“Há uma interação constante entre o organismo e o meio secundário em que vive”. Bronislaw Malinowski
Gary Warren Hart, nascido Hartpence em 28 de novembro de 1936, é um político, diplomata e advogado norte-americano. Ele foi o favorito para as indicações presidenciais democratas de 1984 e 1988, mas desistiu da última campanha em meio a revelações de casos extraconjugais. Representou na esfera política o Colorado no Senado dos Estados Unidos de 1975 a 1987. Nascido em Ottawa, Kansas, Hart seguiu carreira jurídica em Denver, Colorado, após se formar na Faculdade de Direito de Yale. Ele gerenciou a campanha bem-sucedida do senador George McGovern (1922-2012) para a indicação presidencial democrata de 1972 e a campanha malsucedida de McGovern nas eleições gerais contra o presidente Richard Nixon. Hart derrotou o senador republicano em exercício Peter Dominick na eleição para o Senado do Colorado em 1974. No Senado, ele serviu no Comitê Church e liderou a investigação do Senado sobre o acidente de Three Mile Island, um incidente nuclear que ocorreu em 28 de março de 1979 na usina nuclear de Three Mile Island, na Pensilvânia, Estados Unidos. Envolveu uma fusão parcial do núcleo do reator da Unidade 2, resultando em liberação de material radioativo para o meio ambiente. O acidente foi classificado como nível 5 na Escala Internacional de Acidentes Nucleares (INES). Após vencer por pouco a reeleição em 1980, ele patrocinou a Lei de Proteção de Chips Semicondutores de 1984, tornando-se reconhecido como um pequeno grupo de “Democrata Atari” eleitos na década de1980.
Hart
buscou a indicação presidencial democrata em 1984, perdendo por pouco para o
ex-vice-presidente Walter Mondale. Hart recusou-se a concorrer à reeleição para
o Senado em 1986 e buscou apoio à indicação presidencial democrata em 1988. Ele
era amplamente visto como o favorito até que surgiram “relatos de um caso
extraconjugal, e Hart desistiu da disputa em maio de 1987”. Ele voltou à
disputa em dezembro de 1987, mas desistiu novamente após um desempenho ruim nas
primárias iniciais. A indicação acabou indo para Michael Dukakis. Hart retornou
à prática privada após a eleição de 1988 e atuou em uma variedade de funções
públicas. Ele copresidiu a Força-Tarefa Hart-Rudman sobre Segurança Interna,
serviu no Conselho Consultivo de Segurança Interna e foi o Enviado Especial dos
Estados Unidos para a Irlanda do Norte. Ele obteve um doutorado em política
pela Universidade de Oxford e escreveu para veículos como o The Huffington
Post. Ele também escreveu vários livros, incluindo uma biografia do
presidente James Monroe (1758-1831). Hart se casou com Lee Ludwig em 1958, que
morreu aos 85 anos em 9 de abril de 2021. Eles tiveram dois filhos, John e
Andrea Hart.
O filme The Front Runner tem como representação social um drama político norte-americano de 2018 dirigido por Jason R. Reitman, nascido em 19 de outubro de 1977, é um cineasta canadense-americano. Na película Gary Hart, um carismático político do Colorado, se torna o grande candidato do partido Democrata para a disputa das eleições presidenciais de 1988. É um estado situado no Oeste dos Estados Unidos da América, tem uma paisagem diversa que inclui um deserto árido, cânions de rios e as montanhas Rochosas, cobertas de neve, que são parcialmente protegidas pelo Parque Nacional das Montanhas Rochosas. Também no estado, o Parque Nacional de Mesa Verde apresenta habitações dos anasazi em penhascos. Localizada uma milha acima do nível do mar, Denver, capital e maior cidade do Colorado, conta com um centro extraordinariamente animado. Tudo vai bem, até que sua vida sofre um grande baque quando um escândalo da sua vida pessoal vem à tona e põe em risco não apenas a sua candidatura, mas o destino de todos ao seu redor. O cineasta é mais reconhecido por dirigir os filmes Obrigado por Fumar (2005), uma sátira norte-americana em que Nick Naylor (Aaron Eckhart) é um lobista engajado que defende os direitos e interesses das indústrias tabagistas, Juno (2007), a adolescente Juno MacGuff engravida do melhor amigo, decide ter o bebê, mas, paradoxalmente entrega o bebê para uma instituição de adoção.
