“O dinheiro não nos dá prazer, mas a ausência dele nos causa dor”. Sigmund Freud
Erin
Brockovich - Uma Mulher de Talento, tem como representação
social um filme estadunidense de 2000, um drama biográfico, dirigido por
Steven Soderbergh, com roteiro de Susannah Grant
baseado na história real de Erin Brockovich. Do ponto de vista
cinematográfico, Erin (Julia Roberts) é a mãe de três filhos que trabalha num
pequeno escritório de advocacia. Quando descobre que a água de uma cidade no
deserto está sendo contaminada e espalhando doenças entre seus habitantes, ela “convence
seu chefe a deixá-la investigar o assunto pessoalmente”. A partir de então,
utilizando-se de todas as suas qualidades naturais, desde a fala macia e
convincente até seus atributos sensuais físicos, consegue convencer os cidadãos
da cidade a cooperarem com ela, fazendo com que tenha em mãos um processo administrativo
de 333 milhões de dólares com o propósito de indenizações. Natural da cidade de
Nova Iorque (EUA), Suzana Grant estudou na Faculdade Amherst e frequentou o Conservatório
AFI, um programa de Mestrado em Belas Artes de cinco períodos semestrais em
seis disciplinas. De 1994 a 1997, ela trabalhou na televisão como produtora e
principal roteirista da série dramática Party of Five, da Fox. Ela
escreveu os roteiros de filmes como Para Sempre Cinderela; Erin
Brockovich, dirigido por Steven Soderbergh; 28 Dias e Pocahontas,
da Disney.
Por Erin Brockovich, ela recebeu uma indicação ao Oscar em 2001. Soderbergh nasceu em Atlanta, filho de Mary Ann (Bernard) e Andrew Peter Soderbergh, que era educador profissionalmente e administrador da universidade. Seu avô paterno era um sueco, imigrante de Estocolmo. Quando era criança, sua família se mudou de Atlanta para Charlottesville, cidade Virgínia, Estados Unidos da América, onde conviveu durante a sua adolescência. Um filme biográfico ou cinebiografia, relata etnograficamente a vida de uma pessoa real, no plano da existência, geralmente dramatizando e explorando os seus principais acontecimentos. O termo é derivado do inglês “biographical motion picture”, abreviado para “biopic”, ipso facto também reconhecido no jargão do cinema sob este anglicismo, é um filme que dramatiza a vida de uma personalidade real. Na maioria das vezes, relata a vida de um personagem do passado, sem que necessariamente se trate de uma figura de importância histórica. Esses filmes demonstram a vida de uma personagem e o nome verdadeiro do protagonista às vezes é usado. Filmes biográficos essenciais são: A Lista de Schindler, Bruna Surfistinha, Milk e Sete Dias com Marilyn. Erin Brockovich, nascida Erin Pattee em Lawrence, em 22 de junho de 1960, uma cidade norte-americana no estado do Kansas, condado de Douglas, do qual é sede.
Foi fundada em 1854 e incorporada em 1858, é uma técnica jurídica e ativista ambiental e dos direitos do consumidor norte-americana. Sem qualquer instrução formal ou curso de Ensino Superior, foi fundamental para a construção de um processo legal contra a Pacific Gas and Electric Company (PG&E), da Califórnia, Estados Unidos da América em 1993. O caso de sucesso jurídico foi tema do filme realizado em 2000, Erin Brockovich, estrelado por Julia Roberts. Desde então, Erin se tornou uma celebridade da televisão, apresentando um programa, Challenge America with Erin Brockovich na American Broadcasting Company (ABC), um conglomerado de radiodifusão que opera a rede de televisão ABC nos Estados Unidos. Também é uma empresa muito conhecida, mas diferente da rede de televisão ABC, de propriedade da The Walt Disney Company. É uma das principais redes de televisão dos Estados Unidos, junto com a CBS e a NBC. É a presidente da Brockovich Research & Consulting e consultora da Girardi & Keese, da firma de advocacia Weitz & Luxenberg, que trabalha com os danos causados por amianto e da Shine Lawyers, da Austrália. Erin Pattee nasceu em Lawrence, Kansas, em 1960, filha de Betty Jo (1923–2008), jornalista, e Frank Pattee (1924–2011), engenheiro e jogador de futebol americano esporte jogado por dois times de onze jogadores em um campo retangular com traves em cada extremidade. A equipe de ataque, com a posse da bola oval, tenta avançar pelo campo correndo com a bola ou lançando-a, enquanto a defesa, que não possui a bola, tenta impedir o avanço e tomar o controle da bola para si. O futebol é um jogo caracterizado pela “conquista de território”.
O
casal teve três outros filhos, Frank Jr., Thomas (1954–1992) e Jodie. Erin se
formou no Ensino Médio na Lawrence High School e ingressando posteriormente na
Universidade Estadual do Kansas, onde se formou em um curso técnico de Artes
Plásticas. Trabalhou como gerente júnior em uma loja Kmart, em 1981, mas saiu
depois de alguns meses para participar de um concurso de miss. Ela ganhou o
título de Miss Costa Oeste dos Estados Unidos, também conhecida por Costa do
Pacífico (Pacific Coast), designa geralmente os três estados mais ocidentais do
grupo de estados contíguos: Califórnia, Oregon e Washington. O Arizona e o
Nevada, embora interiores, são por vezes incluídos na Costa Oeste devido à
proximidade com o Pacífico e por razões econômicas e culturais. Outras opções
fazem incluir no grupo o Alasca e o Havaí. Mas no ano seguinte se mudou para a
Califórnia. Erin foi casada três vezes: Shawn Brown, (1982–1987 divórcio),
Steven Brockovich (1989–1990 divórcio) e Eric L. Ellis (1998–2012 divórcio).
Erin tem quatro filhos. O caso contra a PG&E (Anderson, et al. v. Pacific
Gas and Electric, arquivo BCV 00300) alegava contaminação de água potável por cromo
hexavalente (“chromium VI”, “Cr-VI” ou “Cr-6”), no Sul da Califórnia, no
município de Hinkley. Uma instalação em Hinkley, construída em 1952 como parte
de gasoduto que conectava a cidade com a região da baía de São Francisco estava
no centro da polêmica da principal questão de sobrevivência no planeta Terra. Entre os anos de 1952 e 1966, a PG&E usou o cromo
VI nos tanques de resfriamento para combater a corrosão do metal. A água
descartada nas torres era então “despejada sem tratamento em lagos do lado de
fora, que começaram a percolar pelo solo até ao lençol freático”.
O processo contra a empresa foi vencido recentemente em 1996, em um valor de 333 milhões de dólares, o maior valor já pago em uma ação direta na história econômica, social ou política dos Estados Unidos. Masry & Vititoe, o escritório de advocacia para o qual Erin trabalhava na época como assistente jurídica, recebeu 133 milhões no acordo e Erin em si recebeu 2,5 milhões por seu trabalho. Dados estatísticos de um estudo de 2010 do California Cancer Registry afirmaram que os registros de câncer na região de Hinkley de 1988 a 2008 permaneceram normais depois que a empresa foi processada e obrigada a limpar a área e a indenizar os moradores. No entanto, em junho de 2013, a revista Mother Jones apresentou uma crítica do Center for Public Integrity ao trabalho do autor Jonh W. Morgan, um matemático estadunidense, que trabalha com topologia e geometria algébrica e personagem ligado à indústria, nos estudos epidemiológicos posteriores, e que a área afetada de Hinkley tinha sido demolida em 1996, além de outras falhas. Apesar de tudo isto, a história está longe de terminar e as águas de Hinkley continuam fortemente contaminadas. Em 2000 estreou o filme Erin Brockovich que narra o processo pelo qual ela se tornou famosa. Estrelado por Julia Roberts e dirigido por Steven Soderbergh e o papel social de Erin, Julia ganhou o Oscar de Melhor Atriz. Assim o próprio pensar é objeto, logo objeto de si mesmo, então o homem é por si. A racionalidade produz o racional, o pensar produz os próprios pensamentos.
