segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Espaço Sideral, Utilidade Simbólica & Direito Interplanetário.

                                                                              O universo é uma harmonia de contrários”. Pitágoras (580-497 a. C.)                                                          


         O espaço sideral representa toda área vazia do universo não ocupada por corpos celestes. O universo é constituído, predominantemente, de matéria escura (25%) e energia escura (70%). As propriedades materiais não são reconhecidas. O espaço sideral também chamado de espaço cósmico, espaço exterior ou espaço extra-atmosférico, é singular do ponto de vista histórico, sociológico e jurídico. Em primeiro lugar, porque as atividades humanas ainda não se tornaram realidade, derivadas de análises teóricas, exigindo da sociedade internacional o estabelecimento de regras científicas e políticas de Direito que norteiem este tipo de relações internacionais. Em segundo lugar, porque o uso do espaço sideral é disciplinado em Direito Internacional (cf. Valadão, 1959; Chaumont, 1960), pelo Tratado sobre Princípios Reguladores das Atividades dos Estados na Exploração e Uso do Espaço Cósmico, Inclusive a Lua e Demais Corpos Celestes. Dispõe aquele tratado que os corpos celestes e o espaço sideral são patrimônio comum da humanidade e, portanto, de livre acesso e insuscetíveis de apropriação por qualquer Estado. Estabelece, ademais, “o uso pacífico do espaço e corpos celestes e a proibição expressa de instalação de armas nucleares naquele ambiente”. 

           A proibição de apropriação nacional do espaço exterior e dos corpos celestes (artigo II) impede a aplicação de qualquer legislação nacional que empreste validade a uma “reivindicação privada”. Outros tratados de aplicação do Direito Internacional são de ordem técnico-metodológica, pois quanto mais dinâmico é o ambiente, em se tratando do domínio do Universo, mais complexo deve ser o processo de planejamento externo de trabalho, o que justifica o surgimento de esquemas que propõem a descentralização do processo e a sua atribuição aos próprios encarregados da execução  que operam da seguinte forma: o Acordo sobre o Salvamento de Astronautas e Restituição de Astronautas e de Objetos lançados ao Espaço Cósmico, de 1968, a Convenção sobre Responsabilidade Internacional por Danos Causados por Objetos Espaciais, de 1972, a Convenção Relativa ao Registro de Objetos Lançados no Espaço Cósmico, de 1974 e o Acordo que Regula as Atividades dos Estados na Lua e em outros Corpos Celestes, de 1979. A National Aeronautics and Space Administration (NASA) ou Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço é uma agência do Governo Federal dos Estados Unidos responsável pela P & D de tecnologias e programas de exploração espacial. Sua missão oficial é “fomentar o futuro na pesquisa, descoberta e exploração espacial”. A NASA foi criada em 29 de julho de 1958, substituindo seu antecessor, o National Advisory Committee for Aeronautics

          A NASA foi a responsável pelo envio do homem à Lua, com o projeto Apollo e por diversos outros programas de pesquisa no espaço. A distância entre a Terra e a Lua é 384.403 km. No entanto, a distância real é variável, pois dependendo do curso da órbita da lua. Atualmente ela trabalha em conjunto com a Agência Espacial Europeia, com a Agência Espacial Federal Russa e com alguns países da Ásia para a criação da Estação Espacial Internacional. Agência também tem desenvolvido vários programas com satélites e com sondas de pesquisa espacial que viajaram até outros planetas e se preparam para sair do sistema solar, sendo a próxima grande meta, uma viagem tripulada ao planeta Marte. A missão levaria aproximadamente 440 dias para completar sua viagem com os três astronautas visitando a superfície do planeta vermelho por um período de dois meses. O projeto inteiro consumiria um total de $20 bilhões e a Rússia contribuiria com 30% desses fundos. A ciência desenvolvida pela agência norte-americana tem como escopo uma melhor compreensão do planeta Terra através do Earth Observing System, na promoção da heliofísica, que estuda o sistema composto pela heliosfera solar e pelos objetos abstratos que em sua dinâmica interagem no espaço sideral : atmosferas e magnetosferas planetárias, a coroa solar, o meio interestelar.

A heliofísica combina outras disciplinas, incluindo ramos da astrofísica, física do plasma e física solar, isto é, através do meio de trabalho composto pelo Heliophysics Research Program, na exploração do sistema solar com missões robóticas, através do New Horizons, uma missão não-tripulada da NASA para estudar o planeta-anão Plutão e o Cinturão de Kuiper. Ela foi a primeira espaçonave a sobrevoar Plutão, e a fotografar suas pequenas luas Caronte, Nix, Hidra, Cérbero e Estige em 14 de julho de 2015, após cerca de nove anos e meio de viagem interplanetária e ainda sobrevoou o objeto 486958 Arrokoth. O principal objetivo é caracterizar globalmente a geologia e a morfologia de Plutão e suas Luas, além de mapear superfícies, estudar a atmosfera neutra de Plutão e velocidade de escape. Outros objetivos incluem o estudo das variações da superfície e da atmosfera de Plutão e de Caronte ao longo do tempo e na pesquisa astrofísica, aprofundando-se em tópicos como o Big Bang com o auxílio de grandes observatórios. Claramente para a exploração do espaço precisava-se de um meio de transporte para tal finalidade. Daí veio a ideia de se usar o foguete como meio de trabalho para a exploração espacial. Um foguete espacial é uma máquina que se desloca expelindo atrás de si um fluxo de gás a alta velocidade. Um foguete é constituído por uma estrutura, um motor de propulsão por reação e uma carga útil. A origem do foguete é, provavelmente, oriental.


A primeira notícia da utilidade de uso é datada do ano 1232, na China, onde foi inventada a pólvora, usada a princípio em fogos de artifício e, mais tarde, para uso bélico ofensivo. Existem relatos etnográficos do uso de foguetes chamados popularmente “flechas de fogo voadoras” no século XIII, na defesa da capital da província chinesa de Henan devido a constantes invasões mongólicas na fronteira ocidental do Império Chinês. Os foguetes foram introduzidos na Europa pelos árabes, tornando a ser usados em conflitos europeus logo após a Guerra dos Cem Anos (1337-1453). Durante os séculos XV e XVI, foi utilizado como “arma incendiária de guerra”. Com o aprimoramento da artilharia, o foguete “desapareceu até ao século XIX vindo a ser utilizado durante as Guerras Napoleônicas (1803-1815)”. Os foguetes do coronel inglês William Congreve foram usados na Espanha durante o sítio de Cádiz (1810), na primeira guerra Carlista (1833-1840) e durante a Guerra do Marrocos (1860).   Em fins do século XIX e início do século XX, apareceram os primeiros cientistas que viram o foguete como a representação de sistema para propulsionar veículos aeroespaciais tripulados. Entre eles, o russo Konstantin Tsiolkovsky (1857-1935), o alemão Hermann Oberth (1894-1989), o norte-americano Robert Hutchings Goddard (1882-1945) e os russos Sergei Korolev (1907-1966) e Valentin Glushko (1908-1989) e o alemão Wernher von Braun (1912-1977).

Na história política da conquista e das guerras os alemães, liderados por Wernher von Braun (1912-1977), um dos principais cientistas no desenvolvimento do foguete V-2 na Alemanha nazista e foguete Saturno V nos Estados Unidos da América, desenvolvidos durante a 2ª guerra mundial, os foguetes V-1 e V-2 (A-4 na terminologia alemã), que formaram a base para as pesquisas sobre foguetes dos Estados Unidos da América e da União Soviética no pós-guerra. Ambas as bombas nazistas, usadas em Paris e Londres no final da guerra, podem ser melhor definidas como mísseis. A rigor, do ponto de vista tecnológico a V-1 não chega a ser um foguete, mas um míssil veloz “que voa com propulsão de avião a jato”. Inicialmente, foram desenvolvidos foguetes especificamente destinados para uso militar, normalmente reconhecidos como mísseis balísticos intercontinentais. Os programas espaciais que os norte-americanos e os russos colocaram em marcha basearam-se em foguetes projetados com finalidades próprias para a utilização astronáutica de guerra, derivados destes foguetes propulsores de uso militar. Particularmente os foguetes usados no programa espacial soviético eram derivados do R.7, um míssil balístico, que acabou sendo usado para as missões Sputnik. Originalmente a missão Sputnik 1, junto com o voo de Yuri Gagarin (1934-1968) no Vostok 1, teve um impacto profundo na história social da exploração espacial. Foram os eventos que desafiaram os estadunidenses e foram a gota d`água para o lançamento do Programa Espacial   objetivando alcançar a Lua. Em órbita sua frase “A Terra é azul!” entrou para a história. Curiosamente a sua baixa estatura havia garantido ao major da Força Aérea russa, com 27 anos, um lugar na apertada cápsula que o levaria através de um “salto dialético” à órbita terrestre. E mais uma vitória soviética na corrida contra os norte-americanos pela conquista do espaço.

A corrida espacial ocorreu na segunda metade do século XX entre a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e os Estados Unidos da América pela supremacia na exploração e tecnologia espacial. Entre 1957 e 1975, a rivalidade entre as duas superpotências durante a Guerra Fria atingiria ambos os pioneirismos na exploração do espaço, que eram vistos como necessários para a segurança nacional e símbolos da superioridade tecnológica e ideológica de cada país. A corrida espacial envolveu esforços pioneiros no lançamento de satélites artificiais, voo espacial tripulado suborbital e orbital em torno da Terra e viagens tripuladas à Lua. A competição efetivamente começou com o lançamento do satélite artificial soviético Sputnik 1 em 4 de outubro de 1957 e concluiu-se com o projeto cooperativo Apollo-Soyuz em julho de 1975. O Projeto de Teste Apollo-Soyuz passou então a simbolizar uma flexibilização parcial das relações tensas entre a URSS e os Estados Unidos da América. A corrida espacial teve suas origens na corrida armamentista que ocorreu logo após o fim da 2ª guerra mundial, quando tanto a União Soviética quanto os Estados Unidos capturaram a tecnologia e especialistas de foguetes avançados alemães. As consequências realizaram aumento sem precedentes nos gastos com educação e pesquisa pura, acelerando avanços científicos sobre tecnologias benéficas para a civilização. Algumas sondas e missões incluem os Sputnik 1, Explorer 1, Vostok 1, Mariner 2, Ranger 7, Luna 9, Apollo 8 e Apollo 11. Wernher von Braun foi um dos próceres no desenvolvimento de tecnologias aplicadas  de foguetes para a Alemanha. 

          Embora alegasse neutralidade de seu envolvimento com o Partido nazista fosse apenas visando não interromper a questão axiológica das pesquisas espaciais e proteger-se de caçadas anticomunistas. Pioneiro e visionário das viagens espaciais, é reconhecido por ter liderado o projeto aeroespacial norte-americano durante a chamada Corrida Espacial, tendo trabalhado como projetista chefe do primeiro foguete de grande porte movido a combustível líquido, e além disso, produzido em série, o Aggregat 4, e por liderar o desenvolvimento do foguete Saturno V, que levou os astronautas dos Estados Unidos da América à Lua, em julho de 1969. Sua contraparte e rival, político do lado soviético, foi o engenheiro Sergei Korolev (1906-1966), um notável ucraniano e o principal projetista de foguetes e de aeronaves soviético durante a corrida espacial entre a União Soviética versus Estados Unidos durante os anos 1950 e 1960. Korolev é amplamente considerado do ponto de vista do valor-trabalho “o pai da astronáutica soviética”. Antes de sua súbita morte em 1966, a União Soviética liderava a corrida espacial, e os planos para colocar o primeiro homem na lua haviam começado a serem implementados. Sergei Korolev foi, ao contrário do que é propagado, o verdadeiro criador do desafio científico de levar homens à lua, embora a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas não tenha admitido o que pretendia. Os Estados Unidos da América, em contrapartida, o fizeram através de um desafio ideológico do presidente John F. Kennedy. 

