terça-feira, 15 de novembro de 2022

Petr Jákl - Medieval – Arte & Política de Jan Žižka de Trocnov.

 

      Jákl quer que Medievel seja uma espécie de Coração Valente tcheco”. Katie Walsh

    

            Jan Žižka de Trocnov (1360-1424) foi um dos mais importantes comandantes, na guerra civil da Boêmia, do movimento religioso hussita e sucessor do fundador Jan Hus (1369-1415), um pensador e reformador religioso tcheco. Ele iniciou um movimento religioso baseado nas ideias de John Wycliffe (1328-1384), um professor da Universidade de Oxford, teólogo e reformador religioso inglês, considerado precursor das reformas religiosas que aterrorizaram a Europa nos séculos XV e XVI com saques, pilhagens e conquistas. Trabalhou na primeira tradução da Bíblia para o idioma inglês, e devido a sua popularidade ficou reconhecida como a Bíblia de Wycliffe. Os seus seguidores tornaram-se reconhecidos como Hussitas. Os Hussitas resistiram a uma série de cruzadas lançadas contra a Boêmia e tiveram fôlego suficiente para realizar incursões na direção da Polônia e da Alemanha. Seus principais chefes militares foram Jan Žižka e Procópio, o Calvo (1380-1434). Apesar de sua crescente popularidade, a Igreja apressou-se politicamente em censurá-lo. Em 19 de fevereiro de 1377, Žižka é “intimado a apresentar-se diante do Bispo de Londres para explanar-lhe seus ensinamentos”. Compareceu acompanhado de vários amigos influentes e quatro monges foram seus advogados. Uma multidão aglomerou-se na igreja para apoiá-lo e houve animosidades com o bispo. Isto irritou ainda mais o clero e os ataques contra John Wycliffe se intensificaram, acusando-o de “blasfêmia, orgulho e heresia”. Enquanto Os partidos no Parlamento inglês pareciam convictos de que os monges poderiam ser melhor controlados na esfera religiosa se fossem aliviados de suas obrigações seculares.

Antropologicamente a humanidade sempre atravessa estágios em que: a) opressão da individualidade é o ponto de passagem obrigatório de seu livre desabrochar superior, em que a pura exterioridade das condições de vida se torna a “escola da interioridade”, b) em que a violência simbólica da modelagem produz uma acumulação de energia, destinada, em seguida, a gerar toda a especificidade pessoal. Do alto desse ideal abstrato é que, c) a individualidade plenamente desenvolvida, tais períodos parecerão, é claro, grosseiros e indignos. Mas, para dizer a verdade, além de semear os germes positivos do progresso humano vindouro, já é em si uma manifestação do espírito exercendo uma dominação organizadora sobre a matéria-prima das impressões flutuantes, uma aplicação das personalidades especificamente humanas, procurando-as fixar suas normas de vida - do modo mais brutal, exterior ou, mesmo, estúpido que seja -, em vez de recebê-las das simples forças da natureza externa ao homem.  A horda, representa uma estrutura social e militar histórica encontrada na estepe eurasiática “não protege mais a moça e rompe suas relações com ela, porque nenhuma contrapartida foi obtida por sua pessoa”.   

Os indivíduos vivem em relações num processo de cooperação, mas também de oposição, pois os conflitos são parte mesma da constituição da sociedade. É neste sentido que formam momentos de crise, um intervalo entre dois momentos de harmonia, vistos numa função positiva de superação das divergências. Fundamenta uma episteme em torno da ideia de movimento, da relação, da pluralidade, da inexorabilidade do conhecimento, de seu caráter construtivista, cuja dimensão central realça o fugidio, o fragmento e o imprevisto. Acreditamos que seu panteísmo estético, ancorado sob formas paradoxais de interpretação real, como episteme, no qual se entende que cada ponto, cada fragmento superficial e, portanto, passageiro, fugaz é passível de significado estético absoluto, de compreender o sentido total, os traços significativos, do fragmento à totalidade. O significado sociológico do “conflito”, em princípio, não foi contestado. Conflito ocorre por causar ou modificar grupos de interesse, unificações, organizações. Os fatores de dissociação entre pessoas e grupos, como ódio, inveja, necessidade, desejo, são as causas tanto sociais quanto psíquicas da condenação, que irrompe em função deles. O conflito é destinado a resolver dualismos divergentes, de obter um tipo de unidade, quer seja através da aniquilação de uma ou mais partes em litígio.

A realidade é “tudo o que existe”. Em sentido mais livre, o termo inclui tudo o que é, seja ou não perceptível, acessível ou entendido pela filosofia, ciência, arte ou qualquer outro sistema de análise. O real é tido como aquilo que existe fora ou dentro da mente. A ilusão quando existente é real e verdadeira em si mesma. Ela não nega sua natureza. Ela diz sim a si mesma. A realidade interna ao ser, seu mundo das ideias, imaginário, idealizado no sentido de tornar-se ideia, e ser ideia, pode - ou não - ser existente e real também no mundo externo. O que não nega a realidade da sua existência enquanto ente imaginário, idealizado. Quanto ao externo - o fato de poder ser percebido só pela mente - torna-se sinônimo de interpretação da realidade, de uma aproximação com a verdade. A relação íntima entre realidade e verdade, o modo em como a mente apreende a realidade, está no cerne da questão da imagem como representação sensível do objeto e da ideia do objeto como interpretação mental. Ter uma mente tranquila em meio à agitação e aos estímulos que estamos expostos na modernidade contemporânea não é uma atividade que pode parecer um luxo. Marx só pôde se tornar Marx fundando uma teoria da história e a distinção teórica entre ideologia e ciência e que em última análise essa fundação se tenha consumado na dissipação do que se chama “mito religioso da leitura”. 

Mas é possível afirmar que na cultura da história humana nosso presente corre o risco de aparecer um dia como que assinalado pela provação mais dramática e mais laboriosa possível. A descoberta e o aprendizado do sentido dos atos mais “simples” da existência: ver, escutar, falar, ler. Não é à psicologia que devemos estes conceitos perturbadores, mas a homens como Karl Marx, Friedrich Nietzsche e Sigmund Freud. Depois de Freud é que começamos a suspeitar do quer-dizer o escutar, e, portanto o falar (e o calar) e o que quer-dizer do falar e do escutar revela, sob a inocência do falar e do escutar, a profundidade de uma fala inteiramente diversa, a fala do inconsciente. Freud refere-se aos aspectos que compõem um estado instintivo humano e que acaba por se tornar inibido em prol da convivência em comunidade. A inibição destes aspectos sociológicos que são instintivos, consiste numa privação de características que são inatas aos homens. Esta própria privação consiste em determinados descontentamentos.

Vale lembrar a tese segundo a qual a corpolatria repesenta uma espécie de patologia da modernidade. Ela se caracteriza pelos “cuidados extremos com o corpo”, não exatamente no sentido da saúde ou, contrariamente, de presumida falta dela, como no caso da hipocondria, mas no sentido narcisístico de sua aparência diante de um espelho em que se torna obsedante, incapaz de satisfazer-se com ela, sempre achando que pode e deve aperfeiçoá-la. A corpolatria se manifesta “como exagero” no recurso às cirurgias plásticas, gastos excessivos com roupas e tratamentos estéticos, fisiculturismo, entendido como mera musculação, uso de anabolizantes, etc., como temos na relação fútil entre aqueles que enformam a classe média com relação ao consumo em geral de tudo aquilo que envolve o seu corpo. O globo ocular recebe este nome por ter a forma de um globo, que por sua vez fica acondicionado dentro de uma cavidade óssea e protegido pelas pálpebras. Possuem em seu exterior músculos que são responsáveis pelos movimentos oculares, e também três camadas concêntricas aderidas entre si com a função de visão, nutrição e proteção. A camada externa é constituída pela córnea e a esclera e serve para proteção. A camada vascular é formada pela íris, a coroide, o cório ou uvea, e o corpo ciliar a parte vascular. A camada interna é constituída pela retina que é a parte nervosa.

   Reconhecer a verdade é vê-la com os “olhos da alma”, ou, com os “olhos da inteligência” no sentido acadêmico. Assim como o Sol dá sua luz aos olhos e às coisas para que haja “mundo visível”, assim também a ideia suprema, a ideia de todas as ideias, o Bem (isto é, a perfeição em si mesma) dá à alma e às ideias sua bondade (sua perfeição) para que haja “mundo inteligível”. Assim como os olhos e as coisas participam da luz, assim também a alma e as ideias participam da bondade (ou perfeição) e é por isso que a alma pode conhecer as ideias. E assim como a visão é passividade e atividade do olho, assim também o conhecimento é passividade e atividade da alma: passividade, porque a alma precisa receber a ação das ideias para poder contemplá-las; atividade, porque essa recepção e contemplação constituem a própria natureza da alma. Assim como na treva não há visibilidade, assim também na ignorância não há verdade. A e a são para a alma o que a cegueira é para os olhos e a escuridão é para as coisas: são privações de visão e privação de conhecimento. A realidade significa o ajuste que fazemos entre a imagem e a ideia da coisa, entre verdade e verossimilhança. O problema da realidade é presente nas ciências e, com particular importância, nas ciências que têm como objeto de estudo o próprio homem: a antropologia e todas as disciplinas que nela estão implicadas: a filosofia, a psicologia, a semiologia e sociologia, além das técnicas e das artes visuais.

