corrida espacial envolveu esforços pioneiros no lançamento de satélites artificiais, voo espacial tripulado suborbital e orbital em torno da Terra e viagens tripuladas à Lua. A competição efetivamente começou com o lançamento do satélite artificial soviético Sputnik 1 em 4 de outubro de 1957 e concluiu-se com o projeto cooperativo Apollo-Soyuz em julho de 1975. O Projeto de Teste Apollo-Soyuz passou então a simbolizar uma flexibilização parcial das relações tensas entre a URSS e os Estados Unidos da América. A corrida espacial teve suas origens na corrida armamentista que ocorreu logo após o fim da 2ª guerra mundial, quando tanto a União Soviética quanto os Estados Unidos capturaram a tecnologia e especialistas de foguetes avançados alemães. As consequências realizaram aumento sem precedentes nos gastos com educação e pesquisa pura, acelerando avanços científicos sobre tecnologias benéficas para a civilização. Algumas sondas e missões incluem os Sputnik 1, Explorer 1, Vostok 1, Mariner 2, Ranger 7, Luna 9, Apollo 8 e Apollo 11. Wernher von Braun foi um dos próceres no desenvolvimento de tecnologias aplicadas de foguetes para a Alemanha.
Embora alegasse neutralidade de seu envolvimento com o Partido nazista fosse apenas visando não interromper a questão axiológica das pesquisas espaciais e proteger-se de caçadas anticomunistas. Pioneiro e visionário das viagens espaciais, é reconhecido por ter liderado o projeto aeroespacial norte-americano durante a chamada Corrida Espacial, tendo trabalhado como projetista chefe do primeiro foguete de grande porte movido a combustível líquido, e além disso, produzido em série, o Aggregat 4, e por liderar o desenvolvimento do foguete Saturno V, que levou os astronautas dos Estados Unidos da América à Lua, em julho de 1969. Sua contraparte e rival, político do lado soviético, foi o engenheiro Sergei Korolev (1906-1966), um notável ucraniano e o principal projetista de foguetes e de aeronaves soviético durante a corrida espacial entre a União Soviética versus Estados Unidos durante os anos 1950 e 1960. Korolev é amplamente considerado do ponto de vista do valor-trabalho “o pai da astronáutica soviética”. Antes de sua súbita morte em 1966, a União Soviética liderava a corrida espacial, e os planos para colocar o primeiro homem na lua haviam começado a serem implementados. Sergei Korolev foi, ao contrário do que é propagado, o verdadeiro criador do desafio científico de levar homens à lua, embora a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas não tenha admitido o que pretendia. Os Estados Unidos da América, em contrapartida, o fizeram através de um desafio ideológico do presidente John F. Kennedy.
Segundo o professor James Onnig, em
1961, no afã da conquista, a Organização das Nações Unidas aprovou a
internacionalização do espaço, e em 1967, foi assinado o Tratado de Uso do
Espaço Cósmico. O documento foi importante já que todos os países aceitaram
a ideia de que nenhum país ou empresa poderia se declarar de determinada parte
dessa nova fronteira. O problema é que o espaço cósmico está em certo sentido congestionado.
Estima-se que sejam mais de 30 mil objetos lançados, 6. 800 toneladas de lixo
espacial, 19 mil fragmentos que já caíram na Terra e uma infinidade de eventos
preocupantes. Mas do ponto de vista da Física é quase nada. O princípio que
norteou toda essa aparente tragédia foi o da Big Sky Theory. O espaço cósmico
é tão grande que caberiam todos os experimentos, satélites, objetos e qualquer
parafernália tecnológica. Em 2009 e de forma pouco noticiada ocorreu um
acidente espacial. O satélite ativo dos EUA, Iridium 33 se chocou com o
satélite desativado russo, Kosmos 2251. O Iridium 33, foi um satélite de
comunicação norte-americano, que no dia 10 de fevereiro de 2009, às 19h56 de
Moscou (14h56 de Brasília) chocou-se com outro satélite, o Kosmos 2251 a cerca
de 800 km de altitude, no zênite da Sibéria, provocando um lançamento de
milhares de destroços na órbita baixa da Terra. A trombada gerou mais de 2.000
pedacinhos que estão sobre nossas cabeças na atmosfera. Já se pensou em tudo
para solucionar o problema. Todas as propostas esbarram na questão dos custos
financeiros. Os chineses destruíram seu satélite meteorológico Fengyun 1C com o
lançamento de um míssil, fato que ainda gera controvérsia, e mais uma
demonstração de força do que de habilidade técnica dos chineses. Cientistas norte-americanos
tinham alertado para essa possibilidade nos anos de 1970. Colisões e riscos de
acidentes seriam cada vez mais comuns. A situação é real no sentido darwinista,
se pensarmos que as descobertas e evoluções das telecomunicações estão ocorrendo
rapidamente.
Na aviação, a Teoria do Big Sky pressupõe que é muito improvável que dois corpos voando aleatoriamente colidam, já que o espaço tridimensional é grande em relação aos corpos. Algumas regras de segurança envolvendo padrões de altimetria e navegação baseiam-se neste sólido conceito. Não se aplica quando as aeronaves estão voando ao longo de rotas estreitas específicas, como um padrão de tráfego de aeroporto ou aerovia a jato. A Teoria do Big Sky foi modelada matematicamente, usando uma abordagem da lei dos gases. Isso implica que colisões de aeronaves em voo livre devem ser raras no espaço aéreo em rota comercial, ao passo que erros operacionais, como violações dos padrões de separação formal, devem ser relativamente comuns. Três parâmetros críticos são o número de objetos voadores por unidade de volume, sua velocidade e seu tamanho. Objetos maiores e rápidos que voam em um ambiente de tráfego intenso são mais propensos a colisões. A teoria também é relevante nas táticas de aviação militar, especialmente em relação ao direcionamento de aeronaves e mísseis por armas baseadas em solo, não guiadas, sem detecção visual. Por exemplo, considere um F-16 Fighting Falcon é um caça a jato polivalente, monomotor, altamente manobrável, apto a operar em quase todas as condições meteorológicas e de luminosidade. Originalmente concebido e desenvolvido pela General Dynamics para a Força Aérea dos Estados Unidos, a partir de um conceito experimental (LWF), para um interceptor diurno de curto alcance, complementar ao poderoso e sofisticado F-15 Eagle de superioridade aérea. Evoluiu gradualmente para a função de caça-bombardeiro de alto desempenho, com capacidade para atuar em todas condições atmosféricas de dia e de noite. A 21 de Julho de 1980, em cerimónia realizada na base aérea de Hill no Utah foi oficialmente batizado Fighting Falcon.
Em astrofísica, o paradoxo de Olbers,
ou “paradoxo da noite escura”, argumenta que a escuridão do céu está em
contradição com a hipótese de universo infinito e estático. A escuridão do céu
é uma das evidências da não estaticidade do universo, como no modelo do Big
Bang do universo. Se o universo fosse estático e com uma quantidade
infinita de estrelas, qualquer linha de visão abstrata partindo da terra
coincidiria provavelmente com uma estrela suficientemente luminosa, de forma
que o céu seria completamente brilhante. Isso contradiz a observação do céu
predominantemente escuro. O paradoxo foi descrito primeiramente pelo astrônomo
alemão Heinrich Wilhelm Olbers em 1826, e anteriormente por Johannes Kepler em
1610 e Edmond Halley e Jean Philippe de Chéseaux no século XVIII. Face à
simplicidade da pergunta sobre a escuridão, as respostas dos astrónomos vêm
sempre acompanhadas com as mais inteligentes e elegantes explicações envolvendo
múltiplas demarcações abstratas das ciências exatas. O paradoxo é a afirmação
de que em um universo estático, infinito e com distribuição regular de estrelas
em seu espaço, o céu noturno deveria ser brilhante. O paradoxo possui o nome
indevido já que num universo estático e infinito a distribuição de estrelas,
mesmo sendo em número infinito, não precisa necessariamente ser regular. Aliás,
a suposição de que a função de estrelas f(x) pela quantidade de volume de espaço
x dividida por esse mesmo volume x tende a uma constante K quando x vai ao
infinito é uma suposição muito forte. Embora o Paradoxo de Olbers realmente
constate que, se a distribuição de estrelas no céu fosse regular num universo
infinito, a quantidade de energia estelar que atingiria a Terra seria igualmente
infinita.
Não
gera empecilhos para que haja um universo estático infinito com um número
infinito de estrelas distribuídas de forma irregular. A presunção de que um
universo infinito tenha um número infinito de estrelas também não pode ser comprovada.
Pode-se imaginar um universo infinito com o conjunto de matéria finita,
dividida em infinitos corpos distintos, abre-se em múltiplos casos e
contradições. Em qualquer caso, em um universo com infinitas estrelas, você
veria uma distribuição talvez homogênea delas pelo espaço. Isso não implica
distribuição homogênea real, e sim apenas a disposição ótica da percepção delas.
A condição de visibilidade homogênea independe do comportamento da função g(x)/x,
de forma que só importa g(x), que tende ao infinito quando x vai
ao infinito, já que parte da premissa de que o universo é infinito e tem número
infinito de estrelas. Apesar da precisão das respostas, quando a dúvida é
transferida para um habitante de um longínquo planeta, localizado no meio de um
aglomerado globular, “Por que suas noites são claras?”, o que se deve apreender
é que o questionamento abstrato pode tomar outros sentidos (cf.
Oliveira, 2020). Essa inversão, além de já nos trazer as mais sensatas e
compreensíveis respostas, transforma o paradoxo anterior num fenômeno,
associado à natureza humana, também rico em outras explicações, mas de
interesse de outras ciências e que não sejam tão exatas, como as exatas, porém
mais elucidativas, afinal num questionamento que envolve a utilização recíproca
tanto do conceito de limite e convergência, o paradoxo surge ao introduzirem
nos cálculos um espaço de duas dimensões no lugar de três.
No entanto entre os seus pilotos
independentemente da nacionalidade, foi e continua sendo apelidado Viper.
Existem 20.626 graus quadrados no hemisfério do céu visível, supondo que não
haja obstruções no horizonte. A aeronave de 670 pés quadrados (≈62 m²)
subtenderia um ângulo de 0,24 graus a 6.000 pés (≈1.800 m). A chance de um tiro
não guiado disparado aleatoriamente atingir a aeronave seria de uma em 20626 /
0,24 / 0,24, ou de uma em 358.090. Os disparos direcionados reduzem essas
probabilidades. Por som ou por adivinhação, isolar a região de disparo a cerca
de um quinto do céu pode ser possível. Estatisticamente se 10 canhões disparar
10 tiros por segundo em um quinto do céu, coordenando perfeitamente seus
disparos uniformemente naquela região e rastreando de maneira grosseira a
aeronave enquanto ela sobrevoa, a chance de acertá-la seria de 358.090/
5/10/10, ou uma chance em 716 a cada segundo. Voando a 500 mph ou 805 km / h
(733 pés / s ou 223 m / s), a cada segundo a aeronave cruzaria sete graus
angulares do céu. Com alcance inclinado de 10.000 pés (≈3.000 m), os canhões
antiaéreos poderiam cobrir um cone de céu de 100 graus de largura, assumindo
uma localização comum de canhão. A aeronave estaria dentro do alcance de 100/7
ou 14,3 segundos, e a chance total de acertá-la durante uma única passagem
aérea seria 716/14,3 ou uma única chance em 50. Ao coordenar corredores para
trajetórias de artilharia amigas através do espaço aéreo, às vezes presume-se
raramente, e para conveniência de emergência que disparidades semelhantes se
aplicam. Isso é frequente como a Teoria do Big Sky - Small Bomb.
