“O
que sabemos é uma gota; o que ignoramos é um oceano”. William Shakespeare
Um problema particular surge quando a teoria deve desbravar um território onde não há mais discursos. A operação teorizante se encontra aí nos limites do território onde funciona normalmente. É um espaço delimitado na natureza por um grupo social ou indivíduo, animal ou humano. Território com o qual se identificam & via de regra são identificados. Onde encontram e ou produzem os meios materiais à sua existência. A interrogação teórica, não esquece, não pode esquecer, que além da relação desses discursos, uns com os outros, existe a sua relação comum com aquilo que eles tomaram cuidado para excluir de seu campo para constituí-lo. Uma reflexão teórica não escolhe manter as práticas à distância de seu lugar, de maneira que tenha de sair para analisa-las, mas basta-lhe invertê-las para se encontrar em casa. Os procedimentos sem discurso são coligidos e fixados e uma região que o passado organizou e que lhes dá o papel, determinante da teoria, de ser constituídos em “reservas” selvagens para o saber abstrato e policompetente da ciência esclarecido. À medida em que a razão que surgiu da Aufklärung ia determinando suas disciplinas, suas coerências e seus poderes sociais. A distinção não se refere mais essencialmente ao binômio tradicional que divide o abstrato do concreto, especificado pela separação entre a especulação imaginária que decifra o livro do cosmos, e as aplicações concretas, mas visa duas operações diferentes, uma discursiva (na e pela linguagem) e a prática não discursiva. Desde o século XVI, a ideia de método abala progressivamente a relação prática entre o conhecer e o fazer, impõe-se o esquema fundamental de um discurso que organiza a maneira de pensar em maneira de fazer, em gestão racional de uma produção e em operação regulada sobre campos apropriados.
Fato notável, desde o século XVIII e no decorrer do século XIX, os etnólogos ou os historiadores da ciência ou da técnica consideram as técnicas
respeitáveis em si mesmas. Destacam aquilo que fazem. Não sentem
necessidade exclusivamente de interpretar. Basta descrever. Enquistada na particularidade,
desprovida das generalizações que fazem a competência exclusiva do discurso, a
arte nem por isso deixa de formar um “sistema” e organizar-se por “fins” – dois
postulados que permitem a uma ciência e a uma ética conservar em seu lugar o
discurso “próprio” de que está privada, isto é, escrever-se no lugar e em nome
dessas práticas. A arte constitui em relação à ciência um saber em si mesmo
essencial, mas ilegível sem ela. Entre a ciência e a arte, considera-se não uma
alternativa, mas a complementaridade e, se possível, a articulação. O lugar que
lhe foi atribuído é relativo ao trabalho que, ao longo do século XIX, de um
lado isolou da arte as suas técnicas e, de outro, “geometrizou” e matematizou
essas técnicas. No saber-fazer se conseguiu aos poucos isolar tecnicamente aquilo
que poderia ser destacado da performance individual e isto se
“aperfeiçoou” em máquinas que constituem combinações controláveis de formas
materiais e forças. Esses “órgãos técnicos” são retirados da competência manual
e colocados num espaço próprio. Passam a subordinar-se ao domínio de uma
tecnologia. E agora o saber-fazer se acha lentamente privado daquilo que o
articulava objetivamente num fazer. Aos poucos essas técnicas lhe são
tiradas para serem transformadas em máquinas, e então o saber-fazer parece
retirar-se para um saber no plano subjetivo, separado através da divisão do trabalho social e da particularidade da linguagem de seus
procedimentos científicos.
A
otimização técnica do século XIX, indo inspirar-se no tesouro das artes e
ofícios para criar os modelos, pretextos ou regras obrigatórias para suas
invenções mecânicas, deixa às práticas cotidianas apenas um solo privado de
meios ou de produtos próprios. Ela o constitui em região folclórica ou em uma
terra duplamente silenciosa, sem discurso verbal como outrora e agora sem
linguagem manual. O “retorno” dessas práticas na narração, segundo
Michel de Certeau, está ligado a um fenômeno mais amplo, e historicamente menos
determinado, que se poderia designar como “estetização do saber” implícito no
saber-fazer. Separado de seus procedimentos, este saber é considerado um
“gosto” ou um “tato”, quem sabe mesmo “genialidade”. A ele se emprestam os
caracteres sociais de uma intuição ora artística, ora reflexa. Trata-se, como
se costuma dizer, de um conhecimento que não se conhece. Este “fazer cognitivo”
não viria acompanhado de uma autoconsciência que lhe desse um domínio por meio
de uma reduplicação ou “reflexão” interna. Entre a prática e a teoria, esse
conhecimento ocupa ainda uma “terceira” posição, não discursiva, mas primitiva.
Acha-se recolhido, originário, como uma “fonte” daquilo que se diferencia e se
elucida mais tarde. Trata-se de um saber não sabido. Há, nas práticas,
um estatuto análogo aquele que se atribui às fábulas ou aos mitos, como os
dizeres de conhecimentos que não se conhecem em si mesmos. Tanto num caso como
no outro, trata-se de um saber sobre os quais os sujeitos não refletem. Dele
dão testemunho sem poderem apropriar-se dele. São afinal locatários e não os
proprietários do seu próprio saber-fazer. A respeito deles não se pergunta se
há saber (supõe-se que deva haver), mas este é sabido apenas
por outros e não por seus portadores. Tal como o dos poetas ou pintores, o
saber-fazer das práticas cotidianas não seria conhecido senão pelo intérprete
que o esclarece no seu espelho discursivo, mas que não o possui tampouco. Não
pertence a ninguém. Fica circulando entre a inconsciência dos praticantes e a
reflexão dos não praticantes. Trata-se de um saber anônimo referencial, uma
condição de possibilidade das práticas técnicas ou eruditas.
A origem do surfe é disputada entre os povos peruanos e polinésios. A palavra surf começou a ser usada a partir de 1685, derivada da palavra indiana “sufe” que significa “o litoral”. A região da Polinésia é formada por um conjunto de ilhas no Pacífico que tem como ponto de partida do Havaí, ao Norte, à Nova Zelândia, no Sul, e de Samoa, no Oeste, à Ilha de Páscoa, no Leste. As primeiras habitações na região são datadas do ano 500, e há evidências de que uma segunda leva de migrantes chegou à Polinésia por volta de 1.100, antes dos navegadores europeus. A prática de “deslizar sobre as ondas” (cf. Lorch, 1980) há muito tempo já era reconhecida pelos povos polinésios, que povoaram grande parte das ilhas do Oceano Pacífico, além do litoral pacífico das Américas. Os primeiros relatos etnográficos do surfe dizem que este foi introduzido no Havaí pelo rei polinésio Tahíto. Outros relatos dão conta de que, muito antes dos havaianos, antigos povos peruanos já utilizavam uma espécie de canoa confeccionada de junco para deslizar sobre as ondas. O primeiro relato escrito da observação de pessoas a fazerem surfe, foi feito pelo navegador Inglês James Cook que gostou do esporte por se tratar de uma forma de relaxamento. Utilizavam-se, inicialmente, no Havaí pranchas de madeira denominadas Olo e Alaia e, no Peru, de junco. As pranchas eram fabricadas pelos próprios usuários. Acreditava-se que, ao fabricar sua própria prancha, se transmitiam todas as energias positivas para ela e, ao se praticar o esporte, se libertava das energias negativas. Os primeiros praticantes desse esporte acreditavam que sua prática se desenvolveria mediada por “um culto ao espírito do mar”. O reconhecimento mundial do esporte ocorreu com o campeão olímpico de natação e pai do surfe moderno, o havaiano Duke Paoa Kahanamoku (1890-1968). Ao ganhar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 1912, em Estocolmo, capital da Suécia, o atleta afirmou em entrevista que o seu treino se resumia em “cavalgar sobre as ondas com uma tábua de madeira” e passou a ser o desde então maior divulgador do esporte no mundo. O arquipélago do Havaí e os esportes típicos passaram a ser reconhecidos internacionalmente.
O duque Paoa Kahinu Mokoe Hulikohola
Kahanamoku, nativo do Havaí foi um nadador de competição que
popularizou o antigo esporte havaiano de surfe. Ele nasceu em uma família de nobres
menores no final do Reino do Havaí, pouco antes da queda. Ele viveu para ver a
admissão do território como um Estado e tornou-se cidadão dos Estados Unidos da
América. Ele foi cinco vezes medalhista olímpico na natação, ganhando medalhas
nas competições de 1912, 1920 e 1924. Paoa Kahanamoku se
juntou a organizações fraternas: ele era um maçom do rito escocês na loja de
Honolulu, e um Shriner, membro da Antiga Ordem Árabe dos Nobres do
Santuário Místico, popularmente conhecido como Shriners, é uma organização
ligada à Maçonaria. É reconhecida por manter hospitais para crianças: Shriners
Hospitals for Children. Com sede em Tampa, Flórida, os hospitais pertencem
e são operados pela Shriners International, anteriormente conhecida como Antiga
Ordem Árabe dos Nobres do Santuário Místico, organização relacionada à
Maçonaria cujos membros são conhecidos como Shriners usando um fez
vermelho. Paoa Kahanamoku trabalhou como aplicação da lei oficial, mas foi um
ator, um jogador de voleibol de praia, e um homem de negócios. De acordo com
Kahanamoku, ele nasceu em Honolulu em Hale`ākala, a casa do bispo Bernice
Pauahi, que mais tarde foi convertido no Hotel Arlington. Ele tinha cinco
irmãos, incluindo Samuel e Sargent, e três irmãs. Em 1893, sua família mudou-se
para Kālia, em Waikiki, para ficar próximo dos pais e família da mãe.
