“O povo gosta de luxo. Quem gosta de miséria é intelectual”. Joãosinho Trinta
João
Clemente Jorge Trinta, mais reconhecido como Joãosinho
Trinta, nascido em São Luís, em 23 de novembro de 1933 e falecido em
São Luís, em 17 de dezembro de 2011, foi um artista plástico e famoso
carnavalesco brasileiro, natural do estado do Maranhão. João Clemente Jorge
Trinta, é filho de Júlia Jorge Trinta, operária maranhense de origem árabe.
Viúva e com três filhas de 13, 14 e 15 anos, sua mãe o concebeu com um homem desconhecido
no carnaval de 1933. Até os 17 anos de idade viveu em casarões ocupados por
diversas famílias em São Luís, onde trabalhou na mercearia de seu cunhado, o
bem sucedido português Carlos Allen. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1951,
tendo viajado a bordo do navio ITA. Por ter apenas 17 anos de idade quando
embarcou, foi realocado do porão para um quarto especial que ficava ao lado dos
aposentos do comandante. Chegou na terça feira de carnaval, enfrentando certa
dificuldade financeira e hospedando-se em uma pensão na rua São Clemente, na
enseada de Botafogo, na cidade do Rio de Janeiro. Empregou-se em uma companhia
como era comum de estrangeiros, e conseguia tempo trabalho e para estudar dança
clássica no Teatro Municipal. Durante 30 anos fez parte do Corpo de Baile
do Teatro Municipal e com duas importantes óperas - O Guarani, de Carlos Gomes;
e Aída, de Giuseppe Verdi. Começou a
carreira carnavalesca no Salgueiro, em 1961, como segurança, dois anos depois,
a escola foi campeã do carnaval, com o enredo Xica da Silva de Fernando
Pamplona e Arlindo Rodrigues.
São
Luís, frequentemente chamado de São Luís do Maranhão, é um município brasileiro
e a capital do estado do Maranhão. É a única capital brasileira fundada por
franceses, no dia 8 de setembro de 1612, posteriormente invadida por holandeses
e, por fim, colonizada pelos portugueses. Localiza-se na ilha de Upaon-Açu no
Atlântico Sul, entre as baías de São Marcos e São José de Ribamar, no Golfão
Maranhense. Em 1621, o Brasil foi dividido em duas unidades administrativas —
Estado do Maranhão e Estado do Brasil —, São Luís foi a capital da primeira
unidade administrativa. No ano de 1997, o Centro Histórico da cidade foi
declarado patrimônio cultural da humanidade pela Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), é uma agência especializada da
Organização das Nações Unidas. Fundada em 1945, tem como objetivo promover a
paz e o desenvolvimento sustentável através da cooperação internacional
em educação, ciência, cultura e comunicação. Ela atua em diversas áreas, como a
proteção do patrimônio mundial, a promoção da diversidade cultural, a garantia
do acesso à educação de qualidade para todos e o estímulo à pesquisa
científica.
Com uma população estimada em 1 108 975 habitantes, São Luís é o município mais populoso do Maranhão e o quarto da Região Nordeste. Sua área é de 583 km², dos quais 166 km² estão em perímetro urbano, constituindo gerograficamente a15ª maior área urbana do país. O município é sede da Região de Planejamento da Ilha do Maranhão, composta pelos quatro municípios localizados na ilha de Upaon-Açu e da Região Metropolitana de São Luís, composta por 13 municípios que totalizam 1 633 117 habitantes. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de São Luís, segundo dados das Nações Unidas datados do ano 2010, é de 0,768, acima da média brasileira, o 3° melhor IDH entre as capitais da região Nordeste do Brasil e o 4° entre todos os 1 794 municípios da região. A capital maranhense tem um forte setor industrial por conta de grandes corporações e empresas de diversas áreas que se instalaram na cidade pela sua privilegiada posição geográfica entre as regiões Norte e Nordeste do país. Seu litoral estrategicamente localizado, bem mais próximo de grandes centros importadores de produtos brasileiros como Europa e Estados Unidos da América, permite economia de combustíveis e redução no prazo de entrega de mercadorias provenientes do Brasil pelo Porto do Itaqui, que é tecnologicamente o segundo mais profundo do mundo e um dos mais movimentados e bem estruturados para o comércio exterior no país.
A cidade está ligada ao interior do estado e ao estado do Piauí pela ferrovia São Luís-Teresina, bem como aos estados vizinhos Pará e Tocantins por meio das ferrovias Estrada de Ferro Carajás e Ferrovia Norte-Sul, sendo que esta última conecta a cidade à Região Centro-Oeste, o que facilita e barateia o escoamento agrícola do interior do país para o Porto do Itaqui. Por rodovia, a capital maranhense é servida pela BR-135 (duplicada), que liga a ilha ao continente, e pelo transporte aéreo conta com o Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado (1898-1989), com capacidade de atender 5,9 milhões de passageiros por anualmente. Também há um serviço de ferry-boats, embarcações projetadas para transportar passageiros e veículos, especialmente em rotas curtas sobre águas, como rios, lagos ou baías realizando a Travessia São Luís-Alcântara. Travessia São Luís–Alcântara é um sistema de trabalho e comunicação social de embarcações do tipo estruturado por uma balsa que faz o transporte de pessoas e veículos entre os municípios de São Luís e Alcântara, no Golfão Maranhense.
Atualmente, a ilha de
Upaon Açu possui uma única ligação via transporte rodoviário, através da ponte
Marcelino Machado sobre o Estreito dos Mosquitos, na BR-135, sendo o transporte
por ferry-boat uma alternativa para quem deseja fazer a travessia entre
a ilha e o continente, além de ser a única que permite o transporte de veículos
sobre embarcações. A travessia por balsas cruzando a Baía de São Marcos foi
inaugurada nos anos 1970. As viagens pelos ferry-boats, extraordinários veículos
maiores e mais modernos, começaram a ser realizadas em 1988 e, transportando
pessoas, veículos leves, ônibus, caminhões e mercadorias entre as duas cidades.
A travessia se caracteriza por ser a ligação mais curta para o escoamento de
produtos para a Baixada Maranhense, além de ser uma importante via de comunicação
alternativa de ligação entre São Luís e Belém. Possui aproximadamente 20 km, que são percorridos em pouco mais de 1, 30 horas pelas balsas. O
serviço também beneficia cerca de 35 municípios e 2,5 milhões de habitantes que
residem nestes locais. A utilidade de uso da embarcação reduz a viagem São
Luís/Baixada Maranhense em termos de tempo/espaço em até 350 km. O serviço é opção viável em comparação ao uso da BR-135,
reduzindo os custos de manutenção da via, os congestionamentos e consequente
poluição.
