“A verdade
depende da experiência pessoal”. Protágoras de Abdera
Protágoras
foi um sofista da Grécia Antiga, célebre por cunhar a frase: “O homem é a
medida de todas as coisas, das coisas que são, enquanto são, das coisas que não
são, enquanto não são”. Tendo como base para isso o pensamento dialético de
Heráclito, um dos principais filósofos da Antiguidade pré-socrática. Tal frase expressa
muito bem o relativismo tanto dos Sofistas em geral, quanto o relativismo do
próprio Protágoras. Se o homem é a medida de todas as coisas, então coisa
alguma pode ser medida para os homens, melhor dizendo, as leis, as regras, a
cultura, deve ser definido pelo conjunto de pessoas, e aquilo que vale em
determinado lugar não deve valer, necessariamente, em outro lugar. Este axioma
também significa que as coisas são reconhecidas de uma forma particular e
pessoal por cada indivíduo, o que contradiz o projeto de Sócrates de chegar ao
conceito absoluto de cada coisa. Assim como Sócrates, Protágoras foi acusado de
ateísmo, tendo inclusive livros seus queimados em uma praça pública, motivo
pelo qual fugiu da cidade de Atenas, estabelecendo-se na Sicília, onde morreu
aos 75 anos de idade. Um dos diálogos platônicos, cujo título é Protágoras,
expõe o diálogo de Sócrates com o referido Sofista. São designados sofistas os
interlocutores de Sócrates e Platão, pertencentes ao período do século V a. C.,
que deram suporte ao enfoque antropológico e filosófico a questões morais,
políticas e metafísicas os quais debatiam durante a vida cotidiana.
É muito difícil precisar as datas e etapas dos processos que levaram à criação da fotografia, pois muitos deles são experiências conhecidas pelo homem desde a Antiguidade. Os fundamentos daquilo que veio a se chamar fotografia vieram de dois princípios básicos, já conhecidos do homem há muito tempo, mas que tiveram que esperar muito tempo para se manifestar satisfatoriamente em conjunto, que são: a câmera escura e a existência de materiais fotossensíveis. A câmera representa uma caixa preta totalmente vedada da luz com um pequeno orifício, ou uma objetiva em um dos seus lados. Apontada para algum objeto, a luz refletida deste objeto projeta-se para dentro da caixa e a imagem dele se forma na parede oposta à do orifício. Se ao invés de uma superfície opaca, for colocada uma translúcida, como um vidro despolido, a imagem formada será visível do lado de fora da câmera, ainda que aos olhos aparece invertida. A câmera escura é uma dessas invenções que não se sabe bem a origem.
A referência mais antiga reconhecida ao princípio da câmera escura é de um texto chinês chamado “Mozi”, do século V a. C. Na Grécia clássica, o princípio é mencionado na compilação aristotélica “Problemas”. Na versão original da “Óptica” de Euclides, não há menção à câmera escura; somente no século XVI, numa tradução comentada por Ignazio Danti (1536-1586), ela aparece como uma demonstração de que a luz se propaga em linha reta. O primeiro aparelho identificado como uma câmera escura foi construído em meados do século VI d. C, em experimentos de Antêmio de Trales. No século XI, durante a Dinastia Song, que governou a China no período de 960 a 1279, foi usado para aplicar atributos geométricos e quantitativos. Por volta do século XVII, os desenvolvimentos seguintes por Robert Boyle (1627-1691) e o criador do microscópio Robert Hooke (1635-1703), mais fácil de modelos portáteis se tornaram disponíveis, estes foram amplamente utilizados por artistas amadores e também por profissionais, como, por exemplo, o famoso pintor holandês Johannes Vermeer (1632-1675). Além disso, ingleses do século XIII fizeram uso de uma câmara escura para a observação segura de eclipse solar que ocorre sempre que a Lua se posiciona entre o planeta Terra e o Sol. Tais câmeras foram adaptadas para criar as primeiras fotografias.
Há
muita controvérsia sobre o reconhecimento e utilização das câmeras escuras na Antiguidade
justamente por sabermos que é impossível a projeção dessas imagens a partir de
pequenos orifícios em um quarto grande, em que poderia caber um homem, uma vez
que o orifício, para formar uma imagem, deve ser muito pequeno, e a quantidade
de luz não é suficiente para projetar uma imagem de grandes proporções. Entretanto,
apesar das origens escusas, na Renascença seu uso parecia estar muito bem
disseminado. A câmera escura foi largamente usada durante toda a Renascença e
grande parte dos séculos XVII e XVIII para o estudo da perspectiva na pintura,
só que já munida de avanços tecnológicos típicos da ciência renascentista, como
lentes e espelhos para reverter a imagem. A câmera escura só não podia
estabilizar a imagem obtida. A alquimia renascentista registra as propriedades
fotossensíveis da prata, em 1566 por Georg Fabricius. Outros registros em 1727,
1763, 1777 e 1800, relatam experiências de imagens obtidas a partir de papéis
embebidos em soluções reconhecidas de sais de prata. Antes de 1800, Wedgwood,
na Inglaterra, chegou a utilizar a câmera escura para obter essas imagens. Este
foi o principal problema que os pioneiros da fotografia enfrentaram, um método
eficiente de estabilizar a prata, impedindo-a de se sensibilizar após o
registro da imagem. Eis que adentra ao cenário da invenção Nicéphore
Nièpce. A busca pelo registro visual era um fascínio de Nicéphore, que
estudou diversas técnicas reprográficas, tendo feito importante melhorias no
processo de litografia.
A
primeira tentativa de Nièpce foi feita com o betume da Judeia, uma espécie de
verniz utilizado na técnica de água forte, que possui a propriedade de secar
rapidamente quando exposto à luz. Esse betume possui um solvente, óleo de
lavanda, e que não consegue dissolvê-lo depois deste ter estado em contato com
a luz, o que permitia que as partes não expostas pudessem ser removidas,
formando uma imagem rudimentar. Uma única imagem sobreviveu dessas
experiências, talvez, por ter sido tirada de sua janela, que
permitia a entrada de luz em condições de temperatura amenas, fazendo com que o
solvente não evaporasse. Essa imagem reproduzida em 1826 ou 1827, é considerada a primeira fotografia, mas Nièpce não considerava bem-sucedida. A reprodução que temos foi feita é retocada com técnica modernas
na década de 1950. Foi através da divulgação de suas Heliografias que Nièpce
acabou conhecendo outro personagem histórico: Louis Jacques Mandé Daguerre (1878-1951), pintor, cenógrafo, físico e inventor francês, tendo sido o autor, em 1835, da primeira patente para um processo fotográfico, o daguerrreótipo.
Ambos
utilizavam os serviços de um personagem em comum, fabricante de lentes, e que
lhes pôs em contato. Daguerre também trabalhava com uma câmera escura, mas que
utilizava para pintura. De todo modo, Daguerre ficou entusiasmado com a
possibilidade de desenvolver uma técnica de reprodução visual eficiente e
propôs uma sociedade com Nièpce em 1829. Nada conseguiram em conjunto, e Nièpce
faleceu, em 1833. Daguerre continuou as experiências de Nièpce e as
aperfeiçoou, mas não sem grandes dificuldades. Primeiro, utilizou como base
chapas metálicas de prata ou cobre, que já haviam sido testadas por Nièpce com
bons resultados. Entretanto, todas as experiências de Nièpce tinham por
objetivo a obtenção de uma matriz para ser reproduzida, e Daguerre, que não
tinha intenção de descobrir um sistema litográfico, teve que deixar de lado
todo o avanço nesta área já feito por Nièpce com o betume da Judéia, e
experimentou trabalhar com sais de prata. Fez alguns testes e o resultado foi o
daguerreótipo. Depois fixar a imagem, Daguerre nos informa que utilizava
cloreto de sódio. Daguerre produziu um pequeno daguerreótipo em 1837, e em 7 de janeiro
de 1839, é anunciada a descoberta do processo de trabalho por completo na Académie des Sciences, fundada por Luís XIV de França em 1666, por sugestão do ministro de estado e da economia Jean-Baptiste Colbert (1619-1683), para promover a investigação científica francesa.
A repercussão é imensa junto ao público, e aparentemente de uma hora para outra, diversos outros pesquisadores aparecem no cenário público, reivindicando o invento para si. Em seus diários e anotações, constam importantes descobertas feitas isoladamente, e que em muito se pareciam com as que Daguerre, Talbot e Herschel fizeram na Europa. As dificuldades que ele enfrentou, tendo que construir sua própria câmera escura de maneira rudimentar, e a busca pelos próprios métodos, praticamente isolado com quase nenhum auxílio, fazem de sua descoberta um grande mérito. Hércules Florence (1962) chegou a um método de fixação de imagens por contato em papel que lhe renderam ótimos resultados, dos quais ainda sobrevivem encomendas de trabalhos, como seus rótulos de farmácia e um curioso diploma maçônico. Apesar de Florence não ter dado nenhum nome específico a seu processo pela câmera escura, seu sistema de trabalho de impressão por contato em negativo foi chamado de Fotografia, por ele e por um colaborador, o boticário Joaquim Corrêa de Mello. Segundo consta, foi a primeira vez que se utilizou o termo e ao que tudo indica, cabe a ele o mérito da nomenclatura.
A
fotografia revolucionou a pesquisa astronômica acadêmica e profissional. As longas
exposições revelaram centenas de milhares de novas estrelas e nebulosas que
eram quase invisíveis ao olho humano, levando a telescópios óticos
especializados cada vez maiores, que eram essencialmente grandes câmeras,
projetados para coletar a luz e gravá-la no filme. Yedda Veiga Ferraz Pereira formada
em Engenharia Civil e Elétrica, entrou para o Observatório Nacional no Rio de
Janeiro, onde dedicou-se à confecção de anuários de efemérides astronômicas e à
observação de passagens meridianas de estrelas para a determinação da hora e a
estudos sobre a rotação da Terra. Foi a primeira astrônoma profissional da
história no Brasil. A astrofotografia tem importante papel nos estudos e
classificação das estrelas. É o gênero da fotografia que busca registrar os
astros. A própria Via Láctea é objeto de pensamento preferido dos grupos
técnicos e científicos de astrofotógrafos, que se aventuram em locações distantes,
díspares e arriscadas a fim de “capturar” e interpretar o melhor registro
possível da nossa galáxia. Do ponto de
vista técnico-metodológico como isso é possível? Em primeiro lugar, porque a astrofotografia
é utilizada para classificação das estrelas. Mediante a técnica abstrata e
visual de interpretação do espaço sideral, existem diferentes tipos de astrofotografia.
Alguns usam mais equipamentos e exigem menos técnica, outros exigem menos técnica
e equipamentos mais complexos. Para fotografar a Lua e como escopo o céu
noturno, por exemplo, um equipamento básico já é suficiente. A Lua é o único
satélite natural da Terra e o quinto maior satélite do Sistema Solar. É ainda o
maior satélite natural de um planeta no sistema solar em relação comparada ao
tamanho do seu corpo primário, tendo 27% do diâmetro e 60% da densidade da
Terra, o que representa 1⁄81 da sua massa total calculada.
Entre os satélites cuja densidade é reconhecida, a Lua é o segundo mais denso, atrás de Io. É reconhecida como uma das quatro grandes luas de Júpiter identificadas pela nomenclatura “por Luas de Galileu, em honra ao seu descobridor Galileu Galilei. Ligeiramente maior que a Lua, Io é a quarta maior lua do sistema solar, logo a seguir a Ganímedes, Titã e Calisto”. A Astrônoma, geóloga planetária e vulcanóloga brasileira, Rosaly Lopes durante seu doutorado, tornou-se membro do time de vigilância de erupções vulcânicas do Reino Unido. Ingressou no Jet Propulsion Laboratory, em Pasadena como pesquisadora residente em 1989. Em 1991, tornou-se membro do projeto da sonda Galileo, onde identificou 71 vulcões ativos na superfície de Io, satélite de Júpiter. Estima-se que a formação da Lua tenha ocorrido 4,51 mil milhões de anos, relativamente pouco tempo após a formação da Terra. Embora no passado tenham sido propostas várias hipóteses para a sua origem, a explicação mais consensual é a de que a Lua tenha sido formada “dos detritos de um impacto de proporções gigantescas entre a Terra e um outro corpo do tamanho de Marte”. A Lua encontra-se em rotação sincronizada com a Terra. Demonstrando sempre a mesma face visível, marcada por mares vulcânicos escuros entre montanhas cristalinas e proeminentes crateras de impacto. É o mais brilhante objeto no céu a seguir ao Sol. Embora a sua superfície seja representada na realidade escura, com uma refletância pouco acima comparativamente do asfalto. A sua proeminência no céu e o ciclo regular de fases tornaram a Lua, desde a Antiguidade, referência cultural na língua, em calendários, na arte e na mitologia.