Kahanamoku cresceu com seus irmãos e 31 primos Paoa. Frequentou a Waikiki Grammar School, a
Kaahumanu School e as Kamehameha Schools. Não pode se formar porque pediu demissão para ajudar no sustento da família.
Duque
não era um título ou apelido, mas um nome dado. Ele recebeu o nome de seu pai,
o duque Halapu Kahanamoku, que foi batizado por Bernice Pauahi bispo em
homenagem ao príncipe Alfred, duque de Edimburgo, que estava visitando o Havaí.
Seu pai era policial. Sua mãe Julia Paʻakonia Lonokahikina Paoa era uma mulher
profundamente religiosa com um forte senso de ancestralidade familiar. Embora
seus pais não fizessem parte da família real havaiana formal, eles pertenciam a
proeminentes Ohana (famílias) havaianas. Os Kahanamoku e os Paoa Ohana
eram considerados nobres de escalão inferior, que estavam a serviço dos ali'i
nui, ou realeza. Seu avô paterno era Kahanamoku e sua avó, Kapiolani Kaoeha (às
vezes soletrado Kahoea ), uma descendente de Alapainui. Eles eram Kahu,
retentores e conselheiros de confiança dos Kamehamehas, com quem eram parentes.
Seus avós maternos Paoa, filho de Paoa Hoolae e Hiikaalani, e Mele Uliama,
também eram descendentes de ali'i. Crescendo nos arredores de Waikiki,
Kahanamoku passou grande parte de sua juventude com o convívio na praia, onde
desenvolveu suas habilidades de surfe e natação. Em sua juventude, Kahanamoku
preferia uma prancha de surfe tradicional, que ele chamou de “papa nui”,
construída à moda das antigas pranchas de olo havaianas. Feito da madeira de
uma árvore koa, tinha 16 pés (4,9 metros) de comprimento e pesava 114 libras
(52 kg). A prancha estava sem skeg, porque historicamente ainda não
havia sido inventado. Na carreira de surfista posterior, ele costumava usar
pranchas menores, mas sempre preferiu aquelas pranchas nativas fabricadas de
madeira.
A arte do surfe, reconhecida como
he’e ‘ana na língua havaiana, foi pela primeira vez registrada por exploradores
europeus em 1767 no Taiti. O surfe era uma parte central da antiga cultura
polinésia e antecede o contato europeu. O chefe (Ali’i) era tradicionalmente o
surfista mais habilidoso da comunidade e com a melhor prancha feita da melhor
madeira. A classe dominante tinha as melhores praias e as melhores pranchas;
aos súditos não eram permitidas as mesmas praias, mas poderiam ganhar
reconhecimento por sua capacidade em surfar nas suas próprias pranchas mais
simples. No Taiti e Samoa, o surfe era passatempo popular e também era usado
como treinamento de guerreiros. No Havaí, o surfe tornou-se um passatempo
espiritual enraizando-se na própria religião e cultura dos havaianos. Os
samoanos referiam-se a surfar como fa’ase’e ou se’egalu. Em
Tonga, um país da Oceania, integrante da Polinésia e formado pela união de 177
ilhas de mesmo nome, também conhecidas como Ilhas Amigáveis, o surfe também é
reconhecido como uma antiga prática, dada sua presença na tradição oral. As
tábuas de surfe foram inventadas no Havaí, onde eram reconhecidas como papa
he`e nalu na língua havaiana. Eram normalmente feitas de madeira de árvores
locais, como as koa, e tinham frequentemente mais de 15 pés (5 metros) de
comprimento e bastante pesadas frente às atuais. O desenho foi avançando ao
longo do decorrer dos anos e incorporando-se uma ou mais alhetas (quilhas) na parte
traseira inferior para melhorar a estabilidade direcional e muitas outras melhorias
na sua forma e materiais. Dessa maneira, as tábuas modernas estão feitas de
espuma de poliuretano ou poliestireno coberto com capas de fibra de vidro e de
resina de poliéster ou epóxi.
Em 11 de agosto de 1911, Kahanamoku
foi cronometrado em 55,4 segundos nas 100 jardas (91 m) de estilo livre,
batendo o recorde mundial existente por 4,6 segundos, na água salgada do porto
de Honolulu. Ele também quebrou o recorde nas 220 jardas (200 m) e igualou nas
50 jardas (46 m). Mas a Associação Atlética Amadora (AAU), incrédula, diante da
atividade criadora, não reconheceria esses feitos até muitos anos depois. A AAU
alegou que os juízes deviam usar “despertadores”, em vez de cronômetros, e,
posteriormente, alegou que as correntes oceânicas ajudaram Kahanamoku. Ele foi
iniciado na maçonaria, aprovado e elevado ao grau sublime de Mestre Maçom na
Loja Maçônica Havaiana e também era um nobre (membro) da organização fraterna
Shriners. Os Jogos Olímpicos de Verão de 1912 realizaram-se em Estocolmo,
capital da Suécia, entre 5 de maio e 27 de julho com 2407 atletas de 28 nações,
com a participação de apenas 48 mulheres. Abertos oficialmente pelo Rei Gustavo
V, os já bastante concorridos, prestigiados e famosos Jogos foram um modelo da
eficiência sueca e o primeiro a que compareceram atletas de todos os cinco
continentes representados na bandeira olímpica. Dotados de uma estrutura nunca
antes vista, estes foram os primeiros Jogos que utilizaram um moderno sistema
de som com alto-falantes espalhados pelo Complexo Olímpico e pela cidade, para
informar sobre os resultados individualizado de cada esporte. Estocolmo usou
pela primeira vez um sistema de fotografias e cronometragem semi-eletrônica,
para marcação simultânea da relação estabelecida entre os sucessivos tempos e movimentos
de sincronização na natação e atletismo. Foram os primeiros a enfatizar a
cerimônia coreografada de Abertura do evento, antecipando a entrada das
delegações nacionais, realizada por 200 jovens vestidos de branco na área
central do gramado do Estádio Olímpico. Esta foi a última edição em que as
formas das medalhas douradas foram inteiramente confeccionadas de ouro.
Portugal fez nesta edição a sua estreia nos Jogos Olímpicos, onde um atleta de
sua delegação teve a fatalidade de proporcionar a mais triste nota da
competição: o jovem fundista Francisco Lázaro, carpinteiro de apenas 21 anos,
morreu de desidratação, seguida de ataque cardíaco após correr 30 km da
Maratona e abandonar a prova. Os outros pioneiros atletas portugueses
participaram de provas no atletismo, luta e esgrima, sem, contudo, obter
sucesso almejado.
O resultado é uma prancha ligeira e
forte com objetivo de que seja flutuante e manobrável. Recentes inovações
tecnológicas introduzirão o uso da fibra de carbono na atual fabricação das mesmas.
As primeiras pranchas de espuma e fibra de vidro, foram construídas no final da
década de 1950, na Califórnia. Essas pranchas eram usadas em locais como
Rincon-Delmar, Redondo, Windandsea, Trestles e Malibu e, por algum motivo
desconhecido, esta última deu o nome as pranchas. Nos anos 1960 os
californianos eram mestres no uso dessas pranchas, nomes como Mickey “Mr.
Malibu” Dora, foi um dos primeiros atletas a incentivar a cultura do surfe
durante as décadas de 1950-60 e a sua fama de rebelde e carisma lhe renderam
apelidos como “Da Cat” e “King of Malibu”. Foi a época que surf era a graciosa
arte de passear a prancha, onde o cutback era a maior manobra. Em verdade o
cutback é essencialmente uma manobra usada pelos surfistas para se reposicionar
na parte de maior energia da onda. Tanto essa manobra quanto o re-entry podem
ser feitos em frontside ou backside, e a técnica básica não muda de um caso
para outro. À medida que o surf evoluiu as pranchas se tornaram menores e o
surf Malibu foi desaparecendo gradualmente. Durante quase 20 anos a técnica só
pode ser vista na Califórnia, onde os surfistas daqueles tempos ainda usavam
Malibu. Em dado momento do início da década de 1980, em Byron Bay, na
Austrália, houve um retorno e renovação daquele que se concretizou como estilo
Malibu, atualmente reconhecido como longboard, assim não demorou muito
até os fabricantes voltarem a produzir o reconhecido estilo clássico.
Duke Kahanamoku com sua prancha de sequoia vermelha (1921). |
O tamanho das tábuas para
pranchas de surf mede-se em pés, desde 4.8” até 9”. As maiores (longboard)
proporcionam um surf mais pausado, permitem montar-se em ondas menores e
percorrer maiores distâncias. A velocidade de remo é maior, mas são menos
manejáveis e dinâmicas que as menores. São as tábuas eficazes para dias de
ondas médias. As menores são perfeitas para as ondas maiores, bem mais
dinâmicas e ágeis. Os materiais tradicionais como madeira têm caído em desuso.
Às vezes as tábuas de materiais sintéticos imitam este material, como a fibra.
Os mais comuns são plásticos polipropilénicos de baixa densidade. Flutuam
bastante e são estáveis, mas são menos agradáveis ergonomicamente e pesam mais.
As profissionais são de espuma de poliuretano por dentro (o Foam) com um
reforço habitualmente de madeira e recobertas com teias de fibra de vidro. Tem diferentes
gramagem conforme a sua função e resistências. O desenho ou Shaping
é fundamental para a sua boa durabilidade já que a fibra de vidro é um
material onde o trabalhado influi muito na sua vida útil. Pode-se adquirir uma
tábua curta de fibra em oficinas de surf onde se fazem sob medida. O acabamento
também é importante podendo ser polido ou rugoso. A fabricação de pranchas
tradicionalmente começa por dar o formato à prancha pelo shaper e depois
segue o acabamento recoberta de fibra de vidro e colocação de quilhas.