O que o ser em
si é se manifesta no ser por si. Todo conhecer, todo aprender, toda visão, toda
ciência, inclusive toda atividade humana, não possui nenhum outro interesse
além do aquilo que filosoficamente é em si, no interior, podendo manifestar-se
desde si mesmo, produzir-se, transformar-se objetivamente. Nesta diferença se
descobre toda a diferença na história do mundo. Os homens são todos racionais.
O formal desta racionalidade é que o homem seja livre. Esta é a sua natureza.
Isto pertence à essência do homem: a liberdade. O europeu sabe de si, afirma
Hegel, é objeto de si mesmo. A determinação que ele conhece é a liberdade. Ele
se conhece a si mesmo como livre. O homem considera a liberdade como sua
substância. Se os homens falam mal de conhecer é porque não sabem o que fazem.
Conhecer-se, converter-se a si mesmo no objeto (do conhecer próprio) e o fazem
relativamente poucos. Mas o homem é livre somente se sabe que o é. Pode-se
também em geral falar mal do saber, como se quiser. Mas somente este saber
libera o homem. O conhecer-se é no espírito a existência. Portanto isto é o
segundo, esta é a única diferença da existência (Existenz) a diferença do
separável. O Eu é livre em si, mas também por si mesmo é livre e eu sou livre
somente enquanto existo como livre. A terceira determinação é que o que existe
em si, e o que existe por si são somente uma e mesma coisa. Isto quer dizer
precisamente evolução. O em si que já não fosse em si seria outra coisa. Por
conseguinte, haveria ali uma variação, mudança. Na mudança existe algo que
chega a ser outra coisa. Na evolução, em essência, podemos também sem dúvida
falar da mudança, mas esta mudança deve ser tal que o outro, o que resulta que
é analogamente ainda idêntico ao primeiro, de maneira que o simples, o ser em
si não seja negado.
Friedrich
Hegel que parte da análise da consciência comum, não podia situar como
princípio primeiro uma dúvida universal que só é própria da reflexão
filosófica. Por isso mesmo ele segue o caminho aberto pela consciência e
a história detalhada de sua formação. A Fenomenologia vem a ser
uma história concreta da consciência, sua saída da caverna e sua ascensão à
Ciência. Daí a analogia que em Hegel existe de forma coincidente entre a
história da filosofia e a história do desenvolvimento do pensamento, mas este
desenvolvimento é necessário, como força irresistível que se manifesta
lentamente através dos filósofos, que são instrumentos de sua manifestação
primeira. Assim, preocupa-se apenas em definir os sistemas, sem discutir as
peculiaridades e opiniões dos diferentes filósofos. Na determinação do
sistema, o que o preocupa é a categoria fundamental que determina o todo
complexo do sistema, e o assinalamento das diferentes etapas, bem como as
vinculasses destas etapas que conduzem à síntese do espírito absoluto. Para
compreender o sistema é necessário começar pela representação, que ainda não
sendo totalmente exata permite, no entender de sua obra a seleção de afirmações
e preenchimento do sistema abstrato de interpretação do método dialético,
para poder alcançar a transformação da representação numa noção clara e exata. Temos a passagem da representação abstrata, para o conceito claro e concreto
através do acúmulo de determinações. Aquilo que por movimento dialético separa
e distingue perenemente a identidade e a diferença, sujeito e objeto, finito e
infinito, é a alma vivente das coisas, a Ideia Absoluta que é a força
geradora, a vida e o espírito eterno.
Mas
a Ideia Absoluta seria uma existência abstrata se a noção de que procede não
fosse mais que uma unidade abstrata, e não o que é em realidade, isto é, a
noção que, por um giro negativo sobre si mesma, revestiu-se novamente de forma
subjetiva. Metodologicamente a determinação mais simples e primeira que o
espírito pode estabelecer é o Eu, a faculdade de poder abstrair todas as
coisas, até sua própria vida. Chama-se idealidade precisamente esta
supressão da exterioridade. Entretanto, o espírito não se detém apenas na
apropriação, transformação e dissolução da matéria em sua universalidade, mas,
enquanto consciência religiosa, por sua faculdade representativa,
penetra e se eleva através da aparência dos seres até esse poder divino, uno,
infinito, que conjunta e anima interiormente todas as coisas, enquanto
pensamento filosófico, como princípio universal, a ideia eterna que as engendra
e nelas se manifesta. Isto quer dizer que o espírito finito se encontra
inicialmente numa união imediata com a natureza, a seguir em oposição com esta
e finalmente em identidade com esta, porque suprimiu a oposição e voltou
a si mesmo e, consequentemente, o espírito finito é a ideia, mas ideia que
girou sobre si mesma e que existe por si em sua própria realidade. A Ideia
absoluta que para realizar-se colocou como oposta a si, à natureza, produz-se
através dela como espírito, que através da supressão de sua exterioridade entre
em relação com a natureza, e, depois, ao encontrar a si mesma nela, torna-se
consciência de si, espírito que conhece a si mesmo, suprimindo a
distinção entre sujeito e objeto, chegando a Ideia a ser por si e em si,
tornando-se unidade perfeita de suas diferenças, sua absoluta verdade.
Com
o surgimento do espírito através da natureza abre-se a história da humanidade e
a história humana é o processo que medeia entre isto e a realização do espírito
consciente de si. A filosofia hegeliana centra sua atenção sobre esse processo
e as contribuições mais expressivas de Hegel ocorrem precisamente nesta esfera,
do espírito. Melhor dizendo, para Hegel, à existência na consciência, no
espírito chama-se saber, conceito pensante. O espírito é também isto: trazer à
existência, isto é, à consciência. Como consciência em geral tenho eu um
objeto; uma vez que eu existo e ele está na minha frente. Mas enquanto o Eu é o
objeto de pensar, é o espírito precisamente isto: produzir-se, sair fora
de si, saber o que ele é. Nisto consiste a grande diferença: o homem sabe o que
ele é. Logo, em primeiro lugar, ele é real. Sem isto, a razão, a liberdade não
são nada. O homem é essencialmente razão. O homem, a criança, o culto e o
inculto, é razão. Ou melhor, a possibilidade para isto, para ser razão, existe
em cada um, é dada a cada um. A razão não ajuda em nada a criança, o inculto. É
somente uma possibilidade, embora não seja uma possibilidade vazia, mas
possibilidade real e que se move em si. Assim, por exemplo, dizemos que o homem
é racional, e distinguimos muito bem o homem que nasceu somente e aquele cuja
razão educada está diante de nós. Isto pode ser expresso também assim: o que é
em si, na filosofia primeira, tem que se converter em objeto para o homem,
chegar à consciência; assim para ele e para si mesmo. A história para
Hegel, de forma magistral e ineludível é o desenvolvimento do Espírito no tempo, assim como a Natureza é o
desenvolvimento da ideia no espaço. Deste modo o homem se duplica. Uma vez, ele
é razão, é pensar, mas em si: outra, ele pensa, converte este ser, seu em si,
em objeto do pensar.