Então, ela escolhe um roqueiro fracassado e sua mulher dedicada para serem os pais adotivos da criança, Amor sem Escalas (2009), quando a ideia de uma nova companheira de trabalho ameaça acabar com as viagens constantes de um executivo especializado em demissão, ele se oferece para demonstrar a ela a importância do contato pessoal com aqueles que serão destituídos dos cargos, Jovem Adulto (2011), logo após seu divórcio, Mavis (Charlize Theron), uma escritora de ficção retorna para sua casa em uma pequena cidade do Minnesota, pensando em reacender um romance com seu ex-namorado, Buddy (Patrick Wilson), que agora está casado e tem uma filha recém-nascida, Caça-Fantasmas: Mais Além (2021), uma mãe solo e seus dois filhos se mudam para uma nova cidade e descobrem que têm uma conexão com os Caça-Fantasmas originais e o legado secreto de seu avô e Sábado à Noite (2024), quando Às 23h30, 11 de outubro de 1975, um grupo de jovens comediantes e roteiristas mudou a televisão - e a cultura - para sempre. Esta é a história social dos bastidores dos 90 minutos que antecederam a primeira transmissão do Saturday Night Live. Repleta de humor, caos e magia de uma revolução que quase não aconteceu. Todavia, a contagem regressiva acontece em tempo real. Saturday Night Live (SNL) é um programa de televisão semanal de comédia criado por Lorne Michaels e desenvolvido por Dick Ebersol.
O programa teve o seu primeiro
episódio exibido pela NBC em 11 de outubro de 1975, sob o título original de NBC`s
Saturday Night. O programa sabatino gira em torno de uma série de sketches
parodiando a cultura e a política americana, realizada por um grande e variado
elenco a cada semana. Cada episódio é apresentado por uma celebridade
convidada que atua no monólogo de abertura e participa de croquis com o elenco,
contando com um convidado musical. SNL normalmente começa com um teaser
que termina com um ator saindo do personagem e proclamando, “Live from New
York, It`s Saturday Night!”, abrindo o programa na sequência. Em Portugal, analogamente
foi inicialmente transmitido pela SIC Comédia até ao cancelamento do canal, atualmente
passa no FX Portugal. No Brasil, o programa norte-americano foi transmitido
inicialmente pela MTV Brasil, em TV aberta, no começo dos anos 1990 e, também
foi transmitido no canal Sony, atualmente é transmitido no canal Universal
Premiere no Universal+ e uma versão brasileira foi exibida e cancelada em 2012
pela RedeTV, apresentado pelo humorista Rafinha Bastos e contando com mais dez
humoristas no elenco. Gravado no estúdio 8H na sede da NBC no GE Building, já SNL
já foi “ao ar com 724 episódios representados contemporaneamente desde sua estreia e terminou sua trigésima
sétima temporada em 19 de maio de 2012”, tornando-o um dos mais prolongados programas da rede de televisão nos Estados Unidos a partir de 2012.
O formato de programa é desenvolvido e recriado em vários países, incluindo Espanha, Itália, Japão, Coreia do Sul e Brasil, cada versão com diferentes níveis de sucesso. Sketches de sucesso foram produzidas fora do programa, como em filmes, embora só dois se encontraram com sucesso de crítica e financeira: The Blues Brothers (1980) e Wayne`s World (1992). O programa tem sido comercializado em outras formas, incluindo versões home media de estações, livros e documentários sobre as atividades por trás das cenas de execução e desenvolvimento do show. Michaels deixou a série em 1980 para explorar outras oportunidades, e ele foi substituído por Jean Doumanian que levou a atração para comentários desastrosos e foi substituído por Ebersol depois de uma temporada. Ebersol continuou a executar o programa até 1985, quando Michaels voltou e onde permanece desde então. Muitos do elenco do SNL descobriram o estrelato nacional quando se apresentou no programa e conseguiu o sucesso no cinema e na televisão, executando tanto em frente e atrás das câmeras. Em particular, SNL ajudou a lançar as carreiras de Amy Poehler, Dan Aykroyd, John Belushi, Chevy Chase, Jimmy Fallon, Will Ferrell, Tina Fey, Eddie Murphy, Bill Murray, Mike Myers e Adam Sandler.