Atualmente também se utiliza na fabricação de tábuas modernos processos de comando
numérico computadorizado (CNC), moldagem, assim como, concomitantemente,
com o crescente uso de materiais de engenharia como a fibra de carbono e outros
plásticos mais resistentes e leves para fabricação.
Do ponto de vista
técnico-metodológico as principais manobras do surfe são: o tubo que
representa não só para a maioria dos surfistas, mas para o conjunto da técnica,
a melhor manobra que uma onda pode proporcionar. Nela, o atleta fica debaixo de
água que entuba. Executar corretamente esta manobra não é tarefa fácil, pois se
a prancha acelerar demais, o tubo pode ficar para trás; e inversamente, se
acelerar de menos, o surfista é “engolido” e a sua execução comprometida. Para
reduzir a velocidade, existem duas técnicas essenciais: aumentar a pressão no
pé posicionado na parte de trás da prancha e colocar uma das mãos na parede formada
pela onda. Acelerar torna-se mais difícil porque, para além de aliviar a
pressão do pé de trás, o surfista tem que fazer um zigue-zague curtinho e de
forma eficiente no meio da formação da onda. As batidas são manobras
bastante utilizadas no surf, e agregam, pelo seu valor específico, muitos
pontos nos campeonatos de toda ordem, de acordo com a radicalidade com
que são executadas. Neste caso, o surfista bate com a parte de baixo da prancha
no lip - na crista da onda. Normalmente, a “batida no lip” faz parte da manobra
mais comum nos campeonatos: a rasgada. Para se manter equilibrado na
descida, o surfista deve ter a capacidade de distribuir o peso sobre os seus
pés. Se a face da onda não estiver suficientemente vertical, é necessário fazer
uma grande curva sobre a parte plana da onda e retomar a manobra.
No caso da rasgada, o surfista joga a rabeta da prancha para a frente e vira o corpo para a onda, forçando o pé de trás para espirrar o máximo de água possível. Se a manobra for executada com muita velocidade, é possível executar a batida, que vale bastantes pontos na maioria das provas. A manobra de 360º é de difícil execução porque exige muita técnica e habilidade sobre a prancha. É necessário que o atleta esteja suficientemente aquecido para não correr o risco de sofrer uma cãibra. O surfista efetua uma volta completa sobre si mesmo, utilizando a prancha, e continua na mesma direção. É realizada como se fosse uma batida, porém, é completada pelo lado contrário, ou seja, pelo lado da espuma e não pela face da onda. O floater é a manobra é utilizada para passar a onda que irá quebrar à frente do surfista, que, por sua vez, deve passar por cima da espuma como se estivesse a flutuar sobre a mesma, mantendo-se assim até atingir a face aberta da onda. Quando a onda começa a fechar-se, o surfista procura a crista, desliza sobre a espuma e volta para a onda. Esta manobra é muito parecida com aquela em que os skatistas, comparativamente, fazem em corrimãos de escadas nas pistas. Para realizar esta manobra, é necessário que o surfista ganhe velocidade e, na hora de saltar, levante o corpo, reduzindo a pressão da prancha contra a água. Para realizar um bom cut back, o surfista deverá definir o ponto exato de início e fim do movimento, para não ser apanhado pela onda no meio da manobra. Esta é a manobra “mais clássica” do surf, dominando a época em que as pranchas eram demasiado pesadas para manobras aéreas e rasgadas.
O
cut back é uma manobra em que o atleta volta na direção
contrária da onda e depois regressa na direção normal. Quando o surfista
acelera demais, é necessário que faça uma meia volta para acompanhar a
velocidade da onda. A técnica do cut back envolve fases de back side
e front side, além de ter uma boa noção de tempo e espaço correlata aos
movimentos. O movimento de manobra aéreo, é, sem dúvida, a manobra favorita nas
“expression sessions”, sessões exclusivas para manobras típicas arrojadas, que
acontecem durante as etapas do campeonato mundial de surf. O aéreo é nada mais,
nada menos, que um “voo sobre a onda”. Para que o surfista consiga tirar a
prancha da água por completo, é necessário que a puxe com uma ou com as duas
mãos. Existem muitos outros tipos de movimentos aéreos, mais acrobáticos, como
o rodeo clown – um looping fora da água –, inventado pelo
hexacampeão mundial Kelly Slater. Para executar a manobra, grab rail, o
surfista deve colocar a mão na borda da prancha para fazer um back side,
ou seja, um movimento com as costas voltadas para a parede da onda. Na manobra
cavada, o surfista faz uma curva na base da onda para conseguir mais
velocidade e depois vai na direção da crista. A cavada tanto pode ser realizada
debaixo da onda, subindo depois o surfista para realizar uma manobra de back
side, em que está de costas para a parede da onda; ou de front side,
quando o surfista está de frente para a parede. O movimento duck dive consiste
na técnica de mergulhar por baixo da onda com a prancha. O surfista coloca um
ou ambos os joelhos sobre a prancha, estica os braços e levanta a cintura acima
da prancha e da água, o mais possível. Quando a espuma passar, cola o corpo à
prancha.
Tatiana Weston-Webb surfando em Teahupoo no ano de 2017. |
No
início do século XX Duke Kahanamoku promoveu o surfe iniciando demonstrações em
outras regiões do mundo ocidental como a Califórnia, França, Austrália, América
do Sul e África. Marcadamente na década de 1940, o esporte popularizou-se na
costa oeste dos Estados Unidos, tornando-se popular entre os jovens,
principalmente nas praias do sul da Califórnia. Então, com o início dos
primeiros campeonatos de surfe em 1974, o surfe tornou-se popular em todo o
mundo, no início de emergente profissionalismo. A evolução do surfe moderno
foi especialmente marcado pela apresentação de novos modelos de pranchas de
surfe, como a prancha twin-fin de Mark Richards em 1980 e, depois, pela prancha
tri-fin de Simon Anderson em 1981. Esses australianos tornaram esse país o
detentor do maior número de campeões mundiais de surfe. A organização do
campeonato mundial é responsabilidade da Associação de Surfistas Profissionais.
Pode-se afirmar que o surfista reconhecido do mundo é o Floridense Kelly
Slater, que soma 11 títulos mundiais. Em 2016, foi consagrado pelo Comitê
Olímpico Internacional (COI) como esporte olímpico, a partir dos Jogos
Olímpicos de 2020, no Japão. Robert Kelly Slater é o maior surfista
profissional da história. Começou a competir no ano 1978, quando
tinha seis anos de idade, no Salick Brothers Surf Contest, que venceu.
Jovem para viajar, desenvolveu suas habilidades nas praias da
Flórida.
Por
volta de 1982, ganhou quase todos os campeonatos de Menehune para jovens
com idade inferior a 12 anos. Menehune era o nome de uma tribo mitológica de
polinésios. Slater é unodecacampeão mundial de surfe, e competiu nos X-Games de
2003 e 2004. Em maio de 2005, na final do Billabong Tahiti Pro em
Teahupoʻo, uma vila na costa sudoeste da ilha do Taiti, Polinésia Francesa. É
um local famoso por suas ondas gigantes, sendo uma das melhores
esquerdas junto com Pipeline para a prática de surfe no mundo. Slater tornou-se
o primeiro surfista a ter duas notas máximas no sistema de pontuação de duas
ondas da ASP, a conquista correspondente ao sistema anterior de três ondas
pertence a Shane Beschen em 1996. Slater acompanhou a evolução e as mudanças do
esporte durante duas décadas, inspirando surfistas de duas gerações, sendo
considerado por muitos como “o maior surfista de todos os tempos”. Neste
sentido, é uma das ondas mais pesadas do mundo foi oficialmente confirmada como
sede olímpica. Teahupoo, no Taiti, será o cenário onde os melhores surfistas do
mundo buscarão a medalha de ouro nos Jogos de Paris-2024. Teahupoo foi
incluída na lista das chamadas 10 Ondas Mortais da Transworld Surf,
revista da modalidade, e é comumente referida como a “onda mais pesada do
mundo”. O nome Teahupoo é traduzido livremente como “cortar a cabeça”, ou
“lugar de crânios” e faz parte do Circuito Mundial da WSL. Gabriel
Medina já faturou a etapa taitiana duas vezes (2014 e 2018). O Taiti, na
Polinésia Francesa, é considerado uma região da França, os habitantes são
franceses, bem como a língua francesa é oficial.
Waimea
Bay está localizado em Haleiwa na costa norte de O`ahu no Ilhas havaianas na boca do Rio Waimea. Vale Waimea
estende-se atrás da Baía de Waimea. A palavra Waimea significa “água avermelhada” em
havaiano. Historicamente o Capitão Charles Clerke a bordo HMSResolução ancorou
na Baía de Waimea em 28 de fevereiro de 1779. Clerke havia assumido o comando
do navio pouco antes. Capitão James Cook foi morto em Baía de Kealakekua em 14
de fevereiro. Waimea Bay foi o único ancoradouro O`ahu visitado pela
expedição. O Vale Waimea era densamente povoado na época, e os restos de Pu`u
o Mahuka, um importante heiau (Templo havaiano) ainda pode ser visto
radiante acima da baía. Monumento do estado de Pu'u o Mahuka Heiau é um
local histórico nativo do Havaí localizado logo acima da baía, perto da Pupukea
Road. É um local historicamente importante no North Shore, além de fornecer uma
vista da Baía de Waimea e da Cordilheira Waianae, a Waimea Bay está
localizada ao longo da Rodovia Kamehameha. A baía fica no lado noroeste da
rodovia no ponto de entrada. No inverno, Waimea e outros locais da Costa Norte
como Pipeline e Sunset Beach sediam uma série de competições para a realização de
surf “por causa das grandes ondas encontradas”. Essas ondas são criadas por
tempestades cíclicas de inverno no Pacífico Norte, e sua chegada ao North Shore
de O`ahu são normalmente previstas sincronicamente com relativa precisão
com vários dias de antecedência. Produzem ventos e chuvas como qualquer outra
região onde há significativas taxas de variação da pressão atmosférica.