-
“Nós escolhemos ir para a Lua” (We choose to go to the Moon) é uma
famosa frase presente no discurso realizado pelo presidente John F. Kennedy em
12 de setembro de 1962, diante de uma grande multidão no Estádio Rice, em
Houston no Texas. O discurso tratou dos esforços do país para alcançar a Lua e
buscou persuadir o povo norte-americano a apoiar a continuação do programa
espacial dos Estados Unidos e, mais especificamente, o objetivo nacional de
realizar uma alunissagem tripulada até o final da década de 1960. John Kennedy
havia estabelecido o objetivo de pousar na Lua no ano anterior a fim de demonstrar
a superioridade dos Estados Unidos contra a União Soviética na Corrida
Espacial, mas a maior parte dos norte-americanos não era favorável. O
presidente visitou o recém estabelecido Centro de Espaçonaves Tripuladas,
em Houston em setembro de 1962, aproveitando a oportunidade para discursar na
Universidade Rice em uma tentativa deliberada de aumentar o apoio popular para
o programa espacial. Em seu discurso político, Kennedy caracterizou o espaço
como uma nova fronteira a ser explorada, invocando o espírito pioneiro
dominante no folclore nacional. Ele imbuiu o discurso com um sentimento de
urgência e destino, enfatizando a liberdade gozada pelos norte-americanos para
escolher seu próprio destino em vez de tê-lo escolhido para eles. O presidente
também estabeleceu uma competição global contra a União Soviética, mesmo tendo proposto
a questão tópica da alunissagem enquanto um ato de pousar uma nave espacial na
Lua, como um projeto conjunto entre os dois países. Serviu como
Presidente dos Estados Unidos da América de 1961 a 1963, quando foi assassinado
publicamente.
Um fuzileiro naval que desertou para
a União Soviética e mais tarde retornou a seu país, Oswald foi preso sob
suspeita de ter matado o oficial de polícia J. D. Tippit, em seguida conectado
ao assassinato de John Kennedy. Ele negou qualquer responsabilidade pelos
crimes. Dois dias depois, em 24 de novembro de 1963, enquanto era transferido
sob custódia policial da cadeia municipal para a cadeia estadual, Oswald foi
baleado e morto por Jack Ruby. Em 1964, a Comissão Warren concluiu que Lee
Harvey Oswald agiu sozinho no assassinato do presidente Kennedy. Apesar de suas
professadas simpatias marxistas, Oswald alistou-se no Corpo de Fuzileiros
Navais em 24 de outubro de 1956, uma semana depois de seu décimo sétimo
aniversário. Nos Fuzileiros, Oswald foi treinado no uso do rifle M1 Garand, mas
sua principal qualificação foi como operador de radar. Ao terminar o curso de
formação, ele foi realocado em julho de 1957 para a base aérea de El Toro
em Irvine, Califórnia, e três meses depois para a base aérea de Atsugi, Japão.
Atsugi era a base de operações dos aviões espiões U-2 que sobrevoavam a União
Soviética, e como controlador de radar Oswald pode ter obtido informações
confidenciais que posteriormente foram passadas aos soviéticos. Oswald enfrentou
a Corte marcial norte-americana em duas exatas ocasiões: inicialmente por
atirar acidentalmente contra o próprio ombro com uma arma de mão não
autorizada, e depois por brigar com o sargento que ele pensou ser o responsável
pela punição recebida em seu julgamento. Tempos depois, ele foi punido por
outro incidente: servindo de sentinela uma noite nas Filipinas, Oswald
inexplicavelmente disparou seu rifle contra a selva.
Wernher
von Braun nasceu em Wirsitz, na província de Posen, hoje Wyrzysk na Polônia e à
época anexada da Prússia e do Império Alemão. Era o segundo de três irmãos. Ele
pertencia a uma família de aristocratas, que herdaram o título de Freiherr
equivalente ao título de barão. Quando a cidade de Wyrzysk foi transferida para
a Polônia, ao final da 1ª grande guerra, von Braun e família, como várias
outras, se mudaram para a Alemanha. Eles se fixaram em Berlim, onde von Braun,
então com 12 anos, inspirado pelos recordes de velocidade de Max Valier e Fritz
von Opel, em carros movidos a foguetes, causou um rebuliço nas ruas ao acionar
uma carroça de brinquedo com fogos de artifício, tendo sido recolhido sob
custódia pela polícia local até que seu pai viesse buscá-lo. No começo de 1925,
von Braun começou a estudar num colégio interno, no castelo de Ettersburg,
próximo a Weimar, onde não obteve bons resultados em física e matemática. Mas
teve contato com uma cópia do trabalho de Hermann Oberth, Die Rakete zu den
Planetenräumen (1923). Em 1928, os seus pais o transferiram para o
Internato Hermann-Lietz, localizado na ilha de Spiekeroog no Mar do Norte.
Viagens espaciais ao que parece, segundo a literatura, sempre fascinaram von
Braun, e daquela época em diante, ele se aplicou em física e matemática, para
atingir seus objetivos na engenharia de foguetes. Em 1930, ele entrou para o
Instituto de Tecnologia Charlottenburg de Berlim. Lá se juntou ao grupo da Verein
für Raumschiffahrt (VfR), Sociedade para Viagens Espaciais, se
tornando Assistente de Willy Ley e Hermann Oberth, nos seus testes de motores
de foguete a combustível líquido. Na primavera de 1932, ele se obteve o bacharelado
no curso de Engenharia Mecânica.
Com
o grau de bacharel obtido, von Braun foi contratado por Walter Dornberger como
“um empregado civil do programa de mísseis da Heereswaffenamt, agência
responsável pelo rearmamento alemão”. Devido ao seu contato prévio com a teoria
de foguetes, ele se convenceu de que aquele título não seria suficiente, o que
o fez entrar para a Universidade de Berlin para prosseguir nos estudos de
graduação. Obteve o título acadêmico de Ph.D. em física, com a tese Contribuições
Teóricas e Experimentais para o Problema Estrutural nos Foguetes a Combustível
Líquido, em 1934 (cf. Izola, 2013). Essa posição levou-o a atuar no campo
estratégico de pesquisas do Exército em Kummersdorf ao sul de Berlim. Naquele
mesmo ano, um dos foguetes concebidos por ele, lançado da ilha de Borkum no Mar
do Norte, atingiu 2.200 metros de altitude. Entre 1935 e 1937, von Braun e a
equipe de Ernst Heinkel desenvolveram um motor foguete para aviões, primeiro em
Kummersdorf, mais tarde em Neuhardenberg, onde o motor foguete foi testado num
Heinkel He 112. Ao final de 1935, ficava muito claro que as instalações de
Kummersdorf eram insuficientes para acomodar a rápida expansão do programa de
mísseis. Para testar os mísseis muito maiores daqueles que estavam sendo
planejados, eles necessitariam apenas de algumas centenas de quilômetros de
área para testes. Com essa necessidade, uma área próxima ao Mar Báltico passou
a ser seriamente considerada. O Exército e a Força Aérea concordaram em usar a
área da ilha de Usedom para esse fim. Usedom é uma ilha da Alemanha e Polónia,
no extremo nordeste da Alemanha e extremo noroeste da Polónia, no Mar Báltico.
Pertence à região alemã da Pomerânia Ocidental (Ostvorpommern), distrito de
Pomerânia Oriental, exceto a vila polaca de Świnoujście, estende-se por uma
área de 203 km², na parte mais oriental da ilha. Tem uma área total de 445 km²,
dos quais 373 km² alemã e 72 km² polaca e uma população de 76500 pessoas, com
31500 na Alemanha e 45000 na Polônia.
Em 1935, o engenheiro Wernher von Braun, em visita à ilha, a escolheu como o local perfeito para abrigar um programa de desenvolvimento e testagem de mísseis. Isolada e oferecendo o Báltico como campo de provas, Usedom tornou-se então uma imensa fábrica de armas. No auge de seu funcionamento, 12 mil pessoas trabalharam na construção de foguetes em uma fábrica que ocupou 25 km² de área. Mas as pesquisas levadas a cabo nas cercanias do vilarejo de Peenemunde não apenas foram cruciais durante a Segunda Guerra Mundial - seu impacto também se deu na criação de armas de destruição em massa e mesmo na conquista espacial. Entre 1937 e 1945, Wernher von Braun foi o diretor técnico do recém criado centro de pesquisas do Exército de Peenemünde, onde ele liderou o desenvolvimento do míssil Aggregat 4 (A4), um grande foguete movido a combustível líquido. A partir de 1943, esse míssil foi posto em linha de produção, e logo depois das suas primeiras missões sobre Londres, passou a ser reconhecido como Vergeltungswaffe 2 (V-2). Esse foi o primeiro míssil terra-terra a combustível líquido operacional do mundo, com sistemas de controle por giroscópio que permitiam estabilizar e controlar o voo de forma automática e autônoma. Desde junho de 1943 foram instalados distintos campos de concentração. Além dele, havia um segundo campo, este de prisioneiros de guerra, na área de Karlshagen-Trassenheide, comportando cerca de 1400 homens. Além desses havia mais de 3000 trabalhadores do Leste europeu da Polônia e da União Soviética. Boa parte desse contingente humano foi usado como mão de obra na fábrica dos foguetes V-2 em Peenemünde. Em várias passagens de suas anotações, von Braun menciona o valor de uso de mão de obra de prisioneiros nas fábricas de Peenemünde, deixando claro que ele tinha consciência das condições políticas em que isso se dava. Ocorreu também no processo de trabalho a troca de memorandos com outros diretores, onde as condições precárias dos prisioneiros são mencionadas. Em 1945, atingindo regularmente 200 km de altitude, o foguete V-2, passa a ser o primeiro foguete a ultrapassar o “limite oficial do espaço” (100 km).
