“Não posso lhe dar a verdade. A verdade está dentro de cada um”. Don Juan DeMarco
Don Juan é um personagem arquetípico
da literatura espanhola e que detém uma ampla descendência literária no
continente europeu. Foi criado por Tirso de Molina, pseudônimo de Fray Gabriel
Téllez (1579-1648) um religioso espanhol que se destacou como dramaturgo, poeta
e narrador do Barroco. Reconhecido pelo seu contributo ao mundo do teatro, a
sua dramatologia abrange principalmente a comédia, como “Don Gil de las calzas
verdes”, e obras hagiográficas, caso da trilogia “La Santa Juana” ou “La Dama
del Olivar”. É atribuído tradicionalmente, como o criador do mito de Don Juan
na obra El Burlador de Sevilla o El Convidado de Piedra,
provavelmente escrita em 1617 com a obra “Tan largo me lo fiais”. Ambas editadas
no século XVII, mas em nome de Pedro Calderón de la Barca. Tirso de
Molina foi o primeiro autor a dar profundidade psicológica aos
personagens femininos, que se tornaram protagonistas das suas obras. Foi um discípulo fervoroso de Lope de Vega y Carpio
(1562-1635), dramaturgo, autor de peças teatrais e poeta, sendo um dos maiores
nomes do teatro espanhol no século XVII. Defendeu a vida inteira a concepção do
teatro lopista. Era um menino prodígio: com cinco anos lia em castelhano e
latim, com dez anos fazia traduções do latim para o espanhol, e com 12 anos
escreveu sua primeira peça de teatro. Com 14 anos, começou a estudar com os
jesuítas e entrou para o serviço do bispo D. Jerônimo Manrique (1476-1538),
cardeal espanhol, arcebispo de Sevilha e Inquisidor-geral que lhe proporcionou
sólida formação.
Ipso facto, levou-o consigo a Alcalá de
Henares, onde estudou na Universidade de Salamanca (1580-1582), serviu na Invencível
Armada (1588), ou “the Invincible Fleet”, com certo tom irônico, pelos ingleses
no século XVI, foi uma esquadra reunida pelo rei Filipe II de Espanha em 1588
para invadir a Inglaterra, enviada contra a Inglaterra e sobrevivendo à derrota
começou a escrever as suas famosas deramas (1588). A Batalha Naval de Gravelines foi o maior
combate da não declarada Guerra Anglo-Espanhola e a tentativa de Filipe II de
neutralizar a influência inglesa sobre a política dos Países Baixos Espanhóis e
reafirmar hegemonia na guerra nos mares. A armada era composta por 130 navios
bem artilhados, tripulados por 8 000 marinheiros, transportando 18 000 soldados
e estava destinada a embarcar mais um exército de 30 000 infantes. No comando,
o Duque de Medina-Sidônia seguia num galeão português, o São Martinho. No
combate no Canal da Mancha, os ingleses impediram o embarque das tropas em
terra, frustraram os planos de invasão e obrigaram a Armada a regressar
contornando as Ilhas Britânicas. Na viagem de volta, devido às tempestades,
cerca de metade dos navios se perdeu. O episódio da armada representou uma
grave derrota política e estratégica para a coroa espanhola e teve, em
contrapartida, grande impacto político positivo para a identidade nacional
inglesa.
Foi
secretário do Duque de Alba (1590) e mudou-se para Toledo e depois para Alba de
Tormes. Após escrever sua primeira obra de sucesso, o romance “La Arcadia”
(1598), voltou a Madrid decidido à literatura, mas secretário do Duque de Sessa
(1605). Autor consagrado, estabeleceu-se definitivamente em Madrid, mas com a
morte da esposa Juana e de um de seus filhos, sofreu uma crise espiritual que o
levou a se tornar religioso (1610). Ordenou-se em 1614 e logo foi nomeado
oficial da Inquisição espanhola. Foi estabelecida em 1478 pelos Reis Católicos,
Fernando II de Aragão e Isabel I de Castela para manter a ortodoxia católica
nos seus reinos e substituir a Inquisição Medieval, que estava sob
controle papal. Tornou-se a mais substantiva das três manifestações diferentes
da Inquisição Católica mais vasta, juntamente com a Inquisição Romana e a
Inquisição Portuguesa. A Inquisição Espanhola pode ser definida de forma
ampla, abrangendo todas as colônias e territórios espanhóis, que incluíam as
Ilhas Canárias, o Reino de Nápoles, e todas as possessões espanholas na América
do Norte, Central, e do Sul. Não é possível chegar a um cálculo exato do número
de pessoas condenadas à morte pela Inquisição. Em 1817, Juan Antonio Llorente
achou cerca de 39 mil, mas este número “é considerado hoje em dia como
totalmente sem validade científica e improvável por ser tão elevado. De fato, a
investigação histórica tem estado a rever constantemente em baixa o número de
pessoas condenadas à morte pela Inquisição Espanhola”. A Inquisição
destinava-se inicialmente a “identificar os hereges entre os convertidos do
judaísmo e do islamismo ao catolicismo”. A regulação da fé dos católicos
convertidos foi intensificada após os Decretos Reais emitidos em 1492 e 1502,
que ordenavam “judeus e muçulmanos a converterem-se ao catolicismo ou a
deixarem Castela”. A Inquisição só foi definitivamente abolida em 1834,
durante o reinado de Isabel II, após o período de declínio de influência no século
anterior.