Botafogo é um bairro da Zona Sul do município do Rio de Janeiro, no Brasil. Com quase 100 mil habitantes, o bairro é conhecido por abrigar um dos principais cartões-postais brasileiros: a Enseada de Botafogo, com os morros do Pão de Açúcar e da Urca, e o Aterro do Flamengo ao fundo. Dentre as maiores atrações da Enseada de Botafogo está o conhecido Iate Clube do Rio de Janeiro, cujo cais e marina se fazem visíveis de quase todos os pontos do bairro. Botafogo tem suas escolas de samba, a São Clemente e a Botafogo Samba Clube. É conhecido no Rio de Janeiro como o bairro das escolas e das clínicas, devido ao grande número desses estabelecimentos na região. Também é conhecido por ser lar do clube de futebol homônimo, Botafogo de Futebol e Regatas, um dos maiores e mais tradicionais clubes do país. Muitas pessoas o definem como bairro de passagem, por se localizar entre o Centro e o resto da Zona Sul da cidade. Não é à toa que uma das principais vias é a Rua da Passagem. Outras vias importantes são as ruas Voluntários da Pátria e São Clemente. Inicialmente chamada de Itaóca (casa de pedra) pelos Tamoios em referência a uma furna que ainda existe onde é o Humaitá, a região foi recebida em regime de sesmarias por Antônio Francisco Velho e, a partir de 1565 passa a ser reconhecida como “Enseada de Francisco Velho”. Em 1590 Antônio Francisco Velho, já idoso, decide vender essa parte de suas terras ao português João Pereira de Souza Botafogo, sendo deste último a origem atual do nome do bairro.
Apesar
de a questão da pobreza mais severa se encontrar nos países ditos “subdesenvolvidos”,
esta forma existe em todas as regiões. Nos países desenvolvidos,
manifesta-se na existência de sem-abrigo e de subúrbios pobres. A pobreza pode
ser vista como uma condição coletiva de pessoas pobres, grupos e mesmo de
nações. Para evitar este estigma, essas nações são chamadas normalmente países
em desenvolvimento. A pobreza pode ser absoluta ou relativa. A pobreza absoluta
refere-se a um nível que é consistente ao longo do tempo e entre países. Um
exemplo de um indicador de pobreza absoluta é a percentagem de pessoas com uma
ingestão diária de calorias inferior ao mínimo necessário, aproximadamente 2
000/2 500 quilocalorias. O Banco Mundial define a pobreza extrema como
viver com menos de 1 dólar dos Estados Unidos da América por dia, em paridade
do poder de compra e pobreza moderada como viver com entre 1 e 2 dólares dos
Estados Unidos por dia. Estima-se que 1 bilhão e 100 milhões de pessoas a nível
mundial tenham níveis de consumo inferiores a 1 dólar dos Estados Unidos por
dia e que 2 bilhões e 700 milhões tenham um nível inferior a 2 dólares dos
Estados Unidos. A percentagem da população dos países em desenvolvimento a
viver na pobreza extrema diminuiu de 28 para 21% entre 1990 e 2001. Essa
redução estatisticamente deu-se fundamentalmente na Ásia Oriental e do Sul. Entretanto,
na África subsaariana, parte Sul do continente africano, o Produto Interno Bruto Per Capita
diminuiu drasticamente 14% e, em contrapartida, o número de pessoas em subsaistência a viver em pobreza extrema
aumentou de 41% para 44% entre 1981 e 2001.
No início dos anos 1990, comparativamente, as economias da Europa de Leste e da Ásia Central registraram reduções acentuadas no rendimento. As taxas de pobreza extrema chegaram aos 6%, antes de começarem a diminuir no final da década. Outros indicadores relativos à pobreza estão também a melhorar. A “esperança de vida” humana, na falta de melhor expressão, aumentou substancialmente nos países em desenvolvimento após a 2ª guerra mundial (1939-1945) e diminuíram a diferença face aos países desenvolvidos onde o progresso foi menor. Até na África subsaariana, a região menos desenvolvida, a esperança de vida aumentou de 30 anos antes da guerra para 50 anos, antes de a pandemia da SIDA e outras doenças a terem feito recuar para o valor atual de 47 anos. A mortalidade infantil, por seu lado, diminuiu em todas as regiões. A proporção da população mundial a viver em países onde a ingestão média de calorias é inferior a 2 200 por dia diminuiu de 56% em meados dos anos 1960 para menos de 10% nos anos 1990. Entre 1950 e 1999, a literacia mundial aumentou de 52% para 81%, tendo o crescimento da literacia feminina que passou de 59% para 80% sido responsável pela maior parte melhoria. A percentagem das crianças fora da força de trabalho passou de 76% para 90% entre 1960 e 2000. As tendências relativas ao consumo de eletricidade, aquisição de automóveis, rádios e telefones foram semelhantes, bem como as relativas ao acesso a água potável. A desigualdade econômica parece ter diminuído a nível global.
A pobreza relativa é vista como dependente do contexto social e acaba por em grande medida ser uma medida de desigualdade. Assim, o número de pessoas pobres pode aumentar enquanto que o seu rendimento sobe. Em muitos países, a definição oficial de pobreza é baseada no rendimento relativo e por essa razão alguns críticos argumentam que as estatísticas medem mais a desigualdade do que as carências materiais. Por exemplo: de acordo com o Gabinete de Censos dos Estados Unidos, 46% dos pobres desse país têm casa própria, tendo as casas dos pobres, em média, 3 quartos de dormir, 1,5 casa de banho e garagem. Além disso, as estatísticas são normalmente baseadas no rendimento anual das pessoas sem considerar a sua riqueza. Os limiares de pobreza usadas pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico OCDE) e pela União Europeia (UE) baseiam-se na distância econômica relativamente a uma determinada percentagem do nível mediano de consumo. A linha de pobreza nos Estados Unidos é mais arbitrária. Foi criada em 1963-64 e corresponde a um “plano econômico de alimentação, isto é, no nível social mínimo recomendável de despesas com alimentação multiplicado por 3. Contudo, mesmo estando a diminuir, a pobreza global é ainda um problema enorme e dramático: todos os anos, cerca de 18 milhões de pessoas (50 mil por dia) morrem por razões relacionadas com a pobreza, sendo a maioria mulheres e crianças. Historicamente todos os anos, cerca de 11 milhões de crianças morrem antes de completarem 5 anos de idade. E 1 bilhão e 100 milhões de pessoas, cerca de ⅙ da humanidade, vive com menos de 1 dólar dos Estados Unidos da América por dia. Mais do que isso, pois de 800 milhões de pessoas estão subnutridas.
O
Sambódromo da Marquês de Sapucaí, também conhecido como Sambódromo do
Rio de Janeiro e oficialmente denominado como Passarela Professor Darcy
Ribeiro, é um sambódromo localizado na Avenida Marquês de Sapucaí, na zona
central da cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. Inaugurado no ano de 1984, o
local é o palco do festival popular mais famoso do Brasil, o Desfile das
escolas de samba do Rio de Janeiro, o qual é realizado anualmente durante o
feriado de Carnaval. A maior parte do complexo situa-se no bairro do Centro do
Rio de Janeiro, porém a sua porção final, após a Avenida Salvador de Sá,
pertence ao bairro Cidade Nova. Desde 2021, o Sambódromo é tombado pelo
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. O seu projeto, de
autoria do arquiteto Oscar Niemeyer, foi implantado durante o primeiro governo
fluminense de Leonel Brizola (1983-1987), visando a dotar a cidade de um
equipamento urbano permanente para a exibição do tradicional espetáculo do
desfile das escolas de samba. A obra, que durou 120 dias, foi coordenada pelo
engenheiro José Carlos Sussekind e pelo arquiteto João Otávio Brizola, segundo
dos três filhos de Leonel. Inaugurada em 1984, com o nome oficial de “Avenida
dos Desfiles”, marcou o início do sistema de desfiles das escolas de samba em
duas noites, ao invés de em apenas uma noite, como era costume até então.