Os
Estados Unidos é uma nação multicultural, lar de uma grande variedade de grupos
étnicos, tradições e valores. Com exceção das populações nativas americanas e
nativas do Havaí, quase todos os americanos ou os seus antepassados emigraram
nos últimos cinco séculos. A sua cultura é exercida em comum pela
maioria dos americanos é a cultura ocidental em grande parte derivada das
tradições de imigrantes europeus, com influências de muitas outras fontes, tais
como as tradições trazidas pelos escravos da África. A imigração mais recente
da Ásia e especialmente da América Latina adicionou uma mistura cultural que
tem sido descrita tanto como homogeneizada quanto heterogênea, já que os
imigrantes e seus descendentes mantêm especificidades culturais. De acordo com
a análise de dimensões culturais de Geert Hofstede, os Estados Unidos têm maior
pontuação de individualismo do que qualquer país estudado. Apesar da cultura
dominante de que os Estados Unidos sejam uma sociedade sem classes, estudiosos
indicam diferenças significativas entre as classes sociais do país, que afetam
a socialização, linguagem e valores. A classe média e profissional
estadunidense iniciou muitas tendências sociais contemporâneas como o feminismo
moderno, o ambientalismo e o multiculturalismo. A autoimagem dos
estadunidenses, dos pontos de vista social e de expectativas culturais, é
relacionada com as suas profissões em um grau de proximidade quase que absolutamente incomum. Embora os
americanos tendam a valorizar muito a realização socioeconômica, ser parte da
classe média ou normal é geralmente visto como um atributo positivo.
Embora
o sonho americano, ou a percepção de que os americanos gozam de uma elevada
mobilidade social, desempenhe um papel fundamental na atração de imigrantes,
alguns analistas acreditam que os Estados Unidos têm menos mobilidade social
que a Europa Ocidental e o Canadá. As mulheres na sua maioria trabalham fora de
casa e recebem a maioria dos diplomas de bacharel. Em 2007, 58% dos
estadunidenses com dezoito anos ou mais eram casados, 6% eram viúvos, 10% eram
divorciados e 25% nunca haviam sido casados. O casamento entre pessoas do mesmo
sexo é um tema controverso no país. Alguns estados permitem uniões civis, em
vez do casamento. Desde 2003, vários estados têm permitido o casamento entre
homossexuais, como resultado de ação judicial ou legislativa, enquanto os
eleitores em mais de uma dezena de Estados proibiram a prática através de
referendos. As regiões culturais semi-distintas dos Estados Unidos incluem a
Nova Inglaterra, os estados do Médio Atlântico, o Aul dos Estados Unidos, o Meio-oeste dos Estados Unidos e o Oeste dos Estados Unidos - uma área que pode
ser subdividida com base na cultura: os Estados do Pacífico e os Montanhosos.
Além
disso, outros associados com o programa, como de modo geral os escritores, que passaram
a carreiras de sucesso, incluindo Conan O`Brien, Brooks Max, Stephen Colbert,
Larry David, Al Franken, Sarah Silverman e Robert Smigel. Ao longo de suas mais
de três décadas no ar, Saturday Night Live recebeu uma série de prêmios,
incluindo 21 Prêmios Emmy do Primetime, um prêmio Peabody e três Writers
Guild of America Award. Em
2000, foi empossado na National Association of Broadcasters Hall of Fame.
Foi
classificado em décimo lugar na TV Guide no ranking dos “50 Grandes
Shows de TV de Todos os Tempos” da lista, e em 2007 ela foi listada pela
revista Time como um dos “100 maiores shows de TV de todos os tempos”. Em 2009,
recebeu 13 indicações ao Emmy trazendo o programa um total de 126, dando-lhe as
maiores indicações ao Emmy na história da televisão. O aspecto ao vivo da
atração resultou em diversas controvérsias e atos de censura, com erros e atos
intencionais de sabotagem por artistas e convidados. Ele recebeu um Grammy,
um Globo de Ouro e quatro indicações ao Oscar, duas de Melhor Diretor. Ele é
filho do diretor Ivan Reitman que é também reconhecido por colaborar
frequentemente com o roteirista Diablo Cody e o diretor Gil Kenan. Brook
Maurio, reconhecida como Diablo Cody, é roteirista e produtora
norte-americana. É ganhadora do Oscar de melhor roteirista pelo seu roteiro
para o filme Juno.