Historicamente
a evolução não somente faz aparecer o interior originário, exterioriza o
concreto contido já no em si, e este concreto chega a ser por si através dela,
impulsiona-se a si mesmo a este ser por si. O espírito abstrato assim adquire o
poder concreto da realização. O concreto é em si diferente, mas logo só em si,
pela aptidão, pela potência, pela possibilidade. O diferente está posto ainda
em unidade, ainda não como diferente. É em si distinto e, contudo, simples. É
em si mesmo contraditório. Posto que é através desta contradição impulsionado
da aptidão, deste este interior à qualidade, à diversidade; logo cancela a
unidade e com isto faz justiça às diferenças. Também a unidade das diferenças
ainda não postas como diferentes é impulsionada para a dissolução de si mesma.
O distinto (ou diferente) vem assim a ser atualmente, na
existência. Porém do mesmo modo que se faz justiça à unidade, pois o diferente
que é posto como tal é anulado novamente. Tem que regressar à unidade; porque a
unidade do diferente consiste em que o diferente seja um. E somente por este
movimento é a unidade verdadeiramente concreta. É algo concreto, algo distinto.
Entretanto contido na unidade, no em si primitivo. O gérmen se desenvolve
assim, não muda. Se o gérmen fosse mudado desgastado, triturado, não
poderia per se evoluir. Na alma, enquanto determinada como indivíduo, as
diferenças estão enquanto mudanças que se dão no indivíduo, que é o sujeito uno
que nelas persiste em momentos do seu desenvolvimento.
Por
serem elas diferenças, à uma, físicas e espirituais, seria preciso, para
determinação ou descrição mais concreta, antecipar a noção do espírito
cultivado. As diferenças são: 1) curso natural das idades da vida, desde a
criança, desde a criança, o espírito envolvido em si mesmo – passando pela
oposição desenvolvida, a tensão de uma universalidade ela mesma ainda subjetiva
em contraste com a singularidade imediata, isto é, como o mundo presente, não
conforme a tais ideais, e a situação que se encontra, em seu ser-aí para esse
mundo, o indivíduo que, de outro lado, está ainda não-autônomo e em si mesmo
não está pronto (o jovem) – para chegar à relação verdadeira, ao reconhecimento
da necessidade e racionalidade objetivas do mundo já presente, acabado; em sua
obra, que leva a cabo por si e para si, o indivíduo retira, por sua atividade,
uma confirmação e uma parte, mediante a qual ele é algo, tem uma presença
efetiva e um valor objetivo (homem); até a plena realização da unidade com essa
objetividade: unidade que real, vem dar na inatividade da
rotina que tira o interesse, enquanto ideal se liberta dos interesses é das
complicações do presente exterior (o ancião).
Em
seguida, mudou-se para Baton Rouge, Louisiana, onde seu pai tornou-se decano da
Educação na Universidade Estadual de Louisiana (LSU). Quando adolescente ele reconheceu
o cinema, dirigindo curtas-metragens com uma câmera Super 8, equipamento
emprestado de estudantes da LSU. Soderbergh também desenvolveu, eventualmente, free-lancer
como editor de filmes. A Universidade do Estado da Luisiana, em inglês: Louisiana
State University and Agricultural & Mechanical College é a mais antiga
universidade pública e uma das mais prestigiosas universidades do estado
norte-americano da Luisiana. A universidade foi fundada em 1860 na cidade de
Pineville como um Seminário Teológico e Academia Militar e passou por diversas
reformas para expandir seu quadro técnico e educacional, tornando-se umas das
principais universidades do Sul estadunidense. Como um dos principais centros
de pesquisa científica da região onde se situa, a Universidade da Luisiana é
classificada como nível técnico-metodológico “R1” no sistema Classificação
Carnegie, indicando “alta atividade de pesquisa” pela instituição. É um padrão
para categorizar faculdades e universidades, baseado em vários critérios programáticos e sociais, incluindo o tipo especificamente de valor através do diplomas concedidos, financiamento para pesquisa e
atividade de pesquisa, enquadramento de perfis do corpo docente e ofertas
acadêmicas.
A
classificação, criada pela Fundação Carnegie para o Avanço do Ensino,
visa descrever as instituições de forma a facilitar a compreensão do seu
trabalho e impacto social. O campus principal da Universidade da Luisiana
encontra-se na capital Baton Rouge, sendo considerado um dos mais bem elaborados
campi universitários dos Estados Unidos. A propriedade se expande por
cerca de 650 acres de terra às margens do rio Mississippi e exibe grandes
carvalhos seculares - muitos deles adotados singularmente por famílias que
contribuem para a sua conservação - e diversas magnólias, a flor símbolo da
Louisiana. Steven Soderbergh tornou-se famoso por executar de forma policompetente
várias funções de um mesmo filme, como direção de fotografia, edição, direção e
roteiro. Como a WGA, Writers Guild of America (Sindicato de Roteiristas
dos Estados Unidos) é um esforço conjunto de dois diferentes sindicatos dos
Estados Unidos que representam os roteiristas da televisão e cinema: O Writers
Guild of America, East (WGAE) com sede em Nova Iorque e o Writers Guild
of America, West (WGAW) com sede em Los Angeles.
Ambos
organizam em conjunto o Writers Guild of America Award, ipso facto, proíbe
que o cineasta exerça múltiplas funções dentro de um filme, ele assina sob
diferentes pseudônimos. Em 2001 tornou-se o terceiro diretor a ser indicado ao
Oscar de melhor diretor por dois filmes, Traffic e Erin Brockovich,
o primeiro foi Victor Fleming, no ano de 1939 e o segundo foi Francis Ford
Coppola no ano de 1974 por O Poderoso Chefão - Parte II e A
Conversação. Entrou no universo da direção quando filmou um espetáculo do grupo
de rock Yes, o que lhe rendeu uma indicação ao Grammy. O vídeo do show
foi o 9012 Live, em 1986. Foi também o vencedor mais novo da Palma de
Ouro no Festival de Cannes, realizado em 1989, por seu trabalho no filme de
estreia de carreira, Sexo, Mentiras e Videoteipe (1989). Em 2006
lançou um plano ousado de distribuição de filmes, que tem seis experiências. O
primeiro foi Bubble, um filme sem importância a não ser pelo fato de
que, além do cinema, também foi, simultaneamente, lançado em DVD e na televisão
paga. Esse fato ocorreu, em parte, pela mudança de costumes das pessoas no
mundo, já que alugam mais DVDs, assistem mais vídeos na web, também baixam
filmes e veem muita televisão (aberta ou paga) do que simplesmente ir ao
cinema. Ele, que veio do meio cinematográfico independente, se justificou,
dizendo que o espectador, quer ter “mais controle sobre as formas de ver
filmes; é um processo irreversível”.
O
mérito cinematográfico em relação ao tema biográfico, diz respeito exatamente
ao fato sociológico de que o pensamento objetivo ignora o sujeito social
da percepção. Isso ocorre por que ele se dá o mundo sensitivo inteiramente
pronto, como meio de todo o conhecimento possível, e trata a percepção como um
desses acontecimentos. O sujeito perceptivo é o lugar dessas coisas.