Posteriormente, seu nome oficial mudou para “Passarela do Samba” e, finalmente,
a partir de 18 de fevereiro de 1987, seu nome oficial passou a ser “Passarela
Professor Darcy Ribeiro”, numa homenagem ao principal mentor da obra, o extraordinário
antropólogo Darcy Ribeiro. Essa denominação oficial se conserva.
Popularmente, porém, a obra é mais reconhecida como “Sambódromo”, que foi um termo nomeado pelo próprio Darcy Ribeiro a partir da junção de “samba” com o sufixo de origem grega “dromo”, que significa “corrida, lugar para correr”. Sua estrutura, em peças pré-moldadas de concreto, mede cerca de 700 metros de comprimento. Desde a marcação do início até o final, a pista mede cerca de 560 metros de comprimento e 13 metros de largura. O Sambódromo, como lugar praticado de espetáculo, foi analisado em tese de doutorado onde se registra que “o desfile de carnaval no Sambódromo é o mais importante evento carnavalesco do Rio de Janeiro, não só porque é o mais difundido, mas especialmente porque gradualmente transformou-se em um espetáculo muito elaborado, eclipsando todos os outros eventos carnavalescos da cidade”. Em 1984 quando o Sambódromo foi inaugurado, a transmissão social dos desfiles das escolas de samba, que historicamente vinha sendo realizado pela Rede Globo, como efeito de poder, foi realizada pela Rede Manchete. Os motivos foram muitos, a emissora ficou de fora, mantendo a sua programação normal. Essa situação gerou uma baixa na audiência da Rede Globo de televisão, que começou pelo programa Fantástico comercialmente no domingo e se estendeu pela segunda e terça-feira de carnaval, prejudicando assim a audiência da então novela das oito, Champagne. A Rede Globo de televisão, ipso facto, nunca mais deixou de exibir o Carnaval carioca.
A
famosa frase: - “No futuro, todos terão seus quinze minutos de fama”, como
profetizou certa vez o cineasta e pintor norte-americano Andy Warhol,
reconhecido pelos coloridos retratos da glamorosa Marilyn Monroe e Elvis
Presley tornou-se sua marca na modernidade. Mais do que isso, sua fama parece
ter se tornada eterna, como tem ocorrido no tempo e espaço quando é cada vez
mais celebrada. É o que garante o jornal norte-americano The New York Times.
No primeiro semestre de 2015, por exemplo, foram programadas pelo menos três
mostras com criações de Andy Warhol nos Estados Unidos da América. Em uma
extensa reportagem sobre o legado de um dos criadores e principal representante
da Pop Art, o jornal divulgou que nada menos que 40 exposições com obras do
artista, muitas delas até então inéditas para o público, “inundarão museus e
instituições de arte nos próximos cinco anos”. Isso porque a fundação que leva
o nome de Andy Warhol está na terceira fase de um projeto que visa popularizar
cada vez mais o trabalho do artista, morto em 1987. É neste sentido que a
fundação doou mais de 14 mil obras, sobretudo um acervo de fotografias e
gravuras, “com a condição de que os museus as exibam no prazo de cinco anos”. Foram
distribuídas, desde 1999, exatamente 52.786 obras do artista para 322 instituições
diversas, sobretudo nos Estados Unidos.
Marca é a representação simbólica de uma entidade, qualquer que seja ela, objeto/símbolo que permite identificá-la de um modo imediato como, por exemplo, um sinal de presença, uma simples pegada. Na teoria da comunicação, pode ser um signo, um símbolo ou mesmo um ícone. Uma simples palavra pode referir uma marca. O termo é frequentemente usado hoje em dia como referência a uma determinada empresa: um nome, uma marca verbal, imagens ou conceitos que distinguem o produto, serviço ou a própria empresa. Quando se fala em marca, é comum estar se referindo, na maioria das vezes, a uma representação gráfica no âmbito e competência do designer, onde a marca pode ser representada graficamente por uma composição de símbolo ou logotipo, tanto individualmente quanto combinados. No entanto, o conceito de marca, sociologicamente falando, é bem mais abrangente que a sua representação gráfica e comercial. Marca não é um conceito fácil de definir. A marca em essência representa produção-consumo com uma série específica de atributos, benefícios e serviços uniformes aos compradores. A garantia de qualidade surge entre marcas, mas ela é um símbolo mais complexo, pois em princípio, a relação social entre as relações de complexidade e símbolo, são aspectos sociais do desejo, comparativamente, pois ambos se enraízam num núcleo de significado arquetípico. O Sambódromo da Marquês de Sapucaí, Cândido José de Araújo Viana (1793-1875) também reconhecido como Sambódromo do Rio de Janeiro e oficialmente denominado como Passarela Professor Darcy Ribeiro, é um sambódromo localizado na Avenida Marquês de Sapucaí, na zona central da cidade do Rio de Janeiro.
Inaugurado no ano de 1984, o local é o palco do festival popular mais famoso do Brasil, o Desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, o qual é realizado anualmente durante o feriado de Carnaval. A maior parte do complexo situa-se no bairro do Centro do Rio de Janeiro, porém a sua porção final, após a Avenida Salvador de Sá, pertence ao bairro Cidade Nova. Desde 2021, o Sambódromo é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. O seu projeto, de autoria do arquiteto Oscar Niemeyer, foi implantado durante o primeiro governo fluminense de Leonel Brizola (1983-1987), visando a dotar a cidade de um equipamento urbano permanente para a exibição do tradicional espetáculo do desfile das escolas de samba. A obra, que durou 120 dias, foi coordenada pelo engenheiro José Carlos Sussekind e pelo arquiteto João Otávio Brizola, segundo dos três filhos de Leonel. Inaugurada em 1984, com o nome oficial de “Avenida dos Desfiles”, marcou o início do sistema de desfiles das escolas de samba em duas noites, ao invés de em apenas uma noite, como era costume até então. Posteriormente, seu nome oficial mudou para “Passarela do Samba” e, finalmente, a partir de 18 de fevereiro de 1987, seu nome oficial passou a ser “Passarela Professor Darcy Ribeiro”, numa homenagem ao principal mentor da obra, o extraordinário antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997) foi um importante intelectual brasileiro, atuando como antropólogo, escritor, político e educador. Ele se destacou por suas pesquisas sobre a cultura indígena brasileira, a formação do povo brasileiro e a defesa da educação pública e de qualidade.