Na interpretação do real, enquanto verdade subjetiva ou crença, a realidade está sujeita ao campo das escolhas, isto é, determinado, por ser um fato social, ato ou uma “analítica”, algo adquirido a partir dos sentidos e do conhecimento adquirido. Dessa forma, a constituição das coisas e as nossas relações dependem de um intrincado contexto, que ao longo da existência cria a lente entre a aprendizagem e o desejo: o que vamos aceitar como fato real na vida social? A realidade é construída socialmente pelo sujeito consciente; ela não é dada pronta para ser descoberta.  A visão já não é então o fato social de uma pessoa individual, dotada da faculdade de “ver” a qual é exercida quer da atenção, quer da distração; a vista é o fato de suas condições estruturais, a vista é a relação de reflexão imanente do campo da problemática sobre seus objetos e seus problemas. A visão perde então seus privilégios religiosos da “leitura sagrada”: ela nada mais é que a reflexão da necessidade imanente que liga o objeto ou o problema às suas condições de existência, que têm a ver com as condições de sua produção. A rigor, não é mais o olho (olho do espírito) de uma pessoa que vê o que existe no campo definido por uma problemática teórica: é esse campo que se vê nos objetos ou nos problemas que ele define, sendo a visão apenas a reflexão do campo em seus objetos.  O drama real “À Primeira Vista” de Irwin Winkler baseado nas experiências contidas na interpretação de “Ver e Não Ver” do neurologista Oliver Wolf Sacks (1933-2015), autor extraordinário com reconhecimento literário de vários best-sellers, incluindo coleções de estudos de casos de pessoas com distúrbios neurológicos.

A imagem está associada a conhecimentos pretéritos adquiridos e concernentes ao objeto que ela de fato representa per se na vida cotidiana. Ela não apreende nada além daquilo que nós podemos extrair da realidade durante o trabalho de percepção. A imagem não se relaciona com o mundo em si, ela só depende do processo de como podemos descobrir algo sobre ela. Portanto, se existe uma possibilidade de se observar o objeto através da imaginação, mesmo assim essa possibilidade ainda não nos permite apreender nada de novo em relação ao objeto. A imagem, ato da consciência imaginante, é um elemento, identificado como o primeiro e incomunicável, como produto de uma atividade consciente atravessada de um extremo ao outro por uma corrente de “vontade criadora”. Trata-se, de dar-lhe à sua própria consciência um conteúdo de sentido imaginante, próximo da analogia weberiana da interpretação do estatuto da ciência que recria para si os objetos afetivos espontaneamente ao seu redor: ela é criativa.  Daí a importância social e afetiva de se compreender no campo da imagem, de sua produção, recepção, influência, de sua relação com o sonho, o devaneio, a criação e a ficção, a substituição das mediações complexas pelos meios de comunicação, posto que contenha em si uma possibilidade de violência, a partir da constituição do novo regime de ficcionalização do real que no mundo contemporâneo afeta, contamina e penetra a vida social.

A sociologia, não confunde a prática dos rituais com seu sentido. Ipso facto, admitimos o ponto de vista da análise abstrata, segundo o qual nem todos os especialistas concordam em admitir que as comunidades vegetais apresentam propriedades sociais. De fato, há requisitos da vida social entre os animais que são inconcebíveis em sua analogia no mundo vegetal. Reações ou relações baseadas na capacidade de locomoção, na plasticidade assegurada pelo sistema nervoso, na interdependência dinâmica produzida pela divisão social do trabalho, em tendências mais ou menos conscientes de comportamento, etc., não comportam condições de manifestação nas comunidades de plantas, por maior que seja o grau de sociabilidade inerente aos seus padrões de organização interna. Isso não impede que se reconheça que alguns tipos de relações comunitárias das plantas possuem valor social definido no amplo e diversificado mercado mundial de consumo de drogas. As dificuldades são de ordem descritiva. Raramente se assume um estado de espírito que lhe permita considerar a vida social, hic et nunc independentemente dos padrões mais complexos, que ela alcança a análise comparada entre os animais e os homens. Os índios Tupinambá historicamente obrigou-nos a alargar nosso conhecimento das sociedades ditas “primitivas”, para podermos compreender, descrever e explicar as estruturas e os dinamismos no âmbito das sociedades tribais. Descobrimos que nenhum sociólogo é capaz de realizar seu ofício, antes de percorrer as fases de uma de investigação completa, desde o início de sua formação à obtenção do doutorado, na qual transmite determinado método de análise, sua crítica e, em seguida, ao tratamento interpretativo próprio. Os que repudiam o estudo de comunidade, ou o estudo de caso com obstinação, ignoram esse lado pedagógico do treinamento pela pesquisa empírica sistemática.

O parlamento inglês teve origem após a província romana da Britânia. Em 1066, Guilherme I de Inglaterra trouxe para a Inglaterra um sistema feudal no qual era necessário um conselho para avaliar as leis que seriam instituídas. Em 1215, o Conselho já demonstrava o seu poder obrigando o Rei João a assinar a Magna Carta, limitando assim o poder dos monarcas. O atual parlamento teve origem em 1200 durante o reinado de Eduardo I de Inglaterra, neto de João, que convocou o parlamento várias vezes junto aos religiosos e burgueses com o objetivo de delimitar as respectivas leis. Os dois elementos chave na política do Reino Unido são a Coroa do Reino Unido e o próprio parlamento. Os membros do parlamento, composto por duas câmaras, não podem fazer parte das duas casas ou trocar de câmara arbitrariamente. Como cargo histórico, a Coroa ainda é muito poderosa e exerce poder sobre todas as outras câmaras e partidos podendo até dissolver as câmaras, criar novos tratados, declarar guerras ou nomear os presidentes das câmaras. O monarca também escolhe o primeiro-ministro, que em seguida terá poder sobre as câmaras. Os Lordes Espirituais eram os clérigos que representavam a Igreja da Inglaterra, mas foram dissolvidos durante o reino de Henrique VIII de Inglaterra. Todos os bispos diocesanos continuaram com lugar no parlamento, mas um novo tratado determinou que apenas 26 bispos ocupariam lugar no parlamento, estes são o Arcebispo da Cantuária, o Arcebispo de York, o Bispo de Londres, o Bispo de Durham e o Bispo de Winchester. Os outros 21 Lordes Espirituais são os mais altos bispos diocesanos, classificados por ordem de consagração. Os Lordes Temporais são todos membros da nobreza hereditários. Os direitos de lugares hereditários no parlamento têm origem em 1707. Dos cargos hereditários apenas 92 mantém seus lugares. Todas as leis que fazem parte da Constituição do Reino Unido devem ser aprovadas pelo parlamento.

Sophie Lowe nasceu em Sheffield, em 5 de junho de 1990. É a sexta cidade mais populosa da Inglaterra. Localizada no condado de South Yorkshire possui (2004) uma população de mais de 500 mil habitantes. É uma atriz e cantatriz australiana nascida na Inglaterra. Ela é reconhecida por seus papéis principais nas séries de televisão Once Upon a Time in Wonderland (2013), The Slap (2015) e The Returned (2015); e nos filmes Beautiful Kate (2009), Road Train (2010) e After the Dark (2014). Nascida na Inglaterra de Anne e Ian Lowe, e irmã mais nova de Sam Lowe, mudou-se com sua família para Austrália quando tinha dez anos. Seu interesse por atuação apareceu aos dezesseis anos após ela participar de uma produção musical no Ensino Secundário. Além disso, fez alguns trabalhos como modelo no início da adolescência onde teve um contrato com a Chadwick Models, mas parou para concentrar-se na dança. Foi a dança que a levou para o The McDonald College, em Sydney onde decidiu levar a atuação e interpretação mais a sério. Ela participou de alguns curtas-metragens e anúncios de televisão antes de se formar no colégio em 2008. Em 2009, apareceu como a personagem-título do longa-metragem Beautiful Kate, sendo esse seu primeiro papel de destaque. Seu desempenho foi elogiado pela crítica e ela foi indicada para um AFI de Best Lead Actress e um The Florida-Caribbean Cruise Association (FCCA) de Best Actress - Supporting Role. Atua, canta e escreve canções e também poesia. Atualmente reside principalmente na cidade de Los Angeles, no sul da Califórnia e também o centro da indústria de cinema e televisão do país. Perto do famoso letreiro de Hollywood, é possível conhecer os bastidores das produções nos estúdios Paramount Pictures, Universal e Warner Brothers.

           Trocnov, anteriormente Záluží, Zalluschi, em alemão, é uma vila no distrito de České Budějovice, que faz parte do município de Borovany. Está localizado a cerca de 3,5 km a oeste de Borovan. O núcleo da aldeia é um pequeno semirreboque com capela e várias quintas. A maioria deles é reconstruída hoje, não há escudos decorativos especiais. A partir do final do século XIV, pertenceu aos Rožmberks, o que é evidenciado por uma entrada no livro de execução de Rožmberk de 1409. A partir deste ano, é possível encontrar uma menção ao assassinato do pastor Václav Pitrúch, cujo assassino também era culpado de adultério com a esposa de Pitrúch. Mais tarde, o assentamento pertenceu ao arquidiácono de Český Krumlov. Entre 1850 e 1923, Záluží foi uma povoação de Radostice, uma comuna checa localizada na região de Morávia do Sul, distrito de Brno-Venkov. Desde 1975, Trocnov faz parte da cidade de Borovany. O local de nascimento de Jan Žižka fica a menos de 2 km da vila. Segundo a lenda, o general hussita nasceu no local atual do carvalho de Žižka no dvorce de Žižka, área atual do Memorial Jan Žižka de Trocnov. Em 1378, Žižek vendeu a propriedade aos Rožmberks. No final do século XV, o solar tornou-se propriedade dos agostinianos de Borovan, que construíram um pátio de mosteiro no século XVII. Na década de 1950, o edifício foi convertido em museu. Antes de 1949, o nome Trocnov referia-se apenas ao estaleiro, que ficava a Sudeste da aldeia.