Do
ponto de vista filosófico Georg Simmel (1993) foi, sem dúvida nenhuma, a
“figura de transição”, segundo Georg Lukács, o mais importante e interessante
de toda a filosofia moderna. Por esse motivo metodologicamente exerceu uma
atração sobre todos os verdadeiros talentos filosóficos da nova geração de
pensadores. Simmel apresentou sua Soziologie em 1908 e contribuiu decisivamente
para a consolidação desta ciência na Alemanha. Ele trata especificamente da
sociologia e aprofunda a análise abstrata de seu objeto, a “sociação”, através
de categorias sociais formais como a dominação, o conflito, o segredo, os
círculos sociais e a questão da pobreza. Ao mesmo tempo, reflete sobre os
determinantes quantitativos da vida social, bem como sobre a relação entre a
vida grupal e a individualidade. Simmel desenvolveu a “sociologia formal”, ou
das “formas sociais”, influenciado pela filosofia kantiana que distinguia a
forma do conteúdo dos objetos de estudo do conhecimento humano. Tal distinção
pretendia tornar possível o entendimento hic et nunc da vida já que no
processo interativo de “sociação”, cunhou como objeto, o invariante eram as
formas em que os indivíduos se agregavam e não os indivíduos em si.
Para
Simmel diante do “conflito” os indivíduos vivem em relações de cooperação, mas
também de oposição, portanto, os conflitos são parte mesma da constituição da
sociedade. Seriam momentos de crise, um intervalo entre dois momentos de
harmonia, vistos, portanto, numa função positiva de superação das divergências.
Fundamenta uma episteme em torno da ideia de movimento, da relação, da
pluralidade, da inexorabilidade do conhecimento, de seu caráter construtivista,
cuja dimensão central realça o fugidio, o fragmento e o imprevisto. Por isso,
seu panteísmo estético, como episteme, no qual se entende que cada ponto, cada
fragmento superficial e fugaz é passível de significado estético absoluto, de
compreender o sentido total, os traços significativos, do fragmento à
totalidade. O significado sociológico do “conflito”, em princípio, nunca foi
contestado. Conflito é admitido no âmbito da teoria sociológica por causar ou
modificar grupos de interesse, unificações, organizações. Por outro lado, pode
parecer paradoxal na visão comum se alguém pergunta se independentemente de
quaisquer fenômenos que resultam de condenar ou que a acompanha, o conflito é
uma forma de “sociação”.
À
primeira vista, este aspecto soa como uma pergunta retórica. Se todas as
interações entre os homens é uma sociação, o conflito, - entendido afinal, como
uma das interações mais vivas, que, além disso, não pode ser exercida por um
indivíduo sozinho, deve certamente ser considerado como sociação. Os fatores de
dissociação, o ódio, inveja, necessidade, desejo, são as causas da condenação,
que irrompe por causa deles. Conflito é, portanto, destinado a resolver os
“dualismos divergentes”, é uma maneira de conseguir algum tipo de unidade,
mesmo que seja através da aniquilação de uma das partes em litígio. A vida de
Simmel apresenta-se entremeada de ensaios escritos em estilo brilhante, que
representam uma parte de sua vasta obra, onde se revela também como filósofo.
Os escritos de Simmel sobre “vitalismo”, ou filosofia de vida, quase no final
de sua vida, dimensionam não tanto a “tragédia da cultura”, mas a ambivalência
do sujeito frente à cultura, ou melhor dizendo, o conflito da cultura. Entende
Simmel que, ainda que as formas culturais na sociedade mercantil avançada
tornem difícil ao homem exprimir criatividade, o mesmo não consegue no sentido
pleno viver sem elas. A comodidade, as construções simbólicas, os sistemas de
informação, as novas normas legais, a liberação da sexualidade, são
manifestações de uma espécie de outro lado da modernidade.