Jason
R. Reitman nasceu em Montreal, Quebec, filho de Geneviève Robert, uma atriz às
vezes anunciada como Geneviève Deloir, e do diretor de cinema Ivan Reitman
(1946–2022). Reitman tem duas irmãs mais novas: Catherine Reitman, atriz,
produtora e escritora, que é três anos mais nova, e Caroline Reitman, uma
enfermeira, que é doze anos mais nova. O pai de Reitman nasceu na
Tchecoslováquia, filho de pais judeus sobreviventes do Holocausto, também reconhecido
como Shoá, Churben ou Hurban (cf. Uchida, 2001) do hebraico para “destruição”,
quando ocorreu historicamente o genocídio ou assassinato em massa de cerca de
seis milhões de judeus durante a 2ª guerra mundial (1939-1945), no maior
genocídio do século XX, através de um programa insano sistemático de extermínio
étnico. O avô paterno de Reitman tinha uma lavanderia e depois uma lavagem de
carros. Sua mãe é cristã de ascendência franco-canadense; e se converteu ao
judaísmo. Los Angeles, oficialmente Cidade de Los Angeles (City of Los
Angeles) e de maneira abreviada L.A., é a cidade mais populosa do estado da
Califórnia e a segunda mais populosa dos Estados Unidos da América,
depois de Nova Iorque.
O American Way ou American Way of Life é a expressão aplicada a um estilo de vida que funcionaria como referência de autoimagem para a maioria dos habitantes dos Estados Unidos. Seria uma modalidade, comportamento, dominante e expressão do ethos nacionalista desenvolvido a partir do século XVIII, cuja base é a crença nos direitos à vida, à liberdade e à busca da felicidade, como direitos inalienáveis de todos os norte-americanos, nos termos da Declaração de Independência. Pode-se relacionar o American Way com o American Dream. No tempo da Guerra Fria, a expressão foi usada pela mídia para destacar as diferenças de padrões de vida das populações dos Estados Unidos e da União Soviética. Naquela época, a cultura popular norte-americana amplamente abraçava a ideia de que qualquer pessoa, independentemente das circunstâncias históricas e sociais do seu nascimento, poderia aumentar seu padrão de vida através da determinação, do trabalho e da própria habilidade natural. No setor do emprego, esse conceito foi expresso pela crença na atividade social de que um mercado competitivo promoveria o talento individual e o interesse renovado no empreendedorismo.
Politicamente, ela tomou a forma par excellence de crença na superioridade de uma democracia livre, fundada em uma expansão produtiva e econômica sem limites. Um livro de Will Herberg (1901-1977), publicado em 1955, identificou o American Way of Life, como sendo “composto quase que igualmente de democracia e livre iniciativa”, ou seja, para um bom entendedor a ideia da “religião comum” da sociedade americana. Para ele, na esfera da sociedade civil, o modo de vida americano é individualista, dinâmico, pragmático. Afirma o valor supremo e a dignidade do indivíduo, salienta a atividade incessante de sua parte, pois nunca é demais se esforçar para “chegar à frente”, define uma ética de autossuficiência, o personagem de mérito, e os critérios de realização: o que conta na realidade são “as ações, não os credos”. O American Way of Life humanitário, otimista. Os americanos são facilmente as pessoas mais generosas e filantrópicas em todo o mundo, em termos de resposta pronta e irrestrita ao sofrimento em qualquer lugar do globo terrestre. O norte-americano acredita na ideia consumada de progresso humano, no autoaperfeiçoamento, e fanaticamente na questão desenvolvida do talento através da educação. Mas acima de tudo, o norte-americano é idealista.
Os americanos não podem continuar a ganhar dinheiro ou alcançar sucesso no mundo simplesmente por seus próprios méritos; tais materialistas devem, na mente dos americanos, justificar-se por “superior” em termos de serviço ou administração ou bem-estar geral ... E porque são tão idealistas, os americanos tendem a ser moralistas, e eles estão inclinados a ver todas as questões como questões claras e simples, preto e branco, da moralidade. Como observa um comentarista, “a primeira metade da declaração Herberg ainda se mantém verdadeira quase meio século depois que ele formulou pela primeira vez”, embora “as últimas reivindicações Herberg têm sido severamente se não completamente minadas... o materialismo já não precisa ser justificado em termos altissonantes”. No Relatório Anual de 1999 da Isa Administração dos Arquivos e Registros Nacionais, o arquivista nacional, John W. Carlin, ex-governador do Kansas escreve: “Nós somos diferentes porque o nosso governo e nosso modo de vida não são baseados no direito divino dos reis, nos privilégios hereditários de elites ou nas deferências a ditadores. São baseados em pedaços de papel, nas Cartas da Liberdade - a declaração que afirmou nossa independência, a Constituição que criou o nosso governo e o Bill of Rights, que estabeleceu as nossas liberdades”. Kansas é um estado no centro-oeste que simboliza o coração dos Estados Unidos com suas Grandes Planícies de campos de trigo ondulados. O Museum of World Treasures, em Wichita, a maior cidade do estado, aborda a história do mundo desde os dinossauros até Elvis, enquanto o Old Cowtown Museum, ao ar livre, traça o itinerário pioneiro da cidade. Na cidade vizinha de Hutchinson, o Cosmosphere exibe as naves espaciais Vostok russa e Apollo 13.