            Segundo o professor James Onnig, em 1961, no afã da conquista, a Organização das Nações Unidas aprovou a internacionalização do espaço, e em 1967, foi assinado o Tratado de Uso do Espaço Cósmico. O documento foi importante já que todos os países aceitaram a ideia de que nenhum país ou empresa poderia se declarar de determinada parte dessa nova fronteira. O problema é que o espaço cósmico está em certo sentido congestionado. Estima-se que sejam mais de 30 mil objetos lançados, 6. 800 toneladas de lixo espacial, 19 mil fragmentos que já caíram na Terra e uma infinidade de eventos preocupantes. Mas do ponto de vista da Física é quase nada. O princípio que norteou toda essa aparente tragédia foi o da Big Sky Theory. O espaço cósmico é tão grande que caberiam todos os experimentos, satélites, objetos e qualquer parafernália tecnológica. Em 2009 e de forma pouco noticiada ocorreu um acidente espacial. O satélite ativo dos EUA, Iridium 33 se chocou com o satélite desativado russo, Kosmos 2251. O Iridium 33, foi um satélite de comunicação norte-americano, que no dia 10 de fevereiro de 2009, às 19h56 de Moscou (14h56 de Brasília) chocou-se com outro satélite, o Kosmos 2251 a cerca de 800 km de altitude, no zênite da Sibéria, provocando um lançamento de milhares de destroços na órbita baixa da Terra. A trombada gerou mais de 2.000 pedacinhos que estão sobre nossas cabeças na atmosfera. Já se pensou em tudo para solucionar o problema. Todas as propostas esbarram na questão dos custos financeiros. Os chineses destruíram seu satélite meteorológico Fengyun 1C com o lançamento de um míssil, fato que ainda gera controvérsia, e mais uma demonstração de força do que de habilidade técnica dos chineses. Cientistas norte-americanos tinham alertado para essa possibilidade nos anos de 1970. Colisões e riscos de acidentes seriam cada vez mais comuns. A situação é real no sentido darwinista, se pensarmos que as descobertas e evoluções das telecomunicações estão ocorrendo rapidamente.

            Na aviação, a Teoria do Big Sky pressupõe que é muito improvável que dois corpos voando aleatoriamente colidam, já que o espaço tridimensional é grande em relação aos corpos. Algumas regras de segurança envolvendo padrões de altimetria e navegação baseiam-se neste sólido conceito. Não se aplica quando as aeronaves estão voando ao longo de rotas estreitas específicas, como um padrão de tráfego de aeroporto ou aerovia a jato. A Teoria do Big Sky foi modelada matematicamente, usando uma abordagem da lei dos gases.  Isso implica que colisões de aeronaves em voo livre devem ser raras no espaço aéreo em rota comercial, ao passo que erros operacionais, como violações dos padrões de separação formal, devem ser relativamente comuns. Três parâmetros críticos são o número de objetos voadores por unidade de volume, sua velocidade e seu tamanho. Objetos maiores e rápidos que voam em um ambiente de tráfego intenso são mais propensos a colisões. A teoria também é relevante nas táticas de aviação militar, especialmente em relação ao direcionamento de aeronaves e mísseis por armas baseadas em solo, não guiadas, sem detecção visual. Por exemplo, considere um F-16 Fighting Falcon é um caça a jato polivalente, monomotor, altamente manobrável, apto a operar em quase todas as condições meteorológicas e de luminosidade. Originalmente concebido e desenvolvido pela General Dynamics para a Força Aérea dos Estados Unidos, a partir de um conceito experimental (LWF), para um interceptor diurno de curto alcance, complementar ao poderoso e sofisticado F-15 Eagle de superioridade aérea. Evoluiu gradualmente para a função de caça-bombardeiro de alto desempenho, com capacidade para atuar em todas condições atmosféricas de dia e de noite. A 21 de Julho de 1980, em cerimónia realizada na base aérea de Hill no Utah foi oficialmente batizado Fighting Falcon.

            Em astrofísica, o paradoxo de Olbers, ou “paradoxo da noite escura”, argumenta que a escuridão do céu está em contradição com a hipótese de universo infinito e estático. A escuridão do céu é uma das evidências da não estaticidade do universo, como no modelo do Big Bang do universo. Se o universo fosse estático e com uma quantidade infinita de estrelas, qualquer linha de visão abstrata partindo da terra coincidiria provavelmente com uma estrela suficientemente luminosa, de forma que o céu seria completamente brilhante. Isso contradiz a observação do céu predominantemente escuro. O paradoxo foi descrito primeiramente pelo astrônomo alemão Heinrich Wilhelm Olbers em 1826, e anteriormente por Johannes Kepler em 1610 e Edmond Halley e Jean Philippe de Chéseaux no século XVIII. Face à simplicidade da pergunta sobre a escuridão, as respostas dos astrónomos vêm sempre acompanhadas com as mais inteligentes e elegantes explicações envolvendo múltiplas demarcações abstratas das ciências exatas. O paradoxo é a afirmação de que em um universo estático, infinito e com distribuição regular de estrelas em seu espaço, o céu noturno deveria ser brilhante. O paradoxo possui o nome indevido já que num universo estático e infinito a distribuição de estrelas, mesmo sendo em número infinito, não precisa necessariamente ser regular. Aliás, a suposição de que a função de estrelas f(x) pela quantidade de volume de espaço x dividida por esse mesmo volume x tende a uma constante K quando x vai ao infinito é uma suposição muito forte. Embora o Paradoxo de Olbers realmente constate que, se a distribuição de estrelas no céu fosse regular num universo infinito, a quantidade de energia estelar que atingiria a Terra seria igualmente infinita.

Não gera empecilhos para que haja um universo estático infinito com um número infinito de estrelas distribuídas de forma irregular. A presunção de que um universo infinito tenha um número infinito de estrelas também não pode ser comprovada. Pode-se imaginar um universo infinito com o conjunto de matéria finita, dividida em infinitos corpos distintos, abre-se em múltiplos casos e contradições. Em qualquer caso, em um universo com infinitas estrelas, você veria uma distribuição talvez homogênea delas pelo espaço. Isso não implica distribuição homogênea real, e sim apenas a disposição ótica da percepção delas. A condição de visibilidade homogênea independe do comportamento da função g(x)/x, de forma que só importa g(x), que tende ao infinito quando x vai ao infinito, já que parte da premissa de que o universo é infinito e tem número infinito de estrelas. Apesar da precisão das respostas, quando a dúvida é transferida para um habitante de um longínquo planeta, localizado no meio de um aglomerado globular, “Por que suas noites são claras?”, o que se deve apreender é que o questionamento abstrato pode tomar outros sentidos (cf. Oliveira, 2020). Essa inversão, além de já nos trazer as mais sensatas e compreensíveis respostas, transforma o paradoxo anterior num fenômeno, associado à natureza humana, também rico em outras explicações, mas de interesse de outras ciências e que não sejam tão exatas, como as exatas, porém mais elucidativas, afinal num questionamento que envolve a utilização recíproca tanto do conceito de limite e convergência, o paradoxo surge ao introduzirem nos cálculos um espaço de duas dimensões no lugar de três. 

            No entanto entre os seus pilotos independentemente da nacionalidade, foi e continua sendo apelidado Viper. Existem 20.626 graus quadrados no hemisfério do céu visível, supondo que não haja obstruções no horizonte. A aeronave de 670 pés quadrados (≈62 m²) subtenderia um ângulo de 0,24 graus a 6.000 pés (≈1.800 m). A chance de um tiro não guiado disparado aleatoriamente atingir a aeronave seria de uma em 20626 / 0,24 / 0,24, ou de uma em 358.090. Os disparos direcionados reduzem essas probabilidades. Por som ou por adivinhação, isolar a região de disparo a cerca de um quinto do céu pode ser possível. Estatisticamente se 10 canhões disparar 10 tiros por segundo em um quinto do céu, coordenando perfeitamente seus disparos uniformemente naquela região e rastreando de maneira grosseira a aeronave enquanto ela sobrevoa, a chance de acertá-la seria de 358.090/ 5/10/10, ou uma chance em 716 a cada segundo. Voando a 500 mph ou 805 km / h (733 pés / s ou 223 m / s), a cada segundo a aeronave cruzaria sete graus angulares do céu. Com alcance inclinado de 10.000 pés (≈3.000 m), os canhões antiaéreos poderiam cobrir um cone de céu de 100 graus de largura, assumindo uma localização comum de canhão. A aeronave estaria dentro do alcance de 100/7 ou 14,3 segundos, e a chance total de acertá-la durante uma única passagem aérea seria 716/14,3 ou uma única chance em 50. Ao coordenar corredores para trajetórias de artilharia amigas através do espaço aéreo, às vezes presume-se raramente, e para conveniência de emergência que disparidades semelhantes se aplicam. Isso é frequente como a Teoria do Big Sky - Small Bomb.     

- “Nós escolhemos ir para a Lua” (We choose to go to the Moon) é uma famosa frase presente no discurso realizado pelo presidente John F. Kennedy em 12 de setembro de 1962, diante de uma grande multidão no Estádio Rice, em Houston no Texas. O discurso tratou dos esforços do país para alcançar a Lua e buscou persuadir o povo norte-americano a apoiar a continuação do programa espacial dos Estados Unidos e, mais especificamente, o objetivo nacional de realizar uma alunissagem tripulada até o final da década de 1960. John Kennedy havia estabelecido o objetivo de pousar na Lua no ano anterior a fim de demonstrar a superioridade dos Estados Unidos contra a União Soviética na Corrida Espacial, mas a maior parte dos norte-americanos não era favorável. O presidente visitou o recém estabelecido Centro de Espaçonaves Tripuladas, em Houston em setembro de 1962, aproveitando a oportunidade para discursar na Universidade Rice em uma tentativa deliberada de aumentar o apoio popular para o programa espacial. Em seu discurso político, Kennedy caracterizou o espaço como uma nova fronteira a ser explorada, invocando o espírito pioneiro dominante no folclore nacional. Ele imbuiu o discurso com um sentimento de urgência e destino, enfatizando a liberdade gozada pelos norte-americanos para escolher seu próprio destino em vez de tê-lo escolhido para eles. O presidente também estabeleceu uma competição global contra a União Soviética, mesmo tendo proposto a questão tópica da alunissagem enquanto um ato de pousar uma nave espacial na Lua, como um projeto conjunto entre os dois países. Serviu como Presidente dos Estados Unidos da América de 1961 a 1963, quando foi assassinado publicamente. Lee Harvey Oswald (1939-1963) de acordo com três investigações policiais do governo dos Estados Unidos, foi o assassino do presidente John F. Kennedy, baleado em Dallas, Texas, em 22 de novembro de 1963.

 Um fuzileiro naval que desertou para a União Soviética e mais tarde retornou a seu país, Oswald foi preso sob suspeita de ter matado o oficial de polícia J. D. Tippit, em seguida conectado ao assassinato de John Kennedy. Ele negou qualquer responsabilidade pelos crimes. Dois dias depois, em 24 de novembro de 1963, enquanto era transferido sob custódia policial da cadeia municipal para a cadeia estadual, Oswald foi baleado e morto por Jack Ruby. Em 1964, a Comissão Warren concluiu que Lee Harvey Oswald agiu sozinho no assassinato do presidente Kennedy. Apesar de suas professadas simpatias marxistas, Oswald alistou-se no Corpo de Fuzileiros Navais em 24 de outubro de 1956, uma semana depois de seu décimo sétimo aniversário. Nos Fuzileiros, Oswald foi treinado no uso do rifle M1 Garand, mas sua principal qualificação foi como operador de radar. Ao terminar o curso de formação, ele foi realocado em julho de 1957 para a base aérea de El Toro em Irvine, Califórnia, e três meses depois para a base aérea de Atsugi, Japão. Atsugi era a base de operações dos aviões espiões U-2 que sobrevoavam a União Soviética, e como controlador de radar Oswald pode ter obtido informações confidenciais que posteriormente foram passadas aos soviéticos. Oswald enfrentou a Corte marcial norte-americana em duas exatas ocasiões: inicialmente por atirar acidentalmente contra o próprio ombro com uma arma de mão não autorizada, e depois por brigar com o sargento que ele pensou ser o responsável pela punição recebida em seu julgamento. Tempos depois, ele foi punido por outro incidente: servindo de sentinela uma noite nas Filipinas, Oswald inexplicavelmente disparou seu rifle contra a selva.