Etimologicamente a variante mais antiga do nome Trucnov foi criada “encurtando o significado de Trucnův dvůr”, mas a origem da base da palavra não é clara. Nas fontes históricas, o nome aparece nas seguintes formas: Trucznow (1378), Trocznow (1378, 1384), em Trucnov (1441), z Trocnov (1484), Trocnov (1603) e Trocznow (1789). No entanto, a própria aldeia chamava-se Záluží, e o seu nome derivava da localização atrás de um rio. A trama fílmica é baseada em um conto da República Tcheca ainda do século XIV. A história acompanha o imperador Jan Žižka de Trocnov. O protagonista, é vivido por Ben Foster, rivaliza com outro rei, entrando em uma guerra “tipicamente medieval”. As gravações foram realizadas em Praga, capital Tcheca. Petr Jákl, nascido em 14 de setembro de 1973 é um extraordinário ator, diretor, produtor, ex-dublê e lutador de judô tcheco reconhecido por Ghoul, escreve e dirige a obra: Medievel. É encontrado em dicionários, também normalmente traduzido em obras de fantasia, é um ser semelhante a um demônio originário da religião árabe pré-islâmica associado a cemitérios e ao consumo de carne humana. Na ficcionalização (cf. Augé, 1997), o termo tem sido utilizado para um certo tipo de “monstro morto-vivo”. Na mitologia árabe, sua origem, representa um “monstro canibal” que habita debaixo da terra e outros lugares desabitados. O nome de origem da criatura é (غول) (ghūl), significando demônio. O mundo está em crise e passa por uma violenta transformação. O império romano-germânico está ruindo, a peste se alastra e a igreja católica está dividida. É no Grande Cisma do Ocidente que se dão os fatos históricos do filme Medieval, da Netflix dirigido por Petr Jákl (2022), com um elenco de rostos reconhecidos como Ben Foster, Michael Caine e Matthew Goode.

Petr Jákl nasceu em 14 de setembro de 1973 na República Tcheca e obteve um Mestrado na Faculdade de Educação Física e Esporte da Universidade Charles em Praga. A Universidade Carolina de Praga, em tcheco, Univerzita Karlova v Praze, foi fundada em 1348 pelo imperador romano-germânico Carlos IV. É a mais antiga universidade da Europa Central e a maior da República Tcheca, tendo sido estabelecida na capital do país, Praga. Desde a infância, Petr se dedicou ao esporte e se tornou o campeão da República Tcheca em judô 10 vezes. Sua carreira esportiva culminou durante os Jogos Olímpicos de Sydney em 2000, onde representou a República Tcheca. Nos Jogos Olímpicos de Verão de 2000 em Sydney, 46 eventos do atletismo foram realizados, sendo 24 masculinos e 22 femininos. Desde 1992, ele também atua na indústria cinematográfica. Ele começou como ator e dublê em filmes tchecos e depois foi “escalado para muitas grandes produções de Hollywood”. As filmagens com os diretores Luc Besson (Joan of Arc) e Rob Cohen (xXx) foram importantes pontos de virada em sua carreira cinematográfica, pois ambos ajudaram Petr a desenvolver ainda mais sua carreira de ator. Mais tarde, Petr começou a produzir, escrever e dirigir. Depois de seu thriller de estreia Kajínek, narra a história do mais controverso criminoso da República Tcheca, Jiří Kajínek. Já preso, sua advogada tenta libertá-lo a todo custo. Homens de ambos os lados da lei, no entanto, preferem que ele continue atrás das grades. Kajínek não se amedronta e planeja a própria fuga.

Foi o thriller tcheco de maior bilheteria da história, mas também dirigiu um filme de horror Ghoul, que foi ipso facto o “horror de maior bilheteria da história tcheca”. Este é apenas o segundo trabalho original da Netflix da Índia, depois do suspense policial Jogos Sagrados, que já está disponível na plataforma. Inclusive, uma das atrizes dessa produção é a principal estrela aqui: Radhika Apte, é uma atriz indiana. O seu primeiro papel de destaque foi no filme Antaheen de 2009. Seus outros trabalhos incluem o thriller Badlapur (2015), a comédia Hunterrr (2015) e o filme biográfico Manjhi: The Mountain Man (2015). Em 2018, Apte estrelou três produções da Netflix - o filme de antologia Lust Stories, a série de suspense Sacred Games, e a minissérie de terror Ghoul: Trama Demoníaca. Ela é casada com o músico britânico Benedict Taylor desde 2013. O filme que demonstra mais uma vez o seu talento para a atuação como uma militar promissora, está presente quando um importante prisioneiro é levado a uma instalação militar remota para interrogatório. Quando esse preso começa a confrontar seus algozes, expondo segredos e mentiras, das quais antes ela não tinha qualquer conhecimento, as coisas começam a entrar num vértice de loucura e confusão. Quanto ao elemento de horror da série, talvez a definição tradicional de “Ghoul” possa abrir espaço e dar uma pista do que esperar: um demônio maligno, originário da lenda muçulmana, que supostamente ataca cemitérios para roubar cadáveres e se alimentar da carne de seres humanos. Em 2022, seu filme Medieval com Michael Caine e Ben Foster foi distribuído mundialmente.

Em tela, a história de um dos maiores comandantes de todos os tempos: Jan Žižka. Do árabe, o termo الغول, “al-ghūl”, significa “o Ghoul” e seu nome feminino é ghouleh, enquanto o plural é “ghilan”. Ghoul então é o nome de um demônio habitante de desertos que assalta túmulos, bebe sangue, rouba moedas e come cadáveres. A literatura popular mais antiga que faz referência ao Ghoul é a reconhecida obra As Mil e Uma Noites. São histórias e contos populares originárias do Médio Oriente e do sul da Ásia compiladas em língua árabe a partir do século IX. No mundo moderno ocidental, a obra passou a ser amplamente reconhecida a partir de uma tradução para o francês realizada em 1704 pelo orientalista Antoine Galland (cf. Fantappie, 2008; Wycliffe, 2018), transformando-se do ponto de vista do consumo num clássico da literatura mundial. As histórias míticas que compõem os volumes sobre as Mil e Uma Noites têm várias origens e significados incluindo o folclore indiano, persa e árabe. Não existe versão definitiva da obra, pois os antigos manuscritos árabes diferem no número e no conjunto de contos.

O que é invariável nas distintas versões, é que os contos estão organizados tendo como objetivo representar a série de histórias em cadeia narrados por Xerazade, esposa do rei Xariar. Este rei, louco por haver sido traído por sua primeira esposa, desposa uma noiva diferente todas as noites, mandando matá-las na manhã. Xerazade consegue escapar a esse destino pragmático e cruento “contando histórias maravilhosas sobre diversos temas que captam a curiosidade do rei”. Ao amanhecer, Xerazade interrompe cada conto para continuá-lo na noite seguinte, o que a mantém viva ao longo de várias noites - as Mil e Uma Noites do título - ao fim das quais o rei já se arrependeu de seu comportamento e desistiu de executá-la. Galland nasceu na Picardia de uma família camponesa humilde. Bom estudante, entrou em 1661 no Colégio de Plessis, em Paris, onde aprendeu a língua árabe. Em 1670 tornou-se secretário de Charles Marie François Olier, de título nobiliárquico de Marquês de Nointel (1635-1685), um embaixador do rei Luís XIV (1638-1715) junto ao Império Otomano. Um título nobiliárquico ou título de nobreza é privilégio legal concedido à nobreza europeia desde a Antiguidade a pessoas que assim passavam a fazer parte devido a acordos, negócios etc. da nobreza. Tais títulos foram criados com o intuito de estabelecer uma relação social de vassalagem e subserviência entre o titular detentor do título e o monarca, sendo alguns deles de fato hereditários.

Nessa condição visitou Constantinopla, Grécia, Síria e Palestina, colecionando manuscritos e outros objetos. Sua última viagem ao Oriente ocorreu no período entre 1678 e 1688. De volta à França, Galland passou a ser assistente do orientalista Barthélemy d`Herbelot (1625-95), publicando sua monumental Bibliothéque Orientale em 1697, após a morte do mestre. O final do século XVII foi uma época de grande interesse do público francês e europeu pelas histórias de contos de fadas de escritores como Charles Perrault e Marie-Catherine d`Aulnoy. Neste contexto, Galland traduziu manuscritos árabes com histórias maravilhosas que havia trazido do Oriente. O primeiro foi o conto das viagens do marinheiro Simbad, publicado em 1701, originário de um manuscrito avulso. Em 1704 começou a publicar os volumes do que seria sua maior obra, As Mil e Uma Noites, baseado num manuscrito sírio do século XIV. Até 1706 já havia publicado seis volumes, que alcançaram grande popularidade. Galland tomou várias liberdades artísticas na redação das Noites. Por exemplo, As Viagens de Simbad, originalmente um conto avulso, acabou sendo incluído nas Noites. O mesmo ocorreu com algumas histórias que escutou de Hanna Diab, um contista sírio, como Aladim e a Lâmpada Maravilhosa e Ali Babá e os Quarenta Ladrões: apesar de não existirem em nenhum manuscrito antigo das Noites, foram também incorporadas por Galland em sua obra. O escritor modificou parte do estilo da narrativa, as falas das personagens e outros aspectos para adaptá-los ao público europeu. Apesar das críticas que recebeu de escritores e estudiosos posteriores, sua versão das Noites é a mais célebre e tornou-se um dos fundamentos da literatura ocidental.