Pois, vista do interior, a percepção não deve nada àquilo que nós sabemos de
outro modo sobre o mundo, sobre os estímulos tais como a Física os descreve e
sobre os órgãos dos sentidos, tais como a Biologia os descreve. Em primeiro
lugar, ela não se apresenta como um acontecimento no mundo ao qual se possa
aplicar, por exemplo, a categoria de causalidade, mas a cada momento
como uma re-criação ou uma re-constituição do mundo. Se
acreditamos em um passado do mundo, no mundo físico, nos “estímulos”, no
organismo tal como nossos livros o representam, é primariamente porque temos um
campo perceptivo presente e atualmente, uma superfície de contato com o
mundo ou perpetuamente enraizada nele, é porque sem cessar ele vem assaltar e
investir a subjetividade, assim como as ondas envolvem um destroço na
praia. Todo saber se instala nos
horizontes abertos pela percepção. Não se trata de descrever a própria
percepção como um dos fatos que se produzem no mundo, já que a percepção é a
representação da “falha” deste “grande diamante”. Certamente, não queremos
perder de vista que o intelectualismo per se representa um progresso na
tomada de consciência: aquele lugar fora do mundo empirista e onde ele situava para descrever o acontecimento da percepção
recebe agora um nome, figura na descrição.
Dentre
outras características da água, destacam-se seu alto calor latente de
vaporização, sua elevada capacidade térmica, além da considerável mudança de
propriedades entre água líquida a baixas e altas temperaturas. Conforme água
resfriada é aquecida, a velocidade do som através de si cresce, seu volume
diminui, seu índice de refração aumenta, a solubilidade de gases se torna maior
e a condutividade térmica passa a crescer. Contudo, se água quente é aquecida,
ocorre exatamente o oposto. A água possui, ainda, uma alta tensão superficial,
menor somente que a tensão superficialmente do mercúrio dentre os líquidos
comuns. Muitas destas propriedades são também atribuídas às ligações de
hidrogênio entre as moléculas. Pelo fato de a molécula de água não ser linear e
a eletronegatividade do oxigênio ser maior do que a do hidrogênio, ocorre o
aparecimento de regiões positivas e negativas na própria molécula sendo uma
molécula polar. Por este motivo, a água é um ótimo solvente para substâncias
iônicas, como sais, ácidos e bases. As ligações de hidrogênio contribuem para
solubilidade de compostos que possuem hidrogênio ou oxigênio em sua composição.
Pelo mesmo motivo, proteínas e partículas minúsculas podem ser mantidas em
suspensão na água, formando um coloide. A água é um solvente
para alguns gases e substâncias orgânicas.
Entretanto, graxas e óleos não se dissolvem em água. Na proporção em que ocorre uma reação química, as moléculas de água podem doar um próton (H+), formando uma hidroxila, OH-, ou receber um próton, formando o hidroxônio, H3O+. De fato, as moléculas de água doam e recebem prótons entre si, o que é chamado na nomenclatura de autoionização da água. Embora ocorra em pequena extensão, este fenômeno é determinante, pois permite que a água aja como ácido ou base em uma dada reação. Pela presença desses íons, a água possui uma pequena condutividade elétrica. A água em sua fase sólida forma o gelo. Em geral a estrutura cristalina é formada por uma rede de moléculas orientadas conforme as pontes de hidrogênio. Entretanto, este arranjo pode se dar de diversas formas, sendo conhecidas pelo menos 17 formas cristalinas diferentes para o gelo, cada uma formada sob diferentes condições de temperatura e pressão. Nas condições comumente encontradas na Terra, forma-se o gelo ih, no qual as moléculas se arranjam em estruturas hexagonais. Em 2016, uma equipe de pesquisa previu uma nova forma molecular de gelo com uma baixa densidade recorde. Se o gelo puder ser sintetizado, se tornaria a forma cristalina reconhecida de água. Analogamente a densidade do gelo é menor do que a da água líquida, e, portanto, flutua na mesma.
O ponto triplo de água, ou seja, as condições nas quais a água pode coexistir tanto em estado físico, sólido ou gasoso, são à temperatura de 0,01 °C e pressão de 612 Pa. A ebulição da água sob as condições ambiente de pressão (1 atm.) ocorre a 100 °C, dando origem ao chamado “vapor de água”. A 373,9 °C e pressão de 22,064 MPa, ocorre o ponto crítico, além do qual não há a distinção comunicacional entre as fases líquida e gasosa caracterizando, portanto, o que é interpretado como processo de um “fluido supercrítico”. As propriedades da água sob tais condições são alteradas, ocorrendo mudanças tal como o aumento de sua reatividade química e de sua autodissociação. A água pode apresentar em sua composição isótopos dos elementos hidrogênio e oxigênio. A água pesada é formada por dois átomos de deutério, estáveis e não radioativos, e um de oxigênio, sendo que existe aproximadamente um átomo de deutério em cada 6 700 átomos de hidrogênio na água do mar. Recebe esta denominação pelo fato bioquímico e estatístico de que os átomos de deutério possuem maior massa resultando, assim, na maior densidade da água o que ocasiona, também, algumas pequenas diferenças a nível molecular. Uma proporção diminuta é ainda formada pela ligação entre hidrogênio e trítio, radioativo que decai com uma “meia vida” de aproximadamente doze anos. Essas variedades de água pesada são utilizadas principalmente em usinas de fissão nuclear, analisadas por Albert Einstein (1879-1955), extraordinário físico teórico alemão, considerado um dos maiores cientistas de todos os tempos. Suas contribuições para a ciência incluem: A teoria da relatividade, que revolucionou a compreensão do espaço, tempo, gravidade e universo.
Na
física, espaço-tempo é o sistema de coordenadas utilizado como base para o
estudo da relatividade restrita e relatividade geral. O tempo e o espaço
tridimensional são concebidos, em conjunto, como uma única variedade de quatro
dimensões a que se dá o nome de espaço-tempo. Um ponto, no espaço-tempo, pode
ser designado como um “acontecimento”. Cada acontecimento tem quatro
coordenadas (t, x, y, z); ou, em coordenadas angulares, t, r, θ, e φ que dizem
o local e a hora em que ele ocorreu, ocorre ou ocorrerá. Na mecânica clássica (não-relativista),
o tempo é tomado como uma unidade de medida universal, uniforme por todo o
espaço, e independente de qualquer movimentação nesse, enquanto que no contexto
da relatividade especial, o tempo é tratado integralmente à dimensão espacial,
pois a taxa observada da passagem do tempo depende da velocidade do objeto em
relação ao seu observador. Pontos no espaço-tempo são chamados de eventos e são
definidos por quatro números, por exemplo, (x, y, z, ct), onde c é a velocidade
da luz e pode ser considerado como a velocidade que um observador se move no
tempo. Isto é, eventos separados no tempo de apenas 1 segundo estão a 299 792
458 metros um do outro no espaço-tempo. Assim como utilizamos as coordenadas x,
y e z para definir pontos no espaço em três dimensões, na relatividade especial
utilizamos uma coordenada a mais para definir o tempo de acontecimento de um
evento. A explicação do efeito fotoelétrico, fundamentalmente para o
estabelecimento da teoria quântica. A demonstração da equivalência entre massa
e energia, traduzida pela equação E=mc².
Contribuições para a Física Estatística, por meio da explicação para o
movimento browniano, e claro, na fabricação de bombas de hidrogênio.