Valentina
Tereshkova foi a primeira cosmonauta da história e a primeira mulher a ir ao
espaço em 16 de junho de 1963 através da missão Vostok 6. Completou 48 órbitas ao redor da Terra, no
total de 71 horas, quase três dias. Diante do feito, recebeu as duas principais
condecorações de seu país: Herói da União Soviética e a Ordem de
Lenin. Svetlana Savitskaya, foi a segunda mulher a ir ao espaço, dezenove
anos após sua compatriota Valentina Tereshkova.
Seu primeiro voo foi realizado em 1982, a bordo da missão Soyuz T-7. Em
sua segunda missão, em 1984, Svetlana foi a primeira mulher a conduzir
atividades extra-veiculares no espaço, permanecendo fora da estação orbital
Salyut 7, numa caminhada espacial de 3 horas e 35 minutos. Liu Yang, foi a
primeira taikonauta (“astronauta chinesa”), lançada ao espaço em 16 de junho de
2012, a bordo da nave Shenzhou 9, exatos 49 anos depois da primeira mulher no
espaço. A influência da gravidade da Lua está na origem das marés oceânicas observadas
com a formação dos continentes e ao aumento do dia sideral da Terra. A
sua atual distância orbital, cerca de trinta vezes o diâmetro da Terra, faz com
que no céu estelar, o satélite e o fenômeno óptico, abstrato, pareça ter o
mesmo tamanho do Sol, permitindo-lhe cobri-lo por completo durante um eclipse
solar total. O dia solar utiliza o Sol para a determinação da relação de
utilização do espaço em sua relação com o tempo. Nele os dias são divididos em
24 horas tomando-se como base, o momento em que o Sol atinge a posição máxima
em relação a linha vertical, definindo esse momento olhando para o céu como meio-dia.
No dia solar as horas são subdivididas em 60 minutos e os minutos subdivididos em
60 segundos, sendo a referência dos relógios, que podem admitir frações de segundos.
Em minutos o dia na Terra dura 1440 minutos, em segundos dura 86 400. O dia sideral (rotação) utiliza as estrelas como referência para a determinação do tempo. Devido ao movimento de translação da Terra ao redor do Sol, a duração do dia sideral não coincide com a do dia solar. Entre uma noite e outra o planeta Terra percorre a orbita em torno do Sol. O dia sideral é consequência do movimento de translação. Se, em um ano corresponde, um dia solar se deve ao movimento de rotação da Terra, contido em um dia sideral, 0.274% dele se deverá ao movimento de translação. Considerando-se um dia solar de 24 horas, ou 1440 minutos, 3,94 minutos seriam consequência do movimento de translação e 23 horas, 56 minutos e 4 segundos consequência do movimento de rotação. A rotação (dia sideral) tem duração menor que a duração de um dia solar. Uma estrela observada numa linha perpendicular ao eixo de rotação da Terra às 00:00 de uma noite será observada, na mesma linha perpendicular às 23:56:04 na noite seguinte, após uma nova rotação. Durante esta rotação a Terra terá deslocado um pouco na sua órbita ao redor do Sol, esta é a diferença entre o dia solar e o dia sideral. O dia sideral médio, considerando as variações elípticas da órbita da Terra, é de 23 horas, 56 minutos e 4 segundos. O dia sideral médio pondera diferenças que ocorrem durante o afélio da Terra, é o ponto da órbita em que um planeta, ou um corpo menor do sistema solar está mais afastado do Sol, onde o dia sideral é maior, a velocidade angular de translação da Terra é menor, e vice-versa, quando um corpo se encontra no periélio, ele tem a maior velocidade de translação de toda a sua órbita.
Quando
o corpo em questão estiver orbitando outro objeto celeste que não o
Sol, utiliza-se o periastro para identificar esse ponto. Quando
a Terra está mais próxima do Sol, e a velocidade angular de translação é maior.
Moléculas de água congelada foram descobertas à sombra de uma cratera na Lua.
Isto é importante. Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA), a agência
espacial norte-americana, anunciou recentemente o Observatório Estratosférico
de Astronomia Infravermelha (SOFIA) que detectou moléculas de água congelada na
Cratera Clavius, uma enorme e antiga cratera existente nas terras altas perto
do polo sul lunar, numa região acidentada e montanhosa, crivada de antigas
crateras de impacto, situada no hemisfério sul da Lua, para o astrônomo Cássio
Barbosa, do Centro Universitário da Fundação Educacional Inaciana Padre Sabóia
de Medeiros (FEI), uma instituição de ensino superior católica jesuíta. Foi uma
das fundadoras da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) em
1946. Sally Ride (1951-2012) foi uma das 8 mil mulheres que se inscreveram num
programa da NASA para ser a primeira astronauta do programa espacial
norte-americano em 1978. Em 18 de junho de 1983, tornou-se a primeira norte-americana
a subir ao espaço na tripulação do Challenger, missão STS-7. A missão colocou
em órbita dois satélites e recolheu um avariado. Diversos países, incluindo os
Estados Unidos da América, Canadá, Luxemburgo, África do Sul e China têm planos
de colonizar o satélite natural da Terra nas próximas décadas, isto é, “instalar
bases científicas para exploração de minérios e outros recursos”. - Além do
fato de que a água poderá ser consumida pelos astronautas e cumpre papel no resfriamento e controle de temperatura, ao decompor a substância,
obtém-se hidrogênio e oxigênio. Duília Fernandes de Mello, astrônoma e
astrofísica brasileira que descobriu a Supernova SN 1997D, no Chile em 14 de
janeiro de 1997. Participou da descoberta das “bolhas azuis”, reconhecidas como
“orfanatos de estrelas” por darem origem a estrelas foras das galáxias.
Tornou-se pesquisadora associada do Goddard Space Flight Center em 2003
e da Universidade Católica da América, nos Estados Unidos em 2008.
– “Fazia um bom tempo que os cientistas especulavam sobre a existência de água na Lua”, diz o coordenador do Observatório Didático de Astronomia da Universidade Estadual Paulista (UNESP), do município de Bauru, a 326 km do estado de São Paulo, professor Rodolfo Langhi. - “A descoberta indica que o universo ainda esconde muitos mistérios a serem desvendados, mesmo tão próximos de nós”. Segundo Langhi, as moléculas foram observadas e indiretamente por meio da chamada espectroscopia. – “Utiliza-se um espectroscópio, que separa a luz branca em todas as cores, como ocorre mais ou menos no arco íris. Aparecem algumas linhas semelhantes a um código de barras. Acontece que cada elemento químico apresenta um conjunto de linhas próprias em posições bem específicas, então é como se cada elemento químico tivesse seu próprio código de barras, ou impressão digital, na natureza”.
A
Lua é o único corpo celeste para além da Terra no qual os seres humanos já
pisaram. O Programa Luna, da União Soviética comunista (URSS), foi o primeiro a
atingir a Lua com sondas não tripuladas em 1959. O Programa Apollo, do governo
imperialista dos Estados Unidos da América (EUA), permitiu a realização das
únicas missões tripuladas até hoje ao satélite, desde a primeira viagem
tripulada em 1968 pela Apollo 8, até seis alunagens tripuladas entre 1969 e
1972, a primeira das quais a Apollo 11. Estas missões recolheram mais de 380 kg
de rochas lunares que têm sido usadas no estudo sobre a origem, história
geológica e estrutura interna da Lua. Após a missão Apollo 17, em 1972, a Lua
foi visitada por naves espaciais não tripuladas, pela última sonda do programa
soviético Lunokhod. Mas desde 2004, Japão, China, Índia, Estados Unidos
da América (EUA) e a Agence Apatiale Européenne enviaram sondas espaciais ao
satélite. Estas naves espaciais têm contribuído para confirmar a descoberta de
água gelada em crateras lunares escuras nos polos e vinculada ao regolito
lunar. Missões tripuladas para a Lua foram planejadas, através de esforços de
governos e financiamento privado. A Lua permanece, conforme acordado no Tratado
do Espaço Exterior, livre para todas as nações democráticas que queiram
explorar o satélite para fins pacíficos.
Equador é a linha abstrata ao redor do meio de um planeta ou outro corpo celeste. Está a meio caminho entre o Polo Norte e o Polo Sul, a 0 graus de latitude. Um equador divide o planeta em hemisfério norte e hemisfério sul. A Terra é esférica mais larga no seu equador, com uma circunferência de 40. 075 quilômetros. Seu diâmetro equatorial, de cerca de 12. 756 quilômetros, também é mais largo ali, criando o fenômeno chamado de “protuberância equatorial”. O empuxo gravitacional da Terra é ligeiramente mais fraco no equador devido a sua protuberância equatorial. Por sua atração gravitacional ser levemente mais fraca, o equador é ideal para lançamentos de foguetes espaciais, pois os mesmos consomem menos energia ao serem lançados em baixa gravidade. Duas vezes ao ano, nos equinócios da primavera e outono, o sol passa diretamente sobre o equador. Mesmo no resto do ano, as regiões equatoriais geralmente experimentam um clima quente e úmido com pouca variação sazonal. A estação úmida ou chuvosa geralmente dura mais tempo a maior parte do ano. A longa e quente estação chuvosa cria florestas tropicais. Seu clima úmido faz com que as regiões equatoriais não sejam as mais quentes do mundo, e algumas regiões, como o monte Quilimanjaro na Tanzânia e os Andes na América do Sul, que não são quentes e úmidas.
Yuri Gagarin (1934-1968) e Valentina
Tereshkova, o primeiro homem e primeira mulher no espaço, fotografados com suas
medalhas, que indica a concessão tanto de um Prêmio quanto de uma Ordem ou
Condecoração. Em 1960 foi um dos 20 pilotos selecionados, após rigorosos testes físicos e
psicológicos, para o programa espacial soviético, e acabou por ser escolhido
para ser o primeiro a ir ao espaço, pelo seu excelente desempenho no
treinamento, sua origem camponesa que contava pontos no sistema comunista, sua
personalidade magnética e esfuziante e, principalmente, devido às suas
características físicas: ele tinha 1,57 metros de altura e 69 kg – já que a
nave programada para a viagem pioneira em órbita, a espaçonave Vostok, tinha um
espaço mínimo para o piloto. Gagarin foi um cosmonauta soviético e o primeiro
ser humano a viajar pelo espaço. Esta espaçonave possuía dois módulos: o de
equipamentos, com instrumentos, antenas, tanques e combustível para os retrofoguetes,
e a cápsula onde ficou o cosmonauta. Valentina Tereshkova completou 48
revoluções na espaçonave Vostok 6, de 16 de junho a 19 de junho de 1963. Transformada
em uma heroína nacional após o sucesso de sua missão, condecorada por líderes
soviéticos, russos e estrangeiros de várias nações, nos anos seguintes se
tornou proeminente na sociedade e na política do país, primeiro na União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas e depois de 1991 na Rússia.
É a única mulher a ter realizado um voo solo ao espaço. Aos 24 anos, em 1961, começou a estudar para se qualificar como cosmonauta, no mesmo ano em que o diretor do programa espacial soviético, Sergei Korolev, considerou enviar mulheres ao espaço, numa forma de colocar a primeira mulher em órbita na frente dos Estados Unidos da América (EUA), durante a corrida espacial entre as duas superpotências. Em 1962, ela foi admitida como cosmonauta, junto a mais quatro mulheres – das quais apenas ela acabou indo ao espaço – sendo a menos preparada de todas, sem educação universitária, mas uma paraquedista experiente, o que era uma considerada uma condição fundamental para o voo, já que a nave Vostok operava automaticamente, dispensando pilotagem. Os postulantes a cosmonautas deviam ter menos de 30 anos, menos de 1,70 m, menos de 70 kg, saúde perfeita, ideologia pura e ao menos seis meses de experiência em paraquedismo. Ela cumpria todas as exigências. Ao final dos meses de testes, que incluíram aprendizagem de pilotagem de jatos, testes em centrífugas e isolamento completo, ela e outra candidata, Valentina Ponomaryova, foram as finalistas. Foi Nikita Khrushchov (1894-1971) quem decidiu finalmente por Tereshkova, e a idealizou como a “Nova Mulher Soviética”: uma comunista devotada, trabalhadora humilde de fábrica de tecidos – Ponomaryova era piloto, cientista, engenheira, feminista, desbocada e fumava – filha de um herói de guerra e basicamente “uma boa menina”. Para questões de propaganda, Khrushchov também achava que Valentina era a mais bonita delas. Irina Soloviyova, a terceira candidata melhor avaliada, ficou como cosmonauta-reserva. Nikolai Kamanin, piloto herói de guerra soviético e então chefe do departamento de treinamento de cosmonautas do programa espacial soviético, depois chamaria Tereshkova de “Gagarin de saias”.