Não
obstante, essa percepção sensível de um maior avanço da cultura subjetiva não
foi suficiente para cingir de sua análise em torno da crítica da dimensão dos
bens culturais, os quais deixam os homens deprimidos por não poder assimilá-los
todos no mesmo momento em que não podem excluí-los, pela fragmentação da
existência em razão da separação crescente das esferas objetivadas e a erosão
da cultura em correspondência com o avanço dos multivariados objetos que ganham
e exigem conotação cultural. Isabel II foi a primeira filha do príncipe Alberto,
Duque de Iorque, e da sua mulher, Isabel Bowes-Lyon. O seu pai era o segundo
filho dos reis Jorge V do Reino Unido e Maria de Teck, e a mãe a filha mais
nova do aristocrata escocês Claude Bowes-Lyon, 14º Conde de Strathmore e
Kinghorne. Isabel II, nascida Elizabeth Alexandra Mary; Londres, 21 de abril de
1926, foi rainha do Reino Unido e dos Reinos da Comunidade de Nações de 1952
até sua morte em 8 de setembro de 2022. Ela reinou em 32 Estados independentes
durante a sua vida, dentre 14 dos quais até à data da sua morte. Foi igualmente
chefe da Commonwealth, uma organização governamental composta por 53
países independentes, sendo também a primeira monarca feminina soberana
da Casa de Windsor, Governadora Suprema da Igreja da Inglaterra e Comandante
Suprema das Forças Armadas do Reino Unido. Em alguns de seus Estados soberanos,
possuía o título de Defensora da Fé. O papel político de Isabel II
abrangeu grandes áreas, com funções constitucionais significativas, sendo
representante ativa da sua nação perante o mundo, com uma popularidade que
tornou dos ícones notáveis que remetem à cultura britânica.
Nasceu
na área de Mayfair, em Londres, sendo a primeira filha do duque e da duquesa de
Iorque, mais tarde rei Jorge VI e rainha Isabel. O seu pai subiu ao trono em
1936 após a abdicação do irmão, Eduardo VIII, tornando a princesa Isabel na “herdeira
presuntiva do trono britânico”. Isabel foi educada particularmente em casa,
começando a exercer funções públicas durante a 2ª guerra mundial, servindo no
Serviço Territorial Auxiliar. Em novembro de 1947, casou-se com Filipe
Mountbatten, ex-príncipe da Grécia e da Dinamarca, em um casamento que durou 73
anos até a morte de Filipe em 2021. Tiveram quatro filhos: Carlos, Príncipe de
Gales; Ana, Princesa Real; o príncipe André, Duque de Iorque; e o príncipe
Eduardo, Conde de Wessex. Quando o seu pai morreu, em fevereiro de 1952,
Isabel, então com 25 anos, tornou-se rainha reinante de sete países
independentes dos Reinos da Comunidade de Nações: Reino Unido, Canadá,
Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Paquistão e Ceilão, bem como a chefe
da Commonwealth. Reinou como monarca constitucional por meio de grandes
mudanças políticas, como os problemas na Irlanda do Norte, a devolução no Reino
Unido, a descolonização de África e a adesão do Reino Unido às Comunidades
Europeias e a retirada da União Europeia.
O
número de seus reinos variou ao longo da história à medida que os territórios
conquistaram a Independência e alguns reinos se tornaram Repúblicas. As suas
muitas visitas e reuniões históricas incluem visitas de Estado à República
Popular da China em 1986, à Federação Russa em 1994, à República
da Irlanda em 2011 e visitas de ou para cinco papas. Na sua vida pessoal
destacam-se os nascimentos e casamentos de seus filhos e netos, à investidura
do Príncipe de Gales e a celebração de marcos como seus jubileus de Prata em
1977, Ouro em 2002 e Diamante em 2012. Momentos de dificuldade incluem a morte
do seu pai aos 56 anos, o assassinato de Louis Mountbatten, tio do príncipe
Filipe, o fim dos casamentos dos filhos em 1992, ano que a própria rainha
classificou como Annus Horribilis, a morte em 1997 de Diana, Princesa de
Gales, ex-mulher de Carlos, e as mortes da irmã e mãe em 2002. Isabel enfrentou
movimentos republicanos e críticas à Família Real, porém o “apoio à monarquia e
sua popularidade pessoal permaneceram altos até ao fim de sua vida. Em 6 de
fevereiro de 2022, Isabel II celebrou 70 anos de reinado, sendo a única monarca
britânica a celebrar um extraordinário Jubileu de Platina”.