Popularmente,
porém, a obra é mais reconhecida como “Sambódromo”, que foi um termo nomeado pelo
próprio Darcy Ribeiro a partir da junção de “samba” com o sufixo de origem
grega “dromo”, que significa “corrida, lugar para correr”. Sua estrutura, em
peças pré-moldadas de concreto, mede cerca de 700 metros de comprimento. Desde
a marcação do início até o final, a pista mede cerca de 560 metros de
comprimento e 13 metros de largura. O Sambódromo, como lugar praticado de
espetáculo, foi analisado em tese de doutorado onde se registra que “o desfile
de carnaval no Sambódromo é o mais importante evento carnavalesco do Rio de
Janeiro, não só porque é o mais difundido, mas especialmente porque
gradualmente transformou-se em um espetáculo muito elaborado, eclipsando
todos os outros eventos carnavalescos da cidade”. Em 1984 quando o Sambódromo
foi inaugurado, a transmissão social dos desfiles das escolas de samba, que historicamente
vinha sendo realizado pela Rede Globo, como efeito de poder, foi
realizada pela Rede Manchete. Os motivos foram muitos, a emissora ficou de
fora, mantendo a sua programação normal. Essa situação gerou uma baixa na
audiência da Rede Globo, que começou pelo fantástico no domingo e se estendeu
pela segunda e terça-feira de carnaval, prejudicando assim a audiência da então telenovela das oito horas da noite, Champagne (1983). A Rede Globo de televisão, ipso facto, nunca
mais deixou de exibir em sua programação o Carnaval carioca.
A
famosa frase: - “No futuro, todos terão seus quinze minutos de fama”, como
profetizou certa vez o cineasta e pintor norte-americano Andy Warhol,
reconhecido pelos coloridos retratos da glamorosa Marilyn Monroe e Elvis
Presley tornou-se sua marca na modernidade. Mais do que isso, sua fama parece
ter se tornada eterna, como tem ocorrido no tempo e espaço quando é cada vez
mais celebrada. É o que garante o jornal norte-americano The New York Times.
No primeiro semestre de 2015, por exemplo, foram programadas pelo menos três
mostras com criações de Andy Warhol nos Estados Unidos da América. Em uma
extensa reportagem sobre o legado de um dos criadores e principal representante
da Pop Art, o jornal divulgou que nada menos que 40 exposições com obras do
artista, muitas delas até então inéditas para o público, “inundarão museus e
instituições de arte nos próximos cinco anos”. Isso porque a fundação que leva
o nome de Andy Warhol está na terceira fase de um projeto que visa popularizar
cada vez mais o trabalho do artista, morto em 1987. É neste sentido que a
fundação doou mais de 14 mil obras, sobretudo um acervo de fotografias e
gravuras, “com a condição de que os museus as exibam no prazo de cinco anos”. Foram
distribuídas, desde 1999, 52.786 obras do artista para 322 instituições
diversas, nos Estados Unidos da América.
Marca é a representação simbólica de uma entidade, qualquer que seja ela, objeto/símbolo que permite identificá-la de um modo imediato como, por exemplo, um sinal de presença, uma simples pegada. Na teoria da comunicação, pode ser um signo, um símbolo ou mesmo um ícone. Uma simples palavra pode referir uma marca. O termo é frequentemente usado hoje em dia como referência a uma determinada empresa: um nome, uma marca verbal, imagens ou conceitos que distinguem o produto, serviço ou a própria empresa. Quando se fala em marca, é comum estar se referindo, na maioria das vezes, a uma representação gráfica no âmbito e competência do designer, onde a marca pode ser representada graficamente por uma composição de símbolo ou logotipo, tanto individualmente quanto combinados. No entanto, o conceito de marca, sociologicamente falando, é bem mais abrangente que a sua representação gráfica e comercial. Marca não é um conceito fácil de definir. A marca em essência representa produção-consumo com uma série específica de atributos, benefícios e serviços uniformes aos compradores. A garantia de qualidade surge entre marcas, mas ela é um símbolo mais complexo, pois em princípio, a relação social entre complexidade e símbolo, são aspectos sociais do desejo, comparativamente, pois ambos se enraízam num núcleo de significado arquetípico.
O
bairro se define sociologicamente como uma organização coletiva de trajetórias
individuais. A organização da vida cotidiana se articula ao menos segundo dois
registros: 1. Os comportamentos, cujo sistema se torna visível no espaço social
da rua e que se traduz pelo vestuário, pela aplicação mais ou menos estrita dos
códigos de cortesia, o ritmo de andar, o modo como se evita ou ao contrário se
valoriza este ou aquele espaço público. 2. Os benefícios simbólicos que se
espera obter pela maneira de “se portar” no espaço do bairro aparecem como o
lugar onde se manifesta um “engajamento” social: uma arte de conviver com
parceiros (vizinhos, comerciantes) que estão ligados a você pelo fato concreto,
mas essencial, da proximidade e da repetição. Existe uma regulação articulando
um ao outro esses dois sistemas com o auxílio do conceito de conveniência, que
surge no nível dos comportamentos, representando um compromisso pelo qual cada
pessoa, renunciando à anarquia das pulsões individuais, contribui para a vida
coletiva, retirando daí benefícios simbólicos necessariamente protelados. Pela
relação “saber comportar-se” (cf. Certeau, et al, 2013), o usuário se
obriga a respeitar para que seja possível a vida cotidiana. A contrapartida
desse tipo de imposição é para o usuário a certeza de ser reconhecido e,
portanto, considerado afetivamente por seus pares, e fundar assim em benefício
próprio uma relação de forças nas diversas trajetórias que percorre. O bairro é
por definição, um domínio do ambiente social, pois constitui para o usuário uma
parcela do espaço urbano na qual positiva ou negativamente ele se sente
reconhecido.
Pode-se, portanto apreender o bairro, simplificadamente, como esta porção do espaço público em geral em que se insinua um “espaço privado particularizado” pelo fato do uso quase cotidiano desse espaço social integrado. A fixidez do habitat dos usuários, o costume recíproco do fato da vizinhança, os processos de reconhecimento que se estabelecem graças à coexistência social concreta em um mesmo território urbano, todos esses elementos práticos, mas significativos, se nos oferecem como imensos campos de exploração em vista de compreender um pouco melhor esta grande desconhecida que é a nossa vida cotidiana. O bairro surge como o domínio onde a relação espaço/tempo é a mais favorável para um usuário ordinário que deseja deslocar-se por ele a pé saindo de sua casa. Por conseguinte, é o pedaço da cidade atravessado por um limite distinguindo o espaço privado do espaço público: é o que resulta de uma caminhada, da sucessão de passos numa calçada, pouco a pouco significada pelo seu vínculo orgânico com a residência. Diante do conjunto da cidade, atravancado por códigos que o usuário não domina, mas que deve assimilar para poder viver aí, em face de uma configuração dos lugares impostos pelo urbanismo, diante dos desníveis sociais internos ao espaço urbano, o usuário sempre consegue criar para si algum lugar de aconchego, itinerários para o seu uso ou seu prazer, que são as marcas que ele soube, por si mesmo, impor ao espaço urbano. O bairro é uma noção dinâmica, que necessita de progressiva aprendizagem. Vai progredindo mediante a repetição do engajamento do corpo do usuário no espaço público até definitivamente exercer uma apropriação.