O surf break em Waimea Bay
foi significativo no desenvolvimento de Surf de ondas grandes. As ondas
maiores na baía não foram surfadas por anos até 7 de novembro de 1957 quando um
punhado de surfistas finalmente remou e surfou nas ondas gigantes que quebram
no ponto norte da baía. Enquanto o surf só quebra grande várias vezes por ano,
Waimea foi o pico de surf de ondas grandes mais prestigiado do mundo por
décadas. Com o advento de surf de reboque, mais e mais ondas grandes foram
descobertas e são muito superiores em qualidade a Waimea. A baía ainda ocupa um
lugar significativo, de beleza e agruras destes sujeitos no mundo do surf de
ondas grandes. O Quiksilver Big Wave Invitational em memória de Eddie Aikau (Edward Ryan Makua Hanai Aikau, 1946-1978),
foi um famoso salva-vidas e surfista havaiano. Filho de uma família de vida
simples e brava do Hawaii. Foi um surfista muito respeitado das ondas grandes.
Morreu prematuramente aos 31 anos depois de sumir no oceano num acidente
fatídico quando seu barco virou em alto mar. Ipso facto, acontece o referido
evento em Waimea Bay para homenagear o lendário surfista e o primeiro
salva-vidas do North Shore de Oahu. Desde seu início em 1984, o torneio foi
realizado apenas nove vezes, devido à pré-condição de que as ondas de mar
aberto, sob condições normais de temperatura e pressão, atinjam uma altura
mínima de 6,1 m (20 pés) antes que a competição possa ser realizada. As ondas
em mar aberto desta altura geralmente se traduzem em faces de ondas na baía em
torno de 30 pés (9,1 m) a 40 pés (equivalente a 12 m). O torneio mais recente ocorreu
em fevereiro de 2016. Contudo,
historicamente em 28 de janeiro de 1998, o Havaí emitiu sua primeira “condição
negra”, sinalizando segurança e sinal de alerta, fechando legalmente todas as
praias de North Shore, incluindo a baía de Waimea. O Quiksilver Big Wave
Invitational em Memory de Eddie Aikau foi cancelado devido ao surf gigante
acima da média de normalização.
Tow-in surfing é uma técnica
pioneira desenvolvida por Laird Hamilton, Buzzy Kerbox, Dave Kalama, entre
outros, em meados dos anos 1990 onde um surfista é rebocado por um Jet-Ski
(mais comum) ou por um Helicóptero até a onda. Este método tem uma vantagem
demonstrada nas situações em que a onda é muito grande e se move muito
rapidamente para o surfista apanhá-la apenas na remada. A utilização de um
helicóptero para o Tow-In Surfing começou a aparecer em meados da década
de 2000, e tem várias vantagens sobre o uso de Jet-Skis. O piloto, posicionado
acima do surfista, é capaz de detectar grandes ondas de mais longe e levar o
surfista, através de uma corda, até a onda desejada. Além disso, um helicóptero
pode ir mais rápido e não é afetado pela superfície do oceano. Críticos do processo
de trabalho do Tow-In Surfing criticam o ruído e a poluição realizada
pelos motores das máquinas utilizadas para o Tow-In, bem como a
probabilidade de que novos participantes da competição possam se aventurar sem
o treinamento e preparação adequada para a sobrevivência no esporte. Por outro
lado, uma equipe qualificada de motorista e surfista, que muitas vezes trocam
papéis na água durante uma sessão, elaboram um relatório e uma compreensão do
oceano e suas condições técnicas que lhes permite prever se as ondas estão
adequadas a prática do Tow-In. Ambientalistas e surfistas puritanos tem
passado uma proposta para encerrar a prática do Tow-In em Mavericks na
Califórnia do Norte, acusando que a prática do esporte causa prejuízos a fauna
local e incômodos aos residentes do litoral californiano devido ao barulho
excessivo dos Jet-Skis. O Tow-in é uma modalidade de trabalho
cooperativo permitindo que os surfistas peguem as maiores ondas em sua
atividade de treinamento, lazer ou competição. Os surfistas são rebocados para
dentro de ondas gigantescas, mais altas que um edifício de 6 andares.
O simples contato social
provoca, na maior parte dos trabalhos produtivos, emulação e excitação
particular dos espíritos vitais que elevam o rendimento dos trabalhadores
individuais, fazendo com que uma dúzia de indivíduos forneça, numa jornada de
trabalho simultânea de 144 horas, um produto total muito maior do que doze
trabalhadores isolados, ou cada um deles trabalhando 12 horas. Embora muitos
indivíduos possam executar simultânea e conjuntamente a mesma tarefa, ou o
mesmo tipo de trabalho de cada um, como parte do trabalho total, podem
representar diferentes fases do próprio processo de trabalho, fases que o
objeto de trabalho percorre com maior rapidez graças à cooperação. O objeto
de trabalho percorre o mesmo espaço em menos tempo. Por um lado, a
cooperação possibilita estender o lugar praticado no âmbito espacial do
trabalho, razão pela qual é exigida em certos processos devido á própria
configuração espacial do objeto de trabalho, como na drenagem da terra, no
represamento, na irrigação, na construção de canais, estradas, ferrovias, o mar
como meio de comunicação etc. O comércio e o mercado mundiais inauguram, no
século XVI, a história social moderna do capital. Se abstrairmos a categoria
social do comércio material da circulação de mercadorias, isto é, da troca dos
diversos valores de uso, e considerarmos apenas as formas econômicas que esse
processo engendra, encontraremos, como seu produto final, o dinheiro. Ao deixar
a esfera da circulação interna, o dinheiro se despe de suas formas locais de
padrão de medida dos preços, de moeda, de moeda simbólica e de símbolo de
valor, e retorna à sua forma original de barra de metal precioso, como vemos
nas medalhas de ouro. No comércio mundial, as mercadorias desdobram seu valor.
O produto da circulação é a forma de manifestação representada através do capital.
Eddie Aikau nasceu em 4 de maio de
1946, terceiro de seis filhos de Solomon e Henrieta Aikau. A família pobre de
descendência havaiana mudou-se de Maui para Oahu em 1958 em busca de
oportunidades de trabalho na vida, pois o Hawaii tornara-se o 50º estado
norte-americano, Honolulu crescia. Eddie largou os estudos aos 16 anos, foi
trabalhar em plantação, dirigir máquina; mas muito apto às atividades no mar
desde a infância, como os irmãos, preferia, no entanto, ondas maiores. Começou
a frequentar o North Shore em meados dos anos 1960, inicialmente de carona com
John Kelly, um dos californianos que se mudou para o Hawaii na década de 1950,
como George Downing, Greg Noll, Pat Curren, Peter Cole, Fred Van Dyke. Greg
Noll e amigos que tem o honroso mérito de primeiros a surfar Waimea Bay, em
1957. Waimea era tabu até então. Além do heiau sagrado dos havaianos no alto do
morro, foi ali que Dickie Cross desapareceu em 1943. Em 1967, dez anos após a
primeira caída de Noll, Eddie Aikau começou a estabelecer sua reputação de “rei
de Waimea”, quando uma ondulação daquelas que invade estradas e abala casas se
abateu sobre Oahu, em novembro. Pelos feitos como big rider, Eddie tornou-se um
dos dois primeiros salva-vidas do North Shore. Ficava sediado na temida Waimea,
e Butch Van Artsdalen na temida Pipeline. Pelos feitos como salva-vidas e big
rider, tornou-se símbolo de orgulho havaiano, comparativamente, como Kenpo
Havaiano, que representa uma arte marcial desenvolvida no Havaí, possuindo uma
característica cultural única voltada diretamente para o cuidado físico de
defesa pessoal.
Há relatos etnográficos extensos desses feitos no livro Eddie would go - The story of Eddie Aikau (Coleman, 2004), “hawaiian hero and pioneer of bigwave surfing, de Stuart Holmes Coleman”. Como surfista profissional, Eddie viajou à África do Sul, Austrália, e após ser finalista do Duke Kahanamoku Invitational Surfing Championship por quase uma década, finalmente venceu o evento em 1977, em Sunset Beach quando é nomeado em homenagem ao “Pai do Surf Moderno”, Duke Paoa Kahinu Mokoe Hulikohola Kahanamoku. O concurso começou em 1965, por convite apenas em Sunset Beach, na costa norte de Oʻahu, até ser substituído pelo Billabong Pro em 1985. No ano seguinte Eddie Aikau integrou a tripulação do catamarã Hokulea, na segunda expedição rumo ao Tahiti. Refazendo a démarche das antigas rotas de navegação dos polinésios, o Hokulea viajava sem instrumentos de navegação e demais recursos tecnológicos, sendo guiado pelas estrelas, como os antepassados. O Hokulea partiu no dia 16 de março e, por uma série de coincidências infelizes, adernou durante a madrugada entre as ilhas de Lanai e Molokai. Seus tripulantes ficaram quase 24 horas agarrados ao casco do barco, empurrados por ondas de 15 pés e ventos de 35 mph em direção ao oceano, sem ter como pedir ajuda. Velocidade do vento em metros/segundo (m/s), milhas/ hora (mph) e na escala Beaufort ocorre quando a velocidade do vento é de apenas 16 km / h (10 mph). Eddie partiu com sua prancha em busca de ajuda na Ilha de Lanai, cerca de 20 milhas de distância. É a sexta maior ilha do Havaí, possuindo uma área de 363 quilômetros quadrados. É também parte do estado norte-americano de Havaí. Lanai também é conhecida como “A ilha do Abacaxi”, por conter muitos arbustos desta fruta em seu território. Os náufragos foram avistados, conforme é reconhecido, por um avião de turistas japoneses ao entardecer, e resgatados de helicóptero provavelmente horas depois. As buscas por Eddie duraram quatro dias, mas tanto o corpo quanto a prancha não foram encontrados. Uma cerimônia foi realizada depois em Waimea Bay, que desde 1987 sedia o evento em sua homenagem.