O
relógio biológico humano adapta-se com a referência da
luz solar regida pelo período de 24 horas. Apesar de no âmbito comum ser
algumas vezes frequente considerar que a duração do dia e a duração da noite
têm períodos iguais de 12 horas, essa característica somente acontece na Linha
do Equador, em todas as estações do ano, e no Equinócio, que ocorre 2 vezes por
ano, onde os dias e as noites têm períodos iguais em todas as regiões do
planeta Terra. Para regiões afastadas da Linha do Equador e em datas afastadas
do Equinócio, a variação da duração dos dias e das noites é significativa ao
longo do decorrer do ano. Os solstícios de inverno e verão podem ser definidos
a partir dos dias mais curtos e dias mais longos, respectivamente. Os
equinócios e solstícios demarcam o início das quatro estações do ano: verão,
outono, inverno e primavera, e podem ser obtidos através da duração do dia
solar, medido a partir do momento em que metade do Sol cruza o horizonte na
nascente e o momento igualmente que cruza o poente, à exceção se o observador
estiver na linha do equador.
A
cosmologia muitas vezes é confundida com a astrofísica, que é o ramo da astronomia
que estuda a estrutura e as propriedades dos objetos celestes e o universo como
meio de trabalho, através da física teórica, abstrata. A confusão aparente ocorre
porque ambas seguem caminhos paralelos na investigação sob alguns aspectos,
muitas vezes considerados redundantes, embora certamente não o sejam. Na Antiguidade
a observação empírica dos astros e a interpretação “religiosa” mantiveram uma
ligação praticamente una. Os povos primitivos são os que têm um modo primitivo
de procura da alimentação. As formas mais simples da produção consistem na caça
e na colheita de vegetais, utilizando símbolos representando os corpos celestes
nas manifestações de arte rupestre. No antigo Egito e outras civilizações de
seu tempo histórico, acreditava-se que a Terra “fosse plana” (cf. Randless, 1980),
e os astros “lâmpadas fixas numa abóbada móvel”. Em muitas civilizações
existiam crenças onde se acreditava que o Sol nascia a cada amanhecer para
morrer ao anoitecer, tornando-se a base de religiões antigas. Os gregos,
sobretudo os seguidores ou discípulos de Pitágoras, dos quais se destacam:
Temistocleia, uma filósofa, matemática e alta profetisa de Delfos. Temistocleia
foi uma profetisa de Delfos, um dos mais importantes oráculos da
Antiguidade grega.
De
acordo com as fontes documentas, ela é considerada a mestre de
Pitágoras, além da possibilidade de ter sido sua irmã; Filolau de Crotona, um
filósofo pré-socrático pitagórico que tradicionalmente se aceita que este
filósofo tenha escrito um livro em que expunha a doutrina pitagórica, que era
secreta e reservada apenas aos seus discípulos; Arquitas de Tarento, é o
representante talvez mais ilustre dos matemáticos pitagóricos. Acredita-se ter
sido discípulo de Filolau de Crotona e também amigo de Platão. Fundou a
mecânica matemática e influenciou a concepção matemática de Euclides. Foi o
primeiro a usar o cubo em geometria e a restringir as matemáticas às
disciplinas técnicas como a geometria, aritmética, astronomia e acústica.
Embora inúmeras obras sobre mecânica e geometria lhe sejam historicamente atribuídas,
restaram-lhe fragmentos cuja preocupação central é a Matemática e a Música; Alcmeão,
foi um filósofo pré-socrático e médico grego de Crotona, o principal centro de
estudo e divulgação do pensamento pitagórico, atualmente representado na Itália,
e um dos mais importantes discípulos de Pitágoras.
Dedicado
à medicina e às investigações das ciências naturais, realizou a primeira
dissecação de um cadáver humano e desenvolveu uma teoria acerca da origem e dos
processos fisiológicos das sensações, sugerindo que os sentidos estariam
ligados ao cérebro, sendo a vida psíquica uma mera função cerebral; e Melissa, uma
ninfa que descobriu e ensinou o uso do mel, e de quem se acredita que as
abelhas receberam seu nome, melissas. As abelhas parecem ter sido o símbolo das
ninfas, pelo que elas, às vezes, se chamavam Melissas, e às vezes dizem ter
sido metamorfoseadas em abelhas. Daí também se diz que as ninfas na forma de
abelhas guiaram colonos que foram ao Éfeso; e as ninfas que cuidavam do bebê
Zeus eram as Melissas ou Mélias, acreditavam que os corpos celestes tinham seus
movimentos regidos rigorosamente pelas leis naturais, na esfericidade da
Terra e na harmonia dos mundos; já os seguidores de Aristóteles
consideravam a teoria geocêntrica, onde a Terra era o centro do universo.
A teoria do universo geocêntrico ou geocentrismo é o modelo cosmológico mais antigo. Na Antiguidade era raro quem discordasse dessa visão; e entre os filósofos que defendiam esta teoria, o mais conhecido era Aristóteles. Foi o matemático e astrônomo grego de Alexandria Ptolomeu (90-168 d.C.) que, na sua obra Almagesto, deu a forma final a esta teoria, que se baseia na hipótese de que o planeta Terra estaria fixo no centro do Universo com os corpos celestes, inclusive o Sol, girando ao seu redor. A obra, escrita em grego, adota o modelo geocêntrico para o sistema solar, além de conter um extenso catálogo estelar. É um dos textos científicos mais influentes de todos os tempos, tendo sido considerado autoridade no assunto desde a antiguidade, irradiado no império bizantino, no chamado “mundo árabe”, do oceano Atlântico, a oeste, até o mar Arábico, a leste, e do mar Mediterrâneo, a norte do Corno de África, até o noroeste do oceano Índico e na Europa ocidental ao longo do percurso histórico e social da idade Média e Renascença até meados do século XVI, com o heliocentrismo e a tese de Copérnico (cf. Mondolfo, 1980; Mourão, 1982; Gleiser, 1997; Bruno, 2006). O geocentrismo antigo não se confunde com um perspectivismo, pois a “antiga crença não envolvia apenas um mero ponto de observação equidistante, mas a ideia que o universo era relativamente limitado, tendo ao seu centro o Planeta Terra”. A visão geocêntrica predominou no pensamento humano até o resgate, feito pelo astrônomo e matemático polonês Nicolau Copérnico (1473-1543), de uma hipótese igualmente antiga, a hipótese heliocêntrica, criada pelo astrônomo grego Aristarco de Samos (310-230 a.C.).
Na cidade egípcia de Alexandria no
século III a.C., Eratóstenes, lendo um papiro, observou que havia uma descrição
etnográfica de que uma localidade ao sul da antiga cidade egípcia de Suenet
reconhecida na Grécia como Siena, e nos dias atuais como Assuão, localizada no
Trópico de Câncer era atravessada pelo sol a pino no último dia do solstício de
verão. Nesse, ao meio dia, em 21 de junho, eram colocadas “duas varetas
perfeitamente em prumo e estas não produziam sombra”. Sabia-se também que nesse
momento a luz do Sol no solstício de verão refletia diretamente no fundo de um
poço profundo e que as colunas dos templos não produziam sombra. Comparando em
localidades diferentes as sombras ao meio dia de 21 de junho, descobriu que no
solstício de verão de Alexandria a projeção do sol era de formas bastante
pronunciadas, em torno de sete graus. Eratóstenes imaginou que se a Terra fosse
plana as varetas não haveriam de projetar sombra em nenhuma das duas
localidades, e se numa delas havia esta projeção e em outra não, é porque a
Terra não era plana e curva; num exercício de lógica matemática, após deduzir a
defasagem de sete graus entre Siena e Alexandria, pagou para um de seus
auxiliares medir a distância em passos entre as duas localidades, chegando à
conclusão que esta seria em torno de 800 km. Como a defasagem angular é, ou
gira em torno de 7 graus e a circunferência é 360 graus, dividindo 360 por 7,
encontrou aproximadamente 50, que multiplicado por oitocentos resultou numa
circunferência de 40 mil km; isto há dois mil e duzentos anos passados.
Não
queremos perder de vista que cerca de mil anos antes de Charles Darwin, um
filósofo muçulmano que vivia no Iraque, de nome real era Abu Usman Amr Bahr
Alkanani al-Basri, e reconhecido com Al-Jahiz, que significa “alguém com olhos
esbugalhado”, escreveu o livro Kitab al-Hayawan (“O livro dos animais”),
descrevendo o processo comunicativo de como “os animais mudam através de um
processo que chamou de seleção natural”. Sociologicamente, para a ciência mil
anos não são nada. Um bom exemplo vem da revelação de cientistas que encontraram
83 quasares, que são compreendidos como “objetos astronômicos distantes e
energéticos”, alimentados por buracos negros supermassivos e que remontam à
origem do Universo, quando este tinha menos de 10% de sua idade atual. Nos quasares,
enquanto materiais giram em torno do buraco negro, seu atrito gera uma radiação
tão intensa que pode ser vista a bilhões de anos-luz de distância. Há só um
problema: buracos negros são os núcleos colapsados de estrelas massivas. E
buracos negros supermassivos os quais podem ter até bilhões de vezes a massa do
reconhecemos a Estrela Sol. Isso leva tempo e requer grandes quantidades de
matéria. Então, como os 83 quasares apareceram tão cedo? – “É notável que tais
objetos densos tenham sido capazes de se formar logo após o Big Bang”, disse
Michael Strauss, astrofísico da Universidade de Princeton nos Estados Unidos,
em comunicado. – “Compreender como os buracos negros podem se formar no início
do Universo, e quão comuns eles são, é um desafio para nossos modelos
cosmológicos”.
O
Sol é a estrela central do Sistema Solar. Todos os outros corpos do Sistema
Solar, como planetas, planetas CAPN, um super-herói
estadunidense-canadense criado no começo da década de 1990 pelo empresário
norte-americano Ted Turner como uma forma de alerta e interação social para com
seus telespectadores, que em sua maioria são crianças e adolescentes, -
asteroides, cometas e poeira, bem como todos os satélites associados a estes
corpos, giram ao seu redor. Responsável por 99,86% da massa do Sistema Solar, o
Sol possui uma massa 332. 900 vezes maior do que a da Terra, e um volume 1. 300.
000 vezes maior do que a massa do nosso planeta. A distância da Terra ao Sol é
de cerca de 150 milhões de quilômetros, ou, do ponto de vista técnico, 1
unidade astronômica (UA). Esta distância varia ao longo do ano, de um mínimo de
147,1 milhões de quilômetros (0,9833 UA), no perélio (ou também chamado
periélio), a um máximo de 152,1 milhões de quilômetros (1,017 UA), no afélio,
que ocorre em torno do dia 4 de julho. A luz solar demora aproximadamente 8
minutos e 18 segundos para atravessar o espaço cósmico para chegar à Terra.
Energia do Sol na forma de luz solar é armazenada em glicose por organismos
vivos através do processo da fotossíntese do qual, direta ou indiretamente,
dependem quase todos os seres vivos que habitam nosso planeta. Alguns peixes de
água doce, que habitam o interior de cavernas, também são capazes de sobreviver
em ambientes sem luz. Eles são chamados de troglóbios e têm como principal
característica o fato de serem despigmentados e completamente cegos. A
energia solar é responsável pelos fenômenos meteorológicos e o clima
global na Terra.
Leonardo
Da Vinci, Isaac Newton, Wolfgang Goethe e outros estudiosos ou artistas inicialmente
buscavam saber como acontecia o processo de formação das cores. A teoria se
tornou mais extensa e compreende vários campos de observação a respeito das
cores. Teoria das cores representam os estudos e experimentos relacionados com
a associação corrente entre a luz e a natureza das cores. Para os estudiosos
desse nível de conhecimento científico, óptico, eles incluem desde a
compreensão sobre o que são as cores. Como elas se formam, como acontece com a
interpretação da visão e do cérebro até os usos na prática e as melhores formas
de aplicação real. O pintor e cientista italiano Leonardo Da Vinci (1452-1519),
em suas pesquisas e formulações retratadas no livro Tratado da Pintura e da
Paisagem – Sombra e Luz, já afirmava que a cor “era uma propriedade da luz
e não dos objetos”. Sir Isaac Newton (1643-1727), nos seus experimentos da
física, sobre a influência da luz do sol na formação das cores. Ele estudou o
fenômeno da difração, que consistia na decomposição da luz solar em várias
cores quando atravessava um prisma. Para fazer o experimento, utilizou um
prisma de vidro. Ao observar pacientemente a passagem da luz do sol pelo
objeto, percebeu que “a luz se decompunha em diversas cores, que variavam do
tom violeta ao vermelho”.