Peenemünde,
é a cidade geograficamente mais ao Norte da ilha de Usedom, localizada ao
Noroeste do município de Karlshagen, onde o rio Peene se encontra com o Mar
Báltico. A história social do lugar remonta a 1282, quando um documento do
duque Bogislaw IV, da Pomerânia menciona esse nome em relação ao território
próximo a cidade de Wolgast. Durante a Guerra dos Trinta Anos, que
terminou em 1630, o rei sueco Gustavo Adolfo II, ocupou a área com uma força de
15.000 homens. A região passou para o domínio da Pomerânia sueca em 1648. Em
1720 passou para o domínio da Prússia. Depois da reforma administrativa de
1815, Peenemünde passou a fazer parte da Pomerânia. No período entre 1936 e
1945, a área ficou sob o domínio das forças armadas alemãs. Primeiro o setor
Leste de Peenemünde foi a sede do Centro
de Pesquisas do Exército de Peenemünde (Heeresversuchsanstalt Peenemünde),
onde foram desenvolvidas, testadas e fabricadas as “bombas voadoras alemãs”
(V-1, V-2), dirigido por Walter Dornberger (1895-1980), um oficial do Exército
alemão cuja carreira abrangeu a primeira e segunda guerras mundiais. Ele
liderou o projeto do foguete V-2 e outros projetos no Centro de Pesquisas do
Exército de Peenemünde. Em 1937 a Força Aérea (Luftwaffe) ocupou o setor
Oeste da ilha com o seu próprio campo de provas. No período pós guerra entre
1945 e 1952, o local foi usado como base naval soviética. Em 1952 essa base foi
transferida para o governo da Alemanha Oriental. Entre 1958 e 1961, foi feita
uma completa reestruturação do setor Oeste com um novo aeroporto militar. Após
a unificação da Alemanha em 1993 houve uma reestruturação do uso urbano do
local. Desde 1990 o município passou ao controle do distrito
Mecklenburg-Vorpommern. Em 1994, Peenemünde passou a integrar regionalmente o
distrito de Ostvorpommern, e em 2011 passou a compor o distrito de
Vorpommern-Greifswald.
O
Tratado de Versalhes (1919) foi um pacto de paz assinado pelas potências
europeias que encerrou oficialmente a 1ª grande guerra, sendo que a Alemanha o
classificou como diktat (imposição). Após seis meses de negociações, em
Paris, o tratado foi assinado como uma continuação do armistício de novembro de
1918, em Compiègne, que tinha posto um fim aos confrontos. O principal ponto político
do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por
causar a guerra e que, sob os termos dos artigos 231-247, fizesse reparações a
um certo número de nações da Tríplice Entente. Os termos impostos à
Alemanha incluíam a perda de uma parte de seu território para um número de
nações fronteiriças, de todas as colônias sobre os oceanos e do continente
africano, uma restrição ao tamanho do exército e uma indenização pelos
prejuízos causados durante a guerra. A República de Weimar também aceitou
reconhecer a Independência da Áustria. O ministro alemão do exterior, Hermann
Müller, assinou o tratado em 28 de junho de 1919. O tratado foi ratificado pela
Liga das Nações em 10 de janeiro de 1920. Na Alemanha, o tratado causou choque
e humilhação na população, o que contribuiu para a queda da República de Weimar
em 1933 e a ascensão do Nazismo.
Naturalmente
que, para tal, era necessário romper com o tratado de Versalhes, pois este
impedia a conquista do espaço vital, como o rearmamento. Atenuava-se o
desemprego e atendia-se a necessidades da poderosa burguesia financeira e
industrial da Alemanha. Para evitar a má vontade das potências ocidentais,
coloca-se como campeão do anticomunismo a nível mundial, assinando com o Japão em
novembro de 1936 e com a Itália em janeiro de 1937 o Pacto Anti-Comintern,
cujo representação geopolítica do fim é ampliar o isolamento da URSS e, quando
for possível, atacá-la. O Japão, que igualmente passa por convulsões internas
graves, dá início em 1931 a uma política externa competitiva, explorando o
enfraquecimento dos Impérios Coloniais europeus que se demonstram impotentes
para superar a crise global. Em 1937, após ter ocupado a rica região da
Manchúria, invade o resto do território chinês, dando início a um longo
conflito na Ásia. Seu expansionismo vai terminar por chocar-se com os
interesses norte-americanos na Ásia (Filipinas) e levar à guerra contra os
Estados Unidos da América. O Pacto Anti-Comintern foi assinado em 25 de
novembro de 1936 entre o Império do Japão e a Alemanha nazista, onde ambas as
nações se comprometeram a tomar medidas para se protegerem contra a ameaça da Internacional
Comunista (Comintern).
O
pacto, basicamente, era específico para garantir a capacidade do Eixo de atacar
uma potencial ameaça soviética em duas frentes: ao Leste com a Alemanha
e ao Oeste com o Japão, tentando impedir o avanço da União Soviética e de revoluções
pró-União Soviética na Ásia. Em caso de ataque da União Soviética contra a
Alemanha, ou o Japão, os dois últimos comprometiam-se a efetuar consultas
acerca das medidas a serem tomadas para proteger os seus interesses comerciais
e políticos comuns. Também concordaram que nenhum dos dois concluiria Tratados
políticos com a União Soviética. A Alemanha, ademais, concordou em reconhecer o
Manchukuo, o Estado-fantoche japonês na Manchúria. Em 1937, a Itália
aderiu ao Pacto, formando o grupo que mais tarde seria reconhecido como o Eixo.
Em 1939, aderiram a Espanha, a Hungria e o Manchukuo. Apesar do pacto de
não-agressão germano-soviética de 1939 (Pacto Molotov-Ribbentrop) e do tratado
de neutralidade assinado por Tóquio com Moscou, o pacto foi renovado por outros
cinco anos, em novembro de 1941. O Tratado de Não Agressão entre a Alemanha
e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, representou um pacto de
neutralidade entre a Alemanha Nazista e a União Soviética assinado em Moscou,
em 23 de agosto de 1939, pelos ministros dos Negócios Estrangeiros Joachim von
Ribbentrop e Viatcheslav Molotov, seguindo o Acordo Comercial Germano-Soviético
em fevereiro de 1940.
O
pacto estabelecia esferas de influência entre as duas potências, confirmadas
pelo protocolo suplementar do Tratado da Fronteira Germano-Soviético
alterado depois da invasão conjunta da Polônia. O pacto manteve-se em vigor
durante dois anos, até o dia do ataque da Alemanha às posições soviéticas na
Polónia Oriental durante a Operação Barbarossa, em 22 de junho de 1941. As
cláusulas do pacto entre os nazis e os soviéticos incluíam uma garantia escrita
de não beligerância de parte a parte, nenhum dos governos se aliaria a, ou
ajudaria, um inimigo da outra parte. Para além do estabelecido sobre não
agressão, o tratado incluía um protocolo secreto que dividia os territórios
da Polônia, Lituânia, Letônia, Estônia, Finlândia e Romênia, em esferas de
influência alemãs e soviéticas, antecipando uma reorganização territorial e
política. A 1º de setembro de 1939, ocorreu a invasão da Polônia. O líder
soviético Stalin, deu ordem para a invasão da Polónia a 17 de setembro, um dia
após o cessar-fogo em Khalkhin Gol. Em novembro, partes das regiões da Carélia
e Salla na Finlândia foram anexadas pela União Soviética depois da Guerra de
Inverno. Seguidamente, os soviéticos anexaram a Estónia, a Letónia, a
Lituânia e partes da Roménia como a Bessarábia, o Norte de Bucovina e a região
de Herța. A preocupação anunciada sobre os ucranianos étnicos e bielorrussos
foi apresentada como justificativa para a invasão soviética da Polónia. A
invasão de Bucovina por Stalin em 1940, violou o pacto, pois ia além da
esfera de influências acordada com o Eixo.
Não
por acaso Wernher von Braun ter mantido um relacionamento complexo e
ambivalente com o regime do terceiro Reich. Quando para os Estados Unidos, ele
negou qualquer envolvimento político com o regime nazista, alegando que a sua
filiação ao Partido Nazista teve a intenção “apenas de permitir que ele
continuasse no trabalho de sua vida”. Mas sua filiação ao Partido Nacional
Socialista Alemão dos Trabalhadores, foi registrada em 1º de dezembro de 1938,
sob o número 5 738 692. Em 1º de maio de 1940, ele se tornou membro da Allgemeine
SS (SS-Nr. 185 068), uma unidade desarmada daquela força. Von Braun também
alegou que sua associação a esta força foi para se proteger de caçadas
anticomunistas, dizendo que “vestiu aquele uniforme apenas uma vez”,
havendo controvérsias quanto a essa afirmação. Na SS, ele começou com a patente
de 2º tenente, tendo sido promovido três vezes por Himmler, a última delas em
1943 para major. Von Braun argumentou que essas promoções eram técnicas,
recebidas pelo correio. Com o desenvolvimento do A-4, ele criou uma arma sem
precedentes em termos de alcance e velocidade, capaz de transportar uma
tonelada de explosivos até o alvo. A precisão em relação ao alvo final, no
entanto, era pequena, fazendo desta uma arma de terror contra a
população civil, o que resultou em mais acusações contra von Braun. No entanto,
ele prosseguiu não só trabalhando na arma, como também fazendo campanhas de marketing
e visitas as autoridades a favor do potencial dos foguetes. Em 22 de dezembro
de 1942, foi assinada a aprovação para produção do A-4. Numa das visitas
de von Braun ao quartel general em 7 de julho de 1943, ele exibiu um filme
colorido mostrando a decolagem de um A-4.
Nesta conjuntura industrialista de guerra, as inteligências britânica e soviética já tinham ciência do programa de foguetes e do método de trabalho de Von Braun em Peenemünde. Durante os dias 17 e 18 de agosto de 1943 a Operação Hydra do comando de bombardeiros da RAF enviou missões de bombardeio sobre a ilha, compostas por 596 aviões que despejaram 1 800 toneladas de explosivos. Por um conjunto de fatores políticos, boa parte do centro de pesquisa ficou intacto, e a maior parte da equipe permaneceu a salvo. No entanto, o projetista de motores Walter Thiel e o engenheiro chefe Walther foram mortos e o programa perdeu ritmo com atrasos. Em março de 1944, von Braun foi pivô de “uma conspiração de Himmler para obter o controle de todos os programas de armamento alemães, inclusive o de foguetes”. Com isso, von Braun foi detido em 15 de março de 1944, e levado para uma cela da Gestapo, a polícia secreta oficial da Alemanha Nazista e na Europa ocupada pelos alemães, na Polônia, onde ficou detido por duas semanas, até que o oficial Walter Dornberger conseguiu a sua liberdade condicional. O primeiro A-4 de combate, rebatizado como V-2 (Vergeltungswaffe 2), Arma de Vingança 2, para fins de propaganda, foi lançado contra a Inglaterra em 7 de setembro de 1944, apenas 21 meses depois de o projeto ter sido aprovado oficialmente. Em 29 de outubro daquele mesmo ano, Wernher von Braun e Walter Dornberger foram condecorados com a Cruz do Cavaleiro de mérito de guerra, pelos resultados das operações com a V-2. O uso da V-2 como arma de guerra teve seu terrível início em setembro de 1944 com um lançamento sobre Paris. Pouco mais de 3 200 V-2 foram lançadas. Os principais alvos foram Londres (1358) e Antuérpia (1610). Surpreendentemente, a força explosiva de todas essas V-2 em conjunto era pouco maior que a capacidade de um bombardeiro médio.