O
Jubileu de Platina de Isabel II do Reino Unido (Platinum Jubilee of
Elizabeth II) representou uma série de eventos públicos e cerimônias reais
e oficiais que decorreram ao longo do ano de 2022 em comemoração dos setenta
anos de reinado de Isabel II do Reino Unido. O governo britânico pretende
"misturar o esplendor cerimonial dos jubileus anteriores com arte e
tecnologia de ponta", numa extensa programação com eventos em cidades do
Reino Unido e nos 54 países membros da Commonwealth. Segundo o jornal The
Telegraph, uma medalha comemorativa será feita para premiar funcionários do
serviço público, militares, médicos, entre outros. A partir de 12 de junho do
mesmo ano, passou a ocupar a segunda posição entre os monarcas com reinados mais
longos, atrás apenas do rei Luís XIV da França, este com 72 anos e 110 dias
de reinado. Foi a monarca reinante mais idosa de todos os tempos. Em seu
reinado convidou 15 primeiros-ministros a formar governo, a última Mary
Elizabeth Truss, uma política britânica que serviu como Primeira-ministra do
Reino Unido de setembro a outubro de 2022. Ela também ocupou o cargo de líder
do Partido Conservador nesse período. Truss estudou na Merton College, Oxford,
onde foi presidente dos Liberais Democratas da Universidade de Oxford.
Isabel
II morreu no Castelo de Balmoral, em Aberdeenshire, na Escócia, sendo sucedida
no trono pelo filho Carlos, Príncipe de Gales, como Carlos III do Reino Unido. Na
mensagem oficial pelo seu dia de ascensão ao trono, Isabel II afirmou esperar
que o Jubileu de Platina possa unir familiares e amigos, vizinhos e
comunidades. A monarca afirmou que o evento “me permite um tempo para refletir
na bondade demonstrada a mim por povos de todas as nacionalidades, crenças e
idades neste país e em todo o mundo ao longo dos anos”. E também agradeceu ao
povo britânico por seu apoio, lealdade e afeto e assinou a mensagem como Vossa
Serva (“Your Servant”). No mesmo dia, a Royal Household publicou fotos da
monarca utilizando “suas caixas de despacho em sua propriedade Sandringham
House”. O Príncipe de Gales publicou uma nota na qual descreve a devoção da
monarca ao bem-estar social de todo o povo britânico e admiração público por
seu legado. A monarca recebeu cumprimentos de diversos líderes estrangeiros por
sua marca política de setenta anos de reinado, como o presidente norte-americano
Joe Biden, o presidente chinês Xi Jinping e também de monarcas como Haroldo V
da Noruega, Carlos XVI Gustavo da Suécia, o rei tailandês Rama X e o Khalifa
Bin Zayed bin Sultan Al Nahyan, reconhecido na hierarquia dos povos árabes como
Sheikh Nahyan, ou Sheikh Khalifa, quando representou o presidente dos
Emirados Árabes Unidos e emir de Abu Dhabi de 2004 a 2022, substituindo o pai,
Zayed bin Sultan Al Nahayan.
Fray
Gabriel Téllez também se tornou famoso pelos vários casamentos, inúmeras
aventuras amorosas extraconjugais e escandalosos romances, que pareciam ampliar
sua inspiração, entre eles com Marta de Nevares Santoyo
(1591-1632), a última amante do poeta e dramaturgo, que a chamou em prosa e
verso de Amarílis que conheceu em 1616 e com quem “manteve um amor
sacrílego que escandalizou Madrid” e, a partir de 1619, de Márcia Leonarda. Irmã
da poetisa Antônia de Nevares, pouco se sabe sobre ela; mas os dados que Lope de
Vega oferece, ela era muito bonita e de cabelos cacheados, olhos verdes e uma
voz que apaixonava, e sabia cantar, dançar, tocar vihuela e escrever versos.
Aos treze anos, mais ou menos em 1604, foi obrigada a casar-se com Roque
Hernández de Ayala, homem a quem a Fênix chamou de “Herodes feroz”, e em 1616,
quando o poeta tinha cinquenta e quatro anos e ela vinte e cinco anos, a
conheceu numa noite poética que ela presidiu e começaram seu relacionamento.
Três anos depois falece o marido em 1619, algo que Lope de Vega celebrou com estas
palavras: - Bem, há morte! Não sei quem está errado com ela, porque o que a
física humana não conseguiu remediar, ela terminou em cinco dias com uma purga
atemporal, duas hemorragias antecipadas e tendo um médico que gostava mais de
sua liberdade do que da vida social de seu marido.