Dada sua importância, a água é utilizada como padrão para a definição de diversas grandezas físicas. Uma das definições de massa atribui a um kg a massa correspondente a um cubo com 10 cm de lado, isto é, o volume equivalente a um litro de água pura a 4 °C. Devido aos diferentes isótopos presentes na água, definiu-se, ainda, o teor médio de isótopos, de acordo com o teor comumente encontrado nos oceanos. E neste caso, um oceano compreende o componente principal de representação da superfície da Terra, constituído por água salgada. Forma a maior parte da hidrosfera: aproximadamente 71% da superfície da Terra, constituindo uma área em torno de 361 milhões de km. Mais do que a metade desta área tem profundidades maiores que 3.000 metros. A noção de oceano global, como um corpo contínuo de água para a oceanografia, e oceano terrestre para efeitos práticos da ideologia, é normalmente dividido em várias partes, demarcadas por continentes e grandes arquipélagos é a representação oficialmente adotada, desde 2000, pela Organização Hidrográfica Internacional, da qual países como o Brasil e Portugal são membros. Regiões menores dos oceanos são conhecidas como mares, golfos e estreitos. Em 20 de julho de 2009, cientistas do Centro Nacional de Dados Climáticos dos Estados Unidos da América, informaram à imprensa que os oceanos estão com a temperatura média de 17 °C, a mais alta desde 1880, quando se iniciou os registros. O estudo e pesquisa dos oceanos em torno geologicamente da Terra são chamados cientificamente de oceanografia. As viagens na superfície do oceano com o utilidade de uso social de botes datam de tempos pré-históricos, mas só nos últimos tempos as explorações submarinas se tornaram possíveis e comuns.
Para a consciência e a consciência filosófica considera que o pensamento que concebe constitui o homem real e, por conseguinte, o mundo só é real quando concebido, portanto, o movimento das categorias surge como ato de produção real – que concebe um simples impulso do exterior, o que é lamentado – cujo conteúdo é o mundo; e isto é exato na medida em que a totalidade concreta enquanto totalidade-de-pensamento, enquanto concreto-de-pensamento, é de fato um produto do pensamento, da atividade de conceber; ele não é pois, de forma alguma o produto do conceito que engendra a si próprio, que pensa exterior e superiormente à observação imediata e à representação, mas um produto da elaboração de conceitos a partir da observação imediata e da representação. O todo, afirma Marx, na forma em que aparece no espírito como todo-de-pensamento, é um produto do cérebro pensante, que se apropria do mundo do único modo que lhe é possível, de um modo que difere da apropriação desse mundo pela arte, pela religião, pelo espírito prático. Antes como depois, o objeto real conserva a sua independência fora do espírito; e isso durante o tempo em que o espírito tiver uma atividade meramente especulativa, meramente teórica. Por consequência, nunca é demais repetir, também o emprego do método teórico é necessário que o objeto, a sociedade, esteja constantemente presente no espírito como dado primeiro. Em relação à propriedade, a categoria mais simples surge, pois, como a relação de comunidades simples de famílias ou de tribos.
Na
sociedade num estágio superior de trabalho, ela aparece como a relação mais
simples de uma organização mais plenamente desenvolvida. Mas pressupõe sempre o
substrato concreto que se exprime por uma relação de posse. O dinheiro
pode existir e existiu historicamente antes de existir o capital, os bancos, o
trabalho assalariado, etc. Nesse sentido, podemos dizer que a categoria de
trabalho mais simples pode exprimir relações dominantes de um todo menos
desenvolvido ou, pelo contrário, relações subordinadas de um todo mais
desenvolvido, relações que existiam já historicamente antes que o todo se
desenvolvesse no sentido que encontra a sua expressão numa categoria concreta.
Assim, abstração mais simples, que a economia política moderna coloca em
primeiro lugar e que exprime uma relação muito antiga e válida para todas as
formas de sociedade, só aparece, no entanto, sob esta forma abstrata como
verdade prática enquanto categoria da sociedade mais moderna. Poder-se-ia dizer
que esta indiferença constituída nas relações sociais em relacionadas a forma
determinada de trabalho, no âmbito das relações capitalistas globalizadas, que
se apresenta noutros países como produto histórico, se manifesta como uma
disposição natural. Este exemplo do trabalho demonstra com toda evidência que
até as categorias mais abstratas, ainda que válidas – precisamente por causa de
sua natureza abstrata – para todas as épocas, não são menos, sob a forma
determinada desta mesma forma filosoficamente de abstração, quer dizer, o produto de condições históricas e só se
encontram plenamente te válidas nestas condições e no quadro de pensamento
destas condições sociais.
Para sermos breves, sabemos estatisticamente que os mares e oceanos cobrem mais de 75% da superfície terrestre. As profundidades que variam de alguns metros nas regiões litorâneas, a mais 11 km nas zonas mais profundas. Um dos aspectos mais importantes dos ecossistemas marinhos é sua grande estabilidade e homogeneidade no que se refere à composição química e temperatura. A salinidade dos mares é cerca de 3,5 g/L de sais, com predominância de cloreto de sódio. Os ecossistemas marinhos podem se distinguir em dois grandes domínios marinhos: um relativo ao fundo, o domínio bentônico; outro relativo às massas d’água, o domínio pelágico; A luz consegue penetrar no mar até a profundidade máxima de 200 metros, estabelecendo o que se denomina de zona fótica. Na metade superior desta zona iluminada vive o fitoplâncton marinho, formado por algas e bactérias fotossintetizantes. Elas produzem praticamente todo alimento necessário à manutenção da vida nos mares. Essa zona também é rica em plâncton não fotossintetizante e em grandes cardumes de peixes. A região que se estende dos 200 aos 2 mil metros de profundidade é a região batial com águas frias e rara em fauna. Os peixes, moluscos e alguns outros animais que vivem nessa zona são sustentados por matéria orgânica proveniente da superfície. Mais profundamente a penetração na região abissal, é a que se estende estatisticamente dos 2 mil metros aos 6 mil metros de profundidade. Nela encontram-se poucas espécies, que entretanto chamam atenção da esfera oceanográfica por suas características exóticas, tipificados como “peixes bentônicos bioluminescentes, por ação dos pirossomas e lulas gigantes”.
A região mais profunda dos oceanos, abaixo dos 6 mil metros, é reconhecida como região hadal. Sua fauna ainda é pouco reconhecida, é constituída principalmente por esponjas e moluscos. O organismo planctônico possui baixa ou nenhuma capacidade de locomoção. Diferentemente do organismo bentônico, que ocupa fundos aquáticos e pode ser de vida livre ou sésseis. Dessa forma, esses organismos, subdivididos em fitoplâncton e zooplâncton, são transportados horizontalmente pelas correntes de água. O organismo nectônico é capaz de se deslocar de forma ativa no ambiente aquático. Mas, ao contrário dos bentos, não habita ambientes de substratos sólidos. De acordo com a sua forma de alimentação, os organismos bentônicos podem ser classificados em dois grandes grupos. O primeiro deles, chamado de fitobentos, é composto por organismos autótrofos, como algas. Em comparação com os outros seres bentônicos, esses organismos vivem em locais mais rasos e de águas claras. Isso porque dependem da luz para realizarem a fotossíntese. O outro grupo, reconhecido como zoobentos, é constituído por organismos heterótrofos, ou seja, que não produzem seu próprio alimento e precisam se alimentar de outros seres para obter energia. Conforme as suas características biológicas e sociais, esses organismos ainda podem ser divididos em microbentos, mesobentos e macrobentos. Crustáceos como camarões e caranguejos são exemplos de macroinvertebrados bentônicos. Também são exemplos comparativamente da categoria biológica de bentos os pepinos do mar, recifes de coral e estrelas do mar. O bento é de extrema importância biológica para os ecossistemas marinhos do mundo.