Wernher von Braun nasceu em Wirsitz, na província de Posen, hoje Wyrzysk na Polônia e à época anexada da Prússia e do Império Alemão. Era o segundo de três irmãos. Ele pertencia a uma família de aristocratas, que herdaram o título de Freiherr equivalente ao título de barão. Quando a cidade de Wyrzysk foi transferida para a Polônia, ao final da 1ª grande guerra, von Braun e família, como várias outras, se mudaram para a Alemanha. Eles se fixaram em Berlim, onde von Braun, então com 12 anos, inspirado pelos recordes de velocidade de Max Valier e Fritz von Opel, em carros movidos a foguetes, causou um rebuliço nas ruas ao acionar uma carroça de brinquedo com fogos de artifício, tendo sido recolhido sob custódia pela polícia local até que seu pai viesse buscá-lo. No começo de 1925, von Braun começou a estudar num colégio interno, no castelo de Ettersburg, próximo a Weimar, onde não obteve bons resultados em física e matemática. Mas teve contato com uma cópia do trabalho de Hermann Oberth, Die Rakete zu den Planetenräumen (1923). Em 1928, os seus pais o transferiram para o Internato Hermann-Lietz, localizado na ilha de Spiekeroog no Mar do Norte. Viagens espaciais ao que parece, segundo a literatura, sempre fascinaram von Braun, e daquela época em diante, ele se aplicou em física e matemática, para atingir seus objetivos na engenharia de foguetes. Em 1930, ele entrou para o Instituto de Tecnologia Charlottenburg de Berlim. Lá se juntou ao grupo da Verein für Raumschiffahrt (VfR), Sociedade para Viagens Espaciais, se tornando Assistente de Willy Ley e Hermann Oberth, nos seus testes de motores de foguete a combustível líquido. Na primavera de 1932, ele se obteve o bacharelado no curso de Engenharia Mecânica.

Com o grau de bacharel obtido, von Braun foi contratado por Walter Dornberger como “um empregado civil do programa de mísseis da Heereswaffenamt, agência responsável pelo rearmamento alemão”. Devido ao seu contato prévio com a teoria de foguetes, ele se convenceu de que aquele título não seria suficiente, o que o fez entrar para a Universidade de Berlin para prosseguir nos estudos de graduação. Obteve o título acadêmico de Ph.D. em física, com a tese Contribuições Teóricas e Experimentais para o Problema Estrutural nos Foguetes a Combustível Líquido, em 1934 (cf. Izola, 2013). Essa posição levou-o a atuar no campo estratégico de pesquisas do Exército em Kummersdorf ao sul de Berlim. Naquele mesmo ano, um dos foguetes concebidos por ele, lançado da ilha de Borkum no Mar do Norte, atingiu 2.200 metros de altitude. Entre 1935 e 1937, von Braun e a equipe de Ernst Heinkel desenvolveram um motor foguete para aviões, primeiro em Kummersdorf, mais tarde em Neuhardenberg, onde o motor foguete foi testado num Heinkel He 112. Ao final de 1935, ficava muito claro que as instalações de Kummersdorf eram insuficientes para acomodar a rápida expansão do programa de mísseis. Para testar os mísseis muito maiores daqueles que estavam sendo planejados, eles necessitariam apenas de algumas centenas de quilômetros de área para testes. Com essa necessidade, uma área próxima ao Mar Báltico passou a ser seriamente considerada. O Exército e a Força Aérea concordaram em usar a área da ilha de Usedom para esse fim. Usedom é uma ilha da Alemanha e Polónia, no extremo nordeste da Alemanha e extremo noroeste da Polónia, no Mar Báltico. Pertence à região alemã da Pomerânia Ocidental (Ostvorpommern), distrito de Pomerânia Oriental, exceto a vila polaca de Świnoujście, estende-se por uma área de 203 km², na parte mais oriental da ilha. Tem uma área total de 445 km², dos quais 373 km² alemã e 72 km² polaca e uma população de 76500 pessoas, com 31500 na Alemanha e 45000 na Polônia.

Em 1935, o engenheiro Wernher von Braun, em visita à ilha, a escolheu como o local perfeito para abrigar um programa de desenvolvimento e testagem de mísseis. Isolada e oferecendo o Báltico como campo de provas, Usedom tornou-se então uma imensa fábrica de armas. No auge de seu funcionamento, 12 mil pessoas trabalharam na construção de foguetes em uma fábrica que ocupou 25 km² de área. Mas as pesquisas levadas a cabo nas cercanias do vilarejo de Peenemunde não apenas foram cruciais durante a Segunda Guerra Mundial - seu impacto também se deu na criação de armas de destruição em massa e mesmo na conquista espacial. Entre 1937 e 1945, Wernher von Braun foi o diretor técnico do recém criado centro de pesquisas do Exército de Peenemünde, onde ele liderou o desenvolvimento do míssil Aggregat 4 (A4), um grande foguete movido a combustível líquido. A partir de 1943, esse míssil foi posto em linha de produção, e logo depois das suas primeiras missões sobre Londres, passou a ser reconhecido como Vergeltungswaffe 2 (V-2). Esse foi o primeiro míssil terra-terra a combustível líquido operacional do mundo, com sistemas de controle por giroscópio que permitiam estabilizar e controlar o voo de forma automática e autônoma. Desde junho de 1943 foram instalados distintos campos de concentração. Além dele, havia um segundo campo, este de prisioneiros de guerra, na área de Karlshagen-Trassenheide, comportando cerca de 1400 homens. Além desses havia mais de 3000 trabalhadores do Leste europeu da Polônia e da União Soviética. Boa parte desse contingente humano foi usado como mão de obra na fábrica dos foguetes V-2 em Peenemünde. Em várias passagens de suas anotações, von Braun menciona o valor de uso de mão de obra de prisioneiros nas fábricas de Peenemünde, deixando claro que ele tinha consciência das condições políticas em que isso se dava. Ocorreu também no processo de trabalho a troca de memorandos com outros diretores, onde as condições precárias dos prisioneiros são mencionadas. Em 1945, atingindo regularmente 200 km de altitude, o foguete V-2, passa a ser o primeiro foguete a ultrapassar o “limite oficial do espaço” (100 km).

Peenemünde, é a cidade geograficamente mais ao Norte da ilha de Usedom, localizada ao Noroeste do município de Karlshagen, onde o rio Peene se encontra com o Mar Báltico. A história social do lugar remonta a 1282, quando um documento do duque Bogislaw IV, da Pomerânia menciona esse nome em relação ao território próximo a cidade de Wolgast. Durante a Guerra dos Trinta Anos, que terminou em 1630, o rei sueco Gustavo Adolfo II, ocupou a área com uma força de 15.000 homens. A região passou para o domínio da Pomerânia sueca em 1648. Em 1720 passou para o domínio da Prússia. Depois da reforma administrativa de 1815, Peenemünde passou a fazer parte da Pomerânia. No período entre 1936 e 1945, a área ficou sob o domínio das forças armadas alemãs. Primeiro o setor Leste de Peenemünde foi a sede do  Centro de Pesquisas do Exército de Peenemünde (Heeresversuchsanstalt Peenemünde), onde foram desenvolvidas, testadas e fabricadas as “bombas voadoras alemãs” (V-1, V-2), dirigido por Walter Dornberger (1895-1980), um oficial do Exército alemão cuja carreira abrangeu a primeira e segunda guerras mundiais. Ele liderou o projeto do foguete V-2 e outros projetos no Centro de Pesquisas do Exército de Peenemünde. Em 1937 a Força Aérea (Luftwaffe) ocupou o setor Oeste da ilha com o seu próprio campo de provas. No período pós guerra entre 1945 e 1952, o local foi usado como base naval soviética. Em 1952 essa base foi transferida para o governo da Alemanha Oriental. Entre 1958 e 1961, foi feita uma completa reestruturação do setor Oeste com um novo aeroporto militar. Após a unificação da Alemanha em 1993 houve uma reestruturação do uso urbano do local. Desde 1990 o município passou ao controle do distrito Mecklenburg-Vorpommern. Em 1994, Peenemünde passou a integrar regionalmente o distrito de Ostvorpommern, e em 2011 passou a compor o distrito de Vorpommern-Greifswald. 

O Tratado de Versalhes (1919) foi um pacto de paz assinado pelas potências europeias que encerrou oficialmente a 1ª grande guerra, sendo que a Alemanha o classificou como diktat (imposição). Após seis meses de negociações, em Paris, o tratado foi assinado como uma continuação do armistício de novembro de 1918, em Compiègne, que tinha posto um fim aos confrontos. O principal ponto político do tratado determinava que a Alemanha aceitasse todas as responsabilidades por causar a guerra e que, sob os termos dos artigos 231-247, fizesse reparações a um certo número de nações da Tríplice Entente. Os termos impostos à Alemanha incluíam a perda de uma parte de seu território para um número de nações fronteiriças, de todas as colônias sobre os oceanos e do continente africano, uma restrição ao tamanho do exército e uma indenização pelos prejuízos causados durante a guerra. A República de Weimar também aceitou reconhecer a Independência da Áustria. O ministro alemão do exterior, Hermann Müller, assinou o tratado em 28 de junho de 1919. O tratado foi ratificado pela Liga das Nações em 10 de janeiro de 1920. Na Alemanha, o tratado causou choque e humilhação na população, o que contribuiu para a queda da República de Weimar em 1933 e a ascensão do Nazismo.

Naturalmente que, para tal, era necessário romper com o tratado de Versalhes, pois este impedia a conquista do espaço vital, como o rearmamento. Atenuava-se o desemprego e atendia-se a necessidades da poderosa burguesia financeira e industrial da Alemanha. Para evitar a má vontade das potências ocidentais, coloca-se como campeão do anticomunismo a nível mundial, assinando com o Japão em novembro de 1936 e com a Itália em janeiro de 1937 o Pacto Anti-Comintern, cujo representação geopolítica do fim é ampliar o isolamento da URSS e, quando for possível, atacá-la. O Japão, que igualmente passa por convulsões internas graves, dá início em 1931 a uma política externa competitiva, explorando o enfraquecimento dos Impérios Coloniais europeus que se demonstram impotentes para superar a crise global. Em 1937, após ter ocupado a rica região da Manchúria, invade o resto do território chinês, dando início a um longo conflito na Ásia. Seu expansionismo vai terminar por chocar-se com os interesses norte-americanos na Ásia (Filipinas) e levar à guerra contra os Estados Unidos da América. O Pacto Anti-Comintern foi assinado em 25 de novembro de 1936 entre o Império do Japão e a Alemanha nazista, onde ambas as nações se comprometeram a tomar medidas para se protegerem contra a ameaça da Internacional Comunista (Comintern).