Laird John Hamilton, nascido em 2 de
março de 1964, é um surfista americano de ondas grandes, coinventor do surf
tow-in e ocasional modelo de moda e esportes de ação. Ele é casado com Gabrielle Reece, jogadora
profissional de voleibol, personalidade da televisão e modelo. Laird nasceu
Laird John Zerfas em San Francisco em 2 de março de 1964, em uma esfera
experimental de água salgada no UCSF Medical Center, projetada para facilitar o
trabalho de parto da mãe. O Centro Médico da Universidade da Califórnia em São
Francisco é um hospital de ensino e pesquisa em São Francisco, Califórnia, e é
o centro médico da Universidade da Califórnia, em São Francisco. É afiliado à
Escola de Medicina da UCSF. Seu pai, Leon Grotious Zerfas, deixou a família
antes de seu primeiro aniversário. Enquanto ele era criança, Laird e sua mãe,
Joann (nascida Zyirek), mudaram-se para o Havaí. Em 1967, quando ainda era um
menino que morava em Oahu, Laird se encontrou com o surfista dos anos 1960
William Stuart “Bill” Hamilton na praia de Pūpūkea no North Shore. Bill
Hamilton era um shaper e glasser de pranchas de surfe em Oahu nas décadas de
1960 e 1970 e possuía uma pequena empresa de pranchas de surfe personalizadas
de alto desempenho para os surfistas de ondas grandes de Oahu North Shore da
época. Os dois tornaram-se amigos. O jovem Laird convidou Bill Hamilton para
casa para conhecer sua mãe. Bill Hamilton se casou com a mãe solteira de Laird,
tornando-se o pai adotivo de Laird. A família mudou-se para um vale remoto na
ilha de Kaua`i situada no Pacífico Central que faz parte do arquipélago
havaiano. Ela é apelidada de Ilha Jardim por conta da floresta tropical
que cobre parte de sua superfície. Joann e Bill tiveram um segundo filho, Lyon,
meio-irmão de Laird, que também se tornou surfista.
A
mãe de Laird Hamilton morreu de aneurisma cerebral em 1997. Hamilton tinha a
reputação de ser agressivo com outras pessoas de sua idade. O papel do estranho
afetou profundamente Laird até a adolescência e o início da vida adulta. Ele se
acostumou com esse papel e se sentia desconfortável por estar no centro de
qualquer coisa. Ele também era reconhecido por sua resistência física e mental.
Laird é visto nas primeiras imagens de vídeo pulando de um penhasco de 18
metros em águas profundas aos 7 anos de idade. Aos 16 anos, Hamilton deixou a
11ª série na Kapaa High School para seguir a carreira de modelo e trabalhar na
construção. Aos 17, Hamilton foi descoberto em uma praia em Kaua`i por
um fotógrafo da revista italiana Vogue Masculina L'Uomo Vogue, que lhe
rendeu um contrato de modelo e mais tarde uma sessão de fotos em 1983 com a
atriz Brooke Shields. Hamilton continuou a fazer modelos ocasionais de
impressão em roupas esportivas de ação masculina. Em 2008, anunciou sua própria
linha Wonderwall de roupas a preços acessíveis, vendida por Steve & Barry`s
até que o varejista fechou no final de janeiro de 2009. Ele tem o patrocínio de
longa data da empresa francesa de moda praia Oxbow. Aos 17 anos, Hamilton havia
se tornado um surfista talentoso e poderia ter deixado de ser modelo para
seguir no tour do Campeonato Mundial de surfe. O surfe competitivo nunca
o atraiu, tendo em vista que viu seu pai suportar a política de competição de
surfe e a sorte aleatória das ondas em eventos de campeonato de surfe. Pela
experiência paterna, aprendeu que seu pai Bill Hamilton considerava o surfe
mais uma obra de arte, do que tecnicamente baseado principalmente no desempenho
do passeio julgado de “onda por onda avaliado pelos juízes” (cf. Jung, 1991;
Lorch, 1980). No filme North Shore, de 1987, Hamilton desempenhou o
papel violento e antagônico de “Lance Burkhart”. Apesar do sucesso na
modelagem durante os anos 1980, com sua educação profissional, pretendeu uma vida de surfista, mas continuou a rejeitar o circuito de
competição profissional.
O
filme North Shore foi dirigido por William Phelps em 1987. Rick Kaine
inspirou no Brasil uma geração de surfistas de final de semana, escrito por
Randal Kleiser, Tim McCanlies, William Phelps. O filme conta com a participação
de surfistas profissionais como Gerry Lopez, Laird Hamilton, Mark Occhilupo,
Robbie Page entre outros. Rick Kane é um surfista do Arizona - isso mesmo,
Arizona Estados Unidos - que ao vencer um campeonato de surf de piscina daquele
estado ganha uma passagem para o Havaí. Rick vê a grande oportunidade de
realizar o sonho comum dos surfistas: conhecer e surfar no lugar que é
reconhecido, mal comparando, como a “meca” do surf mundial, o North Shore da
ilha de Oahu no Havaí. Mas ele não conhece praticamente nada e a sua única
referência é um velho amigo que esteve no Arizona e lhe prometeu - se caso ele
fosse ao Havaí - a sua casa para sua hospedagem. Mas tudo acaba dando errado;
ao encontrá-lo, Rick se envolve em uma confusão. Salvo por Alex Rogers (Robbie
Page) e “Occy” (Mark Occhilupo) Rick começa a se enturmar e conhecer certas
regras do Havaí, principalmente por ser um haole, um termo havaiano para
indivíduos que não são nativos. No Havaí, pode significar qualquer estrangeiro
ou qualquer outra coisa introduzida nas ilhas havaianas de origem estrangeira.
As origens da palavra são anteriores à chegada de James Cook, conforme
registrada em vários cânticos decorrentes da antiguidade. Assim, mal se livra
de uma confusão e ele já entra em outra no dia seguinte. Levado por Rogers e
Occy para uma caída matinal em Sunset Beach, Rick acaba atrapalhando o drop do
líder dos Hui (clube de surfistas que prega a preservação das ondas do
Havaí para os nativos) Vince (Gerry Lopez) e acaba tendo os seus
pertences roubados por um dos locais.
Esse
episódio lhe rende uma grande amizade; ao procurar uma delegacia de polícia para
prestar queixa, ele acaba conhecendo o lendário Tartaruga (John Philbin) que
lhe ajuda apresentando a ele o famigerado e estimado Shaper Chandler (Gregory
Harrison), que vai ensinar a Rick a diferença entre os soul surfers (“surfistas
de alma”) e aqueles que no cotidiano surfam simplesmente pela fama e dinheiro.
Ao mesmo tempo, o jovem ficará interessado por uma bela garota nativa, Kiani
(Nia Peeples). O filme conta com participações especiais de surfistas
profissionais e campeões como Shaun Tompson, Derek Ho, (Mark Occhilupo), Robbie
Page entre outros. Juntando entrevistas da família Aikau, dos amigos de Eddie e
de vários ícones do surf, Stuart Holmes Coleman faz uma crônica da vida e da
morte precoce deste herói nacional havaiano. O livro descortina a história oral
de seus incríveis resgates como salva-vidas em Waimea às enormes festas na casa
da família Aikau para comemorar seus feitos como big rider. No caminho, o autor
narra a North Shore durante os anos 1960-1970, detalhando o crescimento do surf
profissional, o aparecimento do localismo e sessões históricas em Waimea. A
expressão inglesa “Eddie would go”, que pode ser traduzida como “Eddie iria”,
passou a ser utilizada em situações gerais no âmbito do processo de trabalho e
de comunicação onde as pessoas se recusam a ir a determinado local por este ser
demasiadamente perigoso: - “você teve medo de ir, mas Eddie iria”. Tal frase
alude aos resgates realizados por Eddie Aikau, muitas vezes arriscados e
perigosos. Está estampada em camisas, quadros e souvenirs pelo
Havaí. A expressão teria nascido durante
o campeonato Eddie Aikau de 1986. Naquele ano, o mar estava especialmente
agressivo e perigoso. Todos estavam prontos: surfistas, repórteres e a plateia.
A comissão organizadora, porém, deliberava para decidir se era seguro realizar
o campeonato ou se tecnicamente o abortariam. O renomado Mark Foo
estava parado na praia, olhando as ondas. Virou-se para um repórter que estava
próximo e disse: - “Eddie would go”.