O
seu trunfo era psicológico, porque contra essa arma inédita não havia
defesas, nem avisos, mas a sua importância militar estratégica era baixa. Os
lançamentos continuaram até 27 de março de 1945, quando os dois últimos
foguetes foram lançados contra Londres. Em janeiro de 1945, os principais
membros de Peenemünde, liderada por von Braun, decidiram por uma retirada para
a região central da Alemanha, para ter mais chances de se renderem aos
norte-americanos. Tirando proveito de ordens e documentos conflitantes, von
Braun forjou alguns documentos e com eles conseguiu evacuar e transportar cerca
de 500 técnicos, engenheiros e cientistas para a região onde ficava a fábrica
das V-2, reconhecida Mittelwerk, onde continuaram trabalhando. A Mittelwerk, palavra alemã que tem
significado para “Trabalhos Centrais”, representou uma fábrica da 2ª guerra
mundial que usava trabalho escravo dos prisioneiros do campo de
concentração Mittelbau-Dora (cf. Giles, 1005). É
estimado que 20.000 prisioneiros morreram. 9.000 por exaustão, 350 enforcados; 200
deles por sabotagem e o restante por doenças ou fuzilados. Era composto com
formato arquitetônico de 2 túneis paralelos principais de 1,6 km cada em
Kohnstein. Esta base tinha mais de 11 km total subterrâneos. Esta fábrica
subterrânea foi responsável pela produção dos mísseis guiados V-2, as bombas
voadoras V-1 e outras armas. Logo que chegaram à fábrica das V-2, o general
Kammler ordenou que von Braun e 500 dos principais cientistas fossem separados
de suas famílias e aprisionados num campo de prisioneiros perto da vila de
Oberammergau. Usando seu poder ideológico de convencimento e argumentações, von
Braun conseguiu que os cientistas ficassem fora do campo desde que
permanecessem na vila e usando trajes civis. Em 15 de março de 1945, numa
viagem curta entre Bleicherode e Naumburg, von Braun sofreu um acidente quando
o seu motorista dormiu ao volante. Esse acidente rendeu a von Braun pequenas fraturas
no ombro e no braço.
Apesar
de desaconselhado pelos médicos, ele insistiu com teimosia em ser engessado
para que pudesse se locomover e sair do hospital. Por conta disso, um mês
depois ele precisou ser novamente hospitalizado para que seus ossos fossem
novamente quebrados e realinhados. Em 11 de abril de 1945, as tropas
norte-americanas tomaram a cidade de Bleicherode, na região de Kohnstein, onde
ficava a fábrica das V-2. De lá cerca de 100 V-2 completas e milhares de partes
e equipamentos foram capturados como espólio de guerra e transferidos para os
Estados Unidos, onde formaram a base de estudos práticos do programa de mísseis
de defesa. Em 2 de maio de 1945, o irmão mais novo de von Braun, Magnus von
Braun, teve êxito em encontrar soldados norte-americanos da 44ª Divisão de Infantaria
e, mesmo “com um inglês limitado, conseguiu explicar que havia um grupo de
cientistas ligados ao desenvolvimento da V-2 disposto a se render a eles”. O
alto comando norte-americano tinha ciência da existência dss cientistas e o
nome de von Braun estava no topo da lista. Em 19 de junho de 1945, apenas dois
dias antes de entregar a área da fábrica aos soviéticos, conforme os Acordos
vigentes, von Braun e seus principais colegas foram transferidos para
Nordhausen e em seguida para a pequena cidade de Witzenhausen, distante de 64
km, na zona de ocupação norte-americana.
Von
Braun foi interrogado no Centro de Detenção de Dustbin no castelo de Kransberg,
onde a elite econômica, científica e tecnológica do terceiro Reich era
interrogada por oficiais de inteligência britânicos e norte-americanos.
Inicialmente, von Braun foi recrutado pelos Estados Unidos, sob um programa
chamado “Operação Overcast”, mais tarde designado Operação Paperclip. Em
20 de junho de 1945 o Secretário de Estado dos Estados Unidos aprovou a
transferência de von Braun e seus especialistas para a América, no entanto,
isso não foi tornado público até 1º de outubro de 1945. Von Braun estava entre
os cientistas para os quais a Joint Intelligence Objectives Agency
(JIOA) criou históricos falsos e excluiu qualquer registro de envolvimento com
o Partido Nazista, concedendo a eles total liberdade para trabalhar nos Estados
Unidos da América. Os primeiros sete técnicos alemães chegaram aos Estados
Unidos no campo da Força Aérea de New Castle ao Sul de Wilmington, no Delaware
em 20 de setembro de 1945. De lá eles voaram para Boston onde foram alojados no
posto de serviço de inteligência do Exército de Fort Strong na ilha Long
Island. Mais tarde, com exceção de von Braun, foram transferidos para o campo
de provas de Aberdeen em Maryland, para separar e catalogar os documentos
salvos de Peenemünde, permitindo que os cientistas dessem continuidade aos
trabalhos com foguetes. Von Braun e mais de cem membros da sua equipe de
Peenemünde, incluindo seu irmão Magnus, foram transferidos para o seu “novo lar”,
em Fort Bliss, uma grande instalação do Exército, ao Norte de El Paso,
no estado do Texas.
Neste
período, mas principalmente durante o ano de 1946, ocorreram várias expressões
de descontentamento psicológico com as condições sociais de trabalho, das
acomodações, da falta de adaptação às condições locais, e até quanto às
restrições de orçamento. Durante essa estadia, von Braun e sua equipe treinaram
pessoal militar, universitário e da indústria privada nas complexidades
relativas aos foguetes e mísseis guiados. Como parte do projeto Hermes,
ajudaram na reconstrução, montagem e lançamento de um número de foguetes V-2
que haviam sido trazidos da Alemanha. Também deram continuidade aos estudos do
potencial dos foguetes para aplicações militares e de pesquisa. Como os alemães
não tinham permissão de deixar Fort Bliss sem escolta militar, eles começaram a
se auto intitular “Prisoners of Peace” (PoPs). Nesse período, von Braun enviou
uma proposta de casamento à sua prima por parte de mãe, com 18 anos de idade,
Maria Luise von Quistorp, nascida em 10 de junho de 1928. Em 1º de março de
1947, tendo recebido permissão para voltar à Alemanha e de trazer sua esposa,
eles se casaram numa igreja Luterana em Landshut. Em 1950, no início da Guerra
da Coreia, von Braun e sua equipe foram transferidos para Huntsville, no
Alabama, sua residência pelos próximos 20 anos.
Entre 1950 e 1956, von Braun liderou a equipe de desenvolvimento de foguetes do Exército no Redstone Arsenal, resultando no foguete Redstone, que foi utilizado no primeiro teste real de míssil balístico nuclear conduzido pelos Estados unidos da América. Isto levou ao desenvolvimento do primeiro sistema de controle de navegação inercial de alta precisão, usado nesse foguete. Em 1952, nasceu a segunda filha de von Braun, Margrit Cécile. Como diretor da Divisão de Operação e Desenvolvimento da Army Ballistic Missile Agency (ABMA), von Braun, liderou a sua equipe no desenvolvimento do foguete Jupiter-C, um Redstone modificado. O Jupiter-C foi o foguete utilizado no lançamento do primeiro satélite norte-americano, o Explorer I, em 31 de janeiro de 1958, oficialmente denominado Satellite 1958 Alpha, foi o primeiro satélite artificial terrestre lançado ao espaço pelos Estados Unidos. Seu lançamento ocorreu no dia 31 de janeiro de 1958 (GMT-03:48, 1 de fevereiro de 1958) como parte do programa norte-americano para o Ano Geofísico Internacional e foi uma resposta ao lançamento pela URSS do Sputnik 1, quatro meses antes, de um evento considerado como o nascimento do Programa Espacial dos Estados Unidos. Apesar do trabalho bem sucedido no foguete Redstone, os anos entre 1945 e 1957 foram provavelmente alguns dos mais frustrantes para von Braun e seus colegas. Na União Soviética, Sergei Korolev e sua equipe de cientistas e engenheiros, sempre estiveram à frente, com muitos projetos de foguetes inovadores e o programa Sputnik, enquanto o governo norte-americano não demonstrava interesse no trabalho de von Braun ou o considerava apenas um programa de construção de foguetes modesto. Ao mesmo tempo, a imprensa insistia em denunciar o passado de von Braun e o seu envolvimento com o regime nazista, as SS e o trabalho escravo utilizado na construção da V-2.
No reino da fantasia bélica
cinematográfica Walt Disney e von Braun, em 1954 trabalharam com um modelo da
espaçonave, atuando em conjunto numa série de três filmes persuasivos
educacionais. Repetindo o padrão estabelecido no início da carreira, von Braun,
enquanto dirigia programas de desenvolvimento de mísseis reais, continuava
envolvido no processo ideológico da indústria cultura in statu nascendi
com objetivos políticos explícitos de divulgar seus sonhos “onde os foguetes
fossem usados para viagens espaciais”. Desde 1950, publicando artigos no The
Huntsville Times, essa mentalidade de guerra resultou numa onda de publicidade
eficaz ao redor de voos à Lua, impulsionada por dois filmes de ficção
científica de 1950, dos gêneros ficção científica e aventura, dirigido por
Irving Pichel, com roteiro de James O`Hanlon (1910-1969), Rip Van Ronkel (1908-1965)
e Robert A. Heinlein (1907-1988) baseado no livro Rocketship Galileo, de
Heinlein, um romance juvenil de ficção
científica do escritor norte-americano publicado em 1947, apresenta três
adolescentes que participam de um voo pioneiro para a Lua. Com a estratégia
comunicativa de convencimento das massas os testes com foguetes V-2 de grande porte
falham e o governo americano desiste de continuar as pesquisas sob os rumores
de sabotagem. Então o cientista de foguetes Dr. Charles Cargraves e o militar
entusiasta pelo Espaço General Thayer procuram o “magnata da aviação” Jim
Barnes que convence outros empresários patriotas a reunirem os fundos
necessários para a construção de um novo foguete que será lançado para a conquista
da Lua, sob a notícia fantasiosa “de que ocorre uma corrida espacial com outros
países e o temor de que podem querer usar aquele satélite como base de
lançamento de mísseis”. Mas o projeto causa controvérsia popular devido a
utilização de um motor atômico e pouco antes do lançamento aparece um
oficial com um mandado para a interrupção do procedimento. A tripulação se
completa com o operador de rádio Joe Sweeney que substitui de última hora o
tripulante anterior. O lançamento é feito e apesar dos problemas com a antena
de rádio o foguete seguirá com sucesso rumo à Lua.