            Ele nasceu em uma família nobre de Řehoř e Jana (Gregor e Johannine). E não tinha mais de 12 anos quando sofreu um grave ferimento com uma espada, perdeu o olho esquerdo e metade do rosto ficou desfigurado por uma longa cicatriz desde então. Ele se casou com uma jovem Katerina de Čeřejov (Tcheca Kateřina z Čeřejova). A partir de indicações dos livros de execução de Rožmberk e Jihlava, é aparentemente óbvio que durante os anos 1406-1409 ele foi ativo em uma irmandade de ladrões de estrada de um certo Mateus, que foi enforcado em České Budějovice em 1409, e que liderou uma guerra prejudicial contra o povo de Rožmberk. Mas no final desse período ele passou para o lado deles, porque em julho de 1409 o rei Venceslau IV que foi rei da Boêmia da casa de Luxemburgo, governou entre 1363 e 1419. O seu governo foi antecedido por Carlos IV de Luxemburgo e foi sucedido por Sigismundo, Sacro Imperador Romano-Germânico. Ele emitiu um documento de perdão, no qual lhe perdoa todo o mal que cometeu contra a Coroa e o rei. No ano de 1410 Žižka participou de uma campanha militar para a Polônia, onde participou da derrota da ordem dos Cavaleiros Teutônicos na batalha de Grunwald, também reconhecida como Primeira Batalha de Tannenberg, ocorrida em 15 de julho de 1410, opondo os exércitos Polaco-Lituano e seus aliados, aos exércitos da Ordem dos Cavaleiros Teutônicos. Foi a batalha que decidiu o desfecho das Guerras Polaco/Lituano-Teutónicas (1409-1411), e uma das maiores das que tiveram lugar na Europa medieval. 

A Batalha de Grunwald ou Batalha de Tannenberg ocorreu em 15 de julho de 1410, entre o Reino da Polônia, o Grão-Ducado da Lituânia e seus aliados de um lado, e os Cavaleiros da Ordem Teutônica do outro. Foi a batalha decisiva da Guerra Polaco-Lituana-Teutônica (1409-1411) e uma das maiores batalhas da Europa medieval. No verão de 1410, um exército liderado pelo rei Jagiellon e pelo grão-duque Witold da Lituânia avançou sobre Marienberg, a capital dos Cavaleiros Teutônicos. O nome provém de Jogaila (Jagiełło), depois Ladislau II, o primeiro rei polonês da dinastia. Membros da dinastia eram grão-duques da Lituânia (1377-1392 e 1440-1572), reis da Polônia (1386-1572), reis da Hungria (1440-1444 e 1490-1526), e reis da Boêmia (1471-1526). A família era um ramo da dinastia lituana Gediminaičių. Jogaila, Grão-Duque da Lituânia e fundador da dinastia na Polônia, tornou-se rei da Polônia como Ladislau II após converter-se ao Cristianismo e casar-se com Santa Edviges da Polônia, segundo as regras da dinastia angevina da Polônia. Pode-se dizer que a dinastia piasta (962-1370) tenha sido encerrada com a morte de Casimiro III, embora Edviges ainda pertencesse à linhagem dos Piastes. A união dinástica entre os Polônia e Lituânia - que só se converteu em união administrativa plena em 1569 - é a razão para o título comum “Polônia-Lituânia” quando se refere àquela região, da Baixa Idade Média em diante. Um jaguelônico governou brevemente a Polônia e a Hungria (1440-44) e dois outros governaram a Boêmia e a Hungria (1490-1526). Estes enfrentaram os invasores entre as aldeias de Grunwald, Tannenberg e Łodwigowo no que era território da Ordem e agora faz parte da Polônia.

Embora em menor número, os Cavaleiros estavam confiantes na força disciplinada da cavalaria couraçada. O exército polaco-lituano se alinhou com a cavalaria pesada polonesa à esquerda e a cavalaria leve lituana à direita. Aparentemente, eles se juntaram a escaramuçadores tártaros comandados por um ex-cã da Horda Dourada e guerreiros boêmios sob o líder hussita Jan Žižka. Após horas de luta feroz, o Grão-Mestre von Jungingen liderou uma força de cavaleiros que ele havia mantido em reserva em uma investida contra os poloneses na esperança de matar o rei polonês, mas ele foi morto por uma lança atravessada na garganta. A carga falhou e o exército da Ordem quebrou. Alguns cavaleiros fugiram para bosques e pântanos, outros recuaram para a vila de Grunwald, onde organizaram uma defesa de carroças amarradas com correntes. A defesa foi quebrada e o povo da aldeia se juntou à matança. Os Cavaleiros mantiveram sua fortaleza de Marienburg, mas muitos castelos prussianos se renderam aos poloneses e lituanos. Para fazer a paz, em 1411, a “Ordem teve que pagar uma indenização”. A vitória polonesa-lituana marcou o declínio dos Cavaleiros Teutônicos como potência militar e a batalha foi classificada dentre as mais importantes da história polonesa. Sob a liderança de Gêngis Khan (1206-1227), o Império Mongol deu início à maior máquina militar de guerra do mundo medieval. Expandindo-se da Coreia ao Mar Cáspio no reinado de Gêngis, seus filhos e netos levariam o Império Mongol ao seu apogeu, criando “o maior império terrestre contíguo que o mundo já viu”. De acordo com a tradição mongol, Gêngis dividiu o seu império em apanágios para cada um dos seus quatro filhos.

O primeiro filho de Gêngis, Jochi, recebeu as terras mais distantes da Mongólia, aquelas ao redor dos Montes Urais e mais além. Coube ao filho de Jochi, Batu Khan (1227-1255), consolidar essas futuras conquistas e estabelecer o que seria conhecido como a Horda Dourada. Ögedei Khan (1229-1241), filho de Gêngis e tio de Batu, ordenou uma massiva campanha mongol no Leste, através dos Montes Urais, para conquistar a Europa. Em 1236, a horda mongol desceu o vale do Rio Volga. Nada podia resistir ao poder bélico mongol, haja vista que os búlgaros do Volga caíram em 1237, seguidos pelas principais cidades russas de Vladimir-Susdália, Kiev e Halych entre 1238 e 1240. Apenas a cidade de Novgorod, bem mais ao Norte, escapou do massacre mongol. Os mongóis nunca mais se aventurariam em lugares tão distantes como o Adriático, mas a Horda Dourada continuaria tendo uma presença significativa na Europa pelos próximos dois séculos. Exercendo o papel de um criador de reis após a morte de Güyük Khan em 1248, Batu estabeleceu as bases para a continuidade do governo da sua família sobre a porção pertencente à Horda Dourada, no Império Mongol. Batu instalou uma capital em Sarai, perto do Volga, e introduziu um padrão de tributos oriundo dos príncipes russos que se tornaria uma marca da Horda Dourada. De fato, um dos potenciais origens do nome Horda Dourada é de que a cor derivava da esplêndida tenda dourada de Batu. No entanto, a cor dourada era associada à família de Gêngis e ao centro no sistema de cores mongol para os pontos cardeais; portanto, essas também poderiam ser potenciais origens.

A derrota dos exércitos dos Cavaleiros Teutónicos nesta batalha fez com que a Ordem não mais lograsse recuperar a sua influência na região. Nos anos 1411-1412 serviu como “porteiro” na corte real de Praga. Naquela época, o magistrado Jan Hus ainda pregava na capela de Belém e Žižka tornou-se seu ardente ouvinte. Em 30 de julho de 1419, participou da defenestração na Câmara Municipal Nova. No mesmo ano ele parte com mais Hussitas radicais para Plzeň, cidade de fundação datada do ano 1295, pelo rei Venceslau II. A cidade de Plzeň tem um centro histórico onde destaca-se a catedral gótica de São Bartolomeu, na Praça da República, centro da cidade. A Grande Sinagoga de Plzeň situa-se próximo, construída no estilo neorromânico combinado com elementos da arquitetura neomourisca, a segunda maior sinagoga na Europa. Em março foi forçado a retirar-se da católica Plzeň e refugiou-se na recém-instalada cidade de Tábor. Foi batizada com esse nome em homenagem ao Monte Tabor, tido como o local da “Transfiguração de Cristo”; o nome, no entanto, popularizou-se, e tem o significado, em tcheco, de “acampamento” ou “campo”. A cidade foi fundada na primavera de 1420, por Petr Hromádka, de Jistebnice, e Jan Bydlínský, de Bydlín, membros da ala mais radical dos hussitas, que ficaram conhecidos como taboritas. A cidade tornou-se icônica, depois dos anos que floresceu como uma comuna camponesa igualitária; este espírito foi celebrado a “Canção da Liberdade”, do compositor tcheco Bedřich Smetana, que se tornou famosa no mundo anglófono depois da gravação em tcheco e inglês por Paul Robeson.

A parte histórica da cidade situa-se no topo de um monte isolado, que está separado do território ao seu redor pelo rio Lužnice, e por um lago extenso, aos quais os hussitas deram o nome bíblico de Jordão. O lago tem 53 hectares de tamanho, e costuma ser usado por banhistas, especialmente durante os meses quentes do verão. A importância histórica da cidade só diminuiu quando ela foi capturada pelo rei Jorge de Poděbrady, em 1452. Embora a maior parte das fortificações antigas tenham sido demolidas ao longo do tempo, Tábor ou Hradiště Hory Tábor, o castelo do Monte Tábor, como era chamada no período hussita, ainda preserva diversos memoriais à sua fama passada. No centro da cidade está a Praça Žižka, onde desembocam ruas estreitas, o que tornava a invasão de inimigos difícil, em períodos de guerra. A cidade conta com um engenhoso labirinto de túneis sob as casas e ruas; os quais os habitantes costumavam escavar porões sob suas casas, que acabaram sendo interligados. Uma seção de um quilômetro dos sistemas de túneis está aberta ao público. No centro da praça está a estátua de Jan Žižka, um dos maiores líderes hussitas. Também na praça está a Igreja da Conversão do Senhor no Monte Tabor, construída em 1516 no estilo do renascimento boêmio, e a prefeitura da cidade, ao lado de um museu que contém memoriais interessantes do período hussita, tais como carroças que serviam como carros de batalha. Boa parte das fortificações antigas, e a antiga torre Kotnov e o portão de Bechyně, próximo a ela resistiram nestes séculos.