Ele
deu ao feixe de luz o nome de espectro. O espectro visualizado por Newton
é formado pela união das cores vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e
violeta. Estas são as sete cores que representam e formam a luz do sol e o
arco-íris. Um arco-íris, popularmente
denominado arco-da-velha, é um fenômeno óptico e meteorológico que
separa a luz do sol em seu espectro, aproximadamente, contínuo quando o sol
brilha sobre gotículas de água suspensas no ar. É um arco multicolorido com o
vermelho em seu exterior e o violeta em seu interior. Por ser um espectro de
dispersão da luz branca, o arco-íris contém uma quantidade quase infinita de cores,
sem qualquer delimitação entre elas. Devido à necessidade humana de
classificação dos fenômenos, a capacidade finita de distinção de cores pela
visão humana e sobre questões didáticas, o arco-íris é reconhecido por uma
simplificação criada culturalmente que resume o espectro em sete cores
na ordem: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta. Tal
simplificação foi proposta primeiramente por Isaac Newton, que decidiu nomear
apenas cinco cores, e depois adicionou mais duas apenas para fazer analogia com
as sete notas musicais, os sete dias da semana e os sete
objetos do sistema solar reconhecidos em seu tempo. Tem uma importância
simbólica para o mundo cristão e para muitas outras mitologias.
A
partir dessa observação empírica surge o círculo cromático. Ele contém doze
diferentes cores, que ajudam a compreender e a visualizar quais são as cores primárias,
secundárias e também terciárias de formação do espectro visível. O branco e o
preto, convencionalmente designados por cores, são apenas resultado da presença
óptica ou da ausência de luz. A cor branca é a luz pura, quando há uma reflexão
total das sete cores. A cor preta nada mais é do que a ausência total de luz,
porque nesse caso as cores não se refletem, elas são absorvidas. É um processo
natural de comunicação visual perceptível apenas pelo homem em sua relação com
a natureza. Quando a luz do sol incide num objeto branco, este reflete os raios
solares enquanto um objeto preto absorve todos os raios solares. A harmonia social
das cores estuda tipos de composições entre cores para compreender e
classificar quais as combinações podem ser mais adequadas e atrativas para um
determinado uso social, técnico, econômico e militar. A harmonia técnica
analisa a aplicação das cores considerando um conjunto de diferentes tons, formas
de intensidades e matizes. As combinações podem ser feitas entre cores
primárias, secundárias e terciárias, sendo importante considerar se as cores
são quentes ou frias.
O
estudo da harmonia das cores é feito a partir da análise técnica e social de
uma roda das cores. Na harmonia monocromática é escolhida uma cor
inicial, que deverá ser trabalhada juntamente com suas variações de tonalidade,
que resultam de diferenças entre saturação e quantidade de luz e sombra, por
exemplo. É a harmonia mais simples e convém ser escolhida quando o contraste entre
as cores não é um ponto fundamental para o trabalho abstrato de interpretação,
já que as combinações técnicas e sociais obtidas são caracterizadas pela
simplicidade e pelo equilíbrio entre as tonalidades. A harmonia análoga é
trabalhada a partir da escolha de uma cor primária: vermelho, azul e amarelo,
que é utilizada em conjunto com cores próximas da roda das cores. A cor
primária escolhida é a principal, enquanto as demais têm a função de garantir
mais harmonia ao conjunto de cores, podendo ser utilizadas em detalhes ou
complementos. A harmonia análoga confere um pouco mais de contraste entre as
cores, permitindo mais diversidade de combinações, em comparação à harmonia considerada
monocromática.
O
sol é composto primariamente de hidrogênio com 74% de sua massa, ou 92% de seu
volume e hélio com 24% da massa solar, 7% do volume solar, com traços de outros
elementos, incluindo ferro, níquel, oxigênio, silício, enxofre, magnésio, néon,
cálcio e crômio. A nomenclatura afirma que possui a classe espectral de G2V: G2
indica que a estrela possui uma temperatura de superfície de
aproximadamente 5 780 K, que lhe confere o branco, apesar de ser visto como
amarelo, alaranjado ou avermelhado no céu terrestre quando está próximo ao
horizonte, o que se deve à dispersão dos raios na atmosfera); O V (5 em números
romanos) na classe espectral indica que o Sol, como a maioria das estrelas, faz
parte da sequência principal. Isto significa que o astro gera sua energia
através da fusão de núcleos de hidrogênio para a formação de hélio. Existem
mais de 100 milhões de estrelas da classe G2 na Via Láctea. Considerado
anteriormente uma estrela pequena, acredita-se atualmente que o Sol seja mais
brilhante do que 85% das estrelas da Via Láctea, sendo a maioria dessas topologicamente
anãs vermelhas. O espectro do Sol contém linhas espectrais de metais ionizados
e neutros, bem como linhas de hidrogênio muito fracas. A coroa solar expande-se
continuamente no espaço, criando o “vento solar”, entendido como uma corrente
de partículas carregadas que se estende até a heliopausa, a cerca de 100 UA do
Sol. A bolha no meio interestelar formada pelo vento solar, a
heliosfera, é a maior estrutura contínua do Sistema Solar. Sandra Faber (1944) descobriu
um método para determinação de distâncias entre galáxias chamada de relação de
Faber-Jackson. Foi principal
pesquisadora da Equipe Nuker, que usou o Telescópio espacial Hubbler para
vasculhar por buracos negros supermaciços no centro de galáxias. Diagnosticou a um defeito da lente primária
do telescópio espacial Hubble.
O
Sol orbita em torno do centro da Via Láctea, atravessando no momento a Nuvem
Interestelar Local de gás de alta temperatura, no interior do Braço de Órion da
Via Láctea, entre os braços maiores Perseus e Sagitário. Das 50 estrelas mais
próximas do Sistema Solar, num raio admitido de até 17 anos-luz da Terra, o Sol
é a quarta maior em massa. Diferentes valores de magnitude absoluta foram dados
para o Sol, como, por exemplo, 4,85, e 4,81. O Sol orbita o centro da Via
Láctea a uma distância de cerca de 24 mil a 26 mil anos-luz do centro
galáctico, movendo-se geralmente na direção de Cygnus e completando uma órbita
entre 225 a 250 milhões de anos, representando um ano galáctico. A estimativa
mais recente e precisa da velocidade orbital do sol é da ordem de 251 km/s.
Visto que a Via Láctea se move na direção da constelação Hidra, com uma
velocidade de 550 km/s, a velocidade do Sol relativa à radiação cósmica de
fundo em micro-ondas é 370 km/s, na direção da constelação da Taça. As
constelações vizinhas, segundo as delineações descobertas são representadas
como formas de Caranguejo, o Cão Menor, o Unicórnio, a Popa, a Bússola,
a Máquina Pneumática, o Lobo, o Centauro, a Balança, a Virgem, o Corvo, a Taça
e o Sextante.
O
quasar mais antigo de que se tem conhecimento abstrato remonta cerca de
690 milhões de anos após o Big Bang, quando o Universo tinha
aproximadamente 5% da sua idade atual. Estes 83 quasares eram considerados
raros e, por isso, astrônomos do Japão, Taiwan e Estados Unidos da América resolveram
comprovar sua existência. Usando dados da câmera Hyper Suprime-Cam (HSC)
montada no Telescópio Subaru, no Havaí, foi possível procurar quasares considerados
“mais fracos do que os registrados”. O mais antigo, por exemplo, tem aproximadamente
13,5 bilhões de anos-luz de distância. Acredita-se
que o Universo tenha 13,8 bilhões de anos, e as primeiras estrelas não tenham
aparecido até cerca de 500 milhões de anos depois do evento físico extraordinário
chamado Big Bang, quando o hidrogênio do início do Universo foi reionizado.
Isso deixa apenas alguns milhões de anos para os quasares se formarem. Na
cosmologia do Big Bang, a questão da reionização é o processo que
reionizou a matéria no universo após as “Idade das trevas” e é a segunda de
duas grandes transições de fase do gás no universo. A reionização, fenômeno que
pôs fim ao universo opaco, é comprovada pela primeira vez. Como a maioria da
matéria bariônica está na forma de hidrogênio, ela geralmente se refere à
reionização do gás hidrogênio. O hélio primordial no universo experimentou as
mesmas mudanças de fase, mas em diferentes pontos da história do universo, o
que é geralmente referido como “reionização do hélio”.
Durante a sua longa história
política, Jerusalém foi destruída pelo menos duas vezes, sitiada 23 vezes,
atacada 52 vezes e capturada e recapturada outras 44 vezes. A parte mais antiga
da cidade foi estabelecida no IV milénio a. C. Em 1538, muralhas foram
construídas em torno da cidade sob o regime de Solimão, o Magnífico. Sob seu
reinado a Marinha Otomana dominava do Mar Mediterrâneo até o Mar Vermelho, passando
pelo Golfo Pérsico. Atualmente aqueles muros definem a Cidade Antiga, que é
dividida em quatro bairros - armênio, cristão, judeu e muçulmano - desde o
início do século XIX. Nas décadas de
1840 e 1850, os poderes internacionais iniciaram um “cabo de guerra” na
Palestina, uma vez que tentaram ampliar sua proteção ao longo do país para as
minorias religiosas, uma luta realizada principalmente através de
representantes consulares em Jerusalém. Logo em 1845 foi liberada a compra de
propriedades para estrangeiros, em seguida, ingleses e russos começaram a comprar
terrenos e imóveis para ajudar na conversão da população local, como por
exemplo; albergues, casas e sede para instalar representação civil. Demograficamente
a população em 1845 era de 16 410 habitantes, desses, 7 120 judeus, 5 000
muçulmanos, 3 390 cristãos, 800 soldados turcos e 100 europeus. Os peregrinos
cristãos sob o domínio dos otomanos, dobraram a população da cidade em torno da
Páscoa. A Cidade Antiga se tornou reconhecida como Patrimônio da Humanidade em
1981. Mas em 1982 está à vista na lista de patrimônios previstos em perigo. A
Jerusalém moderna cresceu além dos limites da Cidade Antiga.
Todos
os colonizadores em todos os tempos sempre tiveram como seu domínio o controle
a informação. Isso porque sabemos que a experiência histórica nos ensina que
frequentemente as ideias nascem, e ficam adormecidas durante séculos, para
serem renascidas, quando o homem tiver evoluído o suficiente, até ter
consciência de sua grandeza ou da utilidade de sua aplicação. O domínio da
informação se constrói, na época moderna, através de invasões, por uma minoria
branca, burguesa, cristã, com poder técnico e militar, pretensa superioridade
cultural e racial através das relações de exploração, saque, roubo, compra e
venda de homens e mulheres escravizados para construir grandes império:
Portugal e Espanha inicialmente, e logo Inglaterra, França, Alemanha e Holanda
e posteriormente o imperialismo dos Estados Unidos da América. Durante parte da Idade Média entre o século
XII ao século XV, espíritos engenhosos puseram-se, através de sutilezas, a
elaborar duas sínteses tiradas em parte da cultura grega antiga, em parte da
Bíblia. Dos gregos consumaram-se duas teorias: a cratesiana: uma esfera imensa,
coberta em sua maior parte pelo oceano, do qual emergiam quatro “ilhas”, e a
aristotélica: uma Terra esférica rodeada pelos outros três elementos: água, ar
e fogo. Com curiosa retórica, os clérigos medievais emprestam do Gênesis o
argumento usuário para a difícil tarefa de conciliar essas teorias com o dogma
da unicidade da humanidade. O orbis terrarum conservava seu centro
sagrado no povoado de Jerusalém.