Em
biologia marinha, chama-se zona hadal, zona hadopelágica ou andar hadal
ao ecossistema das fossas abissais, com mais de 6.000 m de profundidade. Trata
da camada mais inferior da zona pelágica, abaixo da zona abissal. É o domínio
dos seres abissais. A falta de luz e a intensa pressão criam condições de vida
hostil. Por exemplo, no fundo da Fossa das Marianas, a 11 000 m de
profundidade, a pressão atinge 1100 atmosferas. Nesses ambientes, os fitobentos
garantem a disponibilidade de oxigênio e nutrientes, enquanto os zoobentos “atuam
no processo de decomposição de matéria orgânica”. Ainda, todos os seres
bentônicos participam da cadeia alimentar aquática, sendo alguns responsáveis
pelo revolvimento do sedimento no fundo. Além de sua importância ecológica, os
organismos bentônicos são frequentemente utilizados como bioindicadores da
qualidade do ambiente. Isso porque existem muitas espécies sésseis e que se
locomovem pouco. Isso faz com que sofram mais impactos do que outras capazes de
nadar ativamente. Esse mesmo fator também contribui para uma maior facilidade
de coleta de dados, facilitando as pesquisas. As comunidades bentônicas sofrem
impactos diariamente decorrentes de atividades predatórias humanas. As
principais ameaças a esses ecossistemas são em geral: aquicultura; pesca
predatória; expansão de áreas urbanas e turismo; poluição; redução dos recursos
hídricos; corte de madeira de manguezais; mudanças climáticas. É o Ego
transcendental. Através disso, todas as teses do empirismo lógico encontram-se
reviradas, o estado de consciência torna-se consciência de um estado, a
passividade torna-se a posição de uma passividade, o mundo torna-se o
correlativo pensamento do mundo e só existe para um constituinte.
E,
todavia, permanece verdadeiro que o próprio intelectualismo se dá o mundo
inteiramente pronto. Ipso facto,
o sujeito da percepção permanecerá ignorado enquanto não soubermos evitar a
alternativa entre o naturante e o naturado, entre a sensação
enquanto estado de consciência e enquanto consciência de um estado, entre a
existência em si e a existência para si. Se o corpo próprio e o
eu empírico são apenas elementos no sistema de experiência, objetos entre
outros objetos sob o olhar do verdadeiro Eu, como pudemos algum dia
confundir-nos com nosso corpo, como pudemos acreditar que víamos com nossos
próprios olhos aquilo que na verdade apreendíamos por uma inspeção do espírito,
como o mundo não é perfeitamente explícito diante de nós, por que ele só se
desdobra pouco a pouco e nunca “inteiramente”, enfim como ocorre que nós
percebamos? Nós só o compreenderemos se o eu empírico e o corpo não forem
imediatamente objetos, nunca se tornarem totalmente objetos, se houver um dizer que vejo o pedaço de cera com meus
olhos e se, correlativamente, esta possibilidade de ausência, esta dimensão de
fuga e de liberdade que a reflexão abre no fundo de nós e que chamamos de Eu
transcendental em primeiro lugar não forem dadas e nunca puder dizer “Eu”
absolutamente, e se todo ato de reflexão humana, toda tomada de posição
voluntária se estabelecerem sobre o fundo e sobre a posição de uma vida de
consciência pré-pessoal. O sujeito da percepção permanecerá ignorado
enquanto não soubermos evitar a alternativa entre naturante e o naturado, isto
é, entre a sensação enquanto estado de consciência e consciência de um
estado, entre existência em si e a existência para si.
A
psicologia indutiva, segundo Merleau-Ponty (2006), nos auxiliará a procurar
para ela um novo estatuto, demonstrando que a sensação não é um estado ou uma
qualidade, nem a consciência de um estado ou de uma qualidade. De fato, cada
uma das pretensas qualidades – o vermelho, o azul, a cor, o som – está inserida
em uma certa conduta. No normal, uma excitação sensorial, sobretudo as do
laboratório que para ele quase não têm significação vital, mal modifica a
motricidade geral. Mas as doenças do cérebro ou do córtex frontal evidenciam
aquilo que poderia ser a influência das excitações sensoriais no tônus muscular
se elas não estiverem integradas a uma situação de conjunto e se no normal não
estivesse regulado em vista de certas tarefas privilegiadas. O gesto de
levantar o braço, pode tomar como indicador da perturbação motora, é
diferentemente modificado em sua amplitude e em sua direção por um campo visual
vermelho, amarelo, azul ou verde. O vermelho e o amarelo, particularmente,
favorecem os movimentos escorregadios, o azul e o verde os movimentos bruscos,
o vermelho aplicado ao olho direito, por exemplo, favorece um movimento de
extensão para o exterior do braço correspondente, o verde favorece um movimento
de flexão e de recuo em direção ao próprio corpo. A posição privilegiada do
braço – aquela em que o sujeito sente-o em equilíbrio ou em repouso -,
que no doente é mais distanciada do corpo que no normal, é modificada pelas formas cores: verde leva para a vizinhança do corpo.
A
cor do campo visual torna as reações do sujeito mais ou menos exatas, quer se
trate de executar um movimento de uma amplitude dada ou de mostrar com o dedo
um comprimento determinado. Com um campo visual verde, a apreciação é exata;
com um campo visual vermelho, ela é inexata por excesso. Os movimentos para o
exterior são acelerados pelo verde e atrasados pelo vermelho. A localização dos
estímulos na pele é modificada pelo vermelho no sentido da abdução. O amarelo e
o vermelho acentuam os erros na estimativa do peso e do tempo; nos cerebelosos,
eles são compensados pelo azul e sobretudo pelo verde. Nessas diferentes
experiências, cada cor age sempre no mesmo sentido, de forma que se pode
atribuir a elas um valor motor definido. No conjunto, o vermelho e o amarelo
são favoráveis à abdução, o azul e o verde à adução. Ora, de uma maneira geral,
a adução significa que o organismo se volta para o estímulo e é atraído pelo
mundo; a abdução, que ele se desvia do estímulo e retira-se para seu centro.
Portanto, as sensações, as “qualidades sensíveis”, estão longe de se reduzir à
experiência de um certo estado ou de um certo quale indizíveis, elas se
oferecem com uma fisionomia motora, estão envolvidas por uma significação
vital. Sabe-se há muito tempo que existe um “acompanhamento motor” das
sensações, que os estímulos desencadeiam “movimentos nascentes” que se associam
à sensação ou à qualidade e forma um halo em torno dela, que o “lado
perceptivo” e o “lado motor” do comportamento se comunicam.