A trivialidade desse processo, partilhado por cidadãos, torna inaparente a sua complexidade enquanto prática cultural e a sua urgência para satisfazer o desejo urbano dos usuários da cidade. Sempre como Segurança, viu sua Escola de Samba ser campeã também nos anos de 1965, 1969 e 1971. Após a saída dos carnavalescos Fernando Pamplona (1926-2013), um carnavalesco, cenógrafo, professor, produtor e apresentador de televisão brasileiro. É considerado um dos mais importantes nomes do carnaval carioca, e Arlindo Rodrigues (1931-1987), um cenógrafo, figurinista e carnavalesco brasileiro. Trabalhou para o teatro e para a televisão, mas se destacou pelas suas criações para o carnaval, especialmente nos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro. João Clemente Jorge Trinta foi promovido a carnavalesco da escola onde fez carreira solo com a artista plástica Maria Augusta Rodrigues (1942-2025) no carnaval de 1973, com o enredo Eneida: Amor e Fantasia. Como “carnavalesco-solo” ganhou o bicampeonato em 1974 com “O Rei de França na Ilha da Assombração” e em 1975 com “O Segredo das Minas do Rei Salomão”. Após divergências com a diretoria salgueirense, transferiu-se para a Escola de Samba Beija-Flor, onde criou enredos ousados e luxuosos que deram à agremiação de Nilópolis os títulos de 1976, 1977, 1978, 1980 e 1983, além de vários vice-campeonatos, entre eles os de 1986. Com O Mundo é Uma Bola e o de 1989, com Ratos e Urubus, Larguem Minha Fantasia, gerando controvérsias com a conservadora Igreja Católica, ao tentar levar ao desfile uma imagem do Cristo Redentor caracterizado como mendigo. A imagem foi censurada e passou pela Avenida Marquês de Sapucaí coberta. - “Estando à frente de uma escola sem maior expressão e apoiado em uma direção ávida pelos dividendos a serem colhidos com o sucesso no concurso entre as escolas”, Joãosinho Trinta promoveu uma modernização cultural dos desfiles da Beija-Flor de Nilópolis, no estado do Rio de Janeiro tornando-os um espetáculo audiovisual.
Grêmio Recreativo Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis, ou simplesmente Beija-Flor, é uma escola de samba brasileira do município de Nilópolis, que participa do carnaval da cidade do Rio de Janeiro. A quadra da escola está localizada na Rua Pracinha Wallace Paes Leme, número 1025, no Centro de Nilópolis, na Baixada Fluminense. Assim como a Baixada Fluminense, a região do Leste Metropolitano, ou seja, Leste Fluminense ou Grande Niterói, composta pelos municípios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá, Tanguá e Rio Bonito e Cachoeiras de Macacu - os sete municípios historicamente mais integrados entre si e com o Rio de Janeiro, sobretudo com a Região Central, a Leste da Baía de Guanabara -, cresceu como expansão da metrópole do Rio de Janeiro, e ambas as regiões fazem parte da área metropolitana da capital fluminense. A Baía de Guanabara é uma baía oceânica localizada no estado do Rio de Janeiro, no sudeste do Brasil. O relevo que a enquadra, de contornos irregulares, conforma um porto de abrigo natural, favorável à atividade econômica humana, da qual são exemplos as cidades do Rio de Janeiro e de Niterói. Principal acesso à cidade do Rio de Janeiro durante séculos, acabou tragada pelo crescimento urbano a partir da segunda metade do século XX. Atualmente, conta com um tráfego intenso de navios, sendo significativa a circulação das balsas, catamarãs e aerobarcos que ligam o centro do Rio de Janeiro à Ilha de Paquetá, à Ilha do Governador, ao centro de Niterói e a Charitas (Niterói) na baía de Guanabara. O trajeto para Niterói pode ser feito, desde 1974, pela Ponte Presidente Costa e Silva (1969-1974), mais reconhecida como Ponte Rio-Niterói.
Uma baía oceânica representa uma parte do mar ou oceano que está rodeada por terra. É uma reentrância da costa, onde o mar avança para o interior do continente. As baías são importantes economicamente e estrategicamente, pois são locais ideais para a construção de portos e docas. Exemplos de baías no Brasil são: Baía de Todos os Santos, Baía de Paranaguá, Baía de Guanabara. As baías têm uma forma arredondada quase fechada, lembrando a forma da letra “u” ou de uma ferradura. Em proporções menores, as baías também são chamadas de saco. A Baía de Todos-os-Santos é a maior baía tropical do mundo. É reconhecida por sua imensidão e biodiversidade, abrigando mais de 56 ilhas e 16 municípios. A Região Sudeste do Brasil é a segunda menor região do país, sendo maior apenas que a região Sul. A área real ocupa aproximadamente 924 620 km², 1/10 da superfície do Brasil. É composta por quatro estados: Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Limita-se ao Norte e a Nordeste com a Bahia; ao Sul e a Leste com o oceano Atlântico; a Sudoeste com o Paraná; a Oeste com Mato Grosso do Sul; a Noroeste com Goiás e o Distrito Federal. É a região mais desenvolvida do país, responsável por 55,2% do Produto Interno Brasileiro. São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais lideram em termos de Produto Interno Brasileiro Nominal. Nele estão os municípios mais populosos, a maior densidade populacional, os maiores depósitos de minério de ferro, a maior rede rodoferroviária e o maior complexo portuário da América Latina. É a mais importante região industrial, comercial e financeira do país. Do ponto de vista da divisão do trabalho social, demograficamente emprega 80% do operariado brasileiro com utilidade de uso de 85% do total da energia elétrica consumida no Brasil.
O chamado Novo Mundo, para a visão do navegador que se aproxima, impõe-se primeiramente como um perfume, bem diferente daquele sugerido desde Paris por uma assonância verbal, e difícil de descrever para quem não o aspirou. De início, parece que os cheiros marinhos das semanas das semanas precedentes já não circulam livremente; batem num muro invisível; assim imobilizados, já não solicitam uma atenção agora disponível para odores de outra floresta alternando com perfumes de estufa, quinta-essência do reino vegetal cujo frescor específico estivesse tão concentrado que se traduziria em uma embriaguez olfativa, última nota de um poderoso acorde arpejado como que para isolar e fundir simultaneamente os temos sucessivos de aromas de frutas diversas. Só compreenderão, afirmava Lévi-Strauss (1996: 74), os que meteram o nariz no miolo de uma pimenta exótica recém-debulhada, depois de terem cheirada em algum botequim do sertão brasileiro, a trança melosa e preta do fumo de rolo, folhas de tabaco fermentadas e enroladas em cordas de vários metros; e que na união desses poderes primos irmãos reencontrarem essa América que foi, por milênios, a única a possuir lhes o segredo. A várias centenas de metros de metros acima das vagas, essas montanhas erguem suas paredes de pedra polida, amontoado de formas provocantes e alucinantes, como às vezes se observam em castelos de areia corroídos pela onda, mas que não suspeitaríamos que, pelo menos em nosso planeta, pudessem existir em tão larga escala. Essa impressão de enormidade é bem típica da América. Sentimo-la por outro lado, nas cidades como no campo; sentia-a no litoral e nos planaltos do Brasil central, nos Andes bolivianos e nas Rochosas do Colorado, nos arredores do Rio, nos subúrbios de Chicago e nas ruas de Nova York. O Pão de Açúcar, o Corcovado, todos esses e outros pontos turísticos fabulosos tão enaltecidos que lembram ou rememoram ao viajante que penetra na baía de Guanabara cacos perdidos nos quatro cantos de uma boca desdentada.