Em análise comparada o chamado Novo
Mundo foi responsável pela produção de 74% da prata produzida no mundo durante
o século XVI e, com isso, Potosí nascia como a maior cidade do mundo,
ultrapassando cidades como Amsterdã, Londres, Sevilha e Veneza. No que se
refere ao mundo do trabalho mitayo, faz-se vital apontar que não existia
apenas um tipo de mita em todo o chamado Novo Mundo. No entanto, a mita potosina,
aqui analisada, possuiu uma totalidade imensa de tributários, oriundos de 16
províncias, para trabalhar nas minas, assim como nos engenhos de moagem de
metais. Os mitayos eram majoritariamente, responsáveis pela realização
da retirada do mineral das minas e acabavam por carregar a sua produção em
bolsas de couro em suas costas, podendo realizar a atividade de incorporar o
metal selecionado para moer nos engenhos. Os responsáveis por essas atividades
laborais eram reconhecidos como apiris. A organização socioeconômica da
região se apresentava, em conjunto articulada com as ordens política e
institucional, sob o parâmetro religioso. Naquele ano Toledo iniciou sua
caminhada pela região que culminaria na instauração da mita. A utilização da
mão de obra indígena no Cerro Rico de Potosí está intimamente ligada ao
processo de recrutamento de índios minga, ou seja, indígenas alugados que
cobravam de acordo com a atividade realizada. Muitos indígenas sob o regime da
mita trabalhavam como mingas, pois, com o salário que recebiam poderiam pagar
sua “substituição” na mita, mas outros assentamentos possuíam maiores vantagens
no processo em relação aos indígenas. O trabalho de mineração em Potosí
dependeu da força de trabalho indígena.
Somente
quando foi introduzido o processado o meio de trabalho em torno da amalgamação,
no governo do vice-rei Fernando Álvarez de Toledo y Pimentel, em 1574, é que os
espanhóis puderam romper o controle indígena sobre a produção da prata. Com a
queda da qualidade da prata existente em Potosí e, consequentemente, a queda na
produção do minério, Toledo decide manter praticamente a huayra em casos
pontuais, além de incentivar o desenvolvimento da prática de amálgama entre o
mercúrio e prata (“azougue”). Com isso, prescreveu que o pagamento dos mitayos
deveria ser feito em minério, não percebendo que a demanda técnica não
poderia ser suprida pelos indígenas. Potosí, passa a ser construída a partir de
moinhos movidos por energia humana, que foram rapidamente substituídos por
máquinas de tração animal e, finalmente, por um maquinário movido por energia
hidráulica. Durante os primeiros decênios da exploração das minas de Potosí, os
métodos e técnicas de trabalho utilizado eram os mesmos da era pré-hispânica e,
com isso, os primeiros trabalhadores eram oriundos das regiões mais antigas do
Porco. Até o último terço do século XVII, a introdução de equipamentos de
bronze ou cobre e a escavação no formato de galerias horizontais permitia com esta
forma de organização do trabalho nas minas, a extração, drenagem e ventilação.
A mita potosina implicava a migração forçada, por um período regular de
um ano de indígenas tributários de homens entre 18 e 50 anos, provenientes de
diversas províncias das terras altas, no continente latino-americano, localizadas
entre o sul do Peru e da Bolívia.
Os
indígenas das terras baixas não entravam neste sistema para evitar doenças e
mortes em decorrência do clima frio e seco das altas terras potosinas.
Estabeleceu-se que, em tese, cada indígena deveria cumprir seu turno de mita a
cada 6 ou 7 anos, acompanhados de suas mulheres, filhos e recursos. Em 1575,
houve a reestruturação do sistema total do trabalho mitayo (“mita
gruesa”). Um terço, correspondente à mita ordinária, cumpriria seu turno
semanal enquanto os outros estariam descansando. Há que se notar que este
aspecto foi mais teórico que real. É importante notar que em torno de 3% dos
homens adultos eram cotados para trabalhar no regime mitayo durante o
século XVI, sendo essa estimativa considerada alta em decorrência da realização
periódica deste trabalho. Durante o tempo livre que os mitayos possuíam,
eles possivelmente trabalhavam como mingados. Outras questões étnicas e
políticas que podem ser levantadas quanto a prática, é a transformação destes
indígenas no seu ambiente. Com a migração forçada desta mão de obra, os
indígenas passam a ser considerados “forasteros” naquela região, deixando de
ser reconhecido como originário, e ter que reestruturar sua formação
institucional e cultural em razão da nova forma de organização socioeconômica.
Se compararmos com a violência dos trabalhos forçados de negros escravos
ou libertos, perceberemos que a participação social efetiva deste contingente é
muito inferior à dos povos autóctones durante o período hegemônico de mineração
de prata.
Comparativamente
o período de início da exploração de minérios colonial em Potosí (1545), a
organização dos meios de trabalho e processo social da produção mineira
mantiveram-se sob o controle indígena durante o período reconhecido huayra,
a tradicional fundição nativa, geralmente situada nos morros para aproveitar o
vento, como ocorrerá com a energia eólica posterior. Foi fundada em 1546. Em
1611, já era a maior produtora de prata do mundo e tinha à volta de 150 000
habitantes. Alcançou seu apogeu durante o século XVII, tornando-se a segunda
cidade mais populosa (atrás de Paris) e a mais rica do mundo, devido à
exploração de prata enviada à Espanha. No entanto, em 1825, a maior parte da
prata já se tinha esgotado e a sua população desceu até os 8. 000 habitantes.
No começo do século XX, a exploração de estanho se incrementou pela demanda
mundial e, como consequência, Potosí voltou a experimentar um crescimento
importante. Durante o período em que fora utilizada a huayra os
espanhóis fizeram inúmeras tentativas de libertar-se do monopólio tecnológico
indígena resultado da apropriação do minério; mas como descreve Garcilaso de la
Veja (1503-1536), todas essas tentativas fracassaram. Coube na démarche de
Garcilaso introduzir, em língua espanhola, as formas poéticas italianas. Sua
morte vem cercada de uma série de circunstâncias trágicas: após acompanhar o
imperador D. Pedro de Toledo (1484 -1553) numa expedição a Túnis, em 1535,
tomou parte na invasão da Provença, sendo mortalmente ferido quando atacava um
forte em Muy, próximo a Fréjus, comuna francesa situada no departamento do Var
da região de Provence-Alpes-Côte d`Azur. Seu trabalho teórico, prático e afetivo,
tendo como escopo a relação social descrita nos poemas, inclui três pastorais,
37 sonetos, cinco canções, duas elegias e uma epístola em versos brancos.
Estes
contingentes básicos, embora exercendo papéis distintos, entraram a mesclar-se
e a fundir-se culturalmente com maior intensidade do que em qualquer outro tipo
de conjunção. Ao lado do branco, chamado a exercer os papéis de chefia na
empresa, por força das condições de dominação impostas aos demais; do negro,
nela engajado como escravo; do índio, também escravizado, ou tratado como mero
obstáculo a erradicar, foi surgindo uma população mestiça que fundiam aqueles
matizes nas mais variadas proporções sociais. Os povos-Novos surgem
hierarquizados, como os povos-Testemunho, pela distância social que separa a
sua camada senhorial de fazendeiros, mineradores, comerciantes, funcionários
coloniais e clérigos da massa escrava engajada na produção. Constituíam-se de
rudes empresários, senhores de suas terras e de seus escravos, forçados a viver
junto a seu negócio e a dirigi-lo pessoalmente com a ajuda de uma pequena
camada intermédia de técnicos, capatazes e sacerdotes. Onde a empresa
prosperou, como nas zonas açucareiras e mineradoras do Brasil e das Antilhas,
puderam dar-se ao luxo de residências senhoriais e tiveram de alargar a camada
intermédia, tanto de engenhos como das vilas costeiras, incumbidas do comércio
exterior.
Fotografia do grego φως [fós] (“luz”), e γραφις [grafis], significa: “desenhar com luz e contraste”, por definição, “é essencialmente a técnica de criação de imagens por meio de exposição luminosa, fixando-as em uma superfície sensível”. A primeira fotografia reconhecida socialmente remonta ao ano de 1826 e é atribuída ao francês Joseph Nicéphore Nièpce. Contudo, compreende-se que “a invenção da fotografia não é obra de um só autor”. Mas um processo de acúmulo de avanços por parte da interpelação de muitas pessoas, trabalhando, juntas ou em paralelo, ao longo de muitos anos desde a invenção. Se por um lado os princípios fundamentais da fotografia se estabeleceram há décadas e, desde a introdução do filme fotográfico colorido, quase não sofreram mudanças sociais, por outro, os avanços tecnológicos têm sistematicamente possibilitado melhorias na qualidade técnica e visual das imagens produzidas no processo social de produção com a redução de custos, popularizando o uso no mercado da fotografia. A primeira fotografia colorida permanente foi tirada em 1861 pelo físico James Clerk Maxwell. O primeiro filme colorido, o Autocromo, não chegou ao mercado global antes de 1907 e era baseado em pontos tingidos de extrato de batata. O filme colorido moderno, o Kodachrome, foi introduzido em 1935, baseado em três emulsões coloridas. A maioria dos filmes coloridos contemporâneos, exceto o Kodachrome, de fato são baseados na tecnologia desenvolvida pela empresa Agfacolor, produzida na Alemanha pela Agfa em 1936. O filme colorido instantâneo foi introduzido pela empresa Polaroid em 1963. A fotografia, à medida que se torna uma experiência cada vez mais pessoal, excitante, deverá ampliar, através dos diversos perfis de fotógrafos amadores ou profissionais, o amplo espectro social de significado da experiência de se conservar um momento em uma imagem.
A fotografia não é a obra final e trabalho de um único criador. Diversas pessoas foram agregando conceitos e processos que deram origem à fotografia como a conhecemos. O mais antigo destes conceitos foi o da “câmara escura”, descrita pelo napolitano Giovanni Baptista Della Porta, já em 1558, e reconhecida por Leonardo da Vinci que a usava, como outros artistas no século XVI para esboçar pinturas. Ângelo Sala, em 1604, percebeu que o uso de um composto de prata escurecia ao Sol, supondo que esse efeito fosse produzido pelo calor. Foi então que, Johann Heinrich Schulze (1687-1744) fazendo experiências com ácido nítrico, prata e gesso em 1724, determinou que fosse a prata halógena, convertida em prata metálica, e não do calor que apenas provocava o escurecimento. Metodologicamente, a primeira fotografia reconhecida é uma imagem produzida em 1826, pelo francês Joseph Nicéphore Nièpce, numa pequena placa de estanho coberta com um derivado de petróleo fotossensível chamado betume da Judéia. É um composto químico usado no artesanato para deixar o móvel mais rústico, uma grande vantagem de utilizar o betume é que ele é impermeabilizante, ou seja, ele protege da infiltração de água e outros líquidos e também protege de fungos, por estes motivos o Betume da Judéia é considerado um verniz, porém, com um pigmento que puxa para tons rústicos.
O instrumento utilizado para ver objetos que se encontram a uma distância muito grande da Terra é chamado telescópio. O Subaru, é um telescópio que tem como função a capacidade de ampliar e formar uma imagem virtual próxima à lente ocular, fazendo com que a imagem nos pareça “maior do que a observada pela experiência a olho nu”. É o telescópio importante do Observatório Astronômico Nacional do Japão, localizado no Observatório de Mauna Kea, no Havaí. Localiza-se em um arquipélago no Oceano Pacífico, podendo ser considerado o estado norte-americano mais isolado em relação ao país. Sua capital e maior cidade, Honolulu, localiza-se a mais de 3 100 km de qualquer outro estado norte-americano. É considerado parte dos Estados do Pacífico. Sua economia está baseada no turismo. Barack Obama é o único presidente dos Estados Unidos nascido no estado do Havaí. O telescópio tem 8,2 metros de diâmetro. A construção do telescópio começou em abril de 1991, e posteriormente, um concurso público deu o seu nome oficial, chamado “Telescópio Subaru”. A construção foi concluída em 1998, e as primeiras imagens em janeiro de 1999. A grande novidade refere-se ao Telescópio Gigante de Magalhães (GMT). O observatório GMT permitirá aos astrônomos para sondar a formação de estrelas e galáxias logo após o Big Bang, para medir as massas dos buracos negros e caracterizar os planetas ao redor de outras estrelas. O telescópio será localizado no observatório Las Campanas, nos Andes chilenos. Ele será o maior telescópio, com fotos tiradas do universo mais nítidas, comparativamente, do que as fotos de outros telescópios existentes na Terra.
O Conselho Executivo da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo aprovou $40 milhões para a participação no projeto do Telescópio Gigante de Magalhães (GMT). A Fundação e o Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil vai compartilhar esses custos e permitir que os astrônomos de todos os estados do Brasil para ter acesso ao telescópio. É uma instituição pública de fomento à pesquisa acadêmica ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do governo do estado de São Paulo. Apesar de instituída oficialmente em 1962, as raízes de sua criação institucional remontam aos anos 1940, onde começaram a ganhar força as ideias de planejamento no âmbito governamental e de pesquisa no meio acadêmico. Proposto pela bancada do Partido Comunista Brasileiro (PCB) na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP), o projeto de lei nº 248 instituía a Fundação Paulista de Pesquisas Científicas. Sua criação foi autorizada através do Artigo 123 da Constituição estadual de 1947, e a determinação constitucional foi efetivada com a criação da fundação da FAPESP pela lei nº 5.918, de 18 de outubro de 1960 e o efetivo funcionamento foi iniciado com o decreto 40.132, de 23 de maio de 1962, com o objetivo de incentivar e subsidiar a pesquisa no Estado desenvolvida nas universidades públicas e privadas do estado.