            É importante salientar que, neste período histórico, desenrolava-se a chamada Guerra dos Cem Anos uma série de conflitos travados entre os reinos da Inglaterra e da França durante o final da Idade Média. Originou-se de reivindicações inglesas ao trono francês entre a Casa Real Inglesa de Plantageneta e a Casa Real Francesa de Valois. Com o tempo, a guerra se transformou em uma luta de poder mais ampla envolvendo facções de toda a Europa Ocidental, alimentada pelo nacionalismo emergente de ambos os lados. Na Inglaterra tudo que era identificado como francês era visto como inimigo e nessa visão se incluiu a Igreja, pois havia transferido sua sede de Roma para Avinhão, na França. A elite inglesa formada pela realeza, parlamento e nobreza, reagia à ideia de enviar dinheiro aos papas, pois era uma atitude vista como ajuda ao sustento do próprio inimigo. Neste ambiente hostil beligerante à França e à Igreja, um teólogo como John Wycliffe desfrutou quase imediatamente de grande apoio, não apenas político, como de popularidade, despertando historicamente o nacionalismo inglês. Em 22 de maio de 1377, o Papa Gregório XI (1331-1378), que em janeiro havia abandonado Avinhão para retornar à sede da Igreja a Roma, expediu uma bula contra Wycliffe, declarando que suas 18 teses eram errôneas e perigosas para a Igreja em sua relação com o Estado. O apoio de que Wycliffe desfrutava na corte e no parlamento “tornaram a bula sem efeito prático, pois era geral a opinião de que a Igreja estava exaurindo os cofres ingleses”.

            Embora o procedimento inquisitorial como um meio para combater a heresia fosse uma prática antiga da Igreja Católica, a prática foi apoiada oficialmente pela Santa Sé a partir de 1184, com a publicação da bula Ad abolendam, do Papa Lúcio III, em resposta ao crescimento da heresia cátara no sul da França e nas cidades do norte italiano. É chamada de episcopal porque era administrada por bispos, que em latim é episcopus. Foi o embrião do qual surgiria o Tribunal da Inquisição e do Santo Oficio. O castigo físico dos hereges foi designado para os leigos. Por esta bula, os bispos foram historicamente obrigados a intervir ativamente para erradicar a heresia e foi dado “o poder de julgar e condenar os hereges em sua diocese”. Todas as inquisições medievais importantes foram descentralizadas. As autoridades descansaram com as autoridades locais com base em orientações da Santa Sé, mas não havia nenhuma autoridade central executando as inquisições, como seria o caso das inquisições pós-medievais. Há tipos diferentes de inquisições, dependendo da localização espacial e métodos; historiadores têm geralmente classificadas de Inquisição Episcopal e Inquisição papal.

Os papas, durante algum tempo, tiveram que frear o impulso crescente dos heréticos. Porém finalmente no Terceiro Concílo de Latrão (1179) incitaram os príncipes a aplicar as sanções penais contra os hereges. De início, tentou liquidar o problema militarmente, quando em 1208, o papa Inocêncio III apelou à Cruzada albigense, convocando os príncipes cristãos e garantindo aos que dela participassem os mesmos benefícios espirituais e temporais ligados à Cruzada de libertação da Terra Santa. Terminou pela vitória dos cruzados, que logo se apoderaram dos territórios dos albigenses e dos senhores feudais que os protegiam. Mas o resultado não foi o esperado pelo papa, pois a heresia continuou a progredir. Como resultado, “o papa recorreu à pressão judicial, estabelecendo a Inquisição”. Essa instituição apareceu primeiro em 1203, quando Inocêncio III mandou juízes papais especiais inquirirem casos de heresia em certos locais em que os tribunais dos bispos pareciam incapazes de colocar-se à altura de sua rápida difusão. Essas novas cortes mostraram-se muito mais eficazes do que os tribunais episcopais efetivos e, em consequência, em 1229, foram transformadas em instituição permanente para o fim específico de lidar com a heresia.

O Quarto Concílio de Latrão (1225) codificou as leis existentes e urgiu a eficácia simbólica do seu cumprimento. Em 1230, o Papa Gregório IX, respondeu às falhas da inquisição episcopal com uma série de bulas papais que se transformaram na Inquisição papal, que foi composta por profissionais especificamente preparados para essa tarefa. Os indivíduos foram escolhidos de diferentes ordens e do clero secular, mas principalmente vieram da Ordem Dominicana. Os dominicanos foram favorecidos pela sua história de anti-heresia. Como mendicantes, eles estavam acostumados a viajar. Ao contrário dos métodos do acaso episcopal, a Inquisição papal foi aprofundada, sistemática, mantendo registros detalhados. Alguns documentos da Idade Média, envolvendo discurso na primeira pessoa por camponeses vêm registros da inquisição papal. O papa Gregório IX em 1231 aceitou para toda a Igreja a constituição de Frederico II (1224) pela que se impunha a pena de morte aos hereges e formou o tribunal da Inquisição do qual foi encarregada a ordem dos dominicanos. Em 1252, o Papa Inocêncio IV bula Ad extirpanda autorizou o uso de tortura para extrair confissões de prisioneiros. Recomenda-se que os torturadores não excedam a mutilar o acusado ou denunciado. As penas eram variadas. Aqueles que se recusavam a abjurar, hereges relapsos foram entregues ao braço secular para a execução da pena de morte. Na Espanha só existiu no reino de Aragão.

Mas destacou-se como obra de Nicolas Eymerich (1320-1399), como Directorium inquisitorum, manual da Inquisição medieval. O Malleus Maleficarum, que foi publicado em 1486, mais tarde do que foi a Era da Inquisição dos tempos dos cátaros e albigenses. No norte da Europa a Inquisição foi um pouco mais suave: nos países escandinavos que tinham praticamente nenhum impacto até que a Inquisição Espanhola, quando os reis espanhóis utilizavam para matar muitos que não concordam com a coroa espanhola. Existiu no reino de Aragão, durante este período, mas não no resto da Península Ibérica. A Inquisição nunca foi instituída na Inglaterra, mas Cristóvão Colombo (1451-1506) levou-a consigo para o chamado Novo Mundo. A disseminação dos movimentos heréticos do século XII, pode ser vista, pelo menos em parte, como uma reação à crescente “corrupção moral do clero, que inclui subornos para casamentos ilegais e posse de riqueza extrema”. Na Idade Média, o escopo principal da Inquisição era erradicar essas novas seitas. Assim, seu raio de ação foi definido predominantemente na Itália e na França, onde as seitas, como se tinha estabelecido. Os dois principais movimentos heréticos da época eram reconhecidos como os cátaros e os valdenses. Os primeiros foram na maior parte no Sul da França, em cidades como Toulouse. Parecem ter sido originalmente fundadas por alguns soldados da Segunda Cruzada, que, no seu caminho de volta, foram convertidos por uma seita búlgara, o Bogomilos. A principal heresia dos cátaros, entretanto, era sua crença no dualismo: “o Deus do mal criou o mundo materialista e o Deus bom criou o mundo espiritual”.

Os valdenses foram principalmente na Alemanha e na Itália do Norte. Em contraste com os cátaros e em sintonia com a Igreja, eles acreditavam em um só Deus, mas não reconheciam o sacerdócio, nem a veneração que para eles não é sinônimo de culto de santos e mártires, que faziam parte da ortodoxia da Igreja. As queixas das duas principais ordens do período, articulada em torno dos dominicanos e dos franciscanos, contra a corrupção moral da Igreja, em certa medida, ecoaram dos movimentos heréticos, mas eram doutrinariamente convencionais, e foram convocados pelo Papa Inocêncio III (1161-1216) contra as heresias. Como resultado, muitos franciscanos e dominicanos foram inquisidores. Robert le Bougre (1173-1239), o “Martelo dos Hereges” (Malleus haereticorum), considerado “premier inquisiteur général en France”, foi frade dominicano que se tornou um inquisidor reconhecido por sua crueldade e violência. Outro exemplo veio da província de Veneza, que foi entregue aos inquisidores franciscanos, que rapidamente se tornou famosa por suas fraudes contra a Igreja, “enriquecendo-se com os bens confiscados dos hereges e a venda de absolvições”. Por causa de sua corrupção, eles foram forçados pelo papa para suspender as suas atividades religiosas em 1302.

            A Guerra dos Cem Anos representou um dos conflitos mais significativos da Idade Média. Durante 116 anos, interrompidos por várias tréguas, cinco gerações de reis de duas dinastias rivais lutaram pelo trono do maior reino da Europa Ocidental. O efeito político da guerra na história europeia foi duradouro. Ambos os lados produziram inovações em tecnologia e táticas militares, incluindo exércitos permanentes profissionais e artilharia, que mudaram permanentemente a guerra na Europa. Mas a cavalaria, que atingiu seu auge durante o conflito, posteriormente declinou. Identidades nacionais mais fortes criaram raízes em ambos países, que se tornaram mais centralizados e gradualmente ascenderam como potências globais. Para fins de definição geográfica, de censo, econômico, de soberania e muitos outros, torna-se necessário nomear as extensões territoriais e urbanas; desde muito cedo a Humanidade se dedicou a fazer isso. Província equivale também aos estados em alguns outros países. Vem do Latim provincia, “território sob o domínio romano”, dado como resultante de pro-, “à frente”, mais vincere, “vencer”. E isto era coisa que eles gostavam de fazer, embora nem sempre conseguissem. País, do Latim pagus, “distrito rural”, originalmente “área demarcada”, relacionada com pangere, “apertar, colocar no lugar”, que veio do Indo-Europeu pag-, “colocar no lugar, unir, tornar firme”. Reino, do Latim regnum, “reinado”, a estrutura de poder dirigida por um rei, do Latim rex.  E esta, por sua vez, é derivada do Indo-Europeu reg-, “mover-se em linha reta”, daí “dirigir, guiar, comandar, reger”. O termo “Guerra dos Cem Anos” foi adotado por historiadores como periodização historiográfica para abranger conflitos relacionados, construindo o conflito militar considerado o mais longo da história europeia. 