O Havaí representa um dos 50 estados
dos Estados Unidos da América. Localiza-se em um arquipélago “no meio do Oceano
Pacífico”, podendo ser considerado o estado norte-americano mais isolado em
relação ao restante territorial do país. Sua capital e maior cidade, Honolulu,
localiza-se a mais de 3 100 km de qualquer outro Estado norte-americano. O
arquipélago que forma o Havaí é reconhecido historicamente pelo nome de Ilhas
Sanduíche (“Sandwich Islands”). Historicamente era povoado por polinésios,
sendo que a região era governada por vários chefes polinésios locais, até 1810,
quando Kamehameha I centralizou o governo do arquipélago, e instituiu uma
monarquia. O Havaí é o único Estado dos Estados Unidos cujos nativos
utilizaram-se inicialmente da monarquia como forma de governo. Em 1894, o
arquipélago tornou-se uma República, e quatro anos depois, em 1898, foi
invadido militarmente e anexado pela força bruta da política, como se refere
Marx, sobre o colonialismo pelos Estados Unidos, tornando-se território em
1900. Desde então, grande número de pessoas com ascendentes europeus, vindos de
outras partes do país, bem como imigrantes asiáticos, instalaram-se no Havaí,
dando à população local um aspecto altamente multicultural, se já não é um
truísmo. Na política, a base naval norte-americana de Pearl Harbour foi atacada
por aeronaves da Marinha Imperial japonesa, em 7 de dezembro de 1941. O ataque
fez com que os Estados Unidos entrassem oficialmente na 2ª guerra mundial. Mais
de 2 400 pessoas morreram no ataque. Em 21 de agosto de 1959, o Havaí tornou-se
o 50º e último Estado a entrar à União.
Um dos primeiros exploradores
europeus a desembarcar em terras havaianas foi o explorador britânico James
Cook (cf. Nicholas, 2003) em 18 de janeiro de 1778. Não obstante, na
historiografia sobre o Havaí, Cook é que é creditado com a “descoberta” ou
invasão do arquipélago por ter sido o primeiro a registrar oficialmente a
descoberta, bem como o primeiro a fornecer as suas coordenadas geográficas.
Cook nomeou o arquipélago de Ilhas Sanduíche, em homenagem ao Duque de
Sandwich, um lorde britânico, nome este que é ainda utilizado em atlas em
geográficos passadistas. O fato político do “descobrimento” e a posição
geográfica do arquipélago do Havaí, este tornou-se um ponto de escala frequente
de navios europeus que trafegavam fazendo longas viagens transoceânicas.
Doenças contagiosas, causadas por micróbios transportados pelos marinheiros
europeus e com as quais os nativos nunca tinham tido contato, mataram dezenas
de milhares de nativos polinésios na região ao longo do século XIX. Antes da
invasão dos europeus o arquipélago havaiano estava fragmentado em uma série de
tribos governadas por chefes indígenas. Algumas ilhas eram governadas por uma
única tribo, outras por tribos diferentes polinésias batalhavam entre si depois
da morte de um chefe.
A
imigração de origem portuguesa, mais concretamente dos Açores e da Madeira,
também se fez sentir com expressividade. Esta comunidade dedicou-se ao cultivo
de cana-de-açúcar, misturando vasto património cultural com os costumes do povo
do Havaí. Apesar de já não se falar português no Havaí, muito da culinária das
ilhas tem traços portugueses. A existência de diversos nomes de família atesta
a origem de muitos emigrantes oriundos de Portugal, e em particular das ilhas. Prova
disso reside na existência do instrumento de cordas ukelele, descendente
direto do cavaquinho. Em 1874, Kalākaua tornou-se rei do Havaí. Ele promoveu os
costumes e a cultura havaiana entre a população nativa. A população do Havaí,
especialmente agricultores, não gostavam dos laços políticos e econômicos que
Kalākaua tinha com governo e comerciantes norte-americanos. Entre outros atos,
Kalākaua permitiu que os norte-americanos construíssem uma base naval em Pearl Harbour.
Kalākaua foi obrigado a criar nova Constituição em 1887, limitando seus
poderes. Quando Kalākaua morreu, sua irmã, Liliuokalani, tornou-se rainha do
Havaí. Liliuokalani apoiava os nativos havaianos em seu descontentamento contra
a população de novos estrangeiros ou de descendência europeia.
Em 1782, o líder indígena, Kamehameha, iniciou uma longa guerra indígena, que duraria 13 anos, contra outros chefes da região e outras ilhas. Auxiliado por armas modernas, comercializadas com os navegadores e comerciantes europeus e americanos que utilizavam a ilha como escala em suas viagens, Kamehameha uniu todo o arquipélago, com exceção das ilhas de Kaua‘i e de Ni‘ihau, em 1795. Kamehameha comandou duas invasões, em 1796 e em 1803, contra estas ilhas que fracassaram devido tanto a uma rebelião e como a uma epidemia, respectivamente. Enquanto isto, Kamehameha instituiu um sistema de administração política baseada em padrões de governo do Ocidente. Kamehameha instituiu uma monarquia no Havaí, e apropriou-se de todas as terras do arquipélago, cedendo lotes de terra para famílias rurais. Em 1810, cerca de quinze anos depois, Kaua‘i e Ni‘ihau concordaram em unir-se pacificamente ao Reino de Kamehameha. Durante o século XIX, a economia do Havaí prosperaria, com a venda de madeira de alta qualidade para a China até a década de 1830, com a venda de água potável e suprimentos para navios fazendo viagens no Oceano Pacífico desde a década de 1820, com a venda da produção de produtos primários de cana de açúcar desde 1830, e de abacaxis da década de 1880 em diante. A dinastia Kamehameha governaria o arquipélago até 1872.
O
filho de Kamehameha, Kamehameha II, tornou-se o monarca do arquipélago havaiano
em 1819, após a morte de seu pai. Kamehameha II aboliu a prática da religião
havaiana em lugares públicos, embora permitisse esta prática em lugares
privados. Em 1820, o governo americano enviou um grupo de missionários e
professores brancos protestantes, que eventualmente converteriam a maior parte
da população do Havaí para o protestantismo. Criaram também uma forma escrita
para o idioma havaiano e fundaram as primeiras escolas no Havaí. Missionários
católicos romanos espanhóis e franceses desembarcariam pela primeira vez em
1827. Os católicos não foram inicialmente bem-recebidos pelos nativos havaianos,
que já eram em sua maioria protestantes.
Em 1831, os havaianos forçaram a pequena população católica de descendência
europeia a sair do arquipélago, enquanto que católicos de origem havaiana foram
em sua maioria presos. Cinco anos depois, em 1836, uma fragata francesa
bloqueou o porto de Honolulu, e obrigou Kamehameha II a liberar os católicos
aprisionados e a permitir a violação de liberdade de expressão religiosa. Um
outro filho de Kamehameha, o Rei Kamehameha III (Kauikeaouli) criou a
primeira constituição do Havaí em 1839, e um sólido governo central composto
pelos poderes executivo, legislativo e judiciário. O governo norte-americano
reconheceu o Havaí como um país independente. Desde a década de 1850 em diante,
o Havaí começou a receber centenas de imigrantes asiáticos por ano.
Inicialmente, os chineses foram os principais imigrantes. A imigração chinesa
ao arquipélago data de 1789, embora esta tenha sido mais forte de
1850 até o início do século XX. Posteriormente, na década de 1860, grandes
números de polinésios instalaram-se no Havaí. Em meados da década de 1880 até a
década de 1930, grandes números de japoneses instalaram-se no Havaí.
Porém,
à época, comerciantes e agricultores americanos já controlavam muito da
economia do Havaí. Em 1893, em uma invasão, tropas americanas e grupos
militantes liderados por norte-americanos, alemães e britânicos, tomaram o
Havaí e depuseram Liliuokalani. Liliuokalani foi a última rainha do Reino do
Havaí, deposta em 1893 por uma invasão armada dos Estados Unidos da América,
sob apoio e interesses colonialista de cristãos protestantes. A invasão
norte-americana causou grande descontentamento entre a população do Havaí, o
que fez com que o próprio presidente americano à época, Grover Cleveland, aconselhasse
que a rainha tivesse seu trono de volta. Tanto Lili‘uokalani que recusou perdão
publicamente aos líderes desta invasão, quanto os principais líderes desta
invasão recusaram. Lili‘uokalani foi a última monarca do arquipélago. Ainda em
1894, uma república foi instituída, com um norte-americano, Sanford Dole sendo
presidente. A república foi abolida em 1898, quando uma parte do Congresso dos
EUA criou uma resolução conjunta, que é usada especificamente internamente como
um meio para adquirir o Reino do Havaí como seu novo território em agosto de
1898. Em 14 de junho de 1900, o Havaí tornou-se um território dos Estados
Unidos.
Lili'uokalani,
foi rainha do Havaí entre 1838-1917, originalmente de nome Lydia Kamaka`eha,
também reconhecida como Lydia Kamaka`eha Paki, escolheu como nome real Lili`uokalani,
e mais tarde novamente teve o nome trocado para Lydia K. Dominis, foi a última representante
monarca do Reino do Havaí. E também compositora de Aloha ʻOe (“adeus a
ti”) mais famosa canção e um símbolo cultural para o Havaí e de outras músicas.