O pacto, basicamente, era específico para garantir a capacidade do Eixo de atacar uma potencial ameaça soviética em duas frentes: ao Leste com a Alemanha e ao Oeste com o Japão, tentando impedir o avanço da União Soviética e de revoluções pró-União Soviética na Ásia. Em caso de ataque da União Soviética contra a Alemanha, ou o Japão, os dois últimos comprometiam-se a efetuar consultas acerca das medidas a serem tomadas para proteger os seus interesses comerciais e políticos comuns. Também concordaram que nenhum dos dois concluiria Tratados políticos com a União Soviética. A Alemanha, ademais, concordou em reconhecer o Manchukuo, o Estado-fantoche japonês na Manchúria. Em 1937, a Itália aderiu ao Pacto, formando o grupo que mais tarde seria reconhecido como o Eixo. Em 1939, aderiram a Espanha, a Hungria e o Manchukuo. Apesar do pacto de não-agressão germano-soviética de 1939 (Pacto Molotov-Ribbentrop) e do tratado de neutralidade assinado por Tóquio com Moscou, o pacto foi renovado por outros cinco anos, em novembro de 1941. O Tratado de Não Agressão entre a Alemanha e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, representou um pacto de neutralidade entre a Alemanha Nazista e a União Soviética assinado em Moscou, em 23 de agosto de 1939, pelos ministros dos Negócios Estrangeiros Joachim von Ribbentrop e Viatcheslav Molotov, seguindo o Acordo Comercial Germano-Soviético em fevereiro de 1940.

O pacto estabelecia esferas de influência entre as duas potências, confirmadas pelo protocolo suplementar do Tratado da Fronteira Germano-Soviético alterado depois da invasão conjunta da Polônia. O pacto manteve-se em vigor durante dois anos, até o dia do ataque da Alemanha às posições soviéticas na Polónia Oriental durante a Operação Barbarossa, em 22 de junho de 1941. As cláusulas do pacto entre os nazis e os soviéticos incluíam uma garantia escrita de não beligerância de parte a parte, nenhum dos governos se aliaria a, ou ajudaria, um inimigo da outra parte. Para além do estabelecido sobre não agressão, o tratado incluía um protocolo secreto que dividia os territórios da Polônia, Lituânia, Letônia, Estônia, Finlândia e Romênia, em esferas de influência alemãs e soviéticas, antecipando uma reorganização territorial e política. A 1º de setembro de 1939, ocorreu a invasão da Polônia. O líder soviético Stalin, deu ordem para a invasão da Polónia a 17 de setembro, um dia após o cessar-fogo em Khalkhin Gol. Em novembro, partes das regiões da Carélia e Salla na Finlândia foram anexadas pela União Soviética depois da Guerra de Inverno. Seguidamente, os soviéticos anexaram a Estónia, a Letónia, a Lituânia e partes da Roménia como a Bessarábia, o Norte de Bucovina e a região de Herța. A preocupação anunciada sobre os ucranianos étnicos e bielorrussos foi apresentada como justificativa para a invasão soviética da Polónia. A invasão de Bucovina por Stalin em 1940, violou o pacto, pois ia além da esfera de influências acordada com o Eixo.

Não por acaso Wernher von Braun ter mantido um relacionamento complexo e ambivalente com o regime do terceiro Reich. Quando para os Estados Unidos, ele negou qualquer envolvimento político com o regime nazista, alegando que a sua filiação ao Partido Nazista teve a intenção “apenas de permitir que ele continuasse no trabalho de sua vida”. Mas sua filiação ao Partido Nacional Socialista Alemão dos Trabalhadores, foi registrada em 1º de dezembro de 1938, sob o número 5 738 692. Em 1º de maio de 1940, ele se tornou membro da Allgemeine SS (SS-Nr. 185 068), uma unidade desarmada daquela força. Von Braun também alegou que sua associação a esta força foi para se proteger de caçadas anticomunistas, dizendo que “vestiu aquele uniforme apenas uma vez”, havendo controvérsias quanto a essa afirmação. Na SS, ele começou com a patente de 2º tenente, tendo sido promovido três vezes por Himmler, a última delas em 1943 para major. Von Braun argumentou que essas promoções eram técnicas, recebidas pelo correio. Com o desenvolvimento do A-4, ele criou uma arma sem precedentes em termos de alcance e velocidade, capaz de transportar uma tonelada de explosivos até o alvo. A precisão em relação ao alvo final, no entanto, era pequena, fazendo desta uma arma de terror contra a população civil, o que resultou em mais acusações contra von Braun. No entanto, ele prosseguiu não só trabalhando na arma, como também fazendo campanhas de marketing e visitas as autoridades a favor do potencial dos foguetes. Em 22 de dezembro de 1942, foi assinada a aprovação para produção do A-4. Numa das visitas de von Braun ao quartel general em 7 de julho de 1943, ele exibiu um filme colorido mostrando a decolagem de um A-4.

Nesta conjuntura industrialista de guerra, as inteligências britânica e soviética já tinham ciência do programa de foguetes e do método de trabalho de Von Braun em Peenemünde. Durante os dias 17 e 18 de agosto de 1943 a Operação Hydra do comando de bombardeiros da RAF enviou missões de bombardeio sobre a ilha, compostas por 596 aviões que despejaram 1 800 toneladas de explosivos. Por um conjunto de fatores políticos, boa parte do centro de pesquisa ficou intacto, e a maior parte da equipe permaneceu a salvo. No entanto, o projetista de motores Walter Thiel e o engenheiro chefe Walther foram mortos e o programa perdeu ritmo com atrasos. Em março de 1944, von Braun foi pivô de “uma conspiração de Himmler para obter o controle de todos os programas de armamento alemães, inclusive o de foguetes”. Com isso, von Braun foi detido em 15 de março de 1944, e levado para uma cela da Gestapo, a polícia secreta oficial da Alemanha Nazista e na Europa ocupada pelos alemães, na Polônia, onde ficou detido por duas semanas, até que o oficial Walter Dornberger conseguiu a sua liberdade condicional. O primeiro A-4 de combate, rebatizado como V-2 (Vergeltungswaffe 2), Arma de Vingança 2, para fins de propaganda, foi lançado contra a Inglaterra em 7 de setembro de 1944, apenas 21 meses depois de o projeto ter sido aprovado oficialmente. Em 29 de outubro daquele mesmo ano, Wernher von Braun e Walter Dornberger foram condecorados com a Cruz do Cavaleiro de mérito de guerra, pelos resultados das operações com a V-2. O uso da V-2 como arma de guerra teve seu terrível início em setembro de 1944 com um lançamento sobre Paris. Pouco mais de 3 200 V-2 foram lançadas. Os principais alvos foram Londres (1358) e Antuérpia (1610). Surpreendentemente, a força explosiva de todas essas V-2 em conjunto era pouco maior que a capacidade de um bombardeiro médio.

O seu trunfo era psicológico, porque contra essa arma inédita não havia defesas, nem avisos, mas a sua importância militar estratégica era baixa. Os lançamentos continuaram até 27 de março de 1945, quando os dois últimos foguetes foram lançados contra Londres. Em janeiro de 1945, os principais membros de Peenemünde, liderada por von Braun, decidiram por uma retirada para a região central da Alemanha, para ter mais chances de se renderem aos norte-americanos. Tirando proveito de ordens e documentos conflitantes, von Braun forjou alguns documentos e com eles conseguiu evacuar e transportar cerca de 500 técnicos, engenheiros e cientistas para a região onde ficava a fábrica das V-2, reconhecida Mittelwerk, onde continuaram trabalhando.  A Mittelwerk, palavra alemã que tem significado para “Trabalhos Centrais”, representou uma fábrica da 2ª guerra mundial que usava trabalho escravo dos prisioneiros do campo de concentração Mittelbau-Dora (cf. Giles, 1005). É estimado que 20.000 prisioneiros morreram. 9.000 por exaustão, 350 enforcados; 200 deles por sabotagem e o restante por doenças ou fuzilados. Era composto com formato arquitetônico de 2 túneis paralelos principais de 1,6 km cada em Kohnstein. Esta base tinha mais de 11 km total subterrâneos. Esta fábrica subterrânea foi responsável pela produção dos mísseis guiados V-2, as bombas voadoras V-1 e outras armas. Logo que chegaram à fábrica das V-2, o general Kammler ordenou que von Braun e 500 dos principais cientistas fossem separados de suas famílias e aprisionados num campo de prisioneiros perto da vila de Oberammergau. Usando seu poder ideológico de convencimento e argumentações, von Braun conseguiu que os cientistas ficassem fora do campo desde que permanecessem na vila e usando trajes civis. Em 15 de março de 1945, numa viagem curta entre Bleicherode e Naumburg, von Braun sofreu um acidente quando o seu motorista dormiu ao volante. Esse acidente rendeu a von Braun pequenas fraturas no ombro e no braço.

Apesar de desaconselhado pelos médicos, ele insistiu com teimosia em ser engessado para que pudesse se locomover e sair do hospital. Por conta disso, um mês depois ele precisou ser novamente hospitalizado para que seus ossos fossem novamente quebrados e realinhados. Em 11 de abril de 1945, as tropas norte-americanas tomaram a cidade de Bleicherode, na região de Kohnstein, onde ficava a fábrica das V-2. De lá cerca de 100 V-2 completas e milhares de partes e equipamentos foram capturados como espólio de guerra e transferidos para os Estados Unidos, onde formaram a base de estudos práticos do programa de mísseis de defesa. Em 2 de maio de 1945, o irmão mais novo de von Braun, Magnus von Braun, teve êxito em encontrar soldados norte-americanos da 44ª Divisão de Infantaria e, mesmo “com um inglês limitado, conseguiu explicar que havia um grupo de cientistas ligados ao desenvolvimento da V-2 disposto a se render a eles”. O alto comando norte-americano tinha ciência da existência dss cientistas e o nome de von Braun estava no topo da lista. Em 19 de junho de 1945, apenas dois dias antes de entregar a área da fábrica aos soviéticos, conforme os Acordos vigentes, von Braun e seus principais colegas foram transferidos para Nordhausen e em seguida para a pequena cidade de Witzenhausen, distante de 64 km, na zona de ocupação norte-americana.

Von Braun foi interrogado no Centro de Detenção de Dustbin no castelo de Kransberg, onde a elite econômica, científica e tecnológica do terceiro Reich era interrogada por oficiais de inteligência britânicos e norte-americanos. Inicialmente, von Braun foi recrutado pelos Estados Unidos, sob um programa chamado “Operação Overcast”, mais tarde designado Operação Paperclip. Em 20 de junho de 1945 o Secretário de Estado dos Estados Unidos aprovou a transferência de von Braun e seus especialistas para a América, no entanto, isso não foi tornado público até 1º de outubro de 1945. Von Braun estava entre os cientistas para os quais a Joint Intelligence Objectives Agency (JIOA) criou históricos falsos e excluiu qualquer registro de envolvimento com o Partido Nazista, concedendo a eles total liberdade para trabalhar nos Estados Unidos da América. Os primeiros sete técnicos alemães chegaram aos Estados Unidos no campo da Força Aérea de New Castle ao Sul de Wilmington, no Delaware em 20 de setembro de 1945. De lá eles voaram para Boston onde foram alojados no posto de serviço de inteligência do Exército de Fort Strong na ilha Long Island. Mais tarde, com exceção de von Braun, foram transferidos para o campo de provas de Aberdeen em Maryland, para separar e catalogar os documentos salvos de Peenemünde, permitindo que os cientistas dessem continuidade aos trabalhos com foguetes. Von Braun e mais de cem membros da sua equipe de Peenemünde, incluindo seu irmão Magnus, foram transferidos para o seu “novo lar”, em Fort Bliss, uma grande instalação do Exército, ao Norte de El Paso, no estado do Texas.