A baía de Guanabara é ampla e considerada uma das mais “abrigadas” do mundo, devido ao espaço estreito contínuo de sua barra, em torno de 1.600 metros. No interior da baía de Guanabara há inúmeras ilhas e ilhotas; contornando suas margens há uma série de montanhas na cidade do Rio de Janeiro. Possuindo uma área aproximada de 400 km² e profundidades além de 40 metros, em sua margem Oeste, localiza-se a cidade do Rio de Janeiro com seu porto; na margem Leste, a cidade de Niterói; na parte Norte, junto à Ilha do Governador, encontra-se um dos principais terminais petrolíferos do país. A Ilha do Governador é uma ilha localizada no lado ocidental do interior da baía de Guanabara. Faz parte da Zona Norte do Rio de Janeiro e foi um bairro único no município do Rio de Janeiro durante 1960 a 1981, posteriormente subdividida nos atuais bairros segundo o Decreto Municipal 3. 157 de 23 de julho de 1981. Com uma área de 40,81 km², a Ilha do Governador compreende quatorze bairros que são especificamente: Bancários, Cacuia, Cocotá, Freguesia, Galeão, Jardim Carioca, Jardim Guanabara, Moneró, Pitangueiras, Portuguesa, Praia da Bandeira, Ribeira, Tauá, Zumbi e população total de 211 mil habitantes. No início do século XX, os bondes chegaram à ilha, de Cocotá à Ribeira (1922), percurso estendido depois até ao Bananal e a outros bairros.
Escola
de Samba Beija-Flor foi fundada em 25 de dezembro de 1948 como Bloco Associação
Carnavalesca Beija-Flor. Entre seus fundadores estão Milton de Oliveira (Negão
da Cuíca), Edson Vieira Rodrigues (Edinho do Ferro Velho), Valentim Lemos,
Helles Ferreira da Silva, Hamilton Floriano, José Fernandes da Silva, os irmãos
Mário Silva e Walter da Silva e Dona Eulália, que foi quem sugeriu o nome
Beija-Flor, inspirado no Rancho Beija-Flor, onde ela desfilava quando mais
nova. A escola tem como cores o azul e o branco; e como símbolo, a ave
beija-flor. A Portela é a escola madrinha da Beija-Flor, que tem como apelidos
“A Deusa da Passarela” e “Maravilhosa e Soberana”. A Beija-Flor ocupa o posto
de terceira maior vencedora do carnaval do Rio de Janeiro, ficando atrás apenas
das Escolas de Samba Portela e Mangueira. Possui 15 títulos de campeã,
conquistados nos anos de 1976, 1977, 1978, 1980, 1983, 1998, 2003, 2004, 2005,
2007, 2008, 2011, 2015, 2018 e 2025, sendo a que mais venceu na “Era
Sambódromo”. A escola ainda foi
vice-campeã em 13 oportunidades (1979, 1981, 1985, 1986, 1989, 1990, 1999,
2000, 2001, 2002, 2009, 2013 e 2022). Começou desfilando como bloco até que, em
1954, se transformou em escola de samba, venceu a segunda
divisão do carnaval. Nos anos seguintes, oscilou entre as três divisões da
folia carioca.
A história social da escola mudou completamente com a chegada do carnavalesco Joãosinho Trinta para o carnaval de 1976. Com o apoio financeiro do bicheiro Anísio Abraão David, o carnavalesco inaugurou uma nova estética do carnaval, com alegorias grandes e fantasias luxuosas, conquistando três títulos consecutivos nos seus três primeiros anos na escola.Com Joãosinho, a Beija-Flor ainda conquistou outros dois títulos e realizou desfiles icônicos que não foram campeões, como “O Mundo É Uma Bola” (1986), no qual desfilou debaixo de um forte temporal que inundou o sambódromo; e “Ratos e Urubus, Larguem Minha Fantasia” (1989), comumente listado por especialistas como um dos melhores desfiles da história do carnaval. Em 1998, o diretor de carnaval Laíla criou uma Comissão de Carnaval, que teve formações diferentes ao longo dos anos, conquistando nove campeonatos para a escola. Além de Anísio, Joãosinho e Laíla, a escola teve outras personalidades marcantes em sua história, como o compositor Cabana; o cantor Neguinho da Beija-Flor, intérprete oficial da escola por mais de 40 anos ininterruptos; e o casal de mestre-sala e porta-bandeira Claudinho e Selminha Sorriso. Entre os clássicos sambas da escola estão: “Sonhar com Rei Dá Leão” (1976); “A Criação do Mundo na Tradição Nagô” (1978); “A Saga de Agotime” (2001); “Áfricas - Do Berço Real à Corte Brasiliana” (2007); e “Monstro É Aquele Que Não Sabe Amar - os Filhos Abandonados da Pátria Que Os Pariu” (2018). Historicamente a Beija-Flor coleciona prêmios e homenagens. É uma das maiores vencedoras do Estandarte de Ouro, comparativamernte, mas guardadas as proporções, o “Oscar do carnaval”, além de diversas outras premiações. Em 2022, a Beija-Flor foi declarada como patrimônio cultural de natureza imaterial do Estado do Rio de Janeiro.
Por mais simples que seja a linguagem e clara a sua exposição, sempre apresenta dificuldades específicas inevitáveis, porque dizem respeito à natureza própria da teoria, mais precisamente da produção do discurso teórico, e por isto produção. A dificuldade própria da terminologia teórica consiste pois em que, por detrás do significado usual da palavra, é sempre preciso discernir o seu significado conceptual, que é sempre diferente do significado usual. Um bom exemplo, ocorre quando o leitor pensa compreender imediatamente o que Marx quer dizer quando emprega uma palavra tão corrente como a palavra trabalho. No entanto, é preciso um grande esforço para discernir, por detrás da evidência familiar (ideológica) desta palavra, o conceito marxista de trabalho, e mais, para ver que a palavra trabalho pode designar vários conceitos distintos: os conceitos de processo de trabalho, de trabalho concreto, de trabalho abstrato, etc. Quando uma terminologia teórica é boa, lembra Louis Althusser, no ensaio: Sobre o Trabalho Teórico (1978), isto é, bem determinada e bem referenciável, ela assume a função precisa de impedir as confusões entre o significado usual das palavras e o significado teórico (conceptual) das mesmas palavras. E a sua conjunção particularmente que produz um significado novo, no sentido abstrato definido que é o conceito teórico. Não pode haver discurso teórico sem a produção destas expressões específicas, que designam conceitos de determinada prática da teoria.