Assim,
um sensível que vai ser sentido apresenta ao meu corpo uma espécie de problema
confuso. É preciso que eu encontre a atitude quer vai lhe dar o meio de
determinar-se e de tornar-se azul, é preciso que eu encontre a resposta a uma
questão mal formulada. E, todavia, eu só faço à sua solicitação, minha atitude
nunca é suficiente para fazer-me ver verdadeiramente o azul ou tocar
verdadeiramente uma superfície dura. O sensível me restitui aquilo que lhe
emprestei, mas é dele mesmo que eu o obtivera. Eu, que contemplo o azul do céu,
não sou diante dele um sujeito acósmico, não o possuo em pensamento, não
desdobro diante dele uma ideia azul que me daria seu segredo, abandono-me a
ele, enveredo-me nesse mistério, ele “se pensa em mim”, sou o próprio céu que se
reúne, recolhe-se e põe-se a existir para si, minha consciência é obstruída por
esse azul ilimitado. – Mas o céu não é o espírito e não tem sentido algum dizer
que ele existe para si? – Seguramente, o céu do geógrafo ou do astrônomo não
existe para si. Mas do céu percebido ou sentido, subentendido por meu olhar que
o percorre e o habita, meio de uma certa vibração vital que meu corpo adota,
pode-se dizer que ele existe para si no sentido em que não é feito de partes
exteriores, em parte do conjunto é “sensível” àquilo que se passa em
todas as outras e as “conhece dinamicamente”. E, quanto ao sujeito da sensação,
ele não precisa ser um puro nada sem nenhum peso terrestre. Isso só seria
necessário se ele devesse, assim como a consciência constituinte, estar
presente em todas as partes ao mesmo tempo, coextensivo ao ser, e pensar a
verdade do universo.
A
grande importância estratégica que as relações de poder disciplinar desempenham
nas sociedades modernas depois do século XIX, vem justamente do fato delas não
serem negativas. Mas positivas, quando tiramos desses termos qualquer juízo de
valor moral ou político e pensarmos unicamente na tecnologia empregada. É
então, que, segundo Foucault, surge uma das teses fundamentais da genealogia:
“o poder é produtor de individualidade”. O indivíduo é uma produção do poder e
do saber. Atuando sobre uma massa confusa, desordenada e desordeira, o
esquadrinhamento disciplinar faz nascer uma multiplicidade ordenada no seio da
qual o indivíduo emerge como alvo do poder. O nascimento da prisão historicamente
em fins do século XVIII, não representou uma massificação com relação ao modo
como anteriormente se era encarcerado. O nascimento do hospício não destruiu a
especificidade da loucura. É o hospício, ao contrário, que produz o louco como
doente mental. Um personagem individualizado a partir da instauração de
relações disciplinares. E antes da constituição das ciências humanas, no século
XIX, a organização das paróquias, a institucionalização do exame de consciência
e da direção espiritual e a reorganização do sacramento da confissão, que
aparecem como importantes dispositivos de individualização. Em suma, o poder
disciplinar não destrói o indivíduo; ao contrário, ele o fabrica. O indivíduo
não é o outro do poder, realidade exterior, que é por ele anulado; é um de seus
mais importes efeitos.
O
objetivo é neutralizar a ideia que faz da ciência um conhecimento em que o
sujeito vence as limitações reais ou imaginárias de suas condições particulares
de existência instalando-se na neutralidade objetiva do universal e da
ideologia um conhecimento em que o sujeito tem sua relação com a verdade
perturbada, obscurecida, velada pelas condições reais de existência. Todo
conhecimento, seja ele científico ou ideológico, só pode existir a partir de
condições políticas que são as condições para que se formem tanto o sujeito
quanto os domínios do saber. A investigação do saber não deve remeter a um
sujeito de conhecimento que seria a sua origem, mas a relações de poder que lhe
constituem. Não há saber neutro. Todo saber é político. E isso não porque cai
nas malhas do Estado, é apropriado por ele, que dele se serve como instrumento
de dominação, descaracterizando seu núcleo essencial. Mas porque todo saber tem
sua gênese em relações de poder. O fundamental da análise teórica é que saber e
poder se implicam mutuamente; não há relação de poder sem constituição de um
campo de saber, como também, reciprocamente, todo saber constitui novas
relações de poder.
Todo
ponto de exercício do poder é, ao mesmo tempo, um lugar de formação de
saber. É assim que o hospital não é apenas local de cura, mas também
instrumento de produção, acúmulo e transmissão de saber. Do mesmo modo que a
escola está na origem da pedagogia, a prisão da criminologia, o hospício da
psiquiatria. Mas a relação ainda é mais intrínseca: é o saber enquanto tal que
se encontra dotado estatutariamente, institucionalmente, de determinado poder.
O saber funciona dotado de poder. E enquanto é saber tem poder. A configuração
do que Foucault denomina de “intelectual específico” se desenvolveu na 2ª
grande guerra, e talvez o físico atômico tenha sido quem fez a articulação
entre intelectual universal e intelectual específico. É porque tinha uma
relação direta e localizada com a instituição e o saber científico que o físico
atômico intervinha; mas já que a ameaça atômica concernia todo o gênero humano
e o destino do mundo, seu discurso podia ser ao mesmo tempo o discurso do
universal. Sob a proteção deste protesto que dizia respeito a todos, o
cientista atômico desenvolveu uma posição específica na ordem do saber. E
admite Foucault, pela primeira vez o intelectual foi perseguido pelo poder
político, não mais em função do seu discurso geral, mas por causa do saber que
detinha: é neste nível que ele se constituía como um perigo político. Mas o
intelectual específico deriva de uma figura muito pobre e diversa do
“jurista-notável”. O “cientista-perito”. A verdade não
existe fora do poder ou sem poder.
A
verdade é deste mundo, produzida nele graças a múltiplas coerções que produz
efeitos regulamentados de poder. Cada sociedade tem seu regime de verdade, seus
tipos de discursos que faz funcionar como verdadeiros; os mecanismos e as
instâncias que permitem distinguir os enunciados verdadeiros dos falsos, a
maneira como se sanciona uns e outros; as técnicas e os procedimentos que são
valorizados, sob nosso olhar, para a obtenção da verdade. Quem está de fora do
poder, mas tem a capacidade analítica de interpretar o estatuto que delimita o
seu campo de saber, percebe os efeitos de poder do que funciona como
verdadeiro. É preciso repensar os
problemas políticos dos intelectuais não mais em termos exclusivos da relação
entre ciência e ideologia, mas sem abandoná-la, tendo em vista que a
universidade pública é um domínio de casta, “a forma natural pela qual costumam
socializarem-se as comunidades étnicas que creem no parentesco de sangue com os
membros de comunidades exteriores e o relacionamento.
Mas
o espetáculo percebido não é puro. Tomado exatamente como o vejo, afirma
Merleau-Ponty, ele é um momento de minha história individual e, como sensação é
uma reconstituição, ela supõe em mim os sedimentos de uma constituição prévia,
eu sou, enquanto sujeito que sente, inteiramente pleno de podres naturais dos
quais sou o primeiro a me espantar. Não sou, segundo Friedrich Hegel, um
“buraco no ser”, mas um vazio, uma prega que se fez e pode desfazer-se.
Insistamos nesse ponto. Como podemos escapar da alternativa entre o para si e o
em si, como a consciência perceptiva pode ser obstruída por seu objeto, como
podemos distinguir a consciência sensível da consciência intelectual? É que:
1°) Toda percepção acontece em uma atmosfera de generalidade e se dá anos como
anônima. Não posso dizer que eu vejo o azul do céu no sentido em que digo que
compreendo um livro ou, ainda, que decido consagrar minha vida às matemáticas.