Neste período, mas principalmente durante o ano de 1946, ocorreram várias expressões de descontentamento psicológico com as condições sociais de trabalho, das acomodações, da falta de adaptação às condições locais, e até quanto às restrições de orçamento. Durante essa estadia, von Braun e sua equipe treinaram pessoal militar, universitário e da indústria privada nas complexidades relativas aos foguetes e mísseis guiados. Como parte do projeto Hermes, ajudaram na reconstrução, montagem e lançamento de um número de foguetes V-2 que haviam sido trazidos da Alemanha. Também deram continuidade aos estudos do potencial dos foguetes para aplicações militares e de pesquisa. Como os alemães não tinham permissão de deixar Fort Bliss sem escolta militar, eles começaram a se auto intitular “Prisoners of Peace” (PoPs). Nesse período, von Braun enviou uma proposta de casamento à sua prima por parte de mãe, com 18 anos de idade, Maria Luise von Quistorp, nascida em 10 de junho de 1928. Em 1º de março de 1947, tendo recebido permissão para voltar à Alemanha e de trazer sua esposa, eles se casaram numa igreja Luterana em Landshut. Em 1950, no início da Guerra da Coreia, von Braun e sua equipe foram transferidos para Huntsville, no Alabama, sua residência pelos próximos 20 anos.

Entre 1950 e 1956, von Braun liderou a equipe de desenvolvimento de foguetes do Exército no Redstone Arsenal, resultando no foguete Redstone, que foi utilizado no primeiro teste real de míssil balístico nuclear conduzido pelos Estados unidos da América. Isto levou  ao desenvolvimento do primeiro sistema de controle de navegação inercial de alta precisão, usado nesse foguete. Em 1952, nasceu a segunda filha de von Braun, Margrit Cécile. Como diretor da Divisão de Operação e Desenvolvimento da Army Ballistic Missile Agency (ABMA), von Braun, liderou a sua equipe no desenvolvimento do foguete Jupiter-C, um Redstone modificado. O Jupiter-C foi o foguete utilizado no lançamento do primeiro satélite norte-americano, o Explorer I, em 31 de janeiro de 1958, oficialmente denominado Satellite 1958 Alpha, foi o primeiro satélite artificial terrestre lançado ao espaço pelos Estados Unidos. Seu lançamento ocorreu no dia 31 de janeiro de 1958 (GMT-03:48, 1 de fevereiro de 1958) como parte do programa norte-americano para o Ano Geofísico Internacional e foi uma resposta ao lançamento pela URSS do Sputnik 1, quatro meses antes, de um evento considerado como o nascimento do Programa Espacial dos Estados Unidos. Apesar do trabalho bem sucedido no foguete Redstone, os anos entre 1945 e 1957 foram provavelmente alguns dos mais frustrantes para von Braun e seus colegas. Na União Soviética, Sergei Korolev e sua equipe de cientistas e engenheiros, sempre estiveram à frente, com muitos projetos de foguetes inovadores e o programa Sputnik, enquanto o governo norte-americano não demonstrava interesse no trabalho de von Braun ou o considerava apenas um programa de construção de foguetes modesto. Ao mesmo tempo, a imprensa insistia em denunciar o passado de von Braun e o seu envolvimento com o regime nazista, as SS e o trabalho escravo utilizado na construção da V-2.

            No reino da fantasia bélica cinematográfica Walt Disney e von Braun, em 1954 trabalharam com um modelo da espaçonave, atuando em conjunto numa série de três filmes persuasivos educacionais. Repetindo o padrão estabelecido no início da carreira, von Braun, enquanto dirigia programas de desenvolvimento de mísseis reais, continuava envolvido no processo ideológico da indústria cultura in statu nascendi com objetivos políticos explícitos de divulgar seus sonhos “onde os foguetes fossem usados para viagens espaciais”. Desde 1950, publicando artigos no The Huntsville Times, essa mentalidade de guerra resultou numa onda de publicidade eficaz ao redor de voos à Lua, impulsionada por dois filmes de ficção científica de 1950, dos gêneros ficção científica e aventura, dirigido por Irving Pichel, com roteiro de James O`Hanlon (1910-1969), Rip Van Ronkel (1908-1965) e Robert A. Heinlein (1907-1988) baseado no livro Rocketship Galileo, de Heinlein,  um romance juvenil de ficção científica do escritor norte-americano publicado em 1947, apresenta três adolescentes que participam de um voo pioneiro para a Lua. Com a estratégia comunicativa de convencimento das massas os testes com foguetes V-2 de grande porte falham e o governo americano desiste de continuar as pesquisas sob os rumores de sabotagem. Então o cientista de foguetes Dr. Charles Cargraves e o militar entusiasta pelo Espaço General Thayer procuram o “magnata da aviação” Jim Barnes que convence outros empresários patriotas a reunirem os fundos necessários para a construção de um novo foguete que será lançado para a conquista da Lua, sob a notícia fantasiosa “de que ocorre uma corrida espacial com outros países e o temor de que podem querer usar aquele satélite como base de lançamento de mísseis”. Mas o projeto causa controvérsia popular devido a utilização de um motor atômico e pouco antes do lançamento aparece um oficial com um mandado para a interrupção do procedimento. A tripulação se completa com o operador de rádio Joe Sweeney que substitui de última hora o tripulante anterior. O lançamento é feito e apesar dos problemas com a antena de rádio o foguete seguirá com sucesso rumo à Lua.

No caso particular de Rocketship X-M dirigido por Kurt Neumann, temos finalmente, o primeiro voo tripulado à Lua é programado e lançado. Uma inesperada chuva de meteoritos acaba por modificar a rota do foguete que segue então em direção ao planeta Marte. Quando aterrissam no planeta, descobrem vestígios de uma antiga civilização possivelmente destruída numa guerra nuclear, e os poucos sobreviventes regrediram para um estágio bárbaro. Os marcianos atacam os astronautas, que fogem, mas não têm combustível para voltar à Terra. Em 1952, von Braun publicou pela primeira vez o seu conceito de uma estação espacial tripulada numa série de artigos intitulados Man Will Conquer Space Soon!, na revista Collier`s Weekly, detalhando os planos de Wernher von Braun para voos espaciais tripulados. Editado por Cornelius Ryan, os artigos individuais foram escritos por notáveis ​​espaciais de seu tempo como Willy Ley, Fred Lawrence Whipple, Dr. Joseph Kaplan, Dr. Heinz Haber e von Braun. Os artigos foram ilustrados com pinturas e desenhos de Chesley Bonestell, Fred Freeman e Rolf Klep, alguns dos melhores ilustradores de revistas. Esses artigos eram ilustrados pelo artista Chesley Bonestell contribuindo no processo de comunicação para divulgar suas ideias. Frequentemente, von Braun trabalhou em conjunto com seu amigo Willy Ley para publicar seus conceitos, os quais não por acaso, tinham um real embasamento científico, antecipando muitos aspectos técnicos e políticos que se tornaram realidade. Nesse período foram publicados trabalhos sobre viagens tripuladas à Marte, usando a estação espacial como ponto de partida.

Na esperança de que o seu envolvimento político pudesse trazer mais interesse do público consumidor para o futuro do programa espacial, von Braun começou a trabalhar com Walt Disney nos estúdios como diretor técnico, inicialmente para três filmes sobre exploração espacial. A primeira transmissão dedicada a esse tema, foi Man in Space que foi ao ar pela primeira vez em 9 de março de 1955, atingindo 42 milhões de pessoas. Não oficialmente classificada como a segunda maior taxa de audiência na história da televisão norte-americana. A série de artigos foi a base para três episódios da série de antologias da Disneylândia: Man in Space, Man and the Moon e Mars and Beyond. A série foi expandida em três livros: Across the Space Frontier (1952), Conquest of the Moon (1953) e The Exploration of Mars (1956). Exemplos de algumas das naves que eles modelaram estão nos add-ons do World of Collier para o simulador de voo espacial Orbiter. Em 15 de abril de 1955, von Braun se naturalizou cidadão dos Estados Unidos. Em 1959, publicou um opúsculo, atualizando os episódios do trabalho anterior publicado na This Week Magazine, apresentando suas ideias abstratas sobre um primeiro pouso tripulado na Lua. O cenário dessa proposta, incluía uma espaçonave relativamente pequena, um veículo de pouso separado, tripulado por apenas dois pilotos experientes que já haviam orbitado a Lua numa missão anterior. Tudo muito parecido com o plano de voo das missões Apollo. Em 1960, nasceu o filho de von Braun, Peter Constantine.

A tarefa de construir um foguete capaz de colocar satélites em órbita foi atribuída à Marinha dos Estados Unidos, mas o foguete Vanguard resultante não se demonstrou pronto para a tarefa. Em 1957, com o lançamento do Sputnik 1, havia um sentimento pessimista crescente de que os Estados Unidos haviam ficado para trás da União Soviética na corrida espacial. Isso fez com que as autoridades americanas decidissem usar a experiência de von Braun e sua equipe de alemães para criar um veículo de lançamento com capacidade orbital, algo que von Braun já havia proposto em 1954, mas foi rejeitado. A NASA foi formalizada por lei em 29 de julho de 1958. Um dia depois, o 50º foguete Redstone foi lançado com sucesso do Atol Johnston no Pacífico Sul como parte da operação Hardtack I. Dois anos depois, a National Aeronautics and Space Administration (NASA) inaugurou o Marshall Space Flight Center no arsenal Redstone em Huntsville, a equipe de desenvolvimento da Army Ballistic Missile Agency (ABMA) foi uma agência criada para desenvolver o primeiro míssil balístico de médio alcance do Exército dos Estados Unidos liderada por von Braun foi transferida para a NASA.

Num encontro direto com Herb York no Pentágono, von Braun deixou claro que ele só iria para a NASA somente se o desenvolvimento do foguete Saturno continuasse. De julho de 1960 a fevereiro de 1970, von Braun se tornou o primeiro diretor do Marshall Space Flight Center. O primeiro grande programa do centro Marshall, foi o desenvolvimento dos foguetes Saturno para transportar cargas úteis maiores para além da órbita da Terra. A partir daí, o programa Apollo de voos tripulados à Lua foi desenvolvido. Wernher von Braun, inicialmente apoiou o uso de uma técnica chamada “acoplamento em órbita terrestre” (Earth orbit rendez-vous), mas em 1962 ele passou a apoiar a outra alternativa, chamada “acoplamento em órbita lunar” (Lunar orbit rendez-vous), que acabou sendo o utilizado. Durante o projeto Apollo, ele trabalhou diretamente com o colega de Peenemünde, Kurt Heinrich Debus, o primeiro diretor do Centro Espacial John F. Kennedy. No final da década de 1960, von Braun foi fundamental no desenvolvimento do Centro Espacial de foguetes em Huntsville. O seu sonho de conduzir o homem na Lua se tornou realidade em 16 de julho de 1969, quando um foguete Saturno desenvolvido no centro Marshall, lançou publicamente a tripulação da Apollo 11 na sua missão histórica de oito dias. Ao longo do desenvolvimento do programa Apollo, os foguetes Saturno V permitiu que seis tripulações de astronautas atingissem a superfície da Lua. A mesa da qual ele comandou a entrada da América na corrida espacial, permanece em exibição nesse local.           

Num memorando interno datado de 16 de janeiro de 1969, von Braun confirmou aos membros de sua equipe, sua intenção de permanecer como diretor do centro Marshall em Huntsville para liderar o programa Apollo. Poucos meses depois por ocasião do primeiro pouso na Lua, ele expressou publicamente o seu otimismo de que o foguete Saturno V continuasse a ser desenvolvido para missões à Marte nos anos 1980. No entanto, em março de 1970, von Braun e sua família foram realocados em Washington, D.C., onde ele foi promovido administrativamente ao posto de Diretor Associado de Planejamento no escritório central da NASA. Depois de uma série de conflitos associados à interrupção do Programa Apollo, e encarando severos cortes de orçamento, von Braun deixou a NASA em 26 de maio de 1972. Não somente ficou claro na época que as visões dele e da NASA para o futuro dos projetos espaciais Norte-americanos eram incompatíveis, mas também muito mais frustrante para ele, o fato de apoio popular a uma presença contínua do homem no espaço, diminuiu politicamente a partir do momento em que o objetivo de gozo de chegar e penetrar à Lua foi plenamente atingido.