Ela escreveu sua autobiografia Hawaii`s Story by Hawaii`s Queen (1898) cinco
anos após perder seu trono. Havia herdado o trono de seu irmão Kalākaua em 17
de janeiro de 1891. Logo após a sua ascensão ao poder, ela tentou promulgar uma
nova constituição, já que a Constituição da Baioneta, assim apelidada porque
havia sido assinada pelo monarca anterior sob pressão, limitava seu poder. O
documento dava direito a voto para os residentes estrangeiros e restringia os
direitos de sufrágio dos trabalhadores asiáticos, das pessoas de baixa renda ou
que não possuíssem propriedades. Subitamente, três em cada quatro pessoas
nativas do Havaí perderam o direito ao voto. Foi derrotada em 1893 por
descendentes de norte-americanos que queriam que o reino passasse a formar os
Estados Unidos da América (EUA), algo que finalmente conseguiram anos depois,
quando a monarca abdicou ao trono “para evitar enfrentamentos sangrentos”. Os
empresários norte-americanos que investiam na produção açucareira estavam
preocupados com os impostos cobrados pelo Reino do Havaí, por isso “almejavam a
anexação do território aos EUA, um grande mercado consumidor”. Em 1893, o
representante norte-americano no Havaí, John L. Stevens, pediu que
as tropas do U.S.S. Boston estabelecidas em terra protegessem os negócios e as
propriedades dos norte-americanos. Sua Majestade foi deposta naquele ano, e decorrente
do vácuo no poder foi estabelecido um governo provisório.
O
governo do presidente dos EUA, Grover Cleveland (1893-97), acreditava que a
população havaiana estava do lado de sua monarca e que a deposição da rainha
era ilegal. Por conta disso, em 16 de novembro de 1893, o governo ofereceu à
rainha a restauração de seu trono se ela concedesse anistia a todos os
envolvidos na deposição. Em um primeiro momento, a rainha se negou alegando que
queria que os golpistas fossem punidos. Ante esta situação, o Presidente
Cleveland levou a questão ao Congresso. Em 18 de dezembro de 1893 o ministro
norte-americano Willis solicitou ao governo provisório que devolvesse o poder a
Lili'uokalani, que se negou a fazê-lo. Em 4 de julho (alusão ao dia da
independência dos EUA) de 1894, foi proclamada a República do Havaí e Sanford
B. Dole, um dos primeiros defensores da república, nomeado presidente. O
governo dos EUA logo reconheceu o novo país. Lili'uokalani foi detida em 16 de
janeiro de 1895, após uma rebelião de Robert Wilcox, quando armas de fogo foram
encontradas nos jardins de sua casa; fato que ela negou conhecimento. Por este
motivo, foi sentenciada a 5 anos de trabalhos pesados na prisão e multa de $ 5
mil, mas a sentença foi comutada para prisão domiciliar no Palácio 'Iolani onde
ficou presa até 1896. Após oito meses, ela abdicou do trono em troca da soltura
de seus aliados da prisão. Mudou-se para o palácio Washington Place, onde
residiu de forma anônima até à sua morte em 1917, por complicações de um
derrame cerebral. O território do Havaí foi anexado aos Estados Unidos em 1898.
No
verão, Waimea normalmente tem águas claras e calmas. O Pacífico é o maior
oceano da Terra, situado entre a América, a leste, a Ásia e a Austrália, a
oeste, e a Antártida, ao sul. Com 180 milhões de km² de área superficial, o
Pacífico cobre quase um terço da superfície do planeta e corresponde a quase
metade da superfície e do volume dos oceanos. Movendo-se um globo terrestre de
forma adequada é possível visualizar-se um hemisfério inteiro do planeta
coberto apenas por água, ficando todos os continentes no hemisfério oposto,
ocultos à visão em tal posição abstrata. Descoberto pelo europeu Vasco Núñez de
Balboa, em 1513, embora desde 1511 que os portugueses navegassem regularmente
no mar meridional da China, o qual pertence ao oceano Pacífico, chegando à
Tailândia em 1511 e à China em junho de 1513, com Jorge Alvares, antes de Balboa
avistar aquele oceano. que se deu pela chegada da armada do navegador Cristóvão
Colombo nas Bahamas em 12 de outubro de 1492 na tentativa de encontrar uma rota
alternativa para o comércio das Índias, representa o início da colonização
europeia do continente americano. Embora o termo mais usado seja “descoberto”,
a chegada de Colombo em si não representa o início da ocupação humana do “Novo
Mundo”, já que havia habitantes, reconhecidos como povos ameríndios. Ainda
assim, deve-se acentuar a descoberta como um dos pontos altos das ditas grandes
navegações na chamada Era dos Descobrimentos.
Os
navios da esquadra de Cabral que estiveram nas costas brasileiras em 1500 eram
algumas das mais sofisticadas máquinas disponíveis à humanidade. Tinham uma
complexa tecnologia propulsora baseada em um conjunto de mastros e velas que
proporcionava boa capacidade de manobra e movimentação em mar alto.
Equipamentos de navegação como bússola e astrolábio facilitavam ao navio se
afastar das costas. O armazenamento de víveres permitia um planejamento para
que se percorressem longas distâncias. O armamento de canhões de carregar pela
boca com pólvora e balas esféricas dava um poder de fogo sem rival no resto do
planeta. As grandes navegações incluíam a mística da cruzada cristã com
interesse mercantil. Para o empreendimento dar certo, era necessária uma base
tecnológica adequada. Todos esses fatores estavam representados entre os cerca
de 1.500 homens que tripulavam os 13 navios da frota cabralina. A maneira como
esses navios eram habitados, navegados e comandados resumia-se em um universo
múltiplo e fechado do empreendimento civilizatório português. No comando
supremo estavam os fidalgos aristocratas. Religiosos embarcados cuidavam de
manter a bordo o enorme poder que a Igreja tinha em Portugal. Havia técnicos
especializados em navegação, os pilotos, as pessoas mais
importantes a bordo depois do capitão e ninguém podia interferir no seu
julgamento sobre as manobras do navio. Seu local de trabalho era uma cadeira que
ficava ao lado da agulha de marear (a bússola).
Na
peculiaridade histórica brasileira, a camada dirigente atua em nome próprio,
servida dos instrumentos políticos derivados de sua posse do aparelhamento
estatal. Ao receber o impacto de novas forças sociais, a categoria estamental
as amacia, domestica, embotando-lhes a agressividade transformadora, para
incorporá-las a valores próprios, muitas vezes mediante a adoção de uma
ideologia diversa, se compatível com o esquema de domínio. A mudança econômico-social,
possível e ajustável à estrutura política, opera-se até esgotar-se o ânimo
criador que inspirou a ascensão da dinastia de Avis no século XIV. O centro do
mundo desloca-se, na consciência dos atores, para o pequeno palco lusitano, mas
poderoso com a utilização da nau, com um mundo desconhecido aos seus pés. Este
foi seu momento criador, envolvendo todos os quadrantes numa visão egocêntrica,
suscitando imitadores e notáveis epígonos. De tal ânimo, já sombreado da
saudade desesperada, infundindo pela tentativa que acabaria em pó e fumaça,
vibra o poema: Os Lusíadas. É uma obra de poesia épica do escritor português
Luís Vaz de Camões, considerada a epopeia portuguesa por excelência.
Provavelmente concluída em 1556, foi publicada pela primeira vez em 1572 no
período literário do Humanismo, três anos após o regresso do autor do Oriente.
A obra foi impressa pela primeira vez, em 1572 em Lisboa, tendo sido realizadas
34 obras que se encontram espalhadas por três continentes.
O
poema épico mais genuíno é o canto da construção duma nação com a ajuda de Deus
ou dos deuses. Os Lusíadas, como ocorre com a Eneida, é uma
epopeia moderna, em que o maravilhoso não passa dum artifício necessário, mas
aparentemente só literário. A fé única no Deus cristão é defendida por toda a
obra. O poema pode ser lido numa perspectiva que já era antiga, mas a que
factos recentes haviam dado acrescida atualidade, a da Cruzada contra o
mouro. As lutas no Oriente seriam a continuação das que já se haviam comparativamente
travado em Portugal e no Norte de África, dominando ou abatendo o poder do
Islão. O próprio movimento civilizatório dos chamados “descobrimentos” surgiu
em seu ersatz numa lógica de combate ao poderoso Império Otomano que
ameaçava a Europa cristã, incapaz de vencer o inimigo em guerra aberta. Os
objetivos passavam por fazer uma concorrência comercial aos muçulmanos, ao
mesmo tempo ganhando proveitos e debilitando a economia dos rivais. Mas também
se ambicionava encontrar aliados dos europeus nas novas terras, que poderiam
ser eles mesmos cristãos, ou passíveis de conversão. Cada um dos tipos ideais
de discurso neste poema evidencia particularidades estilísticas concretas.
Dependendo do assunto que tratam, o estilo pode ser heroico e exaltado, empolgante,
lamentoso e melancólico, humorístico, admirador.
Transposto
pela primeira vez em 1520 por Fernão de Magalhães, que se notabilizou por ter
encabeçado a primeira viagem de circunavegação ao globo de 1519 até 1522, ao
serviço da Coroa de Castela, a expedição espanhola Magalhães-Elcano. O Pacífico
tem assistido ao crescimento de sua importância como via de comunicação entre
as regiões de maior dinamismo econômico como Extremo Oriente e costa ocidental
da América do Norte. Tem 707,5 km de fossas, e 87,8% da área apresenta
profundidades superiores a 3 000 m; é o oceano com maior profundidade média de 4
282 m onde se localizam as maiores fossas submarinas das Marianas, com 11 034
m. Sua forma imaginária grosseiramente circular é delimitada por margens continentais
ativas que correspondem ao círculo de fogo do Pacífico, é uma área onde há um
grande número de terremotos e forte atividade vulcânica, localizado no Norte do
Oceano Pacífico. O Anel de Fogo tem a forma de desenho ferradura, com 40.000 km
de extensão e está associado com uma série quase contínua de trincheiras
oceânicas, arcos vulcânicos, couraças vulcânicas, cinturões de vulcões e
movimentos de placas tectônicas, as placas litosféricas, sob as quais se afunda
uma crusta oceânica em rápida expansão de movimento. Em suas águas foi
registrada a maior temperatura em um oceano: 40,4 °C, a uma profundidade de 2
mil metros, a cerca de 480 km ao oeste da costa norte-americana. Fernão de
Magalhães “batizou”, na falta de melhor expressão, este oceano com o nome de
Pacífico, “por acreditar que o mesmo era mais calmo que o tempestuoso oceano
Atlântico”. Esta comparação foi feita quando Fernão de Magalhães e os seus
companheiros de tripulação transpuseram o estreito de Magalhães, uma obra da
natureza geográfica e territorial da passagem entre os dois oceanos já citados.