The Front Runner tem como representação social um filme sobre a candidatura presidencial de Hart em 1988 e seu ignominioso colapso, segundo McCarthy (2018), uma dolorosa carta de amor aos bons e velhos tempos, um conto de moralidade em que o suposto transgressor acaba sendo a vítima, e seu autoproclamado juiz e júri – a mídia – são, na verdade, os culpados. No filme, a mídia é culpada por trair o velho acordo de cavalheiros que, durante décadas, significou que um presidente como John Kennedy (1917-1963) ou Lyndon Johnson (1908-1973) podia calar qualquer assistente pessoal ou candidato a emprego que quisesse, e a última coisa que aconteceria seria alguém escrever sobre isso. Fazer isso seria estúpido, até ofensivo, porque ninguém se importaria, e seria lascivo, e distrairia todos dos assuntos tão importantes e dignos em questão: as questões de governo. Seria como transcrever uma conversa de vestiário e escrevê-la como notícia – pura coisa de tabloide. O filme é baseado em um livro do ex-escritor de jornalismo político do New York Times, Matt Bai, e é estrelado por Hugh Jackman como Hart, Vera Farmiga como sua esposa e JK Simmons como sua gerente de campanha. A direção é de Jason Reitman. O título é uma alusão à posição política de Gary Warren Hart como favorito no início da corrida presidencial democrata de 1988 e ao inusitado quadro formatado de escândalo sexual envolvendo Hart como precursor do cenário “infernal de lixo” que define nossa realidade político-midiática.
É
um filme divertido, com representações românticas de uma campanha política
movida a cafeína e redações repletas de fumaça, performances vívidas, um
monte de imagens de notícias antigas espirituosamente inseridas e
acessórios encantadores dos anos 1980, como telefones celulares gigantescos,
câmera Kodak Ektra, Jeep Renegade, biscoitos Ritz, cabelo alto e jeans de
cintura alta. Mas, como amplamente observado quando o livro de Bai foi
publicado em 2014, a tese – de que o escândalo Hart foi sem precedentes, de que
a mídia errou ao perseguir a história do suposto mulherengo de Hart e que isso
desencadeou uma queda irreversível no tabloidismo e na estupidificação
da política, em suma, arruinando tudo – é superficial e superficial. Tom
Rosenstiel, diretor executivo do American Press Institute, que em 1987
investigou a conduta da mídia no caso Hart para o Los Angeles Times,
disse em um e-mail que admirava muito Bai, “mas eu vivi isso e o livro está
errado. Assim como, temo, este filme estará prestando um desserviço à verdade,
mesmo para a definição de Hollywood”. Melhor dizendo, “Gary Hart não foi um
mártir”, escreveu Rosenstiel em parte. “Pergunte a qualquer uma das 500 fontes
políticas em Washington (nem mesmo à mídia) daquela época que não estivessem no
pequeno grupo de acólitos de Hart. O senador se matou. E se não tivesse sido
Donna Rice, teriam sido não apenas muitas outras mulheres, mas também muitos
outros tiques de caráter e momentos de risco impensável ou autoilusão”.