Fora
ordenado padre pouco tempo antes e ficara deslumbrado com Marta de Nevares
Santoyo, conforme descreveu em carta a outra senhora, o Duque de Sessa: - Ela
tinha olhos verdes, sobrancelhas e cílios pretos, e em abundância, cabelos
crespos e fartos, boca que faz quem a olha olhá-la quando ri, mãos brancas,
doçura de corpo, dom da poesia, voz divina, pureza de fala cortês, toda a graça
da dança... e, para um marido, chamado “um feroz Herodes”. Alguém tão
experiente em amores quanto Lope de Vega não era propenso às flechas de ouro de
Cupido, mas desta vez, apesar do reconhecido voto de castidade, apaixonou-se, a
ponto de ter que confessar ao amigo duque que seu amor por Marta foi mais uma
fatalidade, um destino, do que qualquer outra coisa: - Estou perdida, se em
minha vida estive, por alma e corpo de mulher; E sabe Deus com que sentimento
meu, porque não sei como vai ser ou durar, ou viver sem aproveitar! O
casal vivia na casa de Lope na Calle Francos, de Cervantes, suportando as
fofocas e escândalos primeiro do adultério inicial e depois do casamento entre
um velho padre e uma menina por dezesseis anos, bem como o fato de terem um
filha em agosto de 1617, Antônia Clara, registrada em sua certidão de batismo
como filha de Roque Fernández; no final de 1618 também nasceu um filho
natimorto e começaram os processos de Marta para anular o casamento, que não
precisou continuar porque o marido morreu repentinamente, como o próprio Lope
indicou na dedicatória de La Viuda Valenciana, publicado em 1619; aliás,
a protagonista desta peça é Leonarda, nome que ela deu ao seu amante Lope de
Vega.
Ela
também lhe pediu que escrevesse romances e, satisfazendo seu desejo, publicou
entre 1621 (primeiro) e 1624 (os três seguintes) o conto emoldurado que inclui
seus quatro Romances a Márcia Leonarda. De sua vastíssima produção literária,
conhecem-se como de sua autoria 426 comédias e 42 autos, além de milhares de
poesias líricas, cartas, romances, poemas épicos e burlescos, livros religiosos
e históricos, entre eles os extensos poemas como La Dragontea (1598) e La
Gatomaquia (1634), os poemas curtos Rimas (1604), Rimas sacras
(1614), Romancero espiritual (1619) e a célebre écloga Amarilis (1633),
uma impressionante homenagem à amada morta. Ainda são destaques por sua
originalidade, os épicos Jerusalém conquistada (1609), o Pastores de
Belém (1612) e o romance dramático La Dorotea (1632). A morte dela
(1632), seguida de uma série de desgraças pessoais, mergulhou o poeta em profunda
depressão, que se prolongou até sua morte. Em 4 de novembro de 1600 entrou na Ordem
das Mercês e favoravelmente, depois de passar noviciado tomou os hábitos a
21 de janeiro de 1601 no mosteiro de San Antolin de Guadalajara. Desde a
fundação de Guadalajara pelos andaluzes, a cidade foi dividida em duas partes
pela fortaleza e a porta de Bradamarte: a noroeste, a Alcallería, e a sudeste,
a cidade. A Alcallería tinha as próprias muralhas que começavam na ponte
reconstruída sobre o Henares com portão no início. Foi bairro pouco povoado
porque só albergava as oficinas de artesanato e, desde o final da Idade Média,
a igreja de San Julián, que desapareceria por volta do século XVI, e o convento
de La Merced, fundado em 1585 por Cardeal Mendoza para as monjas Jerônimas.
Prescrevendo
uma vida de solidão e silêncio, de oração assídua e penitência animosa, a Ordem
de São Jerónimo procura levar os seus monges e monjas à união mística com
Deus, consciente de quanto mais intensa for essa união, por sua própria doação
na vida monástica, tanto mais esplêndida se faz a vida da Igreja e mais fecunda
o seu apostolado. A par da vida dos monges, existem também as monjas Jerônimas,
o ramo feminino da Ordem, representado por mulheres virtuosas que seguem as
mesmas regras, a exemplo de Santa Paula e Santa Eustóquia, que seguiram
espiritualmente São Jerónimo. O ramo feminino desta ordem religiosa surgiu em
Toledo, onde se destacaram Dona Maria Garcia e Dona Mayor Gomes, orientadas por
Frei Pedro Fernandez Pecha, em 1374, com a fundação do Mosteiro da Santa Maria
de la Sisla. Deste mosteiro nasceu a fundação do Mosteiro de São Paulo, das
Beatas de São Jerónimo, do qual se propagaram diversas fundações na história
religiosa da Espanha. Não por acaso, na atualidade, em Espanha, existe um
mosteiro masculino e dezessete mosteiros femininos da Ordem de São Jerónimo. A Alcallería
tinha suas próprias muralhas que começavam na ponte reconstruída sobre o
Henares com um portão no início. Foi sempre um bairro muito pouco povoado
porque só albergava as oficinas de artesanato e, desde o final da Idade Média,
a igreja de San Julián, que desapareceria por volta do século XVI, e o convento
de La Merced, fundado em 1585 por Cardeal Mendoza eclesiástico e político
castelhano.