Flanqueado por cadeias montanhosas
recentes, com intensa atividade vulcânica, o Pacífico é percorrido por um vasto
sistema de dorsais. A dorsal Sudeste-Pacífica constitui um prolongamento,
através da dorsal Pacífico-Antártica, das dorsais do oceano Índico (dorsal
Antártico-Australiana). Em sua porção setentrional atinge as latitudes do
litoral mexicano, desaparecendo ao penetrar no golfo da Califórnia. Trata-se de
uma dorsal em rápida expansão (entre 8,8 e 16,1 cm por ano), sem fossa axial.
As zonas de fraturas que a segmentam são numerosas, com deslocamento
pronunciado. Essa dorsal emerge na latitude da ilha de Páscoa, unindo-se à
dorsal do Chile, que se liga à costa meridional da América, e na latitude das
ilhas Galápagos, unindo-se à dorsal de Cocos ou das Galápagos. Essas dorsais
dividem o Pacífico em três conjuntos. Os fundos oceânicos situados a leste da
dorsal Sudeste-Pacífica pertencem a placa litosférica da Antártida (que
corresponde à bacia Pacífico-Antártica e à planície abissal de Bellingshausen),
à placa de Nazca (bacias Peruana e Chilena, separadas pela dorsal de Nazca) e à
placa de Cocos (limitada pela dorsal de Cocos). Em vermelho a passagem do
Noroeste ligando o estreito de Bering (Pacífico) ao estreito de Davis (oceano
Atlântico).
Em 1913, Alfred Wegener apresentou a Teoria da Deriva Continental, que afirma que, há milhões de anos, as massas de Terra formavam um único supercontinente, chamado Pangeia. Essa teoria foi confirmada por sua sucessora chamada Teoria das Placas Tectônicas. A teoria parte do pressuposto de que a crosta terrestre está dividida em grandes blocos semirrígidos, ou seja, em placas que abrangem os continentes e o fundo oceânico. Essas placas movimentam-se sobre o magma, impulsionadas por forças vindas do no interior da Terra. Portanto, a superfície terrestre não é uma placa imóvel, como era falado no passado. O planeta Terra está dividido em 52 placas tectônicas, sendo 14 principais e 38 menores. Como exemplos de placas principais, podemos citar três casos concretos: a Placa Sul-Americana, a Placa do Pacífico e a Placa Australiana. As menores podem ser exemplificadas pela Placa do Ande do Norte, Placa da Carolina e Placa das Marianas. Os movimentos realizados pelas placas tectônicas ocorrem provavelmente em virtude das altas temperaturas existentes no interior da Terra. A crosta terrestre encontra-se sobre o manto, uma camada da Terra composta por magma. O intenso calor provoca a movimentação circular do manto em correntes de convecção. Esse movimento convectivo transfere calor do núcleo – a camada mais interna da Terra - para as camadas mais externas, provocando a movimentação das placas, levando à junção ou à separação dos continentes. A movimentação das placas é lenta, contínua e ocorre no limite entre elas. Esse deslocamento leva bastante tempo e é responsável por diversas transformações e fenômenos que ocorrem na crosta terrestre, como a formação de montanhas e vulcões, terremotos e aglutinação ou separação dos continentes. Os movimentos das placas tectônicas podem ser laterais, de afastamento e de colisão. Limites das placas correspondem às zonas de encontro entre as placas, ou seja, são as fronteiras ou margens das placas, nas quais ocorre intensa movimentação, como atividades sísmicas e vulcanismo.
No
movimento divergente, as placas afastam-se umas das outras, formando fendas e
rachaduras na crosta terrestre. Assim, quando ocorre o movimento das correntes
convectivas ascendentes, o magma do interior da Terra atravessa as fendas,
sendo levado para a superfície. O magma, então, resfria-se e é acrescentado às
bordas das placas, que aumentam de tamanho. No movimento convergente, as placas
aproximam-se e chocam-se umas contra as outras. Quando o movimento convergente
ocorre entre uma placa oceânica e uma placa continental, a primeira retorna ao
manto, enquanto a segunda enruga-se, formando dobras. Isso ocorre porque as
rochas das placas oceânicas são mais densas que as rochas das placas continentais.
Quando ocorre um choque entre duas placas oceânicas, apenas uma das placas
afundará, no caso, a mais densa entre as duas. Quando o choque ocorre entre
duas placas continentais, não há afundamento das placas, visto que a densidade
das duas é a mesma, logo, ambas sofrem dobramento. Um exemplo desse tipo de
choque foi o que ocorreu entre as placas Sul-Americana e a Placa de Nazca, que
deu origem à Cordilheira dos Andes. No movimento transformante, as placas
deslizam umas em relação as outras, provocando rachaduras na região de contato
entre as placas. Não há destruição nem criação de placas,
podendo ocorrer em alguns casos originar falhas. Um movimento
transformante ocorreu conforme análise comparada, entre a Placa do
Pacífico e a Placa Norte-América, resultando na falha de San Andres, na Califórnia, nos Estados Unidos da América.
A
Terra é o terceiro planeta mais próximo do Sol, o mais denso e o quinto maior
dos oito planetas do Sistema Solar. É também o maior dos quatro planetas
telúricos. É por vezes designada como Mundo ou Planeta Azul. Lar de milhões de
espécies de seres vivos, incluindo os seres humanos, a Terra é o único corpo
celeste onde é reconhecida a existência de vida. O planeta formou-se há 4,56
bilhões de anos, e a vida surgiu na sua superfície depois de um bilhão de anos.
Desde então, a biosfera terrestre alterou de forma significativa a atmosfera e
fatores abióticos do planeta, permitindo a proliferação de organismos
aeróbicos, como a formação da camada de ozônio, que em conjunto com seu campo
magnético, bloqueia radiação solar prejudicial, permitindo a vida no planeta. A
sua superfície exterior é dividida em segmentos rígidos, chamados placas
tectônicas, que migram sobre a superfície terrestre ao longo de milhões de
anos. Aproximadamente 71% da superfície é coberta por oceanos de água salgada,
com o restante consistindo de continentes e ilhas, contendo lagos e corpos de
água que contribuem para a hidrosfera. Os polos geográficos do planeta Terra
encontram-se majoritariamente cobertos por mantos de gelo ou por banquisas. O
interior abstrato da Terra permanece ativo e relativamente sólido, isto é, um
núcleo externo líquido que gera um campo magnético, e um núcleo interno sólido,
composto, sobretudo por ferro. Ipso facto a Terra interage com outros objetos
em movimento no espaço, em particular com o Sol e a Lua. A Terra orbita o Sol
uma vez por cada 366,26 rotações sobre o seu próprio eixo, o que equivale a
365,26 dias solares ou representa um (01) ano sideral. O eixo de rotação da
Terra possui uma inclinação de 23,4° em relação à perpendicular ao seu plano
orbital, reproduzindo variações sazonais na superfície do planeta, com período
igual a um ano tropical, ou, 365,24 dias solares.
Todo
o imenso conjunto de fundos oceânicos situados a oeste da dorsal
Sudeste-Pacífica é sustentado pela placa litosférica pacífica, que a oeste
América do Norte apresenta grandes zonas de fraturas, com relevos monumentais,
alinhados por milhares de quilômetros de antigas falhas de transformação. Mais
a oeste, o centro do oceano Pacífico é entrecortado por cadeias submarinas e
grandes edifícios vulcânicos, ora emergindo em forma de ilhas: Havaí,
Marquesas, Marshall, Carolinas, frequentemente coroadas por formações
coralíneas (atóis). As bacias oceânicas que as rodeiam a Médio-Pacífica,
Melanésia, Nordeste, Noroeste, apresentam uma delgada cobertura sedimentar
sobre a crosta basáltica. A presença das fossas oceânicas periféricas, ao longo
dos principais arcos insulares, entre eles: Aleutas, Kurilas, Japão, Marianas,
Filipinas, Salomão, Tonga, Kermadec e da costa ocidental da América: Chile,
Peru, América Central explica-se por corresponderem a zonas de subducção da
crosta oceânica, em que esta mergulha sob as placas litosféricas Americana, a
leste, e Eurasiática e Indo-Australiana, a oeste. São áreas reconhecidas
cientificamente de intensa atividade sísmica e vulcânica, sujeitas também à ocorrência
de maremotos. As ondas de tsunami resultam-se de grande deslocamento de água.
Ele ocorre estatisticamente com maior frequência no Oceano Pacífico e pode
atingir uma altura extraordinária de 30 metros. Os tsunamis deixaram
centenas de pessoas mortas ou feridas e milhares de habitantes desabrigados.
Waimea Bay é praia famosa pelas ondas de mais de 30 pés de altura. Mas não é só surf, pois no verão o mar é calmo e ótimo local para snorkel, utilizado por mergulhadores em águas rasas, e mergulho, para encontrar corais, tartarugas marinhas e golfinhos.
Bibliografia
geral consultada.
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