A guerra é comumente dividida abstratamente em três fases separadas por tréguas: a Guerra Eduardiana (1337-1360), Guerra Carolina (1369-1389) e a Guerra Lancastriana (1415-1453). Cada lado atraiu muitos aliados para o conflito, com as forças inglesas inicialmente prevalecendo; a Casa de Valois finalmente manteve o controle sobre a França, com as monarquias tanto francesas e inglesas anteriormente entrelaçadas permanecendo separadas. As causas profundas do conflito podem ser atribuídas à crise da Europa do século XIV. O cerco de Calais no período de 4 de setembro de 1346 a 3 de agosto de 1347, ocorreu na conclusão da campanha de Crécy, quando um exército inglês sob o comando do rei Eduardo III da Inglaterra sitiou com sucesso a cidade francesa de Calais durante a fase eduardiana dos Cem Anos Guerra. O exército inglês em torno de 10.000 homens havia desembarcado no Norte da Normandia em 12 de julho de 1346. O chevauchée de Lancaster de 1346 foi uma sequência de ataques comandados por Henrique, conde de Lancaster, no sudoeste da França no decorrer do outono de 1346, como parte da Guerra dos Cem Anos. O ano havia iniciado com um grande] exército francês sob o comando de João, duque da Normandia, filho e herdeiro do rei Filipe VI, sitiando a cidade estrategicamente importante de Aiguillon, na Gasconha. Lancaster recusou a batalha e assediou as linhas de suprimentos francesas, evitando que Aiguillon fosse bloqueado. Após um sitio de cinco meses, os franceses receberam ordens para enfrentar o principal exército inglês, que em 12 de julho desembarcou na Normandia sob Eduardo III da Inglaterra e iniciou a campanha de Crécy. Eles embarcaram em um ataque em grande escala, ou chevauchée, devastando partes do Norte da França. Em 26 de agosto de 1346, lutando no terreno de sua própria escolha, os ingleses infligiram uma pesada derrota a um grande exército francês liderado por seu rei Filipe VI na Batalha de Crécy. Uma semana depois, eles investiram no porto bem fortificado de Calais, que tinha uma forte guarnição de soldados sob o comando de Jean de Vienne (1341-1396). As principais consequências políticas da Guerra dos Cem Anos foram o desenvolvimento de um sentimento de identidade nacional profundo, dos dois lados, que contribuiu para a formação da Inglaterra e da França como passamos a reconhecê-las.

Jean de Vienne nasceu em Dole, onde hoje é Franche-Comté. Como um nobre, ele começou sua carreira militar aos 19 anos, e foi feito cavaleiro aos 21. Em 1366-1367 ele participou de uma cruzada da Saboia liderada por Amadeu VI de Saboia contra a Bulgária. Aos 24 anos, de Vienne foi feito capitão-general do Franche-Comté. Em 1373, Carlos V o nomeou Almirante de França. Trabalhando com determinação, de Vienne reorganizou a marinha, iniciou um importante programa de construção, criou uma guarda costeira eficaz, uma polícia de navegação, organizou vigilâncias ao longo das costas e atribuiu licenças para construção e venda de navios. Jean de Vienne foi um dos primeiros a entender que somente por meio de operações navais poderiam ser causados ​​sérios danos à Inglaterra. Para este fim, ele pediu forte apoio da monarquia francesa e realizou várias expedições a Wight e aos portos do sul da Inglaterra. Entre 1381 e 1385, de Vienne lutou contra os flamengos, principalmente durante a Batalha de Roosebeke. Em busca de seu sonho de ameaçar os ingleses em casa, em 1385 ele usou uma frota de 180 navios para desembarcar um exército na Escócia com a intenção de invadir a Inglaterra, mas a força teve que se retirar. Depois que Carlos VI sucedeu seu pai Carlos V ao trono da França, a marinha foi autorizada a decair, já que Carlos VI não compartilhava a preocupação de seu pai com assuntos navais. Desapontado, de Vienne participou da Cruzada Bárbara e juntou-se à cruzada do rei Sigismundo da Hungria contra os turcos. Ele foi morto durante a Batalha de Nicópolis, na Bulgária. Eduardo fez várias tentativas malsucedidas de romper as paredes ou de tomar a cidade de assalto, seja por terra ou pelo mar. Durante o inverno e a primavera, os franceses conseguiram fornecer suprimentos e reforços por mar, mas no final de abril os ingleses estabeleceram uma fortificação que lhes permitiu comandar a entrada do porto e interromper o fluxo de suprimentos. Em 25 de junho, Jean de Vienne escreveu a Philip declarando que sua comida havia acabado. Em 17 de julho, Filipe marchou para o norte com um exército estimado em 15.000 a 20.000 homens.

Confrontado com uma força inglesa e flamenga bem entrincheirada de mais de 50.000, ele se retirou. Em 3 de agosto, Calais capitulou. Forneceu aos ingleses um alojamento estratégico importante para o restante da Guerra dos Cem Anos e além. O porto não foi recapturado pelos franceses até 1558. Desde a conquista normanda de 1066, os monarcas ingleses possuíam títulos e terras na França, cuja posse os tornava vassalos dos reis da França. O status dos feudos franceses do rei inglês foi uma das principais fontes de conflito entre as duas monarquias durante a Idade Média. Os monarcas franceses procuraram sistematicamente controlar o crescimento do poder inglês, despojando terras conforme surgia a oportunidade. Ao longo dos séculos, as propriedades inglesas na França tinham variado em tamanho, mas em 1337 apenas a Gasconha no sudoeste da França foi deixada. Os gascões preferiam seu relacionamento com um rei inglês distante que os deixava em paz, a um relacionamento com um rei francês que interferiria em seus negócios. Após uma série de desacordos entre Filipe VI da França (1328-1350) e Eduardo III da Inglaterra (1327-1377), em 24 de maio de 1337 o Grande Conselho de Filipe em Paris concordou que Gasconha e Ponthieu deveria ser devolvido às mãos de Philip com o fundamento de que Eduardo violou suas obrigações como vassalo. Isso marcou o início da Guerra dos Cem Anos, que duraria 116 anos. Embora a Gasconha tenha sido a causa da guerra, Eduardo foi capaz de poupar poucos recursos para ela; sempre que um exército inglês fazia campanha no continente, operava no Norte da França. Em 1346 levantou um exército na Inglaterra e a maior frota já reunida pelos ingleses até aquela data, 747 navios. A frota pousou em 12 de julho em St. Vaast la Hogue, a 20 milhas (32 km) de Cherbourg.

Os historiadores modernos estimam que o exército inglês tinha cerca de 10.000 homens e consistia em soldados ingleses e galeses e um pequeno número de mercenários e aliados alemães e bretões. Os ingleses alcançaram surpresa estratégica completa e marcharam para o Sul. A eclosão da guerra foi motivada por um aumento gradual da tensão entre os reis da França e da Inglaterra sobre o território. Contudo, o pretexto oficial foi a questão que surgiu por causa da interrupção da linhagem masculina direta da dinastia capetiana. As tensões entre as coroas francesa e inglesa remontavam séculos às origens da família real inglesa, que era de origem francesa, normanda e, mais tarde, angevina, por causa de Guilherme, o Conquistador, o duque normando que se tornou rei da Inglaterra em 1066. Os monarcas ingleses, portanto, historicamente detinham títulos e terras na França, o que os tornava vassalos dos reis da França. O status dos feudos franceses do rei inglês foi uma importante fonte de conflito econômico entre as duas monarquias no decorrer da Idade Média. Os monarcas franceses procuraram sistematicamente controlar o crescimento do poder inglês, despojando terras à medida que surgia a oportunidade, em que a Inglaterra estava em guerra contra a Escócia, aliada da França. As propriedades inglesas na França variavam em tamanho, em alguns pontos superando até mesmo o Domínio Real Francês; em 1337, no entanto, apenas a Gasconha era inglesa.

A dinastia capetiana, também chamada dinastia “rebelada”, foi uma dinastia real que governou a França durante mais de 300 anos. O nome vem da alcunha do fundador, Hugo, duque dos francos. Como se tratava do mais importante vassalo do rei Luís V de França, Hugo conseguiu fazer-se eleger rei quando da morte de Luís, em 987. Hugo Capeto era também primo de Luís V e descendente da dinastia carolíngia reinante, como neto do rei Roberto I de França. Hugo também era descendente de Carlos Magno, através de Pepino de Itália. Os Capetianos tradicionalmente formam a terceira dinastia dos reis da França, também chamada de “terceira raça”, após os merovíngios e os carolíngios. Eles também governam outros estados europeus per se Portugal, Borgonha, Nápoles, Espanha, Hungria, Polônia, Luxemburgo, e outros e o mundo, como os Courtenay que foram imperadores de Constantinopla. Além disso, com apenas um grau de descendência feminina, quase todas as dinastias principescas europeias são capetianas. A posição de Hugo Capeto não era muito forte. Governava diretamente grande parte da França, com a capital em Paris, mas muitos dos seus vassalos como os duques da Normandia, Borgonha e Aquitânia, eram quase tão poderosos quanto ele. Contudo, nenhum dos vassalos, isolado, dispunha da virtù e fortuna para derrubá-lo, nem para se aliarem uns aos outros. Hugo Capeto assegurou-se da sucessão com um truque, fazendo coroar o filho, antes de morrer, prática que durou dois séculos e contribuiu para estabilidade da França.