Isto
quer dizer que a noção de cultura, a sociedade e a comunicação vêm
articular- se a uma estrutura de relações sociais. No escravagismo antigo, por
exemplo, nada distingue, do ponto de vista do modo de produção, o escravo do
agricultor independente, proprietário privado individual. O que os distingue é
a relação com o trabalho. Se um se conduz como proprietário das condições
materiais da reprodução de sua existência, no outro caso é o mestre que se
conduz como proprietário das condições naturais da reprodução de sua existência
material do escravo. Pode-se fazer a mesma comparação e distinção entre o
escravo moderno, do século XIX, e o trabalhador agrícola no sistema técnico de
trabalho, ao qual se articulam relações sociais diferentes. A interligação dos
processos de trabalho é primeiramente de ordem técnica, na medida em que está
contida nos meios de trabalho e envolve imediatamente trabalhadores em
situações específicas de trabalho. Em seguida é de ordem social, basicamente
quanto à escala e quanto ao sentido de conjunto para satisfazer necessidades
sociais. É, finalmente, de ordem tecnológica, na medida em que a produção,
circulação, uso dos produtos do processo de trabalho interligados, representam
o próprio sistema social no âmbito de determinada cultura e/ou
sociedade. Produzindo e consumindo determinados produtos ou, de fato, mercadoria os homens
primeiro tecnologicamente produzem a sociedade e as relações sociais existentes. Um
sistema de trabalho representa uma estrutura de poder-saber onde o que está em jogo é o trabalho e a
reprodução da vida.
Carnaval tem como representação social um festival do cristianismo ocidental que ocorre antes da estação litúrgica da Quaresma. Os principais eventos ocorrem tipicamente durante fevereiro ou início de março, durante o período historicamente conhecido como Tempo da Septuagésima (ou pré-quaresma). O Carnaval normalmente envolve uma festa pública e/ou desfile, combinando alguns elementos circenses, máscaras e uma festa pública de rua. As pessoas usam trajes durante muitas dessas celebrações, permitindo-lhes perder a sua individualidade cotidiana e experimentar um sentido elevado de unidade social. O consumo quase excessivo de álcool, de gêneros alimentícios de carne e outros alimentos proscritos durante a Quaresma é extremamente comum. Outras características comuns do carnaval incluem batalhas simuladas, como lutas de alimentos; sátira social e zombaria das autoridades e uma inversão geral das regras e normas do dia a dia. O termo Carnaval é tradicionalmente usado em áreas com uma grande presença católica. No entanto, as Filipinas, um país predominantemente católico romano, não comemora mais o Carnaval desde a dissolução da festa de Manila em 1939, que historicamente rpesentou a última festividade de carnaval no país.
Nos países de tradição religiosamente luteranos, como, por exemplo, a Suécia, a Noruega e a Estônia, entre outras nações, a celebração é conhecida como Fastelavn, e em áreas com uma alta concentração de anglicanos e metodistas como ocorre com a Grã-Bretanha e o Sul dos Estados Unidos da América, as celebrações pré-quaresmais, juntamente com observâncias penitenciais, ocorrem na terça-feira de carnaval. Nas nações eslavas ortodoxas orientais, o Maslenitsa é celebrado durante a última semana antes da Grande Quaresma. Na Europa germanófila e nos Países Baixos, a temporada de Carnaval tradicionalmente abre no 11/11. Isto remonta as celebrações antes da época de Advento ou com celebrações de colheita da Festa de São Martinho. O Carnaval moderno, feito com desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XX. A cidade de Paris foi o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo ocidental. Cidades como Nice, Santa Cruz de Tenerife, Nova Orleans, Toronto e Rio de Janeiro se inspiraram no Carnaval parisiense para implantar suas novas festas carnavalescas. O Rio de Janeiro criou e exportou o estilo de fazer carnaval com desfiles de escolas de samba para outras cidades do mundo, como São Paulo, Tóquio e Helsinque. As etimologias populares afirmam que a palavra vem da expressão do Latim tardio chamado “carne vale”, que significa “adeus à carne”, simbolizando o período de jejum que se aproxima. No entanto, nem sempre esta interpretação é apoiada por originalmene por filólogos. A expressão carne levare, do italiano, é uma possível origem, que significa “remover a carne”, uma vez que a carne é proibida durante a Quaresma.
Do
ponto de vista teórico-metodológico notou Norbert Elias (2011) que o conceito
de civilização se refere a uma grande variedade de fatos: ao nível da
tecnologia, ao tipo de maneiras, ao desenvolvimento dos conhecimentos
científicos, às ideias religiosas e aos costumes. Pode se referir ao tipo de
habitações ou à maneira como homens e mulheres vivem juntos, à forma de punição
determinada pelo sistema judiciário ou ao modo como são preparados os
alimentos. Rigorosamente falando, nada há que não possa ser feito de forma
“civilizada” ou “incivilizada”. Daí ser sempre difícil sumariar em algumas
palavras tudo o que se pode descrever como civilização. Mas também não
significa a mesma coisa para diferentes nações ocidentais. Acima de tudo, é
grande a diferença entre a forma como ingleses e franceses empregam a palavra,
culturalmente, por um lado, e os alemães, por outro. O conceito resume em uma
única palavra seu orgulho pela importância de suas nações para o progresso do
Ocidente e da humanidade propriamente dita. Quando no emprego que lhe é dado
pelos alemães Zivilisation, significa algo de fato útil, com utilidade
de uso socialmente, mas, apesar disso, apenas um valor de segunda classe,
compreendendo apenas a aparência externa dos seres humanos, a superfície da
existência humana. A palavra pela qual os alemães se interpretam, que mais do
que a qualquer outra expressa-lhes o sentimento de orgulho em suas próprias
realizações humnas e no próprio ser, é expressão da palavra Kultur, pois são inteiramente claras no emprego
interno da sociedade a que pertencem.
O
conceito francês e inglês de civilização pode ser referir a fatos
políticos ou econômicos, religiosos ou técnicos, morais ou sociais. O conceito
alemão Kultur alude basicamente a fatos intelectuais, sociais,
artísticos e religiosos e apresenta a tendência de uma nítida linha divisória
entre fatos deste tipo e fatos políticos, econômicos e sociais. Os conceitos
comumente apropriados em francês e inglês de civilização pode se referir a
realizações, mas também a atitudes ou “comportamento” social, pouco importando
se realizaram alguma coisa. No conceito alemão de Kultur, em contraste,
a referência a comportamento, o valor que a pessoa tem em virtude de sua mera
existência e conduta, sem absolutamente qualquer realização, é de fato
considerado muito secundário. O sentido alemão de Kultur encontra sua
expressão mais clara derivado no adjetivo Kulturell, que descreve o caráter e
valor de determinados produtos humanos, e não o valor intrínseco. O conceito
inerente a Kulturell, porém não pode ser traduzido exato para o
francês e o inglês. A palavra kultiviert (cultivado) aproxima-se muito
do conceito ocidental de civilização. Até certo ponto, representa a forma mais
alta de ser civilizado: até mesmo pessoas e famílias que nada realizaram de kulturell
pode ser kultiviert.