Com
autonomia garantida por lei, o que significa que os seus dirigentes, escolhidos
pelo governador em listas tríplices, têm mandato fixo, a instituição concede
auxílios a pesquisa e bolsas em quase todas as áreas do conhecimento e financia
apoio à investigação, ao intercâmbio e à divulgação da ciência & tecnologia
em São Paulo. Atualmente recebe um percentual fixo dos impostos arrecadados no
estado de São Paulo e concedeu, em 2006, mais de 580 milhões de reais em bolsas
de pesquisas programadas, e auxílios a pesquisa, em áreas como Ciências Sociais
aplicadas, Ciências Humanas, Letras, Linguística e Artes, Ciências Biológicas,
Ciências da Saúde, Ciências Exatas, Engenharias, Ciências Agrárias. Recentemente
tem investido em projetos relacionados ao Genoma e inovação industrial, o que
aumentou a visibilidade da ciência & tecnologia brasileira no âmbito do exterior.
Várias outras fundações estaduais foram criadas, em especial a partir da
mobilização da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC)
em face das Constituintes estaduais ocorridas em 1989.
A
imagem foi produzida com uma câmera, sendo exigidas cerca de oito horas de
exposição à luz solar. Joseph Nièpce (1765-1883) denominou o processo de
criação de “heliografia”, ou seja, obter a gravura com a luz do Sol.
Paralelamente, outro francês, Louis Daguerre (1787-1851), produzia com uma
câmera escura efeitos visuais em um espetáculo denominado “Diorama”. Ambos
fotógrafos Daguerre e Nièpce trocaram correspondência durante alguns anos,
vindo finalmente a firmarem sociedade. Após a morte de Nièpce, Daguerre
desenvolveu um processo técnico com vapor de mercúrio que reduzia o tempo de
trabalho social de revelação de horas para minutos. O processo foi
denominado “daguerreotipia”. Louis Daguerre descreveu seu processo à Academia
de Ciências e Belas Artes, na França e logo depois requereu a patente do
seu invento na Inglaterra. Sua invenção na história da economia política pertence
a quem registra. A popularização dos daguerreótipos deu origem às especulações
teóricas e práticas (boatos) sobre a possibilidade do “fim da pintura”,
inspirando o Impressionismo. Pedro II pode ter sido o primeiro fotógrafo brasileiro,
mas, Louis Compte (1788-1859) trouxe a novidade de Paris e mostrou-a ao jovem,
que, impressionado, logo encomendou o seu.
A
paixão pela fotografia foi quase fulminante. Pedro II do Brasil (1825-1891), estava
sempre retratando pessoas, paisagens e a realidade da família real. Para
exaltar os amantes dessa arte, criou o título de Photographo da Casa
Imperial. Entre 1851 e 1889, dezenas de fotógrafos receberam a homenagem. Anos
mais tarde, em 1876, resolveu passear mundo afora. Foram 18 meses de viagem,
quatro continentes e mais de 100 cidades visitadas. Além dos registros
fotográficos próprios, contratou um fotógrafo particular. A coleção do monarca,
a essa altura, já tinha 25 mil peças. Em 1889, com a Proclamação da República,
dom Pedro II foi expulso do país. Sem mágoas, doou à Biblioteca Nacional seu
arquivo, com quase 30 mil fotos. O acervo ficou aparentemente esquecido por
mais de 100 anos, pois somente em 1990 os arquivos foram abertos ao público e estão
acervados na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. O mito da fidedignidade, o
fascínio de apreensão do real, que parece se revelar por meio da
fotografia, encorar a carga conotativa presente nessa técnica, que recortava a
realidade pelo olho do fotógrafo. Mas numa era de certezas e de positividades,
era incorporada à memória individual e coletiva como um exemplo da representação
do nível social.
Em
meio a uma sociedade em grande parte iletrada, sob a égide do trabalho escravo
para o trabalho assalariado e servil, as suas potencialidades são rapidamente
percebidas. Entre nós no Brasil, entre 1840 e 1855, diversas capitais foram
visitadas por daguerrreotipistas itinerantes, que também fizeram incursões pelo
interior das cidades, à procura de potenciais clientes da aristocracia rural
existente. O resultado é revelador da
feição peculiar da pequena nobreza brasileira, muitas vezes escondida em seus
casarões de fazenda. A fotografia tornava-se não só símbolo da modernidade como
marca de status e de civilização; uma distinção nas mãos de poucos dentre seus
melhores amantes. O fotógrafo Sebastião Salgado Júnior tornou-se
internacionalmente reconhecido e recebeu praticamente todos os principais
prêmios de fotografia do mundo por seu trabalho. Fundou em 1994 a sua própria
agência de notícias, “As Imagens da Amazônia”, que representa o fotógrafo e seu
trabalho. Salgado e esposa Lélia Wanick Salgado, autora do projeto gráfico
da maioria de seus livros, vivem em Paris.
Primeira astronauta árabe, Noura Al Matrooshi. |
Assim,
se os usos e funções políticas da fotografia do século XIX tenderam a se
expandir, de outro modo dialogaram com o imaginário individual e coletivo, que
por meio dela reproduziam imagens e paisagens a partir da década de 1870.
Grandes fotógrafos se consagraram no Brasil, como Hercules Florence (1804-1879)
e Jean-Victor Frond (1821-1881), ou mais tarde como o fez Marc Ferrez
(1843-1923), além de uma série de firmas pequenas que aqui se instalaram, “prometendo
maravilhas para essa corte encantada com os avanços europeus”. Muitos se
fizeram fotografar, contudo nenhuma outra família gastou tanto quanto a colonizadora
Casa Imperial. Era inclusive comum encontrar nos jornais anúncios em que os
profissionais expunham sua condição de “fotógrafos da família imperial”, como
chamariz para outros clientes. O britânico William Fox Talbot (1800-1877) já
efetuava pesquisas com papéis fotossensíveis, ao tomar conhecimento dos avanços
técnicos de Daguerre, em 1839, decidiu apressar a apresentação de seus trabalhos
à Royal Institution e à Royal Society, “procurando garantir os direitos sobre
suas invenções”. Talbot desenvolveu um diferente processo denominado
“calotipo”, usando folhas de papel cobertas com cloreto de prata, que
posteriormente eram colocadas em contato com outro papel, produzindo a imagem
positiva. É parecido com o processo fotográfico, também produz um negativo que
pode ser reutilizado para produzir várias imagens positivas. Hippolyte Bayard (1801-1887)
também desenvolveu um método de fotografia. Por demorar a anunciá-lo,
não foi reconhecido como o próprio inventor.
A
fotografia então se popularizou como produto de consumo a partir de 1888. A
empresa Kodak abriu as portas com um discurso mercadológico de marketing
tornando-a mercadoria que, na definição de Marx, “é a célula econômica da
sociedade capitalista”, onde todos podiam tirar suas fotos, sem necessitar de
fotógrafos profissionais com a introdução da câmera tipo “caixão” e pelo filme
em rolos substituíveis criados por George Eastman. Desde então, o mercado
fotográfico tem experimentado uma crescente evolução tecnológica, como o
estabelecimento do filme colorido como padrão e o foco automático, ou exposição
automática. Essas inovações indubitavelmente facilitam a captação da imagem,
melhoram a qualidade de reprodução ou a rapidez do processamento técnico, mas
muito pouco foi alterado nos princípios básicos ou essenciais da fotografia. A
grande mudança relativamente recente, produzida a partir do final do século XX,
deu-se com o processo de digitalização dos típicos “sistemas fotográficos”. A
fotografia digital mudou paradigmas no âmbito e no “mundo da fotografia”, em
termos de concepção e execução, minimizando custos, reduzindo etapas,
acelerando processos e facilitando a produção, manipulação, armazenamento e
transmissão de imagens pelo mundo social globalizado. Paradigma para nós é a
representação de um padrão a ser seguido. É um pressuposto filosófico, matriz,
ou seja, uma teoria, um conhecimento que origina o estudo de um campo
científico; uma realização científica com métodos e valores que são concebidos
como modelo; uma referência inicial como base de modelo para estudos e
pesquisas.
A Teoria Geral da Relatividade de
Albert Einstein já previa que, quando uma estrela massiva morre, ela deixa para
trás um núcleo denso remanescente - se a massa dele for cerca de três vezes
maior que a do Sol, a equação demonstrava que a força da gravidade, mais forte
do que qualquer outra, transformava “a morte das estrelas em um fenômeno que
hoje conhecemos como buraco negro”. O buraco, apesar do nome, não é vazio, mas
sim a junção de matérias em uma única área. A NASA explica que, para entender
melhor como funciona um buraco negro, basta pensar em uma estrela dez vezes
mais massiva que o Sol, colocada em uma esfera de diâmetro aproximado com a
cidade de Nova York: o resultado é um campo gravitacional tão forte que nada
pode escapar dele. Na Via Láctea existem diversos buracos negros e os
cientistas ainda não encontraram todos. Só na nossa galáxia, existe a
possibilidade de haver alguns milhares deles. Uma maneira de encontra-los é
procurar por sistemas binários, nos quais um buraco negro pode roubar material
de sua estrela companheira, gerando uma emissão luminosa de raios X bastante
distinta. Em 2016, um artigo científico revelou 77 objetos que podem ser
buracos negros relativamente próximos de nós, detectados através dessa técnica
de observação. Alguns deles são reconhecidos, mesmo com tanta dificuldade
para estudá-los, enquanto outros ainda estão aguardando a comunidade científica
decidir se são de fato “buracos negros, ou alguma outra coisa massiva e
misteriosa”. Temos algumas características sobre esses objetos invisíveis
à medida que os telescópios coletam mais evidências.
Não
queremos perder de vista um aspecto fundamental da divisão do trabalho social de
Durkheim (2015). Para ele, neste aspecto, ligado às emoções, todo estado
forte da consciência é uma fonte de vitalidade, é um fato essencial de nossa
vitalidade geral. Por conseguinte, tudo o que tende a enfraquece-lo nos diminui
e nos deprime; resulta daí uma impressão de confusão e de mal-estar análoga à
que sentimos quando uma função importante é suspensa ou retardada. É
inevitável, pois, que reajamos energicamente contra a causa que nos ameaça com
tal diminuição, que nos esforcemos por afastá-la, a fim de mantermos a integridade
de nossa consciência. No primeiro plano das causas que produzem esse resultado,
devemos colocar a representação de um estado contrário. Uma representação não é
uma simples imagem da realidade, uma sombra inerte projetada em nós pelas
coisas, mas uma força que ergue a seu redor todo um turbilhão de
fenômenos orgânicos e psíquicos. Não somente a corrente nervosa que acompanha a
ideação se irradia nos centros corticais em torno do ponto em que se
originou e passa de um plexo a outro, mas ressoa nos centros motores, onde
determina momentos, nos centros memoriais, onde desperta imagens, excita por
vezes começos de ilusões e afetar as funções sociais vegetativas; esse ressoar
é mais considerável, quanto mais intensa designar a própria representação, e
mais desenvolvido for o seu elemento de dispositivo emocional.
Marcelo Gleiser: - “A ciência não mata Deus”. |
A
representação de um sentimento contrário ao nosso age em nós no mesmo sentido e
da mesma maneira que o sentimento que ela substitui; é como se ele mesmo
tivesse entrado em nossa consciência. Ela tem, de fato, as mesmas afinidades,
embora menos vivas; ela tende a despertar as mesmas ideias, os mesmos
movimentos, as mesmas emoções. Ela opõe, pois, uma resistência ao jogo de nosso
sentimento pessoal e, por conseguinte, o debilita, atraindo numa direção
contrária toda uma parte de nossa energia. É como uma “força estranha” se
houvesse introduzido em nós, de modo a desconcentrar o livre funcionamento de
nossa vida psíquica. Eis porque uma convicção oposta à nossa não pode se
manifestar em nossa presença sem nos perturbar: é que ao mesmo tempo, ela
penetra em nós e, encontrando-se em antagonismo com tudo o que em nós encontra,
determina verdadeiras desordens. Sem dúvida, enquanto o conflito só se
manifesta entre ideias abstratas, nada há de muito doloroso, pois nada há de
muito profundo. A região dessas ideias é, ao mesmo tempo, a mais elevada e a
mais superficial da consciência, e as mudanças que nela sobrevêm, não tendo
repercussões extensas, afetam-nos apenas debilmente. Quando se trata de uma
crença não permitimos e não podemos permitir que seja impunemente ofendida.