Os antropólogos colonialistas do século XVI, após os europeus terem notado a existência de seres humanos bem diferentes dos europeus, como índios ou bosquímanos, nos novos continentes recém-descobertos e terem começado a estudar essas “criaturas” até o final do século XX, acreditavam que existiam raças humanas diferentes. Mas, desde que o Projeto Genoma Humano analisou a genética de diferentes raças, os resultados apontaram que as diferenças genéticas entre as raças eram muito pequenas, e que o determinismo ambiental e o neodarwinismo, como justificativas das diferenças genéticas entre os seres humanos do Velho Continente, do Novo Continente e do Novíssimo Continente, revelaram-se irrelevantes e demonstraram que as diferenças genéticas entre uma pessoa negra e um caucasiano não existem. O próprio conceito biológico de raças humanas se tornou bastante desacreditado e condenado entre os biólogos e entre os antropólogos. De acordo com a historiadora Conklin (2000), a ideia de raça como algo biologicamente real surgiu primeiro como um folclore, uma lenda, depois passou a ser creditada como uma ideia científica. De acordo com ela, essa ideia foi o maior erro que a ciência ocidental moderna cometeu. A partir do resultado das pesquisas que ocorreram nos primeiros anos do Projeto Genoma Humano, passou-se, então, a considerar o conceito de “raças humanas” como obsoleto, perigoso e tóxico, persistindo o uso do termo apenas na esfera política, quando se pede “igualdade racial” ou na legislação quando se fala em “preconceito de raça”, como a lei nº 12.288, de 20 de julho de 2010, que instituiu, no Brasil, o Estatuto da Igualdade Racial. Um outro conceito, que por vezes é utilizado erroneamente como sinônimo, é a representação étnica. Dentro do antigo preconceito emblemático de raças humanas, a saber: “branca”, “negra”, “amarela”, “vermelha”, etc. existiam diferentes etnias, como por exemplo, dentre os indivíduos identificados como pertencentes à etnia negra, existiam as diversas etnias africanas, que eram referentes, não apenas ao fenótipo, mas também a características socioculturais da língua.

Em tempos pré-romanos, os habitantes da Gasconha eram os aquitanos, que falavam uma língua aparentada do basco moderno. Os aquitanianos habitavam um território delimitado a Norte e a Leste pelo rio Garona, ao sul pelos montes Pirenéus e a oeste pelo Oceano Atlântico. Os romanos chamaram esse território de Aquitânia, que pode vir tanto do Latim “aqua”, em referência aos muitos rios que descem dos Pirenéus e correm pela região, quanto do nome da tribo “ausci”, cujo nome parece ser relacionado a raiz basca eusk-, que significa “basco”, e nesse caso Aquitânia significaria “terra dos ausci”. Nos anos 50 a. C., a Aquitânia foi conquistada por tropas de Júlio César e se tornou parte do Império Romano. Em 27 a. C., durante o reinado do imperador César Augusto, foi criada a província da Gália Aquitânia, muito maior do que a Aquitânia original, uma vez que a província romana se estendia ao norte do rio Garona, até o rio Loire e assim incluía o território dos celtas gauleses que habitavam a região. Em 297, na reforma administrativa do Imperador Diocleciano, a Aquitânia foi dividida em três. O território ao Sul do rio Garona, correspondente à Aquitânia original, foi transformado numa província chamada Novempopulânia, isto é, “terra das nove tribos”, enquanto a porção da Gália Aquitânia ao norte do rio Garona foi dividida entre as províncias, Aquitânia I e Aquitânia II. O território de Novempopulânia correspondia ao que se chama Gasconha.

Em 1328, Carlos IV da França morreu sem filhos, ou irmãos e um novo princípio, a lei Sálica, proibiu a sucessão feminina (cf. Viennot, 2006). O parente masculino mais próximo de Carlos era seu sobrinho Eduardo III de Inglaterra, cuja mãe, Isabel, era irmã de Carlos. Isabel reivindicou o trono da França para seu filho pela regra da proximidade de sangue, mas “a nobreza francesa rejeitou isso, sustentando que Isabel não poderia transmitir um direito que ela não possuía”. Uma assembleia de barões franceses decidiu que um francês nativo deveria receber a coroa, em vez de Eduardo. O trono passou para o primo patrilinear de Carlos, Filipe, Conde de Valois, Filipe VI (1293-1350), também conhecido como Filipe, o Afortunado ou Filipe de Valois, foi o Rei da França de 1328 até sua morte. Eduardo protestou, mas acabou se submetendo ao poder e homenageando a Gasconha. Outras divergências com Eduardo induziram Filipe, em maio de 1337, a se reunir com seu Grande Conselho em Paris. Foi acordado que a Gasconha deveria ser devolvida às mãos de Filipe, o que levou Eduardo a renovar sua reivindicação ao trono francês, pela força bruta das armas. Nos sistemas classificatórios da terminologia de parentesco, parentes muito além dos primos em primeiro grau são referidos usando os termos para primos paralelos e cruzados. E em muitas sociedades, primos paralelos, mas não primos cruzados, também são referidos “pelos mesmos termos usados para irmãos”. A unidade elementar que envolve as relações dos sistemas de parentesco corresponde, na etnologia insigne de Claude Lévi-Strauss (1967), não a um sistema triangular de relações, mas quadrangular: entre marido e mulher, pai e filho, irmão e irmã e tio materno e sobrinho.

         Os manuscritos de Wycliffe em seus seis últimos anos incluem contínuos ataques ao papado e à hierarquia eclesiástica. Entretanto, nem sempre foi assim. Seus primeiros escritos eram muito mais moderados e, à medida que as relações de Wycliffe com a Igreja foram se deteriorando, os ataques cresceram em intensidade. Na questão relacionada ao cisma da Igreja, com papas reivindicando em Roma e Avinhão a liderança da Igreja, Wycliffe entendia que o cristão não precisa de Roma ou Avinhão, pois Deus está em toda parte. - “Nosso papa é o Cristo”, sustentava. Em sua opinião, a Igreja poderia continuar existindo mesmo sem a existência de um líder visível, por outro lado os líderes poderiam surgir naturalmente, desde que vivessem e exemplificassem os ensinamentos de Jesus. No contexto histórico, religioso e político, cisma é uma divisão entre pessoas, geralmente pertencentes a uma organização, movimento ou denominação religiosa. A palavra é mais frequentemente aplicada a uma divisão geográfica no que antes era um único corpo religioso, como o Cisma Leste-Oeste ou o Grande Cisma. Também é usado para uma divisão dentro de uma organização ou movimento não religioso ou, mais amplamente, para uma separação entre duas ou mais pessoas, sejam irmãos, amigos, amantes, etc.

Na religião, a acusação de cisma é distinta daquela de heresia, uma vez que a ofensa de cisma não diz respeito a diferenças de crença ou doutrina, mas à promoção ou ao estado de divisão. No entanto, cismas frequentemente envolvem acusações mútuas de heresia. No ensino católico romano, toda heresia é cisma, embora possa haver alguns cismas livres da culpa adicional da heresia. O protestantismo liberal, no entanto, muitas vezes preferiu a heresia à cisma. O erudito presbiteriano James I. McCord, citado com aprovação pelo bispo episcopal da Virgínia, Peter Lee, traçou uma distinção entre eles, ensinando: - “Se você deve fazer uma escolha entre a heresia e, o cisma, sempre escolha a heresia. Como um cismático, você rasgou e dividiu o corpo de Cristo. Escolha a heresia todas as vezes”. Vale lembrar que a expressão “Escolha heresia” é um trocadilho; “heresia” é uma latinização de uma palavra grega antiga para “escolher”. Ao mesmo tempo em que defendia que a Igreja deveria retornar à primitiva pobreza dos tempos apostólicos, Wycliffe também entendia que o poder da Igreja devia ser limitado às questões espirituais, sendo o poder temporal exercido pelo Estado nacional, representado pelo rei. Seu livro Tractatus De Officio Regis (1887) defendia literariamente que o poder real também era originário de Deus, encontrava testemunho nas Escrituras Sagradas, quando Cristo aconselhou “dar a César o que é de César”. Era pecado, em sua opinião, opor-se ao poder do rei e todas as pessoas, inclusive o clero, deveriam pagar-lhe tributos.

O rei deve aplicar seu poder com sabedoria e suas leis devem estar de acordo com as de Deus. Das leis de Deus se deriva a autoridade das leis reais, inclusive daquelas em que o rei atua contra o clero, porque se o clero negligencia seu ofício, o rei deve chama-lo a responder diante de si. Ou seja, o rei deve possuir um “controle evangélico” e quem serve à Igreja deve submeter-se às leis do Estado. Os arcebispos ingleses deveriam receber sua autoridade do rei (não do papa). Este livro teve grande influência na reforma da Igreja, não apenas na Inglaterra, que sob Henrique VIII (1491-1547) passaria a ter a igreja subordinada ao Estado e o rei como chefe da Igreja, mas também na Boêmia e na Alemanha. Especialmente interessantes são também os ensinamentos que Wycliffe endereça aos reis, “para que protejam seus teólogos”. Ele sustentava que, já que as leis do rei devem estar de acordo com as Escrituras, o conhecimento da Bíblia é necessário para fortalecer o exercício do poder real. O rei deveria cercar-se de teólogos para aconselhá-lo na tarefa de proclamar as leis reais. Um precursor do movimento protestante, a sua extensa obra escrita concedeu-lhe um importante papel social na história literária tcheca. Também é responsável na questão da linguagem pela introdução do uso de acentos na língua tcheca por modo a fazer corresponder cada som a um símbolo único.

A sua estátua pode ser encontrada na praça central de Praga, a Praça da Cidade Velha, em tcheco Staroměstské náměstí. Como os exércitos sob seu comando nunca perderam uma batalha, ele adquiriu a fama de invencível. Infectado pela peste faleceu num acampamento de batalha perto de Přibyslav. Frequentemente é dito que foi a Revolução Francesa que inventou o exército nacional, a insurreição em massa de todo um povo. Todavia seu verdadeiro inventor foi Žižka. Embora os taboritas formassem o núcleo de uma permanente força de luta, cada cruzada do imperador e do papa reunia uma grande maioria de checos. Ele introduziu métodos notavelmente modernos de combate que propiciavam uma elevada estratégia de poder de fogo, o exército taborita foi o primeiro a usar sistematicamente a artilharia como principal braço tático. As tentativas de invasão tiveram como resposta uma profunda contra-invasão no território inimigo, desde o princípio a pilhagem exerceu uma parte importante nos suprimentos de Tábor. Jan Žižka nunca pôde controlar completamente as minas de propriedade alemã, ou a cidade de Plzeň que permaneceu como reduto romano. Inicialmente, a maioria dos trabalhadores eslavos que se levantaram em revolta foram derrotados por mercenários alemães.