No
século XVII, historicamente o artesanato declinou e a Alcallería começou a
povoar e se tornar outro subúrbio da cidade, especialmente com a instalação em
1718 no palácio Montesclaros da Real Fábrica de Tecidos de Guadalajara. O
terceiro confisco de 1836 deixou em desuso o convento de La Merced, que foi
adquirido por Diego García, o idoso arquiteto da Fábrica Sarguetas, que o
demoliu para aproveitar os materiais de construção que dele pudessem ser
obtidos. Ordenado em 1606, em Toledo, onde estudou artes e teologia e começou a
escrever; onde viveu por mais tempo, e de onde viajou para Galiza em 1610 ou
1611. Em 1612, vendeu um conjunto de três peças de teatro, e que tinha escrito
a primeira versão de “El Vergonsoso en Palacio”; em 1611 “La Villana de La Sagra”;
em 1613, “El Castigo del Penseque” da trilogia de “La Santa Joana”, e de 1615
data Don Gil das Calças Verdes. No mesmo ano de 1615 estreou no teatro Corpus
de Toledo, “Los Hermanos Parecidos”. Também escrevia sobre temas religiosos, mas
suas sátiras e comédias criaram-lhe problemas controversos e de censura com as
autoridades religiosas, que o levou a aposentar-se em 1614 ou 1615 para o
Mosteiro de Estercuel em Aragão. Talvez seja por isso que só aparecem na Viaje
del Parnaso de Cervantes (2001), uma obra narrativa em verso de Miguel de
Cervantes publicada em 1614. Foi escrita em trigêmeos quando narra a viagem ao
monte Parnaso de Cervantes e dos melhores poetas espanhóis para travar de forma
abstrata uma batalha alegórica contra os maus poetas.
Desde que em meados do século XVIII o ilustrado Marquês de Valdeflores empregou pela primeira vez o conceito de “Século de Ouro” para referir-se ao momento de maior esplendor das artes e das letras na Espanha, a denominação, segundo Savater (2015) nunca perdeu a aceitação tanto erudita como popular. Corriam tempos de uma Espanha orgulhosa, monárquica, de cunho católico, onde não faltava o outro, fruto das conquistas territoriais. E embora Valdeflores se referisse somente ao século XVI sua expressão não tardou a se estender para a maior parte do século XVII. Aqueles que, como assinala o hispanista alemão Ludwig Pfandl (1881-1942), consideram que se deveria aplicar somente ao século XVI sustentam que jamais o idealismo conseguiu tão esplêndida manifestação como então. Todo esse século representou um tempo de contínua e radiante ascensão, porque – sustentam – nem na economia nem na ética social foram sentidos indícios de degradação ou decadência. Neste caso os fundadores do denominado Século de Ouro seriam Carlos V e Felipe II, que assentaram as bases para uma Espanha grande em todos os sentidos. Nesses anos se cruzaram Lope de Veja e o Quixote, romance publicado em 20 de dezembro de 1604, que fecha o período com a expressão mais alta, a quintessência e a plenitude da espiritualidade hispânica. Por outro lado, aqueles que pensam que na verdade o Século de Ouro foi o XVII partem da suposição de que, apesar de haver iniciado na época a decadência política e econômica, esse período compreende e sintetiza somente a concentração do espírito nacional e a plenitude da arte e da literatura.