No
caso particular de Rocketship X-M dirigido por Kurt Neumann, temos finalmente,
o primeiro voo tripulado à Lua é programado e lançado. Uma inesperada chuva de
meteoritos acaba por modificar a rota do foguete que segue então em direção ao
planeta Marte. Quando aterrissam no planeta, descobrem vestígios de uma antiga
civilização possivelmente destruída numa guerra nuclear, e os poucos
sobreviventes regrediram para um estágio bárbaro. Os marcianos atacam os
astronautas, que fogem, mas não têm combustível para voltar à Terra. Em 1952,
von Braun publicou pela primeira vez o seu conceito de uma estação espacial
tripulada numa série de artigos intitulados Man Will Conquer Space Soon!,
na revista Collier`s Weekly, detalhando os planos de Wernher von Braun
para voos espaciais tripulados. Editado por Cornelius Ryan, os artigos
individuais foram escritos por notáveis espaciais de seu tempo como Willy
Ley, Fred Lawrence Whipple, Dr. Joseph Kaplan, Dr. Heinz Haber e von Braun. Os
artigos foram ilustrados com pinturas e desenhos de Chesley Bonestell, Fred
Freeman e Rolf Klep, alguns dos melhores ilustradores de revistas. Esses
artigos eram ilustrados pelo artista Chesley Bonestell contribuindo no processo
de comunicação para divulgar suas ideias. Frequentemente, von Braun trabalhou
em conjunto com seu amigo Willy Ley para publicar seus conceitos, os
quais não por acaso, tinham um real embasamento científico, antecipando muitos
aspectos técnicos e políticos que se tornaram realidade. Nesse período foram
publicados trabalhos sobre viagens tripuladas à Marte, usando a estação
espacial como ponto de partida.
Na
esperança de que o seu envolvimento político pudesse trazer mais interesse do
público consumidor para o futuro do programa espacial, von Braun começou a
trabalhar com Walt Disney nos estúdios como diretor técnico, inicialmente para
três filmes sobre exploração espacial. A primeira transmissão dedicada a esse
tema, foi Man in Space que foi ao ar pela primeira vez em 9 de março de
1955, atingindo 42 milhões de pessoas. Não oficialmente classificada como a
segunda maior taxa de audiência na história da televisão norte-americana. A
série de artigos foi a base para três episódios da série de antologias da Disneylândia:
Man in Space, Man and the Moon e Mars and Beyond. A série foi expandida em três livros: Across the
Space Frontier (1952), Conquest of the Moon (1953) e The
Exploration of Mars (1956). Exemplos de algumas das
naves que eles modelaram estão nos add-ons do World of Collier para o simulador
de voo espacial Orbiter. Em 15 de abril de 1955, von Braun se
naturalizou cidadão dos Estados Unidos. Em 1959, publicou um opúsculo,
atualizando os episódios do trabalho anterior publicado na This Week
Magazine, apresentando suas ideias abstratas sobre um primeiro pouso
tripulado na Lua. O cenário dessa proposta, incluía uma espaçonave
relativamente pequena, um veículo de pouso separado, tripulado por apenas dois
pilotos experientes que já haviam orbitado a Lua numa missão anterior. Tudo
muito parecido com o plano de voo das missões Apollo. Em 1960, nasceu o
filho de von Braun, Peter Constantine.
A
tarefa de construir um foguete capaz de colocar satélites em órbita foi
atribuída à Marinha dos Estados Unidos, mas o foguete Vanguard
resultante não se demonstrou pronto para a tarefa. Em 1957, com o lançamento do
Sputnik 1, havia um sentimento pessimista crescente de que os Estados
Unidos haviam ficado para trás da União Soviética na corrida espacial. Isso fez
com que as autoridades americanas decidissem usar a experiência de von Braun e
sua equipe de alemães para criar um veículo de lançamento com capacidade
orbital, algo que von Braun já havia proposto em 1954, mas foi rejeitado. A
NASA foi formalizada por lei em 29 de julho de 1958. Um dia depois, o 50º
foguete Redstone foi lançado com sucesso do Atol Johnston no Pacífico Sul como
parte da operação Hardtack I. Dois anos depois, a National Aeronautics and
Space Administration (NASA) inaugurou o Marshall Space Flight Center no
arsenal Redstone em Huntsville, a equipe de desenvolvimento da Army
Ballistic Missile Agency (ABMA) foi uma agência criada para desenvolver o
primeiro míssil balístico de médio alcance do Exército dos Estados Unidos liderada
por von Braun foi transferida para a NASA.
Num encontro direto com Herb York no Pentágono, von Braun deixou claro que ele só iria para a NASA somente se o desenvolvimento do foguete Saturno continuasse. De julho de 1960 a fevereiro de 1970, von Braun se tornou o primeiro diretor do Marshall Space Flight Center. O primeiro grande programa do centro Marshall, foi o desenvolvimento dos foguetes Saturno para transportar cargas úteis maiores para além da órbita da Terra. A partir daí, o programa Apollo de voos tripulados à Lua foi desenvolvido. Wernher von Braun, inicialmente apoiou o uso de uma técnica chamada “acoplamento em órbita terrestre” (Earth orbit rendez-vous), mas em 1962 ele passou a apoiar a outra alternativa, chamada “acoplamento em órbita lunar” (Lunar orbit rendez-vous), que acabou sendo o utilizado. Durante o projeto Apollo, ele trabalhou diretamente com o colega de Peenemünde, Kurt Heinrich Debus, o primeiro diretor do Centro Espacial John F. Kennedy. No final da década de 1960, von Braun foi fundamental no desenvolvimento do Centro Espacial de foguetes em Huntsville. O seu sonho de conduzir o homem na Lua se tornou realidade em 16 de julho de 1969, quando um foguete Saturno desenvolvido no centro Marshall, lançou publicamente a tripulação da Apollo 11 na sua missão histórica de oito dias. Ao longo do desenvolvimento do programa Apollo, os foguetes Saturno V permitiu que seis tripulações de astronautas atingissem a superfície da Lua. A mesa da qual ele comandou a entrada da América na corrida espacial, permanece em exibição nesse local.
Num
memorando interno datado de 16 de janeiro de 1969, von Braun confirmou aos
membros de sua equipe, sua intenção de permanecer como diretor do centro
Marshall em Huntsville para liderar o programa Apollo. Poucos meses depois por
ocasião do primeiro pouso na Lua, ele expressou publicamente o seu otimismo de
que o foguete Saturno V continuasse a ser desenvolvido para missões à Marte nos
anos 1980. No entanto, em março de 1970, von Braun e sua família foram
realocados em Washington, D.C., onde ele foi promovido administrativamente ao
posto de Diretor Associado de Planejamento no escritório central da NASA.
Depois de uma série de conflitos associados à interrupção do Programa Apollo, e
encarando severos cortes de orçamento, von Braun deixou a NASA em 26 de maio de
1972. Não somente ficou claro na época que as visões dele e da NASA para o
futuro dos projetos espaciais Norte-americanos eram incompatíveis, mas também
muito mais frustrante para ele, o fato de apoio popular a uma presença contínua
do homem no espaço, diminuiu politicamente a partir do momento em que o
objetivo de gozo de chegar e penetrar à Lua foi plenamente atingido.
O
Programa Apollo foi um conjunto de missões espaciais coordenadas pela agência
espacial dos Estados Unidos entre 1961 e 1972 com o objetivo de colocar o homem
na Lua. O projeto teve seu momento mais emblemático com o pouso da Apollo 11 no
solo lunar em 20 de julho de 1969. A missão militar governamental incluiu onze
voos tripulados, mas até a Apollo 7, todas as missões foram não tripuladas.
Inclui-se aí o que ficou reconhecido como Apollo 1, em homenagem aos
astronautas Virgil Gus Ivan Grissom, Edward Higgins White II e Roger Bruce
Chaffee, que morreram no solo em um incêndio, dentro da cabine de comando. O
objetivo de explorar a Lua foi abandonado em dezembro de 1972, com o voo da
Apollo 17. Os motivos para esta decisão foram tanto a falta de verbas, cortadas
pelo congresso, quanto o desinteresse da opinião pública estadunidense com o
projeto. Ainda que tenha havido três missões tripuladas Skylab que usaram a
nave Apollo e uma missão Apollo 18 (Apollo-Soyuz), estas não tinham como
objetivo chegar à Lua. A nave Apollo foi abandonada em 1975, em detrimento do
uso de um veículo reutilizável, o Ônibus Espacial, que voaria pela primeira vez
em 1981. Em 2005, a NASA mais uma vez anunciou planos para a retomada das
viagens à Lua utilizando naves semelhantes às Apollo em substituição aos ônibus
espaciais.
A
Lua é o único satélite natural reconhecido da Terra e que proporciona
conhecer e penetrar em seu solo (cf. Ferreira, 2017). O modelo explicativo consensual
para a formação da Lua é “a hipótese do grande impacto”. É astronômica que
postula a formação da Lua através do impacto de um planeta com aproximadamente o
tamanho de Marte com a Terra, reconhecido como Theia. Ela é responsável
pelas marés, estabiliza a inclinação axial da Terra e abranda gradualmente a
rotação da Terra. A Lua pode ter afetado dramaticamente o desenvolvimento da
vida vegetal ao moderar o clima do planeta. Evidências paleontológicas e
simulações de computador demonstram a inclinação axial do planeta estabilizada
pelas interações cíclicas de maré com a Lua. A pesquisa contraria teorias e
afirma que a água está presente na Terra na sua formação. A equipe de pesquisa,
liderada pela cosmoquímica Laurette Piani, encontrou
um grupo de meteoritos do tipo condritos enstatitas,
com uma combinação química muito próxima das rochas terrestres, o que indica
que eram os blocos de construção da Terra e de outros planetas. As rochas se
formaram muito próximo ao Sol e, talvez por isso, acreditava-se que elas eram
secas para serem responsáveis pelos reservatórios de água na Terra. Com técnica
analítica física da espectrometria de massa foi possível medir o conteúdo de
hidrogênio em 13 condritos enstatitas. A cosmoquímica e a equipe de cientistas
do Centre de Recherche Petrographiques et Geochimiques descobriram que
as rochas continham hidrogênio para fornecer à Terra a massa de água dos
oceanos. Segundo a pesquisadora não exclui a adição posterior de água por
outras fontes, mas indica que os condritos enstatitas contribuíram para a
quantidade de água da Terra no momento em que o planeta originariamente se
formou.