Minha percepção, mesmo do interior, exprime uma situação dada: vejo o
azul por que sou sensível às cores – ao contrário, os atos pessoais criam uma
situação: sou matemático porque decidi sê-lo. De forma que, se eu quisesse
traduzir exatamente a experiência perceptiva, deveria dizer que se percebe em
mim e não que eu percebo.
Toda
sensação comporta um germe de sonho ou de despersonalização, como nós o
experimentamos por essa espécie de estupor em que ela nos coloca quando vivemos
verdadeiramente em seu plano. Sem
dúvida, o conhecimento me ensina que a sensação não aconteceria sem uma
adaptação de meu corpo, por exemplo, que não haveria contato determinado sem
movimento de minha mão. Mas essa atividade se desenrola na periferia de meu
ser, não tenho mais consciência de ser o verdadeiro sujeito de minha
sensação do que de meu nascimento ou minha morte. Nem meu nascimento nem minha
morte podem aparecer-me como experiências minhas, já que, se eu os pensasse
assim, eu me suporia preexistente ou sobrevivente a mim mesmo para poder
experimentá-los, e, portanto, não pensaria seriamente meu nascimento ou minha
morte. Quer dizer, cada sensação, sendo rigorosamente a primeira, a última e a
única de sua espécie, é um nascimento e uma morte. O sujeito que tem a sua
experiência começa e termina com ela, e, como ele não pode preceder-se nem sobreviver
a si, a sensação necessariamente se manifesta a si mesma em um meio de
generalidade, ela provém de quem de mim mesmo, ela depende de uma sensibilidade
que a precedeu e que sobreviverá a ela, assim como meu nascimento e minha morte
pertencem a uma natalidade e a uma mortalidade anônimas.
Pela
sensação, eu apreendo, à margem de minha vida pessoal e de meus atos próprios,
uma vida de consciência dada da qual eles emergem, a vida de meus olhos, de
minhas mãos, de meus ouvidos, que são tantos Eus naturais. Enfim, toda
vez que experimento uma determinada sensação, sinto que ela diz respeito não ao
meu ser próprio, evidentemente, aquele do qual sou responsável e do qual
decido, mas a um outro eu que já tomou partido pelo mundo, que já se abriu a
alguns de seus aspectos e sincronizou-se a eles. Entre minha sensação e mim há
sempre a espessura de um saber originário que impede minha experiência de ser
clara para si mesma. Experimento a sensação como modalidade de uma experiência
geral, e isso é fundamentalmente humano, já consagrada a um mundo físico, e que
crepita através de m sem que eu seja seu autor. 2°) A sensação só pode ser
anônima porque é parcial. Aquele que vê e aquele que toca não sou exatamente eu
mesmo, porque o mundo visível e o mundo tangível não são o mundo por inteiro.
Quando vejo um objeto, sinto sempre que ainda existe ser para além daquilo que
atualmente vejo, não apenas ser visível, mas ainda ser tangível ou apreensível
pela audição, e não apenas ser sensível, mas inda uma profundidade do objeto
que nenhuma antecipação sensorial esgotará. Não estou por inteiro nessas
operações, elas permanecem marginais, produzem-se adiante de mim, o eu que vê
ou o que ouve são de alguma maneira um eu especializado, familiares a um único
setor do ser, e é justamente a esse preço que o olhar e a mão são capazes de
adivinhar o movimento que vai tornar a percepção precisa e pode dar provas
desta presciência que lhes dá a aparência do automatismo.
Podemos
resumir essas duas ideias dizendo que toda sensação pertence a um certo campo.
Dizer que tenho um campo visual é dizer que, por posição, tenho acesso e
abertura a um sistema de seres, os seres visuais, que eles estão à disposição
de meu olhar em virtude de uma espécie de contrato primordial e por um dom da
natureza, sem nenhum esforço de minha parte; é dizer, portanto, que a visão é
pré-pessoal; e é dizer ao mesmo tempo que ela é sempre limitada, que existe em
torno de minha visão atual a um horizonte de coisas não-vistas ou mesmo
não visíveis. A visão é um pensamento sujeito a um certo campo e é isso que
chamamos de um sentido. Quando digo que
tenho sentidos e que eles me fazem ter acesso ao mundo, não sou vítima de uma
confusão, não misturo o pensamento causal e a reflexão, não apenas exprimo esta
verdade que se impõe a uma reflexão integral: que sou capaz, por
conaturalidade, de encontrar um sentido para certos aspectos do ser, sem que eu
mesmo o tenha dado receptivamente a eles uma operação constituinte. Com a
distinção entre os sentidos e a intelecção, em Merleau-Ponty, encontra-se
justificada a distinção entre os diferentes sentidos. O intelectualismo não
fala dos sentidos porque, para ele, sensação e sentidos só aparecem quando eu
retorno ao ato concreto de conhecimento para analisá-lo. Então distingo nele
uma matéria contingente e uma forma necessária, mas a matéria é apenas um
momento ideal e não um elemento separável do ato total. Portanto, os sentidos
não existem, mas apenas a consciência. O intelectualismo recusa-se mediar o
problema da contribuição dos sentidos na experiência do espaço, porque as
qualidades sensíveis e os sentidos, materiais do conhecimento, não podem
possuir como propriedade o espaço, a forma da objetividade em geral e o meio pelo qual uma consciência de qualidade se torna
possível.
Se
uma sensação não fosse uma sensação de algo, ela seria um nada de sensação, e
“coisas” no sentido mais geral da palavra, por exemplo qualidades definidas, só
se esboçam na massa confusa das impressões se esta é posta em perspectiva e
coordenada pelo espaço. Assim, todos os sentidos devem ser espaciais se eles
devem fazer-nos ter acesso a uma forma qualquer do ser, quer dizer, se eles são
sentidos. E, pela mesma necessidade, é preciso que todos eles se abram ao mesmo
espaço, sem o que os seres sensoriais com os quais eles nos fazem comunicar só
existiriam para os sentidos dos quais eles dependem – assim como os fantasmas
só se manifestam à noite -, faltar-lhes-ia a plenitude do ser e não poderíamos
verdadeiramente ter consciência deles, quer dizer, pô-los como seres
verdadeiros. A essa dedução, o empirismo tentaria em vão opor fatos. Por
exemplo, se se quer mostrar que o tato não é por si mesmo espacial, se se tenta
encontrar nos cegos ou nos casos exemplares de cegueira psíquica uma
experiência tátil pura e mostrar que ela não é articulada segundo o espaço,
essas provas experimentais pressupõem aquilo que a elas caberia estabelecer.
Como saber se a cegueira e a cegueira psíquica se limitaram a subtrair, da
experiência do doente, os dados visuais, e se elas também não atingiram a
estrutura de sua experiência tátil? Não
se tata, bem entendido, da relação de continente e conteúdo, já que a relação
só existe entre objetos, nem mesmo de uma relação de inclusão lógica, como a
que existe entre o indivíduo e a classe, já que o espaço é anterior às suas
pretensas partes, que sempre são recortadas nele. O espaço não é o ambiente
(real ou lógico) em que as coisas se dispõem, mas o meio pelo qual a posição
das coisas se torna possível. Em lugar de imaginá-lo como uma
espécie de éter no qual todas as coisas mergulham, ou de concebê-lo
abstratamente com um caráter que lhes seja comum, devemos pensá-lo como a
potência universal de suas conexões.
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