Quando
jovens como Góngora e Lope de Vega começaram a dar mostras da sua escrita,
o fizeram no âmbito de um gênero novo, o “romanceiro artístico”, que
começou a ser formado a partir da tradição medieval e nacional e surgiu
vinculado diretamente à difusão social da imprensa. O fato de que este
romanceiro novo tenha recebido também a caracterização de “artístico” não supõe
a negação do seu caráter popular, mas a tendência ao hibridismo, à contaminação
de formas e níveis, própria da estética que despontava no horizonte. E isso
ocorre também no caso dos gêneros que fundem suas raízes na tradição clássica,
como ocorre com a épica culta, submetida a um crescente processo de
nacionalização (incluindo o aspecto métrico), e com a comédia renascentista de
imitação latina, em vias de transformar no “teatro nacional”. A existência de
canais consolidados e estáveis de difusão massiva – a imprensa e o corral de
comédias, respectivamente – não foi um fator alheio a essa tendência que
com traços incipientes da cultura barroca: massiva, urbana, conservadora, no
dizer de José Antonio Maravall, conviveu com uma poética cultista, na qual se
inseriam os traços do maneirismo.
Referindo-se
às suas Novelas Exemplares (1613), Cervantes afirma no prólogo: - “O meu
engenho as engendrou e minha pluma as pariu, e vão crescendo nos braços a
estampa”. Nessas palavras estão as chaves da parte substancial das letras do
período: a invenção, a elaboração artística de acordo com determinadas regras e
a sua difusão dominada por meio impresso que ainda mantinha no começo do século
XVI um caráter de novidade e não poucas reticências de grande parte dos
letrados. A nominata das grandes figuras que o chamado Século de Ouro abarca em
todos os campos e níveis da criação artística é realmente espantosa. Mas no que
diz respeito à literatura, torna-se impossível “superar o trio formado por
Cervantes, Lope de Vega e Quevedo”, que durante anos devem ter-se encontrado e,
sobretudo, se desencontrado nas ruas madrilenas então transformada em
verdadeira capital do mundo. Está localizada no vale do rio Manzanares, ou, na
sua forma portuguesa, Mançanares, é um rio do centro de Espanha,
afluente do rio Jarama, que por sua vez é afluente do rio Tejo, no centro da
Espanha seca, no mesmo lugar em que há 25 mil anos estava o assentamento humano
mais numeroso do Paleolítico na Europa. Foram os
celtas, os romanos e os visigodos seus primeiros habitantes.
Don Juan DeMarco
representa um filme norte-americano de gênero comédia dramática e romântica de
1995, estrelado por Johnny Depp como John Arnold DeMarco, um homem que acredita
ser Don Juan, o maior amante do mundo. Vestido com uma capa e máscara de
dominó, Don Juan DeMarco passa por tratamento psiquiátrico com o personagem de
Marlon Brando, Dr. Jack Mickler, para curá-lo de seu aparente delírio. Mas as
sessões psiquiátricas têm um efeito inesperado na equipe psiquiátrica, alguns
dos quais se sentem inspirados pelo seu delírio; o mais profundamente afetado é
o próprio Dr. Mickler, que reacende o romance em seu casamento complacente. O
filme é baseado em duas fontes diferentes basicamente, por um lado, a história
dos dias modernos é baseada no conto do diretor/roteirista Jeremy Leven, Don
Juan DeMarco and the Centerfold: An Original Screenplay (1993), por outro
lado, enquanto os flashbacks retratando a história social de fundo Don
Juan de DeMarco são baseados na “lenda mais familiar a respeito de Don Juan”,
especialmente como aquela contada por Lord Byron em sua versão da lenda (cf.
Agustini, 2020). John Arnold DeMarco é
um jovem de 21 anos que se veste como Zorro, com máscara, chapéu e capa
semelhantes e afirma ser Don Juan. Depois de um caso apaixonado, ele decide
cometer suicídio. No local do outdoor do qual ele planeja pular, o
psiquiatra Mickler o dissuade se passando por Don Octavio de Flores. John é
então mantido para uma revisão de dez dias em uma instituição mental.
Mickler,
que está prestes a se aposentar, insiste em fazer a avaliação e a faz sem
medicar o jovem. Ele ouve a história de John continuando a se passar por Don
Octavio: Don Juan nasceu no México, ele tem um caso com o tutor da escola que
acaba levando à morte de seu pai em uma luta de espadas. Mickler ouve a
história enquanto detecta inconsistências, como a natureza castelhana do
sotaque de John, mas continua a agradá-lo. Em casa, vive um “casamento sem
paixão” com sua esposa, Marilyn. Como Mickler percebe que a presença de John na
instituição está causando impacto na equipe - tanto distraindo as mulheres
quanto dançando com um atendente no gramado - ele se vê influenciado e começa a
ouvir ópera em casa e reacender a paixão com a esposa dele. Eventualmente, Mickler
se encontra com a avó de John, que lhe conta que John cresceu em Phoenix,
Arizona, e que seu pai morreu em um acidente de carro. Quando Mickler retorna à
instituição e confronta seu paciente com essa informação, John descarta sua avó
como “misantrópica e de inventar a história de fundo”. Em resposta, Mickler
conta a história de um jovem inseguro que se apaixonou por uma mulher em uma
revista, que então a contatou e foi informada de que ela nunca mais queria
falar com ele. Quando John pergunta o que aconteceu com o jovem, Mickler diz
que ele tentou suicídio.