Do ponto de vista teórico, histórico e pontual o Oceano representa o corpo de água que cobre a maior parte da superfície ambiental da Terra constituído por água salgada. O oceano global corresponde a 97% da hidrosfera, que representa aproximadamente 71% da superfície que é constituída por 361 milhões de km². Mais da metade da área tem profundidades superiores a 3 mil metros. Curiosamente as fases da Lua têm relação biológica com o ciclo menstrual. Na superfície, inversamente, temos a construção do prédio chamado pelo mercado de Nova York do Oriente Médio, o emirado de Dubai é reconhecido mundialmente pelas extravagâncias, como o icônico Burj Khalifa, um gigante de concreto armado de 827 metros de altura. Embora a noção conceitual de oceano global, como um “corpo contínuo de água”, seja importante para a oceanografia, o oceano terrestre, para efeitos práticos, é abstratamente dividido em níveis demarcados por continentes e porções de grandes arquipélagos. Os oceanos são ambientes totalmente distintos do terrestre, mas unem-se na dialética da sensibilidade do cantor e compositor alagoano Djavan, quando diz na canção: - Que vá crescer sem você chegar. Longe de ti tudo parou. Ninguém sabe o que eu sofri. Amar é um deserto e seus temores. Vida que vai na sela dessas dores. Não sabe voltar me dá teu calor. Vem me fazer feliz porque eu te amo. Você deságua em mim e eu oceano. E esqueço que amar é quase uma dor.
Esse
ambiente é dominado por fenômenos muito peculiares que não ocorrem em terra,
como as marés, as ondas, as correntes oceânicas, vórtices, tsunamis,
etc. Após a condensação, o volume de água na superfície da Terra aumentou de
forma crescente e formou o oceano global. Esse processo de acúmulo de água
durou cerca de dois bilhões de anos, quando atingiu um volume estável
semelhante ao oceano moderno. Mas nem sempre foi assim, pois o atual volume de
água do oceano global existe desde o início do éon Proterozoico de 2,5 bilhões
de anos. O registo geológico do Proterozoico é melhor que o do Arqueano. Ao
contrário dos depósitos de águas profundas do Arqueano, no Proterozoico ocorrem
muitos estratos que foram depositados em extensos mares epicontinentais pouco
profundos e muitas destas rochas formadas foram menos metamorfizadas que as do
Arqueano, são abundantes e inalteradas. O estudo destas rochas demonstra que
neste éon ocorreu acreção continental de forma rápida e maciça, exclusiva do
Proterozoico, ciclos supercontinentais, e atividade orogénica totalmente
moderna. As informações da rede de computadores não são transmitidas por
satélites que orbitam a Terra, mas por uma gigantesca rede de backbones
submarinos que cruzam os oceanos do planeta. Mais de metade dos satélites foram
lançados com fins comerciais e lucrativos.
O
céu é o caminho do sol, o curso da lua, o brilho das constelações, as estações
do ano, luz e claridade do dia, a escuridão e densidade da noite, o favor e as
intempéries do clima, a procissão de nuvens e a profundeza do éter. Quando
dizemos céu, já pensamos também, caso pensemos, nos outros três, a partir da
simplicidade dos quatro. Ipso facto, os imortais são acenos dos mensageiros da
divindade. É, na regência encoberta da divindade, que Deus aparece, em sua
vigência essencial, que o retira de qualquer comparação com o que é e está
sendo. Os mortais são os homens. São assim chamados porque podem morrer. Morrer
significa: saber a morte, como morte. Somente o homem morre. O animal finda.
Pois não tem a morte nem diante de si, nem atrás de si. A morte é o escrínio do
Nada, do que nunca em nível algum, é algo que simplesmente é e está sendo. Ao
contrário, o Nada está vigendo e em vigor, como o próprio ser. Escrínio do
Nada, a morte é o resguardo do ser. Chamamos aqui de mortais os mortais – não
por chegarem ao fim e finarem sua vida na terra, mas porque eles sabem a
representação da morte, como morte. Os homens são mortais antes de findar sua
vida. Os mortais são mortais, por serem e vingarem, no resguardo do ser. São a
referência universal vigente ao ser, como ser. É da e pela vida racional que os
mortais devem vir a ser mortais.
Dá-se o nome de mundo a este jogo em espelho, onde se apropria a simplicidade da terra e céu, de mortais e imortais. Mundo é mundo, no vigor que instaura o mundo, que, portanto, mundaniza. Sua particularidade reside em que não se pode explicar a mundanização do mundo por um outro e nem se pode perscrutar-lhe o fundamento em outro ou a partir de outro. Esta impossibilidade não provém de uma incapacidade de explicar e fundamentar do pensamento humano. É simples: causa e fundamento estão em desacordo com paráfrase da mundanização de mundo. Nesta dissonância, repousa a impossibilidade de explicar e fundamentar a mundanização do mundo. Ao exigir aqui uma explicação, o conhecimento humano não se põe acima, mas abaixo da vigência de mundo. O querer explicar do homem não alcança a unidade simples da singularidade unitária do mundanizar. Ao serem representados como um real particular, diante do finito, fundando-se e explicando-se um pelo outro, os quatro conjugados são sufocados em sua vigência essencial. A união da quadratura é o quarteto. Todavia, o quarteto não se dá nem acontece, abraçando os quatro e ajuntando-se lhes, ao depois, nesse abraço. O quarteto também não se esvai e esgota, por estarem os quatro, uma vez dados, apenas um junto dos outros. O quarteto vive na apropriação do jogo e como jogo de espelho dos quatro, que se fiam e confiam no compromisso recíproco de unir o desdobramento.
O
jogo do espelho do mundo se concentra na roda de dança da apropriação. E é por
isso que a dança não abarca simplesmente os quatro num aro. A dança de roda é o
nó (der Ring) de luta que se torce, retorce e contorce no jogo de espelho.
Apropriando, o nó de luta ilumina os quatro, no brilho de sua simplicidade. Na
luz do brilho, o nó apropria os quatro, abrindo-lhes, por toda parte, para o
mistério da vigência. A vigência concentrada do jogo de espelho do mundo assim
em luta é o nó que se concentra em pouco (das Gering). Pelo nó do jogo de
espelho, que se concentra em pouco, os quatro se desdobram e ajustam à sua
vigência unificante, mas própria de cada um. Nesta flexibilidade eles se
ajuntam dóceis, mundanizando mundo. A coisificação da coisa se dá na
apropriação de propriedades, pelo jogo de espelho e reflexo do nó que se
concentra no pouco de sua luta. A coisa leva a quadratura a perdurar. A coisa coisifica
mundo, no sentido de concentrar, numa simplicidade dinâmica, as diferenças.
Cada coisa leva a perdurar a quadratura em cada duração da simplicidade do
mundo. A ausência da proximidade em toda supressão dos afastamentos conduziu ao
império da falta de distância. Nesta relação de poder a aproximação da
proximidade é a única dimensão própria conjugada do jogo de espelho do mundo.
Quando e como as coisas chegam, como coisas? Não chegam através dos feitos e
dos artefatos do homem, mas também não chegam, sem a vigilância cotidiana dos
mortais. O primeiro passo na direção desta vigília é o passo atrás, o passo de
um pensamento apenas, representativo, isto é, explicativo, para o pensamento
meditativo, que pensa o conteúdo de sentido. Esta passagem de um pensamento
para outro não está, sem dúvida, apenas em simples troca de posição. Algo assim
já não pode acontecer nunca porque as posições, junto com seus modos de troca,
já estão presas ao pensamento representativo.
O
passo atrás abandona todo o nível de um simples posicionar-se. Atrás instala-se
numa correspondência que, interpelada pelo ser mundo dentro do mundo,
respondendo-lhes em seu próprio âmbito. Uma simples troca de posições não pode
propiciar, em nada, o advento da coisa, como coisa, da mesma maneira que,
agora, tudo que se põe, como objeto, na ausência da distância, nunca pode
simplesmente virar coisa. No entanto, sabemos que o pouco do nó que se
concentra no jogo de espelho do mundo apropria o que se faz coisa. É que se
aperta o nó de luta, segundo Heidegger, onde o nó da terra e céu, mortais e
imortais se conquista pela luta de sua simplicidade, mas que não é, de
modo algum, a representação de algo simplesmente dado, pois ao ser pertence não
só realidade e necessidade como também possibilidade. Em seu ersatz que
segundo essa condição de possibilidade, a própria coisificação se torna
flexível e a coisa se faz “andar” de forma cada vez maleável, inaparentemente
dócil à sua vigência. A coisa é pouca coisa: a jarra e o banco, a prancha e o
arado, mas a seu modo, é também coisa a árvore e o tanque, o riacho e o monte.
Coisificando cada vez a seu modo, são coisas graça e corça, cavalo e touro. Coisificando
cada vez mais de modo diferente, são coisas espelho e broche, livro e quadro,
coroa e cruz. Poucas, as coisas também o são em número, quando medidas pelo
sem-número dos objetos, com igual valor por toda parte quando medidas pela
desmesura da massificação dos homens como seres vivos. Apenas mortais, os
homens habitam mundo, como mundo. Apenas o que de mundo se apouca torna-se
coisa, pequeno nó de simplicidade.
Os
satélites dedicados à comunicação terrestre, perfaziam 61% do total desta
categoria. Mas 27% dos equipamentos cumpriam missões de observação terrestre.
Seguem-se os satélites governamentais correspondendo a 21%, e os que têm
objetivos militares, com 13%. Segundo dados estatísticos de um relatório da
Euroconsul, citados pelo website Venture Capitalist, durante a próxima
década, estima-se que cerca 990 satélites sejam lançados todos os anos,
significando que em 2028, poderão existir 15.000 equipamentos em órbita. Cabos
submarinos são colocados no relevo oceânico, entre estações terrestres, para
transmitir sinais de telecomunicações através de trechos ou recortes
específicos de mar. E em 1849, os navios da marinha americana começaram
sondagens sistemáticas em alto mar no Atlântico. Com base em suas descobertas o
hidrógrafo Mathew Fontaine Maury, superintendente do Observatório Naval,
sugeriu que havia um platô submarino entre a Terra Nova e a Irlanda, e que este
seria o caminho ideal “para colocar um cabo telegráfico”. Os primeiros cabos
submarinos foram estabelecidos na década de 1850, para o tráfego de
comunicativo de telegrafia. As gerações subsequentes usaram a rede de cabos
realizada para telefonia e, em seguida, para a transmissão de dados. Os cabos
modernos usam a tecnologia de fibra óptica para o transporte de dados digitais,
inclui telefone, a rede mundial de computadores e tráfego de dados privados. Os
cabos modernos têm geralmente 69 milímetros de diâmetro e pesam cerca de 10 kg
por metro, embora cabos mais finos e leves sejam usados para trechos em águas
profundas. Em 2010, os cabos submarinos ligavam todos os continentes da Terra,
exceto a Antártida. É o continente mais frio, mais seco, com a maior média de
altitude e de maior índice de ventos fortes do planeta.