Em Kutná Hora, cerca de 16 000 pregadores juntamente com seus seguidores foram mortos e lançados nas minas. Wycliffe organizou um projeto de tradução das Escrituras, defendendo que a Bíblia deveria ser a base real de toda a doutrina da Igreja e a única norma com utilidade de uso da fé cristã. Sustentava que o papa ou os cardeais não possuíam autoridade para condenar suas 18 teses, pois Cristo é a cabeça da Igreja e não os papas. – “A verdadeira autoridade emana da Bíblia, que contém o suficiente para governar o mundo”, cita Wycliffe em seu livro De Sufficientia Legis Christi. Wycliffe afirmava que na Bíblia se encontra a verdade, a fonte fundamental do Cristianismo e que, por isso, sem o conhecimento da Bíblia não haveria paz na Igreja e na sociedade. Com isso, contrapunha a autoridade das escrituras à autoridade papal: - “Enquanto temos muitos papas e centenas de cardeais, suas palavras só podem ser consideradas se estiverem de acordo com a Bíblia”. Idêntico princípio seguiria Martin Lutero mais de 100 anos depois, ao liderar a Reforma Protestante. Wycliffe acreditava que a Bíblia deveria ser um bem comum de todos os cristãos e precisaria estar disponível para uso cotidiano, na língua nativa das populações. A honra nacional requeria isto, desde quando os membros da nobreza passaram a possuir exemplares da Bíblia em língua francesa.

Partes da Bíblia já haviam historicamente sido traduzidas para o inglês, mas não havia uma tradução completa. Wycliffe atribuiu a si mesmo esta tarefa. Embora não se possa definir exatamente a sua parte na tradução tendo em vista que foi baseada na vulgata, não há dúvidas de que foi sua a iniciativa e que o sucesso do projeto foi devido à sua consciente liderança. A ele devemos a tradução clara e uniforme do Novo Testamento, enquanto seu amigo Nicholas de Hereford traduziu o Antigo Testamento. Nicolau criticou o luxo da Igreja e reafirmou o direito de todo cristão de alcançar sua própria fé lendo a Bíblia. Nicholas colaborou na produção da versão em inglês da Bíblia conhecida como Bíblia de Wycliffe. Acredita-se que ele tenha sido encarregado da tradução do Antigo Testamento, cuja maior parte foi concluída em 1382. Ele foi condenado com Wycliffe e outros lolardos por suas opiniões e teve que aparecer em 1382 no tribunal do Arcebispo de Canterbury para revogar. Quando se recusaram a revogar suas opiniões, foram excomungados. Ele imediatamente viajou a Roma para apelar de sua excomunhão perante o Papa Urbano VI, mas foi preso. Durante uma revolta popular contra o Papa em junho de 1385, ele escapou e viajou de volta para a Inglaterra. Ao retornar, ele foi preso novamente por William Courtenay, o arcebispo de Canterbury, e “seus escritos foram confiscados e destruídos por ordem do rei Ricardo II da Inglaterra”.

Em 1391, ele finalmente revogou seus pontos de vista críticos da Igreja ao se reconciliar com a Igreja Católica Romana e foi nomeado no mesmo ano o chanceler da Catedral de Hereford e em 1395 para a Catedral de São Paulo em Londres. De 1397 a 1417 foi tesoureiro em Hereford. Alguns anos antes de sua morte, ele renunciou ao cargo de tesoureiro e entrou na Ordem dos Cartuxos. Nicholas morreu em 1420 na Charterhouse de Coventry. Seu único trabalho “sobrevivente” no qual ele colaborou é a Bíblia Wycliffe. Ambas as traduções foram revisadas por John Purvey em 1388, quando então a população em massa teve acesso à Bíblia em idioma inglês, ao mesmo tempo que se ouvia dos críticos: “a joia do clero tornou-se o brinquedo dos leigos”. Mas, cabe fazer algumas ressalvas. Durante a Idade Média os livros eram raros e caros por serem feitos à mão, a Bíblia não era exceção. O uso exclusivo do Latim era comum a todos os livros dado a universalidade da língua que infere o seu reconhecimento erudito e intelectual na Europa Ocidental, regra válida também comparativamente para a Bíblia. A tradução de Wycliffe da Bíblia para o inglês, entretanto, abstrusa e pode ser entendida “como mais movida pelo nacionalismo inglês e menos por uma inclinação popular de democratização de acesso”.

Os pobres continuaram sem ter acesso a mesma por dois motivos: o primeiro é que era cara por sua confecção ainda manual e segundo o povo continuava analfabeto. A grande difusão da Bíblia só foi de fato possível com a invenção da imprensa de tipos móveis no século XV e a universalização da educação a partir do século XIX. Então, somente após o século XIX reuniram-se as condições para a Bíblia se tornar um livro popular. Apesar do empenho da hierarquia eclesiástica em destruir as traduções em razão do que consideravam como erros de tradução e comentários equivocados, ainda existem ao redor de 150 manuscritos, parciais ou completos, contendo a tradução em sua forma revisada. Disso podemos inferir o quão difundida essa tradução foi no século XV, razão pela qual os partidários de Wycliffe eram chamados de “homens da Bíblia” por seus críticos. Assim como a versão de Lutero teve grande influência sobre a língua alemã, também a versão de Wycliffe influenciou notadamente o idioma inglês, pela sua clareza, força e beleza. A Bíblia de Wycliffe, como passou a ser conhecida, foi amplamente distribuída por toda a Inglaterra. A Igreja a denunciou como uma tradução não autorizada. Jan Žižka iniciou sua carreira cego de um olho, e incidentalmente uma flecha cegou seu outro olho. Ele estava cego quanto travou suas últimas batalhas. Morreu em 1424, na véspera de uma conquista planejada da Morávia e Silésia. Sua vaga foi ocupada por Procopius, que derrotou os alemães em duas grandes batalhas em 1427, os exércitos da Boêmia se tornaram o terror da Áustria, Hungria, Silésia, Saxônia, Brandemburgo, Palatino e Francônia. Na viragem de 1916 e 1917, o 3º Regimento de Despedimentos das Legiões Tchecoslováquia na Rússia foi nomeado de Jan Žižka de Trocnov.

Bibliografia geral consultada.

A BÍBLIA de Jerusalém. Direção da École Biblique de Jerusalém. Tradução das Introduções e Notas de La Saint Bible (1973). São Paulo: Paulus, Sociedade Bíblica Católica Internacional, 1995; AUGÉ, Marc, La Guerre des Rêves. Exercices d’Ethno-fiction. Paris: Éditions du Seuil, 1997; KUNDERA, Milan, La Identidad.1ª edición. Traducido del original francés por Beatriz Moura. Barcelona: Tusquets Editores, 1998; CONKLIN, Alice, A Mission to Civilize: The Republican Idea of Empire in France and West África, 1895-1930. 1ª edição. Stanford: Editor ‏University Press, 2000; WAUGH, Patricia, Metafiction, The Theory and Practice of Self-conscious Fiction. London and New York: Taylor & Francis e-Library, 2001; LARROSA, Jorge, La Experiencia de la Lectura: Estudios sobre Literatura y Formación. 2ª edición, rev. e aum. México: Fondo de Cultura Económica, 2003; COETZEE, John Maxwell, À Espera dos Bárbaros. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 2006; VIENNOT, Éliane, La France, les Femmes et le Pouvoir – L`invention de la Loi Salique (V-XVIeme Siècle). Volume 1.  Paris: Éditeur Perrin, 2006; LA FONTAINE, Jean de, Fables. Paris: La Petite Collection, 2007; GASPAROTTO, Bernardo, Diálogos entre o Velho e o Novo Mundo: Uma Leitura de Vigilia del Almirante (1992) e Carta del Fin del Mundo (1998). Dissertação de Mestrado em Letras. Cascavel: Universidade Estadual do Oeste do Paraná, 2011; ROSA, Maria de Lurdes (Org.), Arquivos de Família, Séculos XIII-XX: que Presente, que Futuro? Instituto de Estudos Medievais. Faculdade de Ciências Sociais e Humanas. Lisboa: Universidade Nova de Lisboa, 2012; CHARTIER, Roger, A Mão do Autor e a Mente do Editor. São Paulo: Editora Universidade Estadual Paulista, 2014; AGUIAR, Thiago Borges de; SILVA, Davi Costa, “Identidade Nacional na Boêmia do Século XV e a Formação de uma Paidéia Tcheca”. In: Educ. Pesqui. São Paulo, vol. 41, nº 2, pp. 309-324, abr./jun. 2015; SILVA, Andréia C. Lopes Frazão da; SILVA, Leila Rodrigues da; TORRES, Andréa Reis Ferreira; XAVIER, Nathalia Agostinho (Organizadoras), A Idade Média no Discurso Fílmico (Catálogo de Filmes, vol. 2). Rio de Janeiro: Programa de Estudos Medievais, 2015; WYCLIFFE, John, Tractatus De Officio Regis. Londres: Editor Forgotten Books, 2018; MENDEZ, Hugo Eliecer Dorado, Nuestro Bolívar: Da Heroificação à Humanização da sua Figura na Ficção. Dissertação de Mestrado em Literatura Comparada. Foz do Iguaçu: Universidade Federal da Integração Latino-Americana, 2021; MUÑOZ, Óscar Andrés Gutiérrez, Museos de la Violencia: Análisis de la Producción Narrativa de Postdictadura en Chile y Argentina. Tesis de Doctor en Literatura Latinoamericana. Departamento de  Español. Facultad de Humanidades & Arte. Concepción: Universidad de Concepción, 2022; entre outros.

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