Gary
Hart foi um senador do Colorado que exerceu seu segundo mandato e teve uma
forte candidatura à presidência da República nos Estados Unidos da América pelo
Partido Democrata em 1984, e que nos estágios iniciais da corrida de 1988 -
nove meses antes das primárias de Iowa - estava à frente de seus rivais nas
pesquisas. Por outro lado, Richard Nixon (1913-1884) foi o único
presidente dos Estados Unidos a renunciar. Divide com George W. Bush o status de
governante mais impopular na história do país. Algo de semelhante se passou com
o tema da consciência. Nele, a ideologia mente duas vezes, dizendo a mesma
frase: a primeira quando mente, e a segunda quando diz a verdade. Ela mente
quando diz que a consciência determina a existência – é a mentira
idealista, que os profissionais da desmistificação são plenamente competentes
para desmascarar. E mente, como o segundo judeu, ao dizer a verdade, ainda que
de um modo deformado: ela aponta com clareza para a importância intrínseca da
consciência, mas o faz de uma forma estridente que os especialistas da suspeita
não acreditam no que ela afirma, e vão procurar a verdade não em Cracóvia, onde
de fato está, mas em Lanberg. A primeira mentira usa a técnica semelhante à que
Sigmund Freud chama de Verschiebung, “deslocamento” – desviar a atenção
de um tema conflitivo (as condições de existência) para um campo visto como
não-problemático (a consciência). E a segunda usa uma técnica nova, que
poderíamos chamar Verblendung, ou ofuscação – “a cegueira
induzida por uma luz demasiado intensa”. Pela primeira mentira, destinada ao
“pensamento ingênuo”, a ideologia escamoteia as condições sociais reais
de existência; pela segunda, destinada ao pensamento crítico, ela escamoteia
aquilo mesmo que ela proclama enquanto estatuto teórico – as estruturas da
consciência, impedindo que elas sejam tematizadas em sua vinculação efetiva com
as suas condições sociais de existência.
O Complexo Watergate é um robusto conglomerado de escritórios e apartamentos localizado em Washington. Tornou-se famoso após o assalto que levou ao escândalo político reconhecido Caso Watergate (1972), culminando com a renúncia do Presidente Richard Nixon. Todo o complexo foi designado como um edifício no Registro Nacional de Lugares Históricos em 12 de outubro de 2005. Seu objetivo é ajudar aos proprietários e às associações, como o National Trust for Historic Preservation, que deve coordenar, definir e proteger os sítios históricos dos Estados Unidos. Watergate situa-se na parte Noroeste de Washington, D.C., no bairro de Foggy Bottom. Está limitado ao Norte pela Virginia Avenue, à Leste pela New Hampshire Avenue, ao Sul pela F Street, e à Oeste pela Rock Creek and Potomac Parkway. Adjacente ao complexo está o Kennedy Center e a embaixada da Arábia Saudita. A estação do metrô de Washington mais próxima é a Foggy Bottom-GWU. Foi construído pela companhia Società Generale Immobiliare, a maior empresa imobiliária e de construção civil da Itália. Foi fundada em Turim em 1862, mas anos depois se mudou para Roma com a unificação da Itália e da Alemanha, em 1871. O grande objetivo era expulsar os austríacos do Norte e estabelecer um estado italiano coeso. Depois da mudança, a empresa se interessou pela terra pastoral de Roma e comprando parte. Com a aquisição de 10 acres que constituíam uma parte do extinto Canal de Chesapeake e Ohio, no início da década de 1960 por 10 milhões de dólares. O extraordinário conjunto arquitetônico Watergate foi inaugurado na América em 1967.
A National Security Agency (NSA) representa a agência de segurança dos Estados Unidos da América, criada em 4 de novembro de 1952, “permetez vous voulez” com funções políticas relacionadas à “inteligência de sinais”, incluindo interceptação e criptoanálise. Também é um órgão estadunidense dedicado a proteger as comunicações sociais norte-americanas. A agência é extremamente atuante como parte do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Durante determinado tempo após sua criação era tão secreta que o governo tergiversava; negava sua existência. Em 1982, após vários anos de pesquisas e coleta de informações, o jornalista James Bamford, reconhecido por escrever sobre os órgãos de Inteligência americanos, especialista na história da NSA e no sistema global de vigilância contido no livro The Puzzle Palace: Inside America`s Most Secret Intelligence Organization (2009) no qual revelou fontes e documentou pela primeira vez a existência da Agência de Segurança Nacional. As atividades da agência e mesmo a existência da agência foram negadas ideológica e sistematicamente pelo governo norte-americano. Na época do globalismo planetário crescentemente dinamizado pelas tecnologias eletrônicas, informáticas e cibernéticas, a política eficaz se desterritorializa. Realiza-se na mídia, compreendendo marketing, o videoclipe, o predomínio da imagem, da multimídia, do espetáculo audiovisual. É um mundo sistêmico de Auguste Comte (1798-1857).