Entendemos
que este domínio social científico da informação, apoiado no sistema de
satélites, por exemplo, se articula “em torno do desenvolvimento concreto mais
rico no que se refere às possíveis explicações da realidade sociológica sobre o
poder e as telecomunicações” (cf. Braga, 1995). A informação, na perspectiva
histórica e teórica, inclui elementos que compõem o circuito produtivo e
encontram-se segmentados, mas convertidos em capital: embarcações, trens,
aviões, foguetes, satélites, etc. Trata-se de comunicação que realmente se
efetua num movimento entre forças sociais que se encontram objetivadas num
sentido descontínuo, embora preciso, tendo sua progênie na acumulação de capital,
com a destruição das novas e velhas culturas, substrato da colonização,
formação da burguesia e da classe operária inglesa. Neste domínio político
consumam-se etnogenocídios sem precedentes na história da humanidade. E ainda,
registra-se e inscreve-se na história econômica e social, que a segunda metade
do século XIX é para a África e a Ásia o correspondente do século XVI da
América Latina: sem levar em conta tradições, costumes, idiomas, nem etnias,
nem culturas, o que nos faz ainda considerar o caso japonês e chinês, last
but not least, como indica a literatura histórica e geopolítica e o
evidente papel destes países na sedimentação deste processo. Vivem em simbiose
com países que historicamente haviam escapado desses fatores. Seu segredo: a
dominância da informação no mundo; seu lugar de ponta vis-à-vis
aos processos de industrialização, como se nota, hic et nunc o que ocorre
no Caribe e na América Latina, África, e parte da Ásia, excluindo a
industrialização dos chamados Tigres Asiáticos.
A expressão sociológica Tigres Asiáticos e mormente Quatro Tigres Asiáticos referem-se às economias desenvolvidas dos países Hong Kong, Coreia do Sul, Singapura e República da China. Esses territórios e países localizados no sudeste da Ásia apresentaram grandes taxas de crescimento econômico e social e rápida industrialização entre as décadas chave de 1960 e 1990. A sua indústria de tecnologia desempenha ipso facto um papel-chave na economia global. A República da China é classificada como desenvolvida em termos de liberdade de imprensa, liberdade econômica, entre outros indicadores socioeconômicos. A partir da década de 1980, alguns territórios do Pacífico malaio-asiáticos começaram a evidenciar os chamados altos índices estatísticos de crescimento econômico e importante influência no mercado mundial globalizado, sendo por isso designados metaforicamente tigres asiáticos. Os termos lembram agressividade e exatamente essa a característica fundamental das quatro economias, ainda que Hong Kong não possa ser considerado um Estado Nacional, na esfera política ainda que sua estrutura forme esse grupo. Eles se utilizaram de estratégias arrojadas para atrair capital estrangeiro, apoiada exploração da mão-de-obra disciplinada, na isenção de impostos e nos baixos custos de instalação de empresas. O país asiático que iniciou esse “ciclo” de crescimento econômico foi o Japão, “com uma bem sucedida reforma agrária, seguida de um aumento rápido da renda dos fazendeiros, que criou um mercado local para novas fábricas”.
A
Terra é o terceiro planeta mais próximo do Sol, o mais denso e o quinto maior
dos oito planetas do Sistema Solar. É também o maior dos quatro planetas
telúricos. É por vezes designada como Mundo ou Planeta Azul. A
Terra é o único corpo celeste onde é reconhecida a existência de vida. O
planeta formou-se há 4,56 bilhões de anos, e a vida surgiu na sua superfície
depois de um (01) bilhão de anos. Desde então, a biosfera terrestre alterou de
forma significativa a atmosfera e fatores abióticos do planeta, permitindo a
proliferação de organismos aeróbicos, como a formação da camada de ozônio, que
em conjunto com seu campo magnético, bloqueia radiação solar prejudicial,
permitindo a vida no planeta. A sua superfície exterior é dividida em segmentos
rígidos, chamados placas tectônicas, que migram sobre a superfície terrestre ao
longo de milhões de anos. Aproximadamente 71% da superfície é coberta por
oceanos de água salgada, com o restante consistindo de continentes e ilhas,
contendo lagos e corpos de água que contribuem para a manutenção da hidrosfera.
Os polos geográficos da Terra encontram-se majoritariamente cobertos por mantos
de gelo ou por banquisas.
O
interior da Terra permanece ativo e relativamente sólido, um núcleo externo
líquido que gera um campo magnético, e um núcleo interno sólido,
composto, sobretudo por ferro. À temperatura ambiente, o ferro encontra-se no
estado sólido. É extraído da natureza sob a forma de minério de ferro que,
depois de passado para o estágio de ferro-gusa, através de processos de
transformação, é usado na forma de lingotes. Controlando-se o teor de carbono,
dá-se origem a vários tipos de aço. A Terra interage com outros objetos em
movimento no espaço, em particular com o Sol e a Lua. A Terra orbita o Sol uma
vez por cada 366,26 rotações sobre o seu próprio eixo, o que equivale a 365,26
dias solares ou representa um (01) ano sideral. O eixo de rotação da Terra
possui uma inclinação de 23,4° em relação à perpendicular ao seu plano orbital,
reproduzindo variações sazonais na superfície do planeta, com período igual a
um ano tropical, ou, 365,24 dias solares. A Lua é o único satélite natural
reconhecido da Terra. O atual modelo consensual para a formação da Lua é a
hipótese do grande impacto. É uma hipótese astronômica que postula a formação
da Lua através do impacto de um planeta com aproximadamente o tamanho de Marte,
conhecido como Theia, com a Terra. Ela é responsável pelas marés,
estabiliza a inclinação axial da Terra e abranda gradualmente a rotação do
planeta. A Lua pode ter afetado dramaticamente o desenvolvimento da vida ao
moderar o clima do planeta. Evidências paleontológicas e simulações de
computador demonstram que a inclinação axial do planeta é estabilizada pelas
interações cíclicas e sociais de maré com a Lua.
Em
astronomia, um corpo celeste designa qualquer entidade física existente no
espaço sideral. A expressão corpo celeste pode referir-se a um único objeto,
sendo neste caso um sinônimo do termo astro, tal como a Lua, o Sol, um
planeta, uma estrela, um cometa ou um asteroide, como também pode designar um
conjunto de vários objetos que se mantêm unidos por forças gravitacionais, como
galáxias, nebulosas, estrelas duplas, o sistema solar ou outro sistema
planetário. Os cometas são considerados corpos celestes de tamanho pequeno e
realizam deslocamento em torno do Sol, sendo que tal movimento é desenvolvido
de forma irregular quanto ao seu contorno. Os cometas são formados,
basicamente, por gelo e rochas. As estrelas são corpos celestes que possuem uma
característica particular: tem luz própria, com tal luminosidade vinda
do astro. O conjunto de várias estrelas é chamado de constelação. O
Zodíaco é formado pelas constelações de Peixes, Áries, Touro, Gêmeos, Câncer,
Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Ofiúco, Sagitário, Capricórnio e Aquário. Os meteoroides
são corpos celestes de pequeno porte que giram em torno do Sol. Esse tipo de
astro, quando entra na atmosfera, é reconhecido popularmente como “estrela
cadente”. Ao longo de toda a história da humanidade são atribuídos diversos
simbolismos para o avistamento de estrelas cadentes, como sendo um sinal de boa
sorte ou de mudanças. Quando ingressa na primeira camada da atmosfera, o astro
sofre um grande desgaste com a fricção e ao mesmo tempo se aquece, tornando-se
brilhante, dessa forma, passa-se a denominar o fenômeno de meteoro.
Quando o mesmo não se desintegra totalmente e atinge a superfície terrestre, o
resíduo é chamado de meteorito.
Nas
histórias em quadrinhos, filmes e séries de TV relacionadas ao Superman e a Supergirl
(histórias), a kryptonita é um mineral que tem o efeito principal de
enfraquecer o (de outro modo invulnerável) qualquer kryptoniano. O mineral,
usualmente explicado como tendo sido criado dos restos do planeta natal do Superman
e da Supergirl, Krypton, geralmente tem efeitos nocivos ao Superman
e a Supergirl. O nome “kryptonita” cobre uma variedade de formas do
mineral, mas usualmente se refere à forma mais elementar, chamada Kryptonita
Verde. O primeiro encontro de Superman e da Supergirl com a
kryptonita não aconteceu nos quadrinhos. Foi na verdade introduzida em 1943 na
série de rádio do Superman, tanto como um elemento de roteiro como para
permitir que o ator que interpretava o Superman, Bud Collyer (1908-1969),
pudesse na ocasião descansar. Demorou até 1949 para que as histórias em
quadrinhos incorporassem esta ideia. Tanto como um perigo e fraqueza
conveniente como para adicionar um elemento interessante para suas
histórias. A primeira ideia de Kryptonita foi criada em 1940 pelo coautor do Superman
e da Supergirl, Jerry Siegel (1914-1996), na história que envolvia um
pedaço de Krypton, chamado de “K-Metal”, que roubava a força de Superman
enquanto dava aos terráqueos superpoderes. As Aventuras do Superman é um longo
prazo seriado de rádio que foi ao ar originalmente de 1940 a 1951 com o DC
Comics personagem.
Pragmaticamente,
no filme de 2006 Superman Returns foi dada a fórmula química do mineral,
que quase coincidiu com o mineral Jadarita, descoberto no mesmo ano. Lex Luthor
foi o primeiro vilão da ficção que achou a kryptonita. Lex Luthor
tradicionalmente não tem superpoderes ou uma identidade secreta e, normalmente,
aparece com uma cabeça careca. Ele usa periodicamente seu traje de guerra, uma
armadura de batalha de alta tecnologia dando-lhe maior resistência, voo,
armamento avançado, entre outras capacidades. Lex Luthor é o proprietário de
uma corporação chamada LexCorp, com Mercy Graves como sua assistente pessoal e
guarda-costas. Luthor tem trabalhado com cuidado sua fantasia de persona
pública, a fim de evitar suspeitas das autoridades públicas e sua vexatória
prisão. Ele é bem reconhecido por sua filantropia, doando grandes somas de
dinheiro para Metrópoles ao longo dos anos, financiando parques, fundações e
instituições de caridade. Lex Luthor é corrupto, pois muitas vezes usa seus
atos corruptos como uma forma de atrair o Superman para uma cilada, mas Superman
sempre arranja um jeito de escapar para frustrar os planos de Luthor como
sempre faz. Luthor já foi interpretado no cinema por Lyle Talbot, Gene Hackman,
Kevin Spacey e Jesse Eisenberg, enquanto John Shea e Michael Rosenbaum
interpretaram-no na televisão.