O Programa Apollo foi um conjunto de missões espaciais coordenadas pela agência espacial dos Estados Unidos entre 1961 e 1972 com o objetivo de colocar o homem na Lua. O projeto teve seu momento mais emblemático com o pouso da Apollo 11 no solo lunar em 20 de julho de 1969. A missão militar governamental incluiu onze voos tripulados, mas até a Apollo 7, todas as missões foram não tripuladas. Inclui-se aí o que ficou reconhecido como Apollo 1, em homenagem aos astronautas Virgil Gus Ivan Grissom, Edward Higgins White II e Roger Bruce Chaffee, que morreram no solo em um incêndio, dentro da cabine de comando. O objetivo de explorar a Lua foi abandonado em dezembro de 1972, com o voo da Apollo 17. Os motivos para esta decisão foram tanto a falta de verbas, cortadas pelo congresso, quanto o desinteresse da opinião pública estadunidense com o projeto. Ainda que tenha havido três missões tripuladas Skylab que usaram a nave Apollo e uma missão Apollo 18 (Apollo-Soyuz), estas não tinham como objetivo chegar à Lua. A nave Apollo foi abandonada em 1975, em detrimento do uso de um veículo reutilizável, o Ônibus Espacial, que voaria pela primeira vez em 1981. Em 2005, a NASA mais uma vez anunciou planos para a retomada das viagens à Lua utilizando naves semelhantes às Apollo em substituição aos ônibus espaciais.

A Lua é o único satélite natural reconhecido da Terra e que proporciona conhecer e penetrar em seu solo (cf. Ferreira, 2017). O modelo explicativo consensual para a formação da Lua é “a hipótese do grande impacto”. É astronômica que postula a formação da Lua através do impacto de um planeta com aproximadamente o tamanho de Marte com a Terra, reconhecido como Theia. Ela é responsável pelas marés, estabiliza a inclinação axial da Terra e abranda gradualmente a rotação da Terra. A Lua pode ter afetado dramaticamente o desenvolvimento da vida vegetal ao moderar o clima do planeta. Evidências paleontológicas e simulações de computador demonstram a inclinação axial do planeta estabilizada pelas interações cíclicas de maré com a Lua. A pesquisa contraria teorias e afirma que a água está presente na Terra na sua formação. A equipe de pesquisa, liderada pela cosmoquímica Laurette Piani, encontrou um grupo de meteoritos do tipo condritos enstatitas, com uma combinação química muito próxima das rochas terrestres, o que indica que eram os blocos de construção da Terra e de outros planetas. As rochas se formaram muito próximo ao Sol e, talvez por isso, acreditava-se que elas eram secas para serem responsáveis pelos reservatórios de água na Terra. Com técnica analítica física da espectrometria de massa foi possível medir o conteúdo de hidrogênio em 13 condritos enstatitas. A cosmoquímica e a equipe de cientistas do Centre de Recherche Petrographiques et Geochimiques descobriram que as rochas continham hidrogênio para fornecer à Terra a massa de água dos oceanos. Segundo a pesquisadora não exclui a adição posterior de água por outras fontes, mas indica que os condritos enstatitas contribuíram para a quantidade de água da Terra no momento em que o planeta originariamente se formou.

 Do ponto de vista teórico, histórico e pontual o Oceano representa o corpo de água que cobre a maior parte da superfície ambiental da Terra constituído por água salgada. O oceano global corresponde a 97% da hidrosfera, que representa aproximadamente 71% da superfície que é constituída por 361 milhões de km². Mais da metade da área tem profundidades superiores a 3 mil metros. Curiosamente as fases da Lua têm relação biológica com o ciclo menstrual. Na superfície, inversamente, temos a construção do prédio chamado pelo mercado de Nova York do Oriente Médio, o emirado de Dubai é reconhecido mundialmente pelas extravagâncias, como o icônico Burj Khalifa, um gigante de concreto armado de 827 metros de altura. Embora a noção conceitual de oceano global, como um “corpo contínuo de água”, seja importante para a oceanografia, o oceano terrestre, para efeitos práticos, é abstratamente dividido em níveis demarcados por continentes e porções de grandes arquipélagos. Os oceanos são ambientes totalmente distintos do terrestre, mas unem-se na dialética da sensibilidade do cantor e compositor alagoano Djavan, quando diz na canção: - Que vá crescer sem você chegar. Longe de ti tudo parou. Ninguém sabe o que eu sofri. Amar é um deserto e seus temores. Vida que vai na sela dessas dores. Não sabe voltar me dá teu calor. Vem me fazer feliz porque eu te amo. Você deságua em mim e eu oceano. E esqueço que amar é quase uma dor.

Esse ambiente é dominado por fenômenos muito peculiares que não ocorrem em terra, como as marés, as ondas, as correntes oceânicas, vórtices, tsunamis, etc. Após a condensação, o volume de água na superfície da Terra aumentou de forma crescente e formou o oceano global. Esse processo de acúmulo de água durou cerca de dois bilhões de anos, quando atingiu um volume estável semelhante ao oceano moderno. Mas nem sempre foi assim, pois o atual volume de água do oceano global existe desde o início do éon Proterozoico de 2,5 bilhões de anos. O registo geológico do Proterozoico é melhor que o do Arqueano. Ao contrário dos depósitos de águas profundas do Arqueano, no Proterozoico ocorrem muitos estratos que foram depositados em extensos mares epicontinentais pouco profundos e muitas destas rochas formadas foram menos metamorfizadas que as do Arqueano, são abundantes e inalteradas. O estudo destas rochas demonstra que neste éon ocorreu acreção continental de forma rápida e maciça, exclusiva do Proterozoico, ciclos supercontinentais, e atividade orogénica totalmente moderna. As informações da rede de computadores não são transmitidas por satélites que orbitam a Terra, mas por uma gigantesca rede de backbones submarinos que cruzam os oceanos do planeta. Mais de metade dos satélites foram lançados com fins comerciais e lucrativos.

O céu é o caminho do sol, o curso da lua, o brilho das constelações, as estações do ano, luz e claridade do dia, a escuridão e densidade da noite, o favor e as intempéries do clima, a procissão de nuvens e a profundeza do éter. Quando dizemos céu, já pensamos também, caso pensemos, nos outros três, a partir da simplicidade dos quatro. Ipso facto, os imortais são acenos dos mensageiros da divindade. É, na regência encoberta da divindade, que Deus aparece, em sua vigência essencial, que o retira de qualquer comparação com o que é e está sendo. Os mortais são os homens. São assim chamados porque podem morrer. Morrer significa: saber a morte, como morte. Somente o homem morre. O animal finda. Pois não tem a morte nem diante de si, nem atrás de si. A morte é o escrínio do Nada, do que nunca em nível algum, é algo que simplesmente é e está sendo. Ao contrário, o Nada está vigendo e em vigor, como o próprio ser. Escrínio do Nada, a morte é o resguardo do ser. Chamamos aqui de mortais os mortais – não por chegarem ao fim e finarem sua vida na terra, mas porque eles sabem a representação da morte, como morte. Os homens são mortais antes de findar sua vida. Os mortais são mortais, por serem e vingarem, no resguardo do ser. São a referência universal vigente ao ser, como ser. É da e pela vida racional que os mortais devem vir a ser mortais.


Dá-se o nome de mundo a este jogo em espelho, onde se apropria a simplicidade da terra e céu, de mortais e imortais. Mundo é mundo, no vigor que instaura o mundo, que, portanto, mundaniza. Sua particularidade reside em que não se pode explicar a mundanização do mundo por um outro e nem se pode perscrutar-lhe o fundamento em outro ou a partir de outro. Esta impossibilidade não provém de uma incapacidade de explicar e fundamentar do pensamento humano. É simples: causa e fundamento estão em desacordo com paráfrase da mundanização de mundo. Nesta dissonância, repousa a impossibilidade de explicar e fundamentar a mundanização do mundo. Ao exigir aqui uma explicação, o conhecimento humano não se põe acima, mas abaixo da vigência de mundo. O querer explicar do homem não alcança a unidade simples da singularidade unitária do mundanizar. Ao serem representados como um real particular, diante do finito, fundando-se e explicando-se um pelo outro, os quatro conjugados são sufocados em sua vigência essencial. A união da quadratura é o quarteto. Todavia, o quarteto não se dá nem acontece, abraçando os quatro e ajuntando-se lhes, ao depois, nesse abraço. O quarteto também não se esvai e esgota, por estarem os quatro, uma vez dados, apenas um junto dos outros. O quarteto vive na apropriação do jogo e como jogo de espelho dos quatro, que se fiam e confiam no compromisso recíproco de unir o desdobramento.

O jogo do espelho do mundo se concentra na roda de dança da apropriação. E é por isso que a dança não abarca simplesmente os quatro num aro. A dança de roda é o nó (der Ring) de luta que se torce, retorce e contorce no jogo de espelho. Apropriando, o nó de luta ilumina os quatro, no brilho de sua simplicidade. Na luz do brilho, o nó apropria os quatro, abrindo-lhes, por toda parte, para o mistério da vigência. A vigência concentrada do jogo de espelho do mundo assim em luta é o nó que se concentra em pouco (das Gering). Pelo nó do jogo de espelho, que se concentra em pouco, os quatro se desdobram e ajustam à sua vigência unificante, mas própria de cada um. Nesta flexibilidade eles se ajuntam dóceis, mundanizando mundo. A coisificação da coisa se dá na apropriação de propriedades, pelo jogo de espelho e reflexo do nó que se concentra no pouco de sua luta. A coisa leva a quadratura a perdurar. A coisa coisifica mundo, no sentido de concentrar, numa simplicidade dinâmica, as diferenças. Cada coisa leva a perdurar a quadratura em cada duração da simplicidade do mundo. A ausência da proximidade em toda supressão dos afastamentos conduziu ao império da falta de distância. Nesta relação de poder a aproximação da proximidade é a única dimensão própria conjugada do jogo de espelho do mundo. Quando e como as coisas chegam, como coisas? Não chegam através dos feitos e dos artefatos do homem, mas também não chegam, sem a vigilância cotidiana dos mortais. O primeiro passo na direção desta vigília é o passo atrás, o passo de um pensamento apenas, representativo, isto é, explicativo, para o pensamento meditativo, que pensa o conteúdo de sentido. Esta passagem de um pensamento para outro não está, sem dúvida, apenas em simples troca de posição. Algo assim já não pode acontecer nunca porque as posições, junto com seus modos de troca, já estão presas ao pensamento representativo.

O passo atrás abandona todo o nível de um simples posicionar-se. Atrás instala-se numa correspondência que, interpelada pelo ser mundo dentro do mundo, respondendo-lhes em seu próprio âmbito. Uma simples troca de posições não pode propiciar, em nada, o advento da coisa, como coisa, da mesma maneira que, agora, tudo que se põe, como objeto, na ausência da distância, nunca pode simplesmente virar coisa. No entanto, sabemos que o pouco do nó que se concentra no jogo de espelho do mundo apropria o que se faz coisa. É que se aperta o nó de luta, segundo Heidegger, onde o nó da terra e céu, mortais e imortais se conquista pela luta de sua simplicidade, mas que não é, de modo algum, a representação de algo simplesmente dado, pois ao ser pertence não só realidade e necessidade como também possibilidade. Em seu ersatz que segundo essa condição de possibilidade, a própria coisificação se torna flexível e a coisa se faz “andar” de forma cada vez maleável, inaparentemente dócil à sua vigência. A coisa é pouca coisa: a jarra e o banco, a prancha e o arado, mas a seu modo, é também coisa a árvore e o tanque, o riacho e o monte. Coisificando cada vez a seu modo, são coisas graça e corça, cavalo e touro. Coisificando cada vez mais de modo diferente, são coisas espelho e broche, livro e quadro, coroa e cruz. Poucas, as coisas também o são em número, quando medidas pelo sem-número dos objetos, com igual valor por toda parte quando medidas pela desmesura da massificação dos homens como seres vivos. Apenas mortais, os homens habitam mundo, como mundo. Apenas o que de mundo se apouca torna-se coisa, pequeno nó de simplicidade.