Tal como a palavra “civilizado”, kultiviert refere-se primariamente à forma da conduta ou comportamento da pessoa civilizada. Descreve a qualidade social das pessoas, suas habitações, suas maneiras, sua fala, suas roupas, ao contrário de kulturell, que não alude diretamente às próprias pessoas, mas exclusivamente a realizações humanas peculiares. Há outra diferença entre os dois conceitos estreitamente vinculada a isto. “Civilização” descreve um processo ou, pelo menos, seu resultado. Diz respeito a algo que está em movimento constante, movendo-se incessantemente “para a frente”. O conceito alemão de Kultur, no emprego corrente, implica uma relação diferente, com movimento. Reporta-se a produtos humanos que são semelhantes a “flores do campo”, a obras de arte, livros, sistemas religiosos ou filosóficos, nos quais se expressa a individualidade de um povo. O conceito Kultur delimita. Até certo ponto, o conceito de civilização minimiza as diferenças nacionais entre os povos: enfatiza o que é comum a todos os seres humanos ou – na opinião dos que o possuem – deveria sê-lo. Manifesta a autoconfiança de povos cujas fronteiras nacionais e identidade nacional foram plenamente estabelecidas, melhor dizendo, consagrada desde séculos, que deixaram de ser tema de qualquer discussão, pública ou privada, de povos que há muito se expandiram fora de suas fronteiras e colonizaram terras muito além delas.
A questão da trivialização do conhecimento, como já inferimos, não faz produto do conhecimento apenas um produto determinado, faz também dele um produto qualquer. Mas as ideias podem tornar-se ideológicas, na medida em que sua estrutura socialmente obedece às estruturas socioprofissionais. Sua produção integra-se entre os outros processos de produção e a cultura torna-se cognoscível a partir das categorias econômicas do capital e do mercado. Mas nem a informação, nem a concepção de teoria, nem o pensamento abstrato, nem a cultura são produtos triviais, mas seja pelo fato de serem, ao mesmo tempo, produtos/produtores e, mesmo comportando a questão urbana hologramaticamente a dimensão socioeconômica, não poderiam ser reduzidas a isso. A redução trivializante não teme exercer-se como sujeito sobre o conhecimento científico. Este nível abstrato como qualquer outro é apropriado pelo pensamento, como a religião e através da ciência, com suas relações de força e monopólios, suas lutas e suas estratégias, seus interesses e seus prováveis ganhos. Mas, por seu lado, os estudos de etnografias dos laboratórios, estes que parecem ter dinamismo, demonstram-nos como se estabelecem essas mediações complexas dos pesquisadores, em função de posições, ou status, as lutas sociais e a utilização de alguns “truques diabólicos”, essencialmente, pelo reconhecimento per se, pelo prestígio ou pela glória, com as negociações necessárias ao estabelecimento de uma prova, os ritos de passagem na pesquisa e na universidade.
A
motivação primeira do cientista é a notoriedade. Mas não se pode reduzir
o interesse científico ao interesse econômico, a vontade de pesquisar ao desejo
de prestígio, a sede de conhecimento à sede de poder, em alguns casos terrenos
sim. A sociologia não pode ser considerada uma concepção que exclui o indivíduo
ou que, no máximo, o tolera. É uma concepção humanista, mas que deve implicá-lo
e explicitá-lo. Sobre a aquisição do conhecimento pesa um formidável
determinismo encouraçado de coerção. Ele nos impõe o que se precisa conhecer,
como se deve conhecer, o que não se pode conhecer. Comanda, proíbe, traça os
rumos, estabelece os limites, ergue muralhas e conduz-nos ao ponto onde devemos
ir. E também que conjunto prodigioso de determinações sociais, culturais e
históricas é necessário para o nascimento da menor ideia, e per se da menor
teoria. Não bastaria limitarmo-nos a essas determinações que pesam do exterior
sobre o conhecimento. É necessário considerar os determinismos
intrínsecos ao conhecimento, que são, segundo o filósofo Edgar Morin, muito
mais implacáveis. Em primeiro lugar, princípios, comandam esquemas e modelos
explicativos, os quais impõem visão de mundo e das coisas que se
governam/controlam de modo imperativo e proibitivo a lógica dos discursos,
pensamentos, teorias sociais. Com maior razão, o mesmo vale para a arte, comparativamente,
que é absolutamente refratária a tudo o que parece ser uma obrigação,
porque é o domínio essencialmente da liberdade. É um luxo e um adorno que talvez seja bonito
ter, mas que não se pode ser obrigado a adquirir, tendo em vista que socialmente: o que é supérfluo não se
impõe.
Ao
contrário, a moral é o mínimo indispensável, o estritamente necessário, o pão
cotidiano sem o qual as sociedades civis não podem viver. A arte corresponde à
necessidade de que temos de difundir nossa atividade social sem objetivo, pelo
prazer de difundi-la, enquanto a moral nos obriga a seguir um caminho
determinado em direção a um objetivo definido – e quem diz obrigação diz, com
isso, coerção. Conquanto possa estar animada por essas ideias morais ou ver-se
envolvida na evolução moral própria, a arte não é moral por si mesma. A
observação estabelecida nos indivíduos, como nas sociedades, de um tal
desenvolvimento intemperante das faculdades estéticas é um grave sintoma do
ponto de vista da moralidade. Vale lembrar, segundo Durkheim (2010) que de
todos os elementos da civilização, a ciência é o único que, em certas
condições, apresenta um caráter moral. De fato, as sociedades tendem cada vez
mais a considerar um dever para o indivíduo desenvolver sua inteligência,
assimilando as verdades científicas que são estabelecidas. Há número de
conhecimentos que devemos possuir. Ninguém é obrigado a se lançar no grande
turbilhão industrial; ninguém é obrigado a ser artista; mas todo o mundo é
obrigado a não ser ignorante. Essa obrigação é, inclusive, sentida com tamanha
força expressivamente social que, em certas sociedades, não é apenas sancionada pela opinião pública,
mas em termos regulamentares pela lei. Aliás, não é impossível entrever de onde vem esse privilégio
especial da ciência.
É
que a ciência nada mais é do que a consciência levada a seu mais alto
ponto de clareza. Ora, para que as sociedades possam viver nas condições de
existência que lhe são dadas, é necessário que o campo da consciência, tanto
individual como social, se estenda e se esclareça. Os meios em que elas vivem
se torna cada vez mais complexos e, por conseguinte, cada vez mais móveis, para
durar é preciso que elas mudem com frequência. Por outro lado, sabemos o quanto
mais obscura uma consciência, mais é refratária à mudança, porque não vê
depressa o bastante que é necessário mudar, nem em que sentido é preciso mudar;
ao contrário, uma consciência esclarecida sabe preparar de antemão a maneira de
se adaptar a essa mudança social. Eis porque é necessário que a inteligência
guiada pela ciência adquira uma importância maior no curso da vida coletiva.
Mas a ciência que todo o mundo é assim chamado a possuir não merece ser
designada por esse nome. Não é a ciência, é no máximo sua parte comum a mais
geral. Ela se reduz a um pequeno número de conhecimentos indispensáveis, que só
são exigidos de todos por estarem ao alcance de todos. A ciência supera
infinitamente nesse nivelamento vulgar. Ela compreende o que é vergonhoso
ignorar, como um navio na praia, que é possível saber.
Bibliografia
Geral Consultada.
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