Um
sistema de lançamento reutilizável é capaz de lançar um mesmo veículo
ao espaço mais de uma vez. Dois sistemas de lançamento parcialmente
reutilizáveis foram desenvolvidos. O ônibus espacial foi parcialmente
reutilizável: o veículo propriamente dito e os dois foguetes auxiliares de
combustível sólido eram reutilizados depois de vários meses de reconstrução e
ajustes. O tanque externo do ônibus espacial era descartado. O foguete Falcon 9
possui o primeiro estágio reutilizável. Vários estágios pousaram com segurança
após o lançamento. Em 30 de março de 2017 um Falcon 9 reutilizado conseguiu
aterrissar em um espaço porto flutuante autônomo, após segundo lançamento,
marcando o primeiro relançamento e pouso sucedido de um foguete de classe
orbital. Os veículos orbitais reutilizáveis têm a intenção de fornecer
acesso ao espaço com “baixo custo” e alta confiabilidade. No entanto, a
reusabilidade implica restrições de peso, como escudos térmicos não ablativos,
combustível adicional e componentes necessários ao pouso, além de uma estrutura
mais forte para resistir a vários voos. Devido à inexperiência com esse
veículo, os custos e confiança reais ainda precisam ser comprovadas. Na origem
das viagens espaciais podem ser explicadas por Konstantin Tsiolkovsky; que todavia,
escrevia em russo, e a princípio, suas ideias não causaram curiosidade fora da
Rússia.
A
viagem espacial tornou-se possibilidade com o ensaio de Robert Hutchings
Goddard, publicado em 1919, intitulado A Method of Reaching Extreme
Altitudes, onde analisa abstratamente a utilização de foguetes de
combustível líquido em viagens interplanetárias. Este ensaio influencia pragmaticamente
Hermann Oberth e Wernher von Braun, que mais tarde se tornariam personalidades
fundamentais no campo da viagem espacial. O primeiro foguete a atingir o
espaço, em dois voos de teste consecutivos em junho de 1944 a altitudes de 176
e 189 km, foi o V-2 ainda na Alemanha. Em 4 de outubro de 1957, a União
Soviética lançou o Sputnik 1, tornando-se o primeiro satélite artificial
a orbitar a Terra, o que resultou na chamada “Crise do Sputnik”. Em 3 de
novembro, o Sputnik 2 enviou ao espaço a cadela Laika, um dos primeiros
animais no espaço. O primeiro voo espacial tripulado humano ocorreu na missão Vostok
1 em 12 de abril de 1961, na qual o cosmonauta soviético Yuri Gagarin
executou uma órbita ao redor da Terra. Os principais personagens foram Sergei
Korolev e Kerim Kerimov. Segundo a própria NASA a primeira espaçonave foi o
Módulo Lunar Apollo, desde que ele foi o único veículo tripulado apenas no
espaço; além de ser caracterizado como não aerodinâmico. Foguetes continuam
sendo o único meio objetivo de atingir o espaço sideral. Tecnologias alternativas
ainda ficam aquém da velocidade orbital. A viagem espacial que mais se
distanciou da Terra ao Sol é a da Voyager 1, que está mais de 100
unidades astronômicas (UA) de distância e se movendo a 3,6 UA ano. Astronautas
russos são cosmonautas. Taikonautas para os são astronautas chineses, e
para os norte-americanos e a maioria dos europeus, são astronautas.
A
unidade astronômica é uma unidade de comprimento, aproximadamente a distância
da Terra ao Sol e igual a cerca de 150 milhões de km ou ~8 minutos-luz. A
distância real varia em cerca de 3% conforme a Terra orbita o Sol, de um máximo
(afélio) a um mínimo (periélio) e vice-versa uma vez a cada ano. A unidade foi
originalmente concebida como a média do afélio e periélio da Terra; no entanto,
desde 2012, foi definido como 149597870700 m.
É usada principalmente para medir distâncias dentro do Sistema Solar ou em
torno de outras estrelas distantes deste sistema. É também um componente
fundamental na definição de outra unidade de comprimento astronômico, o parsec.
É uma unidade de comprimento usada para medir as grandes distâncias de objetos
astronômicos fora do Sistema Solar, igual a 3.26 anos-luz ou 206.000 unidades
astronômicas, ou seja, em termos práticos 30,9 trilhões de km. A palavra parsec
é uma maleta de paralaxe de um segundo de arco, e foi cunhada pelo astrônomo
britânico Herbert Hall Turner em 1913 para fazer cálculos de distâncias
astronômicas a partir de dados observacionais brutos fáceis para os astrônomos.
Em parte, por esse motivo é unidade preferida em astronomia e astrofísica,
embora o ano-luz permaneça proeminente em textos científicos de uso comum.
Embora parsecs sejam usados para distâncias mais curtas dentro da Via Láctea,
múltiplos de parsecs são necessários para escalas maiores do universo,
incluindo quiloparsecs (kpc) para os objetos mais distantes dentro e ao
redor da Via Láctea, megaparsecs (mpc) para galáxias de distância média
e gigaparsecs (gpc) para muitos quasares e galáxias mais distantes.
Desde
tempos imemoriais que a humanidade buscou descrever a natureza da galáxia,
sendo esta referida em inúmeras lendas e mitos entre vários povos. Embora tenha
sido proposto anteriormente, constatou-se que a faixa brilhante de aspecto
leitoso (a partir do qual seu nome derivou-se) se tratava na verdade de um
grande conjunto de estrelas a partir das observações de Galileu Galilei
utilizando um telescópio. Entretanto, nos últimos dois séculos, a concepção
científica da Via Láctea passou de uma simples nuvem de estrelas na qual o Sol
situava-se próximo ao centro para uma grande galáxia espiral complexa e
dinâmica, da qual nossa estrela é somente uma das bilhões existentes, o que
aconteceu graças aos avanços tecnológicos de observação, que permitiram sondar
estruturas além das nuvens moleculares. A Via Láctea é uma galáxia espiral, da
qual o Sistema Solar faz parte. Vista da Terra, aparece como uma faixa
brilhante e difusa que circunda toda a esfera celeste, recortada por nuvens
moleculares que lhe conferem um intrincado aspecto irregular e recortado. Sua
visibilidade é severamente comprometida pela estupefata “poluição” luminosa.
Com poucas exceções, todos os objetos visíveis a olho nu pertencem a essa
galáxia. Sua idade estimada é de mais de treze bilhões de anos, período no qual
passou por várias fases evolutivas até atingir sua forma atual. Formada por
centenas de bilhões de estrelas, a galáxia possui estruturas diferenciadas
entre si. No bojo central, que possui forma alongada, há uma grande
concentração de estrelas, sendo que o exato centro da galáxia abriga um “buraco
negro” supermassivo. Ao seu redor estende-se o disco galáctico, formado
por estrelas de diversos tipos, nebulosas e poeira interestelar, dentre outros.
É
nesta proeminente parte da Via Láctea que se manifestam os “braços
espirais”. Ao seu redor encontram-se centenas de aglomerados globulares.
Entretanto, a dinâmica de rotação da galáxia revela que sua massa é muito maior
do que a de toda a matéria observável, sendo este componente adicional
denominado matéria escura, cuja natureza ainda se desconhece. Evidências
sugerem que o surgimento do chamado “disco galáctico” foi evento praticamente
independente. A formação do disco teria se sucedido a partir da absorção de gás
de origem extragaláctica que se aglomerava sob forma achatada ao redor do bojo,
o que teria durado por cerca de sete bilhões de anos desde a formação do bojo
central. Algumas teorias sugerem que a galáxia ainda está em formação, com base
no fato de que nuvens de gás molecular estão se movendo com alta velocidade nas
partes mais externas em direção ao plano galáctico, mas não há consenso de que
se trata, de fato, de um processo de incorporação de matéria no disco. No
entanto, a observação do processo de formação de outras galáxias sugere que o
disco pode ter se formado junto ao halo e ao bojo central. Pode-se inferir a
cronologia de formação estelar a partir da abundância de elementos químicos nas
estrelas, utilizando por a técnica de nucleocosmocronologia,
também reconhecida como cosmocronologia, utilizada para estimar a idade
de objetos e eventos astrofísicos. Com o surgimento de estrelas, elementos mais
pesados passaram a ser sintetizados e depois liberados no meio interestelar por
meio de ventos estelares ou explosões de supernova. Este material, era
incorporado na formação de uma nova geração de estrelas que passavam a ter
maior fração de outros elementos químicos. A abundância de núcleos atômicos
pesados determina se a estrela pertence a gerações mais antigas ou recentes sendo possível analisar o processo de evolução química da
galáxia.
Uma
supernova é uma explosão estelar poderosa e luminosa. As supernovas são mais
enérgicas do que as novas. Em latim, nova significa “novo”, referindo-se
astronomicamente ao que parece ser uma nova estrela brilhante temporária.
Adicionar o prefixo “super-” distingue as supernovas das novas comuns, que são
muito menos luminosas. A palavra supernova foi cunhada por Walter Baade,
astrônomo e astrofísico alemão que contribuiu consideravelmente no campo da
astronomia, corrigindo certos erros na medição de distâncias estelares e Fritz
Zwicky, um astrônomo suíço que trabalhou a maior parte de sua vida no Instituto
de Tecnologia da Califórnia, nos Estados Unidos da América, onde realizou
trabalhos fundamentais em astronomia teórica e observacional. Em 1933, Zwicky
foi o primeiro astrónomo a usar o teorema do virial para efetuar inferências
sobre a existência da não-observada matéria escura, descrevendo-a como “dunkle
Materie”. Zwicky dedicou grande parte da sua vida à investigação sobre as
galáxias. De 1961 a 1968 publicou com colegas do California Institute of
Technology de Pasadena os volumes do seu Catalogue of Galaxies and of Clusters
of Galaxies. A supernova mais recente diretamente observada por meios de
trabalho úteis através da Via Láctea foi a Supernova de Kepler em 1604, mas
vestígios de supernovas mais recentes já foram encontrados.
As pesquisas de observações de supernovas em outras galáxias sugerem que
elas ocorrem na Via Láctea, em média, com a frequência de cerca de três vezes a
cada passagem de século. Essas supernovas seriam quase certamente observáveis
com telescópios astronômicos modernos. A mais recente supernova visível a olho
nu foi a SN 1987A, cuja progenitora era uma estrela “supergigante azul”
localizada na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia satélite da Via
Láctea. Estudos teóricos indicam que a maioria das supernovas são desencadeadas
por um de dois mecanismos básicos: a súbita re-ignição da fusão nuclear em uma
estrela degenerada, como uma anã branca, ou o colapso gravitacional repentino
do núcleo de uma estrela massiva. Na primeira classe de eventos, a temperatura
do objeto é elevada o suficiente para desencadear uma avalanche térmica,
desestruturando completamente a estrela. As possíveis causas são um acúmulo de
material de uma companheira binária por meio de uma acreção ou fusão estelar.
No caso da estrela massiva, o núcleo de uma estrela massiva pode sofrer um
colapso repentino, liberando energia potencial gravitacional como uma
supernova. As supernovas são uma importante fonte de elementos no meio
interestelar, que preenche o espaço entre as estrelas, do oxigênio ao rubídio.
As ondas de choque em expansão das supernovas podem desencadear a formação de
novas estrelas. Remanescentes de supernovas podem ser importante fonte de raios
cósmicos. As supernovas podem produzir ondas gravitacionais, embora, as ondas
gravitacionais tenham sido detectadas apenas a partir da fusão de buracos
negros e estrelas de nêutrons.
Bibliografia
geral consultada.
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