Toda ofensa dirigida contra ela suscita uma reação emocional, mais ou menos
violenta que se volta mediada contra o ofensor.
Sem dúvida, não pretendemos que toda convicção forte seja necessariamente intolerante; a observação corrente basta para demonstrar o contrário. Mas isso porque as causas externas neutralizam, então, aquelas cujos efeitos acabamos de analisar. Pode haver entre os adversários uma simpatia geral que contenha seu antagonismo e o atenue. Mas é preciso que essa simpatia seja mais forte do que esse antagonismo, de outro modo não sobrevive a ele. Ou, então, que as duas partes em presença renunciam à luta, quando fica claro que esta é incapaz de levar ao que quer que seja, e se contentam com manter suas respectivas situações, toleram-se mutuamente, não podendo autodestruir-se. A tolerância recíproca que por vezes encera as guerras religiosas costuma ser dessa natureza. Em todos esses casos, se o conflito individual dos sentimentos não engendra suas consequências naturais, não é porque não as contenha, é porque é impedido de produzi-las. Elas são úteis ao mesmo tempo que necessárias. Além de derivarem forçosamente das causas que as produzem, elas contribuem para mantê-las. Todas essas emoções violentas constituem, uma convocação de forças suplementares que vêm restituir ao sentimento atacado a energia que a contradição lhe retira. Foi dito, reitera o sociólogo francês, Émile Durkheim (2015), percebendo, portanto, que algumas vezes, a cólera era inútil, por ser tão só “paixão destrutiva, mas isso é vê-la apenas sob um de seus aspectos essenciais”.
No
caso técnico-científico serve enquanto aperfeiçoamento da tecnologia de
reprodução de imagens digitais e, que tem quebrado barreiras de restrição em
relação a este sistema por setores que ainda prestigiam o uso do tradicional
filme, last but not least, e assim, irreversivelmente ampliando o
domínio irreversível da fotografia digital. O site da agência foi atualizado há
alguns anos para que ficasse mais acessível, pondo a um par de cliques de
distância milhares de fotos incríveis, em alta resolução, procedentes de seus
diversos centros de pesquisa. Nebulosas, supernovas, sistemas estelares,
galáxias, a primeira viagem à Lua etc. Connie Moore, pesquisadora-chefe de
fotografia da agência espacial dos Estados Unidos da América, a Administração
Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA), é uma agência do governo federal dos
Estados Unidos responsável pela pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e
programas de exploração espacial. Sua missão é “fomentar o futuro na pesquisa,
descoberta e exploração espacial”. Moore falou recentemente com uma revista
REIT (Real Estate Investment Trust) sobre a importância de fazer uma
coisa estratégica nos negócios, como ela fez pontos sem se tornarem como
questões pessoais e aspirando a ser uma boa executiva, independe de seu
gênero.
Foi
criada em 29 de julho de 1958, substituindo seu antecessor, do Comitê
Consultivo Nacional para a Aeronáutica, que durante 30 anos é grande
conhecedora desses arquivos fotográficos, apontava em um artigo no Google
Arts and Culture quais foram as imagens mais solicitadas quando ela estava
a cargo do arquivo. Ela foi a responsável pelo envio do homem à Lua e por
diversos outros programas de pesquisa no espaço. Atualmente ela trabalha em
conjunto com a Agência Espacial Europeia, com a Agência Espacial
Federal Russa e com alguns países da Ásia para a criação da Estação
Espacial Internacional. Desenvolve vários programas com satélites e com sondas
de pesquisa espacial que viajaram até outros planetas e alguns deles, se
preparam para sair do nosso sistema solar, sendo a próxima grande meta, que tem
atraído a atenção de todos, uma viagem tripulada até o planeta Marte, nosso distante
vizinho. A NASA tem como escopo uma melhor compreensão da Terra através do Earth
Observing System, na promoção da heliofísica, através do trabalho do Heliophysics
Research Program, na exploração do sistema solar com missões robóticas
avançadas, tais como New Horizons, e na pesquisa astrofísica do Big
Bang com o auxílio de grandes observatórios.
O
espaço sideral, como observamos noutro lugar, representa toda área vazia
do universo não ocupada por reconhecidos corpos celestes. O universo é
constituído, predominantemente, de matéria escura (25%) e energia escura (70%).
As propriedades materiais não são reconhecidas. É chamado de espaço cósmico,
espaço exterior, ou espaço extra-atmosférico. É singular do ponto de vista
histórico, sociológico e jurídico. Em primeiro lugar, porque as atividades
humanas em torno desse objeto de conhecimento, ainda não se tornaram realidade,
derivadas de análises teóricas, exigindo da sociedade internacional,
globalizada, o estabelecimento de “regras científicas e políticas que norteiem
este tipo de relações internacionais”. Em segundo lugar, porque o uso do espaço
sideral é disciplinado politicamente em Direito Internacional, pelo Tratado
sobre Princípios Reguladores das Atividades dos Estados na Exploração e Uso do
Espaço Cósmico, Inclusive a Lua e demais Corpos Celestes. Dispõe que os corpos
celestes e o espaço sideral são patrimônio da humanidade e, de livre acesso e
insuscetíveis de apropriação por qualquer Estado. Estabelece “o uso
pacífico do espaço e corpos celestes e a proibição expressa de instalação de
armas nucleares naquele ambiente”. A
proibição de apropriação nacional do espaço e dos corpos celestes (Artigo
II) impede a aplicação de legislação nacional que empreste validade a uma
“reivindicação privada”.
Tratados
de aplicação do Direito Internacional são de ordem técnico-metodológica, pois
quanto mais dinâmico é o ambiente, em se tratando do Universo em sua complexidade deve ser o processo de
planejamento externo de trabalho, o que justifica esquemas técnico-científicos programados que
propõem a descentralização do processo e sua atribuição aos próprios
encarregados da execução que operam da
seguinte forma: o Acordo sobre o Salvamento de Astronautas e Restituição de
Astronautas e de Objetos lançados ao espaço cósmico (1968), a Convenção sobre
Responsabilidade Internacional por Danos Causados por Objetos Espaciais (1972),
a Convenção Relativa ao Registro de Objetos Lançados no Espaço Cósmico (1974) e
o Acordo que Regula as Atividades dos Estados na Lua e em outros Corpos
Celestes (1979). É processo de colonização que na atualidade não tem precedentes e menos ainda a mal(dita) sede de
conquistas territoriais. Mas está avançando tecnologicamente sobre reservas
importantes se vinculada ao mercado de recursos naturais. Está trabalhando,
para domesticar a alma dos homens e das comunidades. Conduz-nos ao conformismo,
ao convencimento que o mundo social é assim, e frente ao qual devemos
resignarmos com a esperança única de que algum dia, se seguirmos pelo caminho
induzido seremos tão prósperos e livres como é ou pretende ser este princípio
condutor.
Esta
colonização coincide com a revolução técnico-científica, a cuja
vanguarda estão as comunicações com seus satélites, os computadores binários, o
domínio da informática, os cabos de fibra ótica, as impressoras de laser e as
tintas eletrostáticas, os serviços telemáticos, a optoeletrônica, a física do
estado sólido, a teledetecção e uma indústria estratégica cujos alcances apenas
intuímos e demarcamos. Todos estes prodígios criados pela inteligência humana
estão a serviço da política exterior norte-americana e de seus truques
tecnológicos. Isto porque, o capitalismo globalizado tende, cada vez mais a
descentrar seu escopo de poder das estruturas de produção de bens e serviços
para as estruturas produtoras de signos, de sintaxe e de subjetividade,
especialmente, do controle que exerce sobe a informação e a produção de desejos
na e pela informação. Necessidades que derivam do desejo: elas são
contraproduzidas no real que o desejo produz. Se o desejo produz, ele produz o
real. Se o desejo é produtor, só pode ser na realidade e de realidade. No
centro desta tendência, nacionalista e internacionalista, está o fato de que
muitos sistemas de informação aviação, satélites de pesquisa, de objetivos
militares e tripulados e de aplicação, tanto pertinentes sobre o trabalho e das
atividades bancárias e de exploração do capital financeiro, correios e
telégrafos, etc. requerem interação social concreta e definitiva com o trabalho
de seus homólogos de outras nacionalidades.
Apesar do fato de que não é legitimamente observável, os cientistas acreditam que a chamada “matéria escura” existe por suas consequências na energia gravitacional de como a matéria visível se move e dispersa no espaço sideral. As observações de sistemas astrofísicos que indicam a existência de matéria escura são diversas e vezes baseadas em técnicas experimentais diferentes. São exemplos clássicos dessas observações: as curvas de rotação de galáxias, a aplicação do teorema do virial a aglomerados de galáxias e a análise das anisotropias da radiação cósmica de fundo em micro-ondas. A matéria normal, luminosa, é composta de bárions, partículas como prótons e nêutrons. No princípio, os pesquisadores acreditavam que a matéria escura também era feita de tal material, mas emitiria pouca radiação eletromagnética. A partir das observações da radiação cósmica de fundo em micro-ondas com a compreensão da teoria do Big Bang, os físicos foram levados a acreditar que apenas uma pequena quantidade de matéria bariônica continuaria a sobreviver se não estivesse incorporada ao sistema solar, ou a determinado resquício estelar. Pesquisadores acreditam que a matéria desaparecida do Universo seria uma partícula mais exótica. Esta matéria é suscetível de fornecer a resposta para a falta de massa. Os físicos identificaram três tipos prováveis de matéria escura e as partículas candidatas associados com cada tipo. O Big-Bang, ou também chamado “grande expansão” é a teoria cosmológica dominante sobre o desenvolvimento inicial do universo. Os cosmólogos usam o termo Big Bang para se referir à ideia de que o universo estava originalmente muito quente e denso em algum tempo finito no passado.
Desde então tem se resfriado pela expansão ao estado diluído atual e
continua em expansão atualmente. A teoria é sustentada por explicações mais
completas e precisas a partir de evidências científicas disponíveis e da
observação. Medições detalhadas da taxa de expansão do universo colocam o Big
Bang em cerca de 13,8 bilhões de anos, que “é considerada a idade do universo”.
O padre Georges Lemaître, católico, astrônomo, cosmólogo e físico belga, propôs
o que ficou reconhecido como teoria da origem do universo do Big Bang,
que ele chamava de “hipótese do átomo primordial”, ou também reconhecida como “ovo
cósmico”, que posteriormente foi desenvolvida por George Gamow (1904-1968). O
asteroide 1565 Lemaître foi assim chamado em sua homenagem. Ele propôs e
ficou reconhecido como a teoria Big Bang da origem do universo como “hipótese
do átomo primordial”. O quadro de pensamento abstrato para o modelo se baseia
na teoria da relatividade de Albert Einstein e em hipóteses simplificadoras tais
como homogeneidade e isotropia do espaço. As equações principais foram
formuladas por Alexander Friedmann (1888-1925) com formação de um matemático e
cosmólogo russo. Friedmann é um dos consagrados “pais” da teoria de expansão do
universo e do Big Bang, juntamente com Georges Lemaître e George Gamov
(1904-1968).
Albert
Einstein nasceu em Ulm, na Alemanha, em 1879. É considerado o físico mais influente
do século XX. Filho de um pequeno industrial judeu, em 1880 mudou-se com a
família para a cidade de Munique. Seus pais Hermann Einstein e Pauline Koch
eram judeus. O caráter e a biblioteca do pai foram importantes na formação de
Albert Einstein. Nos primeiros anos escolares, Einstein não se destacava nem
pelas notas nem pela regularidade com que ia à escola. Com seis anos de idade,
incentivado pela mãe, começou a estudar violino. Cedo se destacou no estudo da
física, matemática e filosofia. Aos nove anos ingressa no Luitpold Gymnasium,
uma escola secundária em Munique, Alemanha. Foi fundada pelo príncipe Luitpold
da Baviera em 1891 como Luitpold-Kreisrealschule para servir a parte oriental
da cidade e seus subúrbios. Ficava na Alexandrastrasse em frente ao Museu
Nacional, onde se interessa por geometria e álgebra, matérias nas quais
progride. Aos doze anos é visto como um gênio das matemáticas, mas lê
avidamente Leibniz, figura central na história da matemática e na história da
filosofia, Kant que operou, na epistemologia uma síntese entre o racionalismo
continental, onde impera a forma de raciocínio dedutivo, e a tradição empírica
inglesa de Hume, Locke, ou Berkeley, que valoriza a indução e Hume que cético,
se opôs a Descartes e às filosofias que consideravam o espírito humano desde um
ponto de vista teológico-metafísico.