Os satélites dedicados à comunicação terrestre, perfaziam 61% do total desta categoria. Mas 27% dos equipamentos cumpriam missões de observação terrestre. Seguem-se os satélites governamentais correspondendo a 21%, e os que têm objetivos militares, com 13%. Segundo dados estatísticos de um relatório da Euroconsul, citados pelo website Venture Capitalist, durante a próxima década, estima-se que cerca 990 satélites sejam lançados todos os anos, significando que em 2028, poderão existir 15.000 equipamentos em órbita. Cabos submarinos são colocados no relevo oceânico, entre estações terrestres, para transmitir sinais de telecomunicações através de trechos ou recortes específicos de mar. E em 1849, os navios da marinha americana começaram sondagens sistemáticas em alto mar no Atlântico. Com base em suas descobertas o hidrógrafo Mathew Fontaine Maury, superintendente do Observatório Naval, sugeriu que havia um platô submarino entre a Terra Nova e a Irlanda, e que este seria o caminho ideal “para colocar um cabo telegráfico”. Os primeiros cabos submarinos foram estabelecidos na década de 1850, para o tráfego de comunicativo de telegrafia. As gerações subsequentes usaram a rede de cabos realizada para telefonia e, em seguida, para a transmissão de dados. Os cabos modernos usam a tecnologia de fibra óptica para o transporte de dados digitais, inclui telefone, a rede mundial de computadores e tráfego de dados privados. Os cabos modernos têm geralmente 69 milímetros de diâmetro e pesam cerca de 10 kg por metro, embora cabos mais finos e leves sejam usados para trechos em águas profundas. Em 2010, os cabos submarinos ligavam todos os continentes da Terra, exceto a Antártida. É o continente mais frio, mais seco, com a maior média de altitude e de maior índice de ventos fortes do planeta.

Entendemos que este domínio social científico da informação, apoiado no sistema de satélites, por exemplo, se articula “em torno do desenvolvimento concreto mais rico no que se refere às possíveis explicações da realidade sociológica sobre o poder e as telecomunicações” (cf. Braga, 1995). A informação, na perspectiva histórica e teórica, inclui elementos que compõem o circuito produtivo e encontram-se segmentados, mas convertidos em capital: embarcações, trens, aviões, foguetes, satélites, etc. Trata-se de comunicação que realmente se efetua num movimento entre forças sociais que se encontram objetivadas num sentido descontínuo, embora preciso, tendo sua progênie na acumulação de capital, com a destruição das novas e velhas culturas, substrato da colonização, formação da burguesia e da classe operária inglesa. Neste domínio político consumam-se etnogenocídios sem precedentes na história da humanidade. E ainda, registra-se e inscreve-se na história econômica e social, que a segunda metade do século XIX é para a África e a Ásia o correspondente do século XVI da América Latina: sem levar em conta tradições, costumes, idiomas, nem etnias, nem culturas, o que nos faz ainda considerar o caso japonês e chinês, last but not least, como indica a literatura histórica e geopolítica e o evidente papel destes países na sedimentação deste processo. Vivem em simbiose com países que historicamente haviam escapado desses fatores. Seu segredo: a dominância da informação no mundo; seu lugar de ponta vis-à-vis aos processos de industrialização, como se nota, hic et nunc o que ocorre no Caribe e na América Latina, África, e parte da Ásia, excluindo a industrialização dos chamados Tigres Asiáticos. 

A expressão sociológica Tigres Asiáticos e mormente Quatro Tigres Asiáticos referem-se às economias desenvolvidas dos países Hong Kong, Coreia do Sul, Singapura e República da China. Esses territórios e países localizados no sudeste da Ásia apresentaram grandes taxas de crescimento econômico e social e rápida industrialização entre as décadas chave de 1960 e 1990. A sua indústria de tecnologia desempenha ipso facto um papel-chave na economia global. A República da China é classificada como desenvolvida em termos de liberdade de imprensa, liberdade econômica, entre outros indicadores socioeconômicos. A partir da década de 1980, alguns territórios do Pacífico malaio-asiáticos começaram a evidenciar os chamados altos índices estatísticos de crescimento econômico e importante influência no mercado mundial globalizado, sendo por isso designados metaforicamente tigres asiáticos. Os termos lembram agressividade e exatamente essa a característica fundamental das quatro economias, ainda que Hong Kong não possa ser considerado um Estado Nacional, na esfera política ainda que sua estrutura forme esse grupo. Eles se utilizaram de estratégias arrojadas para atrair capital estrangeiro, apoiada exploração da mão-de-obra disciplinada, na isenção de impostos e nos baixos custos de instalação de empresas. O país asiático que iniciou esse “ciclo” de crescimento econômico foi o Japão, “com uma bem sucedida reforma agrária, seguida de um aumento rápido da renda dos fazendeiros, que criou um mercado local para novas fábricas”.  

A Terra é o terceiro planeta mais próximo do Sol, o mais denso e o quinto maior dos oito planetas do Sistema Solar. É também o maior dos quatro planetas telúricos. É por vezes designada como Mundo ou Planeta Azul. A Terra é o único corpo celeste onde é reconhecida a existência de vida. O planeta formou-se há 4,56 bilhões de anos, e a vida surgiu na sua superfície depois de um (01) bilhão de anos. Desde então, a biosfera terrestre alterou de forma significativa a atmosfera e fatores abióticos do planeta, permitindo a proliferação de organismos aeróbicos, como a formação da camada de ozônio, que em conjunto com seu campo magnético, bloqueia radiação solar prejudicial, permitindo a vida no planeta. A sua superfície exterior é dividida em segmentos rígidos, chamados placas tectônicas, que migram sobre a superfície terrestre ao longo de milhões de anos. Aproximadamente 71% da superfície é coberta por oceanos de água salgada, com o restante consistindo de continentes e ilhas, contendo lagos e corpos de água que contribuem para a manutenção da hidrosfera. Os polos geográficos da Terra encontram-se majoritariamente cobertos por mantos de gelo ou por banquisas.

O interior da Terra permanece ativo e relativamente sólido, um núcleo externo líquido que gera um campo magnético, e um núcleo interno sólido, composto, sobretudo por ferro. À temperatura ambiente, o ferro encontra-se no estado sólido. É extraído da natureza sob a forma de minério de ferro que, depois de passado para o estágio de ferro-gusa, através de processos de transformação, é usado na forma de lingotes. Controlando-se o teor de carbono, dá-se origem a vários tipos de aço. A Terra interage com outros objetos em movimento no espaço, em particular com o Sol e a Lua. A Terra orbita o Sol uma vez por cada 366,26 rotações sobre o seu próprio eixo, o que equivale a 365,26 dias solares ou representa um (01) ano sideral. O eixo de rotação da Terra possui uma inclinação de 23,4° em relação à perpendicular ao seu plano orbital, reproduzindo variações sazonais na superfície do planeta, com período igual a um ano tropical, ou, 365,24 dias solares. A Lua é o único satélite natural reconhecido da Terra. O atual modelo consensual para a formação da Lua é a hipótese do grande impacto. É uma hipótese astronômica que postula a formação da Lua através do impacto de um planeta com aproximadamente o tamanho de Marte, conhecido como Theia, com a Terra. Ela é responsável pelas marés, estabiliza a inclinação axial da Terra e abranda gradualmente a rotação do planeta. A Lua pode ter afetado dramaticamente o desenvolvimento da vida ao moderar o clima do planeta. Evidências paleontológicas e simulações de computador demonstram que a inclinação axial do planeta é estabilizada pelas interações cíclicas e sociais de maré com a Lua.

Em astronomia, um corpo celeste designa qualquer entidade física existente no espaço sideral. A expressão corpo celeste pode referir-se a um único objeto, sendo neste caso um sinônimo do termo astro, tal como a Lua, o Sol, um planeta, uma estrela, um cometa ou um asteroide, como também pode designar um conjunto de vários objetos que se mantêm unidos por forças gravitacionais, como galáxias, nebulosas, estrelas duplas, o sistema solar ou outro sistema planetário. Os cometas são considerados corpos celestes de tamanho pequeno e realizam deslocamento em torno do Sol, sendo que tal movimento é desenvolvido de forma irregular quanto ao seu contorno. Os cometas são formados, basicamente, por gelo e rochas. As estrelas são corpos celestes que possuem uma característica particular: tem luz própria, com tal luminosidade vinda do astro. O conjunto de várias estrelas é chamado de constelação. O Zodíaco é formado pelas constelações de Peixes, Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Ofiúco, Sagitário, Capricórnio e Aquário. Os meteoroides são corpos celestes de pequeno porte que giram em torno do Sol. Esse tipo de astro, quando entra na atmosfera, é reconhecido popularmente como “estrela cadente”. Ao longo de toda a história da humanidade são atribuídos diversos simbolismos para o avistamento de estrelas cadentes, como sendo um sinal de boa sorte ou de mudanças. Quando ingressa na primeira camada da atmosfera, o astro sofre um grande desgaste com a fricção e ao mesmo tempo se aquece, tornando-se brilhante, dessa forma, passa-se a denominar o fenômeno de meteoro. Quando o mesmo não se desintegra totalmente e atinge a superfície terrestre, o resíduo é chamado de meteorito.

Nas histórias em quadrinhos, filmes e séries de TV relacionadas ao Superman e a Supergirl (histórias), a kryptonita é um mineral que tem o efeito principal de enfraquecer o (de outro modo invulnerável) qualquer kryptoniano. O mineral, usualmente explicado como tendo sido criado dos restos do planeta natal do Superman e da Supergirl, Krypton, geralmente tem efeitos nocivos ao Superman e a Supergirl. O nome “kryptonita” cobre uma variedade de formas do mineral, mas usualmente se refere à forma mais elementar, chamada Kryptonita Verde. O primeiro encontro de Superman e da Supergirl com a kryptonita não aconteceu nos quadrinhos. Foi na verdade introduzida em 1943 na série de rádio do Superman, tanto como um elemento de roteiro como para permitir que o ator que interpretava o Superman, Bud Collyer (1908-1969), pudesse na ocasião descansar. Demorou até 1949 para que as histórias em quadrinhos incorporassem esta ideia. Tanto como um perigo e fraqueza conveniente como para adicionar um elemento interessante para suas histórias. A primeira ideia de Kryptonita foi criada em 1940 pelo coautor do Superman e da Supergirl, Jerry Siegel (1914-1996), na história que envolvia um pedaço de Krypton, chamado de “K-Metal”, que roubava a força de Superman enquanto dava aos terráqueos superpoderes. As Aventuras do Superman é um longo prazo seriado de rádio que foi ao ar originalmente de 1940 a 1951 com o DC Comics personagem.

Pragmaticamente, no filme de 2006 Superman Returns foi dada a fórmula química do mineral, que quase coincidiu com o mineral Jadarita, descoberto no mesmo ano. Lex Luthor foi o primeiro vilão da ficção que achou a kryptonita. Lex Luthor tradicionalmente não tem superpoderes ou uma identidade secreta e, normalmente, aparece com uma cabeça careca. Ele usa periodicamente seu traje de guerra, uma armadura de batalha de alta tecnologia dando-lhe maior resistência, voo, armamento avançado, entre outras capacidades. Lex Luthor é o proprietário de uma corporação chamada LexCorp, com Mercy Graves como sua assistente pessoal e guarda-costas. Luthor tem trabalhado com cuidado sua fantasia de persona pública, a fim de evitar suspeitas das autoridades públicas e sua vexatória prisão. Ele é bem reconhecido por sua filantropia, doando grandes somas de dinheiro para Metrópoles ao longo dos anos, financiando parques, fundações e instituições de caridade. Lex Luthor é corrupto, pois muitas vezes usa seus atos corruptos como uma forma de atrair o Superman para uma cilada, mas Superman sempre arranja um jeito de escapar para frustrar os planos de Luthor como sempre faz. Luthor já foi interpretado no cinema por Lyle Talbot, Gene Hackman, Kevin Spacey e Jesse Eisenberg, enquanto John Shea e Michael Rosenbaum interpretaram-no na televisão.