À
medida que os dez dias passam, a pressão aumenta sobre Mickler para apoiar o
confinamento indefinido do jovem, uma decisão da qual ele é cético. John
mencionou que sua mãe se tornou freira e permanece no convento, e em um
encontro subsequente com John, Mickler sugere que a mãe de John poderia ter
tido casos, aos quais John responde com raiva violenta. John conclui sua
história, sobre como foi mantido dois anos em um harém como amante da sultana, antes
de encontrar o amor verdadeiro e ser rejeitado em uma remota ilha grega por seu
único amor verdadeiro, Doña Ana. Mickler diz a ele no final da história que
acredita que John é Don Juan DeMarco, o maior amante que o mundo já conheceu.
Quando John pergunta a Mickler quem ele é, ele diz: “Eu sou Don Octavio de
Flores” e que John viu através de todas as suas máscaras. Ao final dos dez
dias, Mickler consegue convencer John a tomar o remédio, e o faz entender que
nem todos acreditam que ele é Don Juan. Pouco antes de sua aposentadoria,
Mickler e John se encontram com o conselho, com John em roupas normais. Ele
fala com sotaque norte-americano e reconhece que nasceu no Queens, seu pai
morreu em um acidente e que sua mãe foi infiel a seu pai. John é liberado e
acompanha Mickler, junto com a esposa do médico, até a ilha remota que Don Juan
descreveu, onde conheceu seu verdadeiro amor.
Sinopse:
Um rapaz usando uma máscara negra, ameaça jogar-se do alto de um edifício. O
jovem artista John Arnold DeMarco afirma ser Don Juan (Johnny Depp), o
lendário conquistador de mulheres. Por ter perdido seu verdadeiro amor, caiu
num estado de depressão profunda. O psiquiatra Jack Mickller (Marlon Brando) é
chamado para salvá-lo. No início, o psiquiatra parece cansado, pronto para
aposentar-se. Mas, à medida que Don Juan começa a descrever sua vida amorosa,
Jack sente-se revigorado. Ambos se envolvem num curioso relacionamento
que beneficia até a mulher do psiquiatra, Marilyn Mickler (Faye Dunaway) quase
relegada a segundo plano pelo marido. Don Juan é um extraordinário personagem
fictício, geralmente tido como símbolo da libertinagem. Originado no folclore,
adquiriu forma literária no romance do século XVII El Burlador de Sevilla
(1630), atribuído ao dramaturgo espanhol Tirso de Molina (1579-1648).
Posteriormente, tornou-se o herói-vilão de romances, peças teatrais e
poemas; a sua lenda adquiriu popularidade permanente através da ópera de
Mozart Don Giovanni (1787).
Foi um religioso espanhol que se destacou como dramaturgo, poeta e narrador do Barroco. É reconhecido pelo seu contributo ao mundo do teatro ocidental, a sua dramatologia abrange principalmente a comédia, como Don Gil de las calzas verdes, e obras hagiográficas, como o caso da trilogia La Santa Juana ou La dama del olivar. É conhecido, tradicionalmente, como o criador do mito de Don Juan na obra El burlador de Sevilla o El Convidado de Piedra, provavelmente escrita em 1617 com a obra Tan largo me lo fiais. Ambas editadas no século XVII, mas em nome de Pedro Calderón de la Barca (1600-1681). Tirso foi o primeiro autor a dar profundidade psicológica aos personagens femininos, que se tornaram protagonistas das suas obras. Don Juan visa maximizar o controle do poder em suas relações amorosas: sacrificar as mulheres à sua glória, pela glória dominar os outros homens, e seu domínio se exerce de forma teatral: no espaço coletivo ele procura as mulheres a quem seduzir e quando as conquistas, ele traz para um lugar oculto, privado. E finalmente o que interessa é devolver a mulher já marcada pela posse, no sentido simmeliano e entregá-la, ao espaço público dessa multidão que assiste ao seu triunfo. Fazendo-se “espetáculo”, ele garante que não exista mais rival para seus feitos ou controle para as ações. E isto é o que há de mais notável na ação de Don Juan: ele domina os homens por um recurso único, o de teatralizar o nível social.
Bibliografia
geral consultada.
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