O nome do pensador francês A. Comte está indissociavelmente ligado ao positivismo, corrente filosófica disciplinar que ele fundamentou com o objetivo de reorganizar o conhecimento humano. O papel do positivismo se adere a vários outros níveis do conhecimento, que relacionados objetivam a real intenção da doutrina política. Melhor dizendo: que justificam os meios que são tratados os fatores sociais, políticos e econômicos que necessariamente conservam princípios categóricos e permanentes. Mediados pelos pensamentos típicos da teoria conservadora ou de um modo de pensar progressivamente as reformas da humanidade de acordo com ideais da ordem & progresso. É uma corrente de pensamento que está contaminada na ordem do dia, mas que surgiu na França do século XIX, como contraponto ao racionalismo abstrato do liberalismo. Seus idealizadores são o fundador da sociologia Auguste Comte & John Stuart Mill, considerado por muitos como o filósofo de língua inglesa mais influente do século XIX. É reconhecido pelos seus trabalhos nos campos da filosofia política, ética, economia política e lógica, além de influenciar inúmeros pensadores e áreas do conhecimento. Defendeu o utilitarismo, a teoria ética proposta inicialmente por seu padrinho, Jeremy Bentham (1748-1832).
É um dos mais proeminentes defensores do liberalismo político, sendo seus livros fontes de discussão e inspiração sobre as liberdades individuais nos tempos atuais. Stuart Mill chegou a ser membro do Parlamento Britânico, eleito em 1865, tendo defendido os direitos das mulheres, chegando a apresentar uma petição para estender o sufrágio às mulheres. O Colorado com uma população superior a 3,8 milhões de habitantes, segundo o censo de 2020, é a cidade mais populosa do Oeste dos Estados Unidos. Além disso, a cidade se estende por 1 302 km² no Sul da Califórnia e faz parte da 16ª maior área metropolitana do mundo. A área metropolitana Los Angeles-Long Beach-Anaheim abriga mais de 13 milhões de habitantes. Los Angeles é também a sede do condado de Los Angeles, o mais populoso e um dos condados mais multiculturais dos Estados Unidos. Os habitantes da cidade são referidos como “Angelinos”. Los Angeles foi fundada em 4 de setembro de 1781, em nome da Coroa de Espanha, pelo governador espanhol Dom Felipe de Neve, com o topónimo El Pueblo de Nuestra Señora la Reina de los Angeles del Río de Porciúncula. Tornou-se parte do México, em 1821, após sua Independência da Espanha. Em 1848, no final da Guerra Mexicano-Americana, Los Angeles e o resto da Califórnia foram adquiridos como parte do Tratado de Guadalupe Hidalgo, tornando-se parte dos Estados Unidos, o México manteve o território de Baja California. Los Angeles foi incorporado como município em 4 de abril de 1850, antes da Califórnia se tornar-se um estado. Muitas vezes, reconhecida por suas iniciais, LA, e apelidada de “Cidade dos Anjos”, é um centro mundial de negócios, comércio internacional, entretenimento, cultura, mídia, moda, ciência, tecnologia e educação.
É
o lar de instituições de renome mundial cobrindo um vasto leque de campos
profissionais e culturais e é um dos motores mais importantes da economia dos
Estados Unidos. Em 2008, Los Angeles foi classificada a sexta cidade mais
economicamente poderosa do mundo contemporâneo pela Forbes.com, e a terceira
nos Estados Unidos, atrás apenas de Nova Iorque e Chicago, comparativamente, fato
social e politicamente pelo qual é considerada um dos maiores e mais
importantes centros financeiros do mundo.
Nova York lidera o índice, seguida por Londres. Hong Kong mantém a
terceira posição, à frente de Cingapura. São Francisco, Chicago, Los Angeles,
Xangai e Shenzhen permanecem inalteradas, da quinta à nona posições. Com
Hollywood, distrito da cidade, é reconhecida como a “Capital Mundial do
Entretenimento” e é a líder mundial na criação de filmes, produção de
televisão, videogames e música gravada. A importância do setor de
entretenimento para a cidade levou muitas celebridades a residir em Los Angeles
e em seus subúrbios. Quando ele ainda era criança, sua família mudou-se para
Los Angeles.
Bibliografia
Geral Consultada.
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