Albert
Einstein foi paradoxal para seus mestres, que nem sempre sabiam responder as
suas perguntas, ou per se refutar seus questionamentos tanto políticos
quanto existenciais. A física, dentre as ciências da natureza, faz parte de um
complexo de instituições de importância formidável na sociedade contemporânea. Não só em
função do vulto dos investimentos, como também do contingente humano, do número
e da diversidade de organizações comprometidas com sua expansão típica corporativa.
Os físicos constituem um grupo de profissionais socialmente prestigiados,
formados em organizações próprias. Dispõem de enormes facilidades de trabalho,
como laboratórios, bibliotecas, serviços de intercâmbio e divulgação de
informações científicas, e assim por diante, os quais, em muitos aspectos
sociais, têm superado as vantagens conquistadas por grupos profissionais
tradicionais na cultura ocidental, como advogados, médicos e sociólogos. Como
possuía caráter individualista e alheio à disciplina prussiana, acaba
sendo expulso do Gymnasium. Aos 16 anos abandona a propedêutica da religião
judaica na relação social obediência espiritual aos mandamentos divinos
estabelecidos nos livros sagrados, uma vez que para eles, isso é fazer se “representar
a vontade de Deus e demonstrar respeito e amor pelo criador”. O judaísmo é a
religião monoteísta que possui o menor número de adeptos, tornando-se
livre de imposição. Ainda que fosse de família judia, Einstein
tinha um pensamento claro sobre religião moldado em Zurique, lendo livros de Baruch de Spinoza (1632-1677), que caíram em suas mãos. O Deus de Spinoza
era amorfo e impessoal, responsável pela ordem no universo per se pela
beleza da natureza. Lembra o filósofo Edgar Morin, mas este, um filósofo
holandês de origem sefardita portuguesa, nascido de uma família que
havia fugido da inquisição lusitana.
Depois Edwin Hubble (1889-1953) descobriu em 1929 que as distâncias de galáxias eram geralmente proporcionais aos seus desvios para o vermelho, como sugerido por Lemaître em 1927. Esta observação da Física foi feita para indicar que todas as galáxias e aglomerado de galáxias distantes têm uma velocidade espetacular, aparente, diretamente fora do nosso ponto de vista: quanto mais distante, maior a velocidade aparente. Se a distância entre os aglomerados de galáxias está aumentando atualmente, todos deveriam estar mais próximos no passado. Esta ideia tem sido considerada em densidades e temperaturas extremas, sendo que grandes aceleradores de partículas têm sido construídos para experimentar e testar tais condições técnicas, resultando em significativa confirmação da teoria. No entanto, estes equipamentos científicos têm capacidades limitadas para pesquisa instrumental em tais regimes de alta energia. Sem nenhuma evidência associada com a maior brevidade instantânea da expansão, a teoria do Big Bang não pode e não fornece qualquer explicação para essa condição inicial, mas mormente descreve e explica a evolução geral do universo desde aquele instante. As abundâncias observadas de elementos leves em todo o cosmos, se aproximam das previsões calculadas para a formação destes elementos de processos nucleares na expansão rápida e arrefecimento dos minutos iniciais do universo. Melhor dizendo como lógica e detalhado de acordo com a nucleossíntese: o processo mediante o qual a criação de novos núcleos atômicos, a partir dos núcleos pré-existentes (prótons e nêutrons) para chegar a gerar o restante dos elementos da tabela periódica do Big Bang.
O primeiro processo de
nucleossíntese natural foi o Big Bang, com uma produção massiva de elementos (e
seus isótopos) químicos que estão ali no início da tabela periódica – hidrogênio
e hélio. Tendo algum resquício de formação de lítio, berílio e boro. A ideia de
um corpo tão massivo que nem a luz poderia escapar foi brevemente proposta pelo
pioneiro astronômico e clérigo inglês John Michell (1724-1793), em uma carta
publicada em novembro de 1784. Os cálculos simplistas de Michell supunham que
esse corpo pudesse ter a mesma densidade que o Sol e concluíram que esse corpo
se formaria quando o diâmetro de uma estrela excedesse o do Sol por um fator de
500 e a velocidade de escape da superfície excedesse a velocidade usual da luz.
Michell observou corretamente que esses corpos supermassivos, mas não
irradiantes, podem ser assim “detectados por seus efeitos gravitacionais em
corpos visíveis próximos”. Os estudiosos ficaram empolgados com a proposta de
que estrelas gigantes, mas invisíveis, pudessem estar escondidas à vista de
todos, mas o entusiasmo diminuiu quando a natureza ondulatória da luz se tornou
aparente no início do século XIX. Se a luz fosse apenas a representação de uma
onda e não um “corpúsculo”, não está claro o que, se houver, influenciaria a
gravidade na fuga das ondas de luz. A relatividade moderna einsteiniana desacredita
a noção de John Michell de um raio de luz disparando da superfície de uma estrela
supermassiva, sendo desacelerado pela gravidade, parando e caindo
livremente de volta à superfície da estrela.
Em
1915, Albert Einstein desenvolveu sua Teoria da Relatividade Geral. Apenas
alguns meses depois, Karl Schwarzschild (1873-1916) encontrou uma solução para
as equações do campo de Einstein, que descrevem o campo gravitacional de uma
massa pontual e de uma massa esférica. Alguns meses depois de Schwarzschild,
Johannes Droste (1886-1963), um estudante de Hendrik Lorentz (1853-1928), um físico
neerlandês que recebeu em 1902 o prêmio Nobel de Física por seu trabalho sobre
as radiações eletromagnéticas. A maior parte dos trabalhos envolveu a questão do
eletromagnetismo. Deixou seu nome ligado às transformações de Lorentz, que
formam a base da Teoria da Relatividade restrita de Einstein. Ele deu a mesma
solução para a massa pontual de forma independente e escreveu mais
extensivamente sobre suas propriedades. Essa solução tinha comportamento peculiar
chamado raio de Schwarzschild, significando que alguns dos termos nas equações
de Albert Einstein se tornaram infinitos. A natureza dessa superfície per se
não era de todo bem compreendida. Em 1924, Arthur Eddington demonstrou que a singularidade
desapareceu após uma mudança técnica de coordenadas, embora Georges Lemaître
demorasse até 1933 para perceber que significava que “a singularidade no raio
de Schwarzschild era uma singularidade de coordenadas não físicas”. Filme Einstein
and Eddington (2008), produzido em parceria entre a British Broadcasting
Corporation (BBC) e a HBO um canal de televisão por assinatura
norte-americano, de propriedade da Warner Media, mas que no filme demonstra com
habilidade a relação social ocorrida entre Albert Einstein e Arthur
Eddington. Astrônomo renomado, Eddington era um dos poucos que entendiam as ideias
de Einstein e ajudou a difundir a Teoria da Relatividade para o mundo durante a
1ª grande guerra (1914-18).
Eddington comentou em um livro de 1926 sobre a possibilidade de uma estrela com massa comprimida no raio de Schwarzschild, observando que a teoria de Einstein nos permite descartar densidades excessivamente grandes para estrelas visíveis como Betelgeuse porque “uma estrela de 250 milhões de quilômetros poderia não ter uma densidade tão alta quanto o Sol”. Em primeiro lugar, a força da gravitação seria tão grande que a luz seria incapaz de escapar dela, os raios voltando à estrela como uma pedra na Terra. Em segundo lugar, o desvio para o vermelho das linhas espectrais seria tão grande que o espectro seria retirado da existência. Em terceiro lugar, a massa produziria tanta curvatura da métrica espaço-tempo que o espaço se fecharia ao redor da estrela, “deixando-nos do lado de fora, isto é, nenhum lugar”. As ideias de Chandrasekhar foram desenvolvidas por Lev Landau (1908-1968), Fritz Zwicky (1898-1947) e Robert Oppenheimer (1904-1967) durante a década de 1930. Em 1931, Subramanyan Chandrasekhar calculou, usando relatividade especial, que um corpo não rotativo de matéria degenerada por elétrons acima de certa massa limitante, de Limite de Chandrasekhar, em 1,4 massa solar não possui soluções estáveis. Seus argumentos foram contestados por Arthur Eddington e Lev Landau, que diziam que “algum mecanismo ainda desconhecido impediria o colapso”.
Eles
estavam parcialmente corretos: uma “anã branca” levemente mais massiva
que o limite de Chandrasekhar entrará em colapso e se transformará em uma
estrela de nêutrons, que é estável em si mesma. Mas em 1939, Robert Oppenheimer
e outros previram que as estrelas de nêutrons acima de outro limite, de Tolman-Oppenheimer-Volkoff,
entrariam em colapso ainda mais pelas razões apresentadas por Chandrasekhar e
concluíram que nenhuma lei da física provavelmente interviria e interromperia
pelo menos algumas estrelas do colapsarem em um dentre buracos negros. Seus cálculos originais, baseados no princípio
de exclusão de Pauli, deram como 0,7 massa solar; a consideração subsequente de
forte repulsão nêutron-nêutron mediada pela força elevou a estimativa para
aproximadamente 1,5 a 3,0 massas solares. Observações da fusão da estrela de
nêutrons GW170817, que acredita ter gerado um buraco negro logo depois,
refinaram a estimativa do limite de Tolman-Oppenheimer-Volkoff
(TOV) para ~ 2,17 massas solares. Eles interpretaram a singularidade na
fronteira do raio de Schwarzschild como indicador de que era “a fronteira de
uma bolha na qual o tempo parou”.
É
um ponto de vista para observadores externos, mas não para observadores que
cruzam esse raio. Por causa dessa propriedade, as estrelas colapsadas eram
chamadas “estrelas congeladas”, porque um observador veria a superfície da
estrela congelada no tempo no instante em que seu colapso a levasse ao raio de
Schwarzschild. O limite foi calculado por Julius Robert Oppenheimer e George
Michael Volkoff em 1939, usando trabalho anterior de Richard Chace Tolman.
Oppenheimer e Volkoff adotaram que os nêutrons em uma estrela de nêutrons
formavam um gás Fermi degenerado frio. Isto leva a limitar tal massa em
aproximadamente 0.7 de uma massa solar. Estimativas modernas dão intervalo de
aproximadamente 1.5 a 3.0 massas solares. A incerteza nos valores reflete o
fato físico de que as equações de estado para matéria extremamente densa não
são ainda bem conhecidas. Em uma estrela de nêutrons mais leve que o limite, o
peso da estrela é suportado por interações repulsivas de curta distância
nêutron-nêutron mediadas pela força forte e também a pressão causada pela
degeneração de nêutrons. Se uma estrela de nêutrons é mais pesada que o limite,
ela irá colapsar para forma ainda mais densa. Ela pode formar buraco negro,
mudar sua composição, sustentar em outro mecanismo. Pela degeneração de quarks
tornar-se estrela de quarks.
Por causa das propriedades de ainda mais exóticas formas hipotéticas de matéria degenerada serem ainda menos conhecidas que as de matéria nêutron-degenerada, muitos astrofísicos adotam, na ausência de evidências em contrário, que uma estrela de nêutron acima do limite colapsa diretamente num buraco negro. Buracos negros formados pelo colapso de estrelas individuais têm massa no intervalo de 1.5-3.0 (Limite TOV) a 10 massas solares. Um buraco negro formado pelo colapso de uma estrela individual deve ter massa excedendo o limite Tolman-Oppenheimer-Volkoff. A teoria prediz isto por causa da perda de massa durante a evolução estelar. Um buraco negro formado da estrela isolada de metalicidade estelar deve ter massa não maior que aproximadamente 10 massas solares. É necessário compreender a estrutura e composição da metalicidade, através da observação e análise comparada, por causa de suas grandes massas, uma relativa fragilidade, e espectro de raios X, um número de massivos objetos em binários de raio X são interpretados e propostos como sendo buracos negros estelares. Como as estrelas, que se constituem na maior parte da matéria visível do universo, são compostas principalmente de hidrogênio e hélio, os astrônomos usam por conveniência e oportunidade o termo genérico metal para descrever todos os outros elementos coletivamente. Estes candidatos a buracos negros são estimados a ter massas entre 3 e 20 massas solares. Massa solar representa uma unidade de medida de massa, igual ou correspondente à massa do Sol, usada em Astronomia para representar a massa de estrelas, galáxias e corpos gigantes de grandes dimensões sociais. Veillons!
Bibliografia geral consultada.
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