Um sistema de lançamento reutilizável é capaz de lançar um mesmo veículo ao espaço mais de uma vez. Dois sistemas de lançamento parcialmente reutilizáveis foram desenvolvidos. O ônibus espacial foi parcialmente reutilizável: o veículo propriamente dito e os dois foguetes auxiliares de combustível sólido eram reutilizados depois de vários meses de reconstrução e ajustes. O tanque externo do ônibus espacial era descartado. O foguete Falcon 9 possui o primeiro estágio reutilizável. Vários estágios pousaram com segurança após o lançamento. Em 30 de março de 2017 um Falcon 9 reutilizado conseguiu aterrissar em um espaço porto flutuante autônomo, após segundo lançamento, marcando o primeiro relançamento e pouso sucedido de um foguete de classe orbital. Os veículos orbitais reutilizáveis têm a intenção de fornecer acesso ao espaço com “baixo custo” e alta confiabilidade. No entanto, a reusabilidade implica restrições de peso, como escudos térmicos não ablativos, combustível adicional e componentes necessários ao pouso, além de uma estrutura mais forte para resistir a vários voos. Devido à inexperiência com esse veículo, os custos e confiança reais ainda precisam ser comprovadas. Na origem das viagens espaciais podem ser explicadas por Konstantin Tsiolkovsky; que todavia, escrevia em russo, e a princípio, suas ideias não causaram curiosidade fora da Rússia.

A viagem espacial tornou-se possibilidade com o ensaio de Robert Hutchings Goddard, publicado em 1919, intitulado A Method of Reaching Extreme Altitudes, onde analisa abstratamente a utilização de foguetes de combustível líquido em viagens interplanetárias. Este ensaio influencia pragmaticamente Hermann Oberth e Wernher von Braun, que mais tarde se tornariam personalidades fundamentais no campo da viagem espacial. O primeiro foguete a atingir o espaço, em dois voos de teste consecutivos em junho de 1944 a altitudes de 176 e 189 km, foi o V-2 ainda na Alemanha. Em 4 de outubro de 1957, a União Soviética lançou o Sputnik 1, tornando-se o primeiro satélite artificial a orbitar a Terra, o que resultou na chamada “Crise do Sputnik”. Em 3 de novembro, o Sputnik 2 enviou ao espaço a cadela Laika, um dos primeiros animais no espaço. O primeiro voo espacial tripulado humano ocorreu na missão Vostok 1 em 12 de abril de 1961, na qual o cosmonauta soviético Yuri Gagarin executou uma órbita ao redor da Terra. Os principais personagens foram Sergei Korolev e Kerim Kerimov. Segundo a própria NASA a primeira espaçonave foi o Módulo Lunar Apollo, desde que ele foi o único veículo tripulado apenas no espaço; além de ser caracterizado como não aerodinâmico. Foguetes continuam sendo o único meio objetivo de atingir o espaço sideral. Tecnologias alternativas ainda ficam aquém da velocidade orbital. A viagem espacial que mais se distanciou da Terra ao Sol é a da Voyager 1, que está mais de 100 unidades astronômicas (UA) de distância e se movendo a 3,6 UA ano. Astronautas russos são cosmonautas. Taikonautas para os são astronautas chineses, e para os norte-americanos e a maioria dos europeus, são astronautas.

A unidade astronômica é uma unidade de comprimento, aproximadamente a distância da Terra ao Sol e igual a cerca de 150 milhões de km ou ~8 minutos-luz. A distância real varia em cerca de 3% conforme a Terra orbita o Sol, de um máximo (afélio) a um mínimo (periélio) e vice-versa uma vez a cada ano. A unidade foi originalmente concebida como a média do afélio e periélio da Terra; no entanto, desde 2012, foi definido como 149597870700 m.  É usada principalmente para medir distâncias dentro do Sistema Solar ou em torno de outras estrelas distantes deste sistema. É também um componente fundamental na definição de outra unidade de comprimento astronômico, o parsec. É uma unidade de comprimento usada para medir as grandes distâncias de objetos astronômicos fora do Sistema Solar, igual a 3.26 anos-luz ou 206.000 unidades astronômicas, ou seja, em termos práticos 30,9 trilhões de km. A palavra parsec é uma maleta de paralaxe de um segundo de arco, e foi cunhada pelo astrônomo britânico Herbert Hall Turner em 1913 para fazer cálculos de distâncias astronômicas a partir de dados observacionais brutos fáceis para os astrônomos. Em parte, por esse motivo é unidade preferida em astronomia e astrofísica, embora o ano-luz permaneça proeminente em textos científicos de uso comum. Embora parsecs sejam usados para distâncias mais curtas dentro da Via Láctea, múltiplos de parsecs são necessários para escalas maiores do universo, incluindo quiloparsecs (kpc) para os objetos mais distantes dentro e ao redor da Via Láctea, megaparsecs (mpc) para galáxias de distância média e gigaparsecs (gpc) para muitos quasares e galáxias mais distantes.

Desde tempos imemoriais que a humanidade buscou descrever a natureza da galáxia, sendo esta referida em inúmeras lendas e mitos entre vários povos. Embora tenha sido proposto anteriormente, constatou-se que a faixa brilhante de aspecto leitoso (a partir do qual seu nome derivou-se) se tratava na verdade de um grande conjunto de estrelas a partir das observações de Galileu Galilei utilizando um telescópio. Entretanto, nos últimos dois séculos, a concepção científica da Via Láctea passou de uma simples nuvem de estrelas na qual o Sol situava-se próximo ao centro para uma grande galáxia espiral complexa e dinâmica, da qual nossa estrela é somente uma das bilhões existentes, o que aconteceu graças aos avanços tecnológicos de observação, que permitiram sondar estruturas além das nuvens moleculares. A Via Láctea é uma galáxia espiral, da qual o Sistema Solar faz parte. Vista da Terra, aparece como uma faixa brilhante e difusa que circunda toda a esfera celeste, recortada por nuvens moleculares que lhe conferem um intrincado aspecto irregular e recortado. Sua visibilidade é severamente comprometida pela estupefata “poluição” luminosa. Com poucas exceções, todos os objetos visíveis a olho nu pertencem a essa galáxia. Sua idade estimada é de mais de treze bilhões de anos, período no qual passou por várias fases evolutivas até atingir sua forma atual. Formada por centenas de bilhões de estrelas, a galáxia possui estruturas diferenciadas entre si. No bojo central, que possui forma alongada, há uma grande concentração de estrelas, sendo que o exato centro da galáxia abriga um “buraco negro” supermassivo. Ao seu redor estende-se o disco galáctico, formado por estrelas de diversos tipos, nebulosas e poeira interestelar, dentre outros.


É nesta proeminente parte da Via Láctea que se manifestam os “braços espirais”. Ao seu redor encontram-se centenas de aglomerados globulares. Entretanto, a dinâmica de rotação da galáxia revela que sua massa é muito maior do que a de toda a matéria observável, sendo este componente adicional denominado matéria escura, cuja natureza ainda se desconhece. Evidências sugerem que o surgimento do chamado “disco galáctico” foi evento praticamente independente. A formação do disco teria se sucedido a partir da absorção de gás de origem extragaláctica que se aglomerava sob forma achatada ao redor do bojo, o que teria durado por cerca de sete bilhões de anos desde a formação do bojo central. Algumas teorias sugerem que a galáxia ainda está em formação, com base no fato de que nuvens de gás molecular estão se movendo com alta velocidade nas partes mais externas em direção ao plano galáctico, mas não há consenso de que se trata, de fato, de um processo de incorporação de matéria no disco. No entanto, a observação do processo de formação de outras galáxias sugere que o disco pode ter se formado junto ao halo e ao bojo central. Pode-se inferir a cronologia de formação estelar a partir da abundância de elementos químicos nas estrelas, utilizando por a técnica de nucleocosmocronologia, também reconhecida como cosmocronologia, utilizada para estimar a idade de objetos e eventos astrofísicos. Com o surgimento de estrelas, elementos mais pesados passaram a ser sintetizados e depois liberados no meio interestelar por meio de ventos estelares ou explosões de supernova. Este material, era incorporado na formação de uma nova geração de estrelas que passavam a ter maior fração de outros elementos químicos. A abundância de núcleos atômicos pesados determina se a estrela pertence a gerações mais antigas ou recentes sendo possível analisar o processo de evolução química da galáxia.

Uma supernova é uma explosão estelar poderosa e luminosa. As supernovas são mais enérgicas do que as novas. Em latim, nova significa “novo”, referindo-se astronomicamente ao que parece ser uma nova estrela brilhante temporária. Adicionar o prefixo “super-” distingue as supernovas das novas comuns, que são muito menos luminosas. A palavra supernova foi cunhada por Walter Baade, astrônomo e astrofísico alemão que contribuiu consideravelmente no campo da astronomia, corrigindo certos erros na medição de distâncias estelares e Fritz Zwicky, um astrônomo suíço que trabalhou a maior parte de sua vida no Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos Estados Unidos da América, onde realizou trabalhos fundamentais em astronomia teórica e observacional. Em 1933, Zwicky foi o primeiro astrónomo a usar o teorema do virial para efetuar inferências sobre a existência da não-observada matéria escura, descrevendo-a como “dunkle Materie”. Zwicky dedicou grande parte da sua vida à investigação sobre as galáxias. De 1961 a 1968 publicou com colegas do California Institute of Technology de Pasadena os volumes do seu Catalogue of Galaxies and of Clusters of Galaxies. A supernova mais recente diretamente observada por meios de trabalho úteis através da Via Láctea foi a Supernova de Kepler em 1604, mas vestígios de supernovas mais recentes já foram encontrados.  

As pesquisas de observações de supernovas em outras galáxias sugerem que elas ocorrem na Via Láctea, em média, com a frequência de cerca de três vezes a cada passagem de século. Essas supernovas seriam quase certamente observáveis com telescópios astronômicos modernos. A mais recente supernova visível a olho nu foi a SN 1987A, cuja progenitora era uma estrela “supergigante azul” localizada na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia satélite da Via Láctea. Estudos teóricos indicam que a maioria das supernovas são desencadeadas por um de dois mecanismos básicos: a súbita re-ignição da fusão nuclear em uma estrela degenerada, como uma anã branca, ou o colapso gravitacional repentino do núcleo de uma estrela massiva. Na primeira classe de eventos, a temperatura do objeto é elevada o suficiente para desencadear uma avalanche térmica, desestruturando completamente a estrela. As possíveis causas são um acúmulo de material de uma companheira binária por meio de uma acreção ou fusão estelar. No caso da estrela massiva, o núcleo de uma estrela massiva pode sofrer um colapso repentino, liberando energia potencial gravitacional como uma supernova. As supernovas são uma importante fonte de elementos no meio interestelar, que preenche o espaço entre as estrelas, do oxigênio ao rubídio. As ondas de choque em expansão das supernovas podem desencadear a formação de novas estrelas. Remanescentes de supernovas podem ser importante fonte de raios cósmicos. As supernovas podem produzir ondas gravitacionais, embora, as ondas gravitacionais tenham sido detectadas apenas a partir da fusão de buracos negros e estrelas de nêutrons.

Bibliografia